terça-feira, 7 de junho de 2022

Presidente do PDT, Lupi critica temperamento de Ciro e diz que ele errou ao ir a Paris no segundo turno de 2018

 Apesar disso, ele afirmou que a candidatura está mantida, mas sugeriu apoio a Lula no segundo turno contra Bolsonaro

Carlos Lupi, Ciro Gomes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação | ABR)

247 – O presidente do PDT, Carlos Lupi, concedeu entrevista ao Valor Econômico, em que fez críticas ao pré-candidato de seu partido Ciro Gomes, lembrando sua viagem a Paris, no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. “Não achei correto ter feito isso. Cada um é dono do seu livre-arbítrio. Aqui, eu fui para a TV dizer que faria apoio crítico, não subi em palanque, não pedi voto, mas dei apoio. Acho ruim ter ido, deu discurso para o adversário. A cada tempo seu sofrimento. [Se Ciro não for ao segundo turno este ano] vou deixar para pensar mais à frente [no que fazer]. Mas votar em Bolsonaro, jamais”, disse ele, aos jornalistas Murillo Camarotto, Vandson Lima e Fernando Exman, sugerindo apoio a Lula.

Lupi também se queixou do temperamento do seu candidato. “Não quero que casem com ele, quero que votem. Temperamento típico padrão de político brasileiro ele não tem e nunca terá. Provocado, reage. Não espera dois minutos. Isso atrapalha no meio político? Atrapalha.” A despeito das declarações, Lupi disse que Lula e o PT estão com "salto alto" e afirmou crer na ida de Ciro ao segundo turno.

Com favoritismo consolidado, Lula pretende agora abrir agenda para o empresariado

 A posição de ampla vantagem de Lula em todas as pesquisas eleitorais faz com que empresários e banqueiros formem fila para dialogar com o ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mercado financeiro (Foto: Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente Lula (PT) e setores do PT, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, avaliam que chegou o momento de abrir a agenda para o empresariado. Até agora, Lula tinha mantido apenas conversas restritas com representantes do mercado, como Abilio Diniz e José Seripieri Junior, da Qsaúde, seus velhos conhecidos.

A consolidação do favoritismo de Lula, que aparece em todas as pesquisas eleitorais com larga vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), inclusive com chances de vencer a eleição no primeiro turno, "fez crescer a fila de empresários, banqueiros e entidades representativas que aguardam para conversar com ele", relata a jornalista.

A pré-campanha de Lula vinha focando até agora em encontros com políticos e movimentos sociais. Com as alianças estaduais já bem encaminhadas, o ex-presidente avalia agora que pode se voltar para o empresariado.

Nomes importantes do PT, como a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e os ex-ministros Aloizio Mercadante e Alexandre Padilha, já vinham tendo contatos com representantes do mercado para falar do que Lula pretende fazer na economia. Em entrevista recente, porém, o ex-presidente afirmou que quem quiser falar sobre economia terá de tratar diretamente com ele. "O mercado precisa conversar com o candidato a presidente. E na hora que eu tiver interesse eu vou conversar com o mercado. Eu não vou ficar indicando economista".

Um interlocutor de Lula que mantém relação com o empresariado afirma que a maior parte do grupo ainda é bolsonarista, mas tem se mostrado desconfiada diante das ameaças golpistas do chefe do governo federal. Na visão deles, se Bolsonaro resolver conturbar o cenário eleitoral com acusações de fraude, a instabilidade pode se instalar no país de forma a prejudicar seus negócios, até mesmo derrubando os papéis do Brasil e das empresas no exterior.

Record dá bronca em âncora do Balanço Geral por chamar Lula de 'ex-presidiário'

 Durante uma reportagem na última semana, apresentador disse que Lula era "ex-presidiário"

(Foto: Reprodução)

247 - Apresentador do Balanço Geral na Bahia, Adelson Carvalho levou uma bronca da Record por ter ofendido o ex-presidente e pré-candidato nas eleições de outubro Luiz Inácio Lula da Silva. Durante uma reportagem na última semana, Carvalho disse que Lula era "ex-presidiário" --em referência ao período em que ele ficou preso arbitrariamente por condenações na operação Lava Jato. O processo, em resumo, foi considerado inválido pela Justiça por condução parcial do então juiz Sérgio Moro. A reportagem é do portal Notícias da TV.



