segunda-feira, 4 de abril de 2022

"Se a gente não mudar o Congresso, é difícil imaginar que faremos a contrarreforma que precisamos", diz Lula na CUT

 O ex-presidente, em encontro com a Central Única dos Trabalhadores, destacou novamente a importância de mudar a correlação de forças no Congresso na eleição de 2022

Lula (Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula (PT) se encontrou na manhã desta segunda-feira (4) com a diretoria da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para receber propostas dos trabalhadores.

Em discurso, o petista destacou a importância de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional por meio da eleição de 2022, elegendo deputados, deputadas, senadores e senadoras de esquerda e alinhadas aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. "Qualquer coisa que a gente quiser fazer vai ter que passar pelo Congresso Nacional, e vocês sabem que a eleição de deputados e deputadas e senadores e senadoras passa a ter muita importância nesse país. Se a gente não mudar o Congresso Nacional, é muito difícil imaginar que vamos fazer as reformas que precisamos fazer. Ou melhor, a contrarreforma que precisamos fazer. Não adianta chorar. Se a gente não tiver números a gente não faz. Essa é uma eleição que a gente vai ter que fazer mais do que a gente fez em outras eleições. A gente vai ter que colocar no papel o que a gente quer e ensinar a sociedade a cobrar dos deputados as coisas. Daqui para a frente a gente vai ter que mudar o jeito de fazer pressão no Congresso Nacional. Fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado. Quando a gente está dentro do plenário a gente não sabe se está chovendo, se está caindo canivete. Você só vai saber dos atos quando chega em casa e liga a televisão. A gente não aprendeu a fazer pressão na cidade onde as pessoas moram. Os deputados têm casa, eles moram em uma cidade, nessa cidade tem sindicalistas. Então se a gente mapeasse o interesse de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa do deputado - não é para xingar, é para conversar - incomodar, surte muito mais efeito do que manifestar em Brasília. Vamos ter que conversar mais sério com a sociedade a importância de votar no Legislativo. Temos o pior Congresso Nacional da história do Brasil. Nem o Ulysses Guimarães tinha 10% da força que tem o Lira hoje. A gente nunca teve orçamento secreto. Se esse orçamento fosse bom, por que não é público?".

"Eu fico imaginando se a gente ganhar as eleições para presidente da República e fizer minoria. O PT era o maior partido no Congresso e tem 56 deputados em 513. A esquerda toda tem cento e poucos. Só o Valdemar da Costa Neto agora tem 78 deputados. Os partidos viraram cooperativas de deputado. O que vale é a repartição do fundo eleitoral. O União Brasil só do fundo eleitoral tem quase R$ 800 milhões. O PT também tem muito, R$ 400 e poucos milhões. Temos uma tarefa quase que heróica. Como é que a gente vai trabalhar para não eleger pilantra? Como é que a gente vai fazer para a direita não ter maioria? Temos que fazer algo diferente do que fizemos até agora para que tenhamos um resultado diferente do que tivemos até agora", completou.

Lula disse que é natural que o movimento dos trabalhadores esteja acuado, mas é preciso reação. Ele pediu uma mudança na disputa de "narrativas". "Toda vez que a situação econômica está difícil, que a situação politica está dificil, que o desemprego está muito grande, em vez de aumentar a luta dos trabalhadores, diminui. Isso é histórico na vida sindical. E nós vivemos um momento dificil no Brasil. Desde o impeachment da presidente Dilma não aconteceu outra coisa no movimento sindical a não ser derrota. Eles foram desmontando e a nossa capacidade de reação foi muito pequena porque esse movimento dos setores conservadores fizeram para tentar destruir aquilo que a classe trabalhadora brasileira acumulou durante tantos anos foi antecipado por uma narrativa muito forte de negação de quase tudo que era bom para nós. Eles cansaram de dizer que o salário, as férias o 13º do trabalhador brasileiro significava o 'custo Brasil' e tirava do Brasil o poder de competitividade a nível internacional. O Brasil não crescia, não exportava mais porque era tudo muito caro aqui. E nunca fizeram uma comparação entre o salário do trabalhador brasileiro e o do francês, alemão, inglês, sueco. Todos esses debates de reforma no Brasil nunca levaram alguém ligado aos trabalhadores para dar sua versão".

