quarta-feira, 8 de junho de 2022

'Estelionato eleitoral e bomba fiscal', diz Mercadante sobre proposta de Bolsonaro para subsídio dos combustíveis

 Bolsonaro propõe retirar recursos de estados e municípios e vender o patrimônio nacional para tentar conter o impacto no bolso dos consumidores

Aloizio Mercadante (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Adriano Machado)


247 - O ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, um dos principais articuladores do projeto de governo da chapa Lula-Alckmin (PT/PSB), critica em nota divulgada por Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a proposta de Jair Bolsonaro (PL) de reduzir impostos e vender o patrimônio nacional para tentar diminuir o impacto da alta dos combustíveis no bolso da população.

Bolsonaro quer isentar o PIS/Cofins e Cide sobre a gasolina e o etanol e zerar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis. Em troca, a União faria um repasse de cerca de R$ 25 bilhões para compensar a perda de receita por parte dos estados e municípios. Parte do dinheiro do repasse seria retirado da outorga da Eletrobras e de royalties da Petrobrás.

Para Mercadante, a proposta é uma "bomba fiscal" e caracteriza-se como "estelionato eleitoral".

Leia a nota:

Novamente o governo Bolsonaro quer que o povo brasileiro pague a conta da própria incompetência. A verdadeira causa da inflação de combustíveis não está nos tributos, mas na decisão de a Petrobras encolher sua atuação no refino e na distribuição e de praticar a política de preços de paridade de importação (PPI). Com essa estratégia, a Petrobras se tornou exportadora de petróleo cru, ampliando os ganhos dos acionistas minoritários, ao mesmo tempo em que tornou o país refém da importação de derivados, aumentando os preços para os consumidores finais.

Além de desrespeitar o pacto federativo, O PLP de Bolsonaro que propõe a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis tem um forte componente de irresponsabilidade social. A fixação de um teto para o ICMS pode significar perdas de cerca de R$ 20 bilhões para o Fundeb, de R$ 11 bilhões para o SUS e reduzir a receita de estados e municípios. O ressarcimento aos entes federados, se houver, será feito com outorga da Eletrobras e royalties da Petrobras, o que significa comprometer o patrimônio público com uma ação incerta, com duração apenas até o final do ano.

O impacto sobre a redução dos preços deve ser mínimo e não há garantias de que chegará ao consumidor final, pois a eventual diminuição pode ser absorvida pelas margens das refinarias, distribuidoras e postos ou por novos reajustes impostos pela manutenção da PPI.

O governo Bolsonaro nunca demonstrou preocupação efetiva em solucionar o problema da inflação de combustíveis. Pelo contrário, terceirizou responsabilidades para o cenário externo, para os entes federados e instalou o caos na governança da Petrobras.
Agora, propõe transferir os custos de sua incompetência para os estados e munícipios, fazendo com que o povo brasileiro pague a conta na forma de redução dos gastos sociais.

Enquanto isso, a Petrobras seguirá batendo recorde de lucratividade e transferindo suas receitas para os acionistas minoritários estrangeiros.

A atual proposta, combinada à tentativa de privatização da Petrobras, é apenas um paliativo com o objetivo do governo ganhar tempo, evitando desagradar o mercado com alguma mudança na PPI ou os eleitores com novo reajuste no preço dos combustíveis, que pela atual regra do PPI já se encontra 20% defasado.

A proposta de Bolsonaro não passa de um estelionato eleitoral e uma verdadeira bomba fiscal para o próximo governo. O Brasil precisa de uma transição para uma nova política de preços dos combustíveis e do gás que leve em consideração os custos de produção e refino no mercado interno e a garantia de abastecimento em todo o território nacional.

Aloizio Mercadante
Presidente da Fundação Perseu Abramo

Apucarana registra 72 casos da Covid-19 nesta quarta-feira




A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 72 casos de Covid-19 nesta quarta-feira (8) em Apucarana. O município segue com 549 mortes e soma agora 36.573 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 26 homens e 46 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 32 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 105.328 pessoas, sendo 74.599 em testes rápidos, 27.092 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município tem um paciente internado no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Baile da Terceira Idade volta a garantir lazer a idosos

 


Depois de dois anos e três meses, dezenas de idosos voltaram a ocupar hoje a pista de dança do Centro de Convivência dos Idosos (CCI), no Jardim Aeroporto, no primeiro dia da retomada do “Baile da Terceira Idade”, em Apucarana. Devido a pandemia, a atividade de lazer e confraternização estava suspensa desde março de 2020.

