sábado, 16 de abril de 2022

Paulinho da Força: 'não há possibilidade de o Solidariedade apoiar Bolsonaro'

 "Ele fez uma brincadeira comigo, eu fiz com ele", afirmou o ex-deputado sobre a conversa com Ciro Nogueira, na qual o ex-parlamentar sinalizou possibilidade de apoiar o centrão


Paulinho da Força (Foto: Agência Câmara)


247 - O presidente nacional do Solidariedade, o ex-deputado federal Paulinho da Força (SP), afirmou que o seu partido não apoiará Jair Bolsonaro (PL) na eleição. "Não há nenhuma possibilidade de o Solidariedade apoiar o Bolsonaro e o Ciro Nogueira sabe disso", afirmou. Os relatos do ex-parlamentar foram publicados neste sábado (16) pela coluna de Chico Alves, no portal Uol.

"(Ciro) é companheiro meu há muito tempo, independente de partido, independente de cargo que ele ocupe ou eu ocupe. Ele fez uma brincadeira comigo, eu fiz com ele, o áudio acabou vazando, e ficou até engraçado porque era uma conversa de amigos. Quando vaza fica parecendo algo além daquilo", continuou. 

De acordo com um áudio vazado, Paulinho da Força conversou com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) e sinalizou possibilidade de apoio ao centrão, que está fechado com Bolsonaro.

O ex-deputado também comentou sobre o fato de ter desmarcado uma reunião da Executiva Nacional do Solidariedade que aconteceria no dia 3 de abril com o objetivo de formalizar apoio do partido à pré-candidatura de Lula.

"O Solidariedade quer fazer parte de uma aliança ampla para tirar o governo Bolsonaro com aqueles que estão descontentes e não apenas com parte da esquerda", disse. "Não queremos ser o patinho feio da aliança".

Lula, Gleisi e Marília Arraes

O ex-presidente Lula foi ao Twitter pedir apoio do Solidariedade principalmente para a restituição dos direitos da classe trabalhadora.  

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), citou Paulinho da Força e destacou que Jair Bolsonaro é o inimigo dos trabalhadores, não Lula

Ex-integrantes do PT, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE) também pediu apoio do seu partido ao ex-presidente





Taxa extra na conta de energia deixa de ser cobrada a partir deste sábado

A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%

(Foto: ABR)
 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A partir deste sábado (16), a conta de luz pode ficar mais barata, com o fim a bandeira de escassez hídrica que resultava em uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida, que encarecia os custos da energia elétrica, estava em vigor desde setembro de 2021.

A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do país mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região.

Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.

“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.

De acordo com o ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. Em entrevista concedida no início da semana ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o secretário de Energia Elétrica do ministério, Christiano Vieira,  disse que atualmente os reservatórios estão, em média, com 70% de níveis de armazenamento, o que, segundo ele, “é muito relevante nessa época do ano”.

“Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.


General Newton Cruz, ex-chefe do SNI na ditadura militar, morre aos 97 anos

 Militar estava internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte do Rio.


(Foto: Reprodução)


247 - Morreu neste sábado (16)  o General Newton Cruz, ex-chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI) na ditadura militar. De acordo com informações do O Globo, Cruz faleceu aos 97 de causas naturais no Hospital Central do Exército, em Benfica, na Zona Norte, onde estava internado.

Entre os anos 1977 e 1983, quando comandava o SNI, Cruz foi acusado de participar da tentativa de atentado a bomba no Riocentro, em 1981.


TCU investiga compra de próteses penianas pelo Exército

O caso foi levado ao TCU pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO)

(Foto: ABr | Divulgação)


247 - O TCU iniciou nesta semana processo de investigação sobre a compra de 60 próteses penianas por unidades ligadas ao Exército. O caso está sendo analisado pelo relator, ministro Vital do Rêgo.

Os dados que balizam a denúncia foram obtidos no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal. Foram realizados três pregões, todos homologados em 2021, destinados à aquisição de "próteses penianas infláveis de silicone".

Os objetos são avaliados entre R$ 50 mil e R$ 60 mil cada. A compra totalizou R$ 3,5 milhões. O caso foi levado ao TCU pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). (Com informações do UOL). 


Lula pede apoio do Solidariedade na luta contra Bolsonaro

O ex-presidente destacou a necessidade de restituição dos "direitos dos trabalhadores e da democracia" diante da possibilidade de Paulinho da Força apoiar o centrão

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento com sincalistas (Foto: Divulgação)

 
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu neste sábado (16) apoio do Solidariedade para a eleição presidencial. "Todos juntos para restituir o diálogo, o respeito, os direitos dos trabalhadores e a democracia", escreveu o petista em sua conta no Twitter.