"Eles constroem uma narrativa e essa narrativa constrói a consciência das massas e a as massas vão achando que não tem sentido o que a gente está falando. Eles criaram o microempreendedorismo para Uber. O cara achava que era microempreendedor. Eles impuseram o trabalho intermitente, inventaram uma 'Carteira Verde e Amarela', uma série de coisas que conseguiram iludir uma parcela muito grande da população e nós não conseguimos construir narrativa para nos contrapor a isso. A coisa mais forte de tudo isso foi a Lava Jato, que criou na sociedade a ideia de que você tinha um Brasil totalmente corrupto e você tinha um grupo de juízes e procuradores totalmente sério. E o objetivo principal aconteceu: destruição da indústria de engenharia no Brasil, de óleo e gás, da indústria naval, fatiamento da Petrobrás, da BR. Qual era o argumento utilizado para fatiar a BR? Era de que faltava concorrência. Na hora que tivesse a tendência era o preço baixar. Temos 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos a preço de dólar e vendendo a preço de dólar. Em 2008, quando houve a crise econômica, o petróleo chegou a US$ 147 por barril e aqui no Brasil a gasolina era R$ 2,60. É por isso que costumo dizer que é preciso 'abrasileirar' os preços da Petrobrás", completou.

Não vai ser fácil", disse o ex-presidente.


Acossado por escândalos, Bolsonaro ignora casos de corrupção e diz que seu governo 'sobrevive pela fé'

 Em novo aceno ao eleitorado religioso, Jair Bolsonaro voltou a ignorar o escândalo de corrupção envolvendo pastores no MEC

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Jair Bolsonaro, que está em viagem pelo Rio de Janeiro nesta segunda-feira (4), fez um novo aceno ao eleitorado religioso, que o ajudou a se eleger em 2018, ao afirmar que seu governo só resiste a 'tantas adversidades graças à fé'.

“Somos um governo que acredita em Deus, que defende a família e que deve lealdade ao seu povo. Com toda a certeza foi a fé que nos salvou no passado, nos elegeu e nos mantém vivos no governo até o dia hoje. Se não fosse Ele, o nosso Deus, como resistiríamos a tantas adversidades com grande parte da imprensa contra nós? É a fé”, disse Bolsonaro durante um evento no Cristo Redentor, de acordo com a coluna Radar, da Revista Veja. 

Bolsonaro não explicou quais seriam os problemas enfrentados. Ele vem sendo cobrado pelo baixo desempenho da economia, além de estar em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e de enfrentar um escândalo de corrupção no Ministério da Educação (MEC). 

O caso, que envolve a liberação de verbas do MEC por meio da intermediação de recursos por pastores, levou à queda do então ministro da pasta Milton Ribeiro.


Lula presta solidariedade a Míriam Leitão, atacada de forma vil por Eduardo Bolsonaro

 O deputado fez troça da tortura sofrida pela jornalista durante a ditadura militar, com o uso de uma cobra. "Comemorar o sofrimento alheio é perder a humanidade", disse Lula

Lula, Miriam Leitão e Eduardo Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação)


247 - O ex-presidente Lula (PT) manifestou nesta segunda-feira (4) pelo Twitter solidariedade à jornalista Míriam Leitão, que participou da perseguição política ao petista promovida pela Lava Jato com o apoio da grande imprensa.

Mesmo com as divergências, Lula se solidarizou a Míriam após a jornalista ter sido atacada de maneira vil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele comparilhou no Twitter uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Míriam Leitão.

O ex-presidente disse que não se pode "comemorar o sofrimento alheio". "Minha solidariedade à jornalista Míriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade".


