quinta-feira, 31 de março de 2022

Doria desiste da desistência e será candidato ao Planalto pelo PSDB

 Aliados de João Doria admitem que a manobra visava garantir o apoio público da cúpula do partido e isolar o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite

João Doria e Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)


247 - O governador de São Paulo, João Doria, recuou da intenção de não renunciar ao cargo e deverá manter o projeto original de disputar a Presidência da República pelo PSDB. De acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, o recuo aconteceu após a direção do PSDB divulgar uma nota assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, afirmando que "o candidato do PSDB é João Doria. As prévias serão respeitadas. Não haverá contestação". O anúncio oficial deverá ser feito por Doria nesta quinta-feira (31) às 16h.

Segundo a reportagem, “nos bastidores, interlocutores e aliados de Doria admitem que o governador sinalizou uma possível desistência da disputa com o objetivo de ter um gesto público do PSDB garantindo sua candidatura ao Palácio do Planalto”.

A manobra de Doria foi uma resposta à movimentação do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que não aceitou a derrota nas prévias da legenda que asseguraram que Doria seria o candidato do partido à Presidência da República .Leite  renunciou ao cargo nesta semana, o que acendeu a luz de alerta entre os aliados de Doria. 

Uma ala tucana também pressionava para que o governador paulista desistisse da disputa presidencial em função do baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.

Crise com vice Rodrigo Garcia

Irritado com a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de desistir da candidatura à Presidência da República, o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), avisou o colega que também fará um recuo e não disputará o governo do estado neste ano, segundo a Folha de S. Paulo.

A jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo, afirma que aliados de Garcia já ameaçam Doria. Caso ele desista mesmo de concorrer ao Palácio do Planalto, eles promoverão o impeachment do governador "em tempo recorde".

Agora é oficial: Moro está fora da corrida presidencial

 Ex-juiz suspeito filiou-se ao União Brasil. Dirigente fala em expectativa de Moro se tornar "um dos deputados mais votados da história"

(Foto: Lula Marques)

247 - O ex-juiz suspeito Sergio Moro filiou-se ao União Brasil para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Com isso, Moro deixa o Podemos e abre mão da intenção de disputar a Presidência da República. 

O dirigente do União Brasil, deputado Alexandre Leite, disse que "Moro vem para o União com a expectativa de ser um dos deputados mais votados da história do país". "Daremos todas as condições para isso". 

A executiva estadual do União Brasil se reuniu com Moro em um hotel no centro de São Paulo. Além do deputado Leite, estiveram presentes no encontro os deputados Abou Anni e Junior Bozella.


Entidades emitem nota de repúdio à ditadura de 64 e criticam ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral

 Organizações como Oxfam e Instituto Vladimir Herzog citam mortes e torturas que aconteceram na ditadura militar (1964-85) e também alertam para ameaças de Bolsonaro

(Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer | Evandro Teixeira)


247 - Organizações da sociedade civil emitiram, nesta quinta-feira (31), uma nota em "repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe civil-militar ocorrido em 31 de março de 1964". Nesta quinta, data que marca os 58 anos do golpe militar, Jair Bolsonaro exaltou a ditadura e mandou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) calarem a boca. 

De acordo com a nota das instituições, "o regime autoritário imposto pelo golpe militar de 1964 ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país".

O texto também criticou os ataques de Bolsonaro à confiabilidade das urnas eletrônicas. "Nesse contexto em que a integridade e credibilidade do sistema eleitoral estão sob ameaças, a atuação da Justiça Eleitoral na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral é fundamental", afirmaram.

Leia a íntegra da nota: 

As organizações da sociedade civil aqui signatárias vêm a público reforçar seu compromisso com a democracia brasileira e manifestar repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe civil-militar ocorrido em 31 de março de 1964.

O regime autoritário imposto pelo golpe militar de 1964 ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país. A censura imposta a estudantes, jornalistas, artistas e intelectuais deixou cicatrizes profundas nas instituições e na sociedade brasileiras.

O período recente da história brasileira tem sido marcado por ataques à democracia e às instituições com perseguição de opositores e vozes dissidentes, como membros da sociedade civil organizada, jornalistas, artistas e ativistas. Todos os pilares democráticos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 vêm sendo ampla e gravemente atacados pelo atual governo federal ao longo dos últimos três anos, sendo o processo eleitoral um alvo recorrente e primordial de tais investidas.

