quinta-feira, 24 de março de 2022

Prefeito diz que pastor do gabinete paralelo do MEC pediu propina em Bíblias para liberar recursos

 "Seria uma venda casada", disse o prefeito de Bonfinópolis, Kelton Pinheiro, sobre pedido de propina do pastor Arilton Moura, do "gabinete paralelo" do MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o pastor Arilton Moura em 30/11/2021 (Foto: Foto: Luis Fortes/MEC)


247 - Dois prefeitos que tiveram audiências com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, relataram que o pastor Arilton Moura, suspeito de fazer lobby, teria solicitado propina para ajudá-los a conseguir destravar recursos da pasta para a construção de escolas nos municípios que administram. A informação é do jornal O Globo.

Segundo reportagem, os prefeitos Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO), e José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), relataram os pedidos que variaram de R$ 15 mil a R$ 40 mil, além da compra de Bíblias.

Arilton Moura é assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, organização presidida pelo também pastor Gilmar Silva dos Santos.

Ambos são apontados como integrantes do "gabinete paralelo" do MEC, intermediando reuniões com gestores municipais e indicando aqueles que teriam a liberação de recursos da pasta.

Em áudio revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que por solicitação de Bolsonar o governo prioriza prefeituras assessoradas pelos dois pastores.

De acordo com o prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro, ele esteve em reunião no MEC, em Brasília, com Ribeiro e outros 15 gestores municipais no dia 11 de março de 2021. O encontro consta da agenda oficial do governo. 

No encontro, os dois pastores chamaram os prefeitos para um almoço e no restaurante, Arilton Moura sentou-se na mesa de Kelton Pinheiro e questionou se ele teria algum pedido de melhorias para a sua cidade. Ao ouvir que a cidade precisava de mais uma escola, segundo o prefeito, o pastor teria solicitado dinheiro para ajudá-lo na empreitada junto ao MEC.

"(Moura) Disse que eu teria que dar R$ 15 mil para ele naquele dia para ele poder fazer a indicação. (Ele disse) 'Transfere para minha conta, é hoje (...) No Brasil as coisas funcionam assim'", contu Kelton.

Segundo o prefeito de Bonfinópolis, em determinado momento, Arilton Moura pediu que fosse dada "uma oferta para a Igreja, comprasse as bíblias para ajudar na construção da Igreja".

"Seria uma venda casada. Eu teria que comprar essas bíblias, porque ele estava em campanha para arrecadar dinheiro para a construção da igreja".


quarta-feira, 23 de março de 2022

Filiado ao PSB, Alckmin promete ‘viajar e convencer’ eleitor conservador a apoiar Lula

Segundo Geraldo Alckmin, “política é convencimento” e “muitos veem com entusiasmo” o seu ingresso nos quadros socialistas

(Foto: Divulgação)
 

247 - O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que se filiou nesta quarta-feira (23) ao PSB, defendeu entrar em campo para conversar com o eleitor mais conservador e convencê-lo a apoiar a candidatura de Lula a presidente, chapa na qual Alckmin é o mais cotado para assumir a vaga de vice. “Agora é que vamos começar a viajar, conversar, explicar, convencer, de maneira respeitosa, mas mostrando a realidade que estamos vivendo e os riscos que a política e o povo estão correndo”, disse Alckmin durante entrevista coletiva após o ato de filiação.

Alckmin negou que haja uma data definida para o anúncio oficial de sua chapa com Lula, mas exaltou a decisão do PSB de compor a aliança com o PT nas eleições presidenciais. “O importante foi a definição do PSB, de grande responsabilidade e compromisso com o Brasil, de apoio ao presidente Lula – baseado na defesa da democracia, da retomada do emprego e da renda, do fortalecimento da economia, com uma agenda de competitividade e políticas públicas que não podem ir para trás, e o combate à desigualdade”, disse Alckmin.


Líder da bancada evangélica diz que explicações de Ribeiro são "insuficientes", mas minimiza citação a Bolsonaro

 "É prática normal [dizer que foi a pedido do presidente]”, deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

(Foto: Agência Câmara)


247 - O líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), considerou que os esclarecimentos prestados pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre o conteúdo do áudio em que ele afirma favorecer pastores com verbas da Educação, foram insuficientes.

