quinta-feira, 12 de maio de 2022

Bolsonaro diz que Moraes quer censurar redes sociais e acusa o ministro de 'patrocinar' inquéritos contra ele

 

"Não existe disparo em massa. Querem arranjar uma maneira de atingir o governo", disse Jair Bolsonaro

(Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)


247 - Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (12) ao afirmar que o magistrado “patrocina” inquéritos sobre disparos em massa de mensagens por aplicativos contra ele . 

“Tem inquéritos lá no Supremo, patrocinados pelo senhor Alexandre de Moraes. Ele vive me acusando de disparo em massa. Quem dispara em massa para mim são as pessoas pelo Brasil, chamadas ‘tias e tios do zap’. Essas pessoas que fazem esse trabalho”, disse Bolsonaro ao Balanço Geral de Maringá (PR), de acordo com o Metrópoles. 

Ainda segundo ele, o objetivo dos inquéritos é atingir o governo e censurar as mídias sociais. “Não existe disparo em massa. Querem arranjar uma maneira de atingir o governo. O senhor Alexandre de Moraes quer censurar as mídias sociais, isso não pode acontecer, porque é a nossa liberdade de imprensa. A mídia tradicional nada fala a respeito disso aí”, afirmou. 

No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedentes duas ações que pediam a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão pela prática de abuso do poder econômico por suposto disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp com ataques aos adversários e opositores do governo.  A legislação eleitoral proíbe a prática de disparo de mensagens.

“Não existe disparo em massa. Querem arranjar uma maneira de atingir o governo. O senhor Alexandre de Moraes quer censurar as mídias sociais, isso não pode acontecer, porque é a nossa liberdade de imprensa. A mídia tradicional nada fala a respeito disso aí”, reclamou o chefe do Executivo.

Em março deste ano Moraes determinou a suspensão do Telegram no país por conta do descumprimento de decisões judiciais. A decisão, porém, foi revertida após o aplicativo se comprometer a adotar medidas para combater fake news. 

Nesta semana, a plataforma atualizou suas regras e, agora, determina que o aplicativo não deve ser usado para "atividades reconhecidas como ilegais pela maioria dos países, como terrorismo e abuso infantil. 

Na quarta-feira (11), a rede social suspendeu temporariamente o grupo bolsonarista 'super grupo B-38 oficial', com cerca de 67 mil pessoas. Segundo o Telegram, a suspensão se deveu a postagem de "conteúdo ilegal".


Encontro capacita e valoriza mulher rural

 



Com foco na valorização e capacitação das agricultoras do município, foi realizada hoje o 6º Encontro da Mulher Trabalhadora Rural de Apucarana. O evento, prestigiado pelo prefeito Junior da Femac e pelo vice-prefeito Paulo Vital, foi marcado por palestras e serviços de saúde, como aferição da pressão arterial e teste de glicemia, além de café da manhã.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana, onde aconteceu o evento, Laide Lopes Suzuki, o encontro anual, que está na sua 6ª edição, visa capacitar às mulheres trabalhadoras rurais, valorizando e dando visibilidade ao seu trabalho no campo como profissional geradora de renda.

Uma das palestras, por exemplo, teve como tema “Geração de renda na agricultura familiar (criação de suínos), proferida por Sérgio Kirch da empresa Biribs’s genética suína.

Laide Suzuki destacou a importância da criação do “Espaço das Feiras” para as mulheres rurais mostrarem o que produzem e poder comercializar. “Em Apucarana apoiamos quem trabalha. O Espaço das Feiras é uma demonstração de respeito para quem comercializa na Feira do Produtor. Outro grande avanço foi dar mais agilidade nos processos de liberação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), envolvendo empreendimentos alimentícios e da agricultura familiar. Aproveitem esse dia para cada vez mais tratar a terra com o carinho de mulher”, afirmou o prefeito Junior da Femac.

A secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, disse que o encontro é uma demonstração do empoderamento da mulher rural. “Em Apucarana vocês mulheres também podem contar com o Programa de Economia Solidária para colocar seus produtos a venda. Estamos de portas abertas para receber todas que queiram participar”, convidou Denise.

O evento também teve a participação do Romeo Suzuki, gerente Regional do IDR em Apucarana; Márcia Regina da Silva de Souza, chefe do Escritório Regional da SEJUF em Apucarana;  de representantes do Cresol, Banco do Brasil, do Colégio Agrícola; e atendimento de saúde pela Drogarias Rede Forte.

O encontro é uma realização do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apucarana, com o apoio da Fetaep.

Apucarana realiza a 3ª etapa do Torneio Bocha Paraná



A cancha do Parque Biguaçu, em Apucarana, sediará no dia 21 de maio, a partir das 9 horas, a terceira etapa do Torneio Bocha Paraná de Duplas, em competição que conta com apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura.

