quinta-feira, 26 de maio de 2022

Folha propaga fake news contra Lula e diz que ele não foi inocentado

 Jornal se soma aos negacionistas do Direito e evita reconhecer que o ex-presidente é completamente inocente

Lula (Foto: Reuters/Amanda Perobelli | Reprodução)


247 - Em editorial publicado na noite desta quarta-feira (25), a Folha de S. Paulo se soma aos negacionistas do Direito ao reproduzir a mentira de que o ex-presidente Lula não foi inocentado.

"O líder petista recobrou seus direitos políticos e deve, para todos os efeitos, ser considerado inocente", reconhece o jornal, mas pondera: "isso não é o mesmo que ter sido inocentado pela Justiça".

Lula foi injustamente perseguido, condenado e preso por um juiz - agora ex-juiz - suspeito e parcial, Sergio Moro (União Brasil-SP). Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, anulou os processos contra o ex-presidente, justamente pelo reconhecimento da parcialidade de Moro.

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) também reconheceu que Lula teve seus direitos violados e foi um preso político no Brasil. 

O que a Folha de S. Paulo faz é tentar estabelecer uma distinção entre a anulação dos processos contra Lula e a declaração de sua inocência. Acontece que a legislação brasileira prevê a presunção de inocência. Ou seja, quem não é culpado, é inocente, e todos são inocentes até que se prove o contrário.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin, sempre quando alegações como a da Folha são trazidas à tona, explica que Lula não teve seus processos anulados porque o juiz era parcial. Na realidade, ele diz, Lula foi condenado justamente pela parcialidade de Moro. Se tivesse tido direito a um julgamento justo, dentro dos parâmetros legais, certamente não teria sido preso. "Sem condenação, a presunção de inocência está intacta. Lula teve a sua vida devassada e os acusadores tiveram todas as oportunidades de apresentar provas, inclusive com a ajuda de um juiz parcial, e não obtiveram êxito. Os processos não foram anulados por pequenas questões técnicas, mas por um vício gravíssimo, que era a suspeição do juiz. Moro queria condenar sem processo porque sabia que, dentro das regras do jogo, ele não tinha condições de impor as condenações. Não se conduz um processo na base do jeitinho", disse Zanin em entrevista à Veja.

Haddad diz ter eleitorado mais fiel que o de França e critica Rodrigo Garcia e Tarcísio Freitas

 Ex-prefeito de São Paulo afirmou que "Rodrigo Garcia é tão tucano quanto o Tarcísio é paulista"

Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert)


247 – O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que disputará o governo paulista nas eleições deste ano, concedeu entrevista aos jornalistas Sérgio Roxo e Gustavo Schmitt, do Globo, em que minimizou a rejeição ao PT no estado e explicou os motivos de sua confiança. "Eu venço em qualquer cenário do segundo turno. Estamos abertos a uma a uma negociação com o PSB, que tem sido um partido extraordinário. Em 2018, o Márcio França não teve condições de me apoiar no segundo turno nem de receber o meu apoio", disse ele. "Hoje o Márcio apoia o Lula, independente de ter duas candidaturas. Isso que tem de ser louvado. Ele não está condicionando o apoio ao Lula à minha desistência. E hoje o mais provável é ter duas candidaturas", acrescentou.

Haddad disse ainda que seu eleitorado é fiel. "Pelo último Datafolha, 40% dos eventuais eleitores do Márcio consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom. Será que esse eleitorado vai permanecer fiel à candidatura dele assim que souber que ele está apoiando o Lula? O meu, não tenho dúvida que permanecerá porque todo mundo sabe quem eu sou. E o grau de coerência que mantive na vida. Ninguém é obrigado a ter a mesma metodologia de análise da pesquisa. Mas eu dou aula disso, sou professor de ciência política", afirmou.

Na entrevista, Haddad também criticou os adversários Rodrigo Garcia e Tarcísio Freitas. "Rodrigo Garcia é tão tucano quanto o Tarcísio é paulista. Não existe isso. O Rodrigo nunca foi tucano. Sempre foi linha auxiliar dos tucanos porque eles ganhavam eleição. E o Tarcísio nunca foi paulista, nunca morou em São Paulo. O Tarcísio vai tentar o voto bolsonarista mais cego. Não sei qual é a estratégia do Rodrigo. Até porque ele é um ser em construção. Não sabemos o que quer ser quando crescer", declarou.

