sexta-feira, 3 de junho de 2022

Auditoria sigilosa do TCU revela a farra do cartão corporativo de Bolsonaro

 Segundo informação da Veja, foram gastos R$ 96 mil por mês em comida para Bolsonaro e Mourão. Ministros estão envolvidos com gastos para curtir feriados e futebol

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Agência Senado | Agência Brasil)

247 - Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou, segundo a Veja, que Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos - pagos com dinheiro público - entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021.

Os auditores do TCU vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos.

Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões neste período somente com comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês. Não se sabe quais aliemntos foram comprados.

O valor ultrapassa o que foi gasto durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) durante os últimos dois anos de mandato: R$ 2,33 milhões.

O valor gasto por Bolsonaro com combustível foi de R$ 420,5 mil, 170% a mais do que foi gasto por Temer.

Com viagens, Bolsonaro desembolsou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional.

O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

A Presidência da República, procurada pelo UOL, não se manifestou

Plano de Lula prevê taxar grandes fortunas e criação de novo bolsa família

 As diretrizes para o programa de governo de Lula estão em discussão entre os sete partidos aliados e têm uma opção social clara

Lula no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O plano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica que o líder da ampla coligação progressista vai investir pesadamente na área social. Entre outras medidas, estão previstas a taxação das grandes fortunas e a criação de um novo programa Bolsa Família.

A ideia-força que está sendo discutida entre os sete partidos que apoiam a pré-candidatura de Lula é ampliar o investimento e propor uma reforma tributária com simplificação de impostos e criação de uma taxação sobre grandes fortunas.

Para ampliar o investimento, inclusive público, a campanha de Lula discute reformular o teto de gastos (regra que impede as despesas públicas de crescerem acima da inflação) e buscar novas fontes de financiamento público e privado, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

As diretrizes para o programa de governo de Lula ainda estão em discussão e a versão preliminar precisa ser aprovada por instâncias partidárias.

O futuro governo Lula vai adotar uma estratégia de desenvolvimento justo, solidário e sustentável. Além disso, há a intenção de que o plano de governo tenha políticas públicas para combater a inflação, reforma trabalhista e também propostas de fortalecimento das estatais. 


Bolsonaro diz que alta rejeição de mulheres é porque "Lula é mais bonito"

 Segundo a pesquisa Datafolha, no eleitorado feminino, a rejeição a Bolsonaro é de 60% para a classe que ganha até dois salários mínimos

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

247 - Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (2) a rejeição ao seu nome entre as mulheres, registrada pela pesquisa Datafolha realizada entre 25 e 26 de maio. 

Ao conversar com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada, Bolsonaro ironizou a rejeição e disse que Lula tem maior aprovação neste segmento porque “é mais bonito”. “O Lula é mais bonito do que eu”, disse Bolsonaro, ignorando o histórico de declarações machistas

Segundo a pesquisa Datafolha, no eleitorado feminino, a rejeição a Bolsonaro é de 60% para a classe que ganha até dois salários mínimos e de 56% para as classes acima de dois salários.


Para ministros do Supremo, decisão de Nunes Marques aumenta seu isolamento na corte

 Decisão de Nunes Marques pode aumentar tensão entre os poderes

Kassio Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)


247 - A decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a cassação do deputado federal bolsonarista Fernando Francischini, pegou boa parte dos magistrados de surpresa, informa a jornalista Bela Megale.

"Para os ministros, a decisão aumenta o isolamento de Nunes Marques tanto no STF quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decretou a cassação, já que ele integra as duas cortes".

"Dois magistrados relataram à coluna que veem a decisão do colega com potencial de aumentar a tensão entre os poderes e ser usada politicamente por Bolsonaro". O ocupante do Palácio do Planalto já citou o fato em sua live desta quinta-feira (2).

Nunes Marques derrubou, sozinho, uma decisão do plenário do TSE. A condenação de Francischini era considerada um “exemplo” na corte eleitoral para parlamentares que difundem fake news, escreve a jornalista. 