O técnico da equipe apucaranense, Edevaldo Roberto Gasparello, que está na coordenação do evento esportivo, disse que o torneio reunirá mais de 25 duplas de todo o Estado. “A competição terá participantes de 17 cidades, com Apucarana devendo ser representada por seis duplas”, destaca Gasparello.

Estão inscritos competidores de Apucarana, Umuarama, Cianorte, Paranavaí, Santa Cruz do Monte Castelo, Altônia, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Palmital, Araruna, Flórida, Maringá, Cornélio Procópio, Santa Mariana, Jandaia do Sul, Ivaiporã, Borrazópolis e Marumbi.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes, destaca que a competição tem o incentivo do prefeito Junior da Femac. “A Prefeitura está apoiando e dando todo o suporte para a realização do torneio, que reunirá os principais jogadores do Paraná. A bocha de Apucarana tem história e está voltando com tudo no pós-pandemia”.

A segunda etapa do Torneio Bocha Paraná de Duplas foi realizada no final do mês passado em Umuarama, com Apucarana sendo representada pelos jogadores Alziro Sarachi, Luiz Carlos Gasparotti, Clodoaldo Correa Gasparotti, Felipe Marlon Laurentino Alves e Edevaldo Roberto Gasparello.

A dupla formada por Luiz e o Clodoaldo (pai e filho) foi eliminada na primeira fase, enquanto Alziro e Felipe chegaram à terceira fase. Edevaldo, que formou dupla com Sebastião Frez, de Umuarama, obteve a quarta colocação. A segunda etapa do torneio contou com a participação de 37 duplas.

Brasil terá frio atípico com 'erupção polar histórica' e 'chuva congelante' nos próximos dias

 Uma intensa onda de frio chegará no Brasil, atípica para o mês de maio

(Foto: Mycchel Legnaghi/ São Joaquim on line)


247 - Uma intensa onda de frio atípico para o mês de maio, vai provocar uma queda acentuada de temperatura a partir da próxima segunda-feira (16) no Brasil, é o que apontam os serviços de meteorologia. Com previsão de neve e "chuva congelante" para estados do Sul e geadas para outros trechos do país. As informações são do portal Yahoo.

Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, destaca que os termômetros devem ficar abaixo de 10°C em São Paulo, salientando que "esse pode ser o episódio de frio mais intenso deste ano."

O frio que se aproxima vem sendo divulgado nas redes sociais como uma "erupção polar histórica". O meteorologista da Climatempo afirma que o termo não existe na literatura da meteorologia, e o que de fato vai ocorrer tecnicamente é o avanço de uma "massa polar", que o especialista classifica como "muito intensa".

De forma direta, serão impactados todos os estados do Centro-Sul do Brasil. O auge será entre os dias 16 e 22.

Bolsonaro fala em armar civis contra "ditadores' e volta a atacar o sistema eleitoral

 Atrás do ex-presidente Lula nas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro voltou a defender o uso de armas por civis em função de uma suposta "ameaça interna de comunização"

Bolsonaro (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)


247 - Em uma nova escalada autoritária, Jair Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro e a defender o uso de armas de fogo por civis para, segundo ele, “resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão”. "Somente os ditadores temem o povo armado”, afirmou em uma sinalização à ala mais radical do bolsonarista e da extrema direita. 

Segundo ele, o armamento civil poderá ser utilizado como "reforço" das Forças Armadas em caso de uma “ameaça externa”. "O Brasil tem uma área que é cobiçada por muitos países que é a região Amazônica. E para vocês, família brasileira, a arma de fogo é uma defesa da mesma e é um reforço para as nossas Forças Armadas porque o povo de bem armado jamais será escravizado”, disse Bolsonaro durante visita à Expoingá, no Parque de Exposições de Maringá (PR., de acordo com a Folha de S. Paulo

Utilizando a Venezuela como exemplo, ele disse que  pior que uma ameaça externa é a "ameaça interna de comunização" do Brasil. Embora não tenha citado nomes, a afirmação faz referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera todas as pesquisas de intenção de voto à Presidência da República. 

“Sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: defende a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo", disse o atual ocupante do Palácio do Planalto durante o discurso.


Sem França, Haddad vence no primeiro turno, diz pesquisa

 No cenário sem França, Haddad chega a 37% das intenções de voto

(Foto: Diogo Zacarias | Reprodução/Facebook)


247 - Segundo levantamento Quaest/Modal para a disputa eleitoral no estado de São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad tem chances de vencer no primeiro turno caso o ex-governador Márcio França saia da disputa. 

Em um cenário sem França, Haddad chega a 37% das intenções de voto, seguido por Tarcísio de Freitas (12%), Rodrigo Garcia (8%), Felicio Ramuth (2%) e Vinicius Poit (2%). Brancos e nulos somam 26% e indecisos, 14%. 