A advertência foi dada não somente pelo comando da Record em Salvador, mas também por Antonio Guerreiro, executivo número um de Jornalismo da TV de Edir Macedo. Mesmo que preze pela liberdade de opinião de seus âncoras nos programas populares, a emissora interpretou que houve um excesso por parte do apresentador. Um novo caso pode acarretar em uma punição, como suspensão ou até demissão. 


Bolsonaro quer queimar dinheiro da entrega da Eletrobrás com favor a caminhoneiros

 Receita obtida com a privatização será usada para tentar segurar o preço do diesel

(Foto: Alan Santos/PR | Reuters)


247 – O desespero de Jair Bolsonaro em comprar apoio do mercado financeiro e ao mesmo tentar superar sua péssima situação nas pesquisas provocará um duplo desastre: os recursos obtidos com a entrega da Eletrobrás,

maior empresa de energia do Brasil, serão usados no pacote eleitoreiro que está sendo criado para tentar segurar o preço do diesel, quando o correto seria mudar a política de preços da Petrobrás, implantada após o golpe de estado de 2016, com finalidade de transferir recursos da sociedade brasileira para os acionistas privados da Petrobrás.

"Em uma tentativa de aliviar a inflação a quatro meses da eleição e em situação desfavorável nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para tentar reduzir os impostos sobre os combustíveis. A medida valeria até o fim do ano. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta custará entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões, sem especificar o número. Este valor, contudo, não seguirá as regras do Orçamento: ficará fora do teto (regra que limita o aumento do gasto público à inflação do ano anterior) e fora da meta fiscal. O ministro chegou a dizer que poderiam ser usados os recursos da privatização da Eletrobras para este fim.

Integrantes do governo trabalhavam, na noite de ontem, com o valor de R$ 40 bilhões para reduções dos impostos", informam os repórteres Bruno Rosa, Letycia Cardoso, João Sorima Neto e Marcelo Mota, no Globo.

"As medidas, apresentadas em evento no Palácio do Planalto, incluem zerar os impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre a gasolina e o etanol, uma novidade em relação ao que vinha sendo discutido até agora. Em sinal de pressão sobre os governadores, Bolsonaro avisou, porém, que isso só será feito caso haja uma redução dos tributos estaduais", acrescentam os jornalistas.



Entrega da maior empresa de energia do Brasil avança a toque de caixa, sem resistência

 A precificação da oferta, que pode alcançar 35 bilhões de reais, está marcada para quinta-feira, dia 9

Logo da Eletrobras em painel na bolsa de Nova York 9/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid (Foto: Brendan McDermid)


(Reuters) - Detentores de debêntures de Furnas, subsidiária da Eletrobras, aprovaram em assembleia nesta segunda-feira a realização de um aumento de capital na Santo Antônio Energia, abrindo caminho para a oferta de capitalização da maior elétrica da América Latina, prevista para esta semana.

A concessão de "waiver" dos debenturistas para o aporte de capital de quase 1,6 bilhão na concessionária que opera a hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), era necessária em razão do impacto que poderia gerar sobre Furnas e Eletrobras --sem o aval, parte relevante da dívida das empresas poderia sofrer "cross default", ou vencimento antecipado cruzado.

"De acordo com as assembleias gerais de titulares de debêntures da 1ª Emissão de Debêntures de Furnas realizadas em 30 de maio e 6 de junho de 2022, tal aprovação foi devidamente obtida, nos termos da Escritura de Emissão", disse a Eletrobras em comunicado nesta segunda-feira.

A companhia pode se tornar acionista majoritária no empreendimento às vésperas da privatização, já que outros sócios de Santo Antônio podem não acompanhar o aporte de capital.

Na semana passada, a Eletrobras aprovou a integralização, por Furnas, da totalidade das ações que eventualmente sobrarem após o aumento de capital.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a aprovação foi dada por 92,08% dos debenturistas presentes na assembleia deste segunda-feira. Essa foi a segunda tentativa --a primeira chamada, realizada na semana passada, não atingiu o quórum necessário.

