quarta-feira, 25 de maio de 2022

Apoio de Ratinho Jr a Bolsonaro altera cenário nas eleições para o governo no Paraná

 

Bolsonaro e Ratinho Jr: aliança próxima (Foto: AEN/divulgação)


A decisão do governador Ratinho Júnior (PSD) de apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) pode alterar significativamente o quadro da disputa pelo Palácio Iguaçu nas eleições de outubro. Atual aliado de Ratinho Jr, o Podemos pode ser forçado a lançar um candidato próprio ao governo do Estado.

O Podemos tinha a expectativa de que o governador apoiasse a reeleição do senador Alvaro Dias, em troca do apoio do partido a um novo mandato para Ratinho Jr. Mas no último final de semana, durante a visita de Bolsonaro a Curitiba para participar da Marcha para Jesus, o governador admitiu pela primeira vez, publicamente, que está mais próximo do palanque do atual presidente.

“Eu tenho uma gratidão muito grande pelo presidente Bolsonaro porque o governo federal foi muito importante para o Paraná nestes últimos três anos. É natural que essa gratidão tenha que se transformar em uma parceria política”, afirmou Ratinho Jr. Segundo o governador, a decisão final depende apenas do aval do PSD – seu partido – que tende a não ter candidato próprio à presidência, e a liberar os estados a apoiarem quem quiserem. “Eu tenho meu partido político. Tenho que respeitar esse momento de decisão das convenções, mas o PSD caminhando para a neutralidade, eu fico liberado para tomar minha decisão e caminhar junto à minha escolha”, explicou o governador.

O PSD do ex-ministro Gilberto Kassab chegou a ensaiar o lançamento do senador e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG) para o Palácio do Planalto. O próprio Pacheco, porém, recuou e desistiu de entrar na disputa. Depois, Kassab tentou atrair o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que perdeu as prévias do PSDB para o ex-governador João Doria. Leite, porém, recusou o convite para se filiar ao PSD.

Impasse

Ocorre que Bolsonaro e o PL – atual partido do presidente – lançou como pré-candidato ao Senado o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL). Além disso, Bolsonaro também lançou a pré-candidatura do deputado federal Filipe Barros (PL) ao governo do Estado.

Em troca do apoio à reeleição de Ratinho Jr e da retirada da pré-candidatura de Barros, o grupo bolsonarista quer como contrapartida a vaga de candidato ao Senado na chapa governista para Martins. Com isso, ficaria prejudicado o acordo entre o Podemos para apoiar Ratinho Jr em troca da vaga de candidato à reeleição do senador Alvaro Dias nessa mesma chapa.

Diante desse novo cenário, o Podemos pode lançar o próprio Alvaro para a disputa pelo Palácio Iguaçu. Outra alternativa aventada seria lançar o senador Flávio Arns para o governo do Estado, e Alvaro para a Presidência, já que o partido ficou sem candidato depois que o ex-juiz Sérgio Moro migrou para o União Brasil.

Fonte: Bem Paraná

Vantagem de Lula sobre Bolsonaro no 2º turno é de 11 pontos, diz pesquisa telefônica

 De acordo com o PoderData, Lula tem 50% das intenções de voto contra 39% de Bolsonaro no segundo turno

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Pesquisa telefônica PoderData divulgada nesta quarta-feira (25) mostra estabilidade no cenário eleitoral com o ex-presidente Lula (PT) como favorito para vencer a eleição presidencial deste ano.

Para o primeiro turno, o petista tem 43% das intenções de voto, estando 8 pontos à frente do segundo colocado, Jair Bolsonaro (PL), que tem 35%. Os demais nomes aparecem muito distantes. O que tem melhor desempenho é Ciro Gomes (PDT), com apenas 5%.


A desistência de João Doria (PSDB), que abriu mão de sua candidatura à Presidência da República, ocorreu durante a realização da pesquisa. O instituto explica que os efeitos reais de sua saída da disputa só poderão ser percebidos "em uma ou duas semanas, com uma pesquisa sem o nome do tucano e quando Simone Tebet já terá conseguido espaço na mídia para se apresentar como candidata de maneira mais assertiva.