Em outro cenário sem o ex-governador, Haddad tem 39% dos votos, seguido por Tarcísio de Freitas (14%) e Rodrigo Garcia (9%). Brancos e nulos somam 25% e indecisos, 13%

Caso a disputa vá para o segundo turno com França concorrendo, o petista venceria com 38% contra 32% do ex-governador. Em uma disputa contra Tarcísio de Freitas, Haddad também venceria (45% x 23%). França também derrotaria o candidato bolsonarista (42% x 20%). 

Os dados foram coletados entre os dias 6 e 9 de maio por meio de entrevistas face-a-face. A margem de erro é de 2,5 pontos para mais ou para menos e o nível de confiabilidade é de 95%. A pesquisa foi protocolada sob SP-00620/2022 e BR-09290/2022.


Governo leva Agência do Trabalhador Itinerante a Jandaia do Sul e Cambira

 Ação faz parte do programa Emprega Mais Paraná, do Governo do Estado. Mais de 150 vagas já foram captadas. Em Jandaia do Sul atividade será nesta quinta-feira e em Cambira na sexta.

Foto: José Fernando Ogura/AEN

Depois da bem-sucedida ação em Apucarana, o ônibus da Agência do Trabalhador Itinerante segue no Vale do Ivaí e estará em Jandaia do Sul nesta quinta-feira (12) e em Cambira na sexta-feira (13). Mais de 150 vagas de empregos já foram captadas para esta ação, que faz parte do programa Emprega Mais Paraná, do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf).

Em Jandaia do Sul já foram captadas mais de 120 vagas de empregos nas áreas de comércio, serviços, indústria e construção civil. O ônibus atenderá na Praça do Café, no centro da cidade, ao lado da prefeitura, das 9h às 17h.

“Esse ônibus vem para dar oportunidade aos trabalhadores de serem encaminhados para um emprego. Estamos com 120 vagas de emprego para contratação imediata”, destacou Suceli Revelini Varea, gerente da Agência do Trabalhador de Jandaia do Sul.

Já Cambira ainda está em processo de captação de vagas, e por enquanto já tem cerca de 30 confirmadas. Os atendimentos serão realizados na Praça do Calçadão.

Serviço:

Jandaia do Sul

Data: quinta-feira (12/05)

Horário: das 9h às 17h

Local: Praça do Café s/n - Centro

Cambira

Data: sexta-feira (13/05)

Horário: das 9h às 17h

Local: Praça do Calçadão s/n - Centro


Fonte: AEN

JBS supera Nestlé e se torna a maior empresa de alimentos do mundo

 Faturamento anual da empresa chega a R$ 366 bilhões

JBS (Foto: José Barbacena)


247 – A JBS, empresa criada em Goiás pela família Batista, se tornou a maior companhia de alimentos do mundo. "A JBS atingiu um feito que, até poucos anos, seria impensável para uma companhia de origem brasileira. De acordo com um ranking organizado anualmente pela Bloomberg, a firma dos irmãos Batista desbancou a Nestlé como a maior companhia de alimentos do mundo, em faturamento. Em doze meses, a receita líquida da JBS chega a R$ 366 bilhões (o equivalente a US$ 69 bilhões)", aponta reportagem do Valor.

"A JBS acaba de reportar um lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro trimestre, montante expressivo que já vai permitir a antecipação do pagamento de dividendo – R$ 2,2 bilhões, ou R$ 1 por ação. Ainda aproveitando a demanda aquecida por carnes nos EUA, a JBS mais que dobrou o lucro em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando entregou um resultado de R$ 2 bilhões. A expansão da companhia, que fez várias aquisições no ano passado, também ajudou a aumentar o faturamento. No trimestre, a receita líquida da JBS cresceu 20,8%, atingindo R$ 90,8 bilhões", aponta ainda a reportagem.

Valor de emendas do orçamento secreto é maior que o total das verbas de 6 ministérios

 O orçamento secreto é usado como barganha política entre o governo e o Congresso

(Foto: divulgação)

247 - O montante de 2021 de emendas do orçamento secreto revelado pelos senadores, de R$ 2,4 bilhões, supera o orçamento inicial previsto para o ano passado de seis ministérios: Relações Exteriores, Meio Ambiente, Turismo, Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Mulher, Família e Direitos Humanos, informa o G1.

Documentos apresentados por senadores e enviados pelo Congresso ao Supremo Tribunal Federal (STF) detalham a indicação de mais de R$ 3,4 bilhões em emendas de relator nos orçamentos de 2020 e 2021. Os recursos ficaram conhecidos como "orçamento secreto" em razão da falta de transparência e de critérios para a distribuição.

Apesar de alto, o valor apontado ainda está bem abaixo da cifra real destinada pelos parlamentares. Isso porque, dos 81 senadores, apenas 49 cumpriram a determinação de detalhar suas emendas. 