“Estava aguardando esse momento tão especial. Estou amando a volta deste baile, reencontrar os amigos e pessoas que a gente conta histórias do passado”, afirma a Miss Terceira Idade de Apucarana, Maria Leo Nice da Silva Pedro, de 64 anos.

Lourdes de Freitas, 67 anos também expressou a alegria de poder voltar dançar no Baile da Terceira Idade. “Muito bom mesmo estar aqui novamente. Fiquei muito tempo em casa. Precisava sair e se movimentar. Vou participar de todos os bailes, duas vezes por semana, aqui no centro de convivência e no Sesc”, garante Lourdes.

A secretária de Assistência Social, Ana Paula Nazarko, informa que o Baile da Terceira Idade, às sextas-feiras, no Sesc, como acontecia antes da pandemia, também será retomado nesta semana. “Dia 10, os idosos que vinham aguardando ansiosos os bailes, também podem se divertir no Sesc”, convida Nazarko.

O baile da terceira idade é um serviço ofertado pela Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, que objetiva a valorização do idoso. O prefeito Junior da Femac destaca que essa é uma atividade que vem sendo mantida desde 2013 e faz parte do programa municipal “Viver 80” que visa valorizar os idosos em todos os aspectos. “Voltamos a oferecer à população idosa um momento de confraternização e lazer, proporcionando um melhor convívio social e de interação e bem-estar físico”, avalia Junior da Femac.

Os bailes da Terceira Idade são prestigiados em média por duzentas pessoas que se divertem com um repertório musical de xote, bolero, vanerão, marchinhas e sertanejo dançante.

Jovens atletas de Apucarana participam do Torneio Paranaense de Atletismo

 


Treze jovens atletas da equipe da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana participam neste sábado (11/06), a partir das 13 horas, no Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (CNTA), em Cascavel (Oeste do Estado), do 6º Torneio da Federação Paranaense, competição que será realizada nas categorias sub-14-, sub-16 e sub-18 (masculino e feminino). A equipe viaja com apoio da Prefeitura de Apucarana.

De acordo com o professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes, a equipe vai forte para a competição estadual. “Os nossos atletas competirão nas três categorias e em condições de lutar pelas melhores colocações no masculino e feminino. A equipe está bem treinada e deverá trazer muitas medalhas de Cascavel”, disse o professor Grilo, que agradece todo o apoio ao esporte do prefeito Junior da Femac.

No masculino, Apucarana será representada pelos atletas Yohan Gabriel Brandino de Oliveira (sub-14/prova de 150m), Samuel da Silva Biz, Pedro Henrich Machado de Oliveira e Guilherme Gomes Maciel (sub-16/prova de 250m), José Vitor Ribeiro e Adson Garcia da Silva (sub-18/provas de 1.500m e 2.000m com obstáculos), Clayton Gomes (sub-18/prova de 1.500m) e Samuel Augusto Burzinski (sub-18/lançamento do dardo).

Pelo naipe feminino competem as apucaranenses Andrelize Vitória Pereira da Cruz (sub-14/prova de 150m), Gabrielly Eduarda Santos de Souza (sub-16/prova de 250m) e Isadora Nataly dos Santos (sub-16/prova de 1.000m com obstáculos), Sabrina Gabrieli Pena e Vitória Emanuelly dos Santos (sub-18/provas de 800m e 2.000m com obstáculos).

Alguns desses atletas se destacaram recentemente na 21ª edição da Prova Vinteoitinha e na fase regional dos 68º Jogos Escolares do Paraná (JEP´s), competições que aconteceram em Apucarana.

Pedro Henrich foi campeão nas provas de 800m e 2.000m nos JEP´s e obteve a quarta colocação na Vinteoitinha e Yohan ganhou a medalha de ouro na prova de 150m e prata nos 800m nos Jogos Escolares e foi campeão na Vinteotinha. Clayton ficou em segundo lugar na prova de 400m dos JEP´s e Samuel Augusto foi prata no arremesso de peso pela mesma competição.

