segunda-feira, 25 de abril de 2022

Congresso vai acelerar análise de projetos sobre os limites do perdão que Bolsonaro concedeu a Silveira

 Ao todo, 19 projetos sobre o tema tramitam na Câmara e no Senado

(Foto: Reprodução | Najara Araújo/Câmara dos Deputados)

247 - O Congresso Nacional  pretende acelerar a tramitação de projetos que tratam de impor limites ao indulto individual, a chamada graça institucional. A pressa vem na esteira da repercussão gerada pelo indulto concedido por Jair Bolsonaro em benefício do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8,9 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atacar a democracia e as instituições. De acordo com o jornal O Globo,  ao menos 19 projetos sobre o tema estão em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado. 

“Uma nova regulamentação do perdão presidencial também é bem vista pela cúpula do Judiciário. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que derrubar o decreto que anulou a condenação de Silveira seria “cair em uma cilada” e abrir espaço para o discurso de interferência no Executivo. Para membros da Corte, o ato de Bolsonaro tem previsão constitucional, mas não pode ser desvirtuado para blindar aliados e afrontar o Judiciário”, destaca a reportagem. 

Ainda segundo a reportagem, ao menos cinco dos 19 projetos em tramitação “afetariam ou proibiriam o perdão concedido por Bolsonaro a Daniel Silveira, se já tivessem se tornado lei”. “Algumas dessas propostas, elaboradas no passado por apoiadores do presidente como os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Lasier Martins (Podemos-RS), estabelecem em suas justificativas que o objetivo era impedir que o indulto fosse usado para ‘beneficiar eventuais amigos e comparsas’ do titular do Planalto”, destaca o periódico. 

Ao todo, sete projetos que tratam do indulto presidencial foram propostos entre 2017 e 2018, e muitos deles extinguem por completo com o instituto ou proíbem sua concessão em casos de corrupção ou crime contra a administração pública. Uma destas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que poderia impedir o perdão a Silveira foi apresentada em 2019 pelo senador bolsonarista Eduardo Girão (Podemos-CE). Girão, porém, é favorável ao indulto concedido a Silveira alegando que o perdão garantiu a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar do deputado.

Voto útil: 60% dos eleitores de Ciro Gomes votariam em Lula para derrotar Bolsonaro, mostra pesquisa BTG/FSB

 Mais de 60% do eleitorado de Ciro Gomes admite a possibilidade de optar pelo chamado "voto estratégico"

Ciro Gomes e Lula (Foto: Reprodução/Youtube | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Pesquisa telefônica contratada pelo banco de investimentos BTG Pactual junto ao Instituto FSB mostra que apesar dos ataques contra o ex-presidente Lula (PT), boa parte dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) admitem a possibilidade de optar pelo 'voto útil' no petista na eleição presidencial deste ano para barrar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o levantamento, 61% do eleitorado do pedetista admite a possibilidade de optar pelo chamado "voto estratégico", contra 38% que dizem que não mudarão o voto.

A pesquisa mostra que dentre os eleitores de Ciro que admitem a possibilidade de voto útil, 60% afirmam que votariam em Lula para inviabilizar a reeleição de Bolsonaro. Outros 14% disseram que votariam em Bolsonaro contra Lula. 26% disseram que não votariam nem em Lula e nem em Bolsonaro.

A pesquisa telefônica ouviu 2.000 pessoas entre 22 e 24 de abril. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-04676/2022.

Lula tem 41% e Bolsonaro 32% em pesquisa BTG/FSB. Diferença no segundo turno é de 15 pontos

 Instituto contratado pelo banco de investimentos revela também polarização consolidada entre os dois candidatos e pouco espaço para a terceira via

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Clauber Cleber Caetano/PR)

247 – A nova pesquisa contratada pelo banco de investimentos BTG Pactual junto ao Instituto FSB confirma a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual Jair Bolsonaro, com pouco espaço para a chamada terceira via. No principal cenário, Lula (PT) tem 41%, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 32%, Ciro Gomes (PDT) com 9%, João Doria (PSDB) com 3%, André Janones (Avante) com 3%, Simone Tebet (MDB) com 1% e Vera Lúcia (PSTU) com 1%.