Nesse contexto em que a integridade e credibilidade do sistema eleitoral estão sob ameaças, a atuação da Justiça Eleitoral na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral é fundamental. Não há espaço, portanto, para decisões monocráticas ou que tentem impor uma censura prévia a manifestações artísticas legítimas, fragilizando a democracia brasileira ao não se coadunarem com o papel histórico dessa importante instituição.

As lógicas de poder concentrado e permanente, as restrições de liberdades individuais, da participação popular e política e do direito ao voto, a perseguição e intolerância à oposição e a censura foram descontinuadas pelo processo de democratização e assim devem ser mantidas e ampliadas. As organizações abaixo signatárias valorizam e defendem a democracia e seus princípios de poder descentralizado e alternado, com o reconhecimento de pertencimento de todas e todos, de forma participativa e de multiplicidade ideológica em todas as esferas da vida social e política, com liberdade de associação, participação, de expressão e de imprensa.

A sociedade civil organizada coloca-se como motor e amplificador da democracia em suas diversas perspectivas e, desse modo, vem a público repudiar toda e qualquer tentativa de retrocesso democrático e conclamar as instituições a reforçarem sua missão institucional de manutenção da liberdade de expressão e da democracia em nosso país.

O nosso compromisso é com a construção de uma sociedade democrática, livre de censura, perseguições e violência institucional, e por isso, seguiremos atuantes, vigilantes e na luta.

  1. ABI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA)
  2. Abong – Associação Brasileira de ONGs
  3. Ação Educativa
  4. Aliança Nacional Lgbti+
  5. ANPED – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
  6. Articulação Brasileira de Gays – ARTGAY
  7. Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
  8. Associação Internacional Maylê Sara Kalí – AMSK/Brasil
  9. Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação – ANPEd
  10. CANDACES
  11. Casa Marielle Franco Brasil 
  12. Católicas pelo Direito de Decidir 
  13. Cenpec
  14. Centro  de  Defesa da vida Herbert de Sousa 
  15. Centro das Mulheres do Cabo 
  16. Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo – LAUT
  17. Centro de Convivência É de Lei
  18. Centro de integração raio de Sol
  19. Centro Popular de Direitos Humanos  – CPDH
  20. Cidade Escola Aprendiz
  21. Comissão Pastoral da Terra – CPT
  22. Conectas Direitos Humanos
  23. CTI – Centro de Trabalho Indigenista
  24. Delibera Brasil
  25. Escola de Ativismo
  26. Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
  27. Geledés Instituto da Mulher Negra
  28. Elas No Poder
  29. Escola Comum
  30. GESTOS– Soropositividade, Comunicação e Gênero
  31. GTP+ GRUPO DE TRABALHOS EM PREVENÇÃO POSITHIVO GTP+
  32. Frente Favela Brasil 
  33. Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
  34. Indômitas Coletiva Feminista
  35. Grupo de Estudos Democratismo
  36. INESC Instituto de estudos socioeconômicos
  37. Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial
  38. Instituto Alziras
  39. Instituto Arueras
  40. Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico – IBDU
  41. Instituto Cidade Democrática
  42. Instituto de Defesa do Direito de Defesa – IDDD
  43. Instituto de Governo Aberto – IGA
  44. Instituto EcoVida 
  45. Instituto Hori – Educação e Cultura
  46. Instituto Patauá
  47. Instituto Physis – Cultura & Ambiente
  48. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  49. Instituto Sou da Paz
  50. Instituto Update
  51. Instituto Vladimir Herzog
  52. Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
  53. IPAD SEJA DEMOCRACIA
  54. Kurytiba Metropole
  55. Laboratório de Estudos da Mídia e da Esfera Pública (LEMEP)
  56. Laboratório interdisciplinar de inovação em organizações e políticas públicas
  57. Liga Brasileira de Lésbicas – LBL
  58. Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais
  59. MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
  60. Mobis Educação
  61. Movimento do Espírito Lilás – MEL
  62. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
  63. Movimento Mapa Educação 
  64. MPD – Movimento do Ministério Público Democrático
  65. Nuances – Grupo pela Livre Expressão Sexual
  66. Núcleo de Preservação da Memória Política 
  67. Observatório para qualidade da lei e LegisLab
  68. NOSSAS
  69. Observatório do Marajó 
  70. Oxfam Brasil
  71. Plan International Brasil
  72. PNBE
  73. Política Viva
  74. ponteAponte
  75. Projeto Saúde e Alegria
  76. Rede Brasileira de Conselhos – RBdC
  77. Rede Conhecimento Social 
  78. Rede Jubileu Sul Brasil
  79. Rede LésBi Brasil
  80. Rema Rede de Matriz Africana
  81. Sistema B Brasil 
  82. Terra de Direitos 
  83. Tornavoz
  84. Transparência Brasil
  85. Transparência Capixaba
  86. Transparência Eleitoral Brasil
  87. Vida Brasil 
  88. WWF-Brasil
  89. ZANZALAB

