Em reunião realizada nesta quarta-feira (4), em Curitiba, a diretoria do Consórcio Paraná Saúde e dirigentes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) discutiram estratégias para enfrentar a falta de medicamentos e outros insumos. O problema se agravou nas últimas semanas, devido ao aumento dos casos de doenças respiratórias em crianças, ao cenário de epidemias de dengue em várias regiões, e ainda pela falta de princípios ativos para a produção de diversos medicamentos.
O tema foi o mais importante da reunião convocada pelo presidente do Consórcio Paraná Saúde, Aquiles Takeda Filho – prefeito de Marilândia do Sul – e demais membros da diretoria da entidade. Segundo Takeda, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, que é membro do Conselho Fiscal do consórcio, foi quem mais manifestou preocupação com esse quadro. “Efetivamente, a falta de medicamentos e insumos na saúde pública está acontecendo e não apenas no Paraná, mas em todo o Brasil, como consequência de vários fatores”, pontuou o presidente do consórcio, que congrega 398 municípios paranaenses.
Junior da Femac argumentou que entre os problemas que acarretam a falta de medicamentos também se incluem a falta de princípios ativos utilizados na produção de remédios. “A China, que é um dos maiores fornecedores de insumos farmacêuticos, está novamente em lockdown e a entrega de novos lotes vem atrasando”, comentou o prefeito de Apucarana. Ele também reforçou que o aumento de cerca de 300% nos casos de doenças respiratórias em crianças e o avanço da dengue também aumentaram a demanda por medicamentos, tanto na rede pública como na particular
“É preciso ficar bastante claro que essa desassistência farmacêutica não é culpa do secretários municipais, nem dos prefeitos, ou do consórcio e da Secretaria de Estado da Saúde. Trata-se de um problema gerado na pandemia da Covid-19, com a falta de matéria-prima para a produção de alguns medicamentos e até de insumos frequentemente utilizados na saúde pública”, frisou Aquiles Takeda Filho.