Lula participará de ato contra a privatização da Eletrobras

 Evento será na sede do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. Trabalhadores entregarão a Lula documento sobre a matriz energética brasileira

(Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula | Reuters)

247 - O pré-candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva participará na próxima terça-feira (7) de ato contra a privatização da Eletrobras. 

O ato ocorrerá na sede do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. Durante o evento, Lula receberá propostas da Fenatema (Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente) sobre a matriz energética brasileira, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Lula é contrário à venda da estatal e já afirmou que pode reverter a privatização em seu governo. 

A privatização da estatal está sendo proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e foi anunciada como prioridade pelo novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, junto com a venda da Petrobrás e do Pré-Sal.

Na Eletrobras, o governo busca um esquema de capitalização, no qual a União oferecerá ações que detém da empresa na Bolsa de Valores, deixando de ser acionista majoritário e entregando a energia brasileira para os acionistas privados.

A ex-presidente Dilma Rousseff denunciou que a privatização da Eletrobras é um ato de abdicação da soberania nacional. 


Fome voltou ao Brasil a partir do golpe de 2016, escrevem economistas

 O Brasil precisa de desenvolvimento econômico e políticas públicas para voltar a superar a fome, como nos governos de Lula e Dilma

Dilma Rousseff, Temer com Bolsonaro e situação de fome no Brasil (Foto: Fernando Donasci | PR | ABr)


247 - As economistas Tereza Campello e Sandra Brandão escrevem na Folha de S.Paulo desta sexta-feira (3) artigo em que denunciam o golpe de 2016 como fator responsável pela volta da fome ao Brasil. Tereza Campello foi ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff. Sandra Brandão também atuou no governo Dilma, como chefe do Gabinete de Informações da Presidência da República.

"A fome voltou ao Brasil a partir do golpe de 2016, que a um só tempo solapou a democracia e deu fim a um auspicioso período de construção de políticas de combate à fome e à pobreza e garantia de segurança alimentar", escrevem. As autoras enfatizam que "em 2014, ao informar a saída do Brasil do Mapa da Fome, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) associou o feito histórico à estratégia que combinou aumento da oferta de alimentos e da renda dos mais pobres, geração de emprego, programas Bolsa Família e de merenda escolar à governança na área de segurança alimentar, com transparência e participação da sociedade". Campello e Brandão denunciam: "Todos os programas dessa estratégia foram progressivamente fragilizados ou abandonados após o golpe de 2016".

"Com Michel Temer e a emenda constitucional 95, que congelou os gastos sociais, teve início o desmonte da estratégia reconhecida pela ONU. O desemprego passou para a casa dos dois dígitos desde 2016 e cresceu a parcela de trabalhadores sem direitos trabalhistas e com renda baixa e instável. A reforma trabalhista não produziu mais emprego, mas resultou em mais precariedade e insegurança. A não correção dos benefícios do Bolsa Família diminuiu sua capacidade de sustentar a renda dessa parcela de brasileiras e brasileiros".

"Com Jair Bolsonaro, o desmonte foi aprofundado. Ele extinguiu o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), espaço de participação social e debate das principais políticas de segurança alimentar do país. Não elaborou o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para 2020-23 e paralisou a instância federal coordenadora de ações em diferentes setores, deixando a área acéfala".

“Para superar a fome novamente, o Brasil precisará voltar a crescer, é certo, mas precisará também reconstruir e aprimorar políticas públicas”, concluem as autoras.

Leia a íntegra.



quinta-feira, 2 de junho de 2022

Bolsonaro volta a fazer ataques ao TSE e acusa o órgão de não querer 'transparência no processo eleitoral'

 Em sua live semana, Jair Bolsonaro também acusou sem provas o Tribunal Superior Eleitoral de tomar "medidas arbitrárias contra o Estado democrático de Direito"

(Foto: ABr)

247 - Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defender a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado das próximas eleições. Em live nesta quinta-feira (2), ele disse que o tribunal tem tomado "medidas arbitrárias contra o Estado democrático de Direito" e atacado "a democracia". 

