terça-feira, 31 de maio de 2022

Presidente do TSE, Fachin pede que comunidade internacional "esteja alerta" para eleições no Brasil

 Em encontro com embaixadoras e embaixadores estrangeiros, Fachin condenou, sem citar Bolsonaro, "acusações levianas" contra o processo eleitoral

Edson Fachin (Foto: Reuters)


247 - Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin se reuniu nesta terça-feira (31) com embaixadoras e embaixadores estrangeiros.

Fachin discorreu sobre a segurança das urnas eletrônicas e pediu que a comunidade internacional "esteja alerta contra acusações levianas" em relação ao processo eleitoral brasileiro. Ele, no entanto, não citou Jair Bolsonaro (PL), principal disseminador de desinformação sobre as urnas no país.

"A integridade e fidedignidade das eleições brasileiras tem de ser demonstrada não por frases desconexas ou declarações vazias, mas por relatórios fundamentados de especialistas na matéria", disse Fachin.

Leia o discurso do ministro na íntegra:

“Bom dia a todas e a todos. Cumprimento as Embaixadoras e os Embaixadores aqui presentes, as Chefes e os Chefes de Missão e os demais membros do corpo diplomático acreditado em Brasília. Saúdo igualmente as autoridades presentes.

Cumprimento o Embaixador Leonardo Gorgulho Fernandes, Secretário de Assuntos Consulares, Cooperação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, que muito nos honra com sua presença e que participará, como expositor, da mesa seguinte à esta abertura. O TSE tem trabalhado em diálogo permanente e em parceria com o Itamaraty, sobretudo em temas como a realização de eleições para as brasileiras e brasileiros residentes no exterior, favorecendo o êxito de nossas Eleições de outubro.

Gostaria de dar as boas-vindas a todas as Senhoras e os Senhores que vieram à sede do Tribunal Superior Eleitoral para prestigiar esta Sessão Informativa sobre as Eleições Gerais de 2022. É motivo de orgulho e de contentamento para os servidores desta Casa acolhê-los na jornada de hoje.
O TSE também é conhecido como a “Corte da Democracia”, por encerrar, entre as suas competências constitucionais, a função de organizar o processo eleitoral brasileiro, garantindo a todas as cidadãs e cidadãos o exercício de seu direito ao voto e a manutenção da vida democrática e institucional, e preservando, portanto, a saudável pluralidade de visões políticas e a convivência civilizada entre os diferentes grupos e partidos políticos.

O diálogo democrático de um país, contudo, a rigor não se esgota em suas fronteiras geográficas. Também se manifesta nas suas relações com a comunidade internacional, com os outros Estados que compõem o nosso planeta. É também por essa razão que esta “Corte da Democracia” dá as boas-vindas às Embaixadas e Representações sediadas em Brasília, num espírito genuíno de confraternização e de abertura que procura contribuir para a troca de experiências em matéria eleitoral.

Nosso propósito, ao organizar essa Sessão Informativa, foi o de trazer às Senhoras e aos Senhores o estado atual dos preparativos para as Eleições Gerais de outubro próximo, apresentando as principais iniciativas administrativas nas diversas áreas do Tribunal e compartilhando os desafios com que sempre nos deparamos em eventos dessa magnitude. É fundamental transmitir aos Governos estrangeiros as informações corretas e completas sobre o processo eleitoral que se avizinha.

Para um país com as dimensões e características do Brasil, a organização de eleições representa um desafio em si mesmo. Somos aproximadamente 150 milhões de eleitoras e eleitores, votando em 5.500 municípios, muitos deles de acesso complexo. Com o apoio inestimável das Forças Armadas, distribuímos mais de 500 mil urnas eletrônicas em quase 100 mil locais de votação, fazendo chegar nossa tecnologia eleitoral aos mais remotos rincões do país, de forma a garantir a segurança e o sigilo do voto.

A esses desafios, tradicionais para a Justiça Eleitoral, vieram se sobrepor, mais recentemente, dificuldades adicionais de duas ordens.

Em primeiro lugar, há mais de dois anos convivemos com a gravíssima pandemia da COVID-19 e suas variantes, a qual, ademais de custar a vida de centenas de milhares de brasileiros, implica cuidados e precauções muito sensíveis para a realização de eventos de grande porte, como são os pleitos nacionais. A Justiça Eleitoral, desde as primeiras semanas da pandemia, adotou protocolo sanitário integral e meticuloso, baseado nos mais modernos conhecimentos científicos disponíveis, que permitiu o sucesso das Eleições Municipais de 2020, quando a taxa de comparecimento às urnas foi superior a 76%, sem qualquer impacto sobre a evolução pandêmica.