Segundo turno

Há estabilidade também no segundo turno. A distância entre Lula e Bolsonaro é a mesma registrada no levantamento anterior do mesmo instituto, realizado entre 10 e 12 de maio: 11 pontos.

Lula tem 50% das intenções de voto contra 39% de Bolsonaro.


A pesquisa ouviu 3.000 pessoas por telefone entre 22 e 24 de maio. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05638/2022.

ABI condena chacina na Vila Cruzeiro e cobra investigações isentas

 Associação Brasileira de Imprensa defende que os responsáveis pelas execuções sejam punidos

Moradores aguardam por informações sobre parentes no Hospital Getúlio Vargas, no Rio, após operação policial na Vila Cruzeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)


247 – A Associação Brasileira de Imprensa divulgou nota, na noite de ontem, em que condena a chacina ocorrida na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que já deixou 22 mortos. A nota também cobra a investigação e a punição dos responsáveis. "Diante desta nova matança, uma repetição do que ocorreu em maio de 2021 na comunidade do Jacarezinho, também na Zona Norte do Rio, torna-se fundamental que órgãos de controle e a própria sociedade procurem descobrir como as chacinas se repetem sem que haja qualquer responsabilização penal de seus autores", aponta o texto. Confira a íntegra:

Basta de bestialidade!!!!

A Associação Brasileira de Imprensa, por meio de sua Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, vem manifestar seu protesto diante da forma como as forças de segurança, notadamente a Polícia Militar do Estado e, estranhamente, a Polícia Rodoviária Federal, agiram nesta terça-feira (24/05) em nova operação em favelas, desta vez na Vila Cruzeiro, na Penha. Um confronto que resultou em 22 mortes de civis e diversos feridos, saldo registrado até o momento em que esta nota era redigida.

As forças policiais, não satisfeitas em descumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu as operações em favelas durante a pandemia, se valeram de um eufemismo infeliz ao classificar o que ocorreu hoje como uma operação de inteligência. Não bastasse, responsabilizaram a decisão do próprio Supremo Tribunal Federal como causadora de tamanha violência.

A ABI, instituição centenária que se pauta por valores democráticos, não compactua com mais uma barbárie perpetrada por aqueles que, como responsáveis pela garantia da segurança pública, deveriam defender a população e, não, exterminá-la.

Diante desta nova matança, uma repetição do que ocorreu em maio de 2021 na comunidade do Jacarezinho, também na Zona Norte do Rio, torna-se fundamental que órgãos de controle e a própria sociedade procurem descobrir como as chacinas se repetem sem que haja qualquer responsabilização penal de seus autores.

O Rio de Janeiro não pode continuar convivendo com uma política de segurança que, a pretexto de combater a criminalidade, resulte sempre em chacinas e mortandades, quase sempre atingindo a população mais pobre e sofrida, notadamente inocentes. É preciso dar um basta nesta bestialidade!

Bolsonaro elogia chacina no Rio que deixou 24 mortos

 Ocupante do Palácio do Planalto explora episódio com fins eleitorais e parabeniza policiais que participaram de ação violenta no Rio

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro parabenizou nesta terça-feira (24) a chacina que deixou ao menos 24 mortos em um bairro do Rio de Janeiro. Foi a terceira mais letal da história recente da região metropolitana da capital fluminense.

Bolsonaro chamou os policiais militares que participaram da chacina de "guerreiros". As polícias Federal e Rodoviária Federal também participaram da ação. 

Em pronunciamento nas redes sociais, o chefe do Executivo federal afirmou que a operação foi planejada durante vários meses. Ele disse que os agentes de segurança monitoravam os passos de chefes do tráfico de drogas com o objetivo de prendê-los fora da comunidade e que isso não foi possível devido ao ataque de uma facção criminosa, "fazendo-se necessário o uso da força para conter as ações".

Bolsonaro criticou os especialistas em segurança pública que apontaram erros na operação. 