O líder da bancada disse que se encontrou o ministro, nesta quarta-feira (23), por acaso, em um restaurante, e teria dito que as informações prestados foram insuficientes e ainda cobrou mais explicações, mas minimizou citação de Bolsonaro.

“É prática normal [dizer que foi a pedido do presidente]”. Em nota à imprensa na terça (22), o ministro negou irregularidades ou influência dos pastores no MEC.

Sóstenes voltou a afirmar que Ribeiro não foi indicação da frente e que não serão “dois ou três pastores que vão manchar a imagem” dos evangélicos.

“Não é um, dois ou três pastores que vão manchar a imagem e os brilhantes serviços de centenas de pastores – homens e mulheres – de norte a sul, leste, oeste deste país que prestam relevantes serviços sociais e espirituais à sociedade brasileira. Não podemos julgar todos por atos isolados de um, dois ou três”, defendeu.

No áudio, o ministro admitiu que, para a liberação de verbas, o governo Jair Bolsonaro prioriza prefeituras com pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, pediu a abertura de inquérito

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também protocolou uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu o impeachment do ministro.


Milton Ribeiro nega que Bolsonaro tenha pedido para favorecer pastores com verbas do MEC

 


247 - O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou nesta quarta-feira (23) que Jair Bolsonaro tenha feito pedido para que a pasta favorecesse uma dupla de pastores recebidos no MEC

Em entrevista à CNN Brasil, Milton Ribeiro disse que Bolsonaro teria pedido para que os pastores fossem recebidos no ministério “[Mas] em nenhum momento o presidente pediu tratamento especial [aos pastores]”, disse Ribeiro. O ministro disse ainda que, após a divulgação dos áudios, falou com Bolsonaro. “O presidente me ligou em uma das viagens e disse: ‘Milton, eu não vejo nada demais no que você falou no áudio’ e que eu estava, até o momento, gozando da confiança dele”.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta quarta-feira abertura de inquérito para investigar o ministro Milton Ribeiro, sobre as denúncias de "captura" da pasta por pastores evangélicos. A ideia é pedir a abertura de investigação contra o ministro e determinar seu depoimento imediato, além dos pastores e das figuras envolvidas na distribuição de verbas na pasta. A investigação deve ser solicitada numa das representações que está com a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia.



'Alckmin vice com Lula ajudará a derrubar o inimigo da civilização brasileira, que é Bolsonaro”, diz Aloysio Nunes

 “Alckmin tem condições de agregar e contribuir para que possamos criar uma frente muito ampla que vá da direita moderada até a esquerda para derrotar Bolsonaro”, afirmou o tucano

Aloysio Nunes e Jair Bolsonaro (Foto: Pedro França/Agência Senado | Marcos Corrêa/PR)


247 - O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) elogiou nesta quarta-feira (23), a filiação de Geraldo Alckmin ao PSB.

“Acho um fato muito positivo. A filiação de Alckmin ao PSB e a perspectiva de ele ser candidato a vice com Lula são uma grande contribuição para a formação de uma frente democrática que precisamos constituir para derrubar o inimigo principal da civilização brasileira, que é Jair Bolsonaro”, afirmou Nunes em entrevista à Carta Capital.

Segundo Aloysio Nunes, “Alckmin tem condições de agregar e contribuir para que possamos criar uma frente muito ampla que vá da direita moderada até a esquerda para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo e iniciar uma nova etapa na vida do País”.

Na cerimônia de filiação, Alckmin também falou em tom de conciliação e pacificação. "A política é a arte do bem comum, é a mais difícil das antiguidades humanas e exige coragem. Esse é o momento excepcional que o Brasil está vivendo. Há 49 anos, aos 20 anos de idade, fui candidato a vereador em Pindamonhangaba para redemocratizar o Brasil, tirar a ditadura. As ditaduras suprimem a liberdade. Em nome do pão, não dão o pão que prometeram e nem devolvem a liberdade que tomaram. Vivemos hoje um desses novos momentos graves da vida nacional, dois pesadelos que assombram o país: violência e miséria. O Brasil tem uma dívida social com nossa população, mas isso aumentou e piorou enormemente. Essa é a razão de estarmos aqui, no PSB, o partido da liderança, que tem história", afirmou.