Na transmissão, Bolsonaro afirmou que "lamenta" o fato de o TSE ter convidado as Forças Armadas para compor a comissão de transparência das eleições da corte e depois não ter aceitado as sugestões da instituição. "Não querem transparência no sistema eleitoral", afirmou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) e o TSE têm rebatido os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro. Na terça-feira (31), o presidente do TSE, Edson Fachin, sugeriu que a comunidade internacional "esteja alerta contra acusações levianas" contra as urnas eletrônicas no Brasil.

Uma em cada cinco ambulâncias compradas no governo Bolsonaro vai para o Piauí, reduto de Ciro Nogueira

 O estado do ministro também teve mais repasses aprovados para a compra deste tipo de veículo do que as regiões Centro-Oeste, Norte e Sul isoladamente em 2021

(Foto: ABr | Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - O governo Bolsonaro aprovou para o estado do Piauí, 18% do orçamento destinado para a compra de ambulâncias no país. O reduto do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), - um dos principais líderes do centrão no Congresso - recebeu, em 2021, 123 das 683 ambulâncias compradas pelo governo. Os dados são do Fundo Nacional de Saúde (FNS). 

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revela que o Piauí tem sido inundado por ambulâncias, várias delas distribuídas a aliados do clã Nogueira. Só a senadora Eliane Nogueira (PP), mãe do ministro, indicou R$ 8,2 milhões para compra de ambulâncias por meio das emendas de relator, segundo prestação de contas dela —no total, as indicações somam R$ 399,2 milhões.

O valor indicado por ela daria para comprar 33 veículos do estilo furgão ou 35 modelo pick-up. 

A reportagem denuncia que algumas das ambulâncias foram entregues em 2022, ano de eleição. A senadora não abre mão de comemorar as entregas exibindo vídeos em suas redes sociais com os agradecimentos das novas cidades beneficiadas.


Nunes Marques devolve mandato de deputado a Fernando Francischini, que atacou urnas

 Deputado bolsonarista do Paraná foi o primeiro deputado cassado pelo TSE por desinformação, em outubro do ano passado

Nunes Marques e Fernando Francischini (Foto: Fellipe Sampaio/STF | Billy Boss/Câmara dos Deputados)

Metrópoles - O ministro do STF Nunes Marques acaba de devolver o mandato do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini, do União Brasil do Paraná, cassado em outubro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral por propagar desinformação contra as urnas eletrônicas. Francischini foi o primeiro parlamentar condenado por fake news contra as urnas.

O deputado entrou com ação no Supremo em maio deste ano. Nunes Marques era o relator do caso. A decisão monocrática do ministro acabou de ser publicada no site do STF.

Em outubro do ano passado, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Francischini e tornou o bolsonarista inelegível por oito anos, atendendo a um pedido do MP Eleitoral. No dia do primeiro turno do pleito de 2018, o então candidato fez live em seu Facebook, com ataques sem provas e com informações falsas contra o sistema eleitoral.

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Lula tem 52% dos votos válidos e venceria no 1° turno, mostra agregador de pesquisas

 Média Estadão Dados confirma a tendência de vitória de Lula no primeiro turno. Jair Bolsonaro aparece com 33%

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ato de pré-campanha em Belo Horizonte 09/05/2022 (Foto: REUTERS/Washington Alves)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 52% dos votos válidos, contra 33% de Jair Bolsonaro (PL). Foi o que apontou nesta quinta-feira (2) o agregador de pesquisas do Estadão, com base em dados e linhas de tendências de todas as pesquisas recentes. O petista seria eleito no primeiro turno. 

Considerando os votos totais, juntando com indecisos e com os que pretendem anular, o ex-presidente tem 47% e Bolsonaro, 30%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apareceu na terceira posição com 7%. 

