quarta-feira, 27 de abril de 2022

ONU confirma que Lula foi vítima da parcialidade de Moro e, portanto, um preso político

 A defesa do ex-presidente acionou a ONU já em 2016. Comitê do órgão atesta que Lula sofreu com arbitrariedade, parcialidade e teve seus direitos violados na Lava Jato

Sergio Moro e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)


247 - O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo Jamil Chade, do UOL, concluiu que o ex-presidente Lula (PT) foi vítima do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) e do Estado brasileiro durante a Lava Jato.

O órgão recebeu da defesa de Lula em 2016 uma queixa envolvendo quatro denúncias. Todas foram atendidas pelo Comitê de forma favorável ao ex-presidente:

a) a detenção de Lula pela PF em 2016 em uma sala do aeroporto de Congonhas, considerada como arbitrária por seus advogados;

b) a parcialidade do processo e julgamento;

c) a difusão de mensagens de caráter privado de familiares de Lula;

d) e a impossibilidade de uma candidatura em 2018.

A conclusão é de que Lula teve seus direitos violados em todos os artigos.

O Comitê responsável pela análise do caso, que durou seis anos, é encarregado de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil. Por isso, o Estado tem a obrigação de seguir a recomendação do órgão. Por outro lado, o Comitê não tem uma forma específica de obrigar os países a adotarem as penas contra seus governos. Assim, suas decisões podem ser ignoradas.

Procurada por Chade, a defesa de Lula disse que não pode se manifestar, por conta de um embargo imposto pela ONU.


Daniel Silveira será titular na CCJ da Câmara e vice-presidente da Comissão de Segurança

Compete às CCJs da Câmara e do Senado deliberar sobre processos que tratam da exclusão do parlamentar do exercício do mandato

Daniel Silveira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)


247, com Metrópoles - Condenado a perder o mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) será membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Considerado o mais importante da Casa, o colegiado definiu sua composição nesta quarta-feira, 27, elegendo o deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA) para a presidência.

Apesar da condenação, há, entre os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, um consenso sobre a competência do Congresso Nacional para decidir sobre a perda ou não do mandato. Sendo assim, compete às CCJs das Casas deliberar sobre processos que tratam da exclusão do parlamentar do exercício do mandato. Como o titular tem direito a voto, Silveira poderá votar contra a sanção no colegiado.

Antes de chegar à CCJ da Câmara, porém, a sentença imposta a Silveira deverá transitar em julgado. Como ainda há possibilidade de recurso, não há previsão de quando o colegiado poderá deliberar sobre a manutenção ou exclusão do deputado.

Além disso, Silveira foi eleito vice-presidente da Comissão de Segurança da Câmara. A votação foi marcada por cédulas em branco de parlamentares que protestavam contra a escolha do deputado bolsonarista.

O deputado Aluisio Mendes (PSC-MA) presidirá a comissão. Houve apenas uma chapa concorrendo ao pleito.

Leia a íntegra no Metrópoles

Parlamentares e juristas processam Moro pela destruição da economia brasileira

 Ex-juiz suspeito quebrou todas as construtoras nacionais e paralisou diversas obras públicas, deixando um rastro de miséria no Brasil

Sergio Moro (Foto: Reuters | Secom)


247 - Deputados e deputadas federais do PT e juristas apresentaram à Justiça Federal de Brasília nesta quarta-feira (27) uma Ação Popular contra o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP).

Eles pedem que Moro seja condenado ao ressarcimento dos prejuízos causados ao Estado, "cujo valor deverá ser apurado em liquidação de sentença". O ex-juiz, diz a peça, deve reparar os "enormes prejuízos financeiros, políticos e morais" causados ao patrimônio público nacional e à Justiça brasileira.

Moro quebrou todas as construtoras nacionais e paralisou diversas obras públicas, deixando no país "um rastro luminoso de destruição e de miséria", afirma o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas. Ele afirma que o ex-juiz "deve responder pelos crimes que cometeu à frente da Lava Jato". 

