segunda-feira, 4 de abril de 2022

Com presença feminina, governador confirma substituição de seis secretários de Estado

 As alterações levam em conta a legislação eleitoral, que exige a desincompatibilização de interessados no pleito de outubro de função na administração pública direta ou indireta.

Foto: José Fernando Ogura/AEN



O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou nesta segunda-feira (4) a mudança no comando de seis secretarias estaduais, além da substituição de diretores-presidentes, superintendentes e outros servidores. As alterações levam em conta a legislação eleitoral, que exige a desincompatibilização de interessados no pleito de outubro de função na administração pública direta ou indireta.

Os novos secretários são Louise da Costa e Silva Garnica (Planejamento e Projetos Estruturantes), ampliando a participação das mulheres no primeiro escalão da administração estadual; Everton Souza (Desenvolvimento Sustentável e Turismo); Elisandro Pires Frigo (Administração e Previdência); Fernando Furiatti (Infraestrutura e Logística); César Neves (Saúde); e Rogério Carboni (Justiça, Família e Trabalho). Eles substituem, respectivamente, Valdemar Bernardo Jorge, Márcio Nunes, Marcel Micheletto, Sandro Alex, Beto Preto e Ney Leprevost.

“São mudanças que levam em consideração a lei eleitoral. E praticamente todas as trocas são por pessoas que já estavam nas secretarias, conhecem o trabalho muito de perto, são parte da

administração estadual há algum tempo. Com isso, valorizamos a meritocracia, o trabalho de quem é técnico”, afirmou Ratinho Junior. “Reforçamos também a presença da mulher no nosso governo. A doutora Louise já vinha fazendo um belíssimo trabalho no Planejamento. Um

grande quadro que temos e que agora ascende ao secretariado”.

Com a saída de Fernando Furiatti para o comando da Infraestrutura e Logística, Alexandre Castro Fernandes passa a ser diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). Ele atuava como diretor de Operações do órgão.

Também deixaram o Governo do Estado Mauro Rockenbach (superintendente de Diálogo e Interação Social); Daniel Vilas Bôas (superintendente de Relações Institucionais); Marcelo Rangel (superintendente de Inovação); Ricardo Maia (superintendente de Apoio aos Municípios); Marcus Tesserolli (diretor-geral da Paraná Edificações); Cláudio Palozi (superintendente da Paraná Educação); e Luis Corti (diretor de Regularização Fundiária da Cohapar). Dois novos superintendentes já foram confirmados: Fabiano Lazarino Antunes (Relações Institucionais) e Roland Rodolfo Rutyna (Diálogo e Interação Social).

Veja quem são os novos secretários de Estado

Louise da Costa e Silva Garnica (Planejamento e Projetos Estruturantes)

A nova titular da pasta é advogada, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 2001.

Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes entre fevereiro de 2019 e março de 2020 e, desde então, exercia o cargo de diretora-geral. Foi, ainda, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDM/PR entre fevereiro e julho de 2019.

Everton Souza (Desenvolvimento Sustentável e Turismo)

Graduado em Geologia pela Universidade Federal do Paraná, Everton Souza ocupava o cargo de diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Sedest.

Ele também possui especialização em Traçadores Ambientais e em Gestão Municipal de Recursos Hídricos.

Elisandro Pires Frigo (Administração e Previdência)

Graduado em Engenharia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, com mestrado em Engenharia e doutorado em Agronomia, Elisandro Pires Frigo era diretor-geral da Seap. Também foi

coordenador de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed).

Fernando Furiatti (Infraestrutura e Logística)

É graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com especialidade de Gestão Ambiental Rodoviária. Foi analista de infraestrutura e chefe da unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, além de assessor do Ministério da Infraestrutura. Ocupava o cargo de diretor-geral do DER/PR.

César Neves (Saúde)

Médico formado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), é especialista em cirurgia geral e gastroenterologia pelo Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, além de pós-graduado em Endoscopia Digestiva, Medicina do Trabalho e Gestão Pública e Auditoria. Era chefe de gabinete da Sesa desde 2019.

Rogério Carboni (Justiça, Família e Trabalho)

Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba (2002), tem especialização em Direito Administrativo pelo UniCuritiba. Foi diretor-geral da Casa Civil do Governo do Estado; conselheiro de Administração do

ParanaPrevidência; diretor administrativo e financeiro do Detran/PR e coordenador das Juntas Administrativas de Recursos da Secretaria Municipal de Trânsito de Curitiba. É membro do Iprade – Instituto Paranaense de Direito Eleitoral e da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PR.


