quarta-feira, 18 de maio de 2022

Futura embaixadora dos EUA diz que Brasil terá eleições livres, apesar de Bolsonaro

Indicada para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley afirmou que o Brasil tem "instituições democráticas para realizar eleições livres e justas"

Elizabeth Bagley (Foto: Reprodução (Youtube))
 

247 - Indicada para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, 69 anos, afirmou nesta quarta-feira (18) que as eleições brasileiras serão livres. A declaração da embaixadora vem em um contexto de ameaças de golpe feitas por Jair Bolsonaro (PL), que também tem defendido a atuação das Forças Armadas na checagem do resultado do pleito de outubro.

"[O presidente Jair] Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem instituições democráticas, Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas", respondeu Bagley ao ser questionada sobre o tema durante a sabatina à qual foi submetida no Senado americano. O relato dela foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Bolsonaro tem sinalizado que o sistema eleitoral brasileiro não é seguro, uma tentativa de justificar uma possível derrota na eleição e, em consequência, tentar um golpe. 

Na última sexta-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui testes nas urnas e destacou que ninguém conseguiu alterar votos ou afetar apuração.

O presidente do TSE, Edson Fachin, disse nessa terça-feira (17) que o órgão pretende contar com uma centena de observadores internacionais para o acompanhamento das eleições de outubro.

O governo Joe Biden recebeu, em abril, um dossiê alertando para os ataques ao sistema eleitoral brasileiro. "Seus constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira", afirmou o relatório entregue a políticos americanos.


Professora recebe "ordem" em Hospital do Exército para tirar adesivo de apoio a Lula de seu carro

 A professora da Universidade Estadual do Ceará Daniele Bezerra afirmou ter respondido ao militar, afirmando que não tiraria o adesivo

(Foto: Arquivo Pessoal)


247 - A professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE) Daniele Bezerra recebeu uma "ordem" do comando do Hospital Geral do Exército de Fortaleza (CE) para, da próxima vez que for à unidade de saúde, ir sem o adesivo em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocado no vidro traseiro de seu carro. 

A professora afirmou ter respondido ao militar, afirmando que não tiraria o adesivo. Também pediu que ele pedisse ao seu comando para tomar "conta do que verdadeiramente tem que tomar em vez de ficar atrás de adesivo do carro dos outros". 

Leia na Revista Forum

Bolsonaro mente sobre PF em ação contra Alexandre de Moraes

 Polícia Federal apontou que Bolsonaro teve "atuação direta" na prática de crime de violação de sigilo funcional

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Adriano Machado/Reuters | Rosinei Coutinho/SCO/STF)


Metrópoles - Jair Bolsonaro mentiu ao apresentar ao STF uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes por suposto abuso de autoridade na segunda-feira (16/5). Segundo o presidente, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro não cometeu crime quando atacou as urnas eletrônicas em uma live no ano passado. No entanto, a delegada do caso apontou que Bolsonaro teve “atuação direta, voluntária e consciente” na prática do crime de violação de sigilo funcional.

A manifestação da PF foi enviada pela delegada Denisse Ribeiro ao Supremo em janeiro. Responsável pela apuração, Ribeiro afirmou que houve crime de Bolsonaro. Contudo, considerou que não poderia indiciar o presidente antes de uma autorização do STF, por causa do foro privilegiado.

Leia a íntegra no Metrópoles

Toffoli nega pedido de Bolsonaro para investigar Alexandre de Moraes

 Notícia-crime contra o ministro do STF foi apresentada sob a alegação de abuso de autoridade no âmbito do inquérito das fake news, que tem Bolsonaro e aliados como investigados

Toffoli, Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: STF | Reuters)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli rejeitou nesta quarta-feira (18) o pedido de investigação apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro contra o também ministro da Corte Alexandre de Moraes por suposto abuso de autoridade em razão do inquérito das fake news, que tem como foco aliados do governo.  

"Considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento", disse Toffoli na decisão de acordo com o G1.

 O inquérito das fake news, que tem Alexandre de Moraes como relator,  foi aberto em março de 2019 visando apurar fake news, ofensas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal. Em agosto do ano passado, Jair Bolsonaro foi incluído como investigado devido aos ataques, sem provas, feitos por ele às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro.



