sexta-feira, 13 de maio de 2022

Petroleiros prometem maior greve da história se Bolsonaro tentar privatizar a Petrobrás

 Alerta foi feito por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros

Deyvid Bacelar (Foto: Reuters | Reprodução/Facebook)


Da Rede Brasil Atual  O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), Deyvid Bacelar, afirmou nesta quinta-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) verá “a maior greve da história da categoria”, caso avance na intenção de privatizar a Petrobras. Trata-se de mais uma tentativa do governo de desviar a atenção da atual política de preços da estatal, que vem provocando a explosão dos preços dos combustíveis no Brasil. Bacelar ressalta que a privatização da maior empresa brasileira também não é solução para reduzir os preços aos consumidores.

“Ao invés de buscar um ‘bode expiatório’ para enganar a população, fingindo preocupação, Bolsonaro deveria assumir o papel de mandatário e acabar com essa política de preços covarde, que vem levando o povo cada vez mais à miséria”, afirmou pelo Twitter.


O coordenador-geral da FUP lembrou que os petroleiros já aprovaram estado de greve, no final do ano passado, contra as ameaças de privatização da Petrobras. “Bolsonaro, repito: você vai ver a maior greve da história da categoria petroleira caso ouse pautar a privatização da Petrobras”.

Os petroleiros afirmam que Bolsonaro “finge” não ter responsabilidade sobre o aumento dos combustíveis. No entanto, o governo federal é o acionista majoritário da Petrobras. Bolsonaro indica não apenas o presidente da estatal, como a maior parte dos integrantes do Conselho Administrativo. Nesse sentido, se houvesse vontade política, Bolsonaro poderia ordenar mudanças na política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que a Petrobras adota desde 2016, após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff


A resposta de Deyvid Bacelar ao pedido de Sachsida foi imediata: “Vale lembrar ao Bolsonaro, ao novo ministro e ao novo presidente da Petrobras que a categoria petroleira aprovou estado de greve no final de 2021, caso o governo ouse pautar no Congresso Nacional a privatização”.

Vale lembrar ao Bolsonaro, ao novo ministro e ao novo presidente da Petrobrás que a categoria petroleira aprovou estado de greve no final de 2021, caso o governo ouse pautar no Congresso Nacional a privatização da Petrobrás.

Às vésperas das eleições, são remotas as chances do processo de privatização da Petrobras prosperar nesse momento. Nesse sentido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que o tema “não está no radar ou na mesa de discussão”. “O momento é muito ruim para isso”, acrescentou.

“Estudos podem ser feitos, conforme anunciou o novo ministro das Minas e Energia. Que sejam os mais bem feitos. Mas entre o estudo e a concretização há uma distância longa” afirmou. Após encontro com secretários estaduais de Fazenda para discutir a alíquota do ICMS sobre a gasolina, Pacheco também afirmou que a Petrobras e a União precisam fazer mais para conter os preços dos combustíveis.

Com a finalidade de controlar os preços dos combustíveis, defendeu a criação de um fundo de estabilização. A proposta para criação desse fundo já foi aprovada no Senado há dois meses. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), considera que a proposta não é prioridade.

Isso porque Guedes é contra utilizar os dividendos que a União recebe da Petrobras para custear esse fundo. Especialistas também criticam a retirada de um imposto sobre exportação de petróleo bruto que também serviria para custear esses esforços de estabilização.

Medo do mercado

Bolsonaro não mexe no PPI para não perder o apoio político do mercado financeiro. Em função da alta do petróleo no mercado internacional, o PPI rendeu mais de R$ 100 bilhões em dividendos aos investidores no ano passado. Só em relação ao primeiro trimestre desse ano, a Petrobras vai pagar mais R$ 48,5 bilhões aos acionistas. Os resultados obtidos pela estatal superam os de gigantes do setor, como das norte-americanas Exxon Mobil e Chevron.

Por outro lado, somente de janeiro de 2019 para cá, a gasolina acumula alta 155,8% nas refinarias. O diesel subiu 165,6%, e o GLP aumentou 119,1%, com o preço médio do botijão de gás de cozinha acima de R$ 120,00. Além disso, como a maior parte dos produtos no Brasil são transportados em caminhões, os seguidos reajustes do diesel acabam impactando em todos os setores da economia, servindo, assim, como um dos principais combustíveis para o aumento da inflação.