Fonte: AEN

PSol e Rede pedem ao Conselho de Ética da Câmara cassação de Eduardo Bolsonaro por deboche à tortura sofrida por Miriam Leitão

 Os partidos argumentam que "atos atentatórios contra a democracia e os Direitos Humanos" são recorrentes por parte do deputado

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - PSol e Rede apresentaram ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido para cassar o mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por conta do deboche do filho de Jair Bolsonaro à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão na ditadura militar. PT e o PCdoB também informaram que vão acionar Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética. 

O deputado postou no Twitter uma "piada" ao comentar um tuíte da jornalista crítico de seu pai, que também é saudosista do regime militar. O tuíte do deputado contém um emoji de uma cobra, em referência ao fato de que, em 1972, Leitão foi colocada grávida com uma jiboia em uma sala escura. Além disso, ela foi agredida fisicamente.

No pedido, PSol e Rede classificam a declaração de Eduardo Bolsonaro como "abjeta, repugnante e criminosa", informa o portal g1

Argumentam que "atos atentatórios contra a democracia e os Direitos Humanos" são recorrentes por parte do deputado.

"O parlamentar representado [Eduardo Bolsonaro] deixa mais uma vez evidenciado o seu caráter misógino e machista. A violência política é calcada no menosprezo, discriminação e inferiorização do feminino, e objetiva impedir, anular ou obstaculizar o exercício dos direitos políticos ou profissional das mulheres, comprometendo a participação igualitária em diversas instâncias da sociedade", diz a peça protocolada.

PSOL e Rede destacam ainda que declaração é "grave" e atenta contra os deveres dos parlamentares expostos na Constituição.

"A cassação de Eduardo Bolsonaro é imperativa e urgente. Não há nenhuma condição moral e política dele permanecer à frente de qualquer cargo público", argumentam.


Gleisi Hoffmann se solidariza com Miriam Leitão e repudia ataque de Eduardo Bolsonaro

 

Gleisi Hoffman se solidariza com Miriam Leitão após ataque de Eduardo Bolsonaro
Foto: Reprodução


A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se solidarizou com Miriam Leitão após a jornalista ser atacada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), debochou da tortura sofrida por ela durante a ditadura militar.

“Solidariedade à jornalista Miriam Leitão e a todas as vítimas da tortura e suas famílias”, disse Hoffmann no Twitter. A presidente da sigla ainda repudiou o ataque do deputado à jornalista: “Firme repúdio aos que estimulam a violência e a barbárie”.


Mais cedo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prestou sua solidariedade à Miriam Leitão, que agradeceu o ato do petista.

“Minha solidariedade à jornalista Miriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”, afirmou Lula no Twitter.

A jornalista respondeu logo depois, agradecendo o gesto: “Obrigada, Lula, por essa mensagem de solidariedade, que reforça valores fundamentais na democracia: o respeito entre pessoas, mesmo quando divergem, e a empatia que deve prevalecer entre seres humanos”, disse.

Fonte: DCM





PL termina janela com 77 deputados e prepara divisão de verbas e chapas

 

(Foto: Agência Brasil)

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, anunciou que terminou a janela partidária com 77 deputados federais, o que o consolida como o maior partido da Câmara. O prazo para os deputados mudarem de legenda sem perder o mandato terminou na sexta-feira, dia 1º, mas, de acordo com a sigla, alguns ainda devem protocolar os ofícios de filiação. Na manhã desta segunda-feira, 4, o sistema da Câmara registrava 73 deputados federais no PL.

A partir de agora, o partido quer avançar nas negociações das chapas majoritárias nos Estados e terá que definir as regras de divisão do fundo eleitoral, calculado em R$ 283 milhões para o PL neste ano. Os recursos devem ser divididos entre a campanha de Bolsonaro e dos demais candidatos.

A sigla vai buscar 1 milhão de votos em São Paulo para eleger no mínimo cinco deputados, o que manteria a bancada atual. Nesta eleição, os partidos precisarão de mais votos para eleger representantes, em comparação a 2018, após o fim das coligações, cláusula de barreira e a mudança no cálculo das sobras eleitorais, considerado na distribuição de vagas.