A reunião desta segunda-feira chegou a ser suspensa por liminar concedida no domingo, mas a medida judicial foi derrubada nesta manhã.

A aprovação era condição para a oferta de capitalização da maior geradora de energia da América Latina, segundo prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários.

A precificação da oferta, que pode alcançar 35 bilhões de reais, está marcada para quinta-feira, dia 9.

Presidente de frente dos caminhoneiros diz que Bolsonaro se exime de responsabilidade por aumento do preço dos combustíveis

 Parlamentar diz que redução de impostos e tributos só traz ganhos momentâneos

Deputado federal Nereu Crispim (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)


247 - O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros, criticou a proposta de Jair Bolsonaro de reduzir os impostos sobre os combustíveis e afirmou que o ocupante do Palácio do Planalto se exime de responsabilidade.

Para ele, a redução de impostos e tributos traz ganhos momentâneos para os preços, mas que podem ser "engolidos em pouco tempo" pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela variação do dólar.

Por isso, na avaliação de Crispim, a medida mais correta seria uma mudança na política de preços da Petrobras. Ele defende o fim da paridade com os preços do petróleo no exterior.

Crispim é autor do PL nº 750/21, projeto de lei que cria um fundo de estabilização para os combustíveis e taxa as exportações de petróleo bruto. O líder do PSD na Câmara,

Antonio Brito, apresentou pedido para a votação do PL em regime de urgência. PT, PSB e PTB já assinaram o requerimento.



Coordenado por Mercadante, programa de Lula prevê a volta do Estado forte

 Texto apresentado nesta segunda-feira sinaliza o fim da destruição neoliberal

Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 – O programa de governo da chapa Lula-Alckmin, coordenado pelo economista Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo e apresentado nesta segunda-feira 6, sinaliza o fim do desastre neoliberal, que foi iniciado no Brasil após o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

"No campo econômico, descarta privatizações, defende a criação de um novo regime fiscal e sinaliza por uma atuação mais ativa no câmbio. Sinaliza por uma reforma tributária e promete a revogação da reforma trabalhista de 2017 com substituição de suas medidas por um pacote de novas normas", informa o jornalista Ricardo Mendonça, no Valor Econômico.

O documento, segundo Mercadante, “contém as ideias-força iniciais em relação a cada tema" e não abrange propostas específicas. "Segundo ele, as siglas da coligação, inclusive o PT, poderão apresentar emendas ao texto, contribuições que
serão discutidas e incorporadas até 10 de agosto, quando deve sair a versão final do programa de governo de Lula", acrescenta o jornalista.

O documento conclama pela revogação da regra do teto de gastos, “que é disfuncional e perdeu totalmente sua credibilidade”, meio para “recolocar os pobres e os trabalhadores no orçamento”.

No lugar do teto, o texto propõe “um novo regime fiscal que disponha de credibilidade, previsibilidade e sustentabilidade, que possua flexibilidade e garanta a atuação anticíclica”. 

"Privatizações são sumariamente condenadas. Em quatro casos, as citações são nominais: Petrobras, Pré-Sal Petróleo SA - PPSA, Eletrobras e Correios. Há omissão, porém, em relação há hipótese de reversão de vendas já concluídas. A política de paridade internacional nos preços da Petrobras é condenada, embora isso não apareça escrito de forma explícita", informa ainda Ricardo Mendonça.

“No caso dos preços dos combustíveis e tarifas de energia elétrica é necessário implementar políticas que envolvam a consideração dos custos de produção no Brasil, os efeitos sobre os orçamentos dos consumidores e a expansão da capacidade produtiva setorial.”

ABI aponta retrocessos na liberdade de imprensa no Brasil e reafirma compromisso de luta

 "No Dia da Liberdade de Imprensa o importante é reafirmar nosso compromisso em lutar por ela", diz a nota assinada pela vice-presidente Regina Pimenta

Sede da ABI no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)


Nota da Associação Brasileira de Imprensa Neste dia da Liberdade de Imprensa não temos muito o que comemorar. Na verdade, neste ano, o mais importante é reafirmar nosso compromisso com a luta pela liberdade de imprensa e pelo fortalecimento da democracia em nosso país.