Elon Musk diz que acordo com Twitter está temporariamente suspenso

 Em post, bilionário apontou pendências sobre a quantidade de contas falsas na plataforma de mídia social

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

247 - O bilionário Elon Musk afirmou nesta sexta-feira (13) que o acordo para a compra do Twitter está "temporariamente suspenso". Segundo Musk, detalhes sobre contas falsas ainda estão em discussão.

"O acordo (para a compra) do Twitter temporariamente suspenso por pendências em detalhes que sustentam que contas falsas de fato representam menos de 5% dos usuários", afirmou, em um post na rede social.

No final de abril, o homem mais rico do mundo anunciou um acordo para comprar a rede social por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões).

O negócio tem sido alvo também de contestação de acionistas. No último dia 6, Musk e a rede social foram processados ​​pelo Orlando Police Pension Fund, um fundo de pensão da Flórida, que busca impedir o magnata de concluir a compra da empresa de mídia social antes de 2025.


Medidas que trouxeram fome e pobreza ao Brasil foram implantadas há seis anos por Temer, após o golpe de estado contra Dilma

 Agenda neoliberal desastrosa vem sendo mantida por Jair Bolsonaro

Dilma Rousseff, Bolsonaro e Temer (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian | Alan Santos/PR)

247 – A destruição econômica do Brasil foi iniciada há seis anos, em 13 de maio de 2016, quando Michel Temer assumiu a presidência da República, após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Suas medidas econômicas, que trouxeram fome, destruição e miséria ao Brasil, vêm sendo mantidas por Jair Bolsonaro, com resultados desastrosos. Saiba mais:

Brasil de Fato – Há exatos seis anos, em 12 de maio de 2016, o Senado aprovou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A sessão, que começou no dia anterior, durou mais de 20 horas. No início da manhã do dia 12 o golpe recebeu o aval dos senadores e a então presidenta foi afastada do cargo – naquele momento, de maneira provisória.  

Com a promessa de destravar a economia e criar empregos, Michel Temer (PMDB) assumiu a presidência da República. Inaugurou-se então uma era de destruição de direitos trabalhistas, que deixou a população pobre ainda mais vulnerável à crise que estava por vir.

Durante a votação no Senado, em maio de 2016, parlamentares favoráveis ao impeachment demonstravam entusiasmo. “Hoje cumprimos nosso papel de pensar um país melhor”, anunciava Zezé Perrella (PMDB). Magno Malta (PL) foi mais longe: “Estamos diante de um corpo febril que vai ter restituída sua saúde”.

Mas houve quem avisasse. Entre senadores contrários, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que as “medidas que estão sendo anunciadas para o futuro” eram na verdade “um salto para o passado”. Ouvidas ou lidas hoje, as palavras do senador Telmário Mota (PROS) parecem até proféticas: “O prejuízo maior será da população”.

Em 2022, a inflação, a queda na renda do trabalho e o desemprego fazem com que o Brasil seja um país habitável apenas para os ricos. Esse cenário é possível graças a muitas medidas que só puderam ser tomadas sem Dilma na presidência.

A origem dos aumentos sequenciais nos combustíveis 

impeachment de 2016 foi resultado de insatisfações de parte da elite política – descontente com o diálogo de Dilma com o Congresso – e econômica, que exigia cortes mais drásticos nos gastos públicos e redução nos custos com mão de obra. A avaliação é de especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato

O documento “Ponte para o Futuro”, do PMDB (hoje MDB), materializava, já em outubro de 2015, o pacto de Temer com esses interesses. A primeira medida, em dezembro de 2016, foi a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou os investimentos em áreas como saúde e educação por 20 anos.

Sob Temer, em outubro de 2016, a Petrobras passou a calcular o preço dos combustíveis com base no mercado internacional e a repassar aumentos com maior frequência aos consumidores. Era a implementação do chamado Preço de Paridade de Importação (PPI).

O PPI é um dos grandes responsáveis pelo descontrole no preço dos itens básicos que corrói o salário dos trabalhadores, como o gás de cozinha e os alimentos. Segundo especialistas, o combustível caro tem influência direta nas altas de preços de outros segmentos da economia e produz uma alta generalizada. 