Delgatti mudou a história do Brasil e deve ser anistiado, diz Renan Calheiros

“Ele possibilitou as punições, ainda brandas, que estamos vendo e mostrou quem era Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e sua turma”, disse o senador Renan Calheiros

(Foto: Abr | Reprodução)
 

247 - Em decorrência da condenação do ex-coordenador da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol, o senador Renan Calheiros (MDB) foi às redes sociais, nesta quarta-feira, 23, para defender Walter Delgatti, “o hacker que denunciou as delinquências da Lava Jato, mudou a história do país”.

Dallagnol foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar indenização de R$ 75 mil a Lula pelo Power Point fajuto que apontava o ex-presidente como chefe de quadrilha. 

Segundo Renan Calheiros, Delgatti “possibilitou as punições, ainda brandas, que estamos vendo e mostrou quem era Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e sua turma”, afirmou o senador. “É hora de retomar o projeto que apresentei para anistiá-lo”, defendeu Calheiros.


Deltan afirma ter recebido R$ 130 mil em depósitos para indenizar Lula

Depois de fazer acusações sem provas contra Lula, o ex-procurador voltou criticar a decisão do STJ e falou em "injustiça"

Deltan Dallagnol e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)
 

247 - Deltan Dallagnol afirmou nesta quarta-feira (23) pelo Twitter que conseguiu ao menos R$ 130 mil por meio de uma vaquinha para indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o Superior Tribunal de Justiça determinar uma indenização de R$ 75 mil do ex-coordenador da força-tarefa da antiga Operação Lava Jato ao petista por causa da apresentação de um PowerPoint em 2016.

"Em menos de 24h, brasileiros depositaram espontaneamente na minha conta MAIS DE R$ 130 MIL porque estão indignados com a injustiça da condenação que sofri no STJ para indenizar Lula. Não tenho palavras para o carinho, a solidariedade e o senso de justiça desse gesto", afirmou. 

A decisão do STJ aconteceu por 4 votos a 1. Após a votação, Dallagnol usou as redes sociais para criticar a "reação do sistema"

De acordo com a defesa do ex-presidente Lula, representada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, a determinação do Judiciário foi "um incentivo para que todo e qualquer cidadão combata o abuso de poder e o uso indevido das leis para atingir fins ilegítimos (lawfare)".




TCU abre fiscalização extraordinária em convênios do MEC após denúncias sobre gabinete paralelo

O ministro Vital do Rêgo considerou "indispensável que o TCU" fiscalize "a estrutura de governança do MEC"

Ministro do TCU Vital do Rêgo e o chefe do MEC, Milton Ribeiro (Foto: TCU | ABr)
 

247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou uma fiscalização extraordinária em todos os convênios do Ministério da Educação, comandado por Milton Ribeiro, após as denúncias de um gabinete paralelo na pasta com a atuação de pastores. A proposta foi feita pelo ministro Vital do Rêgo. O teor da decisão foi publicado nesta quarta-feira (23) pela coluna de Mônica Bergamo

"Nos últimos dias, temos testemunhado a veiculação de diversas notícias acerca de eventuais irregularidades nas transferências de recursos federais do Ministério da Educação (MEC) a municípios, em que a priorização na liberação de verbas estaria sendo negociada por pessoas alheias à estrutura formal daquela pasta, com favorecimento a grupos específicos", afirmou Vital do Rêgo em seu ofício.

"Hoje, soube-se que a Procuradoria-Geral da República solicitou autorização ao Supremo Tribunal Federal para que seja procedida investigação junto ao MEC. Nesse contexto de indícios de irregularidades, considero indispensável que o TCU prontamente exerça seu papel constitucional para fiscalizar a estrutura de governança do MEC responsável pelas transferências de recursos financeiros aos entes subnacionais, em especial aquelas voluntárias e de assistência técnica e financeira", complementou.

O ministro admitiu que, para a liberação de verbas, governo Jair Bolsonaro prioriza prefeituras com pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, pediu a abertura de inquérito

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também protocolou uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu o impeachment do ministro.


Lula e Boulos visitarão condomínios construídos pelos sem-teto

 O ex-presidente Lula e o pré-candidato a deputado Guilherme Boulos (PSOL) visitam, na sexta-feira (25), os condomínios Novo Pinheirinho e Santo Dias, na cidade de Santo André (SP)

Lula e Boulos (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A convite do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará, na sexta-feira (25), uma visita aos condomínios Novo Pinheirinho e Santo Dias, na cidade de Santo André (SP). O encontro está agendado para às 9h30. Os condomínios foram construídos pelos sem-teto e inaugurados em 2019, após sete anos de luta. A ocupação começou ainda em 2012. Ao todo, 910 famílias receberam moradias no local.

