segunda-feira, 16 de maio de 2022

Bolsonarismo usa o Telegram para desestabilizar as eleições, afirma especialista

 Nessas plataformas mais subterrâneas, como o Telegram, é dominância total da direita", diz Letícia Cesarino, professora essora no Departamento de Antropologia da UFSC

(Foto: Reuters)


Caroline Oliveira, Brasil de Fato - Uma das pautas que não sai da boca do presidente Jair Bolsonaro (PL) é a suposta fragilidade das urnas eletrônicas, como forma de deslegitimar o processo eleitoral brasileiro. Na mesma linha, o assunto também é dominante nos grupos de extrema-direita do Telegram.

Letícia Cesarino, professora no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estuda a fundo o comportamento bolsonarista em grupos, e aponta: “os [assuntos] mais compartilhados, as pautas e as narrativas que se sobressaem no conjunto dos grupos e canais que a gente analisa, têm a ver não necessariamente com alegação direta de fraude nas urnas, mas com a deslegitimação da institucionalidade que garante o resultado da eleição”.

“E é justamente a extrema-direita, aliada do presidente Jair Bolsonaro, que domina esse ambiente. Nessas plataformas mais subterrâneas, como o Telegram, é a dominância total da direita. O modo como eles se vendem, como produtores de conteúdo, tem a ver com estar revelando verdades que a mídia esconde. E é assim que eles ganham fidelidade desses seguidores”, complementa.

A ideia de "revelar a verdade" também dá a tônica da atuação de Bolsonaro. Em julho do ano passado, o capitão reformado prometeu apresentar provas de suposta fraude no sistema eleitoral durante o pleito de 2018. Na época, o hoje presidente disse que, na verdade, teria vencido o pleito já no primeiro turno. Logo depois, no entanto, a "verdade" revelada não passou de alegações antigas e falsas de que as urnas eletrônicas completaram o voto no número do PT à revelia da escolha dos eleitores.

Confira abaixo a entrevista com Letícia Cesarino.

Brasil de Fato: Das eleições presidenciais de 2018 para cá, o que mudou em relação à produção e difusão de desinformação nas redes sociais no Brasil, principalmente pensando na extrema-direita?

Letícia Cesarino: A máquina está funcionando a todo vapor, mas tem um aspecto diferente de 2018, quando teve um caráter expansivo. Depois da facada, ela [a máquina] conseguiu uma expansão e capilaridade para além daqueles grupos segmentados e influenciadores mais raiz do bolsonarismo. Através do WhatsApp, principalmente, se vê uma capilaridade muito grande para campanha.

Este ano, em se tratando de reeleição, com quatro anos de governo, pandemia, a volta do Lula para a corrida eleitoral, o bolsonarismo está em um momento ruim. O ecossistema foi diminuindo de tamanho em comparação ao que chegou a ser na campanha. Mas, ao que tudo indica, eles estão “repivotando” a máquina para eleição em si, como fizeram em 2018.  

Agora o que mudou foi esse padrão para usar a máquina não só para tentar aumentar a base eleitoral, mas para desestabilizar a própria legitimidade da eleição. Isso sempre esteve colocado, inclusive com essa pauta da fraude nas urnas. Sempre foi uma das narrativas, mas não era importante naquele momento, porque Bolsonaro tinha vencido e estava com apoio grande. 

Esse ano a pauta ganhou corpo e, pelo menos nos dados que a gente trabalha da plataforma Telegram, sem dúvida é a pauta dominante neste ano. Os [assuntos] mais compartilhados, as pautas e as narrativas que se sobressaem no conjunto dos grupos e canais que a gente analisa, têm a ver não necessariamente com alegação direta de fraude nas urnas, mas com a deslegitimação da institucionalidade que garante o resultado da eleição.  

No 7 de setembro, por exemplo, uma pauta que ganhou proeminência foi o passaporte sanitário, mas numa espécie de crossover com a pauta de fraude nas urnas. Eram boatos de que pessoas não vacinadas seriam impedidas de votar. Então mesmo que não seja a pauta deles [naquele momento], o tema está sempre circulando pelo menos desde setembro.