Risco de golpe

O ex-prefeito também aposta que Jair Bolsonaro não tem força para promover um golpe de estado. "Vai espernear, mas ele não tem condições externas e internas de manter um regime de força aqui. Até porque são oito milhões de universitários hoje no Brasil. No golpe de 1964, eram 200 mil e, em geral, da elite. Hoje tem uma massa crítica na universidade de outra natureza. Ele vai conflagrar o Brasil? A democracia vai ser defendida com unhas e dentes. Ele vai fazer o que o Trump fez, piorado. Se nos Estados Unidos, onde a democracia é mais consolidada, houve cinco mortes, aqui pode ser pior. Mas não vai ser bem-sucedido. Não vai acontecer o mesmo de 1964", afirmou.

Justiça Eleitoral determina que PT filie atriz pornô

 Ela entrou na Justiça em Mato Grosso sob argumento de que sofreu discriminação ao ter sua filiação suspensa pelo partido sem direito de defesa

(Foto: Partido dos Trabalhadores/Divulgação)

247 - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou nesta quarta-feira (25) que o Partido dos Trabalhadores (PT) faça a filiação, no prazo de três dias, da atriz pornô Ester Caroline Henrique Bonometo Pessatto, conhecida como Ester Tigresa. A reportagem é do portal G1.

A reportagem tentou contato com o Partido dos Trabalhadores, mas ainda não teve resposta.

A decisão liminar atende ao pedido da atriz mato-grossense que teve sua filiação barrada pela diretoria da sigla. Ela pede que o Diretório Municipal do PT de Barão de Melgaço submeta a lista de filiados pelo sistema da Justiça Eleitoral, sob pena de desobediência.

O cadastro deverá ser feito com data retroativa a 2 de abril de 2022.

Segundo a defesa da atriz, Ester sofreu discriminação ao ter sua filiação suspensa sem direito de defesa, convocação para a pauta ou qualquer notificação de infração a agremiação.

A decisão dessa terça-feira é do juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, da 38° Zona Eleitoral de Santo Antônio do Leverger, a 35 km de Cuiabá.

No pedido Ester alegou que no dia 18 de abril o PT fez uma 'votação', dirigida pela secretaria da legenda, cuja decisão resultou na suspensão da filiação da atriz.

Novo vice-presidente da Câmara diz que é legítimo Bolsonaro questionar as eleições se for derrotado

 Lincoln Portela alega que esse questionamento é "livre direito de expressão"

Lincoln Portela (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)


247 - O novo vice-presidente da Câmara, Lincoln Portela (PL-MG), afirma em entrevista à Folha não ver problemas em questionamentos do resultado das eleições.

É um discurso alinhado com as declarações de teor golpista de Jair Bolsonaro. 

De acordo com Portela, o questionamento que eventualmente vier a ser feito com a derrota de Bolsonaro não representará uma ameaça à democracia. Ele alega que esse questionamento é "livre direito de expressão". 

Portela também defendeu a participação das Forças Armadas no processo eleitoral, mas admitiu que a decisão sobre isso é uma questão de foro íntimo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Questionado se, na sua visão, as autoridades devem ou não respeitar o resultado das urnas, Portela disse que isso depende de "como foram feitas as eleições, as denúncias que tiverem ou não, de como foi todo o processo".

Ao se referir à afirmação de Bolsonaro de que o PL deve contratar uma empresa para fazer uma auditoria privada das eleições deste ano, o parlamentar afirmou que "isso tudo é natural que democraticamente se peça uma verificação nesse sentido".

Pressão de bolsonaristas faz gabinete de Fux cancelar palestra no Rio Grande do Sul

 Palestra do presidente do STF em Bento Gonçalves foi cancelada por razões de segurança

Ministro do STF Luiz Fux (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)


247 - Uma palestra que seria realizada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, foi cancelada por pressão de empresários bolsonaristas associados ao Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) municipal, responsável pela organização do evento. A justificativa foi que não haveria como garantir a segurança do local em caso de protestos. 