Brasil tem 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada a menos do que no início da Lava Jato

 A reforma trabalhista aprovada após o golpe contra Dilma Rousseff deteriorou ainda mais o ambiente, aumentando a informalidade

(Foto: Edson Lopes Jr./AsHd/Fotos Públicas)


247 - A formalidade vem perdendo seu espeço no mercado de trabalho desde o início da operação Lava Jato. Levantamento da LCA Consultores mostra que o número bruto de empregados com carteira assinada diminuiu em 2,8 milhões em relação a 2014. 

Já o número de pessoas que trabalham sem registro ou por conta própria cresceu em 6,3 milhões nos últimos oito anos. No primeiro semestre de 2022, 38,1% dos trabalhadores tiveram suas carteiras assinadas. O pico para os empregados com carteira assinada foi de 43%, porcentagem alcançada em 2014. 

Dieese aponta a Lava Jato de Curitiba como responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos, ao quebrar grandes empregadores, como a indústria naval e praticamente todas as maiores construtoras brasileiras. A reforma trabalhista aprovada após o golpe contra Dilma Rousseff deteriorou ainda mais o ambiente., aumentando a informalidade. 

Calculado a partir dos dados do setor provado no regime CLT e domésticos com carteira assinada, o estudo mostra que eventuais melhoras na taxa de desemprego podem não traduzir a realidade, na prática.



Fachin: “TSE está na vanguarda do enfrentamento à desinformação”

 Segundo o presidente do TSE, o Brasil é um exemplo internacional no combate à desinformação

(Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)


247 - Na abertura da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente, Edson Fachin, comemorou os avanços da Corte no combate às fake news. De acordo com o ministro, o Brasil é um exemplo internacional nesse quesito. 

“O TSE está na vanguarda mundial do enfrentamento à desinformação, rumo à realização das eleições em outubro. Sigamos adiante, firmes no propósito de defesa da democracia”, disse. 

A declaração vem após a celebração do acordo de colaboração mútua entre o TSE e o Telegram para enfrentamento de notícias falsas. O TSE é o primeiro organismo eleitoral do mundo a assinar um acordo dessa natureza com a plataforma.

A Corte terá um canal na plataforma para divulgar informações oficiais sobre as eleições. Além disso, o Telegram dará suporte para o desenvolvimento de um robô para tirar dúvidas dos usuários e terá uma nova

funcionalidade para marcação de conteúdos desinformativos. (Com informações do Metrópoles). 

"Governo Bolsonaro representa o maior retrocesso para Reforma Agrária desde o fim da ditadura", diz Stédile

 Segundo o líder do MST, "o latifúndio improdutivo, setor mais atrasado da agricultura brasileira, retomou o poder que vinha perdendo desde o governo de Fernando Henrique Cardoso"

João Pedro Stédile, assentamento do MST e Bolsonaro (Foto: Gabriel Paiva | Divulgação | Anderson Riedel/PR)


247 - O dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, criticou, em entrevista à Bloomberg News,  o desmonte dos programas de reforma agrária e de incentivo à agricultura familiar por parte do governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, o programa “Titula Brasil”, criado pelo atual governo, tem como objetivo privatizar as terras dos assentamentos que seriam destinados à Reforma Agrária para colocar esses territórios à disposição do capital.

 “A política de titulação não passa de uma cortina de fumaça para os bolsonaristas entrarem nos assentamentos e fazerem propaganda do governo do latifúndio atrasado”, disse Stédile à jornalista Simone Iglesias, da Agência Bloomberg News – Latin America.

Para o líder campesino, “o governo Bolsonaro representa o maior retrocesso para a política fundiária e para a Reforma Agrária no Brasil desde o fim da ditadura militar. O latifúndio improdutivo, setor mais atrasado da agricultura brasileira, retomou o poder que vinha perdendo desde o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC)”.

