A Folha de S.Paulo reconhece que renúncia de Moro e manobra de Doria acentuam polarização entre Lula e Bolsonaro
João Doria e Sergio Moro (Foto: Governo de SP)
247 - O fracasso da terceira via foi confirmado com os acontecimentos desta quinta-feira (31) no processo pré-eleitoral. A Folha de S.Paulo foi obrigada a reconhecer o fenômeno em editorial publicado nesta sexta-feira (1/4). "O recuo do ex-juiz Sergio Moro na disputa pela Presidência da República em outubro e a comédia de erros encenada pelo tucano João Doria para manter-se na corrida pelo Planalto acentuam a contraposição entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL)", diz o editorial.
O jornal acentua que "a expectativa de mau desempenho estimula a defecção e subtrai apoio dos desafiantes, o que por sua vez reforça a polarização".
O editorial destaca que o ex-juiz suspeito condenado pelo STF pelas irregularidades que cometeu à frente da Operação Lava Jato se ajustou "docilmente a conveniências mesquinhas da política".
João Doria, pré-candidato do PSDB, também é criticado no editorial: "saiu desse episódio rocambolesco" inspirando "ainda menos confiança do que o que nele entrou, marcando 2% no Datafolha".
O ex-ministro da Educação continuou na tentativa de blindar o governo e disse que Jair Bolsonaro recebeu um pastor, mas, de acordo com Ribeiro, não significava privilégio
Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação (Foto: ISAC NOBREGA/PR)
247 - O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que Jair Bolsonaro pediu para receber o pastor Gilmar Santos, suspeito de atuar numa espécie de balcão de negócios dentro do MEC. Ribeiro, que também é pastor, negou privilégios dado ao religioso na pasta.
"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", disse o ex-ministro. "Isso não quer dizer que o mesmo gozasse de tratamento diferenciado ou privilegiado na gestão do FNDE ou MEC". Os relatos foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.
"Aquela afirmação, a da gravação, foi feita como forma de prestigiar o pastor Gilmar, na condição de líder religioso nacional, não tendo qualquer conotação de enfatizar os amigos do pastor Gilmar teriam privilégio junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação ou Ministério da Educação", disse.
Mais duas famílias que conseguiram sair da Ucrânia, que há 37 dias vem sendo bombardeada pela Rússia, chegaram nesta quinta-feira (31) a Apucarana. São sete crianças e cinco adultos que também serão alojados num sobrado da chácara da Diocese de Apucarana, situada no Loteamento Recanto Belvedere. Elas se juntam a uma família – três adultos e duas crianças -, que estão em Apucarana desde a segunda-feira, dia 28 de março.
A vinda dos refugiados para o Município é resultado de ofício enviado no final de fevereiro à Embaixada da Ucrânia no Brasil, quando Apucarana se colocou à disposição para acolhimento de possíveis refugiados que chegassem ao país.
Conforme justifica o prefeito Junior da Femac, Apucarana mantém a maior colônia de ucranianos no Norte do Paraná. “Neste momento difícil, com os ataques desencadeados pelos russos, cerca de 10 milhões de ucranianos estão fugindo do seu país e Apucarana se ofereceu para abrigar algumas famílias”, pondera o prefeito.
As famílias Kravchenko e Khardikova fugiram da Ucrânia e estavam aguardando trâmites burocráticos, na Turquia, para vir ao Brasil. O grupo embarcou na tarde de ontem, de Istambul, fez escalas em Paris e São Paulo, e chegou no aeroporto de Maringá no início da noite desta quinta-feira. De lá os ucranianos vieram para Apucarana em duas vans da prefeitura.
Fazem parte do grupo Serafyma Kravchenko (5 anos), Radomyr Kravchenko (7), Saira Kravchenko (4), Darion Kravchenko (8), Mirra Kravchenko, Olek Sandr Kravchenko (43), Liudmyla Kravchenko (33), Alla Khardikova (33), Yelyzaveta Khardikova (6), Herman Khardikova (5) e Ksenia Kraleimikova (19). Também veio para Apucarana Yulia Lenchuk (19), que estava em Brasília, amparada pela Embaixada da Ucrânia.