A proximidade das eleições tem acirrado ainda mais os ataques à liberdade de imprensa, uma prática sistemática do atual presidente da República e seus grupos de apoio, desde sua posse.

O Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2022, organizado pelo Repórteres sem Fronteira, por exemplo, avalia que “a desconfiança em relação à imprensa, alimentada principalmente pela retórica antimídia e pela banalização do discurso estigmatizante da classe política” rebaixou o país ao 110º lugar entre 180 países quando se trata de liberdade de imprensa.

A Associação Brasileira de Imprensa está atenta a esse cenário e vai reagir sempre que a nossa liberdade de trabalhar e de apurar os fatos seja cerceada ou ameaçada.

Regina Pimenta, vice-presidente da ABI e presidente da Comissão em Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos


Presidente do Senado convoca reunião com governadores, que reclamam de proposta de Bolsonaro

 Chefes de governos estaduais vão se reunir nesta terça-feira (7) com presidente do Senado

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - Os governadores dos estados estão insatisfeitos com o anúncio de Jair Bolsonaro sobre redução de impostos, porque, em seu entendimento, terão elevadas perdas de receitas. Além disso, consideram que não foram dadas garantias de compensação pela União.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou os 27 governadores para uma reunião presencial nesta terça-feira (7) com o objetivo de debater o projeto de lei complementar que cria um limite de 17% a 18% para o ICMS sobre itens como combustíveis e energia.

O encontro ocorrerá após Jair Bolsonaro (PL) propor, nesta segunda-feira (6), usar recursos da União para compensar estados que zerarem as alíquotas do ICMS sobre diesel e gás de cozinha até o fim do ano. Chefes de Executivos estaduais viram com desconfiança e criticaram a proposta apresentada pelo governo federal.

A reunião com os governadores está prevista para ocorrer na noite desta terça, no Senado. Os estados hoje cobram alíquotas de 12% a 25% sobre o diesel e já tentavam negociar mudanças no projeto de lei que está no Senado. A sugestão do governo de recompor as perdas recebeu críticas de governadores por ser apenas parcial, informa a Folha de S.Paulo.


Cresce no PDT pressão por voto útil em Lula

 Há deputados no partido que defendem uma reavaliação perto das eleições para derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno

Ciro Gomes (Foto: Reprodução/@cirogomes)

247 - Muito longe dos 20% previstos pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, o candidato do partido Ciro Gomes está sob pressão interna dos que defendem voto útil no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para derrotar Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno.

No último Datafolha, divulgado em 26 de maio, Ciro aparece em terceiro lugar, com apenas 7% das intenções de voto. Em primeiro lugar, está o ex-presidente Lula, com 48%, 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, que aparece com 27%.

A opinião geral na bancada pedetista na Câmara é que a candidatura de Ciro é legítima e fortalece o partido, por ser uma alternativa em um cenário eleitoral polarizado e indefinido. A avaliação oficial é de que a bancada ainda dá apoio ao pré-candidato. Mas cresce no partido a pressão para que se reavalie o cenário caso a candidatura continue sem decolar, informa reportagem da Folha de S.Paulo.


André Mendonça paralisa julgamento virtual do STF sobre cassação de deputado bolsonarista

 Ministro indicado por Bolsonaro pede vista na tentativa de salvar mandato de bolsonarista cassado pelo TSE

André Mendonça (Foto: Agência Brasil)


247 - O ministro André Mendonça paralisou o julgamento virtual que analisaria a cassação do deputado bolsonarista Fernando Francischini (União-PR). 

A votação de todos os 11 ministros do STF foi aberta à meia-noite desta terça-feira (7). Mendonça pediu vista do processo à 0h01, informa o UOL.

O pedido de vista paralisa o julgamento até que Mendonça devolva o processo.

Por sua vez, o ministro Kassio Nunes Marques, também indicado ao Supremo pelo ocupante do Palácio do Planalto, submeteu à Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) a decisão tomada por ele, na semana passada, que suspendeu a cassação.

Na Segunda Turma a sessão é presencial, mas limitada a cinco membros: Nunes Marques, André Mendonça, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. 