Na rede social, o ex-presidente retuitou uma postagem feita pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). Em recado ao ex-deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), a parlamentar reforçou que o inimigo da classe trabalhadora é Jair Bolsonaro (PL) e não Lula.
 
Ex-PT, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE) emitiu nessa sexta-feira (15) uma nota em que fez críticas às vaias contra Paulinho da Força, durante um evento na quinta-feira (14) de Lula com representantes sindicais. A parlamentar, no entanto, manifestou posição favorável pelo apoio do seu partido ao ex-presidente

Em conversa com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), Paulinho da Força sinalizou possibilidade de apoio ao centrão, que está fechado com Bolsonaro. 








Bolsonaro volta a criticar TSE e diz que vai procurar WhatsApp para liberar grupos de disparo em massa

 "Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?", questionou Jair Bolsonaro


Jair Bolsonaro (Foto: JOSE DIAS - PR)


247 - Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (16) que vai propor uma reunião com o comando do WhatsApp no Brasil para discutir com a plataforma o acordo feito entre o aplicativo e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em fevereiro, para combater fake news nas eleições deste ano. 

"Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações], vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?", disse Bolsonaro à CNN Brasil.

"Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse. Se é para o mundo todo, não posso fazer nada, agora, só para o Brasil, e volta a ser pro mundo todo depois das eleições, quer prova mais clara de interferência como essa na liberdade de expressão?", complementou.

Nessa sexta, Bolsonaro atacou ministros do TSE e afirmou que o acordo com o WhatsApp "não vai ser cumprido"


Gleisi manda recado a Paulinho da Força: 'o adversário dos trabalhadores é Bolsonaro e não Lula'

A presidente do PT fez uma postagem nas redes sociais após a informação de que Paulinho da Força estuda a possibilidade de apoiar o centrão

Paulinho da Força e Gleisi Hoffmann (Foto: Divulgação)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), mandou neste sábado (16) um recado ao ex-deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) após a informação de que o ex-parlamentar estaria estudando a possibilidade de apoiar o centrão, fechado com Jair Bolsonaro, e não o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O Solidariedade e o companheiro Paulinho da Força são muito importantes na nossa frente pela democracia e pela reconstrução do Brasil. O adversário dos trabalhadores(as) é Bolsonaro, é Paulo Guedes e sua política neoliberal que destrói o país. A hora é de unidade pelo Brasil", escreveu a parlamentar no Twitter. 

Na quinta-feira (14), o ex-presidente Lula participou de um evento com sindicalistas em São Paulo e Paulinho da Força foi vaiado. O ex-parlamentar disse acreditar que as vaias foram orquestradas pelo PT. O ex-deputado admitiu a hipótese de apoiar o centrão durante uma conversa com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.




Lula está "preocupado" com a renovação do Congresso em 2022

 Ex-presidente promete atuar para que campo progressista consiga eleger um bom número de representantes, sobretudo para Câmara dos Deputados

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Gustavo Zucchi e Igor Gadelha, Metrópoles - Líder nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula está “preocupado” com a renovação do Congresso Nacional nas eleições deste ano.

A preocupação foi externada pelo petista nas conversas que teve com lideranças do PT e de outros partidos durante sua recente passagem por Brasília nesta semana.

A previsão no PT é de que a renovação na Câmara chegue a 60% nas eleições de outubro. Nesse cenário, Lula alertou que o campo progressista precisa eleger um número expressivo de representantes.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Christian Dunker: "Bolsonaro não é psicopata, é canalha"

 O psicanalista afirmou que um segundo mandato de Bolsonaro “será desastroso e perigoso. Por isso, temos uma batalha decisiva pela frente”

Christian Dunker e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Abr)


Revista Fórum - Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, nesta sexta-feira (15), o psicanalista Christian Dunker abordou, entre vários temas, o perfil psicológico de Jair Bolsonaro (PL) e alertou para o perigo de um segundo mandato do atual presidente.

“Bolsonaro não é psicopata, é canalha”, resumiu Dunker. “É possível encontrar uma hipótese diagnóstica pelo discurso dele. É menos de perversão, que é mais habilitado para o cinismo. O Bolsonaro está mais para uma limitação, uma pobreza de funcionamento psíquico”, destacou.

O psicanalista desmentiu a tese de que Bolsonaro é uma pessoa sem empatia. “Ele tem empatia, mas só com os seus. É o que se chama de redução do tamanho do mundo. O perfil dele é do típico valentão da escola, que junta uma tropa para bater nos outros, para conseguir se justificar. Não há uma psicopatologia. Está mais para um tolo, sem qualidades”.

Leia a íntegra na Fórum.