Gabrielly foi campeã nas provas de 800m e de 2.000m nos JEP`s e obteve a segunda colocação na Vinteotinha e Andrelize faturou prata nos 2.000 nos Jogos Escolares e na Prova Vinteoitinha.

Voleibol masculino de Apucarana disputa 2ª etapa na Liga do Vale do Ivaí

 


O time masculino adulto de voleibol de Apucarana ocupa o quarto lugar na classificação geral da Liga do Vale do Ivaí após a realização da segunda etapa que aconteceu no final de semana no Ginásio de Esportes Alcebíaldes Alves, em Ivaiporã. A equipe apucaranense, treinada pelo professor Lucas Paparazzo, disputou quatro partidas com duas vitórias e duas derrotas.

Nesse sábado, Apucarana, que conta com apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura, venceu o time de Cândido de Abreu por 2 sets a 0, repetiu o mesmo placar na vitória sobre o UPA, de Santa Maria do Oeste, e perdeu para Itambé por 2 sets a 1. Já no domingo o time apucaranense foi derrotado pelo UPV, de Londrina, também por 2 sets a 1.

De acordo com Paparazzo, a competição terá mais duas etapas em Ivaiporã. “A terceira ocorrerá nos dias 6 e 7 de agosto e a quarta etapa está marcada para os dias 24 e 25 de setembro. Seguimos treinando e continuamos na luta em busca da liderança do campeonato, que reúne dez equipes”, destaca Paparazzo.

As equipes de Marialva e de Ivaiporã lideram a competição com 38 pontos, seguidas por Itambé 33, e Apucarana com 29.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes, disse que a competição é importante como treinamento para a fase final dos Jogos Abertos do Paraná (JAP´s). “É muito bom e de suma importância o time estar participando da Liga do Vale do Ivaí, pois serve de preparação para os JAP´s, que acontecerão no mês de novembro em Apucarana. O prefeito Junior da Femac que apóia todas as modalidades deseja sucesso a equipe de voleibol na competição que vem ocorrendo em Ivaiporã”.

Na segunda etapa do campeonato a equipe de Apucarana utilizou os jogadores Anderson, Andrei, Bruno, Gabriel, Hugo, Jean, João Luís, José Henrique, Luan, Lucas, Marcos Vinícius, Murilo, Paulo Henrique e Renan.

Lula cresce, Bolsonaro cai e vitória em primeiro turno avança, aponta pesquisa Quaest

 Lula tem 6 pontos de vantagem sobre todos os outros candidatos somados, diz o levantamento

Lula no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Pesquisa presencial da Quaest, patrocinada pelo Banco Genial e divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que o ex-presidente Lula (PT) avançou ainda mais e consolidou a possibilidade de vencer a eleição de outubro já no primeiro turno.

Lula tem 47% das intenções de voto contra 41% de todos os outros candidatos somados.

Em relação ao levantamento anterior, de maio, Lula oscilou um ponto para cima e Jair Bolsonaro (PL) dois pontos para baixo, aparecendo agora com 29%.



Segundo turno

Lula lidera em todas as projeções de segundo turno, ainda que a pesquisa aponte para uma vitória na primeira etapa.

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Rejeição

Segundo o diretor da Quaest, o professor Felipe Nunes, Lula tem a menor rejeição entre os candidatos competitivos.

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Melhor governo da história

De acordo com o levantamento, os governos Lula são vistos como os melhores da história recente por 62% dos eleitores. "Até eleitores adversários reconhecem que o salário valia mais durante o governo Lula", destaca Nunes.

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A pesquisa ouviu 2.000 pessoas presencialmente entre 2 e 5 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03552/2022.

Após chacina da Vila Cruzeiro, Justiça Federal do Rio determina que PRF suspenda operações fora das estradas

 Liminar foi concedida no âmbito de uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal

Operação na favela Vila Cruzeiro (Foto: Reprodução/Reuters)


247 - A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou, em caráter liminar, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspenda a realização de operações fora das rodovias federais até que seja julgada a ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a União sobre o assunto. A decisão foi tomada na esteira da repercussão da ação conjunta da PRF e da Polícia Militar que deixou 23 pessoas mortas na Vila Cruzeiro, na zona Norte do Rio, em maio deste ano. 

