Ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL), Fabrício Queiroz pretende se filiar ao PTB neste sábado (26), para ser candidato este ano. O nome agrada Roberto Jefferson, que está preso
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247 - Ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL) quando o atual senador ocupava um cargo na Assembleia Legislativa do Rio, Fabrício Queiroz pretende se filiar ao PTB neste sábado (26), para ser candidato nas eleições deste ano. Segundo o jornal o Globo, publicada nesta quinta-feira (24), a Executiva Nacional da legenda petebista avalia se o nome de Queiroz seria melhor para disputar uma vaga na Câmara ou no Legislativo estadual.
De acordo com a reportagem do jornal fluminense, o nome de Queiroz agrada o ex-presidente nacional do PTB Roberto Jefferson, que endossou o convite feito anteriormente - Jefferson está preso desde agosto do ano passado no âmbito do inquérito sobre milícia digital.
Queiroz também é alvo do Judiciário. De acordo com investigações, ele era o operador do esquema de rachadinha e fazia pagamentos das contas pessoais de Flávio e da família dele. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou saques e depósitos na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 que somam R$ 1,2 milhão.
De acordo com extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.
Em novembro de 2020, o Ministério Público (MP-RJ) denunciou Queiroz e Flávio Bolsonaro pela participação no esquema da rachadinha.
Queiroz foi preso no dia 18 de junho de 2020 em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar.
Em março do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão domiciliar de Queiroz.
Milícias
Na denúncia, o MP do Rio também apontou que o miliciano e ex-policial Adriano da Nóbrega, morto pela polícia em fevereiro de 2020 na Bahia, fazia parte do esquema da rachadinha comandada por Queiroz.
A ex-mulher e a mãe de Nóbrega trabalharam para Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
O ex-policial também é suspeito de chefiar o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais que teria ligação com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), morta pelo crime organizado em março de 2018.
Em entrevista recente, Queiroz disse que "se Deus quiser" vai provar sua inocência e negou a existência de rachadinhas.
Em 7 de setembro do ano passado, ele participou de ato em apoio a Jair Bolsonaro. As manifestações tinham pautas pró-golpe, com ataques ao Supremo Tribunal Federal.
Queiroz alegou ainda que deixou o Rio de Janeiro por medo de ser morto.