Na entrevista, Stédile observa que “uma política de Reforma Agrária requer o combate ao latifúndio, a desconcentração da propriedade rural e o assentamento das famílias de trabalhadores rurais. A partir do governo de Michel Temer, houve um desmonte dos instrumentos de obtenção de terras, a desregulamentação da legislação da Reforma Agrária, o esvaziamento das políticas de produção e comercialização para a agricultura camponesa familiar e a paralisia da política de assentamentos”. 

“Em contrapartida, foi lançado esse programa de concessão de títulos, com a transferência da atribuição de regularização fundiária do governo federal para as prefeituras. Assim, o governo quer lavar as mãos e abandonar os assentados à própria sorte”, afirma. 

Apesar das críticas, Stédile ressalta que o MST não é contra a titulação, mas que ela seja seja feita por meio da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), “que protege os direitos das famílias assentadas como beneficiárias de um conjunto de políticas públicas que são dever do Estado”. 

Segundo ele, “os problemas sociais vão se avolumando e haverá um reascenso da luta no campo em defesa da Reforma Agrária Popular, que é a nossa proposta para desenvolver o campo, gerar empregos, garantir educação e produzir alimentos saudáveis”.

Contratos de escritório de Jair Renan, investigado por tráfico de influência, somam R$ 158 mil

 Em depoimento à Polícia Federal, o filho mais novo de Jair Bolsonaro negou a existência de irregularidades e disse não se lembrar do valor do contrato

(Foto: Reprodução/Instagram)


247 - Os contratos de aluguel e reforma de um escritório localizado em Brasília em nome de Jair Renan Bolsonaro, filho “Zero Quatro” de Jair Bolsonaro, somam cerca de R$ 158 mil. O jovem é investigado pela Polícia Federal pelos supostos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo a empresa Bolsonaro Jr Eventos, de sua propriedade.

De acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o contrato assinado em 2020  para o aluguel do “camarote 311 do estádio Mané Garrincha, com 18 cadeiras exclusivas, durou um ano. O preço mensal foi de R$ 8.820, a um valor anual de R$ 105.840. O contrato foi firmado entre a Arena BSB, administradora do estádio em Brasília, e Jair Renan, como pessoa física”

Ainda segundo a reportagem, o documento aponta que os repasses deveriam ser feitos por meio de  transferência bancária para a Arena BSB. Em seu depoimento à Polícia Federal, no mês passado, Jair Renan negou a existência de irregularidades e afirmou que o único contrato que assinou foi o do aluguel do imóvel. Ele também disse não se lembrar do valor do contrato. 

A investigação da PF, porém, identificou que o contrato inicial para a reforma previa um custo de R$ 52,5 mil. A mensagem com o valor foi enviada em junho de 2020 pela arquiteta responsável pela obra, Tânia Fernandes, a Allan Lucena, ex-parceiro comercial de Jair Renan.

À PF, Tânia revelou que o valor caiu para R$ 9,5 mil e foi custeado pelo empresário bolsonarista Luis Felipe Belmonte, que atuou sem sucesso para criar o Aliança Brasil, partido de extrema direita idealizado por Jair Bolsonaro. 

Paraná é um dos líderes no ranking de acidentes e mortes em rodovias federais

 

Dados foram divulgados pela PRF nesta semana (Foto: Franklin de Freitas)

O Paraná foi um dos líderes no ranking de acidentes e mortes nas rodovias federais no ano passado. É o que revelam dados do Anuário 2021 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado nesta semana, que colocam o estado como a terceira unidade federativa que mais registrou acidentes em rodovias federais no último ano, além de ter sido o segundo lugar com relação aos óbitos em acidentes rodoviários.

Ao longo de 2021, conforme a PRF, o Paraná registrou um total de 7.335 ocorrências nas rodovias federais que cortam o estado, em situações que deixaram 7.763 feridos e 569 mortos. Na comparação com o ano anterior, quando haviam sido registradas 7.190 acidentes, com 7.457 feridos e 527 mortes, verifica-se uma piora em todos os indicadores.

Com relação ao número de acidentes, com 7.335 ocorrências no Paraná em 2021 o Estado fica atrás apenas do total de registros nas estradas federais que cortam Minas Gerais (8.308) e Santa Catarina (7.882). Em todo o país, foram registrados 64.411 acidentes rodoviários no ano passado.

