domingo, 10 de abril de 2022

Bolsonaro torrou R$ 1,7 mi em escritório no Rio que nunca foi usado por ele

 Criação do escritório do gabinete regional da Presidência foi um dos primeiros atos de governo assinados por Jair Bolsonaro ao tomar posse em 2019

Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Ueslei Marelino/Reuters)


247 - O escritório montado no Rio de Janeiro para que Jair Bolsonaro pudesse despachar em seu reduto eleitoral nunca foi utilizado por ele, apesar de ter sido um dos primeiros atos de governo assinados por ele ao assumir o cargo. De acordo com o jornal O Globo, o escritório “já consumiu R$ 1,7 milhão só em salários de servidores” desde que foi criado, em 2 de janeiro de 2019. Ao todo, quatro funcionários estão lotados no gabinete regional. 

De acordo com a reportagem, o local também serviria para dar apoio operacional aos ministros que  estivessem de passagem pelo Rio, mas de acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, “não constam nos registos oficiais qualquer visita presencial de ministros”.


MEC de Bolsonaro virou espelunca, diz Haddad

 Ex-ministro reagiu ao esquema de criação de "escolas fake" pelo Ministério da Educação do governo Bolsonaro: "quem viu aquele ministério voando chora diante dos escombros"


Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert | Marcos Oliveira/Agência Senado)


247 - Ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) reagiu pelo Twitter neste domingo (10) à notícia de uma esquema no Ministério da Educação para a criação de "escolas fake".

O MEC, sob o governo Jair Bolsonaro (PL), disse Haddad, virou uma "espelunca". "Depois de tentar roubar dinheiro na compra de computadores e ônibus escolares, chegou a hora da quadrilha atuar na construção de escolas. O MEC bozista virou uma espelunca. Quem viu aquele ministério voando chora diante dos escombros da educação. A resposta virá. Tire seu título!".

O Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de 2 mil novas escolas em todo o país apesar da falta de verbas para concluir as obras de outras 3,5 mil unidades de ensino, o que vai de encontro às leis orçamentárias da União. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “o esquema de ‘escolas fake’ tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado”. Segundo a reportagem, o FNDE precisaria de R$ 5,9 bilhões para levar adiante as obras das novas escolas contratadas. 


Oriovisto Guimarães retira assinatura para CPI do MEC e comissão fica sem apoio mínimo necessário

 "Voltamos a ter 26 assinaturas para a instalação da CPI do MEC. Seguiremos atrás de mais", anunciou o senador Randolfe Rodrigues

Oriovisto Guimarães (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou pelo Twitter neste sábado que o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) retirou sua assinatura para a criação da CPI do MEC e que, com isso, a comissão voltou a não ter o apoio mínimo necessário para ser instalada.

O requerimento de criação da CPI precisa de no mínimo 27 assinaturas. "Com a retirada da assinatura do senador Oriovisto Guimarães, voltamos a ter 26 para a instalação da CPI do MEC. Seguiremos atrás de mais assinaturas para passar a limpo o Bolsolão do MEC e investigar os escândalos de corrupção desse governo! Eles não podem sair impunes!", escreveu Rodrigues.

Pelas redes sociais, Oriovisto justificou o recuo.


Classificado como corrupto pela PF, Ciro Ciro Nogueira diz que corrupção no governo Bolsonaro é "virtual"

 "Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada", disse o ministro em relação ao escândalo no MEC

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira (Foto: Adriano Machado/Reuters)

247 - O ministro da Casa Civil e um dos líderes do centrão, Ciro Nogueira, negou as suspeitas de suborno envolvendo o governo Jair Bolsonaro e qualificou como "corrupção virtual” as denúncias de que pastores indicados pelo atual ocupante do Palácio do Planalto e sem cargos no governo tenham intermediado a liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC) em troca de propinas. Nesta semana, a Polícia Federal concluiu que o ministro recebeu propinas do grupo J&F e, por isso, cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relatório final sobre o caso foi enviado nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada", disse  Nogueira ao jornal Folha de S. Paulo. “É igual à questão das vacinas, é uma corrupção virtual, que não existiu”, completou.

Na entrevista, Nogueira também defendeu as chamadas emendas de relator, que fazem parte do orçamento secreto do governo Bolsonaro para cooptar parlamentares no Congresso. Você já viu um governo, desde que o mundo é mundo, não fazer isso? Você acha que no governo do PT o pessoal do PSDB fazia as indicações?”, disse o aliado de Bolsonaro. 