"O pedido refere-se a operações que envolvam órgãos em quaisquer das esferas, seja federal, estadual, distrital ou municipal, fora do âmbito territorial (geográfico) das rodovias e estradas federais, nos termos das normas que estabelecem as competências atribuídas à PRF pela Constituição Federal", diz um trecho da ação do MPF, segundo o jornal Folha de S. Paulo

No mérito do processo, o MPF pede, ainda, a anulação parcial do decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública que estabeleceu diretrizes para a participação da PRF em operações do gênero. De acordo com o órgão, o artigo 2º do decreto extrapola as competências constitucionais atribuídas à PRF.

"A legislação que rege a matéria não conferiu ao Ministro da Justiça e Segurança Pública o poder normativo de elastecer as atribuições da Polícia Rodoviária Federal, alterando-lhe o âmbito da competência territorial ou em razão da matéria", ressalta um outro trecho da ação assinada pelo procurador da República Eduardo Benones. 

Bolsonaro está em pânico, diz Vera Magalhães

 Diante da possibilidade de ser derrotado pelo ex-presidente Lula, Bolsonaro lança a narrativa segundo a qual qualquer resultado que não seja sua própria vitória será fraude

Vera Magalhães e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Marcos Corrêa /PR)

247 - A jornalista Vera Magalhães escreve em sua coluna no Globo que Jair Bolsonaro se encontra em "desespero apoplético", o que o torna ainda mais perigoso.

"Na semana passada, cantou vitória diante da mãozinha que seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, deu para tentar anular uma importante jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral contra a propagação de fake news. Não quaisquer fake news: aquelas destinadas a descredenciar o processo eletrônico de votação”, escreve a jornalista.

"Restabelecida a decisão graças a um cerco feito pela maioria do STF, a que a dupla Nunes Marques e André Mendonça ainda tentou se opor, mas se viu vencida, Bolsonaro estrebuchou como nunca antes", enfatiza a jornalista.

Ao dizer que se foi o tempo em que cumpria decisões do STF, Bolsonaro escancarou “sua real intenção ao conceder um inédito indulto individual a um aliado que atentou contra o Estado Democrático de Direito. Mais grave: deixou claro o muito que ainda é capaz de fazer daqui por diante".

Vera Magalhães considera que Bolsonaro não deixará que as eleições transcorram em normalidade. "Agora, diante da possibilidade concreta de ser derrotado pelo ex-presidente Lula ainda no primeiro turno, lança a narrativa segundo a qual qualquer resultado que não seja sua própria vitória antecipada terá sido fraude". 

A jornalista assinala que ministros do STF e políticos avaliam que o período crítico de caos institucional se dará entre 2 de outubro, dia do primeiro turno, e a posse do futuro presidente.

Efeito Lava Jato: Camargo Corrêa passou de 75 mil funcionários para 10 mil

 Ex-integrante do conselho de administração da Camargo Corrêa, Carlos Pires afirma que "todas as empresas de construção" foram prejudicadas pela Lava Jato: "desapareceram"

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Reuters/Adriano Machado | Agência Brasil/Fernando Frazão | Reprodução)

247 - Ex-integrante do conselho de administração da construtora Camargo Corrêa, Carlos Pires Oliveira Dias, em entrevista ao Estado de S. Paulo, classificou a Lava Jato como "traumática" e criticou o modo com que a operação destruiu o setor de engenharia brasileiro. Segundo estudo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos e custou 3,6% do PIB.

"Não tem como dizer que a Lava Jato não foi traumática, não só para a Camargo Corrêa, mas para todo o setor de construção pesada no Brasil, como é notório", disse.

Para Pires, eventuais "malfeitos" cometidos por agentes de qualquer empresa não deveriam justificar a destruição da companhia. "Todas as empresas de construção afetadas por essa crise praticamente desapareceram. Era um patrimônio do Brasil, um reconhecimento internacional da nossa capacidade. Aí você pode até me perguntar: ‘Bom, mas como é que poderiam ser penalizados os malfeitos?’ Eu não sei, mas o método utilizado destruiu essas empresas".