Advogado e colaborador do Grupo Prerrogativas, Fabiano Silva dos Santos, diz ser “de extrema importância para o povo brasileiro que Sergio Moro responda pelos desvios que cometeu na condução dos processos judiciais. O sistema judicial não pode ser utilizado para perseguir pessoas, não pode servir para desempenho de atividades políticas e em especial não pode causar prejuízo ao Erário. É uma boa oportunidade de prestar contas à sociedade".

Leia a nota divulgada pelos autores da ação:

Os deputados e deputadas Rui Falcão (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF), José Guimarães (PT-CE), Natália Bonavides (PT-RN) e Paulo Pimenta (PT-RS) ingressaram hoje na Justiça Federal de Brasília com uma Ação Popular em desfavor do ex-juiz Sérgio Moro, pleiteando reparação pelos enormes prejuízos financeiros, políticos e morais ao patrimônio público nacional e à Justiça brasileira. A ação, elaborada pelos advogados do grupo Prerrogativas, sob a coordenação dos drs. Marco Aurelio de Carvalho e Fabiano Silva dos Santos, fundamenta-se em atos praticados por Moro que subverteram a normalidade institucional em seu próprio proveito. As condutas ilegais e parciais do ex-juiz são fartamente comprovadas na peça jurídica, inclusive com amplo respaldo em decisões emanadas por ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre muitas, são citadas a interceptação ilegal de conversações telefônicas de advogados; a espetaculosa condução coercitiva do ex-presidente Lula, que jamais deixou de atender a intimações judiciais; sua atuação decisiva para manter a prisão de Lula, desrespeitando decisão de tribunal superior, mesmo estando de férias e sem jurisidição para o caso; e, finalmente, apoiou candidato que lhe prometeu, ainda na campanha, nomeá-lo ministro da Justiça e, até, indicá-lo para vaga futura no STF. Além do que, após deixar o governo, foi trabalhar na Alvarez & Marsal, empresa de consultoria responsável pela recuperação de empresa prejudicada por seus atos enquanto magistrado. Do ponto de vista material, a Operação Lava Jato, comandada por Sérgio Moro e seus cúmplices na chamada força-tarefa, deu um prejuízo de 142,6 bilhões na economia brasileira. Ou seja, três vezes mais do que ele avalia ter sido recobrado da corrupção denunciada. Mais que isso, estudos técnicos do Dieese, em parceria com a CUT e economistas respeitáveis, calculam que 4,4 milhões de empregos foram ceifados nos mais diferentes setores. Diante de todos os malefícios provocados pela ação danosa de Sérgio Moro, os deputados pleiteiam que o ex-juiz seja condenado ao ressarcimento dos prejuízos causados ao Estado, "cujo valor deverá ser apurado em liquidação de sentença". A seguir, advogados e advogadas do Prerrogativas que contribuíram para a elaboração da peça: Lênio Luiz Streck, Weida Zancaner Bandeira de Mello, Caroline Proner, Pedro Estevam Serrano, Gisele Guimarães Citadino, Juvelino Strozake, Luciano Rollo Duarte, Larissa Ramina, Reinaldo Santos de Almeida, Maíra Caledone Recchia Bayod, Álvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga, Marco Antônio Riechelmann Júnior, Luíz Henrique Pichini Júnior, Lucas Borotolozzo Clemente, Matheus Rodrigues Correa da Silva e Alfredo Ermírio de Araújo Andrade.

União Brasil pode abandonar terceira via e lançar chapa "puro-sangue" com Moro e Bivar

 Avaliação é de que o ex-juiz suspeito levou ao União Brasil o capital político que faltava, já que o partido tem estrutura para bancar uma candidatura própria

Sergio Moro e Luciano Bivar (Foto: Reuters)


247 - A sinalização do União Brasil de que vai deixar as negociações com outros partidos da terceira via está ligada a seu de disputar a eleição presidencial por meio de uma candidatura própria, tendo o ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato, como cabeça de chapa e o presidente da legenda, Luciano Bivar, como candidato a vice-presidente. 

Em entrevista à CNN Brasil, Bivar  - que até o momento é o pré-candidato da legenda para disputar o Palácio do Planalto - afirmou que caso não haja um acordo sobre uma candidatura única, o plano de uma chapa “puro-sangue” ganha força, já que a legenda possui recursos robustos para segurar uma campanha presidencial e pelo fato de, segundo integrantes do partido, ter conquistado “capital político'' com o ingresso de Moro nos quadros da sigla.  