Ele também disse acreditar que Bolsonaro será reeleito no pleito presidencial de outubro e atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto. “O maior cabo eleitoral de Bolsonaro é o Lula. O Bolsonaro de hoje é muito melhor do que o Bolsonaro de 2018. O Lula é o contrário. O Lula de hoje é muito pior do que o Lula de 2002. Tenho certeza que as pessoas não vão querer isso’, avaliou. 

Ainda segundo Nogueira, a entrada dos militares no governo - que hoje ocupam cerca de 8 mil cargos comissionados na administração federal - é aprovada pela população. “ Está dando certo o país. É o caminho, as pessoas estão aprovando isso. As instituições militares são altamente respeitadas e aprovadas”, disse. 

“O voto dos jovens vai decidir a eleição”, diz Alexandre Padilha

 Deputado federal exortou jovens a tirarem seu título de eleitor e destacou que a grande maioria do grupo é anti-Bolsonaro. Assista na TV 247

(Foto: Divulgação)

247 - O deputado federal Alexandre Padilha, em entrevista à TV 247, exortou os jovens brasileiros a tirarem seu título de eleitor, para que o grupo auxilie no movimento para derrotar Jair Bolsonaro. Segundo ele, o eleitorado jovem, que não votou nas últimas eleições presidenciais, desempenhará um papel crucial em outubro.

“Estou convencido de que essa eleição vai ser decidida por aquelas pessoas que não votaram em 2018. Acredito que vamos ter o cenário do Lula se mantendo na liderança, próximo de ganhar no primeiro turno, e que o Bolsonaro vai se recuperar um pouco com a turma que estava com o Moro, mas o Lula vai continuar liderando e a eleição vai ser decidida pelos fatos políticos das duas últimas semanas. Pode ser no primeiro turno ou em um segundo turno bastante acirrado. Vai ser uma campanha dura”, disse.

Neste cenário, o voto jovem será decisivo. “Se tem uma coisa que pode decidir essas eleições é chegarmos a mais de 80% das pessoas entre 16 e 18 anos com seu título de eleitor. Esse é o primeiro passo, que tem que acontecer até o dia 4 de maio. A grande dedicação nesse momento é estimular a juventude a tirar o título”, disse. 

De fevereiro para março, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, o número de novos títulos eleitorais entre jovens cresceu quase 28%. Somente no último mês, mais de 445 mil novos eleitores se habilitaram para votar. 

“E temos 5 milhões ainda que podem se inscrever, numa faixa etária que rejeita em 65% o Bolsonaro”, lembrou Padilha. 

“Assim como nos Estados Unidos a campanha do movimento negro pelo cadastramento do voto da população negra, que tinha desistido do sistema político americano e não se interessava em ir votar, e foi isso que decidiu a campanha, o voto da juventude pode decidir a campanha no Brasil”, completou. 


"Que Bolsonaro tentará um golpe é certo como dois e dois são quatro", diz Fernando Horta

 Historiador também afirma que o Brasil não ficará livre do fascismo sem algum grau de violência

Jair Bolsonaro e Fernando Horta (Foto: Isac Nóbrega/PR | Reprodução)

247 – O historiador Fernando Horta avaliou, em seu programa semanal com Gustavo Conde, que Jair Bolsonaro tentará um golpe de estado para não deixar o poder no Brasil. "É certo como dois e dois são quatro", afirmou. Na sua avaliação, o fascismo funciona desta maneira, corrompendo a ordem institucional, e ele se encontra amparado pelas Forças Armadas, que não irão querer "largar o osso".

Horta também disse que o Brasil não se libertará do fascismo sem algum grau de violência. "Foi assim na Alemanha, na Itália e será assim também no Brasil", diz ele. Horta afirma que os poderes institucionais empurraram o Brasil para esta situação trágica porque as instituições deixaram de funcionar no Brasil há pelo menos seis anos, a partir do golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. "A vida de uma pessoa passou a valer menos que a ameaça de um fascista", afirma.


Homem mais rico do Brasil, Lemann diz que Brasil terá novo presidente em 2023

 Dono da Ambev, empresário disse esperar mudanças políticas para o próximo ano. Lula lidera todas as pesquisas

Lula e Jorge Paulo Lemann (Foto: 247 | Reuters)

247 – O empresário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e homem mais rico do Brasil, com fortuna estimada em US$ 16 bilhões, disse esperar mudanças políticas no Brasil. "Teremos um novo presidente no Brasil ano que vem", afirmou, durante um debate da Brazil Conference, segundo reportagem de Rafael Balago, na Folha de S. Paulo.