Embora prevaleça otimismo moderado com os prognósticos da COVID-19 no Brasil, em função dos triunfos alcançados pela vacinação nacional, a Justiça Eleitoral não descurou a saúde pública e trabalha com todos os cenários para as Eleições de outubro próximo.
Entretanto, para além da COVID-19, cumpre constatar o infeliz espraiamento de outra forma de vírus, com efeitos deletérios sobre a saúde, não das pessoas diretamente, mas da vida democrática nacional.

Estou me referindo ao vírus da desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro, que, de maneira infundada e perversa, procura incessantemente denunciar riscos inexistentes e falhas imaginárias. Este Tribunal Superior Eleitoral, e toda a Justiça Eleitoral, tem de trabalhar diuturnamente para desmentir boatos sobre o funcionamento do sistema eletrônico de votação e preservar a confiança que nele deposita a grande maioria da população.

Na Sessão Informativa da jornada de hoje, procuraremos, entre outros temas, oferecer às Senhoras e Senhores um resumo de todas as camadas de segurança e de auditoria com que conta a nossa urna eletrônica. Como verão, nosso sistema eletrônico de votação é totalmente auditável, com várias entidades fiscalizadoras, incluindo a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil e os partidos políticos.

Convido a corpo diplomático sediado em Brasília a buscar informações sérias e verdadeiras sobre a tecnologia eleitoral brasileira, não somente aqui no TSE, mas junto a especialistas nacionais e internacionais, de modo a contribuir para que a comunidade internacional esteja alerta contra acusações levianas.

A integridade e fidedignidade das eleições brasileiras tem de ser demonstrada não por frases desconexas ou declarações vazias, mas por relatórios fundamentados de especialistas na matéria.

Por essa razão, o TSE instituiu a Comissão de Transparência Eleitoral e o Observatório de Transparência Eleitoral, iniciativas que reúnem dezenas de entidades fiscalizadores e de centros de pesquisa em tecnologia, que buscam aprimorar e trazer segurança às nossas eleições.

Por essa razão convidamos, de forma inédita, e em diálogo com o Ministério das Relações Exteriores, vários organismos e centros internacionais para constituírem missões de observação eleitoral no Brasil; confirmaram presença: a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES) e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral, além da manifestação de elevado interesse do Carter Center.

Muitas dessas missões contarão com engenheiros e técnicos de informática, cujos trabalhos estarão voltados especificamente para o funcionamento da urna eletrônica, a exemplo do que fez a OEA em 2018 e em 2020, cujos relatórios atestam a integridade e segurança da urna eletrônica.

Teremos, ademais, corpos técnicos especializados, observadores e peritos na área, de diversas parte do mundo, convidados pelo TSE, incluindo observadores nacionais e internacionais.

Não é necessário alertar as Senhoras e os Senhores de que os desafios enfrentados pela Justiça Eleitoral brasileira não são, desafortunadamente, eventos isolados. Creio que todos aqui acompanham os perigosos sinais de ameaça à democracia em diversas partes do mundo, como pode ser atestado pelos indicadores preocupantes das últimas edições da Freedom House, do Idea Internacional e da Economist Intelligence Unit. A crise de legitimidade das democracias parlamentares, fenômeno real, pode conduzir a bandeiras populistas, quando não autoritárias, que prometem consertar um sistema que, como nos ensina a História, terminam por piorá-lo. O desafio da nossa geração é canalizar as demandas por reformas para o campo do diálogo e das instituições democráticas, onde podem prosperar com tranquilidade.

Na América Latina, em particular, os arremessos populistas incluem, em vários de seus países, investidas contra o sistema eleitoral, incluindo propostas disparatadas de reforma dos institutos eleitorais; acusações levianas de fraude, que conduzem a semanas de instabilidade política no período pós-eleitoral; e ameaças contra a integridade física e moral de autoridades. O enredo é sempre o mesmo: buscar a conturbação e incutir a desconfiança entre os espíritos mais desavisados, para minar a legitimidade dos eleitos e da própria vida democrática. Atacar o sistema eleitoral dessa maneira é atacar a própria democracia.

Mas a maturidade e estabilidade das instituições brasileiras não permitirá que esses barulhos perturbem a vida democrática. Como as Senhoras e os Senhores poderão notar nessa jornada de hoje, a Justiça Eleitoral está entrando na reta final dos preparativos para as Eleições de outubro. Concluído o prazo de 4 de maio para o alistamento eleitoral, tivemos número recorde de registros para os jovens entre 16 e 18 anos de idade, para os quais o voto é facultativo. Todas as 550.000 urnas eletrônicas estão prontas e preparadas. Em julho, serão nomeados os mais de 2 milhões de mesárias e mesários que conduzirão o processo de votação. Em 15 de agosto, termina o prazo para inscrição das candidaturas. No dia seguinte, tem início o período de campanha eleitoral e da propaganda política.