Segundo a Folha de S. Paulo, a palestra “Risco Brasil e Segurança Jurídica” estava marcada para o dia 3 de junho e ainda estava em “pré-agenda” no último dia 20, quando começaram as manifestações contrárias à presença do ministro. 

“Desde então, associados que endossam discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o Supremo começaram a protestar contra a presença do ministro na cidade, o que levou a entidade a temer por sua segurança.

“Em seu Facebook, o empresário Roni Kussler, da marca de produtos de limpeza Saif, afirmou ter solicitado junto à presidência da CIC o cancelamento da vinda de Fux. Posteriormente, ele apagou a publicação”, destaca a reportagem. 

Por meio de carta enviada aos associados, a financeira Sicredi informou ter solicitado que a marca fosse retirada da divulgação do evento "considerando os impactos da nossa marca" e que os representantes da empresa ficariam "mais atentos para movimentos similares no futuro". 

Diante dos protestos, a seção local da Ordem dos Advogados do Brasil tentou alterar o local do evento, mas o gabinete de de Fux comunicou o cancelamento da palestra na manhã desta quarta-feira(25).

O cancelamento do evento foi comemorado pelo deputado federal bolsonarista  Bibo Nunes (PL). "Isso comprova que nenhum ministro do STF pode andar na rua no Brasil. Nem em local fechado”. 

Ainda segundo ele, os protestos que resultaram no cancelamento da palestra do presidente do STF fazem parte da democracia. “Em momento algum, incentivei qualquer tipo de vandalismo e de violência contra o ministro Fux. Trata-se de protesto pacífico, que é da democracia", disse. 

Faria Lima e bilionários brasileiros tentam alavancar candidatura de Simone Tebet

 Senadora do MDB ganha apoio de segmentos relevantes das classes dominantes brasileiras para a ser a candidata do 1% mais favorecido da sociedade

Simone Tebet (Foto: Reprodução/Twitter @CentralEleicoes)

247 – Uma parcela significativa da classe dominante brasileira tenta reforçar o apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS), enquanto Jair Bolsonaro preserva a adesão dos ruralistas. "Com o nome de Simone Tebet (MDB-MS) praticamente definido como alternativa da terceira via, um grupo de empresários, executivos e intelectuais articula ações para impulsionar a senadora na corrida presidencial. Além de manifestos com o aval à candidatura, a estratégia envolve torná-la mais conhecida em todo o Brasil, bem como suas ideias e propostas", aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

"Um manifesto em apoio à senadora já reuniu 3 mil nomes, que vão da indústria à Faria Lima, a exemplo de Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, e Wolff Klabin, presidente do conselho da Klabin, além de economistas de linhagem tucana, como Armínio Fraga, Eliana Cardoso e Elena Landau – líder do plano econômico de Tebet. Eles dizem ver a senadora como capaz de reunir os 'melhores nomes' para traçar políticas públicas e acalmar investidores", aponta ainda o jornal, o que demonstra que Tebet é a escolha de um segmento importante da burguesia brasileira. 

Sobe para 26 número de mortos na chacina da Vila Cruzeiro

 A operação na Vila Cruzeiro é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro

Momento em que feridos são levados para o hospital (Foto: Foto: Reprodução)

247 - Subiu nesta quinta-feira (26) para 26 o número de mortos na operação na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, considerada uma chacina. A ação ocorreu na terça-feira (24).

A vítima mais recente estava internada no Hospital Getúlio Vargas e morreu durante a última madrugada. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

Há ainda três pacientes internados — dois com quadro estável e um em estado grave.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 'existem indícios de execuções e tortura' durante a ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, e da Polícia Rodoviária Federal.

A operação na Vila Cruzeiro é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro, atrás somente da ação no Jacarezinho, de maio de 2021, que resultou em 28 mortes.

Fome no Brasil ultrapassa média global pela primeira vez, aponta pesquisa Gallup

Os números também apontaram que, entre as mulheres, a taxa de insegurança alimentar no Brasil chega a quase 50%

Jair Bolsonaro e uma mãe com desnutrição (Foto: ABr)


247 - A pesquisa global Gallup, analisados no Brasil pelo Centro de Políticas Sociais do FGV Social, apontou que a insegurança alimentar entre os brasileiros ficou acima da média mundial. De acordo com os números, o índice no País aumentou de 17% em 2014 para 36% no final de 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL). A média global foi de 35%. De acordo com as estatísticas, a taxa foi de 47% entre as mulheres e de 45% para as pessoas com idades entre 30 e 49 anos, percentuais acima da média global.