O ambiente da internet onde são produzidas e difundidas as notícias falsas parece ser de domínio da extrema-direita. A esquerda, por outro lado, aparenta não ter domínio sobre esse território. É isso? É possível encontrar também setores da esquerda por trás dessa produção e difusão? 

Nessas plataformas mais subterrâneas, como o Telegram, é dominância total da direita, é outra escala. É um nicho da direita, e vai continuar sendo, porque é ali que eles operam. A esquerda política tem uma interface com a grande mídia, que essa direita, dos deputados para baixo, não têm. Eles não têm onde ter visibilidade que não na internet. O nicho é deles. Então, por mais que a esquerda cresça, esse continua sendo um nicho deles. 

O modo como eles se vendem, como produtores de conteúdo, pseudojornalistas, tem a ver com estar revelando verdades que a mídia esconde. Não faz sentido eles saírem disso, porque é assim que eles atraem os consumidores, com essa alegação de que depois da internet a mídia nunca mais vai conseguir esconder nada. E é assim que eles ganham fidelidade desses seguidores.

É intrínseco à mídia. Na esquerda não tem muito disso. Tem um ou outro canal conspiratório, mas não tem nem comparação em escala.

É possível a esquerda fazer frente a esse domínio de alguma maneira? 

Dá para aumentar bastante a ocupação, mas chegar ao nível deles é difícil sem cruzar certas linhas éticas e até legais. Eles sempre vão estar na frente, porque não tem limite nenhum de distorção e sensacionalismo, porque é baseado na eficácia. Se uma mídia viraliza, o conteúdo vai seguir na mesma linha, e a tendência é o sensacionalismo viralizar. É o diferencial dessa mídia com relação à grande mídia.  

Mas é importante disputar pelo menos para tirar parte dessa vantagem que a extrema-direita tem. A esquerda está melhorando, mas é questão de organicidade. A esquerda precisa de canais orgânicos.

Não adianta o PT ter uma ótima estratégia de comunicação para falar a linguagem da internet se não tem a rede de criadores orgânicos.  

Bolsonaro segue à risca a estratégia adotada pela extrema-direita norte-americana, insistindo na alegação de fraude na votação que o elegeu presidente em 2018 / Antônio Augusto/Ascom/TSE

A direita conseguiu a rede orgânica através desse apelo normal. A questão da ameaça é bem importante, porque isso mantém as pessoas ligadas, além da questão da revelação. Agora é possível ter isso na esquerda, e precisa ter isso também. Esse viés da revelação pode ser mais aproveitado. 

Em 2018, o WhatsApp foi uma plataforma muito importante para a disseminação de notícias falsas relacionadas a conteúdos políticos e eleitorais. Isso mudou de alguma maneira? Podemos citar novas plataformas significativas para essa rede de produção e difusão de desinformação? 

Mudou, mudou bastante. As plataformas que foram importantes em 2018, o WhatsApp e o Facebook, continuam importantes, mas o ecossistema como um todo se diversificou. A gente tem, por exemplo, o TikTok, que apesar de não ser grande, tem um investimento do bolsonarismo. O próprio Instagram, que não expressa muito esse uso político, tem uma incidência adjacente ao bolsonarismo, com desinformação sobre tratamento precoce, ciências alternativas, a pauta antivacina.

O bolsonarismo foi se diversificando em plataformas diferentes. Por exemplo, o Telegram é um dos mais subterrâneos, com grupos muito fechados e radicalizados. A gente está tentando olhar a relação entre esses segmentos mais fechados, que a gente chama de refratados, com o segmento  de superfície, como o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, que, ao que tudo indica, é mais importante que o Telegram em termos de capilaridade.  

É visível esse investimento do bolsonarismo no TikTok. O Youtube tem um caráter de produção de notícias falsas e o WhatsApp, de difusão. Pensando nisso, qual é a o papel do TikTok?  