"A principal coisa que estou tentando é melhorar a educação em termos de tornar as pessoas capazes de participar da economia das startups ou mesmo ser competitivos no mundo", disse ainda Lemann, que apoiou o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff. 

A primeira pesquisa presencial Quaest, patrocinada pela Genial Investimentos, após a desistência do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) de disputar a Presidência foi divulgada nesta quinta-feira (7) e mostra o ex-presidente Lula (PT) com possibilidade de vencer no primeiro turno.

Lula tem 45% das intenções, oscilando 1 ponto para cima em relação ao levantamento anterior. Jair Bolsonaro (PL) passa de 26% para 31%. Ciro Gomes (PDT) perdeu um ponto com a saída de Moro, oscilando de 7% para 6%, dentro da margem de erro. João Doria (PSDB) mantém os 2% da pesquisa anterior.

Ainda com a desistência de Moro e a transferência de votos para Bolsonaro, Lula venceria a disputa no primeiro turno, com 51,1% dos votos válidos no principal cenário estimulado.


Codevasf, que recebeu R$ 3 bilhões em emendas, não consegue comprovar valor das obras executadas

 Estatal vem sendo utilizada como meio de escoamento de recursos das emendas do orçamento secreto, utilizado pelo governo Bolsonaro para cooptar parlamentares

(Foto: Reprodução)

247 - A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) não conseguiu comprovar o valor real das obras executadas em 2021 e que receberam cerca de R$ 3 bilhões por meio de emendas parlamentares no ano passado. Segundo a Folha de S. Paulo, uma auditoria independente realizada pela Russell Bedford aponta que a estatal encerrou o exercício de 2021 sem conseguir comprovar no balanço o valor real das obras realizadas. As emendas parlamentares foram responsáveis por 61% da dotação orçamentária total da empresa. 

De acordo com o documento, “a companhia apurou todas as operações registradas na contabilidade, mas ainda está verificando a existência das operações registradas para realizar os devidos ajustes contábeis e, assim, apresentar o saldo contábil de forma fidedigna". O valor questionado soma cerca de R$ 2,7 bilhões. No ano passado, a Codevasf registrou um prejuízo de 358 milhões. 

A informação de que a Codevasf não sabe o valor real das obras que executa foi feita na esteira da revelação do afrouxamento das regras licitatórias em obras de pavimentação feitas pela estatal que utiliza dados fictícios que valem para estados inteiros. O objetivo das mudanças é viabilizar o recebimento das verbas de emendas por meio do chamado orçamento secreto, utilizado pelo governo Jair Bolsonaro para cooptar apoio no Congresso Nacional.

No relatório, a firma de auditoria diz que não é possível opinar "sobre os saldos dessas contas e os componentes das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa". A Codevasf registrou um prejuízo de R$ 358 milhões em 2021.

Ainda conforme a reportagem, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) também destaca que foram "identificadas falhas nos procedimentos de monitoramento da execução física das obras de pavimentação, que ocorre, predominantemente, nas superintendências regionais da Codevasf", além da “ocorrência de sobrepreço de R$ 3,3 milhões em dez máquinas compradas pela Codevasf com recursos das emendas de relator no ano passado”.

"Nenhum presidente deu tantos motivos para ser investigado e foi tão protegido como Bolsonaro", diz Janio de Freitas

 Um dos jornalistas mais experientes do Brasil, Janio de Freitas protesta contra a blindagem oferecida pelas elites a Jair Bolsonaro

(Foto: Divulgação)


247 – "​Nenhum presidente legítimo, desde o fim da ditadura de Getúlio em 1945 —e passando sem respirar sobre a ditadura militar— deu tantos motivos para ser investigado com rigor, exonerado por impeachment e processado, nem contou com tamanha proteção e tolerância a seus indícios criminais, quanto Jair Bolsonaro. Também na história entre o nascer da República e o da era getulista inexiste algo semelhante à atualidade. Não há polícia, não há Judiciário, não há Congresso, não há Ministério Público, não há lei que submeta Bolsonaro ao devido", protesta o jornalista Janio de Freitas, um dos mais experientes do País, em sua coluna na Folha de S. Paulo.

"As demonstrações não cessam. Dão a medida da degradação que as instituições, o sistema operativo do país e a sociedade em geral, sem jamais terem chegado a padrões aceitáveis, sofrem nos últimos anos. E aceitam, apesar de muitos momentos dessa queda serem vergonhosos para tudo e todos no país", acrescenta. O jornalista menciona vários escândalos: "o fuzilamento de Adriano da Nóbrega, o capitão miliciano ligado a Bolsonaro e família, a Fabrício Queiroz, às "rachadinhas" e funcionários fantasmas de Flávio, de Carlos e do próprio Bolsonaro. E ligado a informações, inclusive, sobre a morte de Marielle Franco."