De acordo com a jornalista Ana Flor, do G1, as discussões em torno da saída do União Brasil das negociações com outros partidos da terceira via foram alvo de uma reunião, realizada na terça-feira (26), que contou com a presença de Bruno Araújo, presidente do PSDB, Baleia Rossi, presidente do MDB, e Antonio Rueda, vice-presidente do União Brasil.

Segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março, o ex-presidente Lula lidera a disputa presidencial com 43% das intenções de voto, contra 26% de Jair Bolsonaro.  E seguida aparecem Sergio Moro (8%), Ciro Gomes (6%), João Doria (2%), André Janones (2%), Vera Lúcia (1%), Simone Tebet (1%) e Felipe d'Avila (1%). A categoria brancos/nulos/nenhum somou 6% e outros% não souberam responder. 


Bolsonaro se irrita com foto de Lula com Deolane e decide atacá-los: "feitos um para o outro"

 Influenciadora digital e advogada nunca escondeu sua admiração por Lula

Deolane e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - Jair Bolsonaro (PL) resolveu interromper sua suposta agenda de trabalho para tuitar ataques contra o ex-presidente Lula e a advogada criminalista Deolane Bezerra, viúva de MC Kevin. De forma sarcástica, ele disse que os dois foram “feitos um para o outro”.

O ataque foi postado em uma rede social, acompanhada de um vídeo em que Deolane diz que gosta de “advogar para bandido”. 

A influenciadora digital e advogada nunca escondeu sua admiração por Lula e nesta terça encontrou-se com o ex-presidente.


Instabilidade cambial dispara e dólar volta à casa dos R$ 5

 A percepção de incerteza sobre a taxa de câmbio disparou. Uma medida de volatilidade implícita para um mês saltou a 20,64%, maior valor desde março de 2021

(Foto: Reuters | PR)

SÃO PAULO (Reuters) - A terça-feira ficou marcada pelo retorno do dólar ao patamar de 5 reais, em mais uma sessão de fortes ganhos da moeda norte-americana que exigiram nova intervenção do Banco Central, o que ajudou a aplacar a alta e levar a moeda a 4,9899 reais no fechamento.

A percepção de incerteza sobre a taxa de câmbio disparou. Uma medida de volatilidade implícita para um mês saltou a 20,64%, maior valor desde março de 2021.

O exterior tem ditado a escalada das cotações --o dólar saltou mais uma vez nesta sessão e renovou picos em dois anos contra uma cesta de moedas--, mas operadores citam ainda percepção de parada de fluxo ao Brasil, com exportadores e empresas de forma geral preferindo deixar recursos lá fora de olho no aumento dos juros nos EUA e na perspectiva forte para o dólar em termos globais.

A aproximação do fim do mês, com suas típicas rolagens de derivativos que adicionam volatilidade aos negócios, e remessas de grandes volumes (citados como atípicos) por empresas também são fatores comentados nas mesas de operação.

O dólar à vista saltou 2,32% nesta terça-feira e terminou no maior valor desde 18 de março (5,017 reais), última vez que encerrou acima de 5 reais.

Na máxima, foi a 5,0003 reais, valorização intradiária de 2,53%. Na mínima, ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,05%, a 4,8794 reais.

O dólar marcou três sessões de alta nas quais acumulou valorização de 8,04%. O real, de longe, é a moeda com pior desempenho no período.

Num presságio de mais altas, a cotação fechou acima de sua média móvel de 50 dias --uma resistência técnica-- pela primeira vez desde janeiro. Mas segue a alguma distância das médias de 100 e 200 dias, em torno de 5,24 reais e 5,30 reais, respectivamente.

O dólar operou em curva ascendente desde o começo do pregão, mas depois das 11h (de Brasília) acelerou o ritmo, até que às 11h45 alcançou o pico do dia. No mesmo minuto o Banco Central anunciou oferta líquida de 500 milhões de dólares em swap cambial tradicional. Considerando operações de swap anunciadas no meio do pregão, a desta terça foi a primeira desde outubro do ano passado.