"Semana passada, saiu até nos jornais, uma grande empresa sofreu uma ação do governo americano, dos governos europeus, inclusive do brasileiro. Um acordo com esses governos pelos malfeitos praticados. Foram multados em mais de US$ 1 bilhão, o que deixou a empresa obviamente machucada. Mas não morreu, continua operando etc e tal. Talvez tenha faltado, antes, exatamente essa compreensão dos meios jurídicos", complementou.

Como retrato do impacto causado pela Lava Jato, Pires contou que antes da operação a construtora contava com 75 mil funcionários. O número caiu para 50 mil durante as ações da força-tarefa e atualmente está em 10 mil. 


Folha também condena "o PT de sempre", que criou empregos, acabou com a fome e multiplicou o PIB

 Jornal da família Frias defende a política econômica que recolocou o Brasil no mapa da fome

Lula (Foto: Reprodução | Mateus Dantas/Facebook PT)


247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, também declarou guerra ao programa econômico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como fez o jornal O Globo. "Um partido tradicional, com inserção na sociedade e larga experiência administrativa não deveria suscitar incertezas ao divulgar diretrizes para um programa de governo. O PT de Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, é um caso à parte", escreve a Folha em editorial.

Lula recebeu um PIB de US$ 509 bilhões e o entregou quatro vezes maior, a US$ 2,2 trilhões. Este patamar foi mantido pela ex-presidente Dilma Rousseff, mas a derrocada veio com a "ponte para o futuro", apoiada pela Folha, que retirou direitos trabalhistas e transferiu recursos dos brasileiros para os acionistas da Petrobrás, conforme demonstra o quadro abaixo:


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A Folha, assim como o Globo, defende a continuidade do teto de gastos e da entrega de riquezas nacionais, assim como a manutenção da malfadada reforma trabalhista. 

Globo declara guerra a Lula e a seu plano econômico. Detalhe: Lula quadruplicou o PIB brasileiro

 Quando foi presidente, Lula recebeu um PIB de US$ 500 bilhões e o entregou quatro vezes maior, a US$ 2,2 trilhões

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Twitter)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu a presidência da República em 2003, com o Brasil como décima-segunda economia do mundo, e o entregou em 2010 com o sexto maior PIB global, não entende de economia, segundo o jornal O Globo, da família Marinho, que apoiou o golpe de estado de 2016 que vem destruindo a economia brasileira. Com Lula, o PIB brasileiro saltou de US$ 509,8 bilhões, em 2003, para US$ 2,2 trilhões, em 2010, mas o O Globo diz, em editorial, que seu programa econômico é um "amontoado de equívocos".

"No conjunto, os 90 tópicos sobre os mais variados temas, espalhados por 18 páginas, são um péssimo ponto de partida", escreve o editorialista. "O documento propõe revogar o teto de gastos (também alvejado pelo governo Jair Bolsonaro) e promete, de forma vaga, construir um novo regime fiscal. O compromisso de todos os postulantes à Presidência deveria ser o controle responsável do gasto público", prossegue o editorialista, sem mencionar que os governos Lula e Dilma reduziram consideravelmente a dívida pública, que só voltou a crescer após o golpe de estado.

O editorial também defende a entrega das riquezas nacionais ao setor privado. "[O programa] condena sumariamente as privatizações. Cita nominalmente Petrobras, Eletrobras e Correios. O caso da Eletrobras é o mais grave porque ela deverá ser privatizada antes das eleições. A menção, sem nenhum adendo sobre o respeito a contratos, é uma afronta aos pequenos investidores que neste momento correm para reservar pedidos de ações", avança o editorial. "Na área trabalhista, o documento recomenda abolir a reforma do governo Temer, de 2017. Parece inacreditável. A sanção da lei completará cinco anos em julho, e são evidentes os benefícios trazidos à vida de funcionários e empresas. As rescisões de comum acordo aumentaram, evitando litígios e diminuindo a insegurança jurídica. Regras mais flexíveis para salários e cargas horárias têm sido cruciais para a manutenção de empregos desde o estouro da pandemia. Processos na Justiça trabalhista despencaram", diz ainda o editorialista, em seu momento de puro delírio. Confira abaixo a tabela que mostra a evolução do PIB brasileiro da era Lula e os retrocessos ocorridos depois do golpe de estado apoiado pelo Globo:


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Golpista em desespero, Bolsonaro tentará promover ensaio de guerra civil no 7 de setembro

 Certo de sua derrota nas urnas, Jair Bolsonaro voltou a convocar seus apoiadores contra o sistema eleitoral

Bolsonaro tenta autogolpe com cerco ao Congresso e Judiciário (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Isac Nóbrega/PR)

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta terça-feira a acusar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de atuarem a favor da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, e pediu que a população vá às ruas no feriado de 7 de Setembro para mostrar de que lado está.

Em entrevista ao SBT News, Bolsonaro repetiu acusações de que os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso estariam atuando para minar a liberdade e para assegurar a vitória eleitoral de Lula.

"O que está sendo organizado, por exemplo, é um 7 de Setembro onde a presença do povo estaria dando uma demonstração de que lado eles estão. Eles estão ao lado da ordem, ao lado da ética, ao lado da lei, ao lado da Constituição, da democracia, da defesa da família, contra a ideologia de gênero, contra o aborto", disse Bolsonaro.

"O que eles querem também? Querem eleições limpas, transparentes", afirmou o presidente, que voltou a levantar suspeitas sem fundamento, que já foram desmentidas, e sem apresentar evidências sobre o sistema eletrônico de votação.

O presidente voltou a repetir, mais uma vez sem apresentar provas, alegações de fraude na eleição de 2018, ao afirmar que teria vencido o pleito em primeiro turno, não na segunda rodada de votação. Indagado como agiria se a fraude alegada por ele sem apresentar evidências voltasse a ocorrer, recusou-se a responder diretamente, mas insinuou uma ameaça.

"Eu não vou entrar nessa área para você, eu não vou entrar com 'se'. Eu acho que eles sabem do meu potencial e do que o povo está pensando também. Nós queremos eleições limpas e dá tempo ainda de termos eleições limpas", afirmou.

Bolsonaro também foi perguntado qual seria a diferença entre as manifestações de 7 de Setembro deste ano e os atos na mesma data do ano passado, quando apoiadores foram às ruas com pautas antidemocráticas, como pedidos pelo fechamento do STF e de uma intervenção militar. Na ocasião, o presidente compareceu no protesto em Brasília e em São Paulo, chegando a discursar.

"Vai ser um 7 de Setembro e também um apoio a um possível candidato que esteja disputando, isso está mais do que claro. E é também uma demonstração pública de que grande parte da população apoia um certo candidato, enquanto do outro lado, do outro candidato, não consegue juntar gente em lugar nenhum do Brasil", afirmou.

"É ir às ruas, mas também agora não apenas ir às ruas, é saber o que eu pretendo fazer em ato contínuo, porque a população apenas indo às ruas não sensibiliza Alexandre de Moraes, Fachin, Barroso. Eles estão no propósito de botar a esquerda no poder novamente", acusou, sem entrar em detalhes sobre o que faria "em ato contínuo".

Fachin é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao passo que Moraes presidirá a corte na eleição deste ano. Barroso antecedeu Fachin na presidência do TSE.

Bolsonaro recentemente entrou com notícia-crime contra Moraes no STF e na Procuradoria-Geral da República, mas os dois pedidos foram rejeitados. Na ocasião, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), admitiu que a medida visava tornar Moraes impedido de julgar casos envolvendo o presidente.

Na entrevista desta terça, ao atacar Fachin repetidas vezes, Bolsonaro disse que o magistrado deveria declarar-se impedido de participar da condução do processo eleitoral.

Para 28%, Bolsonaro é o principal responsável pela alta dos combustíveis, diz pesquisa Quaest

 As manobras de Bolsonaro para se eximir da culpa pela inflação sobre os combustíveis não têm dado certo, de acordo com o levantamento

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)


247 - As manobras de Jair Bolsonaro (PL) para tentar se eximir da culpa pela alta dos preços dos combustíveis não têm sido suficientes, mostra pesquisa Quaest, patrocinada pelo Banco Genial, divulgada nesta quarta-feira (8).