TCU dá prazo de 15 dias para devolução de R$ 3,4 bi do fundo emergencial do Turismo

 Corte concluiu que o Ministério do Turismo cometeu irregularidades na administração da verba de R$ 5 bilhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur)

Tribunal de Contas da União (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)


247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu um prazo de 15 dias para que sejam devolvidos R$ 3,4 bilhões em verbas emergenciais enviadas pelo Ministério do Turismo a bancos públicos para socorrer o setor em função da pandemia de Covid-19. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Corte concluiu que a pasta cometeu irregularidades na administração da verba de R$ 5 bilhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur),  cujos recursos serviriam para socorrer estabelecimentos do setor em dificuldades financeiras.O acórdão do TCU foi publicado no dia 30 de março. 

Segundo a reportagem, uma auditoria do TCU constatou que “até outubro do ano passado que R$ 2 bilhões repassados pelo Fungetur estavam parados no caixa de bancos que deveriam ter emprestado a verba ao setor do Turismo. Em outra frente, a auditoria questiona que o empenho excessivo da verba aos bancos fez com que o governo virasse o ano de 2020 com R$ 1,4 bilhão em restos a pagar. Ou seja, um saldo prometido pelo Planalto a estas instituições que ainda não havia sido pago. O valor a ser restituído ao Tesouro advém da soma dos R$ 2 bilhões ociosos nos bancos com o R$ 1,4 bilhão em restos a pagar que devem ser cancelados”.

De acordo com o TCU, o valor representa “um custo de oportunidade à sociedade brasileira, haja vista que poderiam ser direcionados a demais programas/ações do governo federal adotados para o enfrentamento da emergência de saúde pública”. 

"Voto útil em Lula nunca foi tão útil como agora", diz Gustavo Conde

 Linguista afirma que eleitores de Ciro Gomes podem decretar o fim do fascismo caso votem em Lula

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert | ABr)

247 – O jornalista e linguista Gustavo Conde defendeu, em seu programa semanal com Leonardo Attuch na TV 247, que os eleitores de Ciro Gomes votem no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno para garantir a derrota de Jair Bolsonaro. "O voto útil em Lula nunca foi tão útil como agora", disse ele.

Conde também comentou a descoberta de que a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, envolvido no assassinato de Marielle Franco, pode ter sido encomendada pelo Palácio do Planalto e disse que o Brasil hoje é "governado pela bandidagem". Conde também afirmou que a pesquisa Ipespe é boa para Lula e mostra uma liderança estável. Na sua visão, a aliança Lula-Alckmin propõe ao Brasil um projeto de reconciliação com a democracia.

Atrás nas pesquisas e com risco de não ser reeleito, Bolsonaro vai intensificar ataques a Lula

 A nova estratégia visa vincular a imagem de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, a ex-aliados investigados pela Polícia Federal

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - Os estrategistas da campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro prometem intensificar os ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto e que pode ganhar a eleição presidencial já no primeiro turno

De acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “o método passa por explorar imagens do petista com seus aliados com históricos atrelados a investigações e suspeitas de corrupção, como é o caso de Geddel Vieira Lima, que foi preso após a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em malas em um apartamento na Bahia”. 

Segundo a reportagem, a decisão teria sido  tomada após pesquisas qualitativas  internas do Palácio do Planalto apontarem que Lula perderia parte do apoio do eleitorado com a associação entre ele e os investigados. 

Governo Bolsonaro abandona obras paradas e monta um esquema de ‘escolas fake’ para beneficiar aliados

 MEC autorizou construção de 2 mil novas escolas, enquanto outras 3,5 mil estão inacabadas. FNDE precisaria de R$ 5,9 bilhões, mas não tem recursos para tocar as obras

(Foto: ABr)


247 - O Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de 2 mil novas escolas em todo o país apesar da falta de verbas para concluir as obras de outras 3,5 mil unidades de ensino, o que vai de encontro às leis orçamentárias da União. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “o esquema de ‘escolas fake’ tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado”. Segundo a reportagem, o FNDE precisaria de R$ 5,9 bilhões para levar adiante as obras das novas escolas contratadas. 