Na noite desta segunda (6), a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou ao STF recurso em que recomenda a manutenção da cassação de Francischini.


segunda-feira, 6 de junho de 2022

Com apoio do Estado, Ivaiporã lança Polo de Inovação Agrotech

 Empreendimento conta com parceria entre Tecpar, Superintendência Geral de Inovação do Paraná, Associação Brasileira de Internet das Coisas e Agência Nacional de Comércio Exterior e Investimento da Coreia do Sul.

Foto: José Fernando Ogura/AEN

O município de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, lançou nesta segunda-feira (06) o projeto Polo Agrotech – Incubadora Tecnológica, com vistas a desenvolver soluções inovadoras para o agronegócio e atrair empresas e investidores que criem um ambiente de alta tecnologia em toda a região. A iniciativa tem apoio do Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Inovação (SGI) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Na mesma solenidade, foi assinado, entre outros documentos, um Termo de Cooperação Técnica entre o Tecpar, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc) e a Agência Nacional de Comércio Exterior e Investimento da Coreia do Sul (Kotra). O Polo Agrotech será instalado em um terreno de 3.531 metros quadrados no Parque Industrial 1, localizado na Gleba Pindaúva. A construção da incubadora tecnológica terá investimento superior a R$ 2 milhões.

“Estamos felizes não só por este evento de vanguarda, mas também porque hoje comemoramos 82 anos de criação do Tecpar”, comemorou o presidente do instituto, Jorge Callado. “E como um senhor de 82 anos não pode ser sedentário, tem que andar rápido, tem que estar se movendo, estamos aqui para apoiar este projeto, que deve servir para melhorar a vida da sociedade de uma forma ou de outra, gerar empregos e garantir desenvolvimento social, econômico e ambiental”.

O superintendente de Inovação do Paraná, André Telles, destacou o poder da inovação e a determinação do governo de que ela seja implementada em todos os setores tanto para

criação de algo novo quanto na melhoria do que já existe. “Aqui em Ivaiporã será desenvolvida uma indústria sem chaminé, com soluções de startups, de inteligência artificial, com uso de dados, modernização no campo e internet das coisas”, disse.

APOIO COREANO – O projeto de Ivaiporã conta com apoio do governo sul-coreano. “A Coreia do Sul é um país para se imitar. Há 50 anos era mais pobre que o Brasil, investiu em educação e construiu essa nação forte, referência em tecnologia”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Se quisermos impulsionar cada vez mais a capacidade competitiva do Brasil no mundo com a produção de alimentos e fibras precisamos investir e criar um movimento como este para encontrar soluções modernas para nossos problemas”.

O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil, ressaltou a escolha do setor agro como componente principal da incubadora e do polo tecnológico. “Somos um município altamente produtivo, temos uma das melhores terras do Brasil e precisamos de tecnologia”, acentuou. “Este polo vai buscar soluções para os pequenos e médios produtores para que o Brasil e o Paraná demonstrem sua vocação de celeiro do Brasil”.

Presente na solenidade, o cônsul da Economia da Coreia do Sul no Brasil, Byeongwook Woo, manifestou o apoio do governo do país da Ásia Oriental ao projeto. “Como funcionário governamental, espero que negócios sejam desenvolvidos logo depois (da instalação)”, disse.

PAIXÃO – A amizade entre os dois países foi ressaltada por Sangbum Bae, diretor-geral da Agência Nacional de Comércio Exterior e Investimento da Coreia do Sul (Kotra), que participará da cooperação técnica para o projeto. Segundo ele, o Brasil é forte na produção agrícola, enquanto a Coreia do Sul se destaca em ciência e tecnologia. “Há uma grande chance de unir e aprender sobre os pontos fortes de cada país”, disse.

Ele lembrou que Brasil e Coreia do Sul têm fuso horário com 12 horas de diferença, mas acentuou que se engana quem acha que isso significa estar muito longe. “Hoje estamos aqui para discutir negócios e melhorar as operações, mas para ter cooperação o mais importante é a paixão. Os coreanos e os brasileiros têm paixão e há amizade entre os povos”, afirmou. “Manter a paixão e a amizade é o mais importante”.