Os doze ucranianos foram recepcionados pelo prefeito Junior das Femac, as secretárias Maria Agar (Cultura) e Denise Canesin (Mulher e Familia) e Ana Paula Nazarko (Assistência Social), além de outros servidores públicos. As crianças do grupo receberam brinquedos e bombons, e as mulheres ganharam flores.
Na chácara da Diocese de Apucarana já estavam abrigados Rodrigo Rocha Coutinho (52), brasileiro casado com Olena Rudenko (55), e os filhos Milana Litvnova (8), Mikhailo litnova (5) e Anastasia Litnova (34).
Em Apucarana, os ucranianos vão receber alimentação da prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social. As crianças e adultos poderão ter acesso a aulas de português. E, no momento adequado, também haverá oferta de emprego aos ucranianos.
O ex-presidente também criticou as filas com pessoas de menor renda para pegar ossos
(Foto: Reprodução)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, nesta quinta-feira (31), em Salvador (BA), que, se eleito, fará a população mais pobre comer carnes de melhor qualidade. Também criticou as filas de pessoas de menor renda para pegar sobras e ossos de açougues.
"Se preparem, porque nós vamos voltar a comer o churrasquinho de sábado e domingo", disse o ex-presidente durante evento que marcou o lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues na disputa ao governo da Bahia. "A gente vê pobre pegar carcaça de frango para comer. Mulher na fila do açougue para pegar o osso, ferver o osso e fazer o arroz", lamentou o ex-presidente.
"Acham que o pobre gosta de produto de segunda [...] a gente gosta de coisa de primeira, queremos comer bem, morar bem e se vestir bem. Viver dignamente. Domingo levar nossas crianças para passear, almoçar no restaurante, pegar avião e visitar nossos parentes".
De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, cerca de 55,2% dos lares brasileiros, ou o correspondente a 116,8 milhões de pessoas, conviveram com algum grau de insegurança alimentar no final de 2020. O levantamento foi realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
Na Bahia, o ex-presidente destacou que em 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro, “a mentira e a ignorância venceram a inteligência”, mas em 2022 isso será diferente
(Foto: Reprodução)
247 - No lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de Educação, ao governo da Bahia, nesta quinta-feira, 31, o ex-presidente Lula (PT) destacou que, ao contrário de 2018, quando “a mentira e a ignorância venceram a inteligência” nas eleições que deram vitória a Jair Bolsonaro, em 2022, “a esperança vai vencer”.
“Em 2018, a mentira e a ignorância venceram a inteligência, mas em 2022 a esperança vai vencer e nós vamos acabar com esse fascismo no Brasil, vamos recuperar a democracia, criar programas para que o povo brasileiro possa ter orgulho desse país”, disse o ex-presidente
A cerimônia aconteceu no Wet Salvador, na Avenida Paralela, e contou com a presença do atual governador, Rui Costa, do senador Jaques Wagner e da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
Lula destacou claramente que quer voltar a governar o país e encheu o público baiano de esperança ao afirmar que o PT vai voltar ao poder. “Eu me sinto um menino. Nunca tive tanta saúde, tanta energia e tanto tesão quanto eu estou cara. É preciso provar que esse país não precisa ser assim”, afirmou.
“A juventude não pode perder a esperança. As mulheres têm que ter certeza que seus filhos vão ser cuidados com carinho. Os trabalhadores precisam ter certeza que vão ter emprego e salário mínimo. Os índios têm que saber que eles são donos desse país. A nossa floresta tem que ser preservada, é mais útil para o Brasil manter uma árvore em pé do que cortar para plantar um pé de soja ou um pé de milho”, disse.
‘Melhor momento do Brasil foi na época do PT’
Lula destacou que “o melhor que o Brasil viveu desde que foi proclamada a República foram os momentos que o PT governou esse país”, mas denunciou que “grande parte das coisas que nós fizemos foi destruída”.
“Não tem mais ‘Minha Casa, Minha Vida’, inventaram uma coisa chamada ‘Casa Verde e Amarela’. Não tem mais emprego com carteira profissional assinada, quando nós geramos 22 milhões de empregos, inventaram uma ‘Carteira Verde e Amarela’ para não dar emprego ou dar trabalho intermitente, em que as pessoas trabalham, não são registradas, não têm sábado, não têm domingo, não têm férias e muitas vezes não têm direito previdenciário”, denunciou.
