terça-feira, 7 de junho de 2022

Proposta de zerar a tributação sobre o óleo diesel é irresponsável e traz impactos sociais imensuráveis

 


A proposta do governo federal de aprovar na íntegra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que reduz as alíquotas de ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações a um teto de 17%-18%, e, simultaneamente, zerar a tributação (por meio do ICMS e do PIS/Cofins) sobre o óleo diesel é de extrema irresponsabilidade. Não só por tirar dos cofres de Estados e Municípios uma soma de R$ 115 bilhões anuais, sendo R$ 27 bilhões apenas dos Entes locais, como por não oferecer a devida compensação a essa perda.

É lamentável um debate com impactos expressivos aos cofres municipais envolver apenas governos federal e estaduais, deixando de lado os governos locais, que são os que efetivamente prestam serviços à população. Além do quadro fiscal desses Entes, precisa-se colocar em debate os impactos sociais aos cidadãos mais vulneráveis, que pouco serão beneficiados pela redução proposta, mas que sentirão diretamente a desassistência em áreas fundamentais como saúde e educação, especialmente em um momento crucial após a pandemia, com a pressão sobre o sistema de saúde e a volta às aulas presenciais. Cabe lembrar que a perda de receitas nessas áreas corresponde a 70% da perda anual de ICMS para os Municípios.

O valor de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões sugerido pelo Ministério da Economia não compensa nem metade das perdas que Estados e Municípios sofrerão e terá caráter provisório, relacionado à desoneração do óleo diesel. No entanto, a maior parte das perdas – cerca de R$ 80 bilhões – terá caráter permanente, devido ao teto que se pretende criar para as alíquotas de combustíveis, energia e telecomunicações. Ao aprovar o projeto, governo e Congresso não só impõem uma perda substancial de receita aos Entes federados com o propósito de reduzir o preço da gasolina, como proíbem que, superado o atual momento inflacionário e de alta do preço do petróleo, as alíquotas de ICMS dos combustíveis possam aumentar.

Destaca-se que o preço do petróleo é naturalmente volátil e que, há alguns anos, o barril estava sendo vendido a US$ 40, como em 2008 chegou a ser negociado a US$ 140 e hoje está em US$ 120. A redução do ICMS pode reduzir em R$ 0,70 o preço do litro da gasolina, mas o aumento da cotação internacional do petróleo em US$ 40, como ocorreu nesse último ano, tem um impacto de R$ 1,20 no preço da bomba. Dessa forma, não é correto criar um teto que vai reduzir permanentemente a arrecadação de Estados e Municípios para buscar uma solução conjuntural e absolutamente insuficiente para controlar a alta da inflação e dos combustíveis em particular. Trata-se de uma solução muito custosa para limitados benefícios para a sociedade.

Contudo, o mais grave disso tudo é que o governo federal só sinaliza com uma compensação para o diesel, que nesse caso seria passageira, deixando para trás a principal e maior perda causada pelo teto de alíquotas sobre o ICMS dos combustíveis, energia e telecomunicações, que seria permanente. Mudanças estruturais, como a defendida pelo governo e pelo Congresso para as alíquotas do ICMS exigem compensações igualmente estruturais. Por isso, o movimento municipalista defende que, além da compensação transitória, inclua-se na PEC apresentada pelo governo uma proposta de vinculação do imposto de exportação aos fundos de participação de Estados e Municípios e que se regulamente imediatamente a cobrança desse imposto sobre as exportações de petróleo.

Fonte: Paulo Ziulkoski - Presidente da CNM


PT apresenta projeto para barrar a privatização da Petrobrás

 De acordo com o partido, a privatização da empresa "é extremamente maldosa e nociva aos interesses nacionais"

Ato contra a privatização da Petrobrás e Gleisi Hoffmann (Foto: Sindipetro-BA | Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

247 - O PT apresentou um projeto de decreto legislativo para evitar a privatização da Petrobrás. De acordo com a proposta, a "sanha privatista do governo Bolsonaro em se desfazer" da empresa "é extremamente maldosa e nociva aos interesses nacionais". 

"Não por acaso o interesse em vender a empresa foi o mote do primeiro pronunciamento do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. Além de dizer que 'todas as metas anunciadas aqui são apoiadas pelo presidente Bolsonaro', Sachsida antecipou o presente movimento, ao anunciar o envio de estudos técnicos ao Ministério da Economia sobre a viabilidade de desestatização da companhia, no âmbito da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos", disse.