O BC já havia atuado na sexta-feira, mas com venda de 571 milhões de dólares no mercado à vista de câmbio, dia em que o dólar chegou a subir 4,78% na máxima.

Alguns analistas chamaram atenção para o fato de o Bacen ter atuado com o dólar a 5 reais nesta terça e lembraram que o cenário de referência do colegiado do Banco Central que decide os juros (Copom) considera taxa de câmbio partindo de 5,052 reais por dólar.

O Copom se reúne na próxima semana para deliberar sobre a Selic. No mesmo dia do anúncio da decisão, quarta-feira, o BC dos EUA também informará um provável novo aumento nas taxas norte-americanas e em ritmo possivelmente mais forte que o de costume.

"Vemos o real revertendo parte dos ganhos nos próximos meses", disse em nota Bertrand Delgado, estrategista do Société Générale. "Condições financeiras e de liquidez mais apertadas juntamente com riscos geopolíticos em curso e o risco crescente de crescimento global mais brando provavelmente prejudicarão o real", completou.

O Société estima dólar de 5,15 reais ao fim do segundo trimestre e de 5,45 no término do ano --altas de 3,2% e 9,2%, respectivamente, em relação ao fechamento desta terça.

Fala mais importante de Lula na sua entrevista foi a que defendeu meta de crescimento e emprego para o Banco Central

 "A gente não pode mais continuar tendo apenas a responsabilidade de cumprir a meta da inflação", disse ele

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a atual corrida presidencial, disse nesta terça-feira que não tem problemas com o presidente do Banco Central, mas que gostaria de discutir com ele outras formas de combater a inflação que não seja apenas a alta de juros.

"'Ah, o Lula vai pegar o Banco Central privatizado'. Não tem problema. No meu tempo o Banco Central era livre, o (Henrique) Meirelles teve toda liberdade", disse Lula em uma entrevista a youtubers e blogueiros de esquerda.

"Eu quero conversar com o presidente do Banco Central é o seguinte: a gente não pode mais continuar tendo apenas a responsabilidade de cumprir a meta da inflação aumentando os juros", continuou.

O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro e deve manter seu cargo mesmo que Lula seja eleito devido à independência do banco aprovada pelo Congresso.

Como já mostrou a Reuters, apesar do fim da independência do Banco Central ser uma postura clássica do PT, Lula já avisou que não pretende mexer com isso, caso seja eleito. A avaliação do ex-presidente é que há coisas mais urgentes que precisariam ser feitas em um novo governo.

Lula mostrou, no entanto, que pretende debater outros tópicos com o presidente do BC, caso seja eleito. Entre elas, a possibilidade de se ter uma meta de crescimento, e não apenas se uma meta de inflação.

"Eu acho importante a gente fazer um debate na sociedade e no Congresso: o mesmo BC que pode estabelecer o teto da inflação, a meta da inflação, por que a gente não pode colocar também para discutir as metas de crescimento, as metas de geração de emprego? Porque dá a impressão de que só uma coisa tem importância", afirmou.

Atualmente o Conselho Monetário Nacional --composto pelo ministro da Economia, presidente do Banco Central e secretário especial do Tesouro e Orçamento-- define a meta de inflação com uma margem de tolerância e cabe ao BC, como sua principal tarefa, trabalhar para seu cumprimento.

Mas além de mirar a meta de inflação, O BC hoje já deve também "zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego", segundo a lei que criou a independência da autoridade monetária.

Torcedor do Boca Juniors é preso por racismo em jogo contra o Corinthians (vídeo)

 De acordo com relatos, o torcedor do Boca Juniors imitou gestos de macaco para a torcida do Corinthians

(Foto: Reprodução)

Por Samir Mello, Metrópoles - Um torcedor do Boca Juniors foi preso durante o intervalo da partida contra o Corinthians na noite desta terça-feira (26/4), na Neo Química Arena, em duelo válido pela Libertadores. O homem teria cometido atos racistas contra os torcedores brasileiros.

De acordo com relatos, o torcedor do Boca Juniors imitou gestos de macaco para a torcida do Corinthians durante todo o 1º tempo e foi abordado pela polícia durante o intervalo.