De acordo com os números, os presidenciáveis André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) atingiram 2% cada. Outros concorrentes, somados, chegaram a 3%.

Pesquisas recentes

A pesquisa telefônica do Instituto FSB, patrocinada pelo Banco BTG Pactual e divulgada na última segunda-feira (30), mostrou que Lula tem 46%, percentual superior à soma dos votos das outras candidaturas.

A pesquisa Datafolha, divulgada no dia 26 de maio, mostrou que o ex-presidente venceria no primeiro turno, com 54% dos votos válidos. Nos votos totais, o petista alcançaria 48%, contra 27% de Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado. 


Zé Neto e Cristiano cantaram em rodeio que buscou dinheiro via Rouanet

 Captação para rodeio de Extrema (MG) foi interrompida porque o projeto acabou indeferido; Zé Neto e Cristiano receberam R$ 420 mil de cachê

Cantor sertanejo Zé Neto (Foto: Divulgação)

Metrópoles - A dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano, que usou um show pago pela prefeitura de Bonito (MS) para criticar a Lei Rouanet, cantou em 2019 em um rodeio que tentou captar dinheiro por meio do mecanismo cultural.

Zé Neto e Cristiano foram uma das atrações principais da 34ª edição do rodeio de Extrema, em Minas Gerais. Eles receberam R$ 420 mil de cachê para cantar no dia 12 de outubro de 2019. Segundo publicação feita pela prefeitura na época, o evento contou com público de aproximadamente 14 mil pessoas.

A proposta solicitava R$ 750.448,48 de incentivos via Lei Rouanet, mas a captação do dinheiro acabou interrompida porque o projeto foi indeferido.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Apucarana aplica a 3ª dose contra a Covid para faixa de 12 a 17 anos

 



Apucarana começa a aplicar amanhã (3) a dose de reforço para adolescentes de 12 a 17 anos que tomaram a 2ª dose há mais de 4 meses. Até agora a 3ª dose estava disponível apenas para idades de 18 anos ou mais. A confirmação de inclusão do grupo foi autorizada por meio da nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (27).

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, lembra também que em Apucarana, a imunização da 1ª dose e 2ª dose é liberada para a população de Apucarana a partir dos 5 anos. Já a 4ª dose da vacina da Covid é aplicada para faixa etária de 60 anos ou mais e profissionais da saúde, desde que tenham recebido a 3ª dose há mais de 4 meses.

“Reforçamos a necessidade de a população manter o esquema vacinal contra a Covid-19 em dia. Os casos da doença aumentaram nas últimas semanas e a imunização é essencial para que não tenhamos uma evolução também nos casos graves e que ocorram óbitos”, alerta o prefeito Junior da Femac.

A vacinação está sendo realizada na parte interna do ginásio do Complexo Esportivo Lagoão, das 8h30 às 17 horas, de segunda-feira a sábado.

Alexandre de Moraes inclui PCO no inquérito das fake news e bloqueia contas do partido nas redes sociais

 Em post nas redes sociais, o partido comandado por Rui Costa Pimenta diz ter sido alvo de censura; ontem, uma postagem chamava o ministro de "skinhead de toga"

Ministro Alexandre de Moraes e o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta (à dir.) (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o PCO (Partido da Causa Operária) no inquérito das fake news e determinou nesta quinta-feira (2) o bloqueio das contas da legenda nas redes sociais - Facebook, Instagram, Telegram, Twitter, Youtube, TikTok. De acordo com a decisão, deve ser preservado o histórico de conversas e o conteúdo das contas, incluindo postagens apagadas. A legenda tem feito ataques à Corte, ao chamar o magistrado, nessa quarta-feira (1), de "skinhead de toga" e o acusou de "preparar um golpe" nas eleições. 

No Twitter, o PCO criticou a decisão do ministro, classificando-a como "censura". 