Entre os mortos está Gabrielle Ferreira da Cunha, 41, alvejada dentro de casa. 

A operação policial provocou pânico entre os moradores do local. 

A operação conjunta que resultou em chacina é alvo de investigação nos Ministérios Públicos federal e do estado do Rio de Janeiro. O objetivo é apurar violações de direitos durante a ação da Polícia Militar, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal na comunidade da zona norte carioca, informa a Folha de S.Paulo.

Filha de Noronha, do STJ, afirma em mensagens que pai defendeu invasão ao STF em 2016; ministro nega

 Em diálogo de 2016 encontrado em celular apreendido, filha de João Otávio de Noronha diz que, para o pai, o STF havia sido "corrompido"

João Otávio de Noronha (Foto: Rafael Luz/STJ)


Por Paulo Cappelli, Metrópoles - A advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio Noronha, afirmou, em diálogos encontrados pelo Ministério Público Federal no celular apreendido de um empresário, que o pai teria defendido a invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, como uma forma de pressionar os ministros. A afirmação, prenúncio das ameaças e dos ataques antidemocráticos que o STF sofreria nos anos seguintes, foi feita pela filha de Noronha, conhecida como Nina Noronha, em uma conversa de WhatsApp com o empresário Marconny Faria, alvo de investigação do MPF por suspeita de fraudes em licitações no Pará.

No diálogo, de 16 de março de 2016, Nina Noronha afirmou que o pai considerava o STF “corrompido” e seus ministros “comprados”, enquanto narrava a Marconny a indignação do pai em meio à indicação de Lula para ser chefe da Casa Civil por Dilma Rousseff. Na ocasião, o movimento foi interpretado pela oposição ao PT como uma tentativa de blindar o ex-presidente, já alvo de investigações, por meio do foro privilegiado. Ocorreram protestos com cerca de 5 mil manifestantes em frente ao Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios, e a polícia teve que agir quando houve tentativa de invadir a rampa do Congresso.

“O meu Pai falou w (que) os manifestantes deviam sim ter invadido. O palácio. O srf (STF). Pq não há mais instituição. O stf tá corrompido”, escreveu a advogada.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Em editorial, Estadão sai em defesa do réu Moro, que destruiu 4,4 milhões de empregos

 Jornal conservador defende o ex-juiz suspeito que quebrou todas as construtoras brasileiras e desempregou 4,4 milhões de trabalhadores brasileiros, segundo o Dieese

Sergio Moro (Foto: Reprodução/Facebook | Reuters)


247 - "Sergio Moro pode ter cometido muitos erros ao conduzir os processos da Operação Lava Jato. Mas a quase ruína da Petrobrás não lhe pesa sobre os ombros", diz editorial do Estado de S. Paulo publicado nesta quarta-feira (25), em defesa do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) que, fazendo uso do sistema de Justiça em interesse próprio, causou danos bilionários à economia brasileira.

Na peça em defesa do ex-juiz, o jornal que advoga para Moro não menciona o estudo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que atesta a destruição causada pela Lava Jato: o Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimentos, 4,4 milhões de trabalhadores perderam seus empregos, empreiteiras que vinham conquistando até mesmo o mercado internacional, como a Odebrecht e Camargo Corrêa, foram arrasadas, a massa salarial da classe trabalhadora foi reduzida em cerca de R$ 85 bilhões e investimentos na Petrobrás foram reduzidos.

Moro tornou-se réu em ação apresentada por parlamentares do PT - e assinada por diversos juristas - que pedem que o ex-juiz parcial seja condenado a ressarcir os cofres públicos pelos danos causados por sua atuação enviesada na Lava Jato. Um dos signatários da ação, o advogado e jurista Fernando Augusto Fernandes, lembra: "além dos abusos processuais, ele [Moro] gerou evidentes prejuízos ao Estado que precisam ser ressarcidos, como os gastos da condução coercitiva de Lula e os gastos com monitoramento de advogados".