“Com o orçamento atual, levaria 51 anos para isso”, destaca o periódico.  Há oito meses do fim do atual mandato, o governo Jair Bolsonaro liberou “3,8% dos recursos previstos para a construção das 2 mil escolas e creches, sendo que 560 obras receberam apenas 1% dos valores empenhados”. 

Neste ano, o FNDE,  possui um total de R$ 114 milhões em recursos próprios. Além dos R$ 5,9 bilhões necessários para construção das 2 mil novas escolas, o governo precisaria gastar mais R$ 1,7 bilhão para terminar as que estão em obras. Apesar disso, o anúncio das obras por políticos, porém, tem o potencial de turbinar as campanhas eleitorais da base aliada.

O atual presidente do FNDE é Marcelo Ponte,que foi assessor de Ciro Nogueira. Nesta semana, a Polícia Federal concluiu que o ministro, que também é um dos líderes do centrão, recebeu propinas do grupo J&F e, por isso, cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relatório final sobre o caso foi enviado nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Um outro  do órgão, Garigham Amarante, também chegou ao cargo por meio de uma indicação feita pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ponte e Amarante foram os responsáveis por uma licitação para a compra de ônibus escolares com preços superfaturados.

sábado, 9 de abril de 2022

Sara 'Winter' pede doações para pagar indenização a Debora Diniz e culpa Damares

 


247 - A ex-militante bolsonarista Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, usou as redes sociais para pedir dinheiro aos seus seguidores visando pagar uma indenização de R$ 15 mil à antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB) Debora Diniz. Caso o acordo não seja cumprido, o valor a ser pago pode chegar a R$ 50 mil. Na postagem, ela culpa Damares Alves, ex-ministra do governo Jair Bolsonaro, pela sua situação atual.

“Em Agosto de 2020, A Ministra Damares Alves, em conversa privada comigo pelo aplicativo Whatsapp, informou que a professora Debora Diniz estava "me atacando na internet" e que eu deveria reagir. Eu não tenho mais esses prints, mas eles podem ser recuperados através de pedido formal na justiça, o qual sempre me coloco à disposição para colaborar”, postou a ex-bolsonarista no Instagram.

Ainda segundo ela, “Damares e Debora são desafetos de longa data. Escutando a voz de Damares, twittei que Débora seria "a maior abortista do Brasil". Tomei um processo da Débora e perdi, inclusive perdi até mesmo a gratuidade justiça, mesmo com todas as provas de gastos pessoais, sem ter carteira assinada, etc. O resultado é que agora tenho que pagar 15 mil reais à Débora, os quais obviamente, a ministra não vai contribuir. Na verdade o valor total, sem acordo é de 50 mil. Eu não disponho desse dinheiro, todo lucro que obtenho com minhas aulas e palestras tem sido para o meu sustento e de minha família.

“Para não ter minha conta bloqueada novamente e todo nosso pouco dinheiro tomado, peço que possam contribuir para que possamos quitar essas custas e nos vermos livres desse empecilho. Já consegui pagar minha advogada, mas preciso quitar essa dívida”, diz um outro trecho da postagem na rede social.


Gleisi critica ataques da imprensa à chapa Lula-Alckmin: 'se soma a bolsonaristas e se comporta como em 2018'

 


247 - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), criticou a imprensa neste sábado (9) pelo Twitter que, assim como bolsonaristas, resgata divergências do passado entre PT e PSDB para atacar a chapa formada pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano.

Para Gleisi, esta parte da mídia age como na eleição de 2018 e não leva em consideração ser preciso unidade ampla para derrotar as ameaças que Jair Bolsonaro (PL) representa. "Mídia se soma a bolsonaristas e resgata divergências entre PSDB e PT. Lamentável que se comporte como em 2018, quando lavou as mãos para o ódio e mentira e agora não se dê conta de que precisamos de amplo movimento pela democracia, ameaçada por um presidente que se gaba de ter armado a população".

Nesta sexta-feira (8), o PSB formalizou a indicação de Alckmin para ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula.


Governo Bolsonaro monta 'operação' para impedir CPI do MEC e evitar desgaste em ano eleitoral

 


Sputnik - De acordo com o jornal O Globo, após o senador, Randolfe Rodrigues (Rede), anunciar ontem (8) que conseguiu todas as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de uma CPI – já conhecida como CPI do MEC – com objetivo de apurar irregularidades no Ministério da Educação, o governo federal criou uma força-tarefa liderada pelo chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, para barrar o andamento da solicitação.

Segundo a mídia, a estratégia do Palácio do Planalto é convencer senadores a retirarem o apoio antes de o requerimento para a criação do colegiado ser protocolado. O temor é que a Comissão Parlamentar de Inquérito desgaste a imagem do governo em ano eleitoral.