No despacho, Moraes afirmou que as postagens do PCO "atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal e de seus Ministros, bem como do Tribunal Superior Eleitoral, atribuindo e/ou insinuando a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte e defendendo a dissolução do tribunal". 

"O que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”, escreveu Moraes.


 


Apucarana registra 130 casos da Covid-19 nesta quinta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 130 casos de Covid-19 nesta quinta-feira (2) em Apucarana. O município segue com 549 mortes e soma agora 36.178 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 52 homens e 78 mulheres. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 56 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 104.060 pessoas, sendo 73.363 em testes rápidos, 27.060 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município tem três pacientes internado no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

União Brasil lima Moro da disputa ao Senado e ex-juiz suspeito deverá concorrer a uma vaga na Câmara, diz site

 Vaga ao Senado deverá ficar com o deputado estadual Milton Leite, diz o site O Antagonista

Sergio Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)

247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) não deverá disputar uma vaga ao Senado como desejado por ele. De acordo com o site O Antagonista, a legenda deverá entregar a vaga ao deputado estadual Milton Leite, considerado uma “peça fundamental” para o apoio da legenda à reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB). Caso isso se confirme, só restará a Moro disputar uma vaga à Câmara dos Deputados

Segundo a reportagem, o assunto foi discutido em uma reunião entre Leite - um dos principais aliados de Rodrigo Garcia - e grandes empresários que aconteceu na quarta-feira (1), na mansão do advogado Nelson Williams. Na ocasião, todos teriam confirmado o apoio à campanha de reeleição de Garcia, o que deixaria Moro ainda mais isolado em suas pretensões políticas.

“Na prática, significa que o ex-juiz só terá apoio do partido para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Do lado de fora, a percepção é de que Moro, que sonhava com a Presidência da República, levou mais uma rasteira e apequenou-se de vez”, destaca o site. 

Audiência de conciliação entre União e Estados sobre ICMS do diesel termina sem acordo

 Bolsonaro tem apontado o ICMS como um dos vilões do alto preço dos combustíveis do país, culpando os governadores por estarem aumentando a arrecadação deles

(Foto: ABr)

BRASÍLIA (Reuters) - Terminou sem acordo uma reunião de conciliação realizada nesta quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) entre representantes da União e dos Estados em relação a cláusulas de um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que autorizam os Estados a dar descontos nas alíquotas de ICMS sobre o óleo diesel.

Segundo a assessoria de imprensa do STF, foi criado um grupo de trabalho para apresentar uma proposta até o dia 14 de junho.

Recentemente, o ministro do Supremo e relator da ação, André Mendonça, concedeu liminar para suspender os efeitos das cláusulas. Dessa forma, ele havia acatado pedido do governo e tirou autonomia dos Estados para fixar individualmente o valor de ICMS cobrado sobre o diesel.

Bolsonaro tem apontado o ICMS como um dos vilões do alto preço dos combustíveis do país, culpando os governadores por estarem aumentando a arrecadação deles.

Foi Mendonça o responsável por convocar a audiência de conciliação, da qual participaram, além de representantes da União e dos Estados, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Ao voltar ao Senado, Pacheco disse que o objetivo do encontro promovido pelo relator da ação é para que no "aparente conflito se tenha uma resolução consensuada", destacando que o objetivo de todos é reduzir o preço do insumo.

"Foi dado um passo inicial numa possibilidade de composição geral encabeçada pelo relator ministro André Mendonça", disse ele.

PL que autoriza uso de imóvel de família como garantia de empréstimo é aprovado na Câmara

 O deputado Enio Verri (PT-PR) disse que a proposta vai gerar pobreza ao autorizar a perda do único bem de família

(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)


247 - A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 1, um projeto que autoriza, entre outras garantias destinadas à obtenção de crédito, a utilização de um mesmo imóvel como garantia em diferentes operações de financiamento. O texto ainda precisa do aval do Senado. O PL é de autoria do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e foi elaborado na época em que ele integrava a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O projeto determina que a regulamentação fique a cargo do Conselho Monetário Nacional (CMN), enquanto o Banco Central deve ficar responsável pela supervisão e as instituições privadas gestoras de garantias (IGGs), pela operacionalização, acabando assim com o monopólio da Caixa Econômica Federal nas operações sobre penhoras civis. 