Já com relação às mortes nas estradas, os 569 óbitos registrados no último ano colocam o Paraná na vice-liderança do ranking de mortes nacional, atrás apenas de Minas Gerais (692) e com considerável vantagem em relação ao terceiro lugar, a Bahia (com 500 falecimentos). No Brasil, houve 5.381 mortes em acidentes nas rodovias federais em 2021.

A posição de destaque (negativo) do Paraná se deve, em grande medida, às ocorrências em duas das principais rodovias que cortam o estado: a BR-277 que corta o estado de leste a oeste, ligando o litoral paranaense com municípios como Cascavel e Foz do Iguaçu) e a BR-376 (também conhecida como Rodovia do Café, que passa pelo norte do estado e é também responsável por fazer a ligação entre o município de Curitiba e o estado Santa Catarina).

O trecho paranaense da BR-277, por exemplo, ficou em quarto lugar no ano passado no ranking das rodovias com mais acidentes (1.929 ocorrências), em sexto lugar no quantitativo de feridos (2.008) e em quinto lugar no número de mortes (141). Já a BR-376/PR apareceu na oitava posição com relação às ocorrências (1.654), em oitavo também no número de feridos (1.732) e em sétimo lugar no quantitativo de óbitos (125).

Infrações de trânsito

A PRF registrou 258.554 infrações de trânsito nas estradas do Paraná em 2021, número inferior apenas ao verificado no Rio de Janeiro (925.055), em São Paulo (700.587), em Minas Gerais (685.155), na Bahia (462.102) e no Mato Grosso do Sul (361.411). No caso paranaense, as infrações mais comuns foram: excesso de velocidade (74.927), ultrapassagem em local proibido (20.712), não utilização do cinto de segurança (16.546) e alcoolemia (2.550, sendo que na maior parte das situações - 1.823 - os motoristas se recusaram a fazer o teste do bafômetro). Entre as rodovias com mais infrações, novamente os trechos paranaenses da BR-277 e da BR-376 são destaque nacional: a segunda, com 52.817 autuações, foi a 19ª estrada com mais registros no ano passado; a primeira, com 71.437 ocorrências, foi a 13ª com mais registros em todo o país.

Acidentes, feridos e mortos em estradas federais que cortam o Paraná

2021
Ocorrências: 7.335
Feridos: 7.763
Mortos: 569

2020
Ocorrências: 7.190
Feridos: 7.457
Mortos: 527

Acidentes, feridos e mortos em estradas federais que cortam o Paraná
(janeiro a abril de cada ano)

2022
Ocorrências: 2.314
Feridos: 2.472
Mortos: 173

2021
Ocorrências: 2.237
Feridos: 2.406
Mortos: 181

2020
Ocorrências: 2.248
Feridos: 2.475
Mortos: 156

Fonte: Bem Paraná


Instituto Butantan identifica nova variante ‘recombinante’ da Ômicron


Variante XG foi primeiro identificada na Dinamarca (Foto: Rovena Rosa/ABr)


Mais um caso de variante recombinante do vírus SARS-Cov-2, que causa a Covid-19, foi identificada em São Paulo pelo Instituto Butantan. Dessa vez, a variante XG foi encontrada em amostras coletadas de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro da Penha, na capital paulista. Não há informações sobre os sintomas, nem se a paciente estava vacinada ou se ela tem histórico de viagem.

A XG é uma variante recombinante das linhagens BA.1 e BA.2 da cepa Ômicron. Ela tem a mesma combinação da variante XE, mas as mutações são diferentes. A maior parte dos casos de infecção pela XG foi registrada na Dinamarca e, por enquanto, não há motivos de preocupação sobre a sua disseminação.

“Todas as variantes recombinantes ainda necessitam de mais atenção nesta questão de disseminação. Há no mundo apenas 205 sequências da XG e isso é pouco em relação à população mundial e ao número de variantes que estão circulando”, disse Gabriela Ribeiro, que trabalha com bioinformática na Rede de Alerta de Variantes do Instituto Butantan, em nota divulgada pelo instituto.