O ex-presidente também criticou as “reformas” realizadas após o golpe de Estado de 2016, no qual a então presidenta Dilma Rousseff (PT) sofreu um impeachment sem cometer crime de responsabilidade. De acordo com Lula, as “reformas” foram feitas “para destruir o que o povo brasileiro conquistou, como a CLT, que foi feita em 1943, o primeiro documento dando garantia aos trabalhadores brasileiros”.
“Fizeram uma reforma da Previdência, dizendo que ela era deficitária e era preciso diminuir a dívida. É importante lembrar que até 2014 a Previdência era superavitária, porque tinha emprego, os trabalhadores tinham aumento de salário, porque nós legalizamos seis milhões de pequenas empresas e porque o salário mínimo aumentava todo ano no nosso governo, e porque tínhamos políticas permanentes de distribuição de renda para o povo brasileiro. Eles acabaram com isso na perspectiva de que era preciso não deixar nenhum rastro do governo do PT, acabar com tudo”, denunciou.
‘Pobre quer viver bem’
O ex-presidente Lula voltou a defender que a solução para a crise econômica do Brasil é “colocar o pobre no orçamento” e o “rico no imposto de renda”. “Não podemos voltar ao tempo da escravidão. O povo precisa de respeito, carinho e esperança. Cada mãe precisa ter a garantia do Estado brasileiro que seu filho vai ser tratado decentemente, com educação, formação, que não vai ser morto pela polícia por ser pobre ou negro”, afirmou.
“Esse país não pode continuar sendo injusto”, afirmou, destacando que sua solução, de dar prioridade aos mais pobres, permitiu que o PT, em 13 anos, tirasse as pessoas da miséria absoluta, criasse mais universidades, aumentasse a classe média, levasse água para todos, entre outras medidas.
“É preciso inverter a lógica econômica que as universidades ensinam. Quem precisa do Estado não é o rico, são as pessoas que precisam: os pobres”, declarou. “É preciso melhorar, e muito, a qualidade da escola pública” para o pobre ir para a universidade, disse Lula, reforçando que é preciso “garantir, para esse país ser justo, que o pobre tenha a mesma oportunidade do rico para estudar”.
“Acham que o pobre gosta de produtos de segunda [...] A gente gosta de coisa de primeira, queremos comer bem, morar bem e se vestir bem. Viver dignamente. Domingo levar nossas crianças para passear, almoçar no restaurante, pegar avião e visitar nossos parentes”, afirmou.
Eleições na Bahia e no Brasil
Falando dos governos do PT na Bahia, que termina seu quarto mandato neste ano, o ex-presidente destacou a importância de reeleger um governo petista. “Se a gente perder as eleições, em um ano, eles vão destruir o que vocês levaram 16 anos para fazer”, declarou. E elogiou o pré-candidato petista ao governo baiano, Jerônimo Rodrigues.
“Esse ato aqui é para vocês saírem com bastante consciência do que vocês têm que fazer daqui pra frente. Eu quero dizer que nós temos que fazer uma coisa muito séria. [...] O ato de hoje me surpreende e eu começo acreditar. Não sei quem são os nossos adversários, mas um cara que ainda não é conhecido do povo e consegue trazer tanta gente numa quinta-feira… Eu acho que a gente pode assegurar, Jerônimo, que se você se dedicar, você será o próximo governador da Bahia, quando puder ser candidato, quando tiver a convenção e você for indicado”, afirmou.
Lula ainda argumentou que as eleições deste ano exigem que se leve em conta “a necessidade de votar em deputados federais e senadores” do mesmo campo. “Se não, a gente não consegue fazer o que precisa ser feito”, justificou. De acordo com o ex-presidente, o povo precisa saber que “não pode votar numa raposa para tomar conta do galinheiro; as raposas vão comer as galinhas”.
“Não podemos votar no senador que votou no impeachment da Dilma, que aprova o tal do orçamento secreto”, disse, lembrando que “nunca houve isso. Se é secreto, é porque é desonesto”. “Nessa eleição precisamos ser mais cuidadosos, mais zelosos e mais ousados. Pesquisar quem é quem para não nos enganarmos”, afirmou.