Diretor do FGV Social, Marcelo Neri destacou que "a insegurança alimentar mais elevada nesses segmentos tem efeitos de longo prazo preocupantes por causa do maior número de crianças envolvidas e da desnutrição entre elas". O relato dele foi publicado nesta quarta-feira (25) no jornal Folha de S.Paulo

"O que impressiona também é o aumento abissal da desigualdade de insegurança alimentar. Entre os 20% mais pobres no Brasil, o nível é próximo dos países com maiores taxas, como Zimbábue [80%]. Já os 20% mais ricos experimentaram queda [para 7%], ficando pouco acima da Suécia, país com menos insegurança alimentar", disse.




Câmara aprova texto-base de projeto que limita ICMS sobre combustíveis e energia elétrica

 Proposta alcança também gás natural, transporte coletivo e comunicações. Relator incluiu gatilho para compensar perdas dos estados

(Foto: Agência Brasil)

Agência Câmara - A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto que impede a aplicação de alíquotas do ICMS em patamares iguais aos de produtos supérfluos para bens e serviços relacionados aos combustíveis, ao gás natural, à energia elétrica, às comunicações e ao transporte coletivo, considerando-os essenciais e indispensáveis.

De acordo com o substitutivo do relator, deputado Elmar Nascimento (União-BA), para o PLP 18/22, do deputado Danilo Forte (União-CE), haverá, até 31 de dezembro de 2022, uma compensação paga pelo governo federal aos estados pela perda de arrecadação do imposto por meio de descontos em parcelas de dívidas refinanciadas desses entes federados junto à União.

O Plenário analisa agora os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto.

Estados projetam perdas de até R$ 83,5 bi com teto do ICMS a 17%

A limitação do ICMS a 17% para combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público, proposta apoiada por governistas, pode gerar perdas de até R$ 83,5 bilhões para os estados e municípios, segundo estimativas do Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz). Esta perda
ocorreria no "pior cenário" -- uma alta de 30% dos combustíveis até o final do ano. Nos parâmetros atuais, as perdas são estimadas em R$ 64,2 bilhões.

Nesta conta, está a parcela que vai aos municípios: perdas de R$ 16,05 bilhões às prefeituras no cenário atual e de R$ 20,875 bilhões caso os combustíveis continuem subindo de preço.

Já o autor do projeto, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), prevê que a proposta pode levar a uma redução de até 12% no valor final da gasolina e de 11% no valor da energia. Em alguns locais, o ICMS sobre combustíveis ultrapassa 30% e chega a 21% em média sobre a conta de luz.

"O que eu posso dizer em relação a número: se a gente conseguir votar no combustível, a gente tem uma redução que varia de 9% a 12% na gasolina. A gente tem algo em torno de 10% no etanol e a gente tem algo em torno de 11% na conta de energia no final do mês", afirmou. 


Campanha de Bolsonaro decide usar agressões de Ciro contra Lula para evitar vitória em primeiro turno

 Decisão reforça a visão de que o pedetista seria hoje linha auxiliar do bolsonarismo

Jair Bolsonaro com apoiadores, ex-ministro Ciro Gomes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução | ABr)


247 – Ciro Gomes é hoje linha auxiliar do bolsonarismo? Embora ele garanta que não, evidências apontam na direção oposta. "Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro querem ampliar a visibilidade das críticas de Ciro Gomes (PDT) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT)", informam os jornalistas Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo. "Acreditam que, ao evidenciar os ataques de Ciro contra o petista, conseguem neutralizar um potencial movimento de voto útil em Lula no 1.º turno – o que poderia levar a uma vitória do petista", acrescentam.

"Na última pesquisa Ipespe, Lula marcou 44% das intenções de voto e Ciro, 8%, o que somado passaria dos 50%. Um sinal de que a estratégia bolsonarista entrou em campo são postagens feitas por aliados do presidente, como a da deputada Bia Kicis (União-DF) e do delegado Alexandre Ramagem, replicando vídeo em que Ciro diz que Lula não foi inocentado, mas teve o processo anulado no STF", apontam ainda os jornalistas.