No TikTok já existem conteúdos dedicados. Só que geralmente são conteúdos camuflados, que ficam naquela zona cinzenta, entre o entretenimento e a propaganda política. A rede tem esse perfil, mas quantitativamente ainda não é importante. Agora os vídeos do TikTok também circulam no WhatsApp, então tem esse trânsito também. 

E de outras plataformas mais alternativas e utilizadas pela extrema-direita? 

Esse é um outro padrão mais claro que não tinha em 2018: as plataformas alternativas como Gettr, Rumble, BitChute e outras que copiam outras plataformas “mainstreaming” [dominantes] na medida em que começaram a enrijecer a moderação de conteúdo, banindo canais, banindo conteúdo do próprio Twitter. Então eles começaram a migrar para essas plataformas alternativas, que é algo que realmente não tinha em 2018.

Uma coisa que mudou é o fato de que o conteúdo parece estar mais espontâneo, no sentido de que ali em 2018 foi uma novidade esse estilo de campanha ou esse tipo de linguagem para política. 

Então, num primeiro momento, o conteúdo foi muito associado ao que a imprensa chamou “gabinete do ódio”, que a gente não sabe ainda exatamente quem está exatamente por trás. Quatro anos depois, os próprios apoiadores do presidente organicamente já incorporaram esse modus operandi, por cópia mesmo.  E aí tem um outro padrão também que já estava ali em 2018, mas está cada vez mais claro, que é a questão da monetização, principalmente ligada ao YouTube. 

Então pra muitos desses ativistas, virou realmente um tipo de empreendedorismo. Está acontecendo até mesmo uma certa “mainstreamização” de parte dessa direita. Eles já estão colonizando nichos de mídia dentro da própria esfera pública.

Você falou do Youtube. Qual é o tamanho e a importância do Youtube hoje na criação e distribuição da desinformação?

Circula muito link de canal de vídeo do YouTube no Telegram. O YouTube presume que tem um controle sobre a plataforma que não tem, porque está conectado com todas as outras. O bolsonarismo se aproveita disso.

A gente vê uma incidência do Youtube dentro do Telegram de cinco a seis vezes maior do que a segunda plataforma, que é o próprio Telegram. Em outras palavras, a segunda plataforma mais comum é o próprio Telegram, e o Youtube é o primeiro, só que ele está muito à frente. Tem uma relação aí que é estrutural mesmo entre os dois. Então o papel do YouTube é muito grande, porque é o YouTube que monetiza. 

O que é e o que significa a cauda longa? 

A cauda longa são os pequenos. É uma estrutura de rede muito fragmentada entre muitos pequenos e poucos grandões [produtores de conteúdo, sejam grupos ou indivíduos] ali. Dentro do YouTube, a gente vê o mesmo padrão: três ou quatro grandes canais do bolsonarismo pegando boa parte dos links e entre 60% e 70% estão dispersos em canais pequenos ou médios que estão tentando ganhar atração e escala dentro do ecossistema da extrema-direita, que é o ambiente deles, para eventualmente virar um desses canais grandões para monetizar. 

Qual é a interface entre o Telegram e Youtube? De 100 canais, 10 são grandes canais com centenas de milhares de visualizações, e a grande maioria, a cauda longa, são canais menores que ainda não têm essa escala para monetizar, mas eles estão tentando essa escala.

Campanha de combate às fake news 'Verdade na Rede' já registra mais de 2,2 mil notícias falsas e ameaças contra Lula

 

Denúncias registradas geraram dezenas de ações judiciais


247 - A campanha de combate às Fake News Verdade na Rede, lançada há dois meses pelos canais oficiais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já registra  2.243 denúncias de notícias falsas e ameaças contra o petista, o PT e apoiadores. Segundo o site oficial de Lula, além das denúncias, o Verdade na Rede promoveu a checagem de 373 fatos cadastrados, além de 128 conteúdos próprios produzidos e a criação de  63 grupos de Whatsapp de Agentes da Verdade.

As denúncias registradas geraram dezenas de ações judiciais, que incluem várias vitórias contra outdoors com propaganda eleitoral irregular negativa contra o ex-presidente, por exemplo. 