Criticando a imprensa que apoiou o golpe de Estado e a Lava Jato, Lula destacou que “vamos vencer essa gente e redemocratizar esse país”. “Precisam se preparar porque a luta será muito dura”, disse.
Críticas a Bolsonaro
Sem mencionar nomes, Lula alfinetou Bolsonaro, dizendo que o PT irá ganhar as eleições democraticamente, “sem distribuir armas, distribuindo livros, falando de educação, solidariedade, fraternidade, amor e comida. E não falar de ódio e contar mentiras, como está sendo contado todo santo dia”.
Ele ainda destacou como prefeitos e governadores eram bem tratados durante seu governo, pois "o Presidente da
República tem que ser igual um chefe de família, sem procurar desavença, procurando harmonia, tratando prefeitos e governadores com decência”.
Petrobras, gasolina e privatizações
Lula voltou a falar do preço dos combustíveis e das privatizações. De acordo com ele, “ninguém deve acreditar que a gasolina está cara por causa da guerra na Ucrânia”, pois “o presidente pode consertar”. “Não é pela guerra, é pela falta de capacidade do presidente da República, que não sabe governar. A única coisa que ele sabe fazer é fake news, é contar 7 mentiras por dia, e o Brasil não suporta isso”, afirmou.
Ele ainda denunciou a política de preços e o desmonte da Petrobras. “A gente não quer o preço dolarizado. Depois que a gente descobriu o pré-sal, a gente é auto suficiente. O Brasil não precisa importar petróleo. Se a gente tivesse as nossas refinarias funcionando e tivéssemos feito mais três ou quatro refinarias, a gente estaria exportando gasolina”, afirmou.
“Estamos pagando caro a gasolina, porque quando privatizaram a BR [Distribuidora]”, explicou. “Nós temos hoje 392 empresas importando gasolina dos EUA. Se importam em dólar, o preço vai em dólar”, continou, lembrando que, durante a crise de 2008, quando era presidente, “o barril do petróleo chegou a 147 dólares e o preço da gasolina era só R$ 2,67”.
“Durante os 13 anos que o PT governou esse país, o gás de cozinha não subiu na Petrobras. Hoje o pobre está pagando quanto? As pessoas não podem pagar 10% do salário mínimo num botijão de 13 litros de gás. O botijão deveria ser distribuído e fazer parte da cesta básica, porque é uma coisa necessária para as mulheres pobres desse país. As pessoas ficam se queimando porque estão voltando a cozinhar com lenha sem ter fogão de lenha”, denunciou.
Lula defendeu que é preciso “brigar para tentar recuperar nossa Petrobras” e também denunciou a tentativa de privatizar a Eletrobras: “se fizerem isso, nunca mais terá programa ‘Luz para Todos’, porque não tem empresário nesse país que resolva levar luz de graça na casa do povo pobre”. “Não podemos deixar privatizar”, destacou.
Por isso, ele criticou quem não sabe governar e quer vender tudo. “Se não sabe governar, pede para ir ao banheiro e não volta mais”, disse, mandando um recado: “deixa para quem sabe governar esse país”.
O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, traçou o cenário mais provável para o curto prazo diante da desistência de Sergio Moro
(Foto: Divulgação)
247 - A saída de Sergio Moro do Podemos para se filiar ao União Brasil e, com isso, a desistência de disputar a Presidência da República, terá impacto impacto nas próximas pesquisas? Em entrevista à CartaCapital, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest – responsável pela pesquisa com a Genial -, traçou o cenário mais provável para o curto prazo.
“Na pesquisa de fevereiro nós avaliamos essa possibilidade [de Moro se retirar da disputa]. Os dados mostram que 30% dos atuais eleitores de Moro não pretendem votar em ninguém com a saída dele. Bolsonaro é o maior beneficiado com a saída de Moro – ele recebe 22% dos votos do ex-juiz. Lula recebe 15% e Ciro, 11%”, afirmou Nunes.
Após a divulgação da rodada de março, Nunes já havia afirmado à reportagem que, “embora continue havendo demanda, a oferta de candidatos não é capaz de empolgar o eleitor que buscava uma alternativa a Lula e Bolsonaro.”