Cracolândia: Policiais cercam praça Princesa Isabel, proíbe barracas e nova praça é ocupada no centro

 No local que se tornou a nova Cracolândia desde março, serão pelo menos 100 agentes fixos, divulgou a prefeitura

(Foto: Reprodução)


247 - A Prefeitura de São Paulo vai colocar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para monitorar a região da Praça Princesa Isabel, na região central de São Paulo, 24 horas por dia, na tentativa de evitar a aglomeração de dependentes químicos e a instalação de barracas que, segundo a polícia, servem para o tráfico de drogas, informa reportagem do jornal Estado de S.Paulo. No local que se tornou a nova Cracolândia desde março, serão pelo menos 100 agentes fixos, divulgou a  prefeitura. A gestão Ricardo Nunes (MDB) também planejar cercar a praça.

A atuação da GCM é a principal providência da Prefeitura após a operação policial que envolveu 650 policiais civis e militares para cumprir 36 mandados de prisão na madrugada desta quarta-feira, 11. Foram feitas 20 prisões. Usuários e traficantes de drogas foram retirados do local e se espalharam por outros pontos do centro. Após a operação, as equipes de zeladoria da Prefeitura realizaram grande limpeza na praça.

A praça Marechal Deodoro, na região entre a Barra Funda e Santa Cecília foi ocupada após o cerco contra a praça Princesa Isabel. 

De acordo com o UOL, moradores do centro afirmaram que havia helicópteros sobrevoando a região desde antes do amanhecer, com a movimentação policial se iniciando por volta de 4h. Vídeos que circulam nas redes sociais desde domingo mostram que dependentes químicos e pessoas em situação de rua já vinham sendo dispersados por policiais militares na área.

Luisa Mell tem convulsão, cai no chão e é internada às pressas

 A ativista surgiu deitada em uma cama de hospital, visivelmente nervosa, e explicou aos seguidores o que estava acontecendo

Luisa Mell (Foto: Reprodução)


247 - Nesta quarta-feira (11), Luisa Mell publicou uma série de Stories em um estado preocupante. A ativista surgiu deitada em uma cama de hospital, visivelmente nervosa, e explicou aos seguidores o que estava acontecendo. "Vocês acreditam em uma coisa dessas? Gente, fui internada ontem, tive uma convulsão. Caí no chão, bati as minhas costas", contou ela, que ainda disse que os médicos ainda não descobriram o que provocou tudo isso. A reportagem é do portal Na Telinha.

"Não sabem ainda o que é, gente. Mas também é muito estresse. Não sei se consigo viver assim, todo mês implorando", continuou, chorando. Em seguida, a loira explicou que vive um estresse muito grande por conta do trabalho de resgate de animais que faz, o que também gera cobrança de todos os lados.

“O Brasil inteiro, todo mundo me pede para eu salvar cachorro. Quando não salvo, falam que eu sou uma farsa. E quando eu salvo, eu não me ajudo. Eu não aguento mais. Eu não sei o que fazer, juro que não sei mais, gente. Não posso me matar deste jeito”, lamentou, chorando e pedindo desculpas. 

Em março, Luisa Mell usou o Instagram para tentar ajudar a bióloga brasileira Vanessa Rodrigues Granovski, que está grávida de 10 semanas, a fugir da guerra na Ucrânia sem ter que deixar seu buldogue para trás. Thor, de 12 anos, havia sido impedido de embarcar porque estavam exigindo a documentação do animal de estimação e alegando que seria perigoso transportar um cachorro de focinho curto.  

Bolsonaro e Mourão explodem gastos no cartão corporativo

 Despesas do presidente aumentaram mais de R$ 2 milhões em relação ao ano passado. Já as do vice mais que dobraram

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Adriano Machado)


Por Guilherme Amado, no Metrópoles - Em ano eleitoral, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão explodiram seus gastos no cartão corporativo. Entre janeiro e maio deste ano, Bolsonaro gastou R$ 8,8 milhões, R$ 2,1 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.

O vice Hamilton Mourão, por sua vez, mais do que dobrou suas despesas aproveitando o cartão corporativo. De R$ 249 mil entre janeiro e maio de 2021, o valor saltou para R$ 531 mil este ano. Mourão será candidato ao Senado, pelo Republicanos, no Rio Grande do Sul, e passou a viajar com frequência para o estado.

Leia a íntegra no Metrópoles

Brasil não avançou no entendimento de quem financia fake news, diz pesquisadora

 “Seria importante que a Polícia Federal e o TSE se envolvessem”, disse Flávia Lefèvre, integrante do Intervozes e da Coalizão Direitos na Rede

(Foto: Reuters | Reprodução)

Brasil de Fato - Desde 2018, o Brasil pouco caminhou na identificação dos setores e grupos que financiam a produção e difusão de desinformação no país, segundo a pesquisadora Flávia Lefèvre, advogada, integrante do Intervozes e da Coalizão Direitos na Rede. 

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral [TSE] ampliou as medidas de combate às notícias falsas durante tendo em vista as eleições presidenciais deste ano, a partir da Comissão de Segurança Cibernética. Os ministros do TSE ampliaram a atuação da comissão a fim de incluir a incidência sobre notícias falsas. Agora a comissão também irá “monitorar, elaborar estudos e implementar ações para combate à disseminação em massa de informações falsas em redes sociais”. 