Outras ações foram repassadas aos advogados do PT, como as que foram impetradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral )TSE) contra o ex-coordenador da Lava Jato Deltan Dallagnol, o deputado Paulo Martins e o portal Terra Brasil Notícias; contra Flávio Bolsonaro por produção e disseminação de fake news; contra Michelle Bolsonaro por propaganda antecipada e contra Jair Bolsonaro por campanha antecipada em motociatas, entre várias outras ações judiciais.


Zé Neto e Cristiano receberam R$ 400 mil de prefeitura por show em que criticaram Rouanet e Anitta

 Zé Neto, da dupla com Cristiano, lançou provocações à cantora Anitta e criticou a Lei Rouanet em show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso

Cantor sertanejo Zé Neto (Foto: Divulgação)


247 - Zé Neto, da dupla com Cristiano, lançou provocações à cantora Anitta e criticou a Lei Rouanet em show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, na madrugada da última sexta-feira (13). Em vídeo que circula nas redes sociais, o sertanejo ironizou uma tatuagem íntima da funkeira e ressaltou que "não depende" da Lei Rouanet. "O nosso cachê quem paga é o povo", afirmou. Está aí uma verdade: na ocasião, a dupla recebeu R$ 400 mil oriundos de recursos públicos para subir ao palco. A reportagem é do portal Extra.

"Estamos aqui em Sorriso, no Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. O nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no 'toba' pra mostrar se está bem ou mal. A gente simplesmente vem aqui e canta", discurso Zé Neto, em manifestação de apoio ao governo Bolsonaro.

Parte do evento Exporriso, tradicional feira agropecuária, comercial e industrial de Sorriso, o show foi bancado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município por meio de um contrato com inexigibilidade de licitação. Em português claro, não houve concorrência para a definição de valores pelo serviço prestado.Nesse caso, a empresa Nave Balada Produções Artísticas, representante da dupla sertaneja, estipulou um preço para o cachê e a realização do show, e a prefeitura pagou a quantia determinada, estabelecendo que a apresentação fosse gratuita para a população.

Nos últimos anos, Zé Neto e Cristiano realizaram uma série de shows dessa maneira, com dinheiro desembolsado por prefeituras por meio de contratos sem procedimento licitatório. A prática é permitida por lei, e deve ocorrer "quando o administrador se vir diante de uma inviabilidade de competição", como consta na Lei Geral de Licitações.


Sanepar reajusta em 4,96% a tarifa de água e esgoto a partir de terça

 

(Foto: Divulgação/Sanepar)

As tarifas da Sanepar aumentam 4,963% a partir desta terça (17) para os serviços de água e esgoto. O aumento foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) e ocorre na 2ª Revisão Tarifária Periódica (RTP). A Agepar aceitou o pedido, porém decidiu pela aplicação de percentual "considerando o desenvolvimento dos trabalhos de revisão tarifária e postergando eventuais atualizações deste período para o encerramento da 2ª RTP, previsto para abril de 2023".

Em abril de 2021, a Agepar havia autorizado um reajuste de 5,7% na tarifa de água e esgoto. O novo reajuste é válido para os municípios onde a Sanepar administra os serviços de água e esgoto.

Fonte: Bem Paraná

Após Zé Neto, Latino resolve atacar Anitta nas redes e ainda faz propaganda para Bolsonaro

 Cantor deu a atender que o sucesso internacional da cantora é fake

Cantor Latino (Foto: Reprodução / Instagram)


247 - Após indiretamente o sertanejo Zé Neto atacar a Anitta, dizendo durante um show que "a gente não precisa fazer tatuagem no toba", Latino resolveu também promover indiretas em suas redes e ainda aproveitar para fazer propaganda de Bolsonaro.

"Enquanto alguns robôzinhos (sic) trabalham pra sustentar o mktg (marketing) do “toba” internacional, papai aqui segue fazendo shows à 30 anos. Detalhe, sem ganhar um centavo de mentoria da oposição. #Bolsonaro2022", disparou.