Recombinantes

O vírus original da Covid-19 é o SARS-CoV-2, que foi identificado inicialmente na China. Dele surgiram diversas linhagens, sublinhagens e variantes recombinantes. Isso ocorre porque os vírus são partículas constituídas de material genético, que pode ser DNA ou RNA, envolvidas em uma cápsula de proteína. Quanto mais o vírus se espalha, mais ele tende a sofrer mutações, ou seja mudar sua estrutura inicial. Essa mutação é chamada de variante.

Quando a variante começa a se propagar, infectando pessoas em diferentes regiões ou países, ela se torna uma linhagem. Esse é o caso das variantes Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Gama (P.1), Delta (B.1.617.2) e Ômicron (B.1.1.529). Mas quando a mutação não altera muito o material genético, surgem as sublinhagens, ou seja, variantes muito semelhantes às quais pertencem. Segundo o Instituto Butantan, uma forma fácil de detectar sublinhagens é perceber que a nomenclatura sofreu ramificações, como as da ômicron, das quais surgiram as sublinhagens BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.

Já uma variante recombinante é uma cepa que surge quando há uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens ou sublinhagens do vírus. Para que isso ocorra, é preciso que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens do vírus ao mesmo tempo.

Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais popularmente conhecida como deltacron, seguindo em ordem alfabética até XW.

Muito

Casos ativos em Curitiba sobem de novo

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, ontem, 1.780 novos casos de Covid-19 e a morte de um morador de Curitiba, de 74 anos. Esse óbito ocorreu há mais de 48 horas e teve a causa confirmada ontem. O boletim também mostrou nova elevação dos casos ativos. Eram 8.531 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. No boletim do dia anterior, eram 7.614.

A taxa de ocupação dos 15 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 33%. Restavam dez leitos livres. A taxa de ocupação dos 25 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 40%. Havia 15 leitos vagos.

Municípios do Paraná recomendam volta das máscaras

Pelo menos duas cidades do interior do Paraná voltaram a recomendar o uso de máscaras nas escolas municipais nesta semana, diante do avanço de casos de vírus respiratórios.

Na segunda-feira a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina, emitiu um documento recomendando o uso de máscaras dentro das unidades escolares municipais, por meio de um ofício enviado para a Secretaria Municipal de Educação (SME).

A medida visa auxiliar na prevenção da disseminação de vírus respiratórios entre as crianças e considera o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 no município.

O documento também leva em conta as mudanças climáticas, com previsão de queda acentuada de temperatura para os próximos dias, comum nos meses de outono e inverno, situações em que os indivíduos permanecem mais tempo em ambientes fechados.

Outra preocupação apontada no documento é sobre a Hepatite Aguda Fulminante de etiologia desconhecida, que está acometendo crianças, e os Adenovírus, que são um grupo de vírus que causam doenças respiratórias, como resfriado comum, bronquite e pneumonia. A transmissão é a mesma que a do SARS-COV-2.

Em Foz do Iguaçu, na região Oeste, o mesmo foi feito pela Secretaria Municipal da Saúde, que emitiu uma uma nota orientando para a retomada da medida preventiva nas esolas da rede pública e particular da cidade a partir dessa semana.

Em Curitiba, a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados foi retirada no final de março, com exceções para os serviços de saúde. Mas setores da saúde insistem que a medida deveria ser retomada, pelo menos nas escolas.

Boletins Covid-19

Dia 17/05

Curitiba
Novos casos 1.780
Mortes 1
Total
Casos 438.847
Mortes 8.260

Paraná
Novos casos 2.939
Mortes 5
Total
Casos 2.485.106
Mortes 42.967

Brasil (Conass)
Novos casos 26.386
Mortes 229
Total
Casos 30.728.286
Mortes 665.216

Fonte: Bem Paraná

Carla Zambelli é condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a autor da canção 'Milla' por vídeo com Netinho

 A deputada do PL filmou Netinho cantando 'Milla' em um ato pró-Bolsonaro e publicou no YouTube. Manno Góes, autor da canção, não autorizou o uso político da música

Manno Góes, Carla Zambelli e Netinho (Foto: Divulgação / Felipe Oliveira e Reprodução / Instagram)

247 - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a Manno Góes, autor da canção "Milla". A parlamentar filmou Netinho cantando a música em um ato pró-Bolsonaro, no dia 1º de maio de 2021 e publicou no YouTube. 