A festa da democracia ocorrerá em 2 de outubro e, nos casos em que houver segundo turno, em 30 de outubro. As eleitas e os eleitos serão diplomados pelo TSE até 19 de dezembro e tomarão posse em 1o de janeiro de 2023, com exceção dos parlamentares, que assumem seus cargos em 1o de fevereiro.

A Justiça Eleitoral brasileira está preparada para realizar, com paz e segurança, as eleições de outubro vindouro. As regras para o certamente eleitoral estão estabilizadas, nos termos da lei, desde março último. Conduzindo pelo estrito princípio da legalidade, a Justiça Eleitoral brasileira é imparcial, eficiente e multitudinária: são 27 tribunais regionais em todo o País, além do TSE, cerca de 5 mil juízes e promotores eleitorais e aproximadamente 22 mil servidores, servidoras, colaboradores e colaboradoras. É uma história que completa 90 anos sem fraude nem corrupção, e são mais de 25 anos de urnas eletrônicas seguras e auditáveis.

É com grande satisfação que este Tribunal compartilha com os Governos estrangeiros, representados pelo corpo diplomático que aqui nos honra com sua presença, todas as informações disponíveis na Justiça Eleitoral. O nosso compromisso de transparência extrapola nossas fronteiras e abrange todas as nações interessadas.

Tenho a convicção de que a comunidade internacional acompanha com atenção o processo eleitoral brasileiro de 2022 e contribuirá para o amadurecimento e aprimoramento de nossa democracia.

Tenham todos uma bela jornada.
Muito obrigado!”

Após Bolsonaro privatizar refinarias, importação de diesel pelo Brasil dispara 23,9% no 1º quadrimestre

 Segundo a ANP, o volume de importação registrado em abril é o maior desde outubro de 2021

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)


Roberto Samora, Reuters - A importação de diesel pelo Brasil aumentou 23,9% no primeiro quadrimestre do ano, para 4,7 bilhões de litros, de acordo com dados da agência reguladora ANP divulgados na segunda-feira, enquanto as vendas do combustível pelos distribuidores no país avançaram apenas 2% no mesmo período.

Em abril, o país importou 1,557 bilhão de litros de diesel, aumento de 30,6% ante março e de 11% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O volume de importação registrado em abril é o maior desde outubro de 2021 (1,85 bilhão de litros), com o Brasil buscando garantir ofertas em um mercado apertado no exterior em meio aos impactos da guerra na Ucrânia.

Já as vendas de diesel pelas distribuidoras do Brasil aumentaram 2,1% no quadrimestre, para 19,9 bilhões de litros, enquanto caíram em abril pela primeira vez no ano em relação ao mês anterior.

Os volumes em abril do combustível mais comercializado no país somaram 4,96 bilhões de litros, leve queda ante o mesmo mês do ano passado, mas um recuo de 470 milhões de litros ante março.

GASOLINA E ETANOL

As importações de gasolina também tiveram aumento de cerca de 30% no quadrimestre, para 807,9 milhões de litros. Na comparação com abril do ano passado, houve uma alta de 54,6%, com o combustível fóssil ganhando mercado do etanol hidratado.

As vendas de gasolina C aumentaram 14,1% no quadrimestre, para 13,13 bilhões de litros, com volumes mensais superiores a 3,2 bilhões de litros ao mês desde janeiro.

Já as vendas de etanol hidratado, que compete com a gasolina, recuaram 21,9% no quadrimestre, para aproximadamente 5 bilhões de litros, somando 1,37 bilhão de litros em abril, queda anual de 10%.

Já a importação de etanol anidro (misturado na gasolina) recuou 33,8% no quadrimestre, para 130,3 milhões de litros, enquanto em abriu somaram apenas 4 milhões de litros, recuo de quase 80% na comparação anual.

Sobe para 106 o número de mortos por causa das chuvas no Grande Recife

 Bombeiros encontraram corpos na zona oeste da capital e no município de Jaboatão, que faz fronteira com o Sul do Recife

(Foto: REUTERS/Diego Nigro)


247 - O Corpo de Bombeiros encontrou na tarde desta terça-feira (31) mais seis corpos de pessoas soterradas após deslizamentos de barreiras, no Grande Recife. Três pessoas foram achadas na Vila dos Milagres, na Zona Oeste, e outras três, em Jardim Monte Verde, entre a capital e o município de Jaboatão dos Guararapes, ponto em que morreram mais de 20 pessoas após o temporal.

De acordo com os bombeiros, o número de pessoas desaparecidas caiu para dez, segundo os bombeiros. 

Os corpos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, na região central do Recife. 

Hospitais Regionais de Guarapuava, Ivaiporã e Telêmaco Borba iniciam atendimento geral

 Eles tiveram obras aceleradas e foram entregues durante a pandemia para atender as respectivas regiões, exclusivamente pacientes de Covid-19. Agora passam a receber pessoas transferidas pela Central de Regulação de Leitos, e também cirurgias eletivas e traumas. São 20 leitos em cada.