Leia a íntegra no Metrópoles.

 


Doria diz ter respeito por Lula, mas não por Bolsonaro

Afirmação pode ser sinalização importante para um eventual segundo turno

Doria, Lula (Foto: ABr | Stuckert)

247 – O pré-candidato do PSDB à presidência da República, João Doria, disse, em entrevista ao jornalista Cristiano Romero, do Valor, ter respeito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não por Jair Bolsonaro. "Embora eu seja um antagonista ao Lula, eu o respeito. O Lula não é Bolsonaro, o Lula é inteligente e tem passado. Eu tenho posições diferentes das dele, mas tenho respeito por ele. Já o Bolsonaro não merece o meu respeito. Eu sou um liberal social", afirmou.

Doria, em seguida, explicou sua visão ideológica sobre ser um liberal social. "É aquele que acredita na economia de mercado, mas que compreende também a importância do trabalho no combate à pobreza e às desigualdades. Não é o privado que cuida disso. Isso é função do Estado. O Estado tem que ter este papel de reduzir as desigualdades", acrescentou.

Sua afirmação sobre Lula pode ser uma sinalização importante para um eventual segundo turno.


Após compra por Elon Musk, seguidores de bolsonaristas no Twitter se multiplicam

 93% dos perfis que seguiram Bolsonaro foram criados recentemente, diz pesquisador americano

Empresário Elon Musk (Foto: Reuters / Divulgação)


247 - Perfis de político bolsonaristas no Twitter registraram crescimento acima da média nesta terça-feira (26), um dia após o anúncio da compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.

Em 24h, Jair Bolsonaro conquistou 65 mil novos seguidores. Desde o dia 13 de abril, a média diária era de 4.200, de acordo com a ferramenta de monitoramento Social Blade.

Os filhos de Bolsonaro também registraram aumentos em suas contas. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) ganhou cerca de 17 mil seguidores, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL) acumulou pouco mais de 15 mil no mesmo período. Ambos tinham médias diárias de cerca de mil novos seguidores, informa a Folha de S.Paulo.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também teve aumento de seguidores, com 23 mil nesta terça-feira, superando sua média diária de 1.600, o mesmo ocorrendo com o deputado federal Hélio Lopes, a ministra Damares Alves, o ministro Marcelo Queiroga, o ex-ministro Mario Frias e o pré-candidato a governador da Bahia André Porciuncula, que também registraram crescimentos expressivos. 

O especialista em tecnologia Christopher Bouzy aponta que 93% dos novos perfis que seguiram a conta do presidente brasileiro foram recém-gerados.


Lula se encontra com Dra. Deolane: "te amo painho"

 "Estou fechada com você e não abro mão", escreveu a advogada e influencer em uma das postagens

(Foto: Redes sociais)

247 - A advogada e influencer Dra. Deolane se encontrou com o ex-presidente Lula e compartilhou fotos nas redes sociais. A influencer já demonstrou seu apoio a Lula e ao PT em diversas ocasiões.  

"Estou fechada com você e não abro mão", escreveu Deolane em uma das postagens. "Te amo painho", escreveu em outra.

Em um vídeo (assista abaixo), Deolane diz com empolgação: "olha quem tá aqui comigo!". E Lula responde: "esquece, o pai tá estourado". O ex-presidente também compartilhou a foto do encontro nas redes. 


 





Daniel Silveira aparece na Câmara sem tornozeleira

 "Eu nem era para ter usado", afirmou o deputado federal bolsonarista, condenado pelo STF

Deputado Daniel Silveira (Foto: Agência Câmara)


247 - O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) apareceu na Câmara dos Deputados sem usar a tornozeleira eletrônica, nesta terça-feira (26), cinco dias após Jair Bolsonaro (PL) conceder indulto ao parlamentar, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira (20), por estimular atos pró-golpe no começo do ano passado. "Eu nem era para ter usado. Estou sem ela", disse o deputado bolsonarista, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o parlamentar continua sem monitoramento eletrônico desde o dia 17 deste mês. De acordo com a pasta, o equipamento foi desligado por falta de bateria por volta das 18h daquela data e, desde então, não voltou a funcionar. É de responsabilidade de quem usa mantê-lo carregado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu 48 horas para a defesa do parlamentar se manifestar sobre o indulto. O magistrado afirmou que o perdão de Bolsonaro não afasta a inelegibilidade do petebista. 