"Lei do retorno nunca falha", diz Gleisi, sobre desistência de Moro

 A presidente nacional do PT sinalizou que algumas ilegalidades de Sérgio Moro influenciaram na dificuldade de ele subir nas pesquisas e, em consequência, desistir do Planalto

Gleisi Hoffmann e Sergio Moro (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | GUSTAVO BEZERRA)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quinta-feira (3) as ilegalidades de Sérgio Moro, após a informação de que o ex-juiz parcial desistirá de concorrer à presidência da República. 

"Moro usou a toga pra se promover, abusou das prisões/delações, condenou sem provas, chocou o fascismo, virou ministro de olho no STF, nem bem entrou num partido, já tá mudando, nem os seus o querem e a candidatura miou. É a lei do retorno que nunca falha, para o bem ou para o mal", escreveu a parlamentar no Twitter. 

O deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do União Brasil em São Paulo, afirmou que Moro trocará o Podemos pela sigla do dirigente para concorrer a uma vaga no Congresso Nacional

O ex-magistrado segue com dificuldades para chegar aos 10% dos votos na corrida para o Planalto. Segundo pesquisa PoderData, divulgada na quarta-feira (30), Moro alcançou 6% dos votos , atrás de Ciro Gomes (PDT), com 7%, de Jair Bolsonaro (PL), com 32%, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 41% do eleitorado. 


'Ficam me enchendo o saco para tomar vacina. Deixa eu morrer', diz Bolsonaro

 "O problema é meu, a vida é minha", disse Bolsonaro ao voltar a sabotar o combate à pandemia no Brasil

Jair Bolsonaro participa da cerimônia de despedida dos ministros de Estado que deixarão o governo para disputar as eleições deste ano. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro voltou a atacar a campanha de proteção contra a Covid-19, criticando o uso de máscaras e a vacinação contra a doença. Durante cerimônia que oficializou a saída de ministros que devem disputar as eleições, Bolsonaro disse ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que precisa estar no meio do povo, "inclusive sem máscara".

"O problema é meu, a vida é minha. 'Ah, ele não tomou vacina'. Pô, tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para eu tomar vacina. Deixa eu morrer", afirmou. 

Bolsonaro também voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal, afirmando que ministros "atrapalham". "A gente tem tudo para ser uma grande nação. O que falta é que alguns poucos não nos atrapalhem", disse. "Se não tem ideia, cala a boca. Coloca a sua toga e fica aí, sem encher o saco dos outros", completou.



Reservas internacionais do Brasil têm em 2021 primeira rentabilidade negativa em seis anos

 De acordo com o Banco Central, a desvalorização do real frente ao dólar impactou na queda de 0,62% da rentabilidade

Dólar (Foto: Reuters)


Bernardo Caram, Reuters - As reservas internacionais do Brasil registraram em 2021 uma rentabilidade negativa de 0,62%, sob impacto da valorização do dólar no período, informou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira, apontando que o resultado ficou no vermelho pela primeira vez em seis anos.

Os dados fazem parte do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais produzido anualmente pelo BC.

No encerramento de 2021, as reservas internacionais do Brasil totalizavam 362,20 bilhões de dólares, patamar levemente maior que o observado no final de 2020, de 355,62 bilhões de dólares.

Entre os fatores que influenciam a rentabilidade está a paridade das moedas usadas para investimento das reservas em relação ao dólar. Segundo o BC, como o dólar se valorizou ante as demais moedas dos ativos que compõem as reservas, houve no ano um resultado cambial negativo de 0,82% nessa conta.