Xico Sá: “Não é hora de picuinha. É democracia, ou não”

 Jornalista e escritor faz um balanço triste do Brasil pós-golpe, mas se mantém esperançoso de que o pior vai ficar para trás com a eleição de outubro

Xico Sá (Foto: Felipe Gonçalves / Brasil 247)

Por Alberto Cantalice, Olímpio Cruz Neto e Pedro Camarão, da Revista Focus

Xico Sá é um jornalista que fala o que pensa de forma direta, sem rodeios. Justamente por esse motivo, acredita que tem perdido espaço para falar durante o governo Bolsonaro. “Quem não fez o joguinho da mídia de bater isoladamente e depois assoprar, foi perdendo espaço”, constata. 

Xico é Francisco Reginaldo de Sá Menezes, cearense nascido no Crato, que começou a carreira de jornalista no Recife e seguiu para São Paulo nos anos 1990. Escritor de sucesso, comentarista esportivo, cronista, ele se declara eterno repórter. Cobre a política nacional desde a Assembleia Constituinte. E daí não ter dúvida em apontar que o país vive hoje o seu pior momento.

Crítico de visão acurada sobre a realidade brasileira, Xico é capaz de enumerar “as muitas bizarrices da política brasileira”, mas nenhuma se assemelha ao que é o governo Bolsonaro nem como ele prejudica o país e inviabiliza o país.

O veterano jornalista diz que derrotar Bolsonaro em 2022 é a grande missão de todos os democratas. E diz não apenas ser favorável à formação de uma frente ampla, mas estabelecer alianças as mais amplas possíveis. “Estamos no inferno. Mais quatro anos de Jair Bolsonaro acabariam completamente com o Brasil”, alerta.

Ele avalia que a censura imposta pelo fascismo bolsonarista fez com que a classe artística aprendesse na pele a importância da política e a se posicionar. Por isso, tantos artistas agora estão abertamente contra Jair Bolsonaro. A seguir, os principais  trechos da entrevista:

Focus Brasil — O governo Bolsonaro parece estar chegando ao fim, para o nosso alívio. O que você pode falar sobre esse período tão impressionante da história?

— Que anos malucos, meu velho... Primeiro, tomara que a sua premissa esteja correta. Tomara que seja realmente o fim. Ontem, eu fui no lançamento de uma revista chamada Olympio...

— De um pessoal lá de Minas Gerais...

— E o Milton Hatoum fez uma fala e foi muito parecida com essa premissa. Só que vez por outra “batia” um pânico e ele dizia “porque eu não sei o que será de nós, principalmente os mais velhos, com quatro anos a mais disso”. Seria o apocalipse, o fim do mundo. Espero que estejamos realmente caminhando para o fim dessa história. É um período, mesmo dentro de toda a bizarrice da política brasileira, como um museu de absurdos. Como repórter, cidadão e todas as minhas possibilidades de existências, eu nunca vi nada que se comparasse, mesmo você pegando o pior de cada época... Isso eu estou falando com a visão de um repórter que acompanha a política brasileira profissionalmente desde a Constituinte. Da redemocratização para cá, não temos... Mesmo nos piores momentos, caso, por exemplo, do governo Collor, de toda aquela crise nacional, mesmo assim eu acho que nada se compara a este período.

— Nem na ditadura militar, nenhum presidente, nenhum ministro,  falaria as loucuras que os porta-vozes do governo Bolsonaro, incluindo o próprio, fazem. Esses impropérios, essa maluquice de elogiar a cobra que estava com a Miriam Leitão… Estamos no reino do inominável. Nunca houve algo assim, com os fascistas tão descarados dessa maneira?

— Sim, perfeito. E os exemplos são diários. Por não serem mais causadores de espanto, a gente já caiu numa rotina. Mas você pega os casos de censura, boicotes, cancelamentos de financiamentos públicos ao cinema – são milhões –, shows... Então, é uma operação que vai nos custar muito caro. São quatro anos de censura que sequer ganhou esse nome porque de tão comum, banalizou-se e não é mais manchete. Cancelaram exposições, vetaram financiamento de filmes… E, já esticando para o campo da ciência, inviabilizou-se projeto de pesquisa… Isso não é mais notícia. O que fizeram com o CNPq, com todos esses órgãos... Eu acho que a nossa maior incapacidade como jornalistas, no momento, é não conseguir continuar tornando isso manchete.

— Por quê?

— Porque o festival de absurdos engoliu isso ao ponto de que se eu for vender como repórter uma censura de uma exposição, o editor vai dizer: “Pô, tá louco, cara”. É preciso de coisas muito mais graves para negociar uma manchete com meu chefe de reportagem. Este governo e os bolsonaristas conseguiram tornar isso tão banal com o mesmo método da ditadura militar. Virou banal e saiu das manchetes. O absurdo tem que ser 10 mil vezes superior para ser notícia. São quase quatro anos até agora, como nunca vistos.