Segundo ele, as coisas caminhavam “muito mais para uma migração de votos de Ciro, Moro e Doria na direção de Lula e Bolsonaro do que o inverso.”
“As pessoas não podem pagar 10% do salário mínimo num botijão de gás”, disse o ex-presidente, ao lançar candidatura de Jerônimo Rodrigues na Bahia
Jaques Wagner, Rui Costa, Lula, Jerônimo Rodrigues, Geraldo Júnior e Otto Alencar (Foto: Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve nesta quinta-feira (31) no lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de Educação, ao governo da Bahia. A cerimônia aconteceu no Wet Salvador, na Avenida Paralela, e contou com a presença do atual governador, Rui Costa, do senador Jaques Wagner e da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
Lula fez longos elogios aos presentes. “Esse homem é um dos maiores exemplos de dignidade”, falou sobre Otto Alencar, lembrando do desempenho do parlamentar, que também é médico, na CPI da Covid. E resgatou a atuação de Wagner no Ministério do Trabalho durante seu governo: “90% das categorias organizadas faziam acordo salariais acima da inflação. Esse ano foram apenas 7%. 93% fizeram acordos iguais ou inferiores à inflação”. Já Jerônimo foi comparado pelo ex-presidente ao personagem “Jerônimo, o herói do sertão”
O evento aconteceu após Rui Costa, que havia ficado sem apoio do PP na chapa, ter fechado aliança com o MDB no estado, que deixou o apoio ao principal adversário, ACM Neto. Otto Alencar, que disputará reeleição ao Senado pelo PSD, completa a chapa.
Em seu discurso, Lula falou que o Brasil recuperará a democracia nessas eleições. “Em 2018, a mentira e a ignorância venceram a inteligência. Mas em 2022, a esperança vai vencer e vamos acabar com esse fascismo e recuperar a democracia no Brasil”.
Falou em recuperar a Petrobrás defendeu o botijão de gás como item da cesta básica. “As pessoas não podem pagar 10% do salário mínimo num botijão de gás. Ele deveria ser distribuído e fazer parte da cesta básica”, afirmou.
Sobre Bolsonaro, observou que “a única coisa que ele sabe fazer é contar sete mentiras por dia, e o povo não quer sete mentiras por dia”. E deu um conselho ao presidente: “se não sabe governar, pede para ir ao banheiro e não volta mais”.
O MPF também reiterou uma representação, enviada em fevereiro, para proibir a União de fazer novas publicações para celebrar o golpe militar de 1964
(Foto: ACERVO ARQUIVO NACIONAL | ABr)
247 - O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal para obrigar o Ministério da Defesa a apagar imediatamente a nota, assinada pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, defendendo a Ditadura Militar (1964-1985). No documento, Braga Netto diz que o golpe militar foi um "marco histórico da evolução política brasileira".
O MPF também reiterou uma representação, enviada em fevereiro, para proibir a União de fazer novas publicações para celebrar o golpe militar de 1964.
"É patente a reiteração do ato ilícito objeto da presente ação civil pública, demonstrando verdadeiro menoscabo por parte do Governo Federal e seus agentes em relação à Constituição da República, às leis, bem como ao Estado Democrático de Direito", diz um trecho da representação, conforme a agência Estadão Conteúdo.
A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou quatro casos de Covid-19 nesta quinta-feira (31) em Apucarana. O município segue com 548 mortes e soma agora 33.624 diagnósticos positivos do novo coronavírus.
Os novos casos confirmados são de três mulheres e um homem. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 14 suspeitas em investigação.
Já foram testadas 96.072 pessoas, sendo 65.786 em testes rápidos, 26.649 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).
O município não tem pacientes internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.
As três vítimas do acidente com o micro-ônibus da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, ocorrido na noite de terça-feira na BR-376 (região de Ortigueira) e que permanecem internadas em hospitais da cidade de Ponta Grossa, receberam a visita de parentes nesta quinta-feira (31/03).