O resultado está nos dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 11,3%. É o maior índice dos últimos 27 anos e uma das maiores altas desde a criação do Plano Real.

Trabalhadores sem trabalho e sem direitos

Em março de 2017 o Congresso aprovou a “terceirização irrestrita”, mesmo quando se trata da atividade-fim das empresas em questão. Era o prenúncio da reforma trabalhista, que tramitou no Congresso em tempo recorde e foi aprovada em julho do mesmo ano.

Mais de 200 modificações na legislação foram introduzidas, segundo o Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização. Só na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foram 130 alterações. Nenhuma delas ampliou direitos dos empregados frente aos empregadores.

Com menos direitos, os trabalhadores sem carteira assinada e “por conta própria”, que se tornaram maioria em 2017, foram os mais atingidos, e hoje dependem de um auxílio emergencial que não banca nem metade da cesta básica. 

O chamado “trabalho intermitente”, previsto na reforma, radicalizou essa situação. Nessa modalidade, o trabalhador fica à disposição da empresa para trabalhar quando ela precisar.

Os contratos intermitentes, que estavam entre as principais apostas da equipe econômica de Temer para geração de empregos, representaram 19% das novas contratações com carteira assinada no Brasil em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Em 2019, 25% dos contratos intermitentes não tiveram uma hora de trabalho, nem rendimento. 

O fim do Ministério do Trabalho, o desinvestimento nos órgãos de fiscalização e a extinção da contribuição sindical obrigatória desestruturaram a organização dos trabalhadores, dificultando uma reação organizada contra as medidas.

O “negociado sobre o legislado” também passou a vigorar, como queria parte do setor empresarial desde os anos 1990. Ou seja, o resultado da negociação entre patrão e empregado, em condições evidentemente desiguais, pode se sobrepor ao texto da lei.

A cereja desse bolo, com gosto amargo para os trabalhadores, era a reforma da Previdência. Em 2018, ano eleitoral, Temer não conseguiu aprová-la. A tarefa coube ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que sancionou em 2019 a lei aprovada pelo Congresso – com regras mais favoráveis para militares, que formam sua base de apoio.

Consequências 

Entre fevereiro de 2019 e fevereiro deste ano, a cesta básica aumentou 48,3%. O preço passou, em média, de R$ 482,40, para R$ 715,65 no período. A alta é o dobro da inflação acumulada, de 21,5%, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE.

Transporte e alimentação contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março, confirmando que a inflação é muito mais alta para os pobres, que usam transporte público e gastam praticamente todo o salário com alimentação. Com preços nas alturas, o gás de cozinha teve alta de 6,6% só no mês de março.

Mais da metade da população brasileira vive com algum grau de insegurança alimentar — 116 milhões de pessoas no total. Ao menos 19 milhões estão passando fome, situação agravada pela pandemia e pela crise econômica do país nesses seis anos a partir do afastamento de Dilma.

Os dados são do final de 2021, de acordo com um levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).



Câmara aprova MP que permite emprego sem carteira e salário menor que o mínimo

 O projeto comprova que a obsessão do governo de Jair Bolsonaro (PL) em retirar direitos trabalhistas está cada vez mais evidente

(Foto: Reuters)

Rede Brasil Atual - A CUT e juízes do trabalho criticam aprovação pela Câmara dos Deputados da Medida Provisória (MP) 1.099/2022, que cria o chamado Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário. A proposta, aprovada nessa quarta-feira (11) no plenário da Casa, é direcionado a jovens de 18 a 29 anos e a pessoas com 50 anos ou mais sem emprego formal há mais de dois anos. A MP institui um programa de serviço civil voluntário remunerado por bolsas pagas pelos municípios e vinculado à realização de cursos pelos trabalhadores que forem selecionados.

A matéria comprova que a obsessão do governo de Jair Bolsonaro (PL) em retirar direitos trabalhistas está cada vez mais evidente. Uma outra MP (nº 1.045), com o mesmo teor, já havia sido encaminhada pelo governo, passou pela Câmara, mas foi derrotada no Senado, em setembro do ano passado.

