O processo seguirá para o plenário da Câmara Municipal de Curitiba, onde os 38 vereadores decidirão se o parlamentar do PT será cassado definitivamente
247 - O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba (PR) aprovou nesta terça-feira (10) a cassação do vereador Renato Freitas (PT), acusado de liderar um protesto em que manifestantes entraram na Igreja do Rosário, no dia 5 de fevereiro, no Largo da Ordem, na capital paranaense. O processo seguirá para o plenário, onde os 38 vereadores de Curitiba devem decidir se o parlamentar será cassado definitivamente.
Foram cinco votos favoráveis à aprovação do parecer do relator, vereador Sidnei Toaldo (Patriota), favorável à cassação - ele tinha apresentado o voto no dia 6 de maio. Ele não reconheceu, entretanto, que Freitas invadiu e interrompeu a missa da igreja. A vice-relatora do caso, Maria Letícia (PV), fez voto em separado. Ela pediu o arquivamento do processo, afastando o vereador de todas as acusações.
A defesa de Freitas tem cinco dias úteis para recorrer da decisão, que será avaliada pela CCJ da Câmara Municipal. Em seguida, a Casa terá três sessões para que seus 38 vereadores votem o caso em plenário.
Votaram pela cassação Noemia Rocha, Indiara Barbosa, Toninho da Farmácia, Denian Couto e Sidney Toaldo. O vereador Dalton Borba, presidente do Conselho, também fez um voto em separado, pedindo seis meses de suspensão para o parlamentar.
A manifestação foi contra o "racismo estrutural" e as mortes de Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho, os dois casos no estado do Rio de Janeiro.
Em fevereiro, a Arquidiocese de Curitiba afirmou, em tom de crítica, que o protesto aconteceu "no mesmo horário da celebração da Missa".
O vereador disse que a "missa já havia terminado" quando aconteceu a manifestação. "Vídeos sem contexto e informações falsas estão sendo divulgadas a respeito de ato contra o racismo", acrescentou o petista em postagem na rede social.