Última vistoria apontou que o cronograma de execução já supera os 21% e a previsão é de que a obra seja entregue no primeiro trimestre de 2023. Projeto vai permitir a realocação de famílias residentes na única favela do município, além da recuperação ambiental da área desocupada.
Foto: Atilio Cogo/Prefeitura de Jandaia do Sul
A construção de 75 casas populares do Governo do Estado para famílias carentes de Jandaia do Sul já ultrapassou os 21% de execução. Após vistoria técnica realizada pela Cohapar ao canteiro de obras nesta semana, em conjunto com representantes da prefeitura, a previsão é de que a obra seja concluída até o início de 2023.
Com um investimento de R$ 6,7 milhões do programa Vida Nova, o conjunto habitacional conta com residências com plantas padrão de 38 metros quadrados, além de unidades de 47 metros quadrados adaptadas para pessoas com deficiência. Os subsídios estaduais, geridos pela Cohapar, permitirão que o público beneficiado, formado por pessoas em situação de vulnerabilidade social, seja realocado sem qualquer custo.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, que participou da assinatura da ordem de serviço da obra em 2021, o objetivo é replicar a experiência realizada em Jandaia do Sul em outras regiões carentes do Estado. “Nós queremos tirar as pessoas de áreas extremamente pobres ou de risco e dar a elas um lugar decente em que possam viver”, disse. “São 75 famílias aqui em Jandaia do Sul que serão atendidas e a ideia é expandir essa iniciativa para várias cidades do Paraná”.
cionais, com toda a infraestrutura do entorno, deverá ser entregue à população”, informa.
“Esse projeto vem para atender famílias que estão desprovidas não apenas de habitação, mas também de saneamento básico adequado e de outros serviços públicos”, explica Elisângela. “Atualmente, elas residem na favela Santo Antônio, que é a principal área de manancial do município, e que após a desocupação pelas famílias vai receber um trabalho de recuperação ambiental”.
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL – Sob a responsabilidade da Sanepar, a intervenção prevê a demolição das estruturas existentes, limpeza do local e implantação de um parque com função dupla: evitar a reocupação irregular e servir como uma opção de lazer à população da região. O local fica próximo à nascente do rio Marumbi, que abastece Jandaia do Sul. O volume de água no manancial, que integra a Bacia do Alto Ivaí, já foi considerado crítico, uma das consequências negativas da ocupação irregular da área.
O terreno onde as famílias vivem hoje também está no mapa de atenção da Defesa Civil por causa da possibilidade de ocorrências de deslizamentos. O diagnóstico aplicado no local mediu a percepção de risco das famílias e mostrou que aproximadamente 30% delas percebem riscos decorrentes de enchentes, desabamentos e deslizamentos.
Após a mudança para o novo lar, a comunidade receberá diversas ações ofertadas por órgãos estaduais. Entre elas, estão serviços de assistência social, educação, segurança, geração de renda, empregabilidade e conscientização ambiental.
As medidas visam garantir a continuidade do desenvolvimento socioeconômico da população, com um atendimento especializado e personalizado a partir das necessidades e deficiências identificadas no diagnóstico social. A ideia é oferecer uma porta de entrada para a inclusão social a partir de uma condição digna de moradia, mas com uma perspectiva de emancipação das famílias em longo prazo.
VIDA NOVA – Além de Jandaia do Sul, que recebe o projeto piloto, há obras em andamento em Floraí, na região Noroeste do Estado, e Rio Azul, na região Centro-Sul. Os recursos básicos para a realização dos investimentos são oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza e de contrapartidas da Copel e Sanepar. As prefeituras também participam por meio da doação das áreas para a construção dos conjuntos habitacionais, apoio logístico e obras complementares de infraestrutura.
Para ampliar os projetos, a Cohapar tem articulações avançadas junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a obtenção de um financiamento internacional que poderá ampliar o alcance do programa a dezenas de outros municípios paranaenses nos próximos anos.
Fonte: AEN