— Gostaria de lhe perguntar sobre a atuação da grande imprensa no debate político. A imprensa esclarece ou mais atrapalha o debate político no Brasil?

— A imprensa cometeu o gravíssimo erro de normalizar o bolsonarismo desde a campanha [de 2018]. Acho que passou na cabeça de todas as direções de jornais o seguinte: “Olha, estamos diante de um acontecimento normal, democrático, eleição, e vamos tratar todos com a devida igualdade e etc…”. Desconsideraram todo aquele festival de absurdos do bolsonarismo. Então, Bolsonaro passa a eleição toda sendo tratado como um democrata, sendo normalizado. Em momento algum você teve sequer 10% de investigações do que se fez, por exemplo, na primeira eleição pós-ditadura para presidente da República, em 1989. Não se fez investigação nenhuma. Não teve investimento de imprensa em tratar o Bolsonaro como aquele resquício autoritário que poderia dar nessa merda toda que deu.

Houve uma tremenda normalização, que foi ampliada quando veio o Paulo Guedes com toda a sua cartilha ultra-neoliberal. Acho que aí o Bolsonaro ganhou uma licença premium de toda a imprensa, ele passa a ser tratado com tapete vermelho. [Gargalhadas] Vermelho não, no caso dele é outra cor... Mas o fato é que ele passa a ser tratado com toda a distinção e normalidade. Faz-se uma cobertura do governo Bolsonaro falando sobre “ala militar”, “ala técnica” e não sei o quê, com uma seriedade como se estivessem tratando o maior democrata do mundo. Eu acho que esse erro da normalização segue em voga. E, vez por outra, passa por um susto. Como é o caso agora com um dos filhos que fez essa apologia à tortura no caso da Miriam Leitão. É um absurdo. Nesses momentos de pico, quando o absurdo vai para um nível sem limite, é que toda a imprensa passa a viver, novamente, um “susto”. Mas o tratamento é muito nobre, não se cobre o governo Bolsonaro como se deve.

— E isso em todas as áreas…

— Sabe, tem esses casos todos e basta você pegar o Ministério da Cultura, ali você tem um ninho de coisa ruim que é impensável. E a imprensa cobriu isso tudo, até agora, ainda de forma muito superficial. Desde aquele cara da Cultura [Roberto Alvim] que fez aquele culto nazista... Fomos, enquanto imprensa no geral, dando [esse tipo de caso como] pequenos acontecimentos. Em hora nenhuma teve uma parada para se levar muito a sério, como deveria ter ocorrido. Tanto que, mal ou bem, Bolsonaro vai se arrastar até o dia da eleição ainda muito forte.

— É curioso porque você falou dessa coisa da tortura da Miriam Leitão, mas quando o Bolsonaro falou aquele impropério no dia do impeachment da Dilma, que votava em homenagem a Carlos Alberto Brilhante Ustra — “o terror de Dilma Rousseff —, e ainda falou rindo, com exceção da imprensa estrangeira e de alguns veículos, como por exemplo, o El País Brasil [que deixou de existir], o resto da mídia não ficou horrorizada.

— Não, não… Ficou dentro da “festa democrática”. Seguiram comemorando a queda da Dilma. Isso não atrapalhou nenhum segundo. Não foi nem um box na capa ressaltando aquele absurdo. Nada. Passou batido dentro da “festa” pela derrubada da Dilma. Isso não deu nem a ideia de um “susto”. Isso é que é um absurdo. Essa normalização é que foi nos trazendo até essa história que a gente vê hoje muito explícita.

— Quanto você sente que o Brasil piorou? O que te deixou mais perplexo?

— Foi tudo. Acho que profissionalmente teve um abalo direto porque eu e infinitas pessoas perdemos trabalhos, espaços de fala, deixamos de publicar livros, de fazer filmes, roteiros... Acho que temos um prejuízo que ainda não dá para dimensionar o tamanho. Mas, se você consultar, nove em cada dez artistas do Brasil, ou jornalistas que estavam na área editorial, ou metidos em outras coisas que não fosse o jornalismo de redação, todos nós perdemos muito. Não sei como chamar, mas é uma espécie de censura, cancelamento, inviabilização... Todos nós perdemos muito, logo de cara. Esse talvez tenha sido o meu primeiro susto. Acho que por conta dos meus posicionamentos públicos explícitos, em momento algum normalizando esse tipo de governo, começa a notar que está perdendo coisa, palestras, eventos que se fazia em empresas ou em instituições públicas... Eu acho que todo mundo que se expôs e não ficou fazendo o “joguinho” da mídia de dar uma “porrada” isolada aqui, e depois assoprar e ainda normalizar de novo, acho que todo mundo que se posicionou mais explicitamente sofreu isso de cara. Pode-se questionar que esses são prejuízos particulares, mas não são. Eu acho que é de uma coletividade enorme, da produção cultural do Brasil, editorial, cinematográfica, musical... É uma imensidão que a gente ainda não fez a conta, não dimensionou o tamanho desses prejuízos, dos filmes que não saíram, das músicas que não foram editadas, dos livros e etc. Existe um buraco aí, um prejuízo para o país equivalente à censura da época da ditadura. E o prejuízo é maior porque você não terá, pelo menos na história imediata, isso como um “listão” da censura ou “listão” de coisas que foram proibidas. Isso vai ficar na conta da economia, do debate ideológico, não vai ficar como um grande prejuízo artístico e cultural do país. Então, o primeiro baque que eu senti foi esse.