A pesquisa também revela que os votos em Lula e Bolsonaro estão consolidados. Os eleitores de ambos têm praticamente certeza do voto e 82%, nos dois casos, dizem que não votarão em outro candidato. É bem diferente do que ocorre, por exemplo, no caso de Ciro Gomes, em que apenas 39% dizem ter certeza do voto. Ou seja, Ciro pode ser prejudicado pelo "voto útil". O mesmo ocorre com Doria, em que apenas 26% têm certeza do voto.

Sobre o segundo turno, também caiu a diferença entre Lula e Bolsonaro. Em março, Lula tinha 54% e Bolsonaro 35%, numa diferença de 19 pontos. Hoje, Lula tem 52% e Bolsonaro 37%, uma diferença de 15 pontos.

Foram entrevistados 2 mil eleitores entre 22 e 24 de abril e o registro da pesquisa no TSE é BR-04676/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

"Somos uma democracia em que há antidemocratas ainda", diz Cármen Lúcia, do STF

 "Democracia se ensina, democracia se aprende, democracia é um processo educacional da Humanidade", afirma a ministra do Supremo Tribunal Federal

Ministra Cármen Lúcia durante sessão extraordinária. (12/03/2020) (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

247 - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia falou ao O Globo sobre o Judiciário brasileiro e a situação atual da democracia no país. Ela lança na terça-feira (26) um livro - “O Judiciário do nosso tempo” - ao lado de Maria Tereza Sadek, Pierpaolo Bottini, Raquel Khichfy e Sérgio Renault.

Em artigo da ministra e Sadek publicado na obra, elas dizem que “o Brasil é uma República de poucos repúblicos” e que “não temos uma República amadurecida democraticamente”. "Somos uma democracia em que há antidemocratas ainda", afirma Cármen Lúcia. "Então é preciso que a gente construa socialmente a democracia e a República mais amplas. Isso é que nos faz mais republicanos. Repúblicos de uma República verdadeira. Tudo, no caso brasileiro, é muito mais dificultoso, porque nós temos uma história de colonização extremamente impositiva e autoritária. Estamos no ano do bicentenário da Independência, e os preconceitos e as atitudes antidemocráticas de hoje são repetições históricas tristes do que ainda não conseguimos superar. Precisamos falar dos negros, desde a escravidão, desde as condições precárias de trabalho. Nós mulheres falamos disso de cátedra. Dona Hipólita Jacinta (Teixeira de Mello) foi silenciada, emudecida historicamente, sendo que ela foi parte da Conjuração ou Inconfidência Mineira. Democracia se ensina, democracia se aprende, democracia é um processo educacional da Humanidade".

A ministra também foi questionada sobre o sistema prisional do Brasil e disse que o país 'prende muito e prende mal'. "Primeiro, há um número muito grande de prisões. Segundo, se prende mal. Há medidas no direito penal brasileiro que poderiam ser utilizadas para evitar prisão. Nossa população carcerária tem inúmeras pessoas que praticaram crimes menores e que saem piores do que entraram, porque tiveram que aguentar as condições precaríssimas, cruéis muitas vezes, das prisões. Os juízes precisam cada vez mais avaliar que nós temos uma condição prisional de pior qualidade, desumana. Prende-se muito e prende-se mal no Brasil. Quem é pego com maconha, cocaína que seja, é preso em flagrante, mas crimes mais graves, homicídios, feminicídio dependem do inquérito. Grande parte dos inquéritos sequer chega ao final antes da prescrição. Esse é um problema que a Humanidade precisa vencer. A gente não fala hoje em prisão nem de passarinho, e vai prender ser humano? A não ser em casos especialíssimos, porque é contra a ideia de humanidade, é contra a ideia de liberdade. O Direito precisa superar essa fase. O sistema prisional brasileiro é horrível e em muitos casos foi o Estado que falhou".