Ministros e aliados de Bolsonaro incumbidos de evitar o novo revés ponderam que não há um "fato determinado" para justificar a abertura da CPI. Alegam, ainda, que o governo está colaborando com a Comissão da Educação e que a Polícia Federal e órgãos de controle também já investigam o caso.

Além disso, ressaltam que o ministro da Educação envolvido nas suspeitas de irregularidades, Milton Ribeiro, foi afastado do cargo.

Ao que parece, a pressão pode ter começado a dar efeito, uma vez que dos 27 senadores que assinaram a solicitação, três já desistiram, relata o jornal. Ontem (8), a senadora Rose de Freitas (MDB), que consta na lista dos parlamentares que votaram a favor da CPI, disse que seu nome foi incluído sem sua autorização, conforme noticiado.

Segundo o senador Carlos Viana (PL-MG), indicado nesta semana como líder do governo no Senado, além de Rose de Freitas, outros três senadores também retiraram suas assinaturas, mas evitou dizer quais. O Globo relata que apurou e um deles foi o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

No entanto, sobre Freitas, Randolfe rebateu a acusação e exibiu documento assinado pela parlamentar em que pede a inclusão na lista, de acordo com a mídia.

O intuito da CPI é investigar supostos casos de corrupção envolvendo verbas do MEC, pastores e prefeituras municipais.

Ato 'Fora Bolsonaro' acontece em mais de 70 cidades do Brasil e do exterior

 Manifestações que acontecem neste sábado (9) foram convocadas por movimentos populares, feministas, sindicais, estudantis e entidades sociais

(Foto: Mídia Ninja)

247 - A Campanha Fora Bolsonaro, que reúne movimentos populares, feministas, sindicais, estudantis e entidades, realiza neste sábado (9) o ato “Bolsonaro Nunca Mais”, que deverá ocorrer em 73 municípios brasileiros, além de protestos em Portugal e na Suíça.

De acordo com a coluna do jornalista Chico Alves, do UOL,  a maior parte das manifestações deverá ser realizada na região Sudeste,  que conta 25 atos marcados.

 “Na capital paulista, a concentração está marcada para a Praça da República, às 14h, e no Rio a mobilização será na Candelária, a partir de 10h”, destaca a reportagem. 

Bolsonaro é alvo de palavrões e xingamentos durante transmissão ao vivo da TV Globo (vídeo)

 Jornalista fazia reportagem sobre o serviço de trens no Rio de Janeiro quando os passageiros passageiros passaram a xingar Jair Bolsonaro

Crédito: Agência Brasil (Foto: Crédito: Agência Brasil)


247 - Jair Bolsonaro (PL) foi xingado durante uma reportagem ao vivo da TV Globo realizada pela jornalista Larissa Schmidt, nesta sexta-feira (8), na Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Os palavrões  e xingamentos foram desferidos quando a repórter falava sobre uma fiscalização do Procon e da Polícia Militar no serviço prestado aos passageiros dos trens da Supervia, concessionária que opera os trens urbanos na Região Metropolitana da capital fluminense."

Enquanto ela falava, os passageiros começaram a proferir os xingamentos contra Bolsonaro. “Ei Bolsonaro, vai para a put* que pariu", gritou uma mulher. Em seguida, outros passageiros puxaram um coro com a mesma frase em meio a outros xingamentos contra o atual ocupante do Palácio do Planalto. 

Veja o vídeo. 

 

Brasileiro começa com recorde de técnicos gringos e protocolo sanitário mais leve

 O campeonato é o Brasileirão, mas o idioma falado não é apenas o português na área técnica. O principal torneio de futebol do País começa neste fim de semana com recorde de técnicos estrangeiros. Dos 20 clubes que disputam o certame nacional, nove são treinados por profissionais de fora do Brasil.

A edição que está prestes a começar supera a de 2021, que teve nove técnicos gringos ao todo, mas sete deles atuando simultaneamente. Nunca, portanto, havia tido tantos treinadores não brasileiros nos times da Série A.

A predominância é de portugueses. São quatro: Abel Ferreira, já consolidado como um dos maiores técnicos do Palmeiras, com cinco títulos em 17 meses de trabalho, o pressionado Paulo Sousa, no Flamengo, Vitor Pereira, no Corinthians, e Luís Castro, o último a chegar, no Botafogo.