Os familiares foram conduzidos por um veículo tipo van disponibilizado pela administração municipal. O grupo saiu no final da manhã e chegou perto das 15 horas, horário aberto a visitas. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, o suporte será mantido pelo município a cada dois dias, até que o último paciente tenha alta hospitalar, seguindo determinação do prefeito Júnior da Femac. “Embora ainda inspirem cuidados, as informações que chegam sobre as três vítimas ainda internadas em Ponta Grossa são positivas, com o quadro clínico evoluindo bem. Uma delas, inclusive, deve ter alta hospitalar muito em breve”, relata Bachiega.
Ele salienta que desde o ocorrido o prefeito Júnior da Femac e a Autarquia de Saúde vêm acompanhando de perto caso a caso. “O Município não tem dispensado esforços, prestando todo o auxílio possível e necessário tanto às vítimas, que estão sendo muito bem assistidas nos hospitais, quanto aos familiares”, reforça o secretário.
O acidente, com pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que retornavam de consultas e cirurgias realizadas em Curitiba, deixou 24 pessoas feridas. Do total, 18 passageiros sofreram ferimentos leves e, após atendimento médico, foram liberados. Seis pacientes permanecem internados, sendo cinco mulheres e um homem. “Além das três vítimas em unidades de Ponta Grossa, outras três estão no Hospital da Providência, em Apucarana, entre eles uma mulher encaminhada no dia do acidente que está em estado grave”, diz Emídio Bachiega, secretário Municipal de Saúde de Apucarana.
Como foi – O acidente aconteceu no KM 343 da BR-376, em trecho no município de Ortigueira. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mediante relato do motorista do micro-ônibus, o acidente foi causado por um caminhão que invadiu a pista abruptamente e atingiu a lateral do veículo da frota municipal, que retornava de Curitiba para Apucarana. O impacto fez com que o microônibus desviasse e colidisse contra um ponto de ônibus em concreto.
O ex-presidente já duvidava do potencial da candidatura do ex-juiz parcial Sérgio Moro, que desistiu do Planalto. "Aquele homem sem toga não vale nada", disse Lula
Sérgio Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em fevereiro, que nem considerava o ex-juiz parcial Sérgio Moro como candidato a presidente da República. O ex-magistrado, com dificuldades para subir nas pesquisas de intenções de voto, desistiu de concorrer ao Planalto e deixou o Podemos. O partido União Brasil anunciou a filiação do ex-Lava Jato, que deve disputar um cargo no Congresso Nacional.
"Eu não considero ele nem candidato", disse Lula a uma rádio do Paraná em fevereiro ao ser questionado sobre qual adversário seria mais perigoso - Moro ou Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o ex-presidente afirmou que Moro "está fazendo em cada entrevista é tão ridículo, que eu quero que ele se exponha mais, quero que ele tenha mais tempo na televisão e dê mais entrevistas em rádios". "Quero que ele se coloque na frente da imprensa para se desnudar, porque aquele homem sem toga não vale nada", disse.
"Esse cidadão sempre teve a pretensão de ser político e sair da mediocridade que ele é enquanto pessoa humana e tentar ganhar notoriedade na política. Ele não sabe o que ele fez e não sabe o que ele vai fazer. A impressão que tenho quando ele fala é que ele sabe cada vez menos das coisas deste País. Ele foi uma invenção, foi um deus de barro criado por setores da mídia brasileira que está desmoronando e não sei onde ele vai parar", acrescentou.
O parlamentar, que resistia à medida de monitoramento, finalmente concordou
(Foto: Reprodução)
247 - O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) colocou tornozeleira eletrônica nesta quinta-feira, 31, informa o portal g1. O parlamentar chegou à superintendência da Polícia Federal em Brasília pouco antes das 15h e deixou o prédio 50 minutos depois, vestindo o dispositivo.
O parlamentar, que resistia à medida, finalmente concordou após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar, na quarta-feira, 30, o bloqueio de suas contas bancárias e instituir uma multa diária de R$ 15 mil.
Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. Ele chegou a ser preso em fevereiro do ano passado por divulgar um vídeo com ameaças ao STF.
Aliados de João Doria admitem que a manobra visava garantir o apoio público da cúpula do partido e isolar o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite
João Doria e Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
247 - O governador de São Paulo, João Doria, recuou da intenção de não renunciar ao cargo e deverá manter o projeto original de disputar a Presidência da República pelo PSDB. De acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, o recuo aconteceu após a direção do PSDB divulgar uma nota assinada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, afirmando que "o candidato do PSDB é João Doria. As prévias serão respeitadas. Não haverá contestação". O anúncio oficial deverá ser feito por Doria nesta quinta-feira (31) às 16h.