PF abre procedimento preliminar sobre disparo acidental de Milton Ribeiro em aeroporto

 A PF colheu o depoimento do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e ouviu nesta terça-feira duas testemunhas que estavam na hora do ocorrido


Milton Ribeiro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


247 - A Polícia Federal abriu um procedimento preliminar para apurar o disparo acidental do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, nesta segunda-feira, 25, informou o jornal O Globo.

A PF colheu o depoimento de Ribeiro e ouviu nesta terça-feira duas testemunhas que estavam na hora do ocorrido, como uma funcionária terceirizada da GOL que chegou a ser atingida por estilhaços da bala, mas não teve ferimentos graves e passa bem.

Depois, a PF vai decidir se deve ou não instaurar um inquérito contra o ex-ministro, que, no pior dos casos, pode ser acusado de delito de lesão corporal culposa.


terça-feira, 26 de abril de 2022

PT inclui revogação da reforma trabalhista no plano do governo Lula em 2022

 Proposta inicial era revisar as mudanças na legislação, mas num acordo de 12 pontos com o PSOL, definidos nesta terça, consta a proposta de revogação desta e de outras medidas


Líderes de PSOL e PT discutem plano do governo Lula (Foto: Divulgação/PSOL)


247 - O PT incluiu no plano de governo do ex-presidente Lula a proposta de revogar a reforma trabalhista, executada após o golpe de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff. A medida consta na lista de 12 pontos consensuais acertados nesta terça-feira (26) entre o PT e o PSOL, que vem conversando ao longo dos últimos meses para discutir o programa.

A proposta inicial era revisar as mudanças na legislação, mas no acordo com o PSOL, consta a revogação dessa e de outras medidas. O documento divulgado nesta terça é um retorno à ideia inicial.

As conversas entre os dois partidos seguirão nas próximas semanas, conduzidas por uma comissão composta pela deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), pelo presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, e pelo coordenador do MTST, Guilherme Boulos. Outros pontos, no entanto, não foram consensuais, como a revogação da reforma da previdência, reivindicada pelo PSOL.

Neste mês, durante encontro com sindicalistas, Lula propôs uma nova legislação trabalhista, uma novidade em relação ao debate em torno da revogação da reforma trabalhista de Michel Temer (MDB), defendida nas propostas apresentadas pelos sindicalistas e pela direção nacional do PT.

"Não adiantar dizer que vamos mudar tudo. Nós queremos melhorar as coisas. Nós queremos uma nova legislação trabalhista para a realidade atual. Queremos um acordo em função da realidade dos trabalhadores em 2023. Não queremos voltar para trás. É na política que vamos discutir. Meu compromisso é que, chegando ao governo, pode preparar passagem de avião, vocês vão à Brasília para discutir", declarou Lula na ocasião.

Confira o texto com os 12 pontos:

1 – Revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016

Revogação da reforma trabalhista e construção de políticas que protejam trabalhadores, recomponham direitos, fortaleçam a negociação coletiva e a representação sindical e promovam especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos. Revogação do teto de gastos e necessidade de um novo marco fiscal. Reconstruir órgãos estratégicos como Ibama, Funai, dentre outros. 

2 – Enfrentamento à crise climática

Construir uma proposta de financiamento de transição energética e um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia. Desmatamento zero. Respeito à natureza e garantia de direitos a povos indígenas, tradicionais e quilombolas. Construir um marco de ciência e tecnologia para pesquisa e desenvolvimento de novas matrizes energéticas, que inclua empresas públicas como a Petrobras e a Eletrobras. Criação do BNDES-Sustentável, da Universidade do Clima e da Universidade dos saberes tradicionais.

3 – Reforma Tributária em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais

Reforma tributária justa, solidária e sustentável em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais. Construir um amplo e robusto programa de transferência de renda para reduzir desigualdades no Brasil.