O principal responsável pela inflação sobre os combustíveis é Bolsonaro para 28% dos entrevistados. A Petrobrás aparece em segundo lugar, com 16%, e os governadores em terceiro, com 14%.


É Bolsonaro quem tem poder para alterar a política de preços da Petrobrás. A atual política vincula o preço dos combustíveis no Brasil ao mercado internacional e ao dólar, levando o valor para as alturas. Em suas falas públicas, porém, Bolsonaro se limita a criticar a Petrobrás pelos aumentos e culpar os governadores por uma responsabilidade que é sua.


A pesquisa ouviu 2.000 pessoas presencialmente entre 2 e 5 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03552/2022


Golpe de Estado contra Dilma colocou 33 milhões de brasileiros passando fome

 Desastre é resultado da "ponte para o futuro", apoiada pelos jornais Globo e Folha, em seus editoriais

Dilma Rousseff, Bolsonaro e Temer (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian | Alan Santos/PR)

247 – O Brasil tem hoje 33 milhões de pessoas passando fome e isso é resultado da "ponte para o futuro", implantada após o golpe de Estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que reduziu direitos trabalhistas e transferiu a renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás. O País, que havia saído do mapa da fome com Dilma, hoje ostenta uma posição vergonhosa, mas ainda assim os jornais Globo e Folha publicaram editoriais nesta quarta-feira em que criticam o programa econômico do Partido dos Trabalhadores.

"O número de pessoas que passam fome no Brasil chega a 33,1 milhões de pessoas, segundo o segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) entre o fim de 2021 e abril de 2022. O número é 57,4% superior ao de 19 milhões que tinha sido registrado na primeira edição da pesquisa, feita em dezembro de 2020. A nova pesquisa aponta que há 14 milhões a mais de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave, quando há privação de alimentos e fome. O montante é maior que o tamanho da população da cidade de São Paulo (11,2 milhões) e mais de duas vezes do município do Rio (6,3 milhões)", aponta reportagem de Lucianne Carneiro, no Valor Econômico.

"Os dados mostram que quase 60% (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau - leve, moderado ou grave. A proporção também cresceu em relação a dezembro de 2020, quando era de 55,2%. Na situação mais grave, de fome, são 15,5% dos brasileiros, ante 9% no fim de 2020. Isso significa que, no Brasil de 2022, apenas quatro em cada dez domicílios têm acesso pleno à alimentação, ou seja, estão em condição classificada como segurança alimentar. Em números absolutos, são 125,2 milhões de pessoas preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam fome, 7,2% mais que os 116,8 milhões de 2020", prossegue a jornalista.

Assim como Moro, Tarcísio não tem "vínculo" com São Paulo e pode ter candidatura barrada, sugere Cantanhêde

 Moro, que seria candidato ao Senado por São Paulo, foi impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral de disputar o cargo

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - O ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Sergio Moro (União Brasil) foi derrotado nesta terça-feira (7) no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e não poderá ser candidato nas eleições deste ano pelo estado

Em ação apresentada pelo PT, o argumento utilizado foi o de que Moro "não possui vínculos com o estado de São Paulo, tampouco, com a cidade". O TRE-SP deu razão ao questionamento e barrou a candidatura do ex-juiz ao Senado pelo estado.

Após a decisão, ainda na terça-feira, a jornalista Eliane Cantanhêde sugeriu que o carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo paulista, também pode ser impedido de disputar o cargo. "TRE-SP concluiu que Sergio Moro não conseguiu provar 'vínculo' com São Paulo e anulou seu domicílio eleitoral. E Tarcísio Gomes de Freitas, consegue?", indagou

Moro, que fraudou domicílio em São Paulo e renegou o Paraná, quer ser candidato em seu estado

 Ex-juiz suspeito agora planeja pedir o voto dos paranaenses

Bolsonarista em protesto (Foto: Eduardo Matysiak)


247 – O ex-juiz suspeito Sergio Moro, que fraudou seu domicílio eleitoral e destruiu 4,4 milhões de empregos segundo o Dieese, agora quer pedir o voto dos paranaenses, depois renegar seu próprio estado, fraudando domicílio eleitoral em São Paulo.