Participante da parceria, o presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Paulo Spaccaquerche, reforçou a necessidade de criar soluções inovadoras com conectividade no campo, estimulando o ecossistema e propiciando atrativos para a permanência dos jovens no campo. “Ivaiporã vai necessitar de muito mais coisas, além dessa pequena parceria que é grande diante de tudo que temos de fazer aqui”, disse.

PRESENÇAS – Também participaram da solenidade, entre outros, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o diretor de Tecnologia e Inovação do Tecpar, Carlos Gomes Pessoa, a chefe do Núcleo Regional da Seab em Ivaiporã, Vitória Holzmann, a gerente regional do IDR-Paraná, Alini Machado, a gerente regional da Adapar, Maria Andreola, a presidente da

Câmara Municipal, Gertrudes Bernardy, e o presidente do comitê de Cidades Inteligentes da Abinc, Aleksandro Montanha.

Fonte: AEN


Nunes Marques leva à 2ª turma do STF julgamento de cassação de deputado bolsonarista

 Decisão ocorre horas antes do plenário virtual do STF julgar recurso contra a decisão de Nunes Marques que devolveu o mandato ao deputado bolsonarista Fernando Francischini

Kassio Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

247 - O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu levar para a Segunda Turma da Corte a análise de sua decisão monocrática que devolveu o mandato ao deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União-PR). 

Agora a decisão deverá ser analisada pelos demais integrantes da turma: ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e André Mendonça.

Decisão de Nunes Marques de enviar à Segunda Turma ocorre poucas horas antes do plenário virtual do STF iniciar o julgamento de outra ação, de um dos suplentes de Francischini que perdeu a cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná com a liminar do ministro. A tendência era de que a ministra Cármen Lúcia, que solicitou a sessão extraordinária, derrubasse a decisão do colega, fazendo valer a decisão do TSE dada em outubro de 2021.

Com a decisão de Nunes Marques de levar sua liminar para a Segunda Turma, não se sabe qual será o destino do julgamento do caso relatado por Cármen Lúcia.  


PF detém dois suspeitos de envolvimento com o desaparecimento de indigenista e jornalista inglês

 Agentes da corporação detiveram os pescadores identificados apenas por "Churrasco" e "Jâneo"

Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: Divulgação)

247 - A Polícia Federal apreendeu dois suspeitos de envolvimento com o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. Agentes da corporação detiveram os pescadores identificados apenas por "Churrasco" e "Jâneo" no começo da noite desta segunda-feira. De acordo com o jornal O Globo, os dois foram levados para a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, e estão com a Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

O indigenista tinha um encontro marcado com o comunitário apelidado de "Churrasco", com o objetivo de fazer trabalhos entre ribeirinhos e indígenas, para diminuir a violência no território. O encontro seria na comunidade São Rafael, no Vale do Javari, e Bruno Pereira compareceu acompanhado do jornalista, mas Churrasco não apareceu. Bruno e Dom foram para Atalaia e desde a saída do local, não foram mais vistos e nenhum contato foi feito.

Bruno Araújo era alvo de ameaças pelo trabalho que vinha fazendo juntos aos indígenas contra invasores na região.


Após culpar Petrobrás, Bolsonaro propõe zerar ICMS sobre combustíveis e compensar estados

 Em pronunciamento, Bolsonaro disse que o governo vai arcar com ressarcimento aos estados pelas perdas de arrecadação com o projeto que estabelece uma alíquota máxima de ICMS

Bolsonaro sobre combustíveis: "livre mercado" (Foto: Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (6) que o governo federal aceitará ressarcir os estados pelas perdas de arrecadação com o projeto de lei que estabelece uma alíquota máxima para o ICMS sobre os combustíveis. Como contrapartida, no entanto, o governo exigirá que os estados e o Distrito Federal derrubem a zero a alíquota do ICMS sobre o diesel.

“A gente espera, obviamente, que haja entendimento por parte do Senado Federal, dos senhores senadores, para aprovação desse projeto de lei complementar”, disse Bolsonaro.

Segundo o ministro Paulo Guedes, se os governos estaduais aceitarem a proposta, o acordo valerá até 31 de dezembro.