Góes não autorizou o uso político da canção e notificou a congressista, que também foi condenada por danos patrimoniais à editora da música, Malu Edições, mas, de acordo com o portal G1, o Judiciário vai calcular o valor desta indenização.

A deputada pode recorrer da sentença, dada pelo juiz Érico Rodrigues Vieira, da 3ª Vara Cível de Salvador (BA). 

A parlamentar tirou o vídeo do ar no dia 11 de maio, após o juiz concordar em impor uma multa diária de R$ 5 mil caso ele continuasse no YouTube.

TCU pode aprovar privatização da Eletrobrás e Bolsonaro quer entregar a empresa no dia 9 de junho

 Com a operação, governo federal deixará de ser controlador da maior empresa de energia do Brasil

Eletrobrás (Foto: Reuters / Pilar Olivares)

247 – O Tribunal de Contas da União pode aprovar hoje a venda da Eletrobrás, maior empresa de geração de energia do Brasil. Com isso, Jair Bolsonaro pretende acelerar a entrega da empresa ao setor privado – ponto que fazia parte da "ponte para o  futuro", a agenda econômica do golpe de estado de 2016.

"Ontem, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, se reuniu com alguns ministros no TCU. Sachsida deu uma espécie de agenda do encaminhamento do processo a partir da decisão de hoje do TCU. Já decidiu que no dia 25 será protocolado na CVM e na SEC (a CVM dos EUA) o pedido de registro da oferta pública global das ações ordinárias e das ADRs. O passo seguinte será, finalmente, a capitalização da Eletrobras, marcada para o dia 9 de junho. Se tudo ocorrer como o previsto, a União passará a deter 45% do capital (hoje, possui 72%), deixando de ser a controladora da empresa", informa o jornalista Lauro Jardim, no Globo.

Tempestade Yakecan chega ao Brasil com ventos de até 100 km/h

 É provável que a tempestade se desloque para leste em direção a alto mar a partir de quarta-feira

(Foto: Reprodução/Twitter)

247 - A tempestade subtropical Yakecan ('som do céu' em tupi-guarani) atingiu o sul do Brasil na madrugada de terça-feira, gerando fortes ventos de até 100 km/h, quedas de árvores e de energia elétrica, suspensão de aulas em algumas localidades e uma morte. 

Fortes ondas foram observadas nas costas de Uruguai e Argentina antes de a tempestade chegar ao Brasil. No Uruguai, 23 mil residências sofreram cortes de energia até as 16h de segunda-feira. Um homem morreu em Montevidéu após ser atingido pela queda de uma palmeira. 

Meteorologistas descartam que Yakecan torne-se um furacão. Segundo a BBC Brasil, é provável que a tempestade se desloque para leste em direção a alto mar a partir de quarta-feira.

Confira abaixo informações sobre a situação no Rio Grande do Sul: 

 


Regiões do Brasil têm alerta para frio intenso; Sul tem registros de neve

 Em Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, temperatura mínima foi de -2,4°C

(Foto: Mycchel Legnaghi/ São Joaquim on line)

247 - Uma forte onda de frio avança sobre o país desde terça-feira (17). A temperatura tem queda acentuada nos estados do Sul, em muitas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste. Algumas cidades de Santa Catarina registraram chuva congelada e também os primeiros registros de neve no ano. Com informações do portal CNN Brasil.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os próximos dias também podem ter registros de neve nas serras gaúcha e catarinense e novas ocorrências de chuva congelada no planalto gaúcho, no planalto Sul e Norte de Santa Catarina e no Sul do Paraná, por causa da combinação do ar muito frio com a umidade trazida pelo ciclone Yakecan.

Segundo o Climatempo, as capitais Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba PR), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS) podem registrar recorde de baixa temperatura para ano de 2022.