Deltan Dallagnol é investigado pelo TCU por uso indevido de dinheiro público

 TCU vê ação do ex-procurador como o embrião de um projeto político e pessoal

                                           Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução)

247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) vai abrir uma nova linha de investigação sobre gastos de procuradores da Operação Lava Jato com diárias e passagens aéreas no período em que trabalharam na operação que causou prejuízos à economia nacional e cometeu ilegalidades processuais.

Os gastos de Deltan Dallagnol em viagens que ele fez quando coordenava a força-tarefa de Curitiba para divulgar as "Dez Medidas Contra a Corrupção" estão sendo investigados por auditores do TCU.

Já foram identificadas visitas a cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre, todas bancadas por dinheiro público.

Nelas, o então procurador participava de reuniões e fazia palestras para divulgar as ideias do grupo sobre o combate à corrupção.

A iniciativa é vista no TCU como o embrião de um projeto político e pessoal que desaguou na candidatura de Dallagnol às eleições parlamentares de 2022. E não como uma atividade relacionada objetivamente às investigações que estavam em curso, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.


Polo de vestuário mantém cerca de 10 mil costureiras com carteira assinada

 


O “Dia da Costureira”, comemorado neste dia 25 de maio, foi lembrado pelo prefeito Junior da Femac, que enalteceu a categoria, que forma hoje a maior força de trabalho em Apucarana, no segmento de confecção de roupas. “Ser costureira não é só exercer uma profissão. É praticar a arte milenar de transformar tecido em roupas. E essa arte é um dos pilares da economia apucaranense. Costureiras de roupas, bonés, camisetas, bolsas, acessórios ou de corte e costura têm o nosso respeito pelo seu trabalho e dedicação nesta importante área”, diz o prefeito.

Junior da Femac informa que Apucarana, de acordo com pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) se consolidou como o maior polo de produção de vestuário do Paraná. “Estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) apontou Apucarana na liderança no Estado, com 25% do total produzido”, revela o prefeito, enaltecendo a força de trabalho representada pelas costureiras apucaranenses. “Hoje o Município, de acordo com números oficiais da Secretaria Municipal da Fazenda, concentra 2.821 empresas neste segmento, incluindo as micro, as pequenas, as médias e as de grande porte”, ressalta.

Outras lideranças do setor, como a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), Elisabete Ardigo, avalia que a cidade congrega hoje cerca de 10 mil costureiras com carteira assinada. “Trata-se da mais importante peça da cadeia produtiva do nosso polo de vestuário. As máquinas automatizadas cortam tecidos para centenas de bonés e camisetas, mas nenhuma peça fica pronta sem o trabalho das costureiras”, pontua a empresária, destacando o valoroso trabalho destas trabalhadoras.

Maria Leonora Batista, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário de Apucarana e região (Stivar), acredita que, atualmente, a cidade tenha mais de 20 mil costureiras trabalhando no pólo de confecções apucaranense. “São cerca de 10 mil com carteira assinada, e um número bem maior de costureiras trabalhando informalmente”, estima a sindicalista, frisando que se trata da maior força de trabalho em Apucarana.

A vocação local começou a despertar em Apucarana em meados da década de 1970, com a produção de bandanas e os primeiros bonés. Atualmente a produção do município está mais diversificada e as empresas, além dos bonés, fabricam camisetas, jeans e todo tipo de material têxtil promocional.

Durante a pandemia, diversas empresas readequaram sua linha de produção para produzir máscaras faciais e jalecos. O negócio deu certo e boa parte das fábricas segue produzindo e vendendo neste nicho de mercado, que surgiu com a Covid-19.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Evento acadêmico discute antirracismo no Brasil


A Faculdade de Apucarana (FAP), em parceria com a Secretaria da Mulher e Assuntos da Família da Prefeitura de Apucarana, promoveu na noite de quarta-feira (24/05), no Cine Teatro Fênix, o VII Psicon. Uma promoção do Departamento de Psicologia, o evento – com foco na educação das relações étnico-raciais e combate ao racismo – debateu “O que é ser antirracista no Brasil?”.