"O petróleo é uma das maiores riquezas naturais do Brasil. O pré-sal, descoberto e desenvolvido durante os governos do PT, deveria ser encarado como oportunidade para o aumento da produtividade do trabalho no Brasil, em benefício da maioria, utilizando essa riqueza em atividades industriais produtivas, agregando valor ao petróleo cru, apropriando e distribuindo a renda petroleira. A Petrobrás ainda se caracteriza por ser a empresa que mais investe em ciência e tecnologia no Brasil e é detentora de produtos e tecnologias inovadoras que a destacam na indústria petrolífera mundial".


Temer põe panos quentes e nega ter costurado 'acordão' entre Bolsonaro e Moraes

 Ex-presidente organizou conversa por telefone entre líder do executivo e ministro do STF em setembro do ano passado

Temer, Bolsonaro e Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR | Alan Santos/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247 - O ex-presidente Michel Temer (MDB) negou ter sido o articulador de um suposto 'acordão' entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, à época da crise entre o poder executivo e a máxima instância do judiciário em setembro de 2021. A declaração de Temer foi dada em entrevista à coluna Radar, da Veja, nesta terça-feira (7).

O contexto do posicionamento do emedebista se deu após participação de Bolsonaro no programa "Perspectivas, com Débora Bergamasco" do SBT News na manhã de hoje. O líder do executivo afirmou que teria feito um 'acordão' com Moraes por telefone no ano passado, sob a tutela de Temer, para reduzir as tensões com o STF naquele momento, mas que o juiz não teria cumprido suas promessas.

O ex-presidente, após a declaração de Jair, deu sua versão dos fatos ao Radar: “Não houve isso. Ficaria mal para o Alexandre, mas ficaria mal para Bolsonaro. O que houve foi uma conversa amigável entre eles por telefone. Eu me afastei um pouco até para deixá-los à vontade. Eu não ouvi isso em momento algum. Não estava perto, não ouvi isso, mas devo dizer que ficaria mal para o Alexandre e para ele (a existência de um acordão).”

Mesmo confirmando que foi o responsável por organizar a reunião por telefone, Temer alegou que "não ouviu nada não republicano" e que o presidente da república ainda teria dito a Moraes: 'Eu sou Palmeiras e você é Corinthians, essa é a única briga que eu quero ter com você'.

Aos prantos, esposa de Dom Phillips faz apelo às autoridades: "intensifiquem essas buscas" (vídeo)

 O jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira estão desaparecidos na Amazônia. "A gente ainda tem um pouquinho de esperança", diz Alessandra Sampaio

Alessandra Sampaio e Dom Phillips (Foto: ABr | Reprodução/Twitter)

247 - Esposa do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio divulgou um vídeo nesta terça-feira (7) com um apelo às autoridades brasileiras para que intensifiquem as buscas pelo marido.

Assim como o indigenista Bruno Pereira, Phillips está desaparecido na Amazônia.

Aos prantos, Alessandra afirma ter "um pouquinho de esperança" de encontrar Phillips


Polícia do Amazonas abre inquérito criminal sobre desaparecimento de jornalista britânico e indigenista

 Polícia não descarta que o desaparecimento esteja ligado às quadrilhas que operam na região sem lei

Uma equipe de busca procura o jornalista britânico Dom Phillips e o especialista indígena Bruno Pereira (Foto: Ministério da Defesa/Divulgação via REUTER)


Reuters - A Polícia Civil do Amazonas abriu um inquérito criminal e ouviu pelo menos quatro testemunhas que se acredita estarem entre as últimas pessoas a terem visto um jornalista britânico e um indigenista brasileiro desaparecidos em uma parte remota da floresta amazônica no domingo.

Guilherme Torres, chefe do Departamento de Polícia do Interior da Polícia Civil do Amazonas, disse à Reuters nesta segunda-feira que a polícia abriu um inquérito para apurar se houve algum crime e ouviu quatro testemunhas, enquanto faz buscas pelo jornalista freelance Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira.

Torres disse que Pereira recebeu recentemente uma carta ameaçadora de um pescador local, que a polícia estava tentando localizar.

Ele disse que policiais ouviram dois pescadores como testemunhas na segunda-feira, e mais dois foram interrogados nesta terça-feira. As duas primeiras testemunhas não forneceram nenhuma informação útil, e Torres ainda não tinha detalhes sobre as falas das outras duas.

"A gente trabalha com a possibilidade de poder ter acontecido um crime sim, mas há uma outra possibilidade, muito maior, de eles estarem perdidos", disse Torres. "Agora, nossa prioridade é encontrá-los vivos, principalmente nestas primeiras horas. Paralelamente, foi aberto um inquérito criminal para apurar se houve algum crime cometido."