— A democracia corroída aos poucos.

— Sim. Tem a qualidade da democracia também... A democracia fica precária, passa a ter todas as defesas enfraquecidas, em todas as causas. Seja dos direitos humanos ou na causa indígena. Em todos os segmentos, existe um enfraquecimento da democracia. Isso foi feito muito, na prática. Esse não é um comentário ideológico. Se você for pegar instituições, entidades, que eram financiadas por dinheiro público, seja lá no semiárido de Pernambuco... Pega uma entidade que cuidava da política de convivência com o semiárido, essa entidade por ser acusada de ligação com a esquerda, com o “comunismo” ou o que quer que seja, ela foi alijada de financiamento público e saiu do jogo. Na esteira disso, você pode ver exemplos semelhantes em qualquer parte do Brasil, como na Amazônia, com entidades de proteção aos indígenas. Existem exemplos muito nítidos por todo o Brasil de enfraquecimento da democracia.

— O paralelo é correto e é mais grave agora porque na ditadura, por exemplo, mesmo com a censura e com todo o tipo de perseguição aos dissidentes políticos, a Embrafilme produziu filmes como “Pra Frente Brasil”. Você tem razão quando diz que o nível de perseguição era outro. E gostaria de aproveitar para lhe perguntar exatamente isso, a guerra desencadeada pelo Bolsonaro na cultura. Gostaria que você comentasse um pouco sobre isso.

— Eu acho que a primeira grande vítima foi o professor, a professora, a escola, a sala de aula. O primeiro grande alvo, a primeira grande perseguição, quem sofreu nem foram os artistas. É uma coisa que vem da campanha, da “escola sem partido”. Desde o início do governo Bolsonaro, tivemos professores sendo filmados, sendo execrados… Qualquer livro que não fosse religioso, mas fosse indicado para leitura, o professor tinha seu nome exposto em rede social como se fosse um “comunista”, um “imoral” ou um “indecente”. Então, acho que a primeira grande perseguição quem sofreu foi o pessoal da escola.

Depois, o governo pegou pesado nos artistas, mas num segundo momento. Foi quando entrou tudo isso o que eles chamam de guerra cultural. Todos os mecanismos de financiamento foram desmantelados e, não só isso, os equipamentos também. Nesse pacote, temos a Cinemateca, deixada tão às moscas que enferruja, filmes são perdidos, tem aquele incêndio... Isso é para dar o exemplo de um equipamento que sofreu esse tipo de coisa. Então, você tem um desmantelamento geral. É uma política deles, bem-sucedida, de frear, de acabar com qualquer financiamento. O cinema é um exemplo. Na ditadura, tínhamos o Glauber Rocha num diálogo maluco com o [Ernesto] Geisel, até as polêmicas com os artistas eram em outro nível. Veja, estou comparando com a fase carniceira da ditadura. Então, é muito maluco o que a gente viveu nesse campo.

— É assustador…

— Na campanha, tivemos todos esses sintomas. Quando eu falo na escola e nos artistas, você pega aquele evento, por exemplo, do Santander em Porto Alegre, da exposição que foi censurada. Naquela exposição, havia os dois mundos, a visita das escolas e os artistas. Ali, foi um anúncio muito explícito do que viria na prática. E veio e veio forte. Não é uma viagem teórica minha ou de qualquer diretor de cinema ou escritor que esteja desgostoso com o que aconteceu. A verdade é que os caras brecaram qualquer política pública para o setor cultural.

— Qual é a sua perspectiva sobre o futuro do país? Você viu a ascensão, a esperança daquele país do futuro se concretizando e acabamos neste buraco.