O indivíduo poderá usar seus bens imóveis como garantia em outras operações financeiras, exceto quando há inadimplência. Foi inserido um mecanismo que institui procedimento de busca e apreensão extrajudicial de bens móveis em caso de inadimplência dos contratos de alienação fiduciária. À medida que o tomador de empréstimo for honrando os pagamentos, poderá também tomar mais crédito.

O deputado Enio Verri (PT-PR) disse que a proposta vai gerar pobreza ao autorizar a perda do único bem de família. “Imagina um pai de família que perde o emprego, não consegue pagar as suas contas, tem alguma operação de crédito com garantia da casa. Ele pode ter a casa leiloada, o único bem de família que ele tem”, criticou.

A líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), ressaltou que o imóvel poderá ser vendido antes mesmo de decisão judicial. “Este projeto vai permitir a execução imediata, inclusive do bem de família, então o cidadão que ganha R$ 2 mil vai ter acesso a um crédito de R$ 300 mil e, se ele perder o emprego, a qualquer momento poderá ter seu bem penhorado”. (Com informações do Estado de S. Paulo e da Agência Câmara de Notícias). 

Anitta tem estátua de cera inaugurada no museu Madame Tussauds de Nova York

 Dona dos hits ‘Girl from Rio’ e ‘Envolver’ é a primeira cantora brasileira a receber tal homenagem pelo museu

Anitta (Foto: Divulgação / Madame Tussauds)


247 - O museu Madame Tussauds inaugurou, nesta quinta-feira (2), a estátua de cera da cantora Anitta, estrela brasileira do pop, em sua sucursal de Nova York. O processo de criação da réplica durou cerca de seis meses e contou com o envolvimento de 20 artistas do museu e das equipes de maquiagem e hairstyle da própria cantora.

A autora dos hits ‘Show das Poderosas’, ‘Bang’ e ‘Girl From Rio’ tornou-se a primeira cantora brasileira a receber uma estátua de cera pelo conceituado museu. Antes dela, outros célebres brasileiros de diversas áreas já haviam sido homenageados, como Neymar, Pelé, Giselle Bündchen, Ayrton Senna, Alessandra Ambrósio e Adriana Lima.


“É fantástico fazer parte desse projeto! Nunca pensei que uma estátua de cera minha poderia estar ao lado de algumas das maiores estrelas da história no Madame Tussauds em Nova York. A equipe do museu teve muito trabalho e estou muito orgulhosa e animada para que o mundo veja”, disse Anitta.

Durante a cerimônia de inauguração, a cantora ainda brincou que “durante o processo, você pensa em desistir umas 20 vezes, porque você fica umas 12 horas parada na mesma posição, e com a mesma expressão.”

A inauguração da estátua em Nova York é apenas mais um episódio da recente trajetória internacional de sucesso da carioca. Em abril, ela foi atração do festival Coachella, na California, e um mês antes seu hit ‘Envolver’ havia alcançado o primeiro lugar no ranking global do Spotify, uma das principais plataformas de streaming musical do mundo, sendo a primeira brasileira a atingir tal posto.

Bolsonaro triplica gastos com emendas parlamentares, que chegam a R$ 93 bilhões

 Média anual do valor gasto em emendas parlamentares praticamente triplicou nos três primeiros anos da gestão Bolsonaro

(Foto: REUTERS)


Paulo Motoryn, Brasil de Fato - O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vai terminar o mandato com R$ 93 bilhões gastos em emendas parlamentares. O levantamento foi feito pelo Brasil de Fato pela Siga Brasil, plataforma do Senado que acompanha o percurso de gastos da União. A cifra considera os montantes executados de 2019 a 2021 e o valor empenhado (previsto) no orçamento federal deste ano.