A Marinha e o Exército enviaram equipes de busca em barcos e helicópteros para a área, com apoio da Polícia Federal e da polícia do Amazonas.

Pereira e Phillips, que escreve para o jornal britânico The Guardian e para o norte-americano The Washington Post, desapareceram na madrugada de domingo durante uma viagem de reportagem no Vale do Javari.

A vasta região, que faz fronteira com o Peru e abriga o maior número de indígenas isolados do mundo, é ameaçada por garimpeiros ilegais, madeireiros, caçadores e quadrilhas de plantadores de coca, que fabricam a matéria-prima da cocaína.

Torres disse que não pode descartar que o desaparecimento esteja ligado às quadrilhas que operam na região sem lei.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que noticiou pela primeira vez o desaparecimento, disse que sua própria equipe recebeu ameaças nos últimos dias.

O desaparecimento dos dois homens, ambos com anos de experiência trabalhando na região, despertou preocupação global de grupos de direitos humanos, ambientalistas, políticos e defensores da liberdade de imprensa.

Em uma entrevista emocionante na TV, a esposa de Phillips, Alessandra Sampaio, pediu às autoridades que intensifiquem seus esforços de busca, "porque ainda temos um pouquinho de esperança de encontrar eles".

"Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados, por favor, intensifiquem essas buscas", acrescentou.

A família de Pereira emitiu um comunicado pedindo uma robusta operação de busca, acrescentando que “também estamos muito esperançosos de que tenha havido um acidente com o barco e que eles estejam esperando por ajuda”.

O presidente Jair Bolsonaro, que já enfrentou duros questionamentos de Phillips em entrevistas coletivas sobre políticas que enfraqueceram a aplicação da lei ambiental no Brasil, disse em entrevista nesta terça-feira que os dois homens estavam em "uma aventura que não é recomendável que se faça”.

"Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados, tudo pode acontecer", disse Bolsonaro ao SBT News. "Espero, e a gente pede a Deus, que sejam encontrados brevemente."

Grupos indígenas, que se queixam de uma aplicação da lei ambiental mais fraca desde que Bolsonaro assumiu o cargo defendendo menos restrições a essas terras, entram em confronto regularmente com garimpeiros e caçadores ilegais na região.

Phillips estava pesquisando para um livro sobre a Amazônia e seus defensores ambientais. Pereira tem colaborado com a Univaja e outros grupos indígenas de forma independente desde que foi afastado de seu cargo na Funai durante o governo Bolsonaro.

Segunda Turma do STF derruba liminar e mantém cassação de Francischini


Francischini (União Brasil): paranaense foi cassado por divulgar informações falsas sobre urnas eletrônicas (Foto: Dálie Felberg/Alep)


Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal derrubou hoje a liminar do ministro Kassio Nunes Marques que havia suspendido a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil). Além de Marques, votou pela manutenção da liminar o ministro André Mendonça – ambos indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Corte. Votaram pela derrubada da liminar os ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandovski e Gilmar Mendes.

Francischini teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro de 2021, por divulgar informações falsas sobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2018. Na semana passada, Nunes Marques acatou recurso da defesa e suspendeu a cassação, determinando a reintegração do político paranaense à Assembleia Legislativa. Na segunda-feira, Francischini e outros três deputados que haviam perdido o mandato por conta da anulação dos votos dele – Emerson Bacil, Do Carmo e Cassiano Caron, todos do União Brasil – reassumiram suas vagas na Casa.

O julgamento da Segunda Turma aconteceria em simultâneo à análise, pelo plenário da corte máxima, de mandado de segurança apresentado pelo deputado estadual Pedro Paulo Bazana (PSD), que assumiu a cadeira deixada por Francischini na Assembleia e pediu para o STF restabelecer a cassação do bolsonarista.

No entanto, o ministro André Mendonça pediu vista (mais tempo para análise) de tal processo, travando o julgamento do plenário do STF, sob o argumento de que seria “prudente” aguardar o posicionamento da 2ª Turma do Supremo sobre a liminar dada por Kassio Nunes Marques. O avaliação do ministro é a de que, a depender do entendimento do colegiado, a decisão do colega pode ou não ser mantida, impactando no pedido que estava sendo analisado pelo plenário da corte máxima.

"Cabível, assim, atuação destinada a evitar eventuais decisões conflitantes no âmbito desta Suprema Corte, em benefício da ordem processual e do rigor procedimental, e com objetivo de permitir identificar a subsistência ou não de interesse processual na presente impetração", alegou.