"Gestores e investidores ganhando alto e o povo no maior arrocho", diz Gleisi sobre remuneração na Petrobrás

 Gestores da Petrobrás receberam R$ 34 milhões em 2021, enquanto o povo sofre para abastecer o carro e comprar gás de cozinha

Gleisi Hoffmann e fachada da Petrobras (Foto: Gustavo Beszerra/PT | REUTERS/Sergio Moraes)

247 - Gestores da Petrobrás estão saindo milionários da empresa, depois do período de maior arrocho na renda dos brasileiros provocado pela política da companhia. Os administradores da Petrobrás receberam R$ 34 milhões em 2021, enquanto a sociedade brasileira sofre com a carestia e não consegue abastecer o carro ou comprar um botijão de gás de cozinha para cozinhar.

Tal discrepância foi o que a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), quis destacar em tuíte publicado na manhã desta segunda-feira (4).

"Remuneração dos gestores da Petrobrás mais do que dobrou e chegou a R$ 34 milhões em 2021. Os contrários à mudança na política de preços acham justo isso? Gestores e investidores ganhando alto e o povo no maior arrocho. Eles recebendo bônus, rendimentos e você pagando tudo caro?", questionou a parlamentar.

A remuneração dos administradores da Petrobrás mais que dobrou entre 2020 e 2021.

Gleisi também comentou a informação de que um estudo do governo Jair Bolsonaro aponta o aumento da necessidade de investimentos da Petrobrás em refinarias de combustíveis. Ela lembrou que era isso que o PT antes de ser tirado injustamente do poder. "Estudo do governo diz ser preciso investir em refinarias para reduzir preço de combustíveis. É o que o PT vinha fazendo e foi barrado pelo golpe. Refinaria da Bahia foi privatizada e venda de duas outras, Paraná e Manaus, foi assinada. Bem básico, produzir e refinar aqui fica mais barato".

Paraná Pesquisa: Haddad tem 31% para governo de São Paulo contra 17% de França e 12% de Tarcísio

 Ex-prefeito lidera de forma isolada a corrida pelo governo paulista, aponta levantamento divulgado nesta segunda-feira

Fernando Haddad (Foto: Leon Rodrigues/SECOM)


247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera de forma isolada a corrida eleitoral pelo governo paulista, aponta levantamento do Instituto Paraná Pesquisa divulgado nesta segunda-feira (4). A pesquisa mostra que Haddad possui 31,1% das intenções de voto contra 17,6% do ex-governador Márcio França (PSB). O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), apadrinhado político de Jair Bolsonaro (PL), aparece na terceira posição, com 12,7% da preferência do eleitorado. 

Logo em seguida estão o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), com 3,8%; o deputado federal Vinicius Poit (Novo), com 1,4%; e o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD), com 1%. Todos estes pré-candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos. 


Foi simulado também um cenário com a presidente do Podemos, Renata Abreu, e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub:

A pesquisa, contratada pela BGC Liquidez Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, foi feita em 78 municípios do estado por meio de 1820 entrevistas pessoais presenciais realizadas entre 27 e 31 de março. A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº SP-07095/2022.

Deputados acionam Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro por ironizar tortura de Miriam Leitão

 No Twitter, Eduardo Bolsonaro compartilhou uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Miriam Leitão

(Foto: Divulgação)


Rede Brasil Atual - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura civil-militar. Em sua conta do Twitter, nesse domingo (3), o parlamentar compartilhou uma coluna dela e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida pela jornalista.

Míriam Leitão foi presa e torturada enquanto estava grávida por agentes do governo durante a ditadura militar no Brasil. Em uma das sessões de tortura, ela foi deixada nua numa sala escura com uma cobra. Profissional de imprensa do Grupo Globo, Miriam foi presa quando tinha 19 anos, em um batalhão do Exército localizado em Vitória. 