Antes, o TSE e o Twitter firmaram um memorando de entendimento para juntar esforços no combate à desinformação no processo eleitoral deste ano. Entre as medidas do memorando, o Twitter se comprometeu a criar uma ferramenta em sua plataforma que possibilite aos usuários buscar informações sobre as eleições sem sair da rede.  

Lefèvre celebra as mudanças, mas acredita que ainda são insuficientes para fazer frente à disseminação de desinformação, o que fez com que o Brasil caminhasse pouco na identificação das fontes de financiamento. 

“A gente precisa que as instituições, a Polícia Federal, o Tribunal Superior Eleitoral [TSE] e o Ministério Público Eleitoral sigam o rastro do dinheiro e identifiquem as forças que estão financiando [a desinformação]”, afirma. Leia a entrevista abaixo:

Das eleições presidências de 2018 para cá, a sociedade e as autoridades brasileiras já conseguiram identificar quais são as fontes de financiamento da produção e difusão da desinformação? 

Aqui no Brasil, as pesquisas que foram feitas com base nas eleições de 2018 e que têm sido feitas de lá para cá identificaram que esses grupos estão financiados por forças de direita, não só daqui do Brasil, mas por um financiamento internacional. Mas a gente ainda não conhece esses grupos. Seria importante que a Polícia Federal e o TSE se envolvessem. 

A indústria é muito bem financiada. A gente precisa que a Polícia Federal investigue e chegue nessas empresas. Esse dinheiro não é um dinheiro só brasileiro, mas tem instituições internacionais que financiam que são voltadas para a defesa do neoliberalismo, e a necessidade de sustentação do neoliberalismo não acontece só no Brasil.  

A gente precisa que as instituições, a PF, o Tribunal Superior Eleitoral [TSE] e o Ministério Público Eleitoral sigam o rastro do dinheiro e identifiquem as forças que estão financiando essas figuras. Não dá para achar que é uma coisa de um partido específico do Brasil. Pelo contrário, é um movimento global. 

Entre o primeiro e segundo turno das eleições de 2018, quando houve aquela publicação da Patrícia Campos Mello [da Folha de S. Paulo], denunciando o patrocínio por empresas dessas campanhas de desinformação, teve uma coletiva de imprensa do TSE, presidida pela ministra Rosa Weber na época. Ela disse aos jornalistas que fake news sempre existiram, que não tinha como reagir e caso alguém soubesse de alguma solução deveria dizer. Eles ignoraram. 

Não é orgânico, a difusão é artificial. O PSL, na legislatura anterior, tinha oito deputados. Depois das eleições de 2018, passou a ter 54 deputados. Isso não é um resultado orgânico. Isso é nitidamente um resultado artificial, que foi consequência da propaganda ilegal usando o WhatsApp em 2018, e que não teve reação devida do TSE. 

É muito difícil conter a difusão a partir do momento em que cai na rede, ainda mais quando a gente pensa que isso acontece pelos serviços de mensagens, que são protegidos. Então precisa ter uma estrutura, inclusive da PF que precisa estar habilitada para acompanhar esse tipo de crime eleitoral. Não é fácil, é desafiador.  

Para confrontar essas forças de direita ultra neoliberais, precisa ter uma rede muito bem articulada entre as instituições, os partidos, a sociedade civil e o terceiro setor, de modo que os eleitores possam estar mais informados e tenham canais para se informar, porque só com base na informação é possível combater esse tipo de ilícito.  

Como deve funcionar a produção e distribuição de notícias falsas nas redes sociais nesse ano eleitoral? A gente pode esperar alguma mudança em relação aos anos eleitorais anteriores? 

Isso [notícia falsa] aí já virou uma técnica que não começou aqui no Brasil, mas entre os grupos fascistas de todo o mundo que não conseguem ganhar as eleições pelo voto, por causa das pautas impopulares que defendem, restando explorar o medo e a insegurança das pessoas. Então, a primeira coisa que se faz é a identificação desses medos e inseguranças. Aqui entram também as questões ligadas às pautas identitárias e as questões religiosas.  

Um bom exemplo foi aquele caso clássico que aconteceu em 2018 com a Cambridge Analytica. Empresas de marketing político utilizam dados dos usuários que captam das redes sociais para identificar e formar perfis de eleitores, fazendo a perfilização das pessoas. E aí definem mensagens e notícias falsas para difundir para esses perfis, de acordo com as questões de medo e insegurança identificadas.  

Por exemplo, na época da eleição de 2018, esses produtores e divulgadores de notícias falsas começaram a difundir a notícia de que se o Haddad ganhasse, ele ia soltar os presos. Aí as pessoas ficaram morrendo de medo.  