O assunto foi conduzido pelo professor Dr. Delton Aparecido Felipe, especialista com publicações nacionais e internacionais sobre educação e diversidade, história da população negra no Brasil, ensino de história e cultura afro-brasileira, patrimônio afro-brasileiro, história da África e Direito da população negra.

Presente no evento, o prefeito Júnior da Femac lamentou que o racismo ainda está presente na sociedade e precisa ser combatido. “Precisamos, como sociedade, estarmos unidos, lutando dia a dia de forma forte e declarada contra o ódio, preconceito racial, racismo sistêmico e a opressão estrutural de grupos marginalizados racialmente e etnicamente”, afirmou o prefeito, que esteve acompanhado da psicóloga Denise Canesin, titular da pasta da Mulher e Assuntos da Família.

Durante sua fala, professor Dr. Delton frisou que é preciso considerar que todo conhecimento social é uma construção social, marcado pelo viés racial. “Por isso é necessário compreendermos que o conhecimento sobre o mundo é uma produção histórica, permeada por ações sociais, econômicas e políticas, constituindo-se de valores e significados que pode privilegiar um grupo em detrimento de outro”, contextualizou.

Além de acadêmicos do curso de psicologia e outros interessados na temática, também esteve presente no VII Psicon o diretor-geral da FAP, professor Lisandro Rogério Modesto.

 

Repasses do “Terra Forte” ultrapassam nove toneladas

 


Somente nos cinco primeiros meses do ano, produtores rurais do segmento de fruticultura do Programa Municipal Terra Forte repassaram mais de nove toneladas de alimentos à Secretaria da Agricultura da Prefeitura de Apucarana. Prevista nas regras da política pública, a contrapartida é o “pagamento” pelo apoio municipal que, além de distribuição de mudas frutíferas selecionadas de diversas variedades, também disponibiliza aos interessados insumos agrícolas, como fósforo e calcário, para fertilização e correção do solo. “Os produtos que recebemos como “pagamento” pelo incentivo municipal enriquecem a alimentação escolar em nossos centros infantis e escolas municipais, além de atenderem à necessidade de entidades sociais do município, sobretudo as que atuam com abrigamento”, enaltece o prefeito Júnior da Femac, que recebeu um relatório das atividades das mãos do secretário Municipal da Agricultura, Gerson Canuto.

Júnior da Femac lembra que o auxílio municipal teve início em 2014, na gestão do então prefeito Beto Preto. “O programa foi avançando, partindo também para o estímulo da cafeicultura, e agora estamos trabalhando, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), na reativação da pecuária leiteira. Apucarana sempre teve uma bacia leiteira importante e queremos que o nosso leite, queijo e outros derivados ganhem novamente destaque”, afirma o prefeito, frisando que além de “pagar” o município com produtos rurais, muitos dos 215 produtores cadastrados no segmento fruticultura do Programa Municipal Terra Forte hoje já vendem o excedente para o CEASA, mercados e feiras diversas.

O secretário Gerson Canuto frisa que ao longo do ano passado, o programa recebeu e repassou à rede municipal de ensino e entidades sociais mais de 25 toneladas de alimentos rurais. Além disto, foram distribuídas aos produtores mil mudas de limão Taiti e mil mudas de tangerina montenegrina. “Neste ano, já recebemos nove toneladas de produtos advindos das propriedades agrofamiliares cadastradas na iniciativa e, até o final do ano, há previsão e planejamento para a distribuição de mais 2,1 mil mudas de abacate e 500 toneladas de calcário”, informa Canuto.

Segundo ele, como as demais atividades e setores econômicos em todo o país, o “Terra Forte” vive também um momento de retomada pós-pandemia. “Com o advento da Covid-19 e as baixas temperaturas no ano passado, nossos produtores estão sendo mais que heróis”, ilustrou o secretário.

Futuro – Além de um incentivo maior à pecuária leiteira, Canuto frisa que em recente reunião com dirigentes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), o prefeito Júnior da Femac também discutiu a criação de outro segmento junto ao Programa Terra Forte, voltado à produção de produtos orgânicos. “Isto se daria inicialmente com a continuidade de apoio às cooperativas locais e a estruturação, com recursos municipais, de uma agroindústria que agregaria ainda maior valor à produção mediante beneficiamento dos alimentos oriundos do Programa Terra Forte, em forma de sucos, doces e compotas”, finaliza Canuto.