Opositores de Moro têm defendido - corretamente - que o ex-juiz parcial tenha seu direito de defesa respeitado durante o processo, 'benesse' à qual perseguidos pela Lava Jato não tiveram acesso.

O Estado de S. Paulo acusa o PT de usar a ação contra Moro como peça de campanha e repete a ladainha de que as decisões de Moro enquanto magistrado foram validadas por juízes de tribunais superiores. Vale lembrar que a mais alta Corte do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF), já declarou a parcialidade de Moro. Até mesmo o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), uma Corte mundial, portanto, reconhece os excessos cometidos por Moro

Lula cresce entre evangélicos e reduz vantagem de Bolsonaro entre o segmento, mostra pesquisa

 O ex-presidente Lula, de acordo com pesquisa telefônica do PoderData, teve alta de 8 pontos entre os evangélicos

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Pixabay)


Brasil de Fato - cenário da corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto tem sinais de estabilidade, de acordo com nova pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira (25). O levantamento aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida eleitoral no primeiro com folga.

O petista figura com 43% das intenções de voto contra 35% de Jair Bolsonaro (PL). Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 5%, André Janones (Avante), com 3%, e Simone Tebet (MDB), com 2%.

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) foi mantido no estudo porque só desistiu de concorrer na segunda-feira (23). O anúncio, porém, já foi suficiente para o tucano cair para 1% nas intenções de voto (ele pontuava de 2% a 4% em levantamentos anteriores). O efeito geral na corrida eleitoral foi pequeno.

Evangélicos: Lula diminui diferença

A nova rodada da pesquisa PoderData mostra que também que Bolsonaro ainda lidera entre os evangélicos, mas viu a sua vantagem para o ex-presidente Lula diminuir para 13 pontos percentuais.

De acordo com o levantamento, o ex-capitão soma 46% das intenções de voto no segmento para o primeiro turno das eleições de 2022. Já o petista tem 33%. Na pesquisa anterior, realizada de 8 a 10 de maio, Bolsonaro aparecia com 52% entre os evangélicos.

Segundo turno: Lula lidera com folga

O levantamento aponta Lula tem uma vantagem de 11 pontos percentuais sobre Bolsonaro no segundo turno. O petista soma 50% das intenções de voto contra 39% de Bolsonaro. Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 10 e 12 de maio, Lula aparecia com 49% e Bolsonaro, 38%.

Em levantamentos do PoderData, Lula já esteve 25 pontos à frente do atual presidente. Os índices foram registrados no final de agosto e início de setembro de 2021. A menor diferença entre os favoritos da eleição ocorreu no último mês, e foi de 9 pontos.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData. Os dados foram coletados de 22 a 24 de maio de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.000 entrevistas em 301 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-05638/2022.

Lula e Alckmin querem reunião com França para solucionar impasse em São Paulo

 Ex-presidente manifestou desejo de ver França candidato ao Senado, e não ao governo paulista, concorrendo contra Haddad

Haddad, Lula, Alckmin e Marcio França (Foto: Reprodução/Facebook | Ricardo Stuckert | Reuters | Humberto Pradera/PSB)


247 - O ex-presidente Lula (PT) e seu aliado Geraldo Alckmin (PSB) planejam procurar o ex-governador Márcio França (PSB) nos próximos dias, informa Lauro Jardim, do jornal O Globo

França é pré-candidato ao governo de São Paulo, assim como o ex-ministro Fernando Haddad, do PT, que acumula mais intenções de voto no primeiro turno. França e Haddad empatam no segundo turno, segundo  pesquisa Real Time Big Data (SP-05693/2022).

Lula está insatisfeito com a demora para resolver o impasse em território paulista. Petistas defendem que França retire sua pré-candidatura e se lance ao Senado na chapa de Haddad.

Segundo Lauro Jardim, o assunto foi discutido na segunda-feira (23) em almoço em um hotel de São Paulo, onde aconteceu a primeira reunião da coordenação da campanha de Lula à Presidência. O ex-presidente teria manifestado o desejo de ver França como candidato ao Senado, e não ao governo paulista.

Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato a deputado federal, concordou com a ideia discutida também durante o almoço de o Psol indicar o candidato - ou candidata - a vice na chapa de Haddad.

Procurada pelo Brasil 247, a assessoria do ex-presidente Lula não respondeu sobre alguma previsão de um encontro entre o petista e França.

Luciano Bivar, do União Brasil, enfrenta resistência interna à sua candidatura

 Resistência resulta do temor de que a candidatura presidencial de Luciano Bivar atrapalhe a formação de alianças estaduais, principalmente no Nordeste

ACM Neto e Luciano Bivar (Foto: Secom | Agência Brasil / Marcelo Camargo)

247 - O deputado federal Luciano Bivar (PE), pré-candidato à Presidência da República pelo União Brasil, vem enfrentando dificuldades para fechar apoio em estados considerados importantes, como a Bahia, em função da formação de alianças locais. 

De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-prefeito e pré-candidato ao governo da Bahia ,ACM Neto (União Brasil) tem dito a aliados que uma candidatura nacional pode gerar conflitos na composição de uma aliança local, formada por siglas como PP, que apoia a reeleição de Jair Bolsonaro, e o Solidariedade, que anunciou apoio à candidatura do ex-´presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Neto voltou a ser cortejado por bolsonaristas, mas reforçou que não quer se ligar ao presidente, com a desculpa de que não vai se associar a ninguém”, destaca a reportagem.

Real Time: sem Doria, Lula tem 40% e Bolsonaro 32%

 Pesquisa telefônica traça cenário sem a participação de João Doria na disputa, que abriu mão de concorrer à Presidência da República na segunda-feira

Lula, Doria e Bolsonaro (Foto: Reuters | GovSP)

247 - Pesquisa telefônica do Real Time Big Data, contratada pela Novus Midia e divulgada nesta quarta-feira (25), mostra que, em um cenário sem a participação de João Doria (PSDB), o ex-presidente Lula (PT) tem 40% das intenções de voto contra 32% de Jair Bolsonaro (PL).

Doria desistiu de concorrer à Presidência da República na segunda-feira (23), quando fez o anúncio publicamente. A tendência é que o PSDB não tenha candidato próprio e apoie Simone Tebet (MDB).

Os 4% de votos de Doria na pesquisa Real Time Big Data foram distribuídos entre Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes e Tebet. Todos crescem 1 ponto percentual no cenário sem o tucano em relação ao cenário com todos os nomes indicados como pré-candidatos.

Veja todos os cenários:

Cenário I

  • Lula (PT) – 39%
  • Bolsonaro (PL) – 31%
  • Ciro Gomes (PDT) – 8%
  • João Doria (PSDB) – 4%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • Luciano Bivar (União Brasil) – 1%
  • Vera Lúcia (PSTU) – 0
  • Pablo Marçal (Pros) – 0
  • Sofia Manzano (PCB) – 0
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0
  • Leonardo Péricles (UP) – 0
  • José Maria Eymael (DC) – 0
  • Branco/Nulo – 9%
  • Não sabe/Não respondeu – 5%
  • Cenário II

    • Lula (PT) – 39%
    • Bolsonaro (PL) – 31%
    • Ciro Gomes (PDT) – 8%
    • João Doria (PSDB) – 5%
    • André Janones (Avante) – 2%
    • Luciano Bivar (União Brasil) – 1%
    • Vera Lúcia (PSTU) – 0
    • Pablo Marçal (Pros) – 0
    • Sofia Manzano (PCB) – 0
    • Felipe d’Avila (Novo) – 0
    • Leonardo Péricles (UP) – 0
    • José Maria Eymael (DC) – 0
    • Branco/Nulo – 9%
    • Não sabe/Não respondeu – 5%

     