Na manhã desta segunda-feira (4), o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que seu partido abrirá uma representação no Conselho de Ética da Câmara. Consultei o partido e faremos representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara pelo deboche afrontoso e desumano à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão. Esse canalha sórdido não ficará impune!”, tuitou. 

Ainda hoje, em entrevista à rádio CBN, o parlamentar pediu desculpas à jornalista e disse que o Congresso está “constrangido”. “Quero pedir desculpas à jornalista Miriam Leitão pelo gesto abominável de Eduardo Bolsonaro, que ironizou algo tão bárbaro. A tortura é desumano. Por isso, vamos abrir essa representação, porque esse deputado, cada dia mais, viola o decoro parlamentar. É uma violência que constrange o Parlamento”, disse Orlando Silva.

‘Eduardo Bolsonaro, covarde’

O deboche do deputado se originou após a jornalista compartilhar seu texto no jornal. Junto com o artigo, Míriam escreveu “qual é o erro da terceira via? É tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. Coluna de domingo”. 

Nas redes, colegas e políticos se solidarizaram com Miriam. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou Eduardo Bolsonaro de “canalha”, “covarde” e “imbecil”. “Esse infeliz debocha da dor de uma mulher que sofreu na ditadura, regime instalado por gente da laia do seu pai. O Brasil não merece essa família ordinária”, indignou-se. 

“Minha solidariedade à jornalista e meu compromisso de seguir lutando para acabar, definitivamente, com o Bolsonarismo”, endossou a parlamentar Fernanda Melchionna (Psol-RS). A jornalista Vera Magalhães também repudiou as declarações do deputado. “Miriam Leitão foi torturada grávida pela ditadura que essa família apoia. O deputado federal por São Paulo faz um comentário nojento e indigno desse. A infâmia está tão normalizada que faz o que faz e não sofre nenhuma punição do conselho de ética. Pessoa baixa”, tuitou.

Ministro da Casa Civil utiliza compra de ônibus escolares para beneficiar aliados e apadrinhados políticos

 Compra dos veículos, cuja licitação programada está sob suspeita, utiliza verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira (Foto: Adriano Machado/Reuters)

247 - O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, vem priorizando municípios de aliados e apadrinhados políticos por meio da liberação de recursos do programa Caminho da Escola, voltado para a compra de ônibus escolares para atender os estudantes de áreas rurais, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), aponta o jornal O Estado de S. Paulo.

A compra dos veículos está sob suspeita em função da revelação de que a licitação para compra dos veículos, programada pela pasta para acontecer nesta terça-feira (5), prevê a compra de ônibus escolares com preços inflados. O alerta partiu de instâncias de controle e da própria área técnica do fundo.

O FNDE é comandado por Marcel Ponte, um apadrinhado do ministro. O partido, que faz parte do Centrão, integra a base de apoio do governo Jair Bolsonaro no Congresso. Ciro Nogueira também é presidente do PP. “O ministro controlaria “pessoalmente” as liberações de recursos do fundo, “além dos recursos próprios do órgão e inclui verbas do orçamento secreto, formado por emendas do relator-geral do Orçamento”, ressalta a reportagem.  

“Os seis Estados que mais receberam ônibus são redutos de lideranças do Progressistas – no total, foram 797 veículos. O Estado mais beneficiado foi a Bahia, do ex-líder do Progressistas Cacá Leão (296 ônibus). Também foram contemplados Goiás, do presidente estadual do partido, Alexandre Baldy (174); Santa Catarina, do senador Esperidião Amin (171); Piauí, de Ciro Nogueira; e Paraná, do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (112 cada), além de Alagoas, base eleitoral do presidente da Câmara, Arthur Lira (106)”, destaca o periódico. 