Hospital Regional de Ivaiporã -(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Os hospitais regionais de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, de Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, iniciaram na última semana atendimento geral, abrangendo pacientes transferidos pela Central de Regulação de Leitos, e também cirurgias eletivas e traumas.

Em 2020, por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, as unidades tiveram obras aceleradas, foram concluídas e destinadas exclusivamente ao atendimento de pacientes de Covid-19. Atualmente, são parte da rede administrada pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas).

Os hospitais disponibilizam neste momento 20 leitos de enfermaria cada, somando 60 leitos à disposição da população nessas regiões. A unidade de Ivaiporã teve o primeiro paciente admitido na quinta-feira (26) e os hospitais de Guarapuava e Telêmaco Borba iniciaram o atendimento referenciado na sexta-feira (27).

O secretário estadual da Saúde, César Neves, ressaltou a importância da mudança de perfil dos três hospitais. “Desde o início nosso objetivo era colocar essas unidades à disposição da população em geral, garantindo que todo o investimento realizado antes e durante a pandemia pudesse ficar como um legado para a Rede Hospitalar do Paraná. As unidades passarão a admitir pacientes de outras especialidades, o que desafogará parte da demanda hospitalar nessas regiões”, disse Neves.

As três unidades já estão conectadas ao Sistema de Gestão Ambulatorial e Hospitalar do SUS (GSUS). A implantação do sistema nos hospitais foi feita pela Celepar. O GSUS é uma solução multidisciplinar que atende o paciente desde a entrada até a saída em uma unidade de saúde que opera seguindo as diretrizes do SUS. Ela integra de forma ágil e eficiente todos os estabelecimentos, incluindo informações sobre pacientes, uma vez que os prontuários são unificados.

GUARAPUAVA – Situado na 5ª Regional de Saúde, o Hospital Regional de Guarapuava iniciou os atendimentos no dia 22 de julho de 2020, exclusivamente para pacientes confirmados ou suspeitos de Covid-19. Neste mesmo ano realizou 515 atendimentos, passando para mais de 3 mil em 2021.

Hospital Regional de Guarapuava - (Foto: José Fernando Ogura/AEN)


O investimento para custeio no hospital já ultrapassou R$ 66,9 milhões. Para a obra, o Governo do Estado destinou mais de R$ 105,8 milhões, além de R$ 30,9 milhões em equipamentos. O perfil assistencial será ampliado futuramente para o atendimento cirúrgico, ortopedia e trauma.

IVAIPORà– O Hospital Regional de Ivaiporã, da 22ª Regional de Saúde, abriu as portas em 1º de junho de 2020, também como hospital exclusivo para atendimento Covid-19. No primeiro ano da pandemia no Paraná registrou 374 atendimentos. O valor de custeio da unidade até agora é de R$ 50,5 milhões e o montante para a obra chegou a R$ 34,3 milhões, além da estimativa de R$ 27 milhões em equipamentos. Será preparado para o atendimento futuro de cirurgias eletivas.

TELÊMACO BORBA – Inserido na 21ª Regional de Saúde, o Hospital de Telêmaco Borba também iniciou os atendimentos no dia 1º de junho de 2020. A unidade foi aberta ao público após mais de dez anos de espera. No primeiro ano de atendimento registrou 484 atendimentos e, no segundo, 917. O custeio da unidade já passa de R$ 36,6 milhões. O valor da obra desta unidade alcançou R$ 30 milhões. Futuramente a unidade será preparada para o perfil materno-infantil.


Hospital Regional de Telêmaco Borba - (Foto: Gilson Abre/AEN)


Fonte: AEN

Elize Matsunaga comemora liberdade e diz crer que marido a “perdoou”

 Condenada pelo assassinato seguido de esquartejamento de Marcos Matsunaga, ela foi solta após cumprir dez anos em regime fechado

Elize Matsunaga e seu advogado Luciano de Freitas Santoro (Foto: Luciano de Freitas Santoro/Divulgação)

Metrópoles - Elize Matsunaga, que teve a prisão convertida em condicional nesta segunda-feira (30), acredita que o marido, Marcos Matsunaga, já deve tê-la perdoado.

Ela foi condenada pelo assassinato seguido de esquartejamento do cônjuge, em 2012. Depois de ter cumprido dez anos da pena, foi liberada da penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), às 17h35, cumprindo o alvará de soltura.

Em vídeo divulgado pelo advogado de defesa Luciano de Freitas Santoro, Elize agradece pelo apoio e às pessoas que a compreenderam, além da família, amigos e advogados.