"Estamos muito felizes de receber o presidente  em condomínios que são fruto da união da luta dos sem-teto nas ruas com as políticas do próprio Lula em Brasília", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento e pré-candidato a deputado federal pelo PSOL. "Essa visita irá mostrar, mais uma vez, que o povo organizado tem poder para mudar a realidade do nosso país", disse.

O ex-presidente também visitará a Cozinha Solidária do MTST em Santo André, ao lado do condomínio popular.

Com apartamentos de 54 metros quadrados (m²), o conjunto tem varandas, quadra e área social. Elas foram construídas por meio do “Minha Casa Minha Vida – Entidades” — programa federal lançado pelo Governo Lula em 2009.

Eleições

Na disputa pela presidência da República, a pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira (16) da semana passada, apontou o ex-presidente com 44%, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 26%. Em terceiro apareceram Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), com 7% cada. 

De acordo com o levantamento, o ex-presidente tem 39% dos votos no estado de São Paulo, contra 25% de Bolsonaro.

A pesquisa também mostrou que Fernando Haddad (PT) lidera em todos os cenários, tanto no primeiro como no segundo turno. 

Este mês, o líder do MTST, Guilherme Boulos, decidiu retirar a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Agora ele é pré-candidato a deputado federal.

Haddad afirmou que, em 2024, a ideia é o Partido dos Trabalhadores apoiar Boulos na disputa pela prefeitura da capital paulista

Pastor admite esquema do Bolsolão no governo Bolsonaro (vídeo)

 "Emenda só vai para o prefeito por intermédio do pedido do pastor da Assembleia de Deus", disse o pastor José Wellington Bezerra da Costa

Pastor José Wellington Bezerra da Costa (Foto: Reprodução)


247 - O pastor José Wellington Bezerra da Costa, um dos líderes da Assembleia de Deus, admitiu em fevereiro, que a igreja fez intermediação de pagamentos de emendas parlamentares para eleger três de seus filhos em São Paulo. "Emenda só vai para o prefeito por intermédio do pedido do pastor da Assembleia de Deus", disse o religioso, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 10 de fevereiro.

A declaração do religioso seria uma antecipação das informações divulgadas na última segunda-feira (23/03) sobre o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O titular do MEC admitiu que o governo federal prioriza prefeituras que tenham seus pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

Segundo o Estadão, o pastor também afirmou que eleitorado que ali está, irmãos, "não é do prefeito, mas são irmãos em Cristo que estão nos apoiando para que os nossos candidatos continuem trabalhando".

Em um culto, o pastor disse que os filhos são livres para escolher os beneficiados, mas revelou como abordam os prefeitos: "Você quer dinheiro? Quer, mas chame então o pastor da Assembleia de Deus".

O religioso controla a Convenção-Geral das Assembleias de Deus no Brasil e, em São Paulo, é líder do Ministério de Belém, vertente mais tradicional da denominação no Sudeste. Em 2018, ele apoiou Jair Bolsonaro (PL).

Sobre o esquema, o titular do MEC, Milton Ribeiro, disse, nesta terça-feira (22), que não há "possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado". 


'Lula não precisa acalmar o mercado', diz Alckmin

 Para o ex-governador, que se filiou ao PSB para ser vice do ex-presidente, o mercado não precisa ser 'acalmado': "é o contrário. O que todo mundo quer é que a economia cresça"

Geraldo Alckmin e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

247 - O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB nesta quarta-feira (23) com o objetivo de se tornar candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT), concedeu entrevista coletiva à imprensa na qual afirmou que o petista não precisa "acalmar o mercado".

"Acho que é o contrário. O que todo mundo quer é que a economia cresça, que a gente tenha emprego, renda, que a economia volte plenamente a funcionar e que a população tenha melhor qualidade de vida. Esse é o desafio. Acho que é o consolidar o processo democrático, retomar a atividade econômica geradora de emprego e recuperar as políticas públicas", declarou.