Identificam-se essas questões para depois utilizar ilegalmente dados pessoais para formar perfis de eleitores e a partir disso desenvolver uma máquina de difusão e desinformação de mensagens que estimulam o ódio, o medo e a discriminação. 

E a difusão dessas notícias? Como é feita? 

Existe um efeito cruzado entre os canais de Youtube, como Terça Livre, Mamãe Falei e outros canais de direita, onde se produz as notícias, e a partir dali alguns trechos dos conteúdos vão para os serviços de mensageria privada, como WhatsApp, que foi usado largamente nas últimas eleições, Telegram, TikTok, Facebook e Instagram.  

Quando Bolsonaro fala, por exemplo, é para esses canais. Com base nisso, jogam as informações na internet e exploram as vulnerabilidades de todas as pessoas. 

Utiliza-se especialmente o Facebook e o WhatsApp por uma questão específica. Hoje a gente tem, segundo dados da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações], mais de 100 milhões de planos de telefonia móvel pré-pagos. Isso significa que as pessoas têm uma quantidade de dados, que é a franquia, para utilizar mensalmente. Na hora em que acaba aquela quantidade de dados, o usuário só tem acesso ao WhatsApp e ao Facebook.  

Nesses casos, o usuário recebe uma notícia e não tem como checar, porque não consegue acessar outros sites e fontes. A gente sabe pelo Cetic.br [Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade Informação], que é um órgão do Comitê Gestor da Internet no Brasil, que nas classes D e E 95% dos usuários só acessam a internet por redes móveis e especialmente com planos pré-pagos.  

Na classe C, esse percentual é de 65%. Isso com dados de 2021. Então, por baixo, existem 120 milhões de usuários que têm acesso limitado e que estão vulneráveis a essas campanhas desinformativas mais do que quem pode pagar por um plano ilimitado de internet. 

Por isso que, em 2018, a estratégia utilizada para a campanha de desinformação foi aquela compra de chips pré-pagos, porque aí não precisa se identificar na hora da compra e dá para difundir notícia falsa pelo WhatsApp [de forma ilimitada]. 

A senhora comentou que esses grupos são da extrema-direita e quem financia tem interesse na defesa do neoliberalismo. É possível encontrar, também, setores da esquerda por trás dessa produção e difusão? 

De uma forma organizada e estruturada, [isso é praticado] muito mais pelas forças de direita do que pelas forças de esquerda, justamente pelo interesse do neoliberalismo e pela necessidade de ganhar eleitores explorando a vulnerabilidade das pessoas, porque as pautas deles são extremamente impopulares. 

E como a senhora tem analisado a reação da esquerda à essa produção e difusão? 

Essa é uma máquina bastante poderosa que funciona com financiamento internacional e isso demandaria uma organização também da esquerda em termos de reagir o tempo inteiro à desinformação. Pessoalmente, acho que hoje a reação é muito incipiente perto da força e da sofisticação da máquina de desinformação que existe. 

A reação da esquerda tem de ser não só nas redes, mas no campo institucional também, precisa informar o TSE e denunciar no MPE para desmontar na medida do possível essa rede. São reações em campos diferentes. Não pode abrir mão de uma reação no campo institucional, porque tem uma série de conquistas no campo do direito e da democracia que vieram desde o período pós-ditadura que a gente não pode abrir mão.

A gente tem que atuar no sentido de fortalecer o que a gente conseguiu com a Constituição de 88 e avançar com base em outras leis já aprovadas, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados [LGPD]. Não dá para reagir a esse movimento sem contar com os instrumentos institucionais. 

Ao mesmo tempo, a esquerda tem de melhorar a presença nas redes, que faça frente a essa estrutura sofisticada que eles [setores da direita] têm hoje de difusão de desinformação, de ataque às pautas progressistas. 

Zanin e Valeska: ONU reconheceu que direitos de Lula foram grosseiramente violados

 Nunca uma decisão de uma Corte mundial veio em tão boa hora para reafirmar o Estado de Direito, dizem os advogados

(Foto: Ricardo Stuckert | Onu)


247 – Os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, que lideraram a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, explicaram, em artigo publicado no Globo, a importância da decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre os abusos cometidos contra seu cliente. Leiam abaixo:

Lula, ONU e a Justiça

Por Cristiano Zanin e Valeska Martins – Com enorme satisfação, no dia 27 de abril recebemos do Comitê de Direitos Humanos da ONU a decisão que pôs fim ao processo que iniciamos em 28 de julho de 2016 em favor do ex-presidente Lula. O Comitê da ONU acolheu integralmente os fundamentos que apresentamos, decidindo que houve violações grosseiras a direitos fundamentais de Lula em relação à presunção de inocência, ao processo justo, à privacidade e à indevida privação de seus direitos políticos. Reconheceu, por consequência, que houve violação aos artigos 9, 11, 14 e 25 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, a que o Brasil aderiu em 1992 (Decreto 592/1992).