“Infelizmente não posso consertar o que se passou, o erro que cometi. Estou tendo uma segunda chance. Infelizmente, o Marcos, não. Mas acredito, na espiritualidade, que ele já tenha me perdoado, e peço isso todas as vezes em minhas orações”, diz.

Em 2019, a pena dela acabou reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para 16 anos e três meses. Em Tremembé, a condenada trabalhou em regime semiaberto para diminuir a pena.

Agora, Elize pretende fazer nova faculdade e escrever um livro para narrar tudo o que gostaria de dizer para a filha, a qual não encontra desde que foi condenada – a garota vive com a família do marido.

Equipe de Lula denuncia fake news de Bolsonaro: "não se importa com a verdade"

 Bolsonaro afirmou que advogados de Lula procuraram o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, para “calar, censurar, deputados federais”

(Foto: Reprodução | Reuters)


247 - A equipe do ex-presidente Lula (PT) denunciou nesta terça-feira (31) mais uma mentira contada por Jair Bolsonaro (PL), desta vez em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

"Em nítida tentativa de tumultuar as eleições e confundir a opinião pública, Bolsonaro afirmou que o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria recebido os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir formas de 'calar, censurar, deputados federais'", diz texto produzido pela equipe do petista.

O encontro, informa o desmentido, teve como objetivo tratar do "aperfeiçoamento de medidas para inibir a divulgação de fake news nas redes sociais". Participaram da conversa o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, e os representantes de Lula, Eugênio Aragão, Ângelo Ferraro e Cristiano Zanin.

Segundo a CNN, foram sugeridas "iniciativas para ampliar a forma de atuação do TSE nas plataformas que possuem regras mais flexíveis para publicações de parlamentares e autoridades eleitas". 

"Bolsonaro não se importa com a verdade. Seu único intuito é espalhar fake news na tentativa de esconder sua desastrosa gestão. Em live, Bolsonaro chegou a falar de um suposto vídeo de Zanin em que ele diz que quer censurar deputados. Mentira pura bolsonarista", afirma a equipe de Lula, que destaca o encontro do advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, com Fachin "para tratar, ironicamente, da 'paz e segurança nas eleições'".

"Reuniões entre representantes legais de candidatos e o TSE para tratar de questões relacionadas às eleições são não apenas normais como positivas", finaliza o texto.

Diretórios regionais do MDB descartam Tebet e se deslocam para Lula e Bolsonaro

 Avaliação é que o fraco desempenho de Simone Tebet nas pesquisas tem levado os pré-candidatos nos estados a se associarem a nomes mais competitivos no cenário nacional

Simone Tebet, Lula e Bolsonaro (Foto: MDB Nacional | Reuters)


247 - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta resistências à sua pré-candidatura à Presidência da República em pelo menos 13 estados. Nestes locais, a tendência é de apoio às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o jornal O Globo, as lideranças avaliam que o fraco desempenho de Tebet nas pesquisas, que registra apenas 2% das intenções de voto, faz com que parte dos pré-candidatos a cargos majoritários e ao Legislativo busquem uma associação com nomes mais competitivos no cenário político nacional. 

Segundo a reportagem, apesar das resistências internas, 22 dos 27 diretórios do MDB se posicionaram favoráveis oficialmente à indicação do nome de Tebet para disputar o pleito presidencial. 

“Em Rondônia, o diretório é comandado por Lúcio Mosquini, vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, que avalia compor um palanque bolsonarista. Nos outros quatro — Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas —, o partido defende apoio a Lula”, ressalta o periódico.

Em outros estados da Região Nordeste, como Bahia e Piauí, o MDB formará chapas com candidatos do PT ao governo e deverá estar no palanque de Lula ao longo da campanha. Em Sergipe, o ex-governador Jackson Barreto tem afirmado que é “pessoalmente simpático a Lula” e está alinhado ao governador Belivaldo Chagas (PSD), que já manifestou apoio ao ex-presidente. 

A postulação de Simone Tebet também enfrenta dificuldades em Alagoas, onde o governador Paulo Dantas (MDB) é aliado do senador Renan Calheiros. Calheiros é um dos nomes que mais tem oferecido resistência ao nome da correligionária dentro do MDB. O governador do Pará, Helder Barbalho, que recebeu uma declaração de apoio de Lula, disse recentemente que o cenário é de “polarização consolidada”. 

No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) está apoiando a reeleição de Jair Bolsonaro, além de ter as ex-ministras Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) como pré-candidatas ao Senado em sua chapa.

No Rio de Janeiro, o apoio do MDB ainda está indefinido. O presidente do diretório estadual, o ex-deputado Leonardo Picciani, defende que a legenda firme uma aliança com o PT. Já o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, que tenta ser o vice na chapa do governador Cláudio Castro (PL), deverá ficar ao lado de Bolsonaro.