Segundo a reportagem, “nos bastidores, interlocutores e aliados de Doria admitem que o governador sinalizou uma possível desistência da disputa com o objetivo de ter um gesto público do PSDB garantindo sua candidatura ao Palácio do Planalto”.
A manobra de Doria foi uma resposta à movimentação do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que não aceitou a derrota nas prévias da legenda que asseguraram que Doria seria o candidato do partido à Presidência da República .Leite renunciou ao cargo nesta semana, o que acendeu a luz de alerta entre os aliados de Doria.
Uma ala tucana também pressionava para que o governador paulista desistisse da disputa presidencial em função do baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.
Ex-juiz suspeito filiou-se ao União Brasil. Dirigente fala em expectativa de Moro se tornar "um dos deputados mais votados da história"
(Foto: Lula Marques)
247 - O ex-juiz suspeito Sergio Moro filiou-se ao União Brasil para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Com isso, Moro deixa o Podemos e abre mão da intenção de disputar a Presidência da República.
O dirigente do União Brasil, deputado Alexandre Leite, disse que "Moro vem para o União com a expectativa de ser um dos deputados mais votados da história do país". "Daremos todas as condições para isso".
A executiva estadual do União Brasil se reuniu com Moro em um hotel no centro de São Paulo. Além do deputado Leite, estiveram presentes no encontro os deputados Abou Anni e Junior Bozella.
Organizações como Oxfam e Instituto Vladimir Herzog citam mortes e torturas que aconteceram na ditadura militar (1964-85) e também alertam para ameaças de Bolsonaro
(Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer | Evandro Teixeira)
247 - Organizações da sociedade civil emitiram, nesta quinta-feira (31), uma nota em "repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe civil-militar ocorrido em 31 de março de 1964". Nesta quinta, data que marca os 58 anos do golpe militar, Jair Bolsonaro exaltou a ditadura e mandou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) calarem a boca.
De acordo com a nota das instituições, "o regime autoritário imposto pelo golpe militar de 1964 ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país".
O texto também criticou os ataques de Bolsonaro à confiabilidade das urnas eletrônicas. "Nesse contexto em que a integridade e credibilidade do sistema eleitoral estão sob ameaças, a atuação da Justiça Eleitoral na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral é fundamental", afirmaram.
Leia a íntegra da nota:
As organizações da sociedade civil aqui signatárias vêm a público reforçar seu compromisso com a democracia brasileira e manifestar repúdio às recorrentes tentativas de se reescrever a história brasileira ao ‘celebrar’ o golpe civil-militar ocorrido em 31 de março de 1964.
O regime autoritário imposto pelo golpe militar de 1964 ceifou vidas, cerca de 434 pessoas foram mortas, mais de 20 mil cidadãos e cidadãs brasileiras torturadas, além da perseguição e do afastamento da vida pública de quase cinco mil representantes políticos em todo país. A censura imposta a estudantes, jornalistas, artistas e intelectuais deixou cicatrizes profundas nas instituições e na sociedade brasileiras.
O período recente da história brasileira tem sido marcado por ataques à democracia e às instituições com perseguição de opositores e vozes dissidentes, como membros da sociedade civil organizada, jornalistas, artistas e ativistas. Todos os pilares democráticos estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 vêm sendo ampla e gravemente atacados pelo atual governo federal ao longo dos últimos três anos, sendo o processo eleitoral um alvo recorrente e primordial de tais investidas.
Nesse contexto em que a integridade e credibilidade do sistema eleitoral estão sob ameaças, a atuação da Justiça Eleitoral na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral é fundamental. Não há espaço, portanto, para decisões monocráticas ou que tentem impor uma censura prévia a manifestações artísticas legítimas, fragilizando a democracia brasileira ao não se coadunarem com o papel histórico dessa importante instituição.