A rentabilidade também é influenciada pelos níveis de juros. Em 2021 houve leve alta de juros nos Estados Unidos, fazendo com que os títulos que já estavam anteriormente sob gestão do BC se desvalorizassem.

Por outro lado, essa perda foi compensada por um resultado positivo nos investimentos em títulos indexados à inflação americana e títulos públicos chineses, além de ganhos com índice de ações dos Estados Unidos.

No encerramento do ano, esses movimentos relacionados a juros geraram resultado positivo de 0,2%.

“Considerando conjuntamente essas contribuições (de níveis de juros e paridade das moedas), as reservas internacionais brasileiras apresentaram resultado em 2021 de -0,62%”, disse o BC.

No ano anterior, a rentabilidade havia ficado em 5,57%. O último resultado negativo foi registrado em 2015, quando o dado ficou no vermelho em 1,60%.

Em outra metodologia que mede a rentabilidade em reais, o resultado da reservas no ano passado foi de 6,72%, pior dado da série. O BC afirma, porém, que essa não é a melhor medida a ser usada.

"Como as reservas são aplicadas no mercado internacional, a apuração em reais incorpora a flutuação da taxa de câmbio entre o real e as outras moedas, o que dificulta a análise da rentabilidade em diferentes mercados", disse.

De acordo com o BC, dos investimentos na carteira das reservas, 80,34% estavam alocados em dólar norte-americano no fim de 2021. O restante estava distribuído entre moedas de outras regiões, especialmente Europa, China e Japão, mas também havia investimentos em ouro.

A autoridade monetária afirmou ainda que houve redução do risco de mercado sobre as reservas em 2021, na comparação com o ano anterior. Medida que agrega componentes de juros e moedas aponta que o risco ficou em 2,1%, ante 2,7% em 2020.

“Isso se deve ao fato de, em 2020, ter havido grande choque de volatilidade entre março e maio, o que não ocorreu em 2021”, disse, ressaltando que o risco de liquidez também foi reduzido no período.


Bolsonaro defende ditadura e manda ministros do STF calarem a boca

 Nesta quinta-feira (31), data que marca 58 anos do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL) exaltou a ditadura e chamou ministros do Supremo de "inimigos"

Bolsonaro, ao lado de Braga Netto e comandantes militares durante desfile militar em frente ao Palácio do Planalto (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)


247 - Nesta quinta-feira (31), data que marca 58 anos do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL) exaltou a ditadura e insultou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mandando-os calarem a boca. Sem a ditadura, Bolsonaro disse que o Brasil seria uma "republiqueta" e afirmou que naquele período "todos tinham direito de ir e vir, e sair do Brasil, trabalhar, constituir família, de estudar".

A ditadura militar foi um regime marcado pela violência e repressão. Segundo a Comissão Nacional da Verdade, 434 brasileiros foram mortos ou “desaparecidos” durante a ditadura militar entre os anos de 1964 e 1985. A comissão também concluiu que mais de 8,3 mil indígenas perderam a vida naquele período em razão de ações praticadas ou toleradas pelo regime então em vigor. Estima-se que 50 mil pessoas tenham sido presas por razões políticas, tendo cerca de 20 mil delas submetidas a torturas.

"E nós aqui temos tudo para sermos uma grande nação. Temos tudo, o que falta? Que alguns poucos não nos atrapalhem. Se não tem ideias, cala a boca. Bota a tua toga e fica aí. Não vem encher o saco dos outros", disse.

Ele também falou em "inimigos que habitam a região [da praça] dos Três Poderes", sem citar nomes.

Sem citar nominalmente a ministra Rosa Weber, do Supremo, ele criticou: "a PF diz que não tenho nada a ver com a vacina que não foi comprada, mas uma ministra [diz] ‘não, não vou arquivar’. Isso é passível de detenção do presidente. O que essas pessoas querem? O que têm na cabeça?". Rosa Weber decidiu não arquivar a investigação da compra da Covaxin.