— Está sendo muito triste ver tudo isso. Eu tive filho de maneira tardia, agora há cinco anos, justamente nessa hora, pô [fala rindo, mas em tom de lamento]. É tudo muito triste. Diante do que a gente passa hoje, antes nós achávamos que era apenas uma melhora do país, mas na verdade foi um belo de um sonho que vivemos do primeiro governo Lula por diante. Vivemos até um certo alívio, pelo menos na discussão democrática com o Fernando Henrique [Cardoso]. Então, uma certa civilização, digamos assim. E nos deparamos com isso agora. Dá uma ideia muito triste. Quem tem mais de 50 anos, eu acho que tem aquela ideia: “Pô, vamos ter que refazer, vai ser uma mão de obra ‘danada’ para reconstruir”. Mas diante de toda a desgraça, estou animado no sentido da reconstrução mesmo. E aí entra o cidadão, o pai, o jornalista. Eu acho que a Irene [filha de Xico] viveu inocentemente essa barra pesada do pós-Golpe para cá e eu vivo hoje essa ideia animadora de reconstrução.

O drama agora é ganhar a eleição e depois ter todo o embate. Acho que a esquerda vai viver uma disputa por espaço, vamos ter uma cobrança grande, mas eu quero que haja um belo embate nessa reorganização para refazer o país. Tem toda essa rede de proteção social e de direitos humanos que vai precisar ser reconstruída. E vamos ter uma disputa por espaço, quem vai ter mais espaço, menos espaço. Tudo isso é discussão para o próximo ano, para começo de mandato. Até agora, a gente tem uma obrigação moral, cívica, democrática como nunca tivemos que é ganhar a eleição com a aliança possível. Eu acho que a aliança deve ser até no limite do democrata — “Ah, você é democrata? Vamos então ganhar a eleição”.

Vamos sair do inferno e quando a gente subir ali o primeiro degrau do purgatório, a gente começa a discutir com organizações não governamentais, com toda essa rede democrática — sindicatos, associações — com toda essa rede que nos deu a ilusão de um grande país que a gente estava construindo. Eu acho que o “quebra-pau” é depois. Em 2023, a esquerda quebra o pau lindamente e vê o rumo do tipo de reconstrução que vai ser feito. Mas até outubro, acho que há um grande compromisso com juntar os democratas e as democratas e ganhar a eleição. Eu nunca pensei que uma eleição fosse tão importante como essa agora porque não é uma eleição normal, é quase um ato de exorcismo. É uma coisa religiosa, nesse sentido. É um plebiscito, democrata ou não democrata. Não tem conversinha, o resto é gourmetização. É muito sério o que a gente está passando para ficar gastando com picuinha. Não é hora de picuinha.

— Vi nas redes sociais você defendendo a ampla aliança, inclusive a união com o Alckmin. Você já disse que continua achando o Bolsonaro muito forte. Então, gostaria que você destrinchasse. Por que você é um entusiasta dessa aliança ampla?

— Olha que eu já fui cheio de frescura para alianças em outros pleitos. Eu sempre fui: “Ah, não, mas esse cara não porque ele aprontou isso, fez aquilo...” Mas o cenário, essas pesquisas ainda com o Bolsonaro beirando a casa dos 30%, essa engrenagem que ele fez agora com o Valdemar Costa Neto, o Centrão, pesadíssima… Não podemos desconsiderar que é o cara que tem a máquina, o cofre. Num ano eleitoral, no Brasil, é uma coisa que conta muito, historicamente. Por conta de tudo isso, e desse cenário fascista, não é brincadeira, não é pra gente ter a frescura que tivemos. Já foi um luxo ter muita frescura em relação a alianças em eleições passadas. Foi justo. Mas esse ano é pra deixar de lado, juntar democrata e ganhar a eleição. Depois quebra o pau dentro da esquerda, da direita, em todos os setores democráticos, por espaço. Acho que isso tudo é uma linda quebradeira para depois da eleição. Nessa, a gente não pode se dar ao luxo de recusar um apoio de um democrata. Mais quatro anos essa desgraça, porra, tenho dó dos nossos filhos. Eu acho que eles não merecem uma largada de formação com isso. O risco é muito grande. Vamos guardar a briga entre nós para logo mais. A gente é bom de briga e vai brigar muito por espaço, pelo tamanho de cada um na reconstrução. Agora, temos que apostar na solução democrática. Temos que fazer como o poeta e escritor pernambucano Marcelo Mário de Melo. Ele foi torturado, sofreu para cacete na ditadura. E define a aliança de agora da seguinte forma: “Vamos fazer uma aliança até doer um pouquinho. Mesmo doendo um pouquinho a gente faz”. Então, o limite agora é até doer e depois vemos o que fazemos quando estivermos livres dessa praga que está aí.

— Como a história tratará Sérgio Moro e Deltan Dallagnol?