O vice-presidente da legenda, deputado Capitão Augusto (SP), atribui a filiação de Bolsonaro como o principal fator de atração dos novos deputados à legenda, que elegeu 33 deputados em 2018 e agora ficou com 77. O partido ao qual Bolsonaro se filiou para concorrer à reeleição é controlado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, figura central no escândalo do Mensalão durante o governo do PT.

"O fundamental no meio político, e tem um divisor de águas lá, não é o mais competente, o menos competente, o honesto ou o desonesto. O divisor de águas lá é quem tem palavra e quem não tem palavra", afirmou Augusto ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. ao comentar o aumento da bancada e a liderança de Valdemar Costa Neto, que, segundo o aliado, dá mais valor a um "aperto de mão" que a um documento.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo 

Apucarana registra dois casos da Covid-19 nesta segunda-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou dois casos de Covid-19 nesta segunda-feira (4) em Apucarana. O município segue com 548 mortes e soma agora 33.643 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de uma mulher e um homem. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 28 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 96.273 pessoas, sendo 65.969 em testes rápidos, 26.667 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município não tem pacientes internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Apucarana inicia campanha vacinação contra sarampo nesta segunda-feira

 


Paralelamente a vacinação da gripe teve início hoje (4) em Apucarana a Campanha Nacional Contra o Sarampo. A imunização é ofertada nas 26 Unidades Básicas de Saúde que contam com sala de vacina, de segunda-feira a sexta-feira, de 8 horas as 16h30.

O público alvo é formado por crianças de seis meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) e trabalhadores da saúde que necessitam regularizar a carteira de vacinação.

De acordo com o Ministério da Saúde, para os trabalhadores da saúde o intuito é atualizar as doses que ainda estejam atrasadas, além de proteger esse público contra a doença, considerando o risco diante da maior exposição nos serviços de saúde.

Nesta medida de vacinação simultânea, a vacina tríplice viral e influenza serão ofertadas para administração na mesma visita, uma recomendação do Programa Nacional de Imunizações.

Confira o calendário da Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação conta Sarampo de 2022.

De 4 de abril a 2 de maio: vacinação dos trabalhadores da saúde, juntamente com a primeira etapa da vacinação contra influenza.

De 3 de maio a 3 de junho de 2022: campanha de seguimento contra o Sarampo para crianças de 06 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), juntamente com a segunda etapa da vacinação contra influenza.

Equipe de Apucarana é destaque na Copa Norte de Badminton

 


A equipe de badminton de Apucarana foi destaque neste sábado e domingo (02 e 03/04) no Ginásio de Esportes do Colégio Vicente Rijo, em Londrina, ao conquistar 12 medalhas na primeira etapa da Copa Norte. Com o comando do professor Alysson Namba, Apucarana na classificação por equipe faturou 7 medalhas de ouro, 3 de prata e 2 de bronze.

Destaque na competição regional para os atletas Lucas Favaretto, Enzo Partyka e Hiro Nakamura, que ganharam dois títulos cada em suas categorias. Alcides Favaretto Junior, Pedro Gasparini e Carlos Gasparini também foram campeões em suas categorias. Alysson Namba e André Brito foram vice-campeões e Dante Guarnieri obteve a terceira colocação.

“Os nossos atletas fizeram bonito em Londrina e mostraram que o badminton de Apucarana está crescendo a cada ano. A competição contou pontos no ranking estadual e também serviu de preparação para a primeira etapa do Circuito Paranaense”, frisa Namba. A etapa inicial do Campeonato Estadual será realizada de 21 a 24 de abril, em Curitiba.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes da Prefeitura, parabenizou os atletas apucaranenses na disputa neste final de semana. “Estamos contentes com o desempenho da nossa equipe de badminton que mais uma vez trouxe várias medalhas para o município e tenho certeza que mais conquistas virão na atual temporada. O badminton é mais uma modalidade que conta com total apoio do prefeito Junior da Femac”.

Além de Apucarana, a etapa inicial da Copa Norte teve competidores de Londrina, Maringá, Paranavaí e Cornélio Procópio. Foram 131 atletas inscritos em diversas categorias.

Também competiram em Londrina os atletas apucaranenses Marcos Antônio Brito dos Santos, Jackson Shigaki, Maria Victoria Messias do Nascimento e Tânia Guill.