No julgamento de hoje, Nunes Marques reafirmou o argumento de que não havia jurisprudência sobre o combate à informações falsas sobre o sistema eleitoral, quando Francischini publicou nas redes sociais vídeo no qual apontava, sem provas, suposta fraude nas urnas eletrônicas. Ele alegou ainda que essa jurisprudência formada mais tarde teria que respeitar o princípio da anterioridade, segundo o qual mudanças na legislação eleitoral têm que ser estabelecidas com um ano de antecedência em relação às eleições.

Em seu voto, Mendonça afirmou que acompanharia Nunes Marques para dar "segurança jurídica" e disse que as declarações de Francischini não tiveram o condão de influenciar nas eleições de 2018 a ponto de justificar a pena de perda de mandato.

"Entendo que nesse caso é adequado preservar a vontade democrática desses eleitores, e não se aplicar de maneira tão contundente, tão forte, uma pena que implique a perda de um mandato que foi objeto de escolha dos eleitores", disse.

Fachin foi o primeiro ministro a divergir e disse que existência de um debate "livre e robusto de ideias" não dá salvo conduto para ninguém "falar ou escrever afirmações notoriamente e sabidamente falsas que só visam tumultuar o processo eleitoral". O ministro foi acompanhado por Ricardo Lewandowski.

"Assim, às vezes é necessário repetir óbvio. Não existe direito fundamental em atacar a democracia a pretexto de se exercer qualquer liberdade. A lealdade à constituição é devido a todos, sobretudo aos agentes políticos, que só podem agir respeitando-a. Não se pode confundir o livre debate público de ideias e a livre disputa eleitoral com a autorização para disseminar desinformação, preconceitos e ataques à democracia", disse Fachin.

Último a votar, Gilmar Mendes desempatou o placar e disse que o discurso de ataques sistemáticos às urnas não pode ser enquadrado como "tolerável" em um Estado Democrático de Direito que tem o voto direto e secreto como cláusula pétrea. "Especialmente por um pretendente a cargo político com larga votação para a disputa de deputado estadual. Tal conduta ostenta gravidade impar", afirmou. 

Desconforto - A liminar de Nunes Marques criou desconforto entre os colegas e a tendência é que os ministros derrubem a decisão, fazendo valer o posicionamento do Tribunal Superior Eleitoral, considerado um precedente inédito contra a disseminação de fake news por candidatos e políticos. O ministro Alexandre de Moraes, que vai comandar o TSE em outubro, já disse que a posição da Justiça Eleitoral é "clara" e vai ser aplicada nas eleições.

No diagnóstico de magistrados ouvidos reservadamente, Kassio Nunes Marques concedeu a liminar a Francischini para ganhar ainda mais pontos com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que o indicou para o STF. Apesar das divergências, os ministros tendem a evitar ataques ao colega para que o episódio não se transforme em nova crise.

Fonte: Bem Paraná

Lula tem quase 45% dos votos e lidera em Minas Gerais, diz pesquisa

 Levando em consideração somente os votos válidos, o ex-presidente tem mais de 52% do eleitorado no estado, de acordo com a pesquisa Datatempo

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A pesquisa Datatempo, divulgada nesta terça-feira (7), apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida ao Planalto entre os eleitores mineiros, com 44,8% dos votos. Na segunda posição ficou Jair Bolsonaro (PL), com 28% do eleitorado. Nos votos válidos, o petista conseguiu 52,1%, contra 32,6% do seu adversário. 

Continuando as estatísticas sobre os votos totais, ex-ministro Ciro Gomes, do PDT (6,6%), ficou em terceiro lugar. De acordo com as estatísticas, o deputado federal André Janones (Avante) conseguiu 3,3%. Em quinto lugar ficou a senadora Simone Tebet (MDB-MS), com 1,25%. 

A sexta colocação foi de Pedro Marçal (PROS), com 0,7%. Em sétimo lugar ficou Vera Lúcia (PSTU), com 0,5%, seguida por Eymael (Democracia Cristã), com 0,3%. Felipe D'Ávila (Novo) alcançou 0,25%. 

Brancos e nulos somaram 7,6%, e não souberam ou não responderam, 6,5%. 

Com 19 milhões na extrema pobreza, Bolsonaro sugere "escambo" de alimentos por diesel com países

 "Tem país que refina petróleo e tem diesel em abundância", disse Jair Bolsonaro, enquanto milhões de brasileiros passam fome. "Alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora"

(Foto: ABr)

247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (7) que, em caso de desabastecimento mundial de petróleo, o Brasil poderia fazer uma espécie de escambo, ou seja, oferecer alimentos em troca do diesel de outros países.