    Cenário III - Sem João Doria

    • Lula (PT) – 40%
    • Bolsonaro (PL) – 32%
    • Ciro Gomes (PDT) – 9%
    • André Janones (Avante) – 2%
    • Simone Tebet (MDB) – 2%
    • Luciano Bivar (União Brasil) – 1%
    • Vera Lúcia (PSTU) – 0
    • Pablo Marçal (Pros) – 0
    • Sofia Manzano (PCB) – 0
    • Felipe d’Avila (Novo) – 0
    • Leonardo Péricles (UP) – 0
    • José Maria Eymael (DC) – 0
    • Branco/Nulo – 9%
    • Não sabe/Não respondeu – 5%

     

    Cenário IV

    • Lula (PT) – 40%
    • Bolsonaro (PL) – 33%
    • Ciro Gomes (PDT) – 11%
    • André Janones (Avante) – 2%
    • Vera Lúcia (PSTU) – 0
    • Pablo Marçal (Pros) – 0
    • Sofia Manzano (PCB) – 0
    • Felipe d’Avila (Novo) – 0
    • Leonardo Péricles (UP) – 0
    • José Maria Eymael (DC) – 0
    • Branco/Nulo – 9%
    • Não sabe/Não respondeu – 5%

    A pesquisa ouviu por telefone 3.000 pessoas entre 23 e 24 de maio. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07451/2022.

MDB confirma nome de Simone Tebet como pré-candidata à Presidência da República

 Partido espera apoio do PSDB, que ainda não definiu se terá ou não uma candidatura própria

Simone Tebet (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

247 - A reunião conjunta da Executiva Nacional do MDB e diretórios estaduais, realizada nesta terça-feira (24) confirmou o nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como pré-candidata oficial da legenda para disputar a Presidência da República no pleito de outubro. A Executiva Nacional do Cidadania também formalizou o apoio ao nome da senadora.

O encontro, porém, foi marcado pela ausência de nomes importantes dentro do partido, como os do  líder no Senado, Eduardo Braga (AM) e do tesoureiro Marcelo Castro (PI), diz a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo. Representantes dos diretórios estaduais do Ceará, Alagoas e Paraíba, que são contrários a uma candidatura própria, também não compareceram ao evento realizado em Brasília.

O nome de Tebet foi confirmado pelo MDB em meio à indefinição do PSDB, que havia se comprometido a apoiar a emedebista, em lançar ou não um candidato próprio. O partido tucano marcou para o dia 2 de junho uma reunião para discutir o assunto. 

“Tenho convicção que o PSDB conseguirá maioria absoluta para vir para este movimento do centro democrático. Não é algo que a gente está discutindo ontem e nem hoje, a gente está há bastante tempo dialogando”, disse o presidente do MDB, Baleia Rossi, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.  

“Neste momento de polarização, dessa política de briga, que mais parece uma briga de torcida organizada de futebol, temos a responsabilidade de apresentar um nome que é novo, mas com grande envergadura, grande experiência política e com projeto de País”, ressaltou Rossi em referência às candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). 

A reunião, porém, foi marcada pela ausência de nomes importantes do MDB - como o do senador Eduardo Braga - e pela ausência de representantes dos diretórios estaduais do Ceará, Alagoas e Paraíba, que são contrários a uma candidatura própria. 

Bolsonaristas boicotam avaliação de restaurante de Paola Carosella no Google, mas filas no Arturito não param de crescer

 Reservas no local estão esgotadas para o final de semana

Restaurante Arturito e Paola Carosella (Foto: Reprodução/Google Street View | Reprodução/Instagram)

247 - Nesta terça (24), enquanto uma enxurrada repentina de avaliações fez a nota do restaurante Arturito, da chef Paola Carossella, despencar para 1.6 no Google, a casa localizada em Pinheiros (São Paulo) estava lotada em pleno almoço de dia de semana.

De acordo com reportagem do portal UOL, a fila de espera para uma mesa de duas pessoas chegava a 40 minutos às 12h30 e as reservas para sexta, sábado e domingo já estavam esgotadas. O boicote que levou o estabelecimento aos assuntos mais comentados do Twitter permaneceu no mundo virtual.

O boicote contra a chef ocorreu após ela criticar os bolsonaristas em participação num podcast. 