A equipe de badminton tem o apoio da Namba Training, Espaço Cultural Nipo Brasileiro e da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana.

Lewandowski autoriza compartilhamento de mensagens hackeadas de Deltan com ação que o condenou a indenizar Lula

 A decisão do ministro do STF autoriza o uso das mensagens do ex-procurador da Lava Jato na ação que o condenou a indenizar o ex-presidente em R$ 75.000, referente ao PowerPoint

(Foto: ABr)


247 - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu um pedido da defesa de Lula e autorizou o compartilhamento de mensagens obtidas de Deltan Dallagnol com a ação que condenou o ex-procurador da Lava Jato a indenizar o ex-presidente no 'caso PowerPoint'. A informação é da coluna Maquiavel, na revista Veja. 

A ação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em março, a 4ª Turma do STJ condenou Dallagnol a indenizar Lula em R$ 75.000 por dano moral. O caso diz respeito às acusações infundadas feitas pelo ex-procurador diante da imprensa em 2016 por meio de um PowerPoint, que colocava Lula como chefe de um suposta organização criminosa, fato que não se comprovou ao longo dos últimos seis anos.

A decisão de Lewandowski autoriza o uso das mensagens hackeadas do Telegram de Dallagnol e apreendidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing, em 2019. 

A defesa de Lula aponta que o ex-procurador criou um fundo com valores recebidos por palestras e que teria o objetivo de arcar com eventuais condenações na Justiça ao pagamento de indenizações. As mensagens são datadas dos meses seguintes a dezembro de 2016.

Diante da criação do fundo, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins apontam possível “estelionato” de Deltan Dallagnol ao ter aberto uma vaquinha virtual via Pix para arrecadação de recursos que paguem a indenização determinada pelo STJ. 


Lula critica presença de militares no Poder e diz que, se eleito, vai tirar 8 mil da administração federal

 "Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata pode não fazer", disse Lula


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  afirmou, durante um evento na sede da Central Única dos  Trabalhadores (CUT) que, se for eleito à Presidência da República no pleito de outubro, irá remover cerca de 8 mil militares que atualmente ocupam cargos comissionados no Governo Federal. 

“Vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata pode não fazer”, disse Lula de acordo com o jornal O Globo

Lula já havia criticado na semana passada a presença de militares em cargos comissionados da administração federal. Na ocasião, ele afirmou que “o papel dos militares não é puxar saco de Bolsonaro  nem de Lula” e que o “Exército não serve para política, ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas”.

Datena lidera corrida ao Senado por São Paulo com 32%. Márcio França e Janaina empatam, aponta Paraná Pesquisas

 O apresentador José Luiz Datena segue liderando a disputa de forma isolada. O ex-governador Márcio França e a deputada estadual Janaina Paschoal estão empatados tecnicamente

José Luiz Datena (Foto: Divulgação)


247 - Levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisa, contratado pela BCG Liquidez e divulgado nesta segunda-feira (4), aponta que o apresentador José Luiz Datena (PSC) lidera a corrida ao Senado pelo estado de São Paulo com 32% das intenções de voto. Em seguida aparecem o ex-governador Márcio França (PSB), com 15,4%, a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), com 11,2%, e o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, com 10,2%. 

Ainda conforme o estudo, França e Janaína estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos. Ricardo Mellão (Novo) e Heni Ozi Cukier (Podemos) também aparecem em empate técnico, empatados, com 1,4% e 0,4% da preferência do eleitorado, respectivamente.

  • José Luiz Datena (PSC): 32%
  • Márcio França (PSB): 15,4%
  • Janaina Paschoal (PRTB): 11,2%
  • Paulo Skaf (Republicanos): 10,2%
  • Ricardo Mellão (Novo): 1,4%
  • Heni Ozi Cukier (Podemos): 0,4%
  • Não sabe/não respondeu: 8,5%
  • Nenhum/branco/nulo: 20,9%

Em um segundo cenário testado, apenas com os três melhores colocados, Datena permanece à frente dos demais  postulantes, com 34,6% das intenções de voto. França fica com 19,3% e Janaina com 12,3%.