O livro também trata da corrupção. A ministra foi perguntada sobre um suposto "retrocesso" por conta de anulações de processos da Lava Jato em razão de julgamentos parciais, como ocorreu com o ex-presidente Lula (PT), julgado de maneira parcial pelo ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-SP). Cármen Lúcia reafirmou a necessidade de um julgamento justo. "O direito de ser julgado de maneira imparcial é direito fundamental. E vem de muito tempo. Antígona queria que seus dois irmãos, Etéocles e Polinices, fossem julgados da mesma forma. E é o que diz a Creonte. A corrupção é o que Ulysses chamou de 'a doença da República'. Então a corrupção é inaceitável. É crime. Não está havendo um retrocesso. Mas as investigações precisam ser feitas nos termos da lei, e não são investigações fáceis mesmo. Os corruptos de forma geral não deixam provas tão fáceis, como é caso em uma prisão em flagrante".

Ministro da Defesa chama de 'irresponsável' e 'ofensa grave' declaração de Barroso

 O ministro do STF Luís Roberto Barroso disse que as Forças Armadas 'estão sendo orientadas a atacar e desacreditar' o processo eleitoral

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Foto: Divulgação)

247 - O Ministério da Defesa rebateu as declarações do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou por meio de nota na noite deste domingo (24) que "repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas" de que as Forças Armadas "teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia". 

"Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições", diz trecho da nota assinada pelo ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Em seminário promovido por uma universidade alemã, Barroso disse que vê as Forças Armadas sendo orientados para atacar o processo eleitoral. 

O ministério destacou ainda que as Forças Armadas têm a "ampla confiança da sociedade", o que é demonstrado por pesquisas e pelo contato regular dos militares com a população. Ressaltou também que elas têm "uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros".

Primeira parcela do 13º dos aposentados será paga entre 25 de abril e 6 de maio

 O dinheiro do 13º cairá na conta junto com o benefício mensal, em duas etapas

(Foto: Paulo Emílio)


247 - Cerca de 36 milhões de brasileiros receberão o pagamento de aposentadorias ou benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a partir desta segunda-feira (25), quando começa também o adiantamento da primeira parcela do 13º para 31,6 milhões de segurados.

Os beneficiários que ganham até um salário mínimo (R$ 1.212) receberão até o dia 6 de maio, conforme o número final do benefício, sem considerar o dígito verificador. Segurados que recebem valores acima do piso nacional terão o pagamento entre os dias 2 e 6 de maio.

O dinheiro do 13º cairá na conta junto com o benefício mensal, em duas etapas. A primeira parcela virá na competência de abril —entre 25 de abril e 6 de maio. A segunda parcela cairá com o pagamento da competência de maio —entre 25 de maio e 7 junho, informa a Folha de S.Paulo.

Miséria aumenta com Guedes e Bolsonaro e pobres representam mais da metade da população brasileira

 

Pesquisa revela que a participação das classes D/E no total de domicílios brasileiros deve fechar o ano em 50,7%

Fila de ossos | Paulo Guedes (Foto: GUSTAVO BEZERRA | Prefeitura Municipal de Bonito)


247 - A parcela dos pobres no total da população brasileira vai encerrar o ano de 2022 acima do que estava há dez anos, em 2012.

Um estudo da Tendências Consultoria prevê que a participação das classes D/E no total de domicílios brasileiros deve fechar o ano em 50,7%. Isso representa recuo frente a 2021 (quando era 51,3%), mas ainda acima da metade do total e também superior aos 48,7% de 2012.

A pobreza no país tem aumentado desde o golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff e se agravou ainda mais com o governo antissocial de Jair Bolsonaro.


Lula: "A vida do povo só vai melhorar com um governo que tenha prioridade"

 Em vídeo publicado em suas redes, sociais, Lula defende chamar os empresários para discutir um programa de desenvolvimento e investimentos

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Lula disse que "o Brasil tem que ser consertado". Em um vídeo publicado nas redes sociais, o pré-candidato à presidência enfatiza que é preciso uma gestão que atue em várias frentes e defende chamar os empresários para discutir um programa de desenvolvimento e investimento para garantir maior credibilidade no exterior.

“O Brasil tem que ser consertado e quem vai consertar é um governo que saiba como consertar. É chamar os empresários e discutir um programa de desenvolvimento e investimento, é ter credibilidade no exterior para conseguir convencer empresários a virem investir em projetos novos, projetos rentáveis, que signifiquem a melhoria da qualidade de infraestrutura deste país", defendeu.