Após Moro virar réu, Dallagnol se desespera com cobrança de quase R$ 3 milhões do TCU (vídeo)

 Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, disse que irá recorrer da cobrança de R$ 2,78 milhões feita pelo Tribunal de Contas da União

Deltan Dallagnol e TCU (Foto: Reprodução)


Agenda do Poder Após Sergio Moro (União Brasil) se tornar réu pelos desmandos da Lava Jato, e por danos causados à economia brasileira, Deltan Dallagnol não escondeu o desespero, nesta terça-feira (24).

Ele recebeu uma notificação do Tribunal de Contas da União (TCU). O documento aponta que Dallagnol terá de pagar R$ 2,78 milhões por diárias recebidas e passagens na época em que era procurador da Lava Jato.

O ministro Bruno Dantas, relator do caso, ressaltou que houve gasto excessivo no pagamento de diárias e passagens pelos procuradores. Por isso, ele exige que os recursos sejam devolvidos.

“Pessoal, vou falar para vocês qual é o preço de combater a corrupção no Brasil. Meus advogados acabaram de me mandar uma notificação, um ofício do Tribunal de Contas que quer colocar na minha conta, quer cobrar de mim e de outros procuradores da Lava Jato o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões”, disse ele, quase em descontrole.

“A gente trouxe procuradores e especialistas de todo o país, pessoas especializadas em lavagem de dinheiro, em combate à corrupção, para trabalhar aqui e, para isso, como qualquer empresa paga, foram pagas passagens aéreas para essas pessoas virem trabalhar, dinheiro para pagar hotel, alimentação, como qualquer empresa pagaria”, tentou justificar.

“Agora, o ministro Bruno Dantas, que estava lá no jantar de lançamento da pré-candidatura do ex-presidiário, ex-presidente Lula, ele, que é apadrinhado de Renan Calheiros, manda esse ofício, querendo botar na minha conta”, acusou, sem esconder o desequilíbrio.

“A gente vai recorrer disso aqui. Eu tenho a expectativa de que vai revisar. Não sou administrador do Ministério Público, não mandei pagar diárias, não recebi essas diárias, não autorizei. Olha o que ele quer cobrar de mim: R$ 2,8 milhões”, acrescentou Dallagnol.

Veja a postagem de Deltan Dallagnol. 

Jornalista da GloboNews é corrigida ao vivo após usar termo "denegrir" (vídeo)

 Marcelo Cosme disse que a expressão está em desuso e a jornalista logo pediu perdão pela fala de teor racista

(Foto: Reprodução)

Por Letícia Perdigão, Metrópoles - A jornalista da GloboNews Carolina Cimenti foi corrigida ao vivo nessa terça-feira (24/5), após usar o termo “denegrir” ao falar sobre Damien Abad, ministro recém-nomeado pelo presidente da França. Carolina informou que o ministro enfrenta acusações de estupro desde 2012 e ressaltou a importância do assunto ser debatido.

Ela diz que o assunto perde força por “vir impregnado de acusações, como campanhas usadas para ‘denegrir’ a imagem de pessoas”. A fala chamou atenção do apresentador Marcelo Cosme, que, logo ao fim da frase, a corrigiu.

Leia a íntegra no Metrópoles.


Bolsonaro ameaça demitir Sachsida e Caio Paes de Andrade se preços dos combustíveis não diminuírem

 Jair Bolsonaro disse a aliados que a reeleição é sua "prioridade absoluta"

(Foto: ABr | Divulgação/Serpro | Reuters)

247 - Jair Bolsonaro ameaçou demitir o recém-chegado ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o novo presidente da Petrobrás, Caio Paes de Andrade, no caso de os preços dos combustíveis continuarem em alta. 

Segundo a coluna de Tales Faria, no UOL, o chefe de governo fez a ameaça de "trocar de novo" os chefes dos cargos durante uma reunião privada com Sachsida na terça-feira, 24. 