  • José Luiz Datena (PSC): 34,6%
  • Márcio França (PSB): 19,3%
  • Janaina Paschoal (PRTB): 12,3%
  • Não sabe/não respondeu: 9,3%
  • Nenhum/branco/nulo: 24,4%

A pesquisa, contratada pela BGC Liquidez Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, foi feita em 78 municípios do estado por meio de 1820 entrevistas pessoais presenciais realizadas entre 27 e 31 de março. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº SP-07095/2022.

Aras promove bolsonarista Lindôra Araújo ao cargo de vice-procuradora-geral da República

 Ela será responsável por tocar parte dos inquéritos que investigam bolsonaristas

Subprocuradora Lindôra Araújo (Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ)


247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, promoveu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, próxima do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ao cargo de vice-procuradora-geral da República. O posto é o segundo mais importante na hierarquia da instituição. Antes da promoção, ela ocupava a coordenação de  investigações criminais da Procuradoria-Geral da República. A vaga era ocupada por Humberto Jacques de Medeiros, que deixou o cargo por razões pessoais. A informação é do jornal O Globo

Além da aproximação com o senador Flávio Bolsonaro, Lindôra é apontada como uma das auxiliares mais próximas de Aras e já se envolveu em embates com os procuradores da Lava Jato. Ela também apresentou uma manifestação questionando a eficácia do uso de máscaras para conter o avanço da pandemia de Covid-19. 

No novo posto, ela será “responsável por parte das investigações em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo contra bolsonaristas”, destaca a reportagem. 


Adriano Pires desiste de presidir a Petrobrás

 O economista e lobista, segundo relatórios da diretoria de conformidade da Petrobrás, teria "conflitos demais" se assumisse a presidência da empresa

Adriano Pires e Petrobrás (Foto: REUTERS/Sergio Moraes | Luís Macedo/Câmara dos Deputados)


247 - O economista e lobista Adriano Pires desistiu de ser presidente da Petrobrás, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo, nesta segunda-feira (4). A decisão foi comunicada ao Palácio do Planalto. Ele havia sido indicado por Jair Bolsonaro (PL) para assumir o cargo em 28 de março.

O motivo da desistência, segundo a colunista, são os conflitos de interesse que ele enfrentaria na Petrobrás. Pires tem há mais de 20 anos uma empresa, o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), que presta consultoria a multinacionais de petróleo, gás e energia. 

Entre os clientes de Pires está o empresário e sócio de distribuidoras de gás Carlos Suarez, que é também amigo de décadas de Rodolfo Landim, que foi indicado para presidir o conselho da Petrobrás e também desistiu.

Relatórios da diretoria de conformidade da Petrobrás sobre o histórico de Adriano Pires assustaram até mesmo o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e técnicos da Corregedoria Geral da União. A conclusão é de que ele teria "conflitos demais" se assumisse a presidência da empresa.


Míriam Leitão agradece solidariedade de Lula: "reforça valores fundamentais na democracia"

 O filho da jornalista, Matheus Leitão, também agradeceu e elogiou o ex-presidente: "sua voz é muito importante para o país neste momento"

Lula, Míriam e Matheus Leitão (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação/HBO Latin America)

247 - A jornalista Míriam Leitão usou o Twitter nesta segunda-feira (4) para agradecer o ex-presidente Lula (PT) por uma mensagem de solidariedade encaminhada a ela após ser atacada de maneira vil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O parlamentar comparilhou no Twitter uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Míriam Leitão.

Lula afirmou que não se pode "comemorar o sofrimento alheio". A jornalista disse que a manifestação do petista reflete os "valores fundamentais da democracia". "Obrigada, Lula, por essa mensagem de solidariedade, que reforça valores fundamentais na democracia: o respeito entre pessoas, mesmo quando divergem, e a empatia que deve prevalecer entre seres humanos".

O filho da jornalista, Matheus Leitão, também agradeceu: "presidente, muito obrigado. Como filho, me emociono. Sua voz branda e firme é muito importante para o país neste momento".


"Se a gente não mudar o Congresso, é difícil imaginar que faremos a contrarreforma que precisamos", diz Lula na CUT

 O ex-presidente, em encontro com a Central Única dos Trabalhadores, destacou novamente a importância de mudar a correlação de forças no Congresso na eleição de 2022

Lula (Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula (PT) se encontrou na manhã desta segunda-feira (4) com a diretoria da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para receber propostas dos trabalhadores.