Ainda segundo a reportagem, “Tebet pode ter de dividir o apoio do MDB até mesmo em seu estado, Mato Grosso do Sul. O pré-candidato emedebista ao governo, André Puccinelli, é cortejado pela direção nacional do PT para abrir palanque a Lula. A relação entre Puccinelli e Tebet sofreu um abalo em 2018, quando a senadora recusou seu convite para concorrer ao governo”.

Luciano Hang ataca Igreja católica e padre Julio Lancellotti

 "Não podemos dar moleza para essa turma só porque são padres", diz o empresário bolsonarista

Luciano Hang (Foto: Eduardo Matysiak)

Por Guilherme Amado e Eduardo Barretto, Metrópoles - O empresário bolsonarista Luciano Hang atacou neste domingo (29/5) a Igreja Católica e o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, que ajuda pessoas em situação de rua. Em um grupo de WhatsApp com outros empresários, Hang disse que padres que auxiliam pessoas pobres estão errados e que a Igreja é “cúmplice das mazelas do PT“.

As mensagens foram enviadas no grupo Empresários & Política. A conversa começou quando outro integrante compartilhou uma reportagem do site Brazil Journal, publicada no sábado (28/5), intitulada “Na São Paulo gélida, um padre e a (verdadeira) mão de Deus”. Uma foto de Lancellotti ilustra o texto.

Hang respondeu: “É da turma do Lula. Hipocrisia pura. Temos que ensinar a pescar, e não dar o peixe. Cada dia que passa é mais malandro vivendo nas costas de quem trabalha”, acrescentando: “Quem defende bandido, bandido é”.

Leia a íntegra no Metrópoles.

No Ceará, dono de bar "surta" e expulsa clientes de bar após gritarem "Fora Bolsonaro"

 Um dos proprietários do bar "surtou" e encerrou o show em andamento após o público ter puxado coro contra Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução/Instagram)


Metrópoles - Nas redes, moradores de Fortaleza (CE) relatam que foram  expulsos de um estabelecimento após gritos em oposição ao governo Bolsonaro. O ocorrido teria acontecido no Hey Joe Food ‘n’ Bar, bar famoso na região, na noite deste domingo (29).

Segundo clientes, um dos proprietários do bar "surtou" e encerrou o show em andamento após o público ter puxado coro contra Jair Bolsonaro. Ainda conforme presentes, o dono chegou a bater em mesas, balcão de atendimento e porta do bar.

Em resposta aos clientes inconformados, os proprietários do estabelecimento lamentaram o episódio, chamado de “grande mal entendido gerado por bobagem e potencializado pela bebedeira”. O bar não assumiu a “atitude bolsonarista” apontada pelo público, e afirmou seguir “o caminho do meio”.

Gusttavo Lima chora ao tentar justificar cachês com dinheiro público e Zé Neto manda indireta: “cuidado com as palavras”

 Durante live, cantor bolsonarista diz que é alvo de cancelamento e que está num ponto de "jogar a toalha"

Gusttavo Lima e Zé Neto (Foto: Reprodução)


247 - Gusttavo Lima fez uma live chorando na noite desta segunda-feira (30) para se defender das acusações que vem recebendo de cobrar valores exorbitantes das prefeituras de cidades pequenas para realizar seus shows e recebeu um comentário de Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, sobre a sua postura. 

"Cara não tem que dar satisfação, sou eu, irmão tô atravessando uma fase ruim, sou seu irmão, não precisa se explicar, joga pra mim irmão, não tem nada haver com você”, disse ele.

O cantor ainda pediu “cuidado” a Gusttavo Lima. “Não precisa explicar nada. Nego silencia, faça isso irmão. E cuidado com as palavras”, escreveu em outros comentários.

Assim como Lima, Zé Neto também criticou a Lei Rouanet e na sequência foi pego recebendo verbas milionárias de prefeituras para realizar seus shows. 

Lima virou alvo de investigações do Ministério Público e já tem algumas apresentações canceladas em três estados do Brasil. Na cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas, a prefeitura deixou claro que não irá pagar multa de 600 mil pelo cancelamento do show. 

O cantor disse na live que está sofrendo. “Aqui existe um ser humano, existe um pai de família, um cara responsável com todos seus funcionários, com todos os seus colaboradores. Aqui ninguém é bandido não, a gente tem coração, a gente faz o certo”.

Governo Bolsonaro dá mais um passo para a privatização da Petrobras

 Ministério das Minas e Energia formalizou pedido de inclusão da estatal em programa de privatizações

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

247 - O Ministério de Minas e Energia anunciou na noite desta segunda-feira (30) que formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da Petrobras na carteira do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), visando a privatização da empresa, informa a Folha de S.Paulo.

A qualificação da Petrobras ao PPI depende de aval do conselho do programa e seria o primeiro passo de um processo que enfrenta resistências no Congresso e na sociedade.