"É muito difícil se relacionar com quem apoia Bolsonaro por dois motivos: porque é escroto ou é burro", disse a argentina.

A fala foi o suficiente para a chef sofrer diversos ataques na internet, inclusive xenófobos

Deltan Dallagnol será alvo na mesma ação em que Moro é réu

 O ex-procurador também é apontado como corresponsável pela destruição que a Lava Jato causou à economia nacional

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução | Agência Brasil)

247 - Os autores da ação que transformou Sergio Moro em réu por causa de prejuízos causados à Petrobras e ao país pela Lava Jato estudam pedir a extensão de seus efeitos para o ex-procurador Deltan Dallagnol, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

A peça acusatória foi apresentada por cinco parlamentares do PT (Rui Falcão, Erika Kokay, Natália Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta). Ela é assinada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho, Fabiano Silva dos Santos e Marco Antônio Riechel Mann Jr., do grupo Prerrogativas.

Deputados do PT celebram decisão que transformou Moro em réu por quebrar a economia brasileira

 Ex-juiz suspeito destruiu 4,4 milhões de empregos, segundo o Dieese; confira as reações dos parlamentares

Sergio Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Do site do Partido dos Trabalhadores  Os deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS) comemoraram pelo Twitter, nesta terça-feira (24), a aceitação pela Justiça Federal do Distrito Federal de uma Ação Popular impetrada por eles contra o ex-juiz Sergio Moro por ilegalidades praticadas no processo da Lava Jato, além de prejuízos causados à economia brasileira. A ação foi protocolada no último dia 27 de abril e aceita nessa segunda-feira (23) pelo juiz Charles Renaud Frazão de Morais, que determinou a citação de Moro como réu.

O deputado Rui Falcão destacou que a decisão foi uma “grande vitória”. Moro, juiz venal e agora réu, vai ter que se explicar pelos prejuízos que causou ao povo brasileiro, disse.

Já a deputada Erika Kokay ressaltou que o ex-juiz não pode ficar impune pelos atos que praticou. “Moro vira réu em ação que nós do PT movemos por danos causados à Petrobras. Atuação de Moro gerou prejuízos à empresa, desmontou o setor de óleo e gás e trouxe impactos severos para a economia brasileira. Não pode ficar impune pelos abusos que cometeu e danos que causou!”, escreveu.

A deputada Natália Bonavides também comemorou a aceitação da Ação Popular pela justiça federal. “Moro virou réu! O ex-juiz (ladrão) vai responder pelos prejuízos causados ao País e à Petrobras com as ilegalidades da Lava Jato”. Grande dia!”, afirmou

Por sua vez, Paulo Pimenta destacou que essa é “mais uma vitória” que aponta para o resgate de uma injustiça histórica. “Mais uma vitória: Hoje Moro se tornou réu em ação popular, onde sou um dos signatários, que pede o ressarcimento aos cofres públicos pelos danos causados à economia brasileira pela Lava Jato. A história vai colocando todos em seus devidos lugares”, registrou.

O deputado José Guimarães também citou em seu perfil no Twitter a aceitação pela justiça da Ação Popular. “A ação que movemos contra Moro tem o objetivo de recuperar os prejuízos causados pela Lava Jato na economia do País, com grandes desdobramentos na Petrobras do ponto de vista dos empregos perdidos e dos milhões que deixaram de ser investidos na empresa”, explicou

Deturpação do sistema de justiça

Na ação, elaborada por advogados do Grupo Prerrogativas, os parlamentares acusam Sergio Moro de ter corrompido o sistema de justiça. Dentre as condutas criminosas do ex-juiz no âmbito da Lava Jato estão a seguintes:

– Autorização de interceptação e monitoramento de conversações telefônicas de uma banca advocatícia (defesa do ex-presidente Lula) “com o claro objetivo de bisbilhotar e saber antecipadamente a estratégia de defesa”;

– Determinação de condução coercitiva de Lula, “que jamais deixou de atender as intimações judiciais, mediante o uso de um aparato militar cinematográfico e com a evidente finalidade de abalar sua imagem e presunção de inocência”;