A postagem gerou repercussão. Veja:


 


Acidente: Motorista que dirigia ônibus rejeita culpa por morte de Aleksandro

 A dupla sertaneja Conrado e Aleksandro sofreu um acidente de ônibus na manhã do último sábado (7). Aleksandro Correia, de 34 anos, e outras cinco pessoas não sobreviveram

Ônibus de Conrado e Aleksandro (Foto: Reprodução)


247 - O motorista Valdoir Silva falou pela primeira vez sobre o acidente que causou a morte do sertanejo Aleksandro Correia. Era ele quem dirigia o ônibus que carregava o cantor e outros profissionais, incluindo o músico João Vitor Sales, o Conrado, que segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). "O trânsito é cruel", lamentou o condutor. As informações são do portal Notícias da TV.

Em entrevista ao Domingo Espetacular, Valdoir desabafou e afirmou que já havia dirigido o veículo da dupla outras três vezes. "Ele explodiu mesmo. Eu passei por duas saliências, o pneu estourou, não consegui ter controle do volante. Eu só me lembro quando ele deitou. Não lembro de mais nada".

Apesar de admitir estar abalado com a situação, o motorista destacou que em nenhum momento teve intenção de colaborar para o acidente e disse que o triste fato aconteceu em decorrência de um "trânsito cruel". "Eu sei que eu não tenho culpa. Não tenho culpa porque o pneu explodiu, e eu perdi a direção", continuou ele.

Na madrugada de sexta-feira (13), Conrado despertou e perguntou por Aleksandro. Ao saber sobre a tragédia, ele começou a chorar.

Marília Arraes lidera corrida para o governo de Pernambuco, aponta pesquisa

 Deputada tem 28,8% dos votos, enquanto a segunda colocada, Raquel Lyra, chega a 16%, segundo levantamento Paraná Pesquisas

Marília Arraes (Foto: Divulgação)


247 - Levantamento Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira, 16, mostra Marília Arraes na liderança pelo governo de Pernambuco, chegando a 28,8% das intenções de voto. 

Ela é seguida por Raquel Lyra, que tem 16%; Miguel Coelho, com 13,6%; Anderson Ferreira, com 12,1%; Danilo Cabral, com 7,1%; João Arnaldo, com 1,3%; e Jones Manoel, com 0,7%. 7% não souberam ou não responderam e 13,5% votarão branco ou nulo. 

No único cenário de segundo turno com Marília Arraes considerado, a deputada vence Danilo Cabral (51,4% x 18,7%). 

Já no cenário sem Raquel Lyra, Marília Arraes amplia sua vantagem, chegando a 34,9% dos votos. Ela é seguida por Miguel Coelho, com 15,4%; Anderson Ferreira, com 12,8%; Danilo Cabral, com 8,3%; João Arnaldo, com 2,2%; e Jones Manoel, com 1,5%. 7,9% não souberam ou não responderam e 17% votarão branco ou nulo.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número PE-04682/2022. Foi utilizada uma amostra de 1.510 eleitores, entrevistados pessoalmente, entre 10 e 14 de maio. O nível de confiança é de 95% e a margem estimada de erro, 2,6%. 

Bolsonaro leva chuva de vaias ao visitar feira popular do DF (vídeo)

 Bolsonaro foi aplaudido pela elite durante "lanchiata" e detonado pela população ao visitar feira popular

(Foto: Bolsonaro vaias feira df)


247 - Enquanto Jair Bolsonaro foi aplaudido neste domingo (15) pela elite durante uma "lanchiata" em Brasília, o mesmo não ocorreu ao visitar uma feira popular da cidade. 

Ao visitar o local, a população não se conteve e o grito de "Fora Bolsonaro" foi ecoado por clientes e feirantes.

Veja: 


Com apoio de Lula, Kalil lidera disputa pelo governo de MG

 Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (16) mostra que o apoio do ex-presidente Lula eleva para 34,6% a intenção de votos dos eleitores mineiros no ex-prefeito Alexandre Kalil

Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kali, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert)

247 - Levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que o apoio dos candidatos à Presidência da República será decisivo para definir a eleição em Minas Gerais. Nesta linha, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (16), o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva eleva para  34,6% a intenção de votos dos eleitores que afirmam que votarão em Alexandre Kalil (PSD) para governar o Estado. 