Mencionando o deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ), o chefe do governo federal atacou o ministro Alexandre de Moraes: "não pode conselheiros o tempo todo [dizerem], 'calma, espera o momento oportuno'. Calma é o cacete, pô". É muito fácil falar ‘Daniel Silveira, cuida da tua vida'. Não vou falar isso. Fui deputado por 28 anos. E lá dentro daquela Casa, com todos os possíveis defeitos, ali é a essência da democracia também".


Moro confirma filiação ao União Brasil e desistência 'neste momento' de candidatura a presidente

 "Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", disse o ex-juiz suspeito, acusado de trair o Podemos por integrantes do partido

Ex-juiz Sérgio Moro na Alemanha (Foto: Reprodução)

247 - O ex-juiz Sérgio Moro anunciou nesta quinta-feira (31) que se filiou ao partido União Brasil e que abriu mão de sua pré-candidatura a presidente como gesto para a construção de uma candidatura única da chamada terceira via. 

Em nota publicada nas redes sociais, o ex-juiz suspeito disse que  sua entrada no União Brasil se deu para "facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única".

Segundo o jornalista Igor Gadelha, lideranças do Podemos reagiram à decisão de Sergio Moro de deixar o partido. Nos bastidores, dirigentes do Podemos investem no discurso de que o ex-juiz “traiu” a sigla. “Moro traiu o Podemos. Por que ele não aceitou ser deputado pelo nosso partido e topou pelo União? Só pode ser por dinheiro (o União tem o maior fundo eleitoral entre os partidos)”, afirmou uma liderança do Podemos ao jornalista.

Leia, abaixo, a nota de Moro na íntegra:

O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única.

A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor.





Fifa divulga ranking com Brasil no topo e confirma potes para sorteio da Copa

 

(Foto: FIFA/Divulgação)


Após uma campanha irretocável nas Eliminatórias, o Brasil voltou ao topo do ranking da Fifa. A lista, divulgada pela entidade nesta quinta-feira, também confirmou em quais potes vão ficar as seleções para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo. O evento que definirá as chaves acontece nesta sexta-feira, às 13 horas (horário de Brasília).

A seleção brasileira não figurava no lugar mais alto do ranking desde agosto de 2017, quando foi ultrapassada pela Alemanha. A atualização no ranqueamento encerra um ciclo de quase quatro anos da Bélgica, algozes do Brasil no Mundial da Rússia, no primeiro lugar. Contando com craques como De Bruyne e Hazard, a seleção belga, treinada pelo espanhol Roberto Martínez, liderava desde outubro de 2018.

A única novidade no Top 10 do ranking da Fifa em relação à última atualização é a promoção do México, que subiu para a 9ª posição, ultrapassando a Holanda. Essa alteração na ordem do pelotão de frente, porém, não muda os cabeças de chave - seleções do pote 1 - para o sorteio dos grupos do Mundial. Vale ressaltar que a Itália, em 6º, está fora da Copa depois de ser eliminada pela Macedônia do Norte na repescagem europeia.

As regras para a definição dos potes no sorteio dos grupos da Copa do Mundo foram anunciadas pela Fifa no dia 22 de março. As sete seleções mais bem colocadas no ranking da entidade, além do Catar, estarão no pote 1. No segundo pote vão estar os próximos oito classificados com a melhor posição no ranking. O pote 3 segue a mesma regra.

No pote 4, além das cinco seleções de melhor ranqueamento, foram colocados três países que se classificaram através da repescagem - um duelo europeu e outro intercontinental.

Confira o Top 10 do ranking masculino da Fifa:

1º - Brasil - 1.832,69

2º - Bélgica - 1.827

3º - França - 1.789,85

4º - Argentina - 1.765,13

5º - Inglaterra - 1.761,71

6º - Itália - 1.723,31

7º - Espanha - 1.709.19

8º - Portugal - 1.674,78

9º - México - 1.658,82

10º - Holanda - 1.658,66

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo 

Daniel Silveira confirma que estará na PF às 15 horas para colocar tornozeleira

 

                       (Foto: Paulo Sérgio/Agência Câmara )


O deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) confirmou no final da manhã desta quinta-feira, 31, que estará na sede da Polícia Federal em Brasília às 15 horas para colocar a tornozeleira eletrônica determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi dada a jornalistas no Palácio do Planalto, logo após o parlamentar participar da cerimônia de posse dos novos ministros do governo. Nesta manhã, dez líderes da Esplanada deixaram o Executivo para disputar as eleições.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo 

Mais uma pesquisa registrada no Paraná; Flavio Arns é considerado como candidato ao Palácio Iguaçu

 


Pintou mais uma pesquisa registrada no TSE sobre a disputa pelo governo do Paraná. Agora é a vez da IRG Pesquisa, com recursos próprios, sair a campo por R$ 18 mil.