"Vou falar um absurdo para você aqui. Nós podemos partir para o escambo, troca. Tem país que refina petróleo e tem diesel em abundância. Nós temos alimentos. O que é mais importante, alimento ou comida? Os dois são importantes. Mas a comida é mais importante", disse ele em entrevista ao SBT.

"Nós alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora. Então, nós damos garantia alimentar para nós e para grande parte da população. Então, nós temos como medidas partir até mesmo para o escambo. Logicamente, que se esta guerra [entre Rússia e Ucrânia] acabar lá fora, tudo no meu entender volta à normalidade", acrescentou.

Bolsonaro sugeriu o "escambo", mas é de 36% o índice de famílias brasileiras sem dinheiro para comprar alimentos entre os anos de 2019 e 2021, de acordo com uma pesquisa elaborada pelo economista Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais FGV Social, e divulgada no final de maio. Foi o mais alto patamar já alcançado pela série histórica iniciada em 2016.

Outro levantamento, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, apontou que 19 milhões de brasileiros sofreram com a fome durante a pandemia em 2020, primeiro ano da pandemia no Brasil. A Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) conduziu a pesquisa. 

Apucarana abre o Restaurante Popular, com refeições a R$2,00

 

No primeiro dia foram servidas duzentas refeições, que é o limite fixado na licitação e contratação


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria de Assistência Social, abriu nesta terça-feira (7) o Restaurante Popular, com refeições ao custo de R$2,00 (dois reais). O ato aconteceu pela manhã, com a presença do prefeito Junior da Femac, vice-prefeito Paulo Vital e a secretária de assistência social, Ana Paula Nazarko, além de outros secretários e vereadores.

Já no primeiro dia de funcionamento o Restaurante Popular atingiu a cota máxima de refeições, que está limitada a 200 (duzentas) pessoas. A secretária Ana Paula Nazarko explica que foi licitado e contratado o valor de R$600 mil, por doze meses, para servir 50.400 refeições. Ele cita que as pessoas pagam apenas R$2,00 por refeição, sendo que o custo adicional é subsidiado pelo município.   

O programa instituído por lei municipal é destinado à população em situação de vulnerabilidade social, garantindo uma refeição diária a preço acessível e de qualidade. O público alvo é de idosos e trabalhadores em geral, principalmente, os que estão buscando colocação no mercado de trabalho. No primeiro dia o cardápio foi cubos de pernil suíno acebolado, arroz, feijão, canjiquinha, cenoura ralada, acelga e laranja de sobremesa.

O atendimento acontece das 11 às 14 horas, de segunda a sexta-feira, sendo que, a partir das 10h45, o caixa do restaurante estará aberto para a venda dos tickets. O cardápio, sob a supervisão de nutricionistas, inclui carnes, legumes, verduras, massas e frutas de sobremesa. O restaurante está funcionando na Rua Irati, número 379, em frente à Associação Filantrópica Ferra Mula.  


Ana Maria Shimidt, superintendente da Secretaria de Assistência Social, faz alguns esclarecimentos importantes. “As pessoas em situação de rua vão continuar sendo atendidas no Centro Pop, na Rua Clotário Portugal. O Restaurante Popular não irá vender marmitas e nem fará entregas. As refeições devem ser consumidas no local”, explicou ela.      

“A alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, sendo assim é essencial que o Poder Público adote políticas e ações para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional das pessoas em situação de vulnerabilidade”, assinalou o prefeito Junior da Femac, que acompanhou o início de funcionamento do restaurante. 



Ele lembrou de outros programas municipais que contribuem para a alimentação. “Temos a melhor merenda escolar do Paraná, estruturada com produtos do Programa Terra Forte. A prefeitura mantém o Centro Pop que serve uma média de 1.500 refeições por mês; e o Centro Dia que serve alimentos aos idosos. Em outra frente, o município repassa cestas de alimentos para diversas entidades sociais, que contemplam um número significativo de famílias. E, concluindo, mantemos também a entrega mensal de centenas de cestas básicas para famílias cadastradas nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS)”, assinala o prefeito Junior da Femac, frisando que “ninguém vai passar fome em Apucarana”.

O vice-prefeito Paulo Vital destacou que para viabilizar um programa como esse, em primeiro lugar é preciso ter vontade política. “Em gestões anteriores a 2012 tinha dinheiro e os meios, mas isso não foi feito. Somente agora, com a iniciativa do prefeito Junior e apoio da bancada aliada na câmara foi possível planejar e colocar em prática esta ação de cunho social”, enalteceu Paulo Vital.