— Na mais otimista das previsões, eu não imaginava que seria tão rápido. Eu achava que a credibilidade deles, tendo como avalistas toda a mídia hereditária dos grandes jornais... Porque era muito forte a sustentação deles. Você tinha um Jornal Nacional abrindo aquela imagem daquele duto soltando dinheiro todos os dias às oito da noite, para todas as famílias brasileiras, durante anos e anos e anos. É quase uma corrente religiosa, não é nem uma questão de Judiciário ou de mídia. É quase uma seita pesada. Teve isso entrando em casa quase que como um culto diário durante anos. Então, bendito seja o hacker, que ganhe o reino dos céus... No mínimo, a gente teria que estar discutindo durante a eleição a credibilidade deles ainda em alto nível. Então, quando eu digo bendito hacker é nesse sentido. Bendita Vaza Jato que nos trouxe todos aqueles diálogos escabrosos revelando que aquilo não é Justiça, não é Ministério Público. Foi um grande conluio.

— Bolsonaro conseguiu uma coisa que há muito tempo não se via. O último momento em que a gente viveu uma efervescência em que artistas colocaram a cara à tapa foi na campanha de 1989. E agora, a gente tem de novo isso, com gerações variadas. Como vê esse envolvimento dos artistas?

— Acho que toda a classe artística aprendeu. Quem não sabia ou dizia — “ah, eu não misturo a minha música com política... não misturo meu show, meu cinema, eu faço uma literatura solene que não se mistura com o dia-a-dia” —, quem pensava no artista distante disso tudo aprendeu agora, definitivamente. Eu acho que não é só por bondade que toda a classe artística está aí. É porque aprendeu. Sofreu as consequências pesadas. Tivemos uma pedagogia agora do que é política, do que ela pode e do efeito dela em qualquer segmento, como nunca tinha ocorrido. Mesmo muitos artistas que não estiveram com a esquerda em 2018, que estavam do outro lado — são bem-vindos nessa hora —, sentiram o que é a ideia de uma política fascista. Eles sentiram para valer. Mas, realmente, você pega as imagens, elas lembram muito o segundo turno de 1989. Mas eu creio que de forma mais politizada dessa vez porque cada um dos artistas sabe 10 exemplos do que é seguir com o Bolsonaro daqui por diante.

— E a rejeição nordestina ao bolsonarismo. É herança do Lula?

— Cara, é impressionante. Eu acho que isso ajudou até... Tem sempre uma discussão sobre o que seria o Nordeste, se há uma identidade entre os nove estados, o que seria essa ideia de ser nordestino, de nordestinidade. É louco porque se a gente não tinha um traço que unisse os nove estados, a gente teve com Lula para cá, que é essa escolha muito bem definida e já de cara pelas candidaturas da esquerda, a partir dos governos do PT. E o mais interessante é que ela passa por todas as classes sociais, desde o cara do semiárido até uma classe média metropolitana mais metida à besta. Podemos dizer que essa predileção pela esquerda é um traço comum entre todos os estados nordestinos. É muito por conta do legado, da história, porque qualquer família tem uma grande história para contar. Na minha família, só eu havia entrado na universidade dentro de uma família entre “milhões” de primos. Foi no governo Lula, que a primeira pessoa da minha família, depois de mim, entrou na universidade. Em outras famílias, foram as primeiras pessoas. As histórias são muito concretas. O cara da bodega que passou a vender mais, até o desconfiado que achava que Bolsa Família era esmola. Ele viu que aquilo em alguns lugares era, na prática, a invenção do capitalismo.  Eu tenho um tio, bodegueiro num lugar chamado Sítio das Cobras, em Santana do Cariri, lá no Sul do Ceará. Nesse lugar, vivia-se ainda de um certo escambo, de troca de um dia de trabalho por uma mercadoria. Ou de uma mercadoria por outra… E com o pouco dinheiro que foi com os programas sociais, tivemos na prática a invenção do capitalismo nos anos 2000. Tudo aquilo que o cinismo de uma certa classe média da metrópole achava que era esmola vira, praticamente, a invenção do capitalismo em alguns lugares. Eu acho que esse apoio majoritário dos nordestinos à candidatura do Lula é pura memória. Pura memória. Toda família tem um mar de histórias para contar sobre isso.

Flávio Dino: governo Bolsonaro é o mais corrupto da história brasileira

 Ex-governador do Maranhão defendeu uma CPI para investigar a corrupção no MEC e disse que não se pode naturalizar os diversos escândalos do governo Bolsonaro. Assista na TV 247

Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: GOVMA | Marcos Corrêa/PR)

247 - O ex-governador do Maranhão e pré-candidato ao Senado pelo PSB, Flávio Dino, defendeu em entrevista à TV 247 a instauração de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o escândalo dos pastores lobistas no Ministério da Educação. 

Segundo Dino, o governo Bolsonaro é o mais corrupto da história brasileira, tendo protagonizado diversos escândalos. Ele também comentou a sequência de denúncias envolvendo as Forças Armadas.