De acordo com consulta realizada pelo Blog do Esmael ao site do Tribunal Superior Eleitoral, nesta quinta-feira (31/03), o instituto de pesquisa promete entregar os números também na próxima terça-feira, dia 5 de abril, com margem de erro de 3% para mais ou para menos.

A novidade da pesquisa IRG, no entanto, é a inclusão do nome do senador Flavio Arns (Podemos) na corrida pelo Palácio Iguaçu.

As seguintes pré-candidaturas serão consultadas junto a 1.500 eleitores paranaenses.

1) Cesar Silvestri Filho
2) Flavio Arns
3) Professora Ângela Machado
4) Ratinho Junior
5) Roberto Requião

A IRG ainda simulará cenários no segundo turno entre Ratinho Junior e Requião; e Ratinho e Cesar Silvestri.


Blog do Esmael havia informado ontem (30/03) que a RICTV, afiliada da TV Record no Paraná, registrou pesquisa da Real Time Big Data cujo resultado também virá à tona na terça, dia 5 de abril.

Ou seja, na semana que vem, ao menos duas pesquisas de intenção de votos irão animar a política no Paraná.

Fonte: Blog do Esmael


Tucanos tentam conter crise no PSDB e pressionam Doria a deixar o governo de São Paulo e concorrer à Presidência

 Governador e aliados terão uma reunião no início desta tarde, no Palácio dos Bandeirantes, para tentar estancar a crise no partido

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) (Foto: Wilson Dias - ABR)

247 - A ameaça feita por João Doria (PSDB) de não renunciar ao governo de São Paulo para disputar a Presidência da República acendeu a luz de alerta entre os integrantes do PSDB que, agora, tentam convencê-lo a manter o projeto original. De acordo com o G1, Doria deverá participar de uma reunião com aliados para discutir o assunto no início da tarde desta quinta-feira. O evento que marcaria a saída do governador do cargo estava agendado para 16h. 

Segundo a coluna da jornalista Vera Magalhães, de O Globo, bombeiros do partido acreditam que vão convencer o tucano a manter o plano original de passar o cargo a Rodrigo Garcia, que ao saber da possibilidade do recuo de Doria também ameaçou não ser o candidato do partido na disputa pelo governo estadual. 

“De qualquer maneira, as relações entre Doria e Garcia, que eram ótimas, estão permanentemente abaladas, segundo aliados de ambos. Mas a manutenção do plano original seria a única forma de não implodir de vez o PSDB em São Paulo, único Estado em que o partido ainda é relevante, pois detém o governo desde 1995”, observa a reportagem. 


Padrinho político de Moro, Álvaro Dias diz que saída do ex-juiz parcial do Podemos é "contraditória"

 Senador Alvaro Dias, um dos principais aliados do ex-juiz suspeito, também disse que ficou sabendo pela imprensa da decisão de Moro de trocar o Podemos pelo União Brasil

Alvaro Dias e Sergio Moro (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado e Podemos/Reprodução)

247 - O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) avaliou como “contraditória” a filiação do ex-juiz Sergio Moro ao União Brasil, anunciada nesta quinta-feira (31). Dias foi o fiador do ingresso de Moro - declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato - no Podemos e é apontado como um de seus principais  aliados.

"Acho contraditório, especialmente se for para desistir da candidatura presidencial e disputar mandato de deputado federal, como está sendo dito. Para desistir da candidatura não há necessidade de mudança de partido", disse o senador à coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Dias também afirmou que ficou sabendo pela imprensa da decisão tomada por Moro. "Falei com ele antes das 8h da manhã, mas apenas sobre as conversas para trazer o União Brasil para a aliança. Não me informou nada sobre sair do partido. Parece ser uma coisa repentina, talvez em razão da pressão do prazo de filiação", avaliou o parlamentar. 

Ainda segundo ele, caso a mudança partidária seja concretizada, o Podemos deverá discutir se terá um nome próprio ou se apoiará algum outro candidato à Presidência da República. 