Lula disse que “a vida do povo só vai melhorar com um governo que tenha prioridade e saiba construir um programa de desenvolvimento e investimentos para o Brasil”.







domingo, 24 de abril de 2022

Sem MDB e União Brasil, jantar que reuniria terceira via é adiado

 Os pré-candidatos Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil) anunciaram que não poderiam comparecer ao encontro

Michel Temer e Simone Tebet (Foto: Reprodução/Twitter)


Metrópoles - O jantar que reuniria dirigentes e candidatos dos partidos que compõem a terceira via, programado para esta segunda-feira, 25 de abril, em São Paulo, foi adiado. A decisão foi tomada após os pré-candidatos Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil) anunciarem que não poderiam comparecer na data.

Além deles, estavam confirmadas no jantar as presenças dos presidentes partidários Bruno Araújo (PSDB), Baleia Rossi (MDB), Roberto Freire (Cidadania) e Antônio Rueda (vice-presidente do União Brasil).

Leia a reportagem completa no Metrópoles.

PT protocola mais duas representações no TSE contra Bolsonaro por campanha antecipada com motociata

O partido já apresentou outras representações contra Bolsonaro por motociata no Paraná e em São Paulo

Bolsonaro em motociata em Chapecó (Foto: Isac Nóbrega/PR)


247 - Neste domingo (24), o Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais duas representações por propaganda eleitoral antecipada contra Jair Bolsonaro (PL) por conta de comícios realizados nas motociatas. Um dos eventos aconteceu na cidade de Rio Verde em Goiás, na última quarta-feira (20), e o outro em Cuiabá no Mato Grosso, na terça-feira (19). O partido já apresentou representações contra Bolsonaro por motociata no Paraná e em São Paulo.

Em uma das representações o PT também pede a responsabilização do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO), por ter assumido rede social e divulgado em veículos de comunicação o evento. E a c, a implicação do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Os advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, que assinam as representações, argumentam em uma das peças jurídicas que: “Não há dúvida a respeito do caráter eleitoral do evento, bem como do pronunciamento do representado na ocasião. A realização de carreata e “motociata”, com a participação do pré-candidato e difundida nas redes sociais, configura, por si só, ato de propaganda antecipada eleitoral, não permitida pela legislação eleitoral brasileira, não exigindo pedido explícito de votos para tanto. Tal foi a ostensividade do ato de campanha praticado pelo representado que a própria imprensa destacou expressamente o caráter eleitoral do evento”.

Multa

As representações pedem a condenação de Bolsonaro e dos dois deputados federais ao pagamento de multa, no valor máximo previsto em lei, dada a promoção de motociata, carreata e comício, com pedido de voto, a configurar campanha eleitoral antecipada.



Marco Aurélio não vê crime de Bolsonaro em perdão a Daniel Silveira

 As declarações do ex-ministro contradiz uma entrevista que ele concedeu no dia 21 de abril, em que afirmava que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade

Marco Aurélio Mello, em sessão no Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Jr. / SCO / STF)


247 - Em entrevista à CNN Brasil, neste domingo (24), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou que Jair Bolsonaro (PL) não comete crime ao conceder o perdão ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Segundo o ministro, Bolsonaro “está exercendo o mandato e foi eleito para isso" e não considera que há desvio de finalidade em sua decisão.

A posição do ministro difere da posição de diversos juristas que classificaram o decreto que concedeu perdão ao deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), após ser condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo STF, como inconstitucional. O parlamentar foi julgado por ter ameaçado ministros da Corte em vídeos publicados nas redes sociais. No dia seguinte, Bolsonaro assinou um decreto que concede “graça” (perdão da pena) ao deputado federal.

Para o ex-ministro, o ato foi “implementado pelo presidente da República e é um ato de soberania". "Não cabe, sob a minha ótica, questionar esse ato”, sustentou.

Marco Aurélio diz que o deputado bolsonarista “extravasou todos os limites do razoável,, mas diz que a Corte poderia ter evitado a atual situação se tivesse acionado a Câmara dos Deputados.