Essa decisão histórica, lançada no primeiro comunicado apresentado ao Comitê da ONU por um cidadão brasileiro, foi tomada por um órgão colegiado composto de 18 peritos independentes, das mais diversas nacionalidades, 15 dos quais votaram favoravelmente aos fundamentos que apresentamos na peça inicial e nas sucessivas atualizações que fizemos entre 2016 e 2021. Pesaram, para o posicionamento final da ONU, a condução coercitiva ilegal autorizada contra Lula, a interceptação de suas ligações, das ligações de seus familiares e colaboradores e até mesmo as nossas — de seus advogados constituídos —, a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e o fato de o ex-presidente ter sido impedido, indevidamente, de concorrer nas eleições de 2018, contrariando uma liminar emitida pelo mesmo Comitê naquele ano.

O desfecho do processo da ONU é paradigmático. A Corte Mundial de Direitos Humanos reafirmou que o combate à corrupção é necessário, mas, para que seja válido e eficaz, os Estados devem observar o devido processo legal e assegurar um processo justo. Também fica claro, da decisão, que o combate à corrupção não pode servir de pretexto para perseguir pessoas ou empresas. Isso está na centralidade do conceito de lawfare, que propusemos em 2016 e continuamos a desenvolver especialmente por meio do Lawfare Institute.

A conclusão da ONU também reforça as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal que declararam a nulidade dos processos abertos pela Lava-Jato contra Lula e também as decisões tomadas por outras instâncias que absolveram o ex-presidente ou rejeitaram sumariamente as acusações indevidamente apresentadas contra ele por ausência de substrato probatório mínimo.

Para além disso, o processo que ora se encerra na ONU também simboliza e qualifica uma linha de advocacia em que acreditamos, que trabalha de forma multidisciplinar e com apoio técnico das mais variadas áreas do conhecimento, como auditoria, comunicação, psicologia forense.

Esse novo modelo de advocacia mostra a razão por que investigações e processos que tramitavam na Justiça Criminal passaram a ser discutidos no Comitê de Direitos Humanos da ONU e em outras instâncias e foros, fato que, durante alguns anos, gerou perplexidade até mesmo em profissionais do Direito.

Nunca uma decisão de uma Corte mundial veio em tão boa hora para reafirmar o Estado de Direito e, ainda, mostrar que a advocacia atual deve utilizar todos os mecanismos previstos em lei na defesa de seu constituinte e na busca do processo justo.

*Advogados e sócios do Teixeira Zanin Martins & Advogados

Haddad lidera disputa em São Paulo, com 30% das intenções de voto

 Candidato do PT é seguido por Marcio França, com 17%, e pelo bolsonarista Tarcísio Freitas, com 10%; governador Rodrigo Garcia tem 5%

Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert)


247 – O ex-prefeito Fernando Haddad, do PT, lidera a corrida para a sucessão ao Palácio dos Bandeirantes, com 30% das intenções de voto, segundo pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira. Ele é seguido pelo ex-governador Márcio França (PSB), com 17%, enquanto o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Republicanos), aparece com 10% das intenções de voto e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, com 5%.

"Em outro cenário da disputa, sem a candidatura de Márcio França, Haddad subiria para 37%, Tarcísio marcaria 12% e Garcia teria 8% Neste caso, a Genial/Quaest pôde comparar a intenção atual de voto com a registrada em março. Haddad cresceu seis pontos porcentuais. Tarcísio permaneceu estável (12%) e Garcia oscilou dois pontos para cima, passando de 6% para 8%", aponta reportagem de Daniel Bramatti e Marcelo Godoy, no Estado de S. Paulo.


Lula lidera em São Paulo, com 39% dos votos, contra 28% de Bolsonaro

 Liderança folgada de Lula no estado é fenômeno inédito nas eleições presidenciais

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo 01/05/2022 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca teve um desempenho tão favorável em São Paulo nas eleições presidenciais, como agora em 2022. Ele lidera a corrida presidencial em São Paulo, maior Estado do País, com 39% das intenções de voto, ante 28% de seu principal adversário, Jair Bolsonaro (PL). Ciro Gomes (PDT) está em terceiro lugar, com 8%, segundo aponta reportagem de Daniel Bramatti e Marcelo Godoy, publicada no Estado de S. Paulo.

"O ex-governador João Doria (PSDB), que em 2018, na disputa pelo governo estadual, teve quase 32% dos votos no primeiro turno e foi eleito no segundo, agora tem a preferência de apenas 4% dos paulistas como pré-candidato a presidente da República", destacam os jornalistas. "No universo paulista, assim como no resto do País, Lula é mais forte entre as mulheres do que entre os homens. No segmento feminino, ele tem 41% das preferências, ante 23% de Bolsonaro e 15% dos demais candidatos somados. Ou seja, teria mais votos que a soma de todos os adversários. Já entre os homens há um empate técnico entre o petista e o presidente: 36% a 35%", acrescentam. 