O anúncio foi feito em pronunciamento após reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Bolsonaro admitiu que os preços dos combustíveis estão em patamares elevados, mas indicou que vários fatores interferem, entre eles a margem de lucro da Petrobras.

Leia também matéria anterior do 247 sobre o assunto:

Sem coragem para mudar a política da Petrobrás, Bolsonaro admite que pode quebrar o Brasil com aumentos no diesel

Mesmo sendo o principal responsável pela inflação sobre os combustíveis, Jair Bolsonaro (PL) voltou a jogar a culpa na Petrobrás nesta segunda-feira (30), ao afirmar que a empresa “pode quebrar o Brasil” com os aumentos nos preços. "Como alertei no mês passado, a Petrobrás pode quebrar o Brasil com isso", disse Bolsonaro durante uma visita a Pernambuco, onde esteve “para se inteirar” da tragédia provocada pelas chuvas que já deixaram ao menos 87 mortos no Grande Recife.

Se por um lado Bolsonaro tenta condenar a Petrobrás, por outro se omite e não menciona nenhuma iniciativa para mudar a política de preços praticada pela companhia, que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao mercado internacional. Segundo ele, o governo federal vem tentando encontrar formas legais para evitar os seguidos aumentos de preços "sem interferir" na política de preços. 

Ele também criticou a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados sobre os combustíveis. Este é outro subterfúgio ao qual Bolsonaro sempre recorre para se eximir da culpa sobre a carestia relacionada ao preço dos combustíveis. 

Ainda que ele tente esconder, cabe a Bolsonaro, na Presidência da República, dar o primeiro passo para o processo de mudança da política de preços da Petrobrás, o que teria impacto positivo direto nas bombas dos postos de combustíveis pelo país.


Apucarana começa aplicar 4ª dose a partir de 50 anos

 


A partir desta terça-feira (7) Apucarana começar a aplicar a 4ª dose da vacina contra Covid para pessoas com 50 anos ou mais que tomaram a 3ª dose há mais de 4 meses. A imunização continua sendo realizada no Complexo Esportivo Lagoão, mas o atendimento é realizado somente na área interna do ginásio. O serviço de drive-thru foi desativado na semana passada.

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, lembra que a 4ª dose também está disponível para profissionais de saúde, respeitando o intervalo de 4 meses da 3ª dose. Na semana passada a saúde de Apucarana liberou a dose de reforço (3ª dose) para adolescentes de 12 a 17 anos que tomaram a 2ª dose há mais de 4 meses.

“A imunização da 1ª dose e 2ª dose é liberada para a população a partir dos 5 anos”, reforça Bachiega.

O prefeito Junior da Femac apela mais uma vez para população manter a imunização de proteção contra o novo coronavírus em dia. “Ainda estamos vivendo uma fase de alta nos casos da Covid-19 e para não aumentar o número de óbitos temos que vacinar”, conclama o prefeito.

A vacinação é realizada de segunda-feira a sábado, no horário de 8h30 às 17 horas.

Apucarana se consolida como polo nacional no segmento de vestuário

 


Apucarana mantém hoje 2.821 empresas e mais de 20 mil pessoas trabalhando direta e indiretamente no seu pólo de vestuário. “Ao longo das últimas décadas surgiram muitas marcas próprias de relevância nacional e até internacional, agregando alta tecnologia. Hoje a cidade produz além de bonés, camisetas, uniformes, jeans, sportwear, máscaras e, enfim, todo tipo de vestuário”, diz o prefeito Junior da Femac.

Mensalmente, segundo dados do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), são confeccionados cerca de 4 milhões de bonés na cidade, metade da produção nacional. Hoje, o segmento reúne uma gama de empresas que vão além do produto final, com aviamentos, tecidos e serviços, sem contar as facções que atuam na informalidade.

A presidente do Sivale, a empresária Elisabete Ardigo, destaca a trajetória da entidade na consolidação do setor de vestuário em Apucarana. “O Sivale passou por momentos difíceis e também venceu muitas lutas. Conseguimos representar os anseios dos empresários diante das adversidades. Antes, tínhamos uma atuação voltada à convenção coletiva de trabalho, hoje oferecemos serviços e benefícios aos nossos associados”, destaca Bete Ardigo.