As lógicas de poder concentrado e permanente, as restrições de liberdades individuais, da participação popular e política e do direito ao voto, a perseguição e intolerância à oposição e a censura foram descontinuadas pelo processo de democratização e assim devem ser mantidas e ampliadas. As organizações abaixo signatárias valorizam e defendem a democracia e seus princípios de poder descentralizado e alternado, com o reconhecimento de pertencimento de todas e todos, de forma participativa e de multiplicidade ideológica em todas as esferas da vida social e política, com liberdade de associação, participação, de expressão e de imprensa.
A sociedade civil organizada coloca-se como motor e amplificador da democracia em suas diversas perspectivas e, desse modo, vem a público repudiar toda e qualquer tentativa de retrocesso democrático e conclamar as instituições a reforçarem sua missão institucional de manutenção da liberdade de expressão e da democracia em nosso país.
O nosso compromisso é com a construção de uma sociedade democrática, livre de censura, perseguições e violência institucional, e por isso, seguiremos atuantes, vigilantes e na luta.
ABI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA)
Abong – Associação Brasileira de ONGs
Ação Educativa
Aliança Nacional Lgbti+
ANPED – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
Articulação Brasileira de Gays – ARTGAY
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
Associação Internacional Maylê Sara Kalí – AMSK/Brasil
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação – ANPEd
CANDACES
Casa Marielle Franco Brasil
Católicas pelo Direito de Decidir
Cenpec
Centro de Defesa da vida Herbert de Sousa
Centro das Mulheres do Cabo
Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo – LAUT
Centro de Convivência É de Lei
Centro de integração raio de Sol
Centro Popular de Direitos Humanos – CPDH
Cidade Escola Aprendiz
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Conectas Direitos Humanos
CTI – Centro de Trabalho Indigenista
Delibera Brasil
Escola de Ativismo
Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
Geledés Instituto da Mulher Negra
Elas No Poder
Escola Comum
GESTOS– Soropositividade, Comunicação e Gênero
GTP+ GRUPO DE TRABALHOS EM PREVENÇÃO POSITHIVO GTP+
Frente Favela Brasil
Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
Indômitas Coletiva Feminista
Grupo de Estudos Democratismo
INESC Instituto de estudos socioeconômicos
Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial
Instituto Alziras
Instituto Arueras
Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico – IBDU
Instituto Cidade Democrática
Instituto de Defesa do Direito de Defesa – IDDD
Instituto de Governo Aberto – IGA
Instituto EcoVida
Instituto Hori – Educação e Cultura
Instituto Patauá
Instituto Physis – Cultura & Ambiente
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Instituto Sou da Paz
Instituto Update
Instituto Vladimir Herzog
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
IPAD SEJA DEMOCRACIA
Kurytiba Metropole
Laboratório de Estudos da Mídia e da Esfera Pública (LEMEP)
Laboratório interdisciplinar de inovação em organizações e políticas públicas
Liga Brasileira de Lésbicas – LBL
Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais
MCCE – Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
Mobis Educação
Movimento do Espírito Lilás – MEL
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
A presidente nacional do PT sinalizou que algumas ilegalidades de Sérgio Moro influenciaram na dificuldade de ele subir nas pesquisas e, em consequência, desistir do Planalto
Gleisi Hoffmann e Sergio Moro (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados | GUSTAVO BEZERRA)
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quinta-feira (3) as ilegalidades de Sérgio Moro, após a informação de que o ex-juiz parcial desistirá de concorrer à presidência da República.
"Moro usou a toga pra se promover, abusou das prisões/delações, condenou sem provas, chocou o fascismo, virou ministro de olho no STF, nem bem entrou num partido, já tá mudando, nem os seus o querem e a candidatura miou. É a lei do retorno que nunca falha, para o bem ou para o mal", escreveu a parlamentar no Twitter.
O deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do União Brasil em São Paulo, afirmou que Moro trocará o Podemos pela sigla do dirigente para concorrer a uma vaga no Congresso Nacional.
O ex-magistrado segue com dificuldades para chegar aos 10% dos votos na corrida para o Planalto. Segundo pesquisa PoderData, divulgada na quarta-feira (30), Moro alcançou 6% dos votos , atrás de Ciro Gomes (PDT), com 7%, de Jair Bolsonaro (PL), com 32%, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 41% do eleitorado.