Atrás de Kalil aparece o atual governador e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), que tem apoio de Felipe D’Avila (Novo), com 33,1% da preferência do eleitorado mineiro. Apoiado por Jair Bolsonaro, o jornalista Carlos Viana (PL) registra apenas 11,7% das intenções de voto. 

Desconsiderando o apoio dos presidenciáveis, Zema lidera a corrida estadual com 46,8% da preferência do eleitorado no estado, contra 26,8% de Kalil. O senador Carlos Viana (PL) fica em terceiro, com 5,4% das intenções de voto no estado.

Já o deputado federal Marcos Pestana (PSDB) registra 1,7% da preferência do eleitorado e é seguido por Renata Regina (PCB) com 0,6%; pelo deputado federal Miguel Corrêa (PDT), com 0,3%, e Lorene Figueiredo (Psol), com 0,2%. 

O levantamento foi contratado pelo próprio Paraná Pesquisas, que ouviu de forma presencial  1.680 eleitores em 78 cidades de Minas Gerais entre os dias 8 e 13 de maio. O índice de confiança do levantamento é de 95%. O registro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é MG - 04957/2022.

Quem é a evangélica que pediu perdão público por voto em Bolsonaro

 "Venho publicamente pedir perdão pelo meu voto equivocado para presidente da República do Brasil", disse a eleitora

Reprodução live (Foto: Reprodução live)


247  - Eleitora de Jair Bolsonaro em 2018, a evangélica Jacqueline Rolim diz em declaração ao documentário publicado pela BBC Brasil que a "gota d'água" para que se arrependesse a ponto de pedir perdão publicamente pelo seu voto foi o dia em que Bolsonaro imitou pessoas com covid com falta de ar.

"Venho publicamente pedir perdão pelo meu voto equivocado para presidente da República do Brasil".

"Mudei de opinião durante a pandemia, quando ele começou a imitar alguém que estivesse morrendo sem ar. Ele não comprava vacina e ficava dizendo: 'é só uma gripezinha e ficava imitando alguém arfando, tentando respirar'", lembra.

Jacqueline Rolim- Reprodução BBC

"Eu tenho bronquite asmática. Eu sei o que é ficar sem ar. Isso me doeu e eu entendi que ele estava agindo com impiedade, como um anti-cristão totalmente."

A BBC News Brasil entrevistou Jacqueline Rolim e outras evangélicas com diferentes opiniões políticas para o documentário O Que Pensam as Evangélicas, Que Podem Definir Eleição para Presidente.

Reinaldo Azevedo critica liminar de André Mendonça sobre ICMS: "inconstitucional é retirar dos estados a competência tributária"

 Jornalista criticou ainda a falta de políticas públicas para a Petrobras

André Mendonça (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo, em artigo no UOL, descreveu os impactos da determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou políticas de governos estaduais para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel. A liminar suspende a decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que unificou as alíquotas de ICMS do combustível.

O embate entre Executivo e estados anterior à decisão se deve a "um acordo (que) permite que cada unidade da Federação aplique um desconto sobre a alíquota única que foi estabelecida para todos: R$ 1,006 por litro", explicou o jornalista. Para ele, os descontos não são inconstitucionais, e sim a retirada dos estados da "competência que lhes cabe em matéria tributária", destacou. 

Segundo o jornalista, os estados também não são culpados pela alta nos preços dos combustíveis:

"Bolsonaro mirou na Petrobras — e se viu a pantomina dita privatista do tal Adolfo Sachsida — e nos estados. Vive dizendo por aí que ele próprio nada tem a ver com o preço dos combustíveis, como se não houvesse uma omissão escandalosa do seu governo na definição, reitero, de uma política pública, ainda que tudo continuasse como está na petroleira".