4 – Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção

Democracia direta, participação popular, transparência de gestão e combate à corrupção: recuperar conselhos, conferências e criar novos mecanismos de participação. A transparência e a participação são também formas de enfrentar a corrupção na gestão pública.

5 – Aumento real do salário mínimo

Recomposição da renda de trabalhadores, aposentados e pensionistas. Políticas para reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, com isso promovendo a criação de novos empregos. Avançar na agenda de economia do cuidado e reconhecimento e valorização do trabalho doméstico. 

6 – Retomada do controle público da Petrobras

Interromper medidas de privatização da empresa, promoção de uma política energética voltada à soberania nacional e mudança da atual política de preços dos combustíveis.

7 – Mais dinheiro para promover direitos sociais

Mais dinheiro para promover direitos sociais e políticas públicas: recomposição do orçamento para áreas como saúde, educação, habitação, cultura, mobilidade, entre outras.

8 – Reforma agrária agroecológica e reforma urbana já!

Desenvolvimento de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, centrado na reforma agrária agroecológica, com políticas de abastecimento e fortalecimento da CONAB para combater a fome, promover a alimentação de qualidade, alcançar soberania alimentar e fortalecer a luta por moradia com políticas de estímulo à reforma urbana.

9 – Democratização da comunicação

Democratização da comunicação fomentando o acesso à informação, a comunicação comunitária, a expansão do acesso à internet de forma pública e gratuita para quem precisa e enfrentando os novos desafios impostos pelas big techs e empresas de aplicativos.

10 – Mais direitos para as mulheres

Políticas Públicas para as Mulheres: Criação do Ministério de Políticas para as Mulheres. Realização de políticas públicas que garantam proteção à vida e o combate ao machismo e ao sexismo, afirmem o protagonismo das mulheres no novo ciclo de desenvolvimento econômico e social brasileiro promovendo a sua autonomia econômica, a igualdade de oportunidades e de tratamento no mundo do trabalho e no acesso aos direitos universais. Fortalecimento da rede de proteção e combate à violência contra a mulher e das ações que garantam o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.

11 – Combate à violência policial e ao super-encarceramento da população negra

Políticas Públicas de Igualdade Racial:  Criação do Ministério de Igualdade Racial. Realização de políticaspúblicas de igualdade racial e de combate ao racismo que garantam ações afirmativas para a população negra e o seu desenvolvimento integral nas mais diversas áreas: saúde, educação, economia, emprego e renda – promovendo a equidade salarial – assistência social, entre outras.  Políticas que combatam as violências: policial, contra as mulheres negras, a juventude negra e os povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro, enfrentem o genocídio e o superencarceramento da juventude negra e garantam a continuidade da Lei 12.711/12, Lei de Cotas nas Instituições

Federais de Ensino Superior e da Lei 12.990/14, Cotas Raciais nos Concursos Públicos Federais.

12 – Políticas contra a LGBTIfobia

Políticas Públicas de Promoção dos Direitos da População LGBTQUIA+: Realização de políticas públicas de combate à LGBTQUIA+fobia, à discriminação, violência, criminalização e falta de oportunidades para a comunidade LGBTQIA+.

Políticas que garantam o direito à saúde integral da população LGBTQIA+, a inclusão e permanência na educação, no ensino superior e no mercado de trabalho e que reconheçam o direito das identidades de gênero e suas expressões.

Média de pesquisas mostra Lula próximo de vencer no primeiro turno

 Análise consolidada feita pelo Instituto Vox Populi conclui que Lula pode vencer no primeiro turno ou chegar ao segundo com uma boa vantagem sobre Bolsonaro


Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)


247 - Uma análise consolidada de pesquisas feitas por nove institutos diferentes conclui que o ex-presidente Lula está próximo de vencer as eleições no primeiro turno ou chegar ao segundo com uma boa vantagem sobre Jair Bolsonaro. 

Os números foram tirados apenas de levantamentos presenciais, realizados entre maio de 2021 e abril de 2022 pelos institutos DataFolha, IPEC, Ipespe, Vox, CNT/MDA, Quaest, Datatempo, Ipsos e Sensus. A consolidação é do Instituto Vox Populi, presidido por Marcos Coimbra, e entregue ao PT, conforme divulgou o jornalista Matheus Leitão, da Veja.