“A qualquer momento o presidente pode implementar a graça (…), reconheço que o deputado extravasou todos os limites do razoável. Agora, o que deveria ter feito o Supremo é ter acionado a Casa legislativa para ser instaurado um processo considerado de decoro. Ele [Silveira] incidiu em transgressão administrativa política relativa ao decoro”, argumenta.

Para o ex-ministro, é preciso “mais do que nunca tirar o pé do acelerador”, em meio à crise institucional. 

“Eu vejo a turma com o pé no acelerador, não só da parte do presidente da República como também da parte do Supremo, considerada a atuação do ministro Alexandre de Moraes, que virá a presidir o TSE”, disse.

As declarações do ministro contradiz uma entrevista que ele concedeu ao programa Estúdio Gaúcha, da Rádio Gaúcha, em que afirma que o decreto presidencial "demonstra fragilidade" em termos institucionais para o país e citou o crime de responsabilidade como um dispositivo possível quando um presidente "atente contra outro poder".

"Cumpre a ele (presidente da República) atuar considerando a harmonia entre os poderes, mas há também outros dispositivos que versam o crime de responsabilidade do presidente da República quando ele, mediante ato, atente contra outro poder", sinalizou.

Na entrevista. o magistrado comparou que a concessão da graça constitucional é uma moeda de duas faces:

"Se de um lado é possível implementar a graça, de outro surge essa problemática que é a "cassação", e aí se tem uma cassação que se poderia dizer com cê cedilha ("caçação", de "caça") de um ato da mais alta corte do país".

Marco Aurélio disse ainda que não vê "com bons olhos esse ato praticado pelo presidente".

"Não é um episódio corriqueiro. Revela que realmente não se está tendo harmonia entre os poderes da República, que a Constituição quer harmônicos e independentes. E que, portanto, nós temos uma perplexidade maior no ar. Nós temos que aguardar qual será o desdobramento e se haverá ou não impugnação a esse decreto. E a impugnação evidentemente ocorrerá junto ao Supremo, ou seja, o autor do ato condenatório que foi tornado insubsistente", disse.


Bolsonaristas farão ato no Planalto contra o STF e em defesa da "liberdade de expressão"

 Parlamentares esperam reunir mais de 100 deputados e senadores das frentes parlamentares Evangélica, da Segurança e do Agronegócio


(Foto: Reprodução)


247 - Deputados bolsonaristas preparam um ato na próxima quarta-feira (27) no Palácio do Planalto em defesa da "liberdade de expressão" e em apoio do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por estimular ataques às instituições como o próprio Supremo.

“O evento é para dar apoio à democracia e à decisão do presidente da República Federativa do Brasil”, disse o deputado Marco Feliciano (PL-SP), se referindo ao decreto que concede “graça constitucional” ao deputado Daniel Silveira.

De acordo com reportagem do Poder 360, os congressistas esperam reunir mais de 100 deputados e senadores das frentes parlamentares Evangélica, da Segurança e do Agronegócio.

“Entendemos que o momento político no país requer equilíbrio e respeito à nossa Constituição e o fortalecimento da nossa democracia, e somente através do diálogo entre os Poderes vamos dar provas de que a classe política brasileira está atenta aos anseios do nosso povo”, diz o texto que será enviado à Presidência para pedir autorização para a realização do evento.

O pedido é assinado pelos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da Frente Evangélica, Capitão Augusto (PL-SP), presidente da Frente da Segurança Pública, e Sérgio Souza (MDB-PR), presidente da Frente da Agropecuária.


Barroso autoriza acesso da PF a provas da CPI da Covid sobre Bolsonaro no caso das fake news

 Entre os crimes apontados pelo CPI está a "incitação ao crime" cometidas por Jair Bolsonaro e outras oito pessoas, incluindo seus filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro


Roberto Barroso e Bolsonaro (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Marcos Corrêa/PR)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou a remessa para a Polícia Federal de um conjunto de provas colhidas pela CPI da Covid sobre Jair Bolsonaro e seus aliados envolvendo suspeitas de disseminação de notícias falsas envolvendo o combate à doença. A informação é do jornal O Globo.

Com a autorização, a PF vai poder analisar e sistematizar a documentação apurada pela comissão parlamentar para aprofundar as investigações.