Além dos pioneiros na fabricação de bonés, o prefeito Junior da Femac destaca os 35 anos de criação do Sivale. No sábado, o prefeito, acompanhado da primeira-dama, Carmen Lúcia Isquierdo Martins, participou da solenidade de homenagem aos pioneiros do boné, e também da comemoração dos 35 anos do Sivale, realizada no Clube de Campo Água Azul.

Conforme enfatiza Junior da Femac, o polo de Vestuário de Apucarana agregou tecnologia, mão de obra qualificada e vem se atualizando permanentemente em equipamentos e inovações do mercado internacional. Hoje, Junior avalia que o parque industrial do vestuário é ágil, moderno e com grande capacidade de adaptação. “O exemplo mais concreto disso ocorreu no início da pandemia, quando diversas empresas locais se adequaram com novas máquinas e preparação de mão de obra para produzir máscaras”, lembra o prefeito, acrescentando que, em poucos meses, Apucarana se tornou um dos maiores produtores de máscaras faciais, ajudando o Brasil a salvar vidas.

Em relação ao Sivale, que comemora 35 anos de trajetória neste segmento produtivo, Junior da Femac faz questão de registrar o reconhecimento do poder público municipal. “Cumprimentamos e agradecemos a todos que integram a cadeia produtiva da indústria do vestuário de Apucarana, incluindo trabalhadores e empresários do setor, que é o carro-chefe da nossa economia, e o que gera mais empregos”, assinala o prefeito.

Ele externou ainda uma saudação e um abraço especial aos pioneiros que, no início dos anos 70, começaram com as tiaras e depois com os bonés, acessório de vestuário em que Apucarana se tornou líder de produção em âmbito nacional.

Lula torce para que indigenista e jornalista do Guardian sejam encontrados com segurança

 O ex-presidente Lula lembrou que Dom Philips, que está desaparecido no Vale do Javari, na Amazônia, o entrevistou em 2017

Lula, Dom Philips e Bruno Araújo Pereira (Foto: Reuters | Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula (PT) se manifestou em solidariedade ao indigenista Bruno Araújo Pereira e ao jornalista inglês Dom Philips, do The Guardian, que foram dados como desaparecidos desde o último domingo (5) na região do Vale do Javari, na Amazônia.

O pré-candidato à presidência da República lembrou que Dom Philips já o entrevistou para o jornal britânico em 2017. Em seu posicionamento, Lula escreveu: "O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips estão desaparecidos na Amazônia. Estavam na região reportando invasões de terras indígenas. Phillips me entrevistou para o @guardian em 2017. Espero que sejam encontrados logo, que estejam bem e em segurança."

Bruno é membro da Fundação Nacional do Índio (Funai) e realiza um trabalho de defesa do território e dos direitos indígenas, promovendo denúncias às atividades ilegais de pescadores, garimpeiros, madeireiros e outros invasores na região. Por este motivo, o indigenista era alvo de diversas ameaças.

Ele estava ajudando Philips a entrevistar indígenas daquela localidade, a fim de dar voz a mais denúncias. O jornalista inglês estava produzindo um livro sobre a temática ambiental, de acordo com o jornal The Guardian.

Após notarem o desaparecimento da dupla, as entidades indígenas locais, como a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), mobilizaram-se para divulgar a situação e conseguir apoio, no intuito de localizá-los. Segundo o jornal O Globo, o Exército, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal já foram acionados para auxiliar nas buscas. 

Marinha envia equipe para região onde jornalista e indigenista desapareceram

 Segundo informações iniciais, o indigenista e o profissional de imprensa desapareceram quando faziam o trajeto da comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte.

(Foto: Divulgação/Marinha do Brasil)

Metrópoles - A Marinha do Brasil informou, nesta segunda-feira (6/6), ter deslocado uma equipe de busca e salvamento para a região onde o indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips teriam sido vistos pela última vez, antes de desparecerem, na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas.

Os militares da região foram encaminhados para Atalaia do Norte (AM), próximo à comunidade São Rafael.

Mais cedo, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) informou que Bruno Araújo e Dom Phillips se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar algumas entrevistas com os habitantes daquela região.

Continue lendo no Metrópoles