Em discurso, o petista destacou a importância de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional por meio da eleição de 2022, elegendo deputados, deputadas, senadores e senadoras de esquerda e alinhadas aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. "Qualquer coisa que a gente quiser fazer vai ter que passar pelo Congresso Nacional, e vocês sabem que a eleição de deputados e deputadas e senadores e senadoras passa a ter muita importância nesse país. Se a gente não mudar o Congresso Nacional, é muito difícil imaginar que vamos fazer as reformas que precisamos fazer. Ou melhor, a contrarreforma que precisamos fazer. Não adianta chorar. Se a gente não tiver números a gente não faz. Essa é uma eleição que a gente vai ter que fazer mais do que a gente fez em outras eleições. A gente vai ter que colocar no papel o que a gente quer e ensinar a sociedade a cobrar dos deputados as coisas. Daqui para a frente a gente vai ter que mudar o jeito de fazer pressão no Congresso Nacional. Fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado. Quando a gente está dentro do plenário a gente não sabe se está chovendo, se está caindo canivete. Você só vai saber dos atos quando chega em casa e liga a televisão. A gente não aprendeu a fazer pressão na cidade onde as pessoas moram. Os deputados têm casa, eles moram em uma cidade, nessa cidade tem sindicalistas. Então se a gente mapeasse o interesse de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa do deputado - não é para xingar, é para conversar - incomodar, surte muito mais efeito do que manifestar em Brasília. Vamos ter que conversar mais sério com a sociedade a importância de votar no Legislativo. Temos o pior Congresso Nacional da história do Brasil. Nem o Ulysses Guimarães tinha 10% da força que tem o Lira hoje. A gente nunca teve orçamento secreto. Se esse orçamento fosse bom, por que não é público?".

"Eu fico imaginando se a gente ganhar as eleições para presidente da República e fizer minoria. O PT era o maior partido no Congresso e tem 56 deputados em 513. A esquerda toda tem cento e poucos. Só o Valdemar da Costa Neto agora tem 78 deputados. Os partidos viraram cooperativas de deputado. O que vale é a repartição do fundo eleitoral. O União Brasil só do fundo eleitoral tem quase R$ 800 milhões. O PT também tem muito, R$ 400 e poucos milhões. Temos uma tarefa quase que heróica. Como é que a gente vai trabalhar para não eleger pilantra? Como é que a gente vai fazer para a direita não ter maioria? Temos que fazer algo diferente do que fizemos até agora para que tenhamos um resultado diferente do que tivemos até agora", completou.

Lula disse que é natural que o movimento dos trabalhadores esteja acuado, mas é preciso reação. Ele pediu uma mudança na disputa de "narrativas". "Toda vez que a situação econômica está difícil, que a situação politica está dificil, que o desemprego está muito grande, em vez de aumentar a luta dos trabalhadores, diminui. Isso é histórico na vida sindical. E nós vivemos um momento dificil no Brasil. Desde o impeachment da presidente Dilma não aconteceu outra coisa no movimento sindical a não ser derrota. Eles foram desmontando e a nossa capacidade de reação foi muito pequena porque esse movimento dos setores conservadores fizeram para tentar destruir aquilo que a classe trabalhadora brasileira acumulou durante tantos anos foi antecipado por uma narrativa muito forte de negação de quase tudo que era bom para nós. Eles cansaram de dizer que o salário, as férias o 13º do trabalhador brasileiro significava o 'custo Brasil' e tirava do Brasil o poder de competitividade a nível internacional. O Brasil não crescia, não exportava mais porque era tudo muito caro aqui. E nunca fizeram uma comparação entre o salário do trabalhador brasileiro e o do francês, alemão, inglês, sueco. Todos esses debates de reforma no Brasil nunca levaram alguém ligado aos trabalhadores para dar sua versão".

"Eles constroem uma narrativa e essa narrativa constrói a consciência das massas e a as massas vão achando que não tem sentido o que a gente está falando. Eles criaram o microempreendedorismo para Uber. O cara achava que era microempreendedor. Eles impuseram o trabalho intermitente, inventaram uma 'Carteira Verde e Amarela', uma série de coisas que conseguiram iludir uma parcela muito grande da população e nós não conseguimos construir narrativa para nos contrapor a isso. A coisa mais forte de tudo isso foi a Lava Jato, que criou na sociedade a ideia de que você tinha um Brasil totalmente corrupto e você tinha um grupo de juízes e procuradores totalmente sério. E o objetivo principal aconteceu: destruição da indústria de engenharia no Brasil, de óleo e gás, da indústria naval, fatiamento da Petrobrás, da BR. Qual era o argumento utilizado para fatiar a BR? Era de que faltava concorrência. Na hora que tivesse a tendência era o preço baixar. Temos 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos a preço de dólar e vendendo a preço de dólar. Em 2008, quando houve a crise econômica, o petróleo chegou a US$ 147 por barril e aqui no Brasil a gasolina era R$ 2,60. É por isso que costumo dizer que é preciso 'abrasileirar' os preços da Petrobrás", completou.