A média anual do valor gasto em emendas parlamentares praticamente triplicou nos três primeiros anos da gestão Bolsonaro. Sob Michel Temer (MDB), o primeiro presidente a governar após a obrigatoriedade das emendas individuais, a cifra média foi de R$ 11 bilhões anuais. No atual governo, o valor foi de R$ 27,2 bilhões, o que representa aumento de mais de 100%.

Considerando apenas os anos de 2020 e 2021, depois da implementação das emendas de relator, artifício conhecido como "orçamento secreto", o valor médio foi de R$ 34,4 bilhões, o que representa aumento superior a 300% em relação aos três anos anteriores (2017, 2018 e 2019).

No orçamento de 2021, o valor das emendas de relator que já foram executadas chegou a R$ 10,4 bilhões. O valor pode aumentar, já que há verbas empenhadas que ainda podem ser executadas. O montante total pode chegar a R$ 16 bilhões. No ano anterior, foi de R$ 7 bilhões. 

"Ações governamentais no varejo da política"

O cientista político Wagner Romão, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), comentou o levantamento feito pelo Brasil de Fato. Segundo ele, o crescimento das despesas executadas em emendas é um dos sintomas de um governo que aposta no Estado mínimo e que delega aos parlamentares, como uma "válvula de escape", a intermediação de interesses de grupos políticos e econômicos.
"O governo Bolsonaro se caracteriza por ser um governo de cortes orçamentários. É um governo neoliberal, não só pelo fato da existência da emenda constitucional 95 [Teto de Gastos], mas também porque Paulo Guedes e Bolsonaro, por tabela, entendem que o Estado brasileiro deve ser um estado mínimo, um estado que não dá conta daquelas reais necessidades do povo brasileiro", afirmou.
"É provável que o artifício das emendas parlamentares esteja funcionando como uma espécie de válvula de escape para essa situação, em que os parlamentares passam a ser intermediadores de
determinados grupos sociais e demandas de grupos econômicos e políticos que acabam tendo nos parlamentares essa conexão", declarou.
Romão aponta que a implementação das emendas de relator estabeleceu um modo de relação entre Executivo e Congresso em que os parlamentares têm que "ganhar" algo: "É preciso ter em mente que, sobretudo a partir da eleição do [presidente da Câmara] Arthur Lira [do PP de Alagoas], em 2021, e do advento do orçamento secreto, essa relação das emendas parlamentares em uma relação muito íntima com o orçamento se aprofundou".
"O fato é que o governo Bolsonaro, sobretudo depois do seu primeiro ano de governo, depois de 2019, estabeleceu um modo de relação no qual os parlamentares têm que ganhar politicamente. As emendas parlamentares se tornaram uma grande moeda de troca, muito mais do que já eram nos governos anteriores. A gente vê pelos dados que há praticamente o triplo de despesas executadas por meio de emendas parlamentares", diz Romão.
Segundo o cientista político, "isso mostra muito bem que não há planejamento no governo Bolsonaro". "O Executivo acaba abrindo mão dessa tarefa. As ações governamentais cada vez mais vão para o varejo da política, onde o que importa é a sobrevivência política dos parlamentares que estão atualmente no Congresso. Isso é lamentável e precisa se alterar no próximo período", finaliza.

Como nasceu a República das Emendas

Uma série de mudanças na Constituição Federal abriu espaço para que o orçamento federal fosse drenado por emendas parlamentares. Em março de 2015, a emenda constitucional 86 tornou as emendas individuais obrigatórias.
Quatro anos depois, em 2019, a emenda constitucional 100 foi aprovada, o que tornou as emendas de bancadas estaduais também obrigatórias. No mesmo ano, a emenda 105 permitiu o uso de emendas individuais para estados e municípios sem que fossem definidos vínculos a projetos específicos.