O evento foi prestigiado pelos vereadores Rodrigo Lievore, Mauro Bertoli, Jossuela Pireli, Marcos da Vila Reis, Tiago Cordeiro, Luciano Molina e Toninho Garcia. Todos discursaram na abertura do restaurante popular, manifestando sua aprovação à proposta da gestão.

O presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar, David Brito, também elogiou a proposta da prefeitura. “Trata-se de uma ação concreta do município para permitir que uma faixa da população vulnerável tenha acesso à alimentação de qualidade a um custo muito acessível”, destacou.     

 

 

Sem revelar detalhes, Bolsonaro acusa Moraes de descumprir acordo de "paz" articulado com Temer

 Bolsonaro não revelou os termos que teriam sido combinados com o ministro, que resultaram em carta divulgada à época da crise entre o poder executivo e o STF após o 7 de Setembro

Jair Bolsonaro, Michel Temer e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação)

247 - Jair Bolsonaro acusou nesta terça-feira (7), em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)  Alexandre de Moraes de descumpriu um acordo que, segundo ele, foi firmado antes de divulgação de uma carta escrita com o auxílio do ex-presidente Michel Temer (MDB), à época da crise entre o poder executivo e o STF em setembro de 2021. 

Segundo Bolsonaro, Moraes não cumpriu “nenhum dos itens” do acordo celebrado entre eles para que a carta com o pedido de desculpas do presidente à Suprema Corte fosse divulgada. 

Apesar da acusação, Bolsonaro não revelou os termos que teriam sido combinados com o ministro do STF.

“Não falei isso para ninguém, estou falando primeiro para você. Estava eu, Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para o Alexandre de Moraes e falamos três vezes com ele, e combinamos umas certas coisas para assinar aquela carta. Ele não cumpriu nenhum dos itens que eu combinei com ele”, disse.

Bolsonaro hesitou em detalhar os termos do acordo. “Não, não vou te falar. A carta está pública, nós combinamos ali, são outras questões para diminuir a pressão sobre essa perseguição que ele [Moraes] faz até hoje em cima de pessoas que me apoiam”, declarou.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) negou ter sido o articulador de um suposto 'acordão' entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, à época da crise entre o poder executivo e a máxima instância do judiciário em setembro de 2021. 

Dom Phillips e Bruno Pereira foram vítimas de emboscada, denuncia indígena

 Informação é de uma testemunha que faz parte da equipe de 13 vigilantes indígenas que circulavam com o jornalista e o indigenista no Vale do Javari

Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: Divulgação)

247 - O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos desde domingo na região do Vale do Javari, no Amazonas, foram vítimas de uma emboscada. É o que afirma uma testemunha faz parte de uma equipe de 13 vigilantes indígenas que circulavam com o jornalista e o indigenista. 

Segundo reportagem de Elaíze Farias e Eduardo Nunomura, do portal Amazônia Real, os indígenas, segundo a fonte, alertaram sobre os riscos de Bruno e Dom seguirem sozinhos pelo rio Itacoaí.

"Pelo relato, por volta das 4 horas do domingo (5), o indigenista e o jornalista avisaram que iriam conversar com o ribeirinho 'Churrasco', presidente da comunidade São Rafael. Dias antes, eles já haviam cruzado com um outro grupo em uma embarcação de 60HP, considerada incomum para navegar em cursos d’água (furos e igarapés) mais estreitos. Eles fizeram questão de mostrar que estavam armados. Alertados e preocupados com a situação, os indígenas chegaram a pedir que Bruno, que já foi chefe da Coordenação Regional Vale do Javari e coordenador geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai, não prosseguisse sem segurança. 'Aí ele disse: ‘Não, eu vou baixar só, vou baixar cedo, vou pegar eles de surpresa’'”, diz a reportagem. 

Segundo esse indígena ouvido pelo Amazônia Real, há ribeirinhos que trabalham para os criminosos que atuam nessa conflituosa região no entorno da Terra Indígena Vale do Javari, o segundo maior território demarcado do País. “São 4 cabeças, se não me engano, e todos trabalham com narcotraficantes. Eles pescam para alimentar o narcotráfico. São muito perigosos. Eles foram apreendidos com muito tracajá, pirarucu, que tiraram da área indígena”, disse o indígena aos jornalistas. Na região, atuam também narcotraficantes peruanos e colombianos. 