Na madrugada, a temperatura chegou a -0,2°C em Porto Amazonas (PR). Em algumas áreas de São Joaquim, na Serra Catarinense, o termômetro marcou quase 0,1°C abaixo de zero. Em São Paulo, os termômetros registraram 7 graus na manhã desta quarta-feira (18).

ONU alerta para risco de catástrofe climática global e manda recado ao Brasil: 'parem de desmatar a Amazônia'

 "Minha recomendação ao governo do Brasil é que parem o desmatamento e se concentrem até em plantar mais floresta na região", disse o especialista Petteri Taalas

Vista de área desmatada da floresta amazônica perto de Porto Velho (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - Um alerta da Organização das Nações Unidas, lançado nesta quarta-feira (18), aponta que o mundo caminha a passos largos para uma "catástrofe climática". De acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, o informe apresenta dados que comprovam que os últimos sete anos foram os mais quentes já registrados, além de enviar um recado direto ao Brasil ao pedir o fim do desmatamento na Amazônia.

 "Minha recomendação ao governo do Brasil é que parem o desmatamento e se concentrem até em plantar mais floresta na região", disse o secretário-geral da OMM (Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU), Petteri Taalas, de acordo com a reportagem. "Claro que existem pressões econômicas e pressões locais para continuar a desmatar. Mas, no longo prazo, será muito prejudicial ao país se perder o ecossistema”, completou o especialista. "Parar o desmatamento na Amazônia é um dos grandes desafios do mundo", afirmou

“A cobrança ocorre num momento em que as taxas de desmatamento no país batem novos recordes, apesar das promessas por parte do governo de Jair Bolsonaro de que haveria uma ação maior de fiscalização na região. Os números desmentem também os compromissos diplomáticos assumidos pelo Brasil na Conferência da ONU sobre o Clima, em Glasgow em 2021”, destaca Chade.

“A pressa da entidade em cobrar soluções não ocorre por acaso. De acordo com o novo estudo, os principais indicadores de mudança climática - concentrações de gases de efeito estufa, elevação do nível do mar, calor oceânico e acidificação oceânica - estabeleceram novos recordes em 2021. Para a Organização Meteorológica Mundial (OMM), este é mais um sinal claro de que as atividades humanas estão causando mudanças em escala planetária em terra, no oceano e na atmosfera”, observa o colunista. 

Ainda segundo ele,  a ONU criticou "o fracasso da humanidade em enfrentar a ruptura climática". Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "o sistema energético global está falido e nos aproxima cada vez mais da catástrofe climática".


Amigo de Lula há quase 50 anos, padre que irá celebrar casamento do ex-presidente pede: 'amai-vos e não armai-vos'

 Casamento do ex-presidente com a socióloga Rosângela Silva será celebrado pelo bispo emérito de Blumenau, dom Angélico Sândalo Bernardino

Lula e Dom Angélico Bernardino (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas)

247 - O casamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a socióloga Rosângela Silva, marcado para esta quarta-feira (18), em São Paulo, será celebrado por dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC). Ele esteve ao lado de Lula ao longo de quase 50 anos da vida do ex-presidente e acompanhou momentos marcantes da sua vida, desde as greves do ABC até a sua prisão política e ilegal pela Lava Jato. 

"Eu sou amigo do Lula", disse o religioso ao jornalista Chico Alves, do UOL. "Nos conhecemos no tempo em que ele era metalúrgico, em São Bernardo, e eu era o bispo da pastoral do mundo do trabalho, aqui em São Paulo. Durante muitos anos nós cultivamos essa amizade", completou. Além da aproximação com Lula, o padre também acabou por se tornar íntimo da família. 

"Eu fui o padre do batismo dos netos, do casamento dos filhos. Quando a Marisa (Marisa Letícia, segunda mulher de Lula, falecida em 2017) estava no hospital, ele me pediu: 'será que não daria para você fazer uma oração por ela?'. Eu estive lá, fiz a unção dos enfermos", contou. Dom Angélico também foi o responsável pela celebração dos ritos fúnebres do velório de Marisa. 

O religioso disse,ainda, que está feliz por celebrar o casamento do ex-presidente. "Amai-vos e não armai-vos", disse ele em referência à defesa do uso de armas de fogo pela população civil por parte de Jair Bolsonaro e seus aliados. "Faço votos que o amor seja a bandeira desse candidato a presidente", destacou. Ainda segundo dom Angélico, Lula irá se casar no religioso porque "é católico pra valer".