Questionado sobre quando será o anúncio oficial de sua aliança com Lula, o ex-governador disse que discussões sobre chapas serão feitas no futuro. "Eu entro no PSB para somar com o PSB. Chapa é para frente. Cabe aos partidos conversarem. Vamos aguardar".

Segundo Alckmin, não há também previsão de encontro formal com Lula. "Hoje demos um passo importante com a filiação. Encerrou uma etapa. Agora se discute chapa, conversas partidárias, não só presidencial. Então é entendimento político, conversa, e ela deve ser conduzida pelos partidos. Converso com o presidente Lula. Não tem nenhuma data definida. Também não tem nenhuma pressa para isso. O importante foi a definição do PSB, de grande responsabilidade e compromisso com o Brasil nesse momento excepcional da vida brasileira, de apoio ao presidente Lula, baseado na defesa da democracia, do fortalecimento da democracia, da retomada do emprego e renda do Brasil, do fortalecimento da economia, com uma agenda de competitividade, com políticas públicas que não podem ir para trás, precisam avançar, e o combate à desigualdade e à miséria".

Perguntado sobre a viabilidade de uma terceira via, Alckmin evitou fazer críticas a outros candidatos à Presidência, mas destacou a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais dada a "confiança" da população brasileira no petista. "Nunca desestimulo ninguém a ser candidato. Acho que eleição se ganha, se perde, mas a candidatura é um gesto de amor, amor ao país, ao povo, independente de seu resultado. O Brasil tem muitos partidos, acho até que excessivamente, então vão ter inúmeras candidaturas. Respeitadas, cada uma busca seu espaço, tenta conquistar seu voto. Mas não há dúvida de que você tem uma polarização. A eleição não é hoje, é daqui meio ano, mas a liderança do presidente Lula é fruto da sua história de vida, das suas eleições pregressas e do seu governo no Brasil. A população tem confiança. Política é confiança. Você não obriga, você conquista. E a população tem essa confiança [no ex-presidente Lula]".

Sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro tumultuar a troca de governo em caso de derrota no pleito, Alckmin declarou: "eleição a gente ganha, perde. Faz parte do processo político. Não tem ninguém que só ganhou e ninguém que só perdeu. Eleição é acatar o resultado das urnas, é respeito ao povo. Questionar resultado da eleição é inadmissível. [Bolsonaro] foi durante muito tempo eleito e nunca questionou. Então eleição se respeita o resultado".

Quando indagado sobre o uso por parte de adversários das críticas feitas por ele a Lula no passado, o ex-governador afirmou que embates políticos em eleições são normais e que é preciso olhar para o futuro. "Em eleição é evidente que se tem embate, embate político. Você pode olhar as divergências e pode olhar também as convergências. Fui governador com o presidente Lula, com a presidente Dilma, com o prefeito da capital do PT e sempre tivemos uma parceria. Mas política não pode ser feita olhando pelo retrovisor, ela precisa ser feita com os olhos no futuro. Nós vivemos uma situação excepcional no Brasil, assombrando a população. Violência, intolerância, é impressionante o retrocesso civilizatório que estamos vivendo. E de outro lado uma economia parada, com uma inflação absurda. Então é hora de desprendimento, convergência, união para poder o Brasil retomar sua atividade".


Requião responde Ciro Nogueira, que o chamou de invasor de terra: ‘aplique ozônio rabial’

 O ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), acusou Roberto Requião de incentivar “invasão de terras” e “zombar de Deus” nas redes sociais

(Foto: Agência Senado)

247 - O ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião, que recentemente se filiou ao PT, reagiu a um ataque do ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), que o acusou de incentivar “invasão de terras” e “zombar de Deus” nas redes sociais.

“Ciro Nogueira, sempre tive uma boa impressão de você. Agora você me acusa de invasor de terra? Você ficou idiota? Que espécie de canalhice é essa! Tente uma aplicação de ozônio rabial, você pode melhorar”, disse Requião no Twitter nesta quarta-feira, 23.


Governo Bolsonaro oferece curso sobre como abrir igrejas

 O curso tem um módulo sobre imunidade tributária das organizações religiosas e foi elaborado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

(Foto: Reprodução)


247 - A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vinculada ao Ministério da Economia, abriu um curso gratuito sobre como abrir igrejas no Brasil. O curso tem um módulo sobre imunidade tributária das organizações religiosas e foi elaborado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O curso tem carga horária de 25 horas.