Na ocasião, a derrota se deu graças à mobilização popular promovida sobretudo pelas centrais sindicais. Também se empenharam na derrubada da proposta entidades como Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Ministério Público do Trabalho (MPT), que conseguiram demonstrar aos senadores os enormes prejuízos que a medida traria aos trabalhadores e trabalhadoras.

Agora, o governo volta com a mesma proposta de “trabalho voluntário” graças a emendas da deputada bolsonarista, Bia Kicis (PL-DF), incluídas na nova medida provisória.

De acordo com o texto da MP, o programa terá duração de dois anos e será bancado integralmente pelas prefeituras – não haverá repasse de verbas federais ou estaduais. Os trabalhadores contratados terão jornada máxima de 22 horas semanais, não podendo ultrapassar oito horas diárias. A “bolsa” paga será de R$ 5,51 por hora, equivalente ao valor da hora de trabalho estipulada no salário mínimo. Com isso, o salário médio deverá entre R$ 480 R$ 580. As prefeituras terão apenas que garantir vale-transporte, ou qualquer outro meio de locomoção, além de seguro contra acidentes pessoais. Direitos como 13º salário, FGTS, contagem de tempo para aposentadoria e outros estão excluídos.

A MP dá prioridade para as contratações aos beneficiários do Auxílio Brasil ou de outro programa de transferência de renda que vier a substituí-lo e integrantes de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Inconstitucional

O movimento sindical já se articula novamente, com a Anamatra, o MPT, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades civis que defendem o trabalhador, para que os senadores rejeitem também essa nova MP.

O secretário de Assuntos Jurídicos da CUT Nacional, Valeir Ertle, é enfático ao destacar o caráter exploratório da MP requentada por Bia Kicis. “É um absurdo o governo requentar uma medida provisória por não aceitar a derrota. Eles insistem em precarizar as relações de trabalho, não dando nenhuma garantia social, como previdência e outros direitos. E ainda quer que o trabalhador ganhe menos do que o salário mínimo”, disse o dirigente. “O próprio nome do programa ‘trabalho voluntário’ é equivocado. O trabalhador tem de ganhar pela riqueza que gera”, acrescentou.

Em nota, a Anamatra afirma que a MP é inconstitucional e condenou a aprovação do texto pelos deputados federais, e em especial Bia Kicis. “O texto do projeto de lei de conversão apresentado pela senhora relatora insiste no equívoco de inserção de matéria estranha ao objetivo original da proposição, que deveria – como determina a Constituição –, se limitar a eventuais aperfeiçoamentos no texto da MP voltada à criação do Programa Nacional de Prestação de Serviço Voluntário e o Prêmio Portas Abertas”, diz a Anamatra.

A Anamatra critica ainda a linha de atuação do Poder Executivo, “que se utiliza do instrumento constitucional da medida provisória para enveredar verdadeira reforma trabalhista, situação que se constata em razão da quantidade de temas, normativos e dispositivos de matéria trabalhista alterados por medidas provisórias editadas em sequência, sem o prudente debate, gerando insegurança jurídica”.

MP é só prejuízo

Por sua vez, a CUT Nacional já se posicionou francamente contrária à aprovação da MP 1.099. “O interesse por trás de todas as ações do governo atual, com relação ao trabalho, é precarizar e flexibilizar”, diz a central. Também alerta que, caso o programe alcance seus objetivos de flexibilização e precarização do trabalho como um todo, “tende a se prolongar no tempo e no espaço”. Com isso, pode ser facilmente estendido para as atividades privadas, atingindo os objetivos anteriormente pretendidos por Bolsonaro, com a criação da carteira de trabalho verde e amarela.

A central alerta que a MP, inclui iniciativas de inclusão voltada a jovens, PcDs e adultos maiores de 50 anos, porém estas iniciativas não estão inseridas em um sistema de garantias que impossibilite a exploração destas pessoas. Também destaca que os postos de trabalho que possam vir a ser criados poderão também “concorrer efetivamente com as atividades municipais normais e cotidianas”. Ou seja, se tornarem “mero subterfúgio para a contratação precária em substituição da contratação formal” no serviço público.

“A contratação para frentes de trabalho específicas, determinadas, com objetivos e interesses públicos previamente estabelecidos, com tempo de duração razoável, eventualmente poderia ser desejável e inclusiva. Mas nunca permitindo a criação de um novo perfil profissional precário: o trabalhador e a trabalhadora permanentemente voluntários”, acrescenta a nota da CUT.