A decisão do ministro atende ao pedido do procurador-geral da República Augusto Aras feito seis meses depois que a CPI aprovou o relatório final, que atribuiu diversos crimes ao presidente Jair Bolsonaro em sua gestão da pandemia. 

Senadores criticam a demora de Aras em tomar medidas efetivas para responsabilizar os nomes indicados pela comissão para indiciamento e dar prosseguimento nas investigações.

No pedido, Aras afirma que o relatório da CPI não identificou de forma detalhada as provas que poderiam imputar o delito de "incitação ao crime" a Bolsonaro e outras oito pessoas, incluindo seus filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro. Por isso, o procurador-geral decidiu remeter o material para uma análise da PF. 

Aras, no entanto, concluiu antes mesmo de ter acesso a outros documentos, que não via elementos para pedir abertura de inquérito neste momento, mantendo o processo apenas em um estágio de investigação preliminar.

"No que tange à remessa dos autos à Polícia Federal, a PGR informa que o relatório da CPI não foi preciso em vincular as condutas supostamente cnmmosas aos documentos colhidos durante a investigação. Há, portanto, a necessidade de sistematizar a documentação apresentada a fim de que se possa subsidiar eventual pedido de instauração de inquérito, arquivamento ou oferecimento de denúncia. Tendo em vista a dificuldade apresentada pela PGR e a necessidade de análise mais precisa dos fatos, acolho o presente requerimento", escreveu Barroso em sua decisão.

Homem que queria atacar Macron esfaqueia padre e freira em seção eleitoral na França

 De acordo com a polícia, o homem disse que queria matar o presidente francês, Emmanuel Macron, que estava em Le Touquet, do outro lado do país

(Foto: Reuters)

247 - A polícia francesa prendeu um homem de 31 anos neste domingo (24), depois de esfaquear um padre e uma freira em um centro eleitoral de Nice. As duas vítimas estão fora de perigo.
De acordo com a polícia, ele disse que queria matar o presidente francês, Emmanuel Macron. O presidente, porém estava em Le Touquet, do outro lado do país. 
Macron venceu o segundo turno das eleições francesas contra Marine Le Pen, de extrema direita.









Reeleito, Macron agradece eleitores, critica extrema-direita e promete governar para todos

 “Os próximos anos não serão tranquilos, mas serão históricos e juntos poderemos reescrevê-los para novas gerações”, disse o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron

(Foto: AFP)


247 - Após projeção que aponta sua vitória nas eleições, o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, agradeceu a confiança dos franceses, criticou a extrema direita e prometeu governar para todos. 

“Os próximos anos não serão tranquilos, mas serão históricos e juntos poderemos reescrevê-los para novas gerações”, disse.

“Então, juntos, nós teremos de assegurar que estejamos unidos para que aquilo que aconteceu na França nos ajude a superar os desafios ao longo do caminho nos anos à frente. É um momento histórico, nós temos de tratar de nossa história para as gerações futuras. Caros compatriotas, é com ambição e compromisso com nosso país que eu gostaria de estar junto com vocês para embarcar nos próximos cinco anos", acrescentou.

Macron disse que “muito dos nossos compatriotas votaram em mim não pelas minhas ideias, mas para barrar as ideias da extrema direita". "Imagina a decepção deles esta noite”, frisou ele, afirmando ainda que seu novo governo não será uma continuidade dos próximos cinco, mas um esforço coletivo para remodelar o governo a serviço da juventude francesa. 

“Cada um de nós terá uma responsabilidade, cada um de nós terá de estar comprometido, porque todos nós somos importantes e vamos além de nós mesmos. É isso que faz o povo francês”, destacou.

“Nós temos de ter uma ambição, nós temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia nos lembrou das consequências trágicas e que a França precisa erguer sua voz e mostrar suas escolhas de forma mais claras, em todas as demandas, e nós faremos isso. Nós também temos que estar muito vigilantes, ter respeito, porque esse é um tempo de grande dúvida e divisão. Portanto, temos de ser fortes, mas ninguém será deixado de fora”, afirmou Macron.