Eleitores de Bolsonaro opinam em pesquisa que ele deve aceitar a derrota

 De acordo com levantamento Genial/Quaest, 68% dos bolsonaristas responderam que Jair Bolsonaro deve aceitar o resultado das urnas

Jair Bolsonaro, Supremo Tribunal Federal e uma urna eletrônica (Foto: Agência Brasil)


247 - Até mesmo eleitores de Jair Bolsonaro dizem que ele deve respeitar o resultado das urnas nas eleições presidenciais. 

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest feita entre 5 e 8 de maio, 68% dos bolsonaristas responderam que ele deve "aceitar a derrota". A informação é destacada na coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

Entre eleitores que desejam a vitória de Lula (PT), o percentual sobe para 92%. E 93% dos que não querem ver "nem Bolsonaro, nem Lula" eleitos querem que o atual presidente aceite eventual fracasso nas urnas.

No conjunto do eleitorado, 85% acreditam que Bolsonaro deve aceitar a derrota.

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o percentual chega a 91%. Já entre os que têm mais de 60 anos, ele cai para 78%.


quarta-feira, 11 de maio de 2022

Lula avisa que pode rever privatizações: “quem comprar terá que falar conosco”

 Ex-presidente Lula disse em Minas Gerais que a troca do ministro de Minas e Energia não terá efeito no preço dos combustíveis

Lula, Eletrobrás, Correios e Petrobrás (Foto: Stuckert | ABr)


Metrópoles - Em discurso nesta quarta-feira (11/5) em Juiz de Fora (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, insinuou que, caso seja eleito, poderá rever as privatizações que sejam feitas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

O petista aproveitou para passar um recado a possíveis investidores interessados na compr de empresas estatais: “Quem se meter a comprar a Petrobras, vai ter que conversar conosco depois da eleição”, disse o petista. Lula citou a Petrobras, a Eletrobras, os bancos públicos e os Correios como empresas na mira de privatização do atual governo federal.

“Parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois da eleição. Pare de tentar privatizar a Eletrobras. Se não fosse a Eletrobras, não teria o programa Luz para Todos, que custou ao povo brasileiro R$ 20 milhões e só pôde ser feito porque a empresa era pública. Parem de privatizar os Correios”, apontou.

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Bolsonaro tenta entregar de vez o Brasil com a privatização do pré-sal e da Petrobrás

 Bolsonaro tenta unificar o capital e os golpistas de 2016 em torno da sua candidatura. Novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida disse que privatização é sua prioridade

(Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy | Reuters)


247 - Novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida afirmou nesta quarta-feira, 11, que vai trabalhar pela privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A., responsável por gerir os contratos da União no pré-sal.  O pré-sal é um recurso descoberto pela petrolífera estatal brasileira durante os governos petistas e que permitiu o desenvolvimento econômico do país no período destes governos.

Sachsida afirmou que a privatização da Petrobras, um dos motores econômicos do Brasil, será sua primeira ação à frente da pasta, e que pedirá estudos ao governo para isso. No entanto, ele não informou se definirá um prazo específico para isso.

"Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro [da Economia] Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos], que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND [Programa Nacional de Desestatização] para avaliar as alternativas para sua desestatização", disse Sachsida.

"Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras", completou.

O ministro também indicou que pretende privatizar a Eletrobras, prejudicando o desenvolvimento da economia nacional. Um projeto que já foi definido por muitos especialistas, assim como o ex-presidente Lula (PT) em suas falas recentes, como “lesa pátria”.

“A Eletrobras foi construída ao longo de décadas, com o suor e a inteligência de gerações de brasileiros. Mas o atual governo faz de tudo para entregá-la a toque de caixa e a preço de banana.  O resultado de mais esse crime de lesa-pátria seria a perda da nossa soberania energética. Defender a nossa soberania é defender também a Eletrobrás daqueles que querem o Brasil eternamente submisso”, afirmou Lula em discurso de lançamento do Movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”.

Nas redes sociais, o jornalista Leonardo Attuch, editor do Brasil 247, disse que a privatização das estatais é “a última cartada de Bolsonaro para unificar de vez o capital e todos os golpistas de 2016 em torno da sua candidatura”.


Nesta quarta, em plenária popular com a prefeita de Juiz de Fora (MG), Margarida Salomão, Lula denunciou as privatizações das empresas públicas brasileiras. “Quero aproveitar o humanismo reinante nessa sala, o calor democrático nessa sala, e dizer ao governo e aos empresários: parem de privatizar as empresa públicas”, enfatizou.

Dando sinal de que o PT pretende reverter as privatizações, Lula afirmou que “quem se meter a comprar a Petrobras, vai ter que conversar conosco depois da eleição. Parem de tentar privatizar a Eletrobras. Parem de privatizar os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, o BnB. Aprendam a trabalhar, a investir e a fazer política econômica ao invés de vender as coisas que já estão prontas”.