A aliados, Bolsonaro afirmou que o "descontrole da Petrobrás" sobre os preços dos combustíveis foi a causa da substituição de Bento Albuquerque por Sachsida no Ministério de Minas e Energia. O foco do chefe de governo é evitar que a alta dos preços tenha um impacto nas eleições. 

"Ele admitiu que não tinha controle sobre a Petrobras e eu não posso deixar a minha reeleição nas mãos de burocratas da empresa", argumentou Bolsonaro. 

Bolsonaro disse que a reeleição é sua "prioridade absoluta" e que o mesmo raciocínio sobre o preço dos combustíveis vale para a questão da energia elétrica. "Não podemos deixar os preços dispararem neste momento, depois a gente vê como faz", disse. 

Weintraub diz que 'Bolsonaro não deve se reeleger e Lula deve ser presidente'

 Nome do Partido da Mulher Brasileira (PMB) para o governo de São Paulo, o ex-ministro também afirmou que "mais escândalos" devem aparecer na política do atual governo

Abraham Weintraub (Foto: Marcos Corrêa/PR)


247 - O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, nome do Partido da Mulher Brasileira (PMB) para o governo de São Paulo, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) "não deve se reeleger, e o Lula deve ser presidente". 

"Daqui até a eleição as coisas só vão piorar na parte econômica, e na parte política vão aparecer mais escândalos", disse o ex-chefe do MEC em entrevista ao jornal O Globo

A pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (25), apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está mais de 10 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no segundo turno.

De acordo com o levantamento, o petista tem 43% dos votos entre os evangélicos, segmento em que ele conseguiu uma distância de oito pontos percentuais na comparação com Bolsonaro. 

Escritório de Direitos Humanos da ONU se diz 'chocado' com chacina em operação policial no Rio

 Porta-voz da entidade, Liz Throssell, cobrou “uma “investigação de maneira completa, objetiva e oportuna para garantir a responsabilização e reparação das vítimas e familiares”

Momento em que feridos são levados para o hospital (Foto: Foto: Reprodução)

247 - O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, afirmou, por meio de um comunicado enviado à CNN Brasil nesta quarta-feira (25), estar "chocado" com a chacina resultante da operação policial que deixou 25 mortos na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro, a terceira mais letal da história recente da capital fluminense. No comunicado, a porta-voz da entidade, Liz Throssell, cobrou uma “investigação de maneira completa, objetiva e oportuna para garantir a responsabilização e reparação das vítimas e familiares”.

No texto, a entidade ressaltou que a maioria das vítimas eram negras “assim como é em 80% das operações policiais tão mortais quanto, de acordo com estudos sobre o histórico de operações no Rio de Janeiro” e que a ONU espera que as investigações sobre o caso permitam “avaliar a legalidade e a proporcionalidade do uso da força pela polícia”.

Ainda conforme  Liz Throssell, “é fundamental que as autoridades cumpram a ordem do Supremo Tribunal Federal de implementar um plano para reduzir as mortes em operações policiais, em especial equipando os batalhões de operações especiais com câmeras corporais”.

PT propõe debates no modelo pool

 É um formato que reúne diversos veículos de comunicação, parecido com o adotado nos EUA

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

247 - O PT pretende propor à mídia a realização de três debates presidenciais no primeiro turno, em um modelo de pool parecido com o adotado nos Estados Unidos, um formato que reúne diversos veículos de comunicação. A informação foi publicada nesta quarta-feira (25) pela coluna de Kennedy Alencar, no portal Uol. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já foi convidado para 11 debates eleitorais, mas, de acordo com o partido, não há como aceitar todos convites, que tendem a aumentar. A legenda entende que o modelo de pool melhor para uma repercussão eleitoral mais longa das ideias de cada candidato. A regra de pool valeria para a Globo também

Segundo o colunista, para que Lula aceite os confrontos, é necessária participação de Jair Bolsonaro. Sem o político do PL, o PT não vê sentido o ex-presidente participar com outros candidatos que estão longe dos dois primeiros colocados. 

Intenções de voto

A pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (25), apontou Lula com mais de 10 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no segundo turno.

De acordo com o levantamento, o petista alcançou 43% dos votos entre os evangélicos, segmento em que Bolsonaro tem oito pontos percentuais a menos