Sobre política, ele disse que tem “rezado para que o Brasil continue sendo um país democrático e que haja respeito ao resultado das eleições. Essa é a primeira preocupação minha". O padre também criticou as fake news e mensagens de ódio nas redes sociais. “Nesses moderníssimos meios de comunicação, muitas vezes instrumentos de muita mentira e muito ódio".

"Por isso, estou louvando a Deus pelo amor, pelo casamento do Lula, que ele continue firme na sua família", afirmou. 

Bahia: ACM Neto vence no primeiro turno, mas Lula pode reduzir vantagem

 O apoio do ex-presidente Lula a Jerônimo Rodrigues reduz significativamente a vantagem de ACM Neto, que lidera com uma margem de 61 pontos, segundo pesquisa Quaest/Modal

(Foto: Reprodução/Facebook | Ricardo Stuckert)

247 - Pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira, 18, mostra ACM Neto (União Brasil) na liderança isolada pelo governo da Bahia, com 67% da preferência dos eleitores. O segundo colocado, Jerônimo Rodrigues (PT), tem apenas 6% das intenções de voto.

Rodrigues é seguido por João Roma (PL), que aparece com 5%. Atrás dele vem Kleber Rosa (PSOL), com 1%. Brancos, nulos e aqueles que não pretendem votar somam 12%. 8% estão indecisos. 

Apesar da forte liderança, ACM Neto não é o candidato definitivo da maioria da população, ressalta o diretor da Quaest, Felipe Nunes. 

"A vantagem expressiva de ACM está longe de apontar para uma vitória fácil e antecipada. Para 52% dos entrevistados, a escolha de voto para governador não é definitiva", escreve ele, em seu Twitter. 46% afirmaram que a escolha é definitiva, enquanto 3% não souberam ou não responderam. 

A pesquisa indica que o fator crucial para a mudança de voto dos eleitores baianos é a entrada de Lula como apoiador de Rodrigues. Considerando esse apoio, a margem de liderança de ACM Neto sobre Rodrigues é reduzida significativamente (47% a 34%). Com o apoio de Bolsonaro, Roma vai a 10%. Outros 10% estão indecisos. 

Lula é o favorito na Bahia, com 63% das intenções de voto. O segundo colocado, Jair Bolsonaro, aparece com 17%, seguido por Ciro Gomes (5%), João Doria (2%), André Janones (2%) e Simone Tebet (1%). Brancos, nulos e aqueles que não pretendem votar somam 7%. 3% estão indecisos.

Senado 

Na disputa para o Senado Otto Alencar (PSD) permanece em primeiro, com 34% das intenções de voto, seguido por Marcelo Nilo (Republicanos, 9%), Cacá Leão (PP, 8%), Raíssa Soares (PL, 6%) e Tâmara Azevedo (PSOL, 6%).


Dias Toffoli será o relator da ação de Bolsonaro contra Alexandre de Moraes no STF

 Jair Bolsonaro protocolou uma notícia-crime contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suposto abuso de autoridade

Dias Toffoli (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai relatar a ação de Jair Bolsonaro (PL) contra Alexandre de Moraes na Corte será o Dias Toffoli. Bolsonaro protocolou uma notícia-crime contra Moraes por suposto abuso de autoridade na segunda-feira, 17.

Toffoli vai analisar a ação, que corre em segredo de Justiça e na qual Bolsonaro acusa o ministro Moraes de cometer abuso em razão do inquérito das fake news, que mira aliados do governo.

A notícia-crime pede “a instauração de investigação em face do ministro Alexandre de Moraes para apurar cinco fatos e o possível cometimento dos delitos”. 

Entre os fatos citados estão a duração não razoável da investigação, negativa de acesso aos autos, prestar informação inverídica sobre procedimento, exigir cumprimento de obrigação sem amparo legal e instauração de Inquérito sem justa causa.

A ação cita ainda que Moraes teria cometido “sucessivos ataques à democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”.