PT tem estratégia para retomar controle estatal da Eletrobrás; "é possível reverter", diz Guido Mantega

 Partido avalia questionar no STF fragilidades no processo de venda e, se voltar ao poder, recomprar ações da companhia para que o governo volte a deter mais de 50% da empresa

Lula e Eletrobras (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Pilar Olivares)

Por Bernardo Caram e Lisandra Paraguassu (Reuters) - Com o processo de privatização da Eletrobras perto de ser concluído, o PT já traça planos para tentar retomar o controle estatal da maior elétrica da América Latina no caso de uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições, disseram membros do partido à Reuters.

Mas o caminho para reverter a desestatização não é simples, na visão de especialistas.

As iniciativas elencadas pelo partido passam por questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fragilidades no processo de venda e vão até uma possível recompra de ações da companhia para que o governo volte a deter mais de 50% da empresa.

Contudo, não preveem ações que possam ser caracterizadas como ruptura ou desrespeito à atual legislação, de acordo com representantes do partido ouvidos pela reportagem.

"É possível reverter", afirmou à Reuters o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que comandou a pasta nas gestões do PT entre 2006 e 2014. "Eu não tenho dúvidas que há formas, nem que, no limite, você tenha que recomprar as ações."

Na avaliação de Mantega, o primeiro passo seria levantar as possibilidades de contestação jurídica do processo de privatização. Para ele, o partido deve buscar "defeitos e irregularidades" que possam ter sido cometidos, citando questionamentos já levantados no Tribunal de Contas da União em relação à precificação da operação.

"O melhor caminho é você questionar e derrubar na Justiça essa privatização, que tem várias irregularidades", disse.

Responsável no PT por acompanhar o processo de privatização até aqui, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) tem trabalhado, dentro da campanha de Lula, as alternativas que possam ser usadas pelo partido no caso de a venda da estatal ser de fato levada adiante.

O senador cita uma série de pendências, chamadas por ele de "fios desencapados", que trariam insegurança ao processo, incluindo o impacto nas contas de luz da descotização das usinas --que abrirá espaço para a comercialização de cerca de 40% da energia consumida no país a preços livres de mercado.

O senador citou também a falta de um estudo de impacto de médio prazo nas tarifas e questões relacionadas a Furnas, Itaipu e Eletronorte que ficaram sem solução.

"Não é questionar por questionar. Não vai ter insegurança jurídica. Essa insegurança já existe com esses problemas que ficaram. É fazer ajustes para corrigir processos defeituosos e reinstaurar o interesse público", defendeu.

Procurados pela Reuters, os ministérios de Minas e Energia e da Economia não responderam. A Eletrobras informou que não vai comentar.

O governo tem negado que a privatização da Eletrobras resultará em um aumento da conta de energia, ressaltando que o projeto prevê aportes de cerca de 32,1 bilhões de reais pela Eletrobras à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo de vários anos, compensando a descotização. Além disso, a companhia também deverá direcionar quase 10 bilhões de reais à revitalização de bacias hidrográficas na próxima década.

Para Prates, o questionamento da privatização da Eletrobras se dará "de forma não traumática".

"Temos que usar as mesmas regras de mercado. As que são contestáveis serão (contestadas), usando as regras do jogo. O Estado brasileiro como acionista, majoritário ou não, se mexerá. É um poder e uma prerrogativa do acionista agir."

As regras do processo de privatização preveem uma diluição do poder do governo federal dentro da empresa, com a venda de ações até que a União chegue a 45% de participação nas ações ordinárias e perca o controle da empresa.

No grupo que trabalha com o plano de governo de Lula, a recompra de ações é uma das possibilidades consideradas, como admitido por Prates e Mantega. Mas não há uma decisão tomada. É preciso, dizem, analisar o cenário no caso de o ex-presidente ser eleito.

Difícil reversão

Uma eventual reversão da privatização da Eletrobras é possível em teoria, mas muito difícil de ser operacionalizada na prática, na avaliação de João Reis, advogado do escritório Machado Meyer, especializado na área de litígio.

"Também acho complicado vir uma decisão política de retornar a Eletrobras como ente da administração pública", disse, pontuando dificuldades fiscais que o país enfrenta.

O presidente da Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Fábio Coelho, observou que a modelagem da privatização já prevê regras que praticamente inviabilizariam um movimento desse por parte do governo.

Uma das chamadas "poison pills" --regras normalmente colocadas para proteger acionistas minoritários-- da Eletrobras determina que quem passar a deter mais de 30% das ações teria que pagar um ágio de 100% sobre o valor médio negociado das ações ordinárias da companhia. "Fica muito caro, quase inviável economicamente... E se quiser comprar mais de 50% da companhia, tem um ágio de 200%", acrescentou.