O ocupante do Palácio do Planalto já declarou sua vontade de privatizar a empresa. A privatização da Petrobras tornou-se uma bandeira do governo Bolsonaro, principalmente após a última troca de comando no Ministério das Minas e Energia. O novo chefe da pasta, o bolsonarista Adolfo Sachsida, anunciou a intenção de privatizar a Petrobras em seu primeiro discurso como novo ministro.


Mulheres podem garantir vitória de Lula em primeiro turno e têm aversão a Bolsonaro

 Eleitorado feminino será determinante nas eleições presidenciais de 2022

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto durante encontro com mulheres, em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


247 – O eleitorado feminino, onde se concentra a maior vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ser responsável pela vitória em primeiro turno contra Jair Bolsonaro, que tem uma atuação marcada por declarações misóginas e posturas típicas de um ogro. "A aversão a Jair Bolsonaro (PL), pelo critério de intenção de voto, diminui entre homens e mulheres à medida que é maior à renda, mas o presidente sofre maior resistência entre o eleitorado feminino de todas as classes sociais, segundo a última pesquisa Datafolha. Homens são o grosso de sua base", aponta reportagem de Joelmir Tavares, na Folha de S. Paulo.

 "Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal rival dele na corrida presidencial, possui vantagem entre as mulheres independentemente de faixa social. Além disso, tem preferência mais robusta entre os mais pobres de ambos os gêneros", prossegue.

O repórter fez a sua análise a partir dos dados do Datafolha. "Lula registrou 48% das intenções de voto no primeiro turno, ante 27% de Bolsonaro. "O resultado geral já apontava a vantagem do ex-presidente no eleitorado feminino. Entre elas, o petista chega a marcar 49%, ante 23% do atual mandatário", aponta o jornalista. "A intenção de voto em Bolsonaro entre as mulheres, em todas as rendas, é sempre numericamente inferior à registrada entre os homens, tanto na pesquisa espontânea (quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) quanto nas estimuladas de primeiro e segundo turno", acrescenta.


Média móvel de casos de Covid-19 tem aumento de 70% em uma semana

 A taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,42. Significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142

(Foto: Agência Brasil)


Rede Brasil Atual - O Brasil registrou nesta segunda-feira (30) 63 mortes e 24.082 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média móvel calculada em sete dias ficou em 24.809 novos casos, aumento de 70% em uma semana. Além disso, é a maior marca desde 31 de março, quando estava em 25.745. A média móvel de óbitos, que ficou em 121, registrou alta de 24,7% em uma semana.

Além disso, a taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,42. Significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142. Conforme estimativa da plataforma Info Tracker (USP/Unesp), essa taxa deve chegar a 1,57 na próxima segunda-feira (6), o que indica que a transmissão está acelerando.

São diversos os fatores que explicam esse novo aumento de casos de covid. Em primeiro lugar, especialistas destacam que foi precipitada a decisão de flexibilizar as medidas de segurança sanitária, principalmente a liberação do uso de máscaras em locais fechados. Além disso, com a chegada das baixas temperaturas, o risco de transmissão aumenta, na medida em que as pessoas tendem a reduzir a circulação de ar nos ambientes.

Estagnação da vacinação

Outro fator é a estagnação da cobertura vacinal no Brasil. Recentemente, o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou que, desde o final de fevereiro, o avanço da vacinação passa pelo seu “pior desempenho”. O principal desafio atualmente é ampliar a imunização das crianças de 5 a 11 anos. 

Por outro lado, a curva de cobertura da terceira dose vem desacelerando. Até o momento, pouco mais da metade da população (56,39%) com 18 ou mais tomou a dose de reforço. O que significa que a outra metade está especialmente vulnerável ao contágio pela variante ômicron, capaz de escapar da proteção conferida por apenas duas doses dos imunizantes. Além disso, as vacinas também perdem eficácia ao longo do tempo.

Alerta

“Outra onda de covid e é bom lembrar que máscara funciona”, alertou o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino. Pelas redes sociais, ele destacou um estudo do Centro de Controle de

Doenças (CDC) dos Estados Unidos indicando que as máscaras de alta proteção – N95/PFF2 – reduzem em até 83% as chances de contaminação pela covid-19. Máscaras cirúrgicas e de pano tiveram 66% e 56%, respectivamente, de efetividade na prevenção do contágio. 

“Lembrando que a máscara não só diminui a chance de pegar, como (reduz) a quantidade de vírus com a qual entramos em contato. Ou seja, você tem menos chances de pegar e, se pegar, pode ser uma covid mais leve, graças à mascara”, tuitou o especialista.