Outros três vieram da Argentina: Antonio "Turco" Mohamed, Fabián Bustos e Juan Pablo Vojvoda, de Atlético-MG, Santos e Fortaleza, respectivamente. O uruguaio Alexander Medina, do Internacional, e o paraguaio Gustavo Morínigo, do Coritiba, completam a lista de comandantes forasteiros.

Embora os brasileiros estejam sendo preteridos pelos gringos, Abel Ferreira, hoje o estrangeiro mais bem-sucedido no Brasil, entende que o país pentacampeão conta com bons comandantes. "A qualidade do treinador não tem nacionalidade nem idade", afirmou Abel. "Há bons treinadores brasileiros e também há portugueses fracos".

PROTOCOLO, CURIOSIDADES E PREMIAÇÃO

O torneio tem início com um protocolo médico mais brando, sem a obrigatoriedade de testes de covid-19 para atletas e comissão técnica. De acordo com o que consta no Guia Médico de Medidas Protetivas para o Futebol Brasileiro, profissionais sem sintomas não têm mais a necessidade de serem testados, mas os clubes estão livres para seguir com o procedimento.

A edição de número 53 do campeonato, a vigésima na era dos pontos corridos, será disputada até o dia 13 de novembro, com os estádios liberados para receberem torcedores - no ano passado, os fãs retornaram às arquibancadas apenas em outubro - e sem a regra aplicada em 2021 para conter a troca intensa de treinadores. A avaliação é de que a norma não funcionou.

A premiação ao campeão deve seguir os moldes da edição passada, quando o Atlético-MG faturou R$ 33 milhões pela conquista e o Flamengo, R$ 31,3 milhões por ter sido vice-campeão.

Em 2021, segundo o Twitter, foram mais de 298 milhões de comentários sobre futebol na plataforma, 21% a mais do que no ano anterior, e mais de 32 milhões de tuítes sobre o Brasileirão. Fluminense x Santos abre a competição neste sábado, às 16h30, no Maracanã.

POSTULANTES AO TÍTULO

A taça do certame nacional mais importante do País é almejada por 20 clubes, sendo três deles apontados como favoritos: Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras, justamente os três primeiros colocados da última edição. Há outras equipes que se reforçaram e correm por fora, casos de Corinthians, São Paulo, Fluminense e Botafogo.

O Atlético desponta como o principal favorito, pois manteve a base do time campeão de 2021 e reforçou seu elenco. A mudança mais significativa foi no comando. Antonio Mohamed substituiu Cuca, que novamente não deu prosseguimento a um trabalho, e tem conseguido manter o padrão alto de atuações dos mineiros.

"É um grupo ganhador, com muita humildade, com muito compromisso. Se fala muito na nossa intimidade, que todos são importantes. Está demonstrado", disse o técnico Mohamed, campeão mineiro com o Atlético.

Em 19 edições dos pontos corridos, o futebol paulista subiu no topo do pódio em 10 oportunidades. O Palmeiras, maior campeão nacional, busca sua 11ª conquista. O tricampeão da América se fortaleceu com as conquistas recentes, a última delas do Estadual, e ampliou seu repertório tático e técnico. É um time, hoje, mais maduro e que faz o que pede o seu treinador. O elenco ainda é um dos melhores, embora falte o tão desejado camisa 9.

O Flamengo começa a competição pressionado pela perda do Carioca para o rival Fluminense. Alguns de seus principais jogadores tiveram uma queda considerável de rendimento. Houve protestos com cobranças e ameaças da torcida na última sexta-feira. Mas espera-se que a equipe rubro-negra, reforçada recentemente com as chegadas do zagueiro Pablo e do goleiro Santos, brigue pela taça mais uma vez.

"Tenho as minhas convicções, a minha metodologia e minha liderança. E isso leva tempo até alinharmos todos a um mesmo caminho. Estou fortemente convencido de que a qualidade de todo o grupo vai fazer com que nós estejamos no nosso melhor nas próximas competições que temos", afirmou Paulo Sousa, sob pressão em poucos meses no cargo.

Serão pouco mais de sete meses de torneio, com 380 partidas e a ausência de três grandes clubes tradicionais do futebol brasileiro: Cruzeiro e Vasco, que permaneceram na Série B, e o Grêmio, que se juntou a eles ao ser rebaixado no ano passado.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo 

Jornalistas da CBN e RIC TV são agredidos em Curitiba e sindicato faz denúncia à OAB

                 (Foto: Reprodução / RIC TV)


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) denunciou nesta sexta-feira (8) a agressão a dois jornalistas, uma da Rádio CBN Curitiba e um da RIC TV. A agressão ocorreu durante a cobertura de um protesto de mães de crianças com deficiências no centro de Curitiba. A denúncia foi encaminhada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção do Paraná.