Governo Lula tratará como prioridade direitos trabalhistas de entregadores por aplicativo

 Inspirados pela Espanha, aliados do ex-presidente discutem, entre outros temas, a inclusão dos entregadores na Previdência

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Roberto Parizotti/Fotos Publicas)

247 - A revisão da reforma trabalhista idealizada pelo PT tratará como prioridade os direitos dos entregadores de aplicativo, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais de outubro. A mudança prevê que a categoria seja incluída na lista de beneficiários da Previdência, com a contribuição das plataformas. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, lideranças do partido já deram início às discussões sobre o assunto junto a representantes das empresas e dos trabalhadores. Atualmente, cerca de 1,4 milhão de pessoas trabalham por meio de aplicativos no Brasil. 

Ainda conforme a reportagem, o modelo que vem sendo estudado tem como base a Espanha. O país europeu aprovou no ano passado uma lei que reconheceu os trabalhadores por aplicativos como funcionários assalariados. A vice-premiê do governo da Espanha e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, veio ao Brasil na semana passada e discutiu o assunto com Lula e outras lideranças do PT.

"Do nosso ponto de vista, o mais relevante é que ela [a ministra Yolanda Díaz] foi capaz de construir uma mesa de negociação, de diálogo social, entre o empresariado e as centrais sindicais, estabelecendo uma relação de confiança, um processo de diálogo que culminou em um acordo após nove meses de intenso trabalho", disse Aloizio Mercadante, ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, na sexta-feira (31).

"A negociação na Espanha avançou ao reconhecer esses trabalhadores por aplicativo não como autônomos, mas em uma relação de trabalho, e também no acesso aos algoritmos. Isso é muito importante para que eles tenham condição de negociar suas condições de vida e de trabalho", completou. 

Em editorial, jornal O Globo repudia declaração de Eduardo Bolsonaro sobre tortura à jornalista Miriam Leitão

 Jornal diz que a manifestação do deputado deve ser repudiada com toda a veemência

(Foto: Ag. Brasil)


247 - “Foi repugnante, ofensiva e absolutamente inaceitável a manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que fez referência à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, durante a ditadura militar”, diz o texto.

O editorial destaca que a tortura sofrida pela jornalista enquanto estava grávida foi um dos episódios mais cruéis da vida dela. 

“A manifestação do deputado deve ser repudiada com toda a veemência. É incompatível não apenas com o que se espera de um detentor de mandato popular, mas sobretudo com a decência e o respeito humanos. Merece, além do repúdio firme, providências das instituições obrigadas constitucionalmente a zelar pelo Estado de Direito". 

No legítimo exercício da liberdade de expressão, a jornalista tinha afirmado que Jair Bolsonaro é “inimigo confesso da democracia”. 


Estudo do governo aponta aumento da necessidade de investimentos da Petrobrás em refinarias de combustíveis

 Projetos, que podem reduzir os preços, foram paralisados pela Lava Jato e pelo golpe de estado de 2016

Tanques de combustível em refinaria da Petrobras no Rio Grande do Sul (Foto: REUTERS/Diego Vara)


247 – Um estudo do governo federal aponta a necessidade de maiores investimentos em refinarias, para reduzir os preços de combustíveis, como o diesel e a gasolina no Brasil. Investimentos bilionários vinham sendo realizados nos governos Lula e Dilma, mas foram paralisados pela Lava Jato, que desempregou 4,4 milhões de brasileiros, e pelo golpe de estado de 2016, que teve como finalidade a transferência da renda do petróleo para acionistas privados da Petrobrás.

"A Petrobras e outras refinarias privadas poderiam ampliar a produção nacional de combustíveis para atender à demanda dos consumidores brasileiros no momento em que a necessidade de importação impulsiona os preços na bomba, aponta um estudo elaborado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética). O aumento no volume processado nas refinarias reduziria a dependência externa do diesel, cuja cobrança nos postos acumula uma alta de 40,54% nos 12 meses até fevereiro de 2022, na esteira da recente alta na cotação do barril de petróleo e do dólar", aponta reportagem do Valor.

"Já no caso da gasolina, a intensificação do refino poderia devolver ao Brasil o status de exportador líquido do combustível –o que tenderia a aliviar a pressão sobre os preços", prossegue a reportagem.