A MP 1.099 é omissa ainda em relação à fiscalização do Programa, alerta a Central, lembrando que o Brasil possui 5.570 municípios e que o Ministério do Trabalho sofre com falta de auditores fiscais do trabalho e cortes em seu orçamento. Se um prefeito, por exemplo, estabelecer jornada maior que oito horas ao dia ou mais que 22 horas semanais, possivelmente não será flagrado e eventualmente punido por desrespeitar a norma da MP.

Por fim, conclui a central, o efeito final da MP nº 1.099 será basicamente o incentivo à maior precarização das condições de trabalho.

Oposição tentou impedir

Deputados do Psol, do PCdoB, do PT, do PSB, do PV e da Rede criticaram o texto da MP 1.099 e tentaram adiar a votação em Plenário. Nesse sentido, o deputado José Guimarães (PT-CE) avaliou que a proposta é “a síntese da improvisação”. “Esta medida provisória traz precarização, não garante direitos. Faz contratações provisórias daquelas pessoas, coitadas, que estão no mundo da amargura, desempregadas, e que serão contratadas apenas com objetivo eleitoreiro. Porque a qualquer momento essas pessoas podem ser demitidas”, disse o parlamentar

Da mesma forma, a líder do Psol, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), avaliou que a medida provisória é “eleitoreira” e vai piorar as relações de trabalho no País. “São contratações sem nenhum vínculo empregatício, sem nenhum direito trabalhista ou previdenciário assegurado, com um valor salarial de R$ 572. Isso é cerca de 47% do valor de um salário mínimo”, criticou.

O Plenário, entretanto, rejeitou todos os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto.

Destaques rejeitados:

Um destaque do PT pretendia restringir a duração do programa apenas a 2022, conforme texto original. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) também apresentou emenda para garantir outros direitos ao participante do programa, como licença de saúde de 15 dias, licenças maternidade e paternidade e pagamento de contribuição ao INSS. Ademais, ele também defendeu que o piso da bolsa deveria equivaler a um salário mínimo. Nesse sentido, outra emenda do deputado André Figueiredo (PDT-CE) também pretendia garantir o mínimo como piso do programa. Mas a maioria dos deputados rejeitou essas propostas.

Outra emenda, do deputado Valmir Assunção (PT-BA), pretendia garantir o pagamento de auxílio-alimentação aos beneficiários do programa. Sâmia Bomfim defendeu o pagamento do INSS e do FGTS pela União. Dessa maneira, os participantes poderiam contar o período de trabalho como tempo de serviço e tempo de contribuição para todos os fins previdenciários. O plenário da Câmara, no entanto, também recusou essas propostas.

* Com informações da Agência Câmara de Notícias e da CUT Nacional

Bolsonaro tenta enganar novamente eleitores ao anunciar ações legais contra a Petrobrás

 Jair Bolsonaro não mudou a política de preços da empresa, que causou a disparada do gás, da gasolina e do diesel, porque não quis

Bolsonaro e frentista abastecendo veículo (Foto: Reuters)

247 – Jair Bolsonaro, que já demitiu presidentes da Petrobrás e até um ministro de Minas e Energia para tentar transmitir aos eleitores a ideia de que não concorda com a disparada nos preços do gás, da gasolina e do diesel, lançou mais um factoide, em sua live, ao dizer que estuda medidas legais contra a estatal. Até agora, Bolsonaro não alterou a política de combustíveis, implantada após o golpe de estado de 2016, porque não quis e é, portanto, o principal responsável pela disparada da inflação no Brasil. Saiba mais:

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro cobrou nesta quinta-feira responsabilidade social da Petrobras, após criticar o que considera "lucros absurdos" da empresa, e indicou que adotará iniciativas por "vias legais" para conter a alta dos preços dos combustíveis, ressalvado que não será uma "interferência".

"Estamos buscando maneiras legais para fazer com que a Petrobras cumpra com o seu papel social, definido na Constituição e também em leis. Não podemos estar subordinados a decisões do conselho, que está abaixo obviamente das leis e da Constituição", disse Bolsonaro em uma transmissão nas redes sociais.