A Enap informou que o público-alvo são servidores públicos, pessoas de organizações religiosas e outros interessados. O curso foi publicado no site da escola em 27 de fevereiro, quando já havia indícios de relações promíscuas entre o governo Jair Bolsonaro e religiosos no Brasil. 

Em fevereiro, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, um dos líderes da Assembleia de Deus, admitiu, por exemplo, que a igreja fez intermediação de pagamentos de emendas parlamentares para eleger três de seus filhos em São Paulo. 

Na última segunda-feira (23/03) foram divulgadas informações de que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, admitiu a prioridade do governo federal, na liberação de verbas, para prefeituras com pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

PGR pede abertura de inquérito para investigar interferência de pastores no MEC

 Diversas representações chegaram à PGR pedindo a abertura de inquérito referente ao favorecimento de pastores na liberação das verbas controladas por Milton Ribeiro

Augusto Aras e Milton Ribeiro (Foto: ABr)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre as denúncias de "captura" da pasta por pastores evangélicos. A informação é do colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo. 

A ideia é pedir a abertura de investigação contra o ministro e determinar seu depoimento imediato, além dos pastores e das figuras envolvidas na distribuição de verbas na pasta.

A investigação deve ser solicitada numa das representações que está com a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia.

Em gravação, o ministro da Educação admite priorizar prefeitos apresentados pelo "gabinete paralelo", formado pelos pastores. A dirigentes municipais dentro da pasta, Ribeiro afirma seguir ordem de Jair Bolsonaro.

Diversas representações chegaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito referente ao favorecimento dos pastores na liberação de verbas. 

Randolfe vai ao Supremo e pede impeachment de Milton Ribeiro

 No documento, o senador da Rede-AP apontou "cometimento de crime de responsabilidade" do ministro da Educação" devido ao gabinete paralelo na pasta com a atuação de pastores

Ministro Milton Ribeiro e senador Randolfe Rodrigues (Foto: ABr)

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta quarta-feira (23) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de impeachment do ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, depois das revelações de um "gabinete paralelo" na pasta.  

No documento, Randolfe apontou "cometimento de crime de responsabilidade pelo Ministro da Educação, por incorrer em crime contra a probidade na administração, contra a lei orçamentária e contra a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos".

O titular do MEC admitiu que, para a liberação de verbas, o governo Jair Bolsonaro prioriza prefeituras com pedidos intermediados por dois pastores - Gilmar Santos e Arilton Moura.

"O fato de o Governo Federal aparentemente priorizar prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC é um acinte dentro de um estado que se diga Republicano e de Direito, que não deveria guardar preferências senão aquelas puramente apontadas pela técnica e pelo melhor interesse público", diz a peça.

O chefe do MEC não negou o áudio com suas declarações e afirmou que não há "possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado".


Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa em 4 abril; confira os detalhes

Segundo o Ministério da Saúde, este ano a imunização ocorrerá entre 4 de abril e 3 de junho, sendo 30 de abril o dia D de mobilização social. O governo federal deve distribuir cerca de 80 milhões de doses para os estados.

Foto: Américo Antonio/Arquivo SESA

O Ministério da Saúde divulgou o Informe Técnico com as datas e orientações para a 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza no Brasil. Segundo o Ministério, este ano a imunização ocorrerá entre 4 de abril a 3 de junho, sendo 30 de abril o dia D de mobilização social.

O governo federal deve distribuir cerca de 80 milhões de doses para os estados. No Paraná, a estimativa do Ministério da Saúde é que 4.308.575 pessoas elencadas como grupos prioritários deverão ser vacinadas durante a campanha. A meta é atingir pelo menos 90% deste público.

“O Paraná está em epidemia da Influenza H3N2 e já registrou 2 mil casos e 115 mortes pela doença. Esta vacina, já atualizada, vem em boa hora para que os paranaenses possam se proteger, principalmente nessas estações mais frias onde aumenta o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A vacina trivalente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é produzida pelo Instituto Butantan (SP) e todos os anos passa por atualização para que a dose seja efetiva na proteção contra as novas cepas do vírus identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta campanha, a imunização protegerá contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B.