"É um dever cívico do Congresso Nacional e do Ministério Público a CPI do MEC. Temos uma realidade sendo revelada todos os dias em que o suposto combate à corrupção resultou no governo mais corrupto da história brasileira. O governo Bolsonaro é o governo mais corrupto da história brasileira. Todos os dias isto é provado, com orçamento secreto, rachadinha, com o escândalo infelizmente envolvendo as Forças Armadas, uma parte dela, e agora no MEC", disse Dino. 

"Espero que o Ministério Público aja, porque não se pode naturalizar essa profusão de denúncias que todo dia saem", disse. 


Prerrogativas entrará com ação para responsabilizar Moro pelos "prejuízos que causou com sua atuação parcial e suspeita"

 Ação se baseará no estudo do Dieese que calculou os prejuízos da Lava Jato: perda de 4,4 milhões de empregos e R$ 47,7 bilhões a menos na arrecadação de impostos

Sergio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


247 - O Grupo Prerrogativas entrará em breve com uma ação popular contra o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP), informou a Guilherme Amado, do Metrópoles, o advogado Fabiano Silva.

O objetivo, segundo Silva, é fazer Moro responder pelos "prejuízos que causou por conta de sua atuação parcial e suspeita".

O pedido se baseará no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que calculou o prejuízo causado pela Lava Jato ao país: perda de 4,4 milhões de empregos e R$ 47,7 bilhões a menos na arrecadação de impostos.

O Dieese destaca ser a favor do combate à corrupção, mas por meio de "mecanismos eficientes, com a preservação dos empregos, como ocorre em outros países”.

Casa Civil apaga fotos de Ciro Nogueira com pastor lobista do MEC

 Arilton Moura é suspeito de cobrar propina de prefeitos em troca de agendas com o então ministro da Educação, Milton Ribeiro

(Foto: Reprodução)

247 - A Casa Civil apagou fotos de seu arquivo que registravam um encontro entre o ministro Ciro Nogueira (PP-PI) e o pastor Arilton Moura, apontado como integrante de um esquema de propinas no Ministério da Educação. Arilton cobrava propina de prefeitos para facilitar agenda destes com o então ministro da pasta, o também pastor Milton Ribeiro.

De acordo com o G1, as imagens tinham sido publicadas na conta do Flickr da Casa Civil. A reunião ocorreu no dia 21 de setembro de 2021.

"Parece que a foto ou o vídeo que você está procurando não existe mais", diz a mensagem no site após a exclusão do material.

Consultor do FNDE recebeu R$ 2,4 milhões para facilitar obtenção de verbas por prefeituras

 Consultor do fundo, Darwin Einstein de Arruda Nogueira Lima tem uma empresa de engenharia e fechou contratos com pelo menos 15 prefeituras, que somaram empenhos de R$ 10,5 milhões

(Foto: Reprodução)

247 - Um consultor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) faturou, segundo o Estado de S. Paulo, "ao menos R$ 2,4 milhões para facilitar o recebimento de verbas por prefeituras do Maranhão". 

O engenheiro civil Darwin Einstein de Arruda Nogueira Lima é dono de uma empresa de engenharia - a Nogueira Lima Serviços e Construções - que fechou contratos com prefeituras atendidas pelo FNDE. Ao mesmo tempo, ele tem livre acesso aos sistemas internos no FNDE, que funciona como um "banco" do Ministério da Educação.

Desde de 2019, a empresa fechou contratos com pelo menos 15 prefeituras maranhenses, que somaram empenhos de R$ 10,5 milhões do FNDE.

O FNDE é presidido por Marcelo Ponte, apadrinhado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).

Nogueira montou um esquema para distribuir recursos do FDNE, que envolve políticos do Progressistas, PL e Republicanos.

Solidariedade suspende apoio a Lula após vaias a Paulinho da Força

 Presidente do partido conversou com Ciro Nogueira, ministro de Bolsonaro, nesta sexta-feira

Paulinho da Força e Lula (Foto: Reprodução)

Revista Fórum - O presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, não gostou das vaias recebidas durante evento do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) com centrais sindicais, na quinta-feira (15). O líder da Força Sindical discursou normalmente, mas foi vaiado quando citavam seu nome no evento. O episódio fez com que o partido cancelasse evento em que formalizaria seu apoio à pré-candidatura de Lula á presidência.

O Solidariedade pretendia formalizar apoio a Lula no dia 3 de maio, quatro dias antes do lançamento oficial da chapa com Alckmin. 

Paulinho da Força disse ao Poder360 que a relação do Solidariedade com o PT não está boa e enxergou as vaias no evento como uma estratégia. No evento estavam presentes sindicalistas de diversas centrais sindicais, incluindo da Força Sindical. 

Leia a íntegra na Fórum.