De acordo com os jornalistas que trabalhavam na cobertura, a repórter Simone Giacommetti, da Rádio CBN, teve o celular tomado por um advogado, que saiu com o aparelho e afirmou que não iria devolver. O mesmo advogado ainda empurrou o repórter Raphael Augustus, da RIC TV, e deu um soco na câmera de TV antes de entrar no prédio.

O advogado pode ser identificado pelas imagens gravadas durante o episódio. Ele só devolveu o celular da repórter posteriormente.

“O SindijorPR pede que a OAB Paraná abra processo disciplinar para apurar as denúncias de agressão atribuídas ao advogado do condomínio e também está prestando outras orientações às vítimas”, disse o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná.

Nesta sexta (8), o Grupo RIC emitiu a seguinte nota: “A propósito de um incidente ocorrido neste dia 8 com equipes de reportagem da RICTV e da rádio CBN Curitiba, queremos ressaltar nosso absoluto repúdio a todo tipo de intimidação e violência, especialmente contra a imprensa no exercício de suas funções de informar a população. Durante a cobertura de um protesto, jornalistas foram agredidos fisicamente, como comprovam as imagens feitas no local. Felizmente eles não sofreram ferimentos. O agressor também danificou equipamento da emissora. O incidente exigiu a interferência de seguranças do local para conter a violência absolutamente injustificada contra os repórteres. O Grupo RIC e a sua emissora RICTV reiteram a completa confiança nas instituições que certamente atuarão para coibir ações lamentáveis como essa, que atenta contra a liberdade de imprensa".

Fonte: Bem Paraná 

 

"Lula é moderado e parte do mercado o vê como melhor alternativa", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

 Economista afirma que Jair Bolsonaro já é percebido pelos investidores como um extremista que traz riscos ao País

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert | ABr)


247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior avaliou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que boa parte do chamado "mercado" já prefere o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jair Bolsonaro. "Lula é um moderado e parte considerável do mercado já o vê como melhor alternativa. Bolsonaro é um extremista", diz ele.

Paulo Nogueira também fez uma previsão muito otimista para um eventual terceiro governo Lula. "A rapidez da recuperação brasileira com Lula vai surpreender", diz ele. Na sua avaliação, a economia está muito deprimida e há um espaço para reindustrializar países com mercados internos relevantes, como é o caso do Brasil, que podem se beneficiar do atual processo de desglobalização.

Na entrevista, ele também afirmou que há uma contradição entre neoliberalismo e democracia e disse que a mídia brasileira ainda não se atualizou.


Marcos Coimbra: "bolsonaro não tem carta na manga e a liderança de Lula nas pesquisas é inédita na história"

 “Toda eleição tem o imponderável”, disse o presidente do Vox Populi à TV 247, mas “não há razão para derrotismo. Nunca houve alguém com tamanho favoritismo”

Marcos Coimbra e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)


247 - O sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, empresa do ramo de pesquisas de opinião, afirmou à TV 247 que a liderança do ex-presidente Lula (PT) nas pesquisas eleitorais é “inédita na história”, ao mesmo tempo em que Jair Bolsonaro (PL) “não tem carta na manga” para reagir.

“Eu nem sempre concordo com o tom de grande preocupação segundo o qual estamos por um fio, que Bolsonaro tem cartas na manga e que é preciso tomar muito cuidado”, declarou.

Coimbra destacou que não se pode cantar vitória antes do tempo, “toda eleição tem o imponderável, ainda mais quando você enfrenta uma turma como essa família [Bolsonaro] completamente autoritária e sem o menor pudor de usar o Estado para seu interesse”. “Mas é importante ter claro também que estamos há menos de seis meses da eleição com o maior favorito que já houve”, disse. 

“Não há qualquer razão para o derrotismo. Nunca houve alguém com tamanho favoritismo como Lula. As pessoas pensam em Fernando Henrique Cardoso, mas ele só se tornou favorito em 1994 a partir de julho, com o Plano Real. Antes, o favorito era Lula. Em 1998, a mesma coisa. Ele e Lula estavam empatados em julho. Isso que estamos vendo agora, com Lula na casa dos 40% e muito à frente dos demais desde maio do ano passado, quando as pesquisas presenciais começaram, nunca houve. As eleições sempre foram disputadas no Brasil, mas não adianta pensar que Bolsonaro tem um coelho na cartola, porque ele não tem”, cravou o especialista.