– Publicidade a conversações telefônicas “com o nítido fim de convulsionar a sociedade e as instituições (i) em favor do impeachment de uma Presidenta legitimamente eleita, e (ii) contra o partido então governista, bem como contra sua principal figura e presidente de honra, à época investigado nos feitos sob supervisão do então magistrado”;

– Estando no gozo de férias e sem jurisdição para o caso, “atuou decisivamente para manter o encarceramento de um cidadão cuja liberdade foi determinada por órgão jurisdicional de superior hierarquia”;

– Ao mesmo tempo em que presidia procedimentos penais instaurados contra um dos candidatos à Presidência da República (Lula), (i) conversou e recebeu convite para integrar o governo do seu adversário e antagonista político (Bolsonaro), (ii) deu publicidade a anexos de delação premiada com o clarividente objetivo de prejudicar o primeiro e beneficiar o segundo e, (iii) logo depois, findado o pleito eleitoral com a vitória do beneficiado, aceitou compor o seu governo na qualidade de Ministro da Justiça e da Segurança Pública e com a promessa de ser indicado a uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal;

– Depois de ter deixado o governo, foi contratado para trabalhar em empresa de consultoria responsável, dentre outros, pela recuperação judicial de empresas direta e indiretamente prejudicadas por atos que praticou enquanto juiz.

Os deputados e deputadas petistas lembram ainda na ação que as mensagens obtidas pela Operação Spoofing, “de conhecimento público e notório, revelaram que o ex-juiz Sergio Moro, em conluio com diversos procuradores da República, criaram um sistema paralelo e particular de justiça, restrito a determinadas pessoas via Telegram”. “E mais ninguém”, apontaram os autores da Ação Popular.

Prejuízos econômicos causados por Moro

Os parlamentares destacaram ainda que, “os efeitos nocivos provocados por esses atos supostamente judicantes são incalculáveis e atingiram toda a população brasileira”. Dentre eles, os petistas apontam: (i) o abalo causado às instituições republicanas e ao tecido social, (ii) a ingerência e a tentativa de subversão do sistema político brasileiro, (iii) o descrédito da população perante o Poder Judiciário e, sobretudo, (iv) o impacto econômico ao sistema financeiro nacional, principalmente o setor de óleo e gás e à maior empresa brasileira, a Petrobras.

“Tudo isso dolosamente arquitetado e orquestrado sob a batuta do ex-juiz Sergio Moro, ora Requerido, fato que é inconcebível em um regime democrático”, afirma a Ação Popular.

Pedido à Justiça

Diante desses fatos, os petistas pedem à Justiça Federal uma série de ações. Entre elas, a condenação de Sérgio Moro por atos lesivos “à legalidade, à impessoalidade e à moralidade pública, “em severos prejuízos ao interesse público e ao erário público”, além do “ressarcimento dos prejuízos causados ao Estado e à coletividade”.

Grupo suíço se compromete a pagar US$ 39,6 milhões para a Petrobrás no âmbito da Lava Jato

 Acordo de leniência do grupo Glencore foi firmado junto ao Ministério Público Federal e ainda depende de homologação

Sede da Petrobras no Centro do Rio. (Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil)


247 - O grupo suíço Glencore se comprometeu a pagar cerca de US$  US$ 39,6 milhões à Petrobrás por meio de um acordo de leniência firmado junto ao Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Lava Jato. A empresa se declarou culpada por atos de corrupção para ser favorecida em operações de compra e venda de combustíveis da estatal no mercado internacional. 

Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, “o pagamento ainda depende da homologação do acordo. A expectativa é que os valores sejam depositados em parcela única dentro de 30 dias após a validação das cláusulas. O dinheiro será pago direto para a Petrobras”. 

O MPF também disse que a Glencore se comprometeu a fornecer “informações e provas relevantes sobre os ilícitos, identificando os participantes” alvos de investigações pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, improbidade e crimes contra o sistema financeiro nacional.