PT faz adaptações em agenda devido a provocações de bolsonaristas que afetam a segurança de Lula

 Lula adapta agenda no Rio Grande do Sul e cancela ato em Santa Catarina, entre outros motivos, por razões de segurança

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ato de pré-campanha em Belo Horizonte 09/05/2022 REUTERS/Washington Alves (Foto: REUTERS/Washington Alves)

247 - Reportagem publicada nesta terça-feira (31) na Folha de S.Paulo aponta que a preocupação do PT com a segurança do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva intensificou-se neste último mês e ficará evidenciada nos próximos eventos.

O ex-presidente cancelou a viagem que faria a Santa Catarina na quinta-feira (2). Uma das razões foi a ausência de local adequado para realizar os eventos que gostaria, segundo a equipe de segurança do petista.

Nesta quarta-feira (1º), Lula vai ao Rio Grande do Sul e também teve de adaptar a agenda para evitar lugares em que ficasse muito exposto.

Desde que aumentou o número de viagens, no início de maio, o pré-candidato petista convive com provocações de bolsonaristas.

O principal ato político da agenda do Sul ocorrerá em local fechado, num estádio, com capacidade para 7.000 pessoas. A recomendação do comando da campanha é que 3.000 fiquem do lado de fora, fazendo um cordão de isolamento na área. O mesmo ocorreu em Juiz de Fora, onde uma reunião com prefeitos foi transferida às pressas de endereço.

Apesar dos cuidados, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nega que haja alguma diretriz na pré-campanha no sentido de evitar a ida de Lula a ambientes não controlados. Gleisi diz que Lula gosta de ficar com o povo. 


segunda-feira, 30 de maio de 2022

MPT convoca Volkswagen para audiência sobre trabalho escravo nos anos 70 e 80

 A montadora é investigada no Brasil por supostas violações de direitos humanos em uma fazenda durante o período da ditadura militar

Logotipos da Volkswagen (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo)

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público do Trabalho (MPT) confirmou, nesta segunda-feira que investiga a responsabilidade da Volkswagen em caso de trabalho escravo em uma fazenda da montadora nas décadas de 1974 e 1986 uma fazenda no Pará.

O MPT convocou a unidade brasileira da Volkswagen para uma audiência administrativa em 14 de junho, 14h, em Brasília.

A convocação acontece após publicações na imprensa alemã, no domingo, com o jornal Sueddeutsche Zeitung e durante uma transmissão na emissora pública NDR revelando que a montadora é investigada no Brasil por supostas violações  de direitos humanos em uma fazenda durante o período da ditadura militar.

A Volkswagen disse também no domingo que leva a sério a investigação e que não daria mais detalhes por causa de procedimentos legais. A empresa não respondeu nesta segunda-feira ao pedido de comentário enviado pela Reuters.

Alojamentos, falta de abastecimento de água potável, além de impedimento de tratamento médico, inclusive com saída de armada foram algumas das denúncias. 

"O procurador do trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena a investigação sobre o caso, explica que o grupo de trabalho concluiu pela responsabilidade da Volkswagen graves violações aos direitos humanos", disse o MPT em comunicado em seus direitos humanos local.

O caso ocorreu no local conhecido como Fazenda Volkswagen, em Santana do Araguaia (PA). O terreno de 139 mil hectares seriado da Companhia Vale do Rio Cristalino Agropecuária Indústria (CVRC), subsidiária da Volkswagen, disse o órgão, acrescentando que a fazenda teria sido sido feita por entidade associada ao governo militar.

O MPT afirmou que tem 30 funcionários que tinham funções de manutenção, mas os serviços de manutenção da floresta eram executados sem vínculo.

"As denúncias de tráfico de pessoas e trabalho escravo se referem, em particular, a esses lavradores aliciados por empreiteiros a serviço da CVRC para roçar e derrubar a mata" na fazenda, disse o MPT.

Isso porque a floresta queimada da fazenda, de acordo com comunicado, teria sido transformada em área de pasto através de desmatamentos por meio de empreiteiros que recrutavam lavradores em pequenos povoados, recrutados em especial no interior de Mato Grosso, Mara e Goiás.

O MPT não disse quantas pessoas foram vítimas dos atos. O órgão começou a investigar o caso em 2019, após a recepção da ocorrência de um padre integrante da Comissão Pastoral da Terra da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil para a região de Araguaia e Tocantins. Hoje, ele coordena um grupo de pesquisa sobre trabalho escravo na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Lula participa de ato em defesa da soberania em Porto Alegre

 Na próxima quarta-feira (1º), o evento será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pelas redes sociais do ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (1), onde participa de ato em defesa da soberania nacional, em Porto Alegre.

O evento será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pelas redes sociais do ex-presidente e pré-candidato ao Planalto. O evento acontece a partir das 18h.

Parlamentares petistas do estado postaram nas redes sociais estarem no aguardo de Lula na quarta e quinta-feira, como o deputado Paulo Pimenta e o vereador Leonel Radde, além do pré-candidato do partido a governador Edegar Pretto.