"Não haverá interferência na Petrobras a não ser pelas vias legais, ou seja, ações judiciais e também junto à Advocacia-Geral da União (AGU) para que um parecer vinculante a isso também passe a valer", acrescentou.

Para o presidente, é "inadmissível o lucro abusivo" que a Petrobras tem, bem como o descumprimento de leis -- embora ele não tenha sido explícito sobre qual lei estaria sendo descumprida pela empresa.

Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a pedido de comentário.

Na transmissão, feita em cima de um caminhão após um evento público no interior paulista, Bolsonaro afirmou que a alta do preço da gasolina se deve "em grande parte" à própria Petrobras. Segundo ele, parece que a estatal "não quer cumprir o seu papel social como prevê a nossa Constituição".

"Então, em um momento como esse, o lucro da Petrobras está na casa dos 30%, o dobro das maiores petrolíferas do mundo", afirmou. "Eles baixaram a sua margem de lucro tendo em vista a questão da guerra da Ucrânia e do pós-pandemia. Apenas a Petrobras está faturando cada vez mais em cima do sofrimento do povo brasileiro".

Na véspera, o presidente trocou o titular do Ministério das Minas e Energia, exonerando Bento Albuquerque e colocando no lugar Adolfo Sachsida. O presidente também mudou no mês passado o comando da estatal.

Rio de Janeiro treme com possibilidade de Adriana Belém fazer delação

 Operação encontrou R$ 1,8 milhão na casa de delegada

Adriana Belém (Foto: Reprodução (Instagram))

Por Guilherme Amado, no portal Metrópoles Juízes, desembargadores, promotores e principalmente delegados do Rio de Janeiro estão suando frio nos últimos dias desde que foi presa Adriana Belém, a delegada em cuja casa foi encontrado R$ 1,8 milhão.

A razão é o medo de que Belém faça uma delação premiada, o que, até agora, ainda está longe de ser algo cogitado pela advogada da delegada, Luciana Pires, que também representa Flávio Bolsonaro, o governador, Cláudio Castro, e o presidente da Assembleia do Rio, André Ceciliano.

Oficialmente, o discurso é o contrário: Belém não teria nada a delatar. A ver.

No dia da falsa abolição, ativistas reforçam a denúncia do genocídio negro no Brasil

 Douglas Belchior e Sheila Carvalho entraram com uma ação no STF que busca "reconhecimento, justiça e reparação" diante do "genocídio negro brasileiro"

(Foto: Reprodução)

247 - Neste dia da abolição da escravatura, Douglas Belchior e Sheila Carvalho, ambos da Coalizão Negra por Direitos, entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que busca "reconhecimento, justiça e reparação" diante do "genocídio negro brasileiro". 

Em artigo na Folha de S.Paulo, eles afirmam que o dia de hoje marca o que, na verdade, foi uma "falsa abolição". Os ativistas denunciam denunciam o "silêncio" dos brancos sobre as mortes de negros pelas forças de segurança:

"Criamos diariamente estratégias com o propósito de nos manter vivos -- dentro e fora das institucionalidades. Afinal, como canta Emicida, 'tudo que nóis tem é nóis'".

"Cada um que é interrompido leva um pouco de nós. A cada morte denunciamos, gritamos, cobramos resposta, tentamos cuidar dos que ficam. Mas para cada morte tudo que se encontra fora do 'nós' é silêncio, apatia, anuência com a política de morte que nos aniquila", escrevem.

Sobre a ADPF, eles afirmam que ela representa uma "denúncia do genocídio negro brasileiro". Também defendem políticas capazes de "sustar a violência" e que gerem reparações pelos "danos causados por esta a tantas famílias negras": 

"A ADPF pelas vidas negras traz uma sinalização positiva de novos tempos ao ser proposta em uma grande aliança partidária de frente ampla —PT, PSOL, PC do B, PV, Rede, PSB, PDT. Torcemos para que esse seja um indicativo de que os partidos também estejam dispostos a romper com a lógica do Brasil colonial e racista".

Delegado da PF é rebaixado de cargo após investigar filho de Bolsonaro

 Delegado Hugo de Barros Correa foi superintendente da PF no DF e agora é o responsável pela implementação do plano de saúde

Jair Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)


247 - O delegado Hugo de Barros Correa, antigo superintendente da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal (DF), foi rebaixado de cargo na corporação após mexer em alguns "vespeiros", informa a coluna do Estado de S. Paulo. Agora, ele é o responsável pela implementação interna do plano de saúde.