Abraham Weintraub promete contar toda a verdade sobre o clã Bolsonaro nesta noite

 "A cobra vai fumar!", disparou o ex-ministro que está em pé de guerra com o clã


247 - Em pé de guerra com o clã Bolsonaro, o ex-ministro Abraham Weintraub prometeu revelar em uma live na noite deste domingo (24) segredos bombásticos a respeito de Bolsonaro e seus filhos. 

"Cansei! Vou contar detalhes que chocarão a imensa maioria", disse o ex-ministro que já foi um dos nomes da maior confiança de Bolsonaro.

A briga se intensificou após Eduardo Bolsonaro responder ao ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro, por conta da critica ao indulto concedido a Daniel Silveira (PTB-RJ), na noite de sexta-feira (22).

“A gente tá (na) guerra e o cara me falando em precedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido indulto e agora o instrumento tenha sido utilizado para seu fim: soltar um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma p*! Desculpa, mas não há outra palavra”, escreveu o deputado no Twitter.

Weintraub rebateu: “Aguardo o @BolsonaroSP me procurar, após ofender minha falecida mãe […]. Quer conversar em particular? Debater em público? Cedo ou tarde irei te encontrar (e isso não é ameaça de violência física) e você não vai gostar“.

Após o embate on-line, Weintraub disse estar sofrendo diversos ataques pessoais nas redes e prometeu vingança com as supostas revelações.

"Xingaram meu pai de Maconheiro e minha mãe de Prostituta. Falam que sou oportunista, traidor, palhaço, etc. E há participação do topo/Palácio", reclamou.

A live também contará com a presença do ex-chanceler olavista Ernesto Araújo, que já declarou sua revolta com Bolsonaro diversas vezes.







Macron é reeleito presidente da França com 58% contra Le Pen

O presidente francês Emmanuel Macron ganhou o segundo turno das eleições francesas contra Marine Le Pen, de extrema direita

Emmanuel Macron, reeleito presidente da França. 24/04/2022 (Foto: REUTERS/Johanna Geron)
 

247 - O presidente francês Emmanuel Macron foi reeleito neste domingo, 24, com 58% contra a candidata da extrema direita Marine Le Pen, que obteve 42% dos votos válidos, segundo informações do Ifop-Fiducial, para o portal de notícias TF1.

Macron, desta forma, iniciará seu segundo mandato à frente do Estado francês. Nas últimas eleições, em 2017, Macron também venceu contra Le Pen. Na época, no entanto, o resultado foi mais largo, com o atual presidente registrando 66% contra 34% da candidata da   direita.

O presidente eleito deve se dirigir ao povo francês nas próximas horas.



Rosas de Ouro bomba ao levar Bolsonaro virando jacaré para sambódromo (vídeo)

 Rosas de Ouro trouxe um enredo que falou sobre rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba


247 - O desfile da Rosas de Ouro na manhã deste domingo (24) transformou um personagem que representava  Jair Bolsonaro num jacaré depois que ele recebeu uma dose de vacina.

Sexta escola a entrar na avenida no segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, a Rosas de Ouro trouxe um enredo que falou sobre rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba.

Em dezembro de 2020, Bolsonaro disse que não tomaria vacina e que, se a pessoa optasse por tomar e virasse um jacaré, o problema seria dela. À época, Bolsonaro se referiu a uma cláusula da Pfizer de que não se responsabilizaria por eventual efeito colateral da vacina.








Com novo comando, Fiesp diz agora que investimento do governo é fundamental

 


247 - entrada de Josué Gomes da Silva como o novo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) deverá resultar em uma mudança no foco da instituição, o que inclui a defesa de um maior investimento do governo na infraestrutura do país. A Fiesp era comandada por Paulo Skaf,-  que apoiou o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff e que deixou a instituição para se filiar ao Republicanos. O objetivo é ser o vice na chapa encabeçada pelo ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas, indicado por Jair Bolsonaro  para disputar o governo de São Paulo.

O investimento privado em infraestrutura é fundamental e deve ser potencializado o máximo possível. Mas não se pode acreditar que o investimento público é desnecessário”, disse o economista-chefe da Fiesp Igor Rocha, ao jornal O Estado de S. Paulo. Segundo ele, o Brasil precisa de cerca de R$ 290 bilhões de investimentos anuais (4,3% do PIB)  para melhorar a infraestrutura e não investe sequer R$ 130 bilhões (menos de 2% do PIB). 