Outro elemento foi a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020, que recriou a emenda de relator — também chamada de RP9, apelidada de "orçamento secreto". Com a norma, o congressista responsável pela
relatoria do orçamento passou a ter poder para alocar recursos do orçamento. Em 2021, a LDO ampliou a transferência direta para emendas de bancada.

Emendas de relator

O governo de Jair Bolsonaro criou um orçamento paralelo bilionário em emendas, em 2020, para conseguir apoio do "Centrão" no Congresso Nacional. Uma série de reportagens publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo revelou o escândalo a partir de centenas de ofícios enviados por deputados e senadores a ministérios do Executivo federal.

Os documentos, obtidos pelo jornal ao longo de vários meses, mostram que esse esquema atropela leis orçamentárias, já que são os ministros e não os congressistas que deveriam definir onde aplicar os recursos. Além disso, os acordos e o direcionamento do dinheiro não foram públicos, assim como a distribuição não foi igualitária entre os congressistas, evidenciando um interesse eleitoral do governo.

O que são as emendas do orçamento secreto?

As emendas de relator são um dos quatro tipos de emendas existentes. São elas: a individual, a de bancada, a de comissão e a da relatoria. A diferença da de relator para as outras é que ela é definida pelo deputado federal ou senador escolhido como relator-geral do Orçamento a cada ano, em negociações geralmente informais com os demais colegas.

Por que é chamado de "secreto"?

Embora o dinheiro do esquema esteja no Orçamento Geral da União de 2020, a destinação das verbas é feita de forma sigilosa – a partir de acordos políticos. Ao contrário das emendas individuais, não é possível saber quem indicou o quê.

Qual o benefício disso para o governo Bolsonaro?

A medida é uma forma de beneficiar alguns congressistas com “emendas extras” para aplicarem em suas bases. Eles escolhem ações em municípios com prefeitos aliados e, assim, podem garantir a reeleição desses deputados e senadores em 2022. Dessa forma, o governo negocia apoio em votações importantes no Congresso Nacional.

O que dizem os políticos bolsonaristas?

Na versão de congressistas que apoiam o presidente, o dinheiro envolvido no esquema seria de emendas parlamentares regulares, como as que são distribuídas todos os anos. Não é verdade: embora tenha origem na Lei Orçamentária, o dinheiro do orçamento secreto foi distribuído de forma desigual entre os congressistas, conforme a vontade política do governo. Não há transparência, como ocorre com as emendas parlamentares, sobre os acordos para divisão das verbas.

Outro lado

O Brasil de Fato entrou em contato com a Casa Civil e a Secretaria de Governo da Presidência da República, com um pedido de posicionamento sobre o tema. Até o momento, não houve retorno dos órgãos. O espaço segue aberto para manifestações.

"Bolsonaro é a calamidade", diz Gleisi

 "Desesperado com as pesquisas, quer fazer gastança agora. Um decreto como este é criminoso", afirmou a presidenta do PT sobre a proposta de decreto de calamidade pública

Gleisi Hoffmann, Paulo Guedes com Bolsonaro (Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados | Reuters)

247 - A deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, criticou a nova manobra de Jair Bolsonaro para conter o preço dos combustíveis sem alterar a política de reajuste de preços da Petrobrás: decreto de calamidade pública a apenas quatro meses da eleição.

Pelo Twitter, Gleisi classificou como "criminoso" o decreto. "Decreto de calamidade pública que quer Bolsonaro é jeitinho eleitoral, manobra pra gastar sem escrúpulos. Ele é a calamidade deste país.

Desesperado com as pesquisas, quer fazer gastança agora. Um decreto como este é criminoso", afirmou. 

Sob a vigência da calamidade, o entendimento é que o governo teria mais segurança para abrir créditos extraordinários — que permitem uso de recursos fora do teto de gastos. Entre as justificativas usadas por quem defende o uso do instrumento, estão a Guerra da Ucrânia e um suposto risco de desabastecimento de diesel.