O PT já tentou suspender a privatização na Justiça, sem sucesso. Em abril e maio, parlamentares do partido e de outras siglas da oposição entraram com ações, inclusive no STF, para travar o processo. Até o momento, os pedidos não prosperaram.

Insegurança energética

Faz parte do plano de governo de Lula a ideia de que um futuro governo precisa trabalhar com acionistas nas estatais, mas de um perfil específico. A visão é de que o investidor em estatais brasileiras --e isso serve para Eletrobras e Petrobras-- não pode ser um daytrader, alguém que especula com as ações e espera um retorno rápido.

"As estatais terão que ser vistas como um investimento conservador valorizado, de longo prazo, para fundos de pensão das professorinhas de Quebec, dos carteiros de Nova York. Uma rentabilidade mais comportada, mas mais longeva. Esse é o acionista que queremos. Uma estatal não é uma startup", disse Prates.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, afirmou que a perda de controle da Eletrobras pelo governo trará insegurança energética e aumento de tarifas, além de desestruturar investimentos em infraestrutura e políticas sociais. Para ela, a velocidade da privatização tocada pelo governo Jair Bolsonaro torna a operação insegura para os investidores sob aspectos jurídicos, econômicos e políticos.

“Da forma como está sendo conduzida, com subavaliação de ativos, atropelos nos processos licitatórios e outros procedimentos, essa privatização configura uma verdadeira negociata”, disse, acrescentando que vê ilegitimidade do governo Bolsonaro para conduzir esse processo em final de mandato.

Lula se posicionou mais de uma vez contra a privatização da Eletrobras, fez críticas à venda em ano eleitoral e chegou a dizer que quem comprasse a companhia iria se arrepender.

"Os empresários que tiverem juízo é importante contar até 10 antes de fazer a loucura de comprar a Eletrobrás a preço de banana", afirmou em entrevista a uma rádio de Minas Gerais.

“Privatizar a Eletrobras é entregar de bandeja esse inestimável patrimônio duramente construído pelo povo brasileiro”, disse em maio, em redes sociais.

Lula vem liderando as pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro. Levantamento do Datafolha mostrou que o petista abriu 21 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 48% da preferência dos eleitores, ao passo que o atual mandatário registra 27% de intenção de voto.

A privatização da estatal de energia já recebeu aval do Congresso e foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em maio. No final do mês passado, a companhia lançou a oferta de ações para concretizar a capitalização, que tem precificação prevista para 9 de junho.

"Fizeram aventura", diz Bolsonaro, sobre desaparecidos na Amazônia (vídeo)

 "Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados. Tudo pode acontecer", disse Bolsonaro sobre o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira

Bolsonaro, Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)


247 - Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (7), que “torce” para que o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, que desapareceram na região do Vale do Javari, na  Amazônia, sejam encontrados “brevemente”. Apesar da declaração, ele destacou que os dois embarcaram em uma “aventura que não é recomendável” e onde “tudo pode acontecer". 

Pereira e Phillips desapareceram no último domingo (5), quando viajavam de barco no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. O indigenista, considerado um dos mais experientes do Brasil e que foi exonerado da Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo governo Bolsonaro, vinha sendo ameaçado por madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais que atuam na região.  

"O que nós sabemos até o momento? Que no meio do caminho teriam se encontrado com duas pessoas, que já estão detidas pela Polícia Federal, estão sendo investigadas. E, realmente, duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados. Tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus para que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco na região”, disse Bolsonaro.

Assista:


 Mais cedo, o Itamaraty divulgou uma nota prometendo adotar “todas as providências para levar os perpetradores à Justiça", caso o desaparecimento do indigenista e do jornalista britânico Dom Phillips esteja ligado a atuação de criminosos no Vale do Javari, na Amazônia.

A promessa do governo brasileiro e a declaração de Bolsonaro foram feitas um dia antes do atual ocupante do Palácio do Planalto se encontrar com o presidente dos Estado Unidos, Joe Biden, na reunião da Cúpula das Américas.

O temor do governo brasileiro é que o governo estadunidense, que pretende utilizar o encontro para pressionar o Brasil a assinar um documento se comprometendo com as questões ambientais, aumente a pressão em função do desaparecimento do ativista e do jornalista britânico. 


Apucarana registra 94 casos da Covid-19 nesta terça-feira



 A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 94 casos de Covid-19 nesta terça-feira (7) em Apucarana. O município segue com 549 mortes e soma agora 36.501 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 36 homens e 58 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 19 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 105.130 pessoas, sendo 74.414 em testes rápidos, 27.079 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município tem um paciente internado no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.