“Não cobrimos sequer a depreciação dos ativos de infraestrutura do País, assim temos uma contração do estoque do total de infraestrutura sobre o PIB”, disse o economista. Segundo a reportagem, em 1980, o estoque da infraestrutura correspondia a cerca de 56% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente este índice é de apenas 36%. 

Além da cobrança por mais recursos para a infraestrutura, Josué também pretende pressionar o governo federal para incentivar a reindustrialização do país.” Hoje, a indústria de transformação responde por apenas 11% do PIB – já foi o dobro no passado”, ressalta a reportagem. 


Gasto com educação cai sem parar desde o golpe de Estado contra Dilma

 Os dados são de um estudo divulgado na semana passada pela organização não governamental Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)

(Foto: ABr)

247 - O gasto público com educação atingiu em 2021 o menor patamar desde 2012. O gasto com educação está em queda livre desde os últimos cinco anos, com o golpe de Estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Os dados são de um estudo divulgado na semana passada pela organização não governamental Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Reportagem do G1 que divulgou o estudo aponta que, em 2021, apesar do valor das despesas autorizadas em educação ter sido cerca de R$ 3 bilhões superior ao de 2020, a execução financeira foi menor, ficando em R$ 118,4 bilhões.

Desta forma, de 2019, com execução de R$126,6 bilhões, a 2021 houve diminuição de R$ 8 bilhões. Em 2022, o valor autorizado para educação, de R$ 123,7 bilhões, é R$ 6,2 bilhões menor que a verba de 2021, R$ 129,8 bilhões.


Preços dos alimentos explodem e alta em março é a maior para o mês desde 1994

 Pesquisa da Apas em parceria com a Fipe aponta que os preços nos supermercados subiram 2,64% em março

(Foto: ABr | Reuters)

247 - Pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) aponta que os preços dos produtos nas prateleiras dos supermercados subiram 2,64% em março. O índice é o mais elevado para o mês desde 1994, quando  a série histórica foi iniciada. 

O grupo de alimentos foi um dos mais impactados pela alta no preço das commodities, uma das principais causas da subida dos preços nos mercados. Segundo a CNN Brasil, os preços dos legumes e verduras foram os que mais subiram, com altas de  18,75% e 13,77%, respectivamente.

Entre os produtos que tiveram maior aumento estão o tomate (41,27%), o repolho (34,24%) e a cenoura (32,23%).

"Podemos ter um outubro sangrento no Brasil", alerta João Cezar de Castro Rocha

 "Há uma mobilização gigantesca na máquina de comunicação bolsonarista", aponta o professor

João Cezar de Castro Rocha e Jair Bolsonaro (Foto: Tatiana Ferro/SESCSP | Alan Santos/PR)

247 – O professor João Cezar de Castro Rocha, especialista no tema da guerra cultural e da retórica do ódio bolsonarista, fez um alerta importante, em entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247. "Podemos ter um outubro sangrento no Brasil", afirma. Segundo ele, há uma mobilização gigantesca na máquina de comunicação bolsonarista e a base que apoia Jair Bolsonaro está se mobilizando para uma guerra.

Na entrevista, Castro Rocha exibiu vários vídeos que já estão circulando nas redes bolsonaristas e disse que o "mito" depende da "facada" e da "ressurreição" de Bolsonaro. "Ele tenta criar a imagem do libertador da nação contra a ditadura do Supremo Tribunal Federal", afirma. "A finalidade de Bolsonaro é desacreditar as eleições antes que elas ocorram", acrescenta.

O professor também defende a criação de mecanismos de combate às fake news e ao discurso de ódio. "Nenhuma democracia sobreviverá sem algum tipo de controle das plataformas digitais", diz ele. "Esta produção de instabilidade política está sendo monetizada e Bolsonaro autorizou um esgoto social a se tornar protagonista", afirma. "O bolsonarismo ataca a imprensa, a cultura e a universidade e tenta criar deliberadamente dissonância cognitiva. Neste processo, a mídia amiga chancela essa desinformação. Ao fim e ao cabo, a midiosfera bolsonarista cria uma realidade paralela", pontua.