Atual presidente da Petrobrás pode ser demitido antes do final do mês

 Jair Bolsonaro admitiu que a política de preços da estatal é "uma barbaridade"

José Mauro Ferreira Coelho e a Petrobrás (Foto: ABr)


247 – A descoberta tardia por Jair Bolsonaro de que a atual política de preços da Petrobrás, implantada por Michel Temer após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, é uma "barbaridade" pode custar a cabeça do presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho.
"A situação do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, que completou um mês no cargo no sábado (14), continua cercada de incertezas, segundo interlocutores ligados à companhia. O Valor apurou que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, 'transferiu' para o Planalto a responsabilidade da discussão sobre a política de preços da companhia, que busca seguir a paridade das cotações domésticas às internacionais. Se Coelho quiser tratar o assunto, terá que fazê-lo não com o MME — a quem se reporta diretamente —, mas com o presidente Jair Bolsonaro", informa o jornalista Francisco Góes, do Valor.

"A situação de fragilidade de Coelho já havia ficado clara no dia da posse de Sachsida no MME, na quarta, na leitura de interlocutores da companhia. Pesa contra Coelho o fato de ter sido indicado pelo ex-ministro Bento Albuquerque. De quinta para cá, a pressão aumentou. Ninguém arrisca dizer se o novo presidente da Petrobras conseguirá se manter no cargo e por quanto tempo. Uma alta fonte da Petrobras foi perguntada pela reportagem se Coelho chega ao fim do mês. E a resposta foi: 'Difícil saber'”, acrescenta o jornalista.

Ontem, pela primeira vez, Bolsonaro disse que não há qualquer impedimento para mudar a política de preços da Petrobrás, que foi alterada por Michel Temer após o golpe de estado de 2016, com a finalidade de retirar renda dos brasileiros e transferi-la para acionistas privados e internacionais da Petrobrás. "O que eu acho que Petrobras poderia fazer, tem um artigo constitucional que fala da finalidade social da Petrobras. Não está sendo levado em conta. A paridade internacional só existe no Brasil", disse ele, referindo-se ao Preço de Paridade de Importação. "O PPI não é uma lei, é uma resolução do Conselho [de Administração da Petrobras]. Se o Conselho achar que tem de mudar, muda, mas a população como um todo não pode sofrer essa barbaridade porque atrelado ao preço do combustível está a inflação e poder aquisitivo da população está lá embaixo", disse ele.

Curado da Covid, Alckmin deve retomar atividades de campanha nesta segunda-feira

 Avaliação da cúpula do PT é que o ex-governador Geraldo Alckmin se junte a Lula a em viagens e em agendas individuais o mais rapidamente possível

Geraldo Alckmin (Foto: Reprodução)


247 - O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) deverá voltar às atividades de campanha junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (26), após cumprir o isolamento recomendado pelas autoridades de saúde por ter sido infectado pela Covid-19. De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, a avaliação da cúpula do PT é que o socialista se junte a Lula  a em viagens e em agendas individuais o mais rapidamente possível.

“O secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto, quer explorar o histórico de Alckmin para ajudar Fernando Haddad no interior de São Paulo, reduto antipetista e onde Alckmin sempre foi popular”, ressalta a reportagem. 

Janaina Paschoal, reprovada no concurso para professora da USP, dá a entender que Lenio Streck não sabe ler

 Extremista, que foi reprovada para professora titular da USP, resolveu atacar um dos maiores nomes do Direito Constitucional brasileiro

Foto: Janaina Paschoal Lênio Strek)

247 - Cada vez mais isolada no cenário eleitoral paulista, após ter seu nome rifado por Jair Bolsonaro na disputa pelo Senado, a deputada estadual Janaina Paschoal anda irritada em suas redes e desta vez citou indiretamente um dos maiores nomes do Direito Constitucional brasileiro, o professor Lenio Streck. 

Tudo começou após o site Brasil 247 publicar uma matéria repercutindo postagem em que ela prega resistência dos paulistas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele vença as eleições presidenciais – o que provocou a indignação do professor e jurista Lenio Streck.