Documentos oficiais apontam que Adriano Pires e Rodolfo Landim não têm credenciais éticas para dirigir a Petrobras

 Evidências constam em relatórios da estatal sobre o histórico do executivo Rodolfo Landim e do consultor Adriano Pires

Adriano Pires (Foto: Divulgação)


247 - Os relatórios da diretoria de conformidade da Petrobras sobre o histórico do executivo Rodolfo Landim e do consultor Adriano Pires, indicados por Bolsonaro para dirigir a estatal,  assustaram até mesmo o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e técnicos da Corregedoria Geral da União.

Segundo apontaram os documentos, nenhum dos dois teria aprovação fácil no comitê interno que vai avaliar se eles têm ou não condições de ocupar os postos para os quais foram indicados, informa a jornalista Malu Gaspar

O comitê se reúne na próxima terça-feira (5) para analisar um relatório e preparar um parecer a ser enviado aos acionistas que vão deliberar no dia 13 sobre as indicações de Bolsonaro.

Landim, que é presidente do Flamengo, foi indicado por Jair Bolsonaro para presidir o conselho da empresa, mas desistiu neste domingo (3) de pleitear o posto. 

Adriano Pires, que é economista e consultor, foi escolhido para presidir a Petrobras, mas também pode renunciar à indicação . 

De acordo com os documentos apresentados a Bento Albuquerque na última quarta-feira (30), Landim tem uma série de processos e acusações pendentes na Justiça. 

Já sobre Adriano Pires a conclusão é de que, se assumir o cargo, ele terá "conflitos demais", segundo pessoas que tiveram acesso às informações do relatório. 

Senadores e militares criticam uso do orçamento secreto do Ministério da Defesa para contemplar aliados de Bolsonaro

 Pasta contemplou 11 senadores para realizar obras em redutos eleitorais

Forças Armadas e o ministério da Defesa (Foto: Abr)


247 - Senadores e generais da reserva reagiram ao uso do orçamento secreto pelo Ministério da Defesa, de R$ 588 milhões. Deste total, R$ 401 milhões foram repassados pela pasta militar para contemplar aliados do governo no Senado e bancar até a construção de uma capela funerária, informa O Globo.

Segundo reportagem publicada pelo jornal neste domingo (3), 11 senadores, sendo a maioria alinhada ao governo, foram contemplados com emendas de relator repassadas pelo Ministério da Defesa para realizar centenas de obras em seus redutos eleitorais. O ministério era chefiado, até poucos dias atrás, pelo general da reserva Braga Netto, que será candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. 

Para o senador Telmário Mota, líder do PROS, o Ministério está beneficiando quem goza de mais proximidade do governo. 

O senador Paulo Rocha (PT-PA_) diz que o uso do orçamento secreto no Ministério da Defesa, ou em qualquer pasta, é uma afronta à Constituição.

Generais da reserva ouvidos pelo jornal avaliaram como "grave" o uso de recursos da pasta para fazer obras sem conexão com a área da Defesa.

"Em momento nenhum, da minha vida militar, vi recursos da Defesa sendo empregados de forma política, para atender interesses outros que não sejam a missão Constitucional das Forças Armadas. Eu nunca vi isso. Uma decepção", afirma o general da reserva Paulo Chagas.  


Gleisi busca apoio de Kassab e do PSD a Lula

 "Entendo as dificuldades do PSD no primeiro turno e vamos respeitar os encaminhamentos do partido", diz ela

Fernando Haddad, Lula, Gilberto Kassab e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)


247 – Depois de avançar na construção de alianças com PSB, Psol, PCdoB, Rede e PV, o Partido dos Trabalhadores agora busca uma aliança com o PSD, de Gilberto Kassab. "Vou procurá-lo após a janela partidária. Entendo as dificuldades do PSD no primeiro turno e vamos respeitar os encaminhamentos do partido", disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

"Os partidos têm legitimidade e dever de procurarem se fortalecer, se não, por que existiriam? Admiro a disposição de Kassab de organizar e fortalecer um partido. É o que faço como presidenta do PT", diz Gleisi.


Gestores da Petrobrás receberam R$ 34 milhões em 2021

 Administradores da empresa, como o general Joaquim Silva e Luna receberam bônus depois de aumentar os preços dos combustíveis

Presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


247 – Os administradores da Petrobrás, como o general Joaquim Silva e Luna, estão saindo milionários da Petrobrás, depois do período de maior arrocho na renda dos brasileiros provocado pela empresa, com aumentos extorsivos nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
"A remuneração dos administradores da Petrobras mais que dobrou entre 2020 e 2021, segundo dados do formulário 20-F, documento enviado ao regulador do mercado de capitais americano", aponta reportagem do Valor Econômico. "Segundo o formulário, a remuneração no ano da diretoria-executiva, conselho de administração e conselho fiscal da empresa somou US$ 6,1 milhões (R$ 34 milhões na cotação de 30 de dezembro), ante US$ 2,8 milhões em 2020."

Gestores da empresa receberam bônus por performance, depois dos aumentos extorsivos. "Parte do aumento está associado ao programa de remuneração variável e ao desembolso por quarentena de ex-diretores. Em abril do ano passado, a companhia substituiu boa parte da diretoria na troca de Roberto Castelo Branco por Joaquim Silva e Luna na presidência. O desembolso pela quarentena é feito de forma parcelada, em até cinco anos", aponta ainda a reportagem.


domingo, 3 de abril de 2022

Pimenta diz que Randolfe, Molon e outros políticos ex-lavajatistas devem ser aceitos no palanque de Lula

 "Não me importa se Randolfe e Alessandro Molon estiveram com Moro e Marcelo Bretas. O que importa é que querem estar conosco em 2022", disse o deputado Paulo Pimenta

Paulo Pimenta (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)


247 - O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu neste domingo (3) a união das forças do campo progressista em torno da candidatura do ex-presidente Lula para derrotar Jair Bolsonaro. 

Pelo Twitter, Pimenta citou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que apoiaram a Lava Jato e estiveram ao lado do ex-juiz Sérgio Moro e do juiz Marcelo Bretas. 

"Vamos olhar pra frente e todos os Bolsonaristas e Lavatistas que se arrependeram publicamente serão aceitos no palanque do @LulaOficial. Não me importa se @randolfeap e @alessandromolon estiveram com Moro e Marcelo Bretas. O que importa é que querem estar conosco em 2022", disse Pimenta. 

"Não tenho nenhum problema em receber @randolfeap e @alessandromolon por terem apoiado a Lava Jato, terem brigado conosco para defender Dallagnol e sua quadrilha. Não importa se apoiaram Marcelo Bretas e essa turma. Conversei com @wadih_damous e decidimos relevar tudo que passamos", acrescentou. 








PT aprova apoio a Marcelo Freixo na disputa pelo governo do Rio de Janeiro

 Decisão foi tomada neste domingo pelo diretório estadual do partido. PT aprovou também a candidatura de Lula a presidente e de André Ceciliano a senador

André Ceciliano, Lula, Marcelo Freixo e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro aprovou neste domingo o apoio à candidatura de Marcelo Freixo, do PSB, ao governo do Estado.

O diretório também aprovou a candidatura de Lula a presidente e de André Ceciliano a senador.

Na mais recente pesquisa da Quaest,  o cenário mais provável de primeiro turno mostra o atual governador,  Cláudio Castro, com 22% das intenções de voto; Freixo,18%; Rodrigo Neves (PDT), 10%; Felipe Santa Cruz (PSD), 3%; e Paulo Ganime (Novo), 2%.

Brancos e nulos somam 35%, e indecisos, 11%. Como a margem de erro é de 2,8 pontos para mais ou para menos,  Castro e Freixo estão tecnicamente empatados. 

Em simulação de segundo turno, Freixo aparece na frente de Castro quando tem seu nome associado ao de Lula: 41 a 36%. Castro é apoiado por Jair Bolsonaro, e esse resultado também é obtido com base na associação de seu nome ao do presidente.

"Já quando os dois são desvinculados de seus presidenciáveis, Castro pontua 34%, ante 30% do adversário. Ou seja, Lula é capaz de dar 11 pontos ao seu apadrinhado, enquanto Bolsonaro é mais irrelevante para o segundo turno – o que demonstra que sua influência para o governador é mais decisiva no primeiro, quando lhe dá uma base", informa a revista Veja.


Jair Bolsonaro não confirma se vai aos debates eleitorais

 O primeiro debate entre candidatos a presidente será em 6 de agosto

Bolsonaro (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

247 - A campanha de Jair Bolsonaro (PL) não está confirmando sua presença em nenhum debate eleitoral dos vários que estão sendo organizados. Estão sendo enviados representantes aos veículos de comunicação que planejam promover debates eleitorais, mas eles dizem que não podem confirmar a presença de Bolsonaro, informa Lauro Jardim em O Globo.

Os debates entre os candidatos à presidência da República já têm data marcada em quatro emissoras: CNN em 6 de agosto, Jovem Pan em 9 de agosto, Band em 7 de agosto e RedeTV, 2 de setembro. Tradicionalmente, a Rede a Rede Globo promove o último encontro entre os presidenciáveis na quinta-feira que antecede a votação, mas a emissora ainda não confirmou a data para este ano. Se a tradição for mantida, o debate da Globo deverá ser no dia 29 de setembro — o primeiro turno será em 2 de outubro.

"Bolsolão do busão" bomba nas redes após licitação do governo Bolsonaro com preços superestimados para ônibus escolares

 O programa Caminho da Escola chamou a atenção de parlamentares que estão de olho em redutos eleitorais. A licitação teve atuação de Garigham Amarante, indicado para o FNDE pelo PL

Garigham Amarante, um dos diretores do FNDE (Foto: Divulgação)

247 - Internautas foram ao Twitter criticar a licitação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que, de acordo com a área técnica do órgão, prevê um custo até 55% maior, ou R$ 732 milhões a mais, para a aquisição de 3,8 mil ônibus escolares. Um internauta escreveu: "com Jair Bolsonaro é assim. VETO pra colocar internet nas escolas públicas e BOLSOLÃO DO BUSÃO de R$ 732 MILHÕES para atender os amigos do Centrão!". "É Jair Bolsonaro assaltando o MEC para encher o bolso do centrão", disse outra pessoa", disse outra pessoa no Twitter.

O programa também despertou a atenção de parlamentares interessados em faturar com a entrega dos ônibus em seus redutos eleitorais. O processo licitatório teve atuação direta de um dos diretores do FNDE, Garigham Amarante, indicado para o cargo por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro. 

As informações sobre o custo da licitação também acontece em meio a uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma gabinete paralelo no Ministério da Educação, após o agora-ex-ministro Milton Ribeiro admitiu que, na liberação de verba para ações na área, o governo federal prioriza prefeituras com pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

Outra pessoa postou: "no 'governo sem corrupissaum' a gente descobre uma mutreta por semana". "BOLSOLÃO DO BUSÃO", acrescentou o perfil, ao lemberar a declaração de Jair Bolsonaro, no dia 22 de março, de que o governo dele é de Deus e não tem corrupção.

"A educação pede socorro", postou outro perfil. 

"Tem que ser muito ingênuo ou otário para acreditar que não existe corrupção no GOVERNO CENTRÃO DO BOLSONARO!", disse um internauta. 

Uma pessoa escreveu: "desgraça de governo. Minha filha aguardou as duas doses da vacina p voltar as aulas. A escola falou q ela já está reprovada pq só deixei ela ir p escola esse mês de abril, depois de tomar as 2 doses. Vai ter q aguardar fila de rota escolar. BOLSOLÃO DO BUSÃO tem perdão né?".