Correa trabalhou com o inquérito que investiga Jair Renan, filho 04 de Jair Bolsonaro, e o das fake news, que incorporou as investigações contra o chefe de governo sobre os ataques às urnas eletrônicas.

Lula denuncia inflação de alimentos e combustíveis: Brasil merece mais

 


247 - O ex-presidente Lula (PT) denunciou nesta quinta-feira, 12, no Twitter, o alto preço dos alimentos e dos combustíveis, destacando que os principais pontos que elevam a inflação são preços administrados pelo governo, como energia elétrica e óleo diesel.

“Hoje, 50% da inflação no Brasil acontece por preços administrados pelo governo, como energia elétrica e óleo diesel. Se fossem responsáveis com o povo, já teriam baixado o preço da gasolina, dos alimentos. Mas só sabem contar mentiras. O Brasil merece mais! Boa noite”, publicou Lula.



quinta-feira, 12 de maio de 2022

Bolsonaro diz que não sabe de onde Fachin tirou ‘fantasma’ sobre interferência de militares nas eleições

 


247 - Jair Bolsonaro afirmou quinta-feira (12) que as Forças Armadas “não estão se metendo nas eleições”, após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin dizer que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”.

Durante transmissão semanal nas redes, Bolsonaro voltou a dizer que os militares foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar do processo de outubro deste ano. “Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas. […] Não se refira dessa forma às Forças Armadas. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro disse ainda que Fachin, agora como presidente, tem poder para revogar a medida de Barroso. “Não estou pedindo para o senhor fazer isso, não. Mas o senhor pode revogar a portaria. Enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas estão convidadas. Não existe interferência. Ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Nada disso”, afirmou.

Apesar das declarações de Bolsonaro, um inquérito da Polícia Federal mostra que o general Luiz Eduardo Ramos e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), ligada ao Gabinete de Segurança Institucional chefiado pelo general Augusto Heleno, atuaram na busca de informações contra as urnas eletrônicas desde 2019


Hackers da 'Vaza Jato' agiram sozinhos e não foram pagos, conclui PF

 


247 - Os hackers acusados de vazar informações de procuradores da Lava Jato, Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, não foram pagos e agiram sozinhos, segundo a Polícia Federal. Os hackers da ‘Vaza Jato’ revelaram as ilegalidades da força-tarefa, que, sob o comando do ex-juiz parcial Sergio Moro e Deltan Dallagnol, agiu de maneira criminosa para condenar o ex-presidente Lula (PT) sem provas.

Diante da decisão da PF, agora cabe ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, acatar, ou não, a solicitação do Ministério Público Federal para arquivamento do processo, informa o Uol.

"A análise bancária em confronto com os dados compartilhados pela Operação Spoofing não identificou um possível agente que tenha solicitado ou determinado aos investigados a invasão aos dispositivos eletrônicos de autoridades públicas oferecendo ou fornecendo uma contrapartida financeira para a prática dos delitos investigados, tendo como objetivo embaraçar investigações criminais envolvendo organizações criminosas sendo que a movimentação bancária atípica, identificada, é decorrente de atividades ilícitas relacionadas com fraudes e furtos eletrônicos que ainda é alvo de investigações em Inquérito Policial junto ao Departamento de Polícia Federal no Distrito Federal".

O jornalista Joaquim de Carvalho, em 2021, realizou um documentário para a TV 247 no qual conta a história de Delgatti Neto e explica como o hacker mudou a história do Brasil ao denunciar os crimes da Lava Jato. Confira:



Facebook e Whatsapp: Meta anuncia coordenação para combater desinformação e disparos em massa na eleição

 


Metrópoles - A Meta, empresa que controla Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou, nesta quinta-feira (12/5), que criará um centro de monitoramento para o conteúdo divulgado durante as eleições brasileiras de 2022. O grupo, no entanto, afirmou que apenas reduzirá o alcance de fake news nas redes sociais, mas não excluirá as postagens.