GRUPOS – A campanha prioriza os grupos com comorbidades com o objetivo de diminuir a sobrecarga nos sistemas de saúde e contribuir com a prevenção de possíveis novos surtos de doenças respiratórias causadas pelo vírus da Influenza. A vacinação diminui a carga do vírus, reduz os sintomas e também auxilia no diagnóstico diferencial para a Covid-19.

Este ano a vacinação acontecerá em duas etapas. A primeira, no período de 4 de abril e 2 de maio, será direcionada para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; a segunda, entre 3 de maio e 3 de junho, abrangerá os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Pessoas que não fazem parte desses grupos podem tomar a vacina contra a gripe na instituição privada.

CORONAVÍRUS – O Informe ressalta a importância da vacinação contra a Influenza em tempos de pandemia da Covid-19. Para o Ministério da Saúde, à medida que o percentual de pessoas vacinadas contra a Covid-19 aumenta, há uma oportunidade para que ocorra um ressurgimento da circulação de outros vírus respiratórios, como é o caso da Influenza.

A vacina contra a gripe pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Imunização, incluindo a da Covid-19. A única exceção nestes casos é para crianças de 5 a 11 anos, que devem aguardar um período de 15 dias entre as vacinas Covid e Influenza.

Ainda segundo o documento, crianças que comparecerem a uma Unidade Básica de Saúde e ainda não tiverem sido vacinadas contra o novo coronavírus deverão, preferencialmente, receber o imunizante Covid-19 e agendar a vacina Influenza, respeitando o intervalo mínimo de 15 dias.

HISTÓRICO – Em 2021, de modo geral, todas as unidades da Federação apresentaram uma baixa adesão dos grupos-alvos durante a campanha da gripe, provavelmente relacionada com a aplicação simultânea da vacina contra a Covid-19. A média de cobertura nacional ficou em 72,8%, abaixo da meta mínima de 90%

O Paraná aplicou 4.924.438 doses de vacina na campanha anterior. A população-alvo geral era de 4.480.000 pessoas, e os grupos específicos (utilizados para critérios de cobertura vacinal) entre crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e idosos era de 3.064.625 pessoas. A cobertura vacinal do Estado fechou o ano em 68,7%.


Fonte: AEN

Boletim da Saúde registra mais 2.209 casos e 28 óbitos pela Covid-19 no Paraná

 Monitoramento mostra que o Estado soma 2.390.964 diagnósticos e 42.625 mortes pela doença, desde o início da pandemia. Atualmente, estão internados 57 pacientes com diagnóstico confirmado e 391 considerados casos suspeitos da infecção.

Foto: SESA

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (23) mais 2.209 casos e 28 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. O monitoramento da Covid-19 no Paraná mostra que o Estado soma 2.390.964 casos e 42.625 óbitos pela doença, desde o início da pandemia.

Os casos divulgados nesta quarta-feira são de março (1.372), fevereiro (495) e janeiro (306) de 2022; novembro (9), outubro (1), setembro (1), agosto (3), julho (5), junho (6), maio (3), abril (1) e março (1), de 2021; e dezembro (2), novembro (1), julho (2) e junho (1) de 2020. Os óbitos são de março (14), fevereiro (9) e janeiro (1) de 2022 e outubro (1), junho (1) e maio (1) de 2021.

INTERNADOS – O boletim divulga que há 57 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 internados em leitos SUS (30 em UTIs e 27 em enfermaria. Não há pessoas com diagnóstico confirmado na rede particular. Outros 391 pacientes considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2 estão internados, sendo 184 em leitos de UTI e 207 em enfermaria, que aguardam resultados de exames.

ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 28 pacientes. São 10 mulheres e 18 homens, com idades que variam entre zero e 99 anos. Os óbitos ocorreram entre 01 de maio de 2021 e 22 de março de 2022.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Ponta Grossa (10), Curitiba (3), Maringá (2), Londrina (2), Telêmaco Borba, Tamboara, Prado Ferreira, Pitanga, Pinhais, Laranjal, Irati, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Colombo e Arapongas.

FORA DO PARANÁ  O monitoramento da Saúde registra 10.745 casos de residentes de fora do Estado – 232 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo

Confira relatórios de exclusões e correções de municípios no site da Sesa.


Fonte: AEN

Apucarana confirma quatro casos de Covid-19 nesta quarta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou quatro casos de Covid-19 nesta quarta-feira (23) em Apucarana. O município segue com 546 