'Incrível. Janaína prega a não posse de Lula, se este vencer. Quer guerrilha? Barricada? Diz aí, professora de direito. Pobre direito. Fracassamos. E ela é titular. Da USP. Insurreta. Olha que sou educado na minha resposta!", disse. 

Na sequência, a deputada, que foi uma das responsáveis pelo golpe de 2016, disparou: "Tem Professor de Direito que não sabe ler! Famoso blog petista, com base na ánalise (sic) de um docente "isento", está espalhando que eu teria pregado que, uma vez eleito, Lula não tomasse posse. Jamais disse isso! Disse e digo que o Senado precisa ser pensado para resistir...".

Vale lembrar que Janaína já foi reprovada de concurso na USP para professora de direito titular. 

Janaina Paschoal prega "resistência" paulista em caso de vitória de Lula

 Parecerista do golpe de estado de 2016 propõe mais um ataque à democracia

Janaina Paschoal (Foto: Alesp)

247 – A deputada estadual Janaina Paschoal, que escreveu o parecer encomendado por R$ 45 mil pelo PSDB para embasar o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff por "pedaladas fiscais", está propondo mais um ataque à democracia. Desta vez, ela prega resistência dos paulistas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele vença as eleições presidenciais – o que provocou a indignação do professor e jurista Lênio Streck. Confira:


1,3 milhão de famílias aptas ainda não receberam o Auxílio Brasil, indicam dados

 O Ministério da Cidadania estaria restringindo os dados das famílias, que são sensíveis tendo em vista as eleições

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Em março, chegou a 1,3 milhão o número de famílias brasileiras que estão habilitadas para o Auxílio Brasil, mas ainda não estão recebendo o benefício. Já em fevereiro, a demanda reprimida era de 1 milhão de famílias. Os dados são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e do Cadastro Único (Cecad), do Ministério da Cidadania, e foram divulgados pelo Estadão.

Desse grupo, 8 mil são famílias em situação de rua, que, de acordo com as regras do antecessor, o Bolsa Família, teriam prioridade na fila. Outras 233 mil famílias têm filhos com até 4 anos de idade. 

De acordo com a Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), um dos entraves é o fato de que alguns brasileiros em situação de vulnerabilidade não conseguem sequer completar o cadastramento nos Centros de Referência de Atendimento Social dos municípios, que são responsáveis pelo cadastramento inicial. Além disso, há o represamento de famílias habilitadas. Não é possível cravar a quantidade exata de pessoas que esperam atendimento, afirma a entidade. 

Segundo o Estadão, o Ministério da Cidadania está restringindo os dados, que são sensíveis tendo em vista as eleições.

Governo Bolsonaro usa dinheiro do SUS para beneficiar políticos aliados

 Dinheiro do SUS se transformou durante o governo Bolsonaro em instrumento de barganha política

SUS - Sistema Único de Saúde (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - O governo de Jair Bolsonaro entregou a aliados no Congresso o controle do dinheiro destinado a serviços de saúde nos estados e municípios. 

Fonte de recursos utilizados para bancar compras de ambulâncias, atendimentos médicos e construção de hospitais, o Fundo Nacional de Saúde (FNS) distribuiu em 2021 boa parte dos R$ 7,4 bilhões em emendas de relator a redutos eleitorais de caciques do Centrão, ignorando critérios técnicos. Segundo o relator do Orçamento deste ano, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o FNS se tornou um “instrumento de negociação” política. A informação é do jornal O Globo.

Parte dos pagamentos do FNS ocorre numa modalidade conhecida como “transferência fundo a fundo”. Segundo essa modalidade, o dinheiro do Orçamento vai para o fundo nacional e, de lá, é repassado diretamente para um fundo estadual ou municipal de saúde. Dessa forma, a verba indicada por deputados e senadores se mistura a outras fontes de recursos, o que dificulta a identificação dos gastos. 

O dinheiro distribuído pelo governo por critérios políticos beneficia cidades dirigidas por aliados de Bolsonaro.  

O uso de fundos municipais de saúde para desvio de dinheiro tem sido alvo de investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).