Não vai ser fácil", disse o ex-presidente.


Acossado por escândalos, Bolsonaro ignora casos de corrupção e diz que seu governo 'sobrevive pela fé'

 Em novo aceno ao eleitorado religioso, Jair Bolsonaro voltou a ignorar o escândalo de corrupção envolvendo pastores no MEC

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Jair Bolsonaro, que está em viagem pelo Rio de Janeiro nesta segunda-feira (4), fez um novo aceno ao eleitorado religioso, que o ajudou a se eleger em 2018, ao afirmar que seu governo só resiste a 'tantas adversidades graças à fé'.

“Somos um governo que acredita em Deus, que defende a família e que deve lealdade ao seu povo. Com toda a certeza foi a fé que nos salvou no passado, nos elegeu e nos mantém vivos no governo até o dia hoje. Se não fosse Ele, o nosso Deus, como resistiríamos a tantas adversidades com grande parte da imprensa contra nós? É a fé”, disse Bolsonaro durante um evento no Cristo Redentor, de acordo com a coluna Radar, da Revista Veja. 

Bolsonaro não explicou quais seriam os problemas enfrentados. Ele vem sendo cobrado pelo baixo desempenho da economia, além de estar em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e de enfrentar um escândalo de corrupção no Ministério da Educação (MEC). 

O caso, que envolve a liberação de verbas do MEC por meio da intermediação de recursos por pastores, levou à queda do então ministro da pasta Milton Ribeiro.


Lula presta solidariedade a Míriam Leitão, atacada de forma vil por Eduardo Bolsonaro

 O deputado fez troça da tortura sofrida pela jornalista durante a ditadura militar, com o uso de uma cobra. "Comemorar o sofrimento alheio é perder a humanidade", disse Lula

Lula, Miriam Leitão e Eduardo Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)


247 - O ex-presidente Lula (PT) manifestou nesta segunda-feira (4) pelo Twitter solidariedade à jornalista Míriam Leitão, que participou da perseguição política ao petista promovida pela Lava Jato com o apoio da grande imprensa.

Mesmo com as divergências, Lula se solidarizou a Míriam após a jornalista ter sido atacada de maneira vil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele comparilhou no Twitter uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Míriam Leitão.

O ex-presidente disse que não se pode "comemorar o sofrimento alheio". "Minha solidariedade à jornalista Míriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade".


"Gestores e investidores ganhando alto e o povo no maior arrocho", diz Gleisi sobre remuneração na Petrobrás

 Gestores da Petrobrás receberam R$ 34 milhões em 2021, enquanto o povo sofre para abastecer o carro e comprar gás de cozinha

Gleisi Hoffmann e fachada da Petrobras (Foto: Gustavo Beszerra/PT | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - Gestores da Petrobrás estão saindo milionários da empresa, depois do período de maior arrocho na renda dos brasileiros provocado pela política da companhia. Os administradores da Petrobrás receberam R$ 34 milhões em 2021, enquanto a sociedade brasileira sofre com a carestia e não consegue abastecer o carro ou comprar um botijão de gás de cozinha para cozinhar.

Tal discrepância foi o que a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), quis destacar em tuíte publicado na manhã desta segunda-feira (4).

"Remuneração dos gestores da Petrobrás mais do que dobrou e chegou a R$ 34 milhões em 2021. Os contrários à mudança na política de preços acham justo isso? Gestores e investidores ganhando alto e o povo no maior arrocho. Eles recebendo bônus, rendimentos e você pagando tudo caro?", questionou a parlamentar.

A remuneração dos administradores da Petrobrás mais que dobrou entre 2020 e 2021.