Há um ano, o cenário está praticamente congelado: o ex-presidente segue com uma média de 44% das intenções de voto contra 44% da soma de todos os adversários (ou seja, 50% contra 50% dos válidos). Se conseguir 50% mais um voto, Lula vence a eleição já no início de outubro.

Se Lula se manteve nos 44%, Bolsonaro também esteve numa linha reta, variando entre 23% e 26%. Em abril, após a saída do ex-juiz suspeito Sergio Moro da disputa presidencial, ele cresceu 5 pontos percentuais, chegando a 30%. 

Ao mesmo tempo, o grupo que soma os demais candidatos caiu de 19% para 14%, mostrando que os 5 pontos de Bolsonaro foram de fato a transferência de Moro - quando desistiu, o ex-juiz contava 8% nas pesquisas.

Segundo turno

O cenário de estabilidade se repete na média do 2º turno, situação que não é influenciada pela saída de Moro: Lula segue vencendo por mais de 60% e Bolsonaro continua abaixo de 40%. 


Apucarana recebe duas viaturas para o 10º BPM

 


O 10º Batalhão da Polícia Militar, de Apucarana, foi contemplado com duas viaturas zero km, no evento realizado na manhã desta terça-feira (26), em Curitiba. A entrega dos veículos Chevrolet S-10, pelo Governador Carlos Massa Ratinho Junior e o comando da Polícia militar do Paraná, foi acompanhado pelo prefeito Junior da Femac, e o comandante do 10º BPM, tenente-coronel, Marcos José Facio. Também participaram da solenidade os vereadores Jossuela Pinheiro e Rodrigo Lievore “Recife”.

O prefeito de Apucarana agradeceu pessoalmente ao Governador Ratinho Junior pelas viaturas que reforçam o trabalho da Polícia Militar. “São veículos totalmente equipados, com investimento de R$390 mil que irão otimizar a atuação do 10º BPM”, destacou Junior da Femac.

O comandante do 10º BPM, tenente-coronel Facio, anuncia que as novas caminhonetes S-10 serão utilizadas pela Rotam. “No total foram liberadas para todo o Estado 98 viaturas, todas equipadas com sistema de comunicação e iluminação especial”, comentou o comandante do 10º BPM.

Ao entregar o novo lote de veículos, na Academia Policial Militar do Guatupê, para a área de segurança pública, o governador Carlos Massa Ratinho Junior, destacou que o investimento do Governo do Estado nesta ação foi de R$ 19,1 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “A renovação da frota alcança todas as regiões do Estado e faz parte de um plano de modernização das polícias no Paraná, que em pouco de mais de três anos recebeu mais de R$ 2 bilhões em investimentos”, informou Ratinho Junior, acrescentando que o tempo de uso de patê das viaturas está sendo reduzido de 10 para 5 anos.


Pesquisa no Brasil alerta para mais variantes do coronavírus

 Pesquisadores analisaram aspectos do vírus, como seu potencial de mutação e capacidade de controle do sistema imune

(Foto: NIH/Divulgação via Reuters)

247 - Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Sírio-Libanês apontaram, em estudo publicado na revista Viruses, que novas variantes do coronavírus capazes de enganar o sistema imunológico e mais transmissíveis devem surgir nos próximos meses. Pesquisadores analisaram aspectos do vírus, como seu potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. Foram revistados mais de 150 artigos científicos para a elaboração do estudo, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo.

esquisadora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da USP, Cristiane Guzzo, uma das autoras do artigo, afirmou que o estudo é "uma questão probabilística". "Novas variantes são esperadas, o problema é diminuir as restrições (de contato social) que aumentam a circulação do vírus", disse.

"Decretar que a pandemia acabou e que o vírus foi vencido não é verdade", disse o líder do grupo de pesquisas em Bioinformática do Hospital Sírio-Libanês, Pedro Galante. "Temos de continuar tomando todos os cuidados e medidas necessárias para evitar a transmissão", acrescentou. "Estamos olhando apenas para os números de casos e mortes (em queda) para dizer se é seguro ou não. Isso não é suficiente".