"Sergio Moro já decidiu o que fará agora que o TRE/SP rejeitou nesta terça-feira a transferência do seu domicílio eleitoral para São Paulo: não recorrerá ao TSE, como teria direito, e disputará a eleição no Paraná. Na própria decisão de hoje do TRE/SP, já consta que o seu título deveria retornar ao domicílio de origem. Mas a que cargo Moro concorrerá? Aos mais próximos, em conversas reservadas, faz mistério. Diz que pode disputar tanto uma cadeira de deputado federal ou de senador ou até mesmo o governo do Paraná pelo União Brasil", informa o colunista Lauro Jardim, do Globo.

No vídeo abaixo, Roberta Luchsinger, que entrou com a ação contra o ex-juiz suspeito explica o caso:


Golpista, Bolsonaro diz que Fachin comete "estupro" contra a democracia

 Jair Bolsonaro também confessou o crime de fake news contra o sistema eleitoral

Edson Fachin e Jair Bolsonaro (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Alan Santos/PR)


RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar autoridades do Judiciário e acusou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, de ter cometido um "estupro" da democracia brasileira ao se reunir com embaixadores estrangeiros para defender o sistema eleitoral do país e alertar contra acusações nas eleições.

Em discurso com tom raivoso durante evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que passou a época em que decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) deveriam ser cumpridas sem discussão, e alertou que irá desrespeitar decisões da corte.

"Eu não vou viver como um rato, tem que haver uma reação", afirmou.

Na semana passada, Fachin pediu a diplomatas estrangeiros que a "comunidade internacional esteja alerta contra acusações levianas" nas eleições, ao destacar o trabalho da corte para combater o "vírus da desinformação" que tem buscado desacreditar o atual sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.

Na fala, Fachin não fez qualquer menção direta ao presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição e responsável por frequentes ataques --sem apresentar evidências-- a supostas fragilidades das urnas eletrônicas.

No discurso desta terça-feira, Bolsonaro também criticou o Supremo pela decisão tomada mais cedo pela 2ª Turma da Corte que derrubou decisão do ministro Nunes Marques que havia suspendido a cassação do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (União Brasil).

O parlamentar bolsonarista havia sido cassado no ano passado pelo plenário do TSE por divulgar informações falsas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas em 2018. Bolsonaro disse que Francischini não divulgou fake news e reiterou as denúncias de fraude naquele pleito, quando foi eleito presidente.

Ao contrário do que afirma Bolsonaro, nunca foram identificadas fraudes nas urnas eletrônicas nas eleições brasileiras.

Procurada, a assessoria de imprensa do TSE não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações de Bolsonaro.

Ativistas brasileiros levam às ruas de Los Angeles mensagem “Fora Bolsonaro”, antes da Cúpula das Américas

 Ativistas fazem protesto nos EUA, onde se realiza encontro de cúpula de líderes do continente

(Foto: Divulgação)


247 - Ativistas brasileiros se manifestaram contra Jair Bolsonaro (PL) nas ruas de Los Angeles, onde se realiza a 9ª Cúpula das Américas. O ocupante do Palácio do Planalto deve participar do evento a partir desta quinta-feira (9).

Na tarde desta terça (7), um caminhão com três telas de LED circulou pelas ruas da cidade da Califórnia com mensagens como "Fuera, Bolsonaro", "Don't trust Bolsonaro" (não confie em Bolsonaro) e "Bolsonaro loves Trump" (Bolsonaro ama Trump). Todas vinham acompanhadas de imagens de Bolsonaro. 

Segundo a Folha de S.Paulo, a ação foi promovida por uma articulação de organizações brasileiras e internacionais. ​Em nota divulgada nesta terça (7), as entidades afirmam que Bolsonaro leva para Los Angeles e para a Cúpula das Américas sua "péssima reputação ambiental e seu desprezo pelas instituições democráticas".

Também na terça-feira, 71 organizações da sociedade civil brasileira protocolaram documento na  Casa Branca. Entre os signatários estão a Associação dos Povos Indígenas Brasileiros (Apib), a Comissão Arns, o Greenpeace Brasil e o Instituto Vladimir Herzog.