Gleisi também comentou a informação de que um estudo do governo Jair Bolsonaro aponta o aumento da necessidade de investimentos da Petrobrás em refinarias de combustíveis. Ela lembrou que era isso que o PT antes de ser tirado injustamente do poder. "Estudo do governo diz ser preciso investir em refinarias para reduzir preço de combustíveis. É o que o PT vinha fazendo e foi barrado pelo golpe. Refinaria da Bahia foi privatizada e venda de duas outras, Paraná e Manaus, foi assinada. Bem básico, produzir e refinar aqui fica mais barato".

Paraná Pesquisa: Haddad tem 31% para governo de São Paulo contra 17% de França e 12% de Tarcísio

 Ex-prefeito lidera de forma isolada a corrida pelo governo paulista, aponta levantamento divulgado nesta segunda-feira

Fernando Haddad (Foto: Leon Rodrigues/SECOM)


247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera de forma isolada a corrida eleitoral pelo governo paulista, aponta levantamento do Instituto Paraná Pesquisa divulgado nesta segunda-feira (4). A pesquisa mostra que Haddad possui 31,1% das intenções de voto contra 17,6% do ex-governador Márcio França (PSB). O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), apadrinhado político de Jair Bolsonaro (PL), aparece na terceira posição, com 12,7% da preferência do eleitorado. 

Logo em seguida estão o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), com 3,8%; o deputado federal Vinicius Poit (Novo), com 1,4%; e o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD), com 1%. Todos estes pré-candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos. 


Foi simulado também um cenário com a presidente do Podemos, Renata Abreu, e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub:

A pesquisa, contratada pela BGC Liquidez Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, foi feita em 78 municípios do estado por meio de 1820 entrevistas pessoais presenciais realizadas entre 27 e 31 de março. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº SP-07095/2022.

Deputados acionam Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro por ironizar tortura de Miriam Leitão

 No Twitter, Eduardo Bolsonaro compartilhou uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Miriam Leitão

(Foto: Divulgação)


Rede Brasil Atual - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura civil-militar. Em sua conta do Twitter, nesse domingo (3), o parlamentar compartilhou uma coluna dela e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida pela jornalista.

Míriam Leitão foi presa e torturada enquanto estava grávida por agentes do governo durante a ditadura militar no Brasil. Em uma das sessões de tortura, ela foi deixada nua numa sala escura com uma cobra. Profissional de imprensa do Grupo Globo, Miriam foi presa quando tinha 19 anos, em um batalhão do Exército localizado em Vitória. 

Na manhã desta segunda-feira (4), o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que seu partido abrirá uma representação no Conselho de Ética da Câmara. Consultei o partido e faremos representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara pelo deboche afrontoso e desumano à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão. Esse canalha sórdido não ficará impune!”, tuitou. 

Ainda hoje, em entrevista à rádio CBN, o parlamentar pediu desculpas à jornalista e disse que o Congresso está “constrangido”. “Quero pedir desculpas à jornalista Miriam Leitão pelo gesto abominável de Eduardo Bolsonaro, que ironizou algo tão bárbaro. A tortura é desumano. Por isso, vamos abrir essa representação, porque esse deputado, cada dia mais, viola o decoro parlamentar. É uma violência que constrange o Parlamento”, disse Orlando Silva.

‘Eduardo Bolsonaro, covarde’

O deboche do deputado se originou após a jornalista compartilhar seu texto no jornal. Junto com o artigo, Míriam escreveu “qual é o erro da terceira via? É tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. Coluna de domingo”. 

Nas redes, colegas e políticos se solidarizaram com Miriam. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou Eduardo Bolsonaro de “canalha”, “covarde” e “imbecil”. “Esse infeliz debocha da dor de uma mulher que sofreu na ditadura, regime instalado por gente da laia do seu pai. O Brasil não merece essa família ordinária”, indignou-se. 

“Minha solidariedade à jornalista e meu compromisso de seguir lutando para acabar, definitivamente, com o Bolsonarismo”, endossou a parlamentar Fernanda Melchionna (Psol-RS). A jornalista Vera Magalhães também repudiou as declarações do deputado. “Miriam Leitão foi torturada grávida pela ditadura que essa família apoia. O deputado federal por São Paulo faz um comentário nojento e indigno desse. A infâmia está tão normalizada que faz o que faz e não sofre nenhuma punição do conselho de ética. Pessoa baixa”, tuitou.