A medida faz parte de uma parceria firmada em fevereiro entre a Meta e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Funcionários da empresa no Brasil e nos Estados Unidos controlarão o centro de monitoramento, que já foi testado no Brasil durante as eleições de 2018 e de 2020. As informações das publicações serão analisadas por agências de verificação de fatos.

O monitoramento funcionará a partir de denúncias de possíveis violações às regras das redes. O objetivo é reduzir em 80% o alcance da distribuição de conteúdos falsos. Páginas do Facebook que repetidamente compartilham conteúdos falsos têm todo o seu alcance diminuído, e as publicações poderão receber um rótulo de informação falsa.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Colunista do Globo usa Michelle para atacar Janja e comparar Lula a Bolsonaro

 


247 - A colunista Ruth de Aquino, no jornal O Globo, publicou uma matéria comparando a primeira-dama Michelle Bolsonaro com a noiva do ex-presidente Lula (PT), Rosângela da Silva, a Janja, com quem o petista deve se casar neste mês.

Aquino atacou ambas e aproveitou para afirmar que sente saudade de Ruth Cardoso, que foi primeira-dama brasileira quando era casada com o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB). Criticando o termo primeira-dama, segundo a colunista, Ruth “preferia ser chamada do que era: professora”. A jornalista ainda ressaltou que a ex-esposa de FHC preferia a discrição.

“A discrição saiu de moda, foi cancelada. No caso de Janja, um certo comedimento pegaria bem para quem vai casar com o mais provável futuro presidente do Brasil. Janja começou a namorar Lula no ano da morte de Marisa Letícia, 2017. Socióloga com mestrado, petista de carteirinha, Rosângela Silva (Janja), 55 anos, se derrama em declarações apaixonadas a Lula nas redes”, escreveu, após criticar a noiva do ex-presidente Lula por cantar, “sem voz”, o novo jingle “Sem Medo de Ser Feliz” no microfone durante ato de lançamento do Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil no último final de semana.

“Menos, Janja, menos. Sei, é fácil se deslumbrar. Mas, pelo seu bem e de Lula, precisa se conter. Lula, 76 anos, está enamorado. Parece ansioso em mostrar juventude e virilidade. Ficou famosa a foto dele de sunga, sensualizando as coxas fortes no Ceará. Até que ponto Lula deve se exibir pelos olhos de seu amor, sambando e bebendo? Poupe seu noivo, Janja. O QR Code para seu matrimônio ‘privativo’ é uma boa ideia. Inspire-se em Ruth. Menos é mais”, continua.

Após uma série de críticas a Michelle Bolsonaro, nas quais tenta achar uma comparação entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), fez série de elogios a Ruth Cardoso:

“Ruth Cardoso morreu em 2008. Como primeira-dama, era ‘uma crítica feroz’, dizia FHC, e ele tinha que ouvir, mesmo se não concordasse. Ruth se engajou em movimentos sociais e comunitários, com apoio da sociedade civil e de empresários. Orientava teses de doutorado. Uma vez o jornalista Alberto Dines lhe perguntou, no Roda Viva, se existia machismo na esfera pública. Resposta afiada: ‘Costumo dizer que os lugares mais machistas são os partidos políticos e os sindicatos’. Xará, muito orgulho”.


Lula: mentalidade de quem fez a reforma trabalhista é "escravocrata"

 


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta quinta-feira (12), a retomada de direitos para os trabalhadores e criticou a reforma trabalhista, ao dizer que seus autores têm uma "mentalidade escravocrata".

"A mentalidade de quem fez a reforma trabalhista, a reforma sindical, é a mentalidade escravocrata, de quem acha que sindicato não tem que ter força, não tem representatividade. No mundo desenvolvido em que você tem economia forte, você tem sindicato forte, em qualquer país do mundo. Se você tiver economia forte você tem sindicato forte", afirmou o ex-presidente, que participou da quarta edição do SindiMais.

A "mentalidade escravocrata" citada pelo ex-presidente se reflete nas declarações feitas por Jair Bolsonaro (PL) - em mais um crime de racismo, ele disse que o negro é pesado em arrobas

Em seu discurso, Lula destacou a necessidade de o País retomar os investimentos públicos. "Não haverá teto de gastos no meu governo. Não que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação. Vai ter que gastar no que é necessário", afirmou.