Com ameaça de desistência, Doria consegue declaração de apoio do presidente do PSDB à sua candidatura

 "O candidato do PSDB é o João Doria. As prévias serão respeitadas. Não haverá contestação", diz nota assinada por Bruno Araújo

Bruno Araújo e João Doria (Foto: Reprodução)

247 - O movimento do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ameaçando desistir de sua candidatura a presidente da República já surtiu efeito.

Em busca de uma manifestação de apoio por parte da cúpula do PSDB, partido onde o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), vinha crescendo e ameaçando o nome de Doria, o governador paulista ameaça trocar a candidatura ao Palácio do Planalto pelo governo de São Paulo.

O movimento forçou o presidente do PSDB, Bruno Araújo, a emitir nota pública reafirmando que "o candidato a presidente da República do PSDB é o governador do estado de São Paulo, João Doria, que foi escolhido democraticamente em prévias nacionais realizadas em novembro de 2021".

"As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a Presidência da República e não há, nem haverá, qualquer contestação à legitimidade de sua candidatura pelo partido. Aproveito a oportunidade para reafirmar o compromisso do PSDB com o processo democrático brasileiro. O PSDB é consciente de seu protagonismo em contribuir com o fim da polarização hoje existente no país", concluiu Araújo.


Polícia Federal faz buscas no Paraná e outros três estados contra lavagem de dinheiro



(Foto: Divulgação Polícia Federal MG)
 

Estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, nos estados de Goiás, Maranhão, Paraná e no Distrito Federal, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Minas Gerais. Houve 29 indiciamentos e 29 sequestros de bens.

Em relação ao Paraná, houve uma busca em Curitiba, uma em Guarapuava e oito em Ponta Grossa, de acordo com o delegado da Polícia Federal, Leônidas Ribeiro Júnior.

As investigações tiveram início com base em notícia crime apresentada pela Caixa Econômica Federal, que informava sobre supostas fraudes em 150 contas de órgãos municipais de todo o Brasil.

A PF identificou que, com as fraudes, os criminosos efetuaram diversas transferências bancárias para contas de laranjas, além de realizar pagamentos de boletos com o numerário desviado. Tais transferências tiveram como destino os estados de Goiás, Maranhão, Paraná e para o Distrito Federal. Para dissimular a origem ilícita do dinheiro obtido, os investigados abriram várias contas de criptomoedas.

A Operação Policial foi batizada de “COMPLIANCE” e visa o combate dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado.

Fonte: Bem Paraná com assessorias

Política econômica do governo Bolsonaro faz renda do trabalhador encolher 8,8% em um ano

 Rendimento real do trabalhador passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511 em fevereiro deste ano

Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Reuters | ABr)

Vitor Abdala, Agência Brasil - O rendimento real habitual do trabalhador caiu 8,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511 um ano depois.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também mostrou que a taxa de desemprego atingiu 11,2% no período e o número de desempregados chega a 12 milhões de pessoas.

Tipo de emprego

Os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram em 1,1% em relação ao trimestre anterior e em 9,4% na comparação anual (ou seja, com o trimestre encerrado em fevereiro de 2021).

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas teve alta de 18,5% no ano.

Os trabalhadores por conta própria caíram na comparação com o trimestre anterior (-1,9%), mas subiu na comparação anual (8,6%), enquanto a quantidade de trabalhadores domésticos manteve estabilidade na comparação trimestral e subiu 20,8% no ano.

A taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada, ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,6% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,1%.

Subutilização

A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar mas não procuram emprego, ficou em 27,3 milhões, 6,3% abaixo do trimestre anterior e 17,8% menor do que um ano atrás.

A taxa composta de subutilização foi de 23,5%, abaixo dos 25% do trimestre anterior e dos 29,2% do trimestre encerrado em fevereiro de 2021.

A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram emprego por vários motivos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência, chegou a 4,7 milhões de pessoas. O número manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e caiu 20,2% na comparação anual.

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (4,2%) registrou estabilidade frente ao trimestre anterior e queda ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 (5,5%).

Já a população fora da força de trabalho chegou a 65,3 milhões de pessoas, alta de 0,7% quando comparada com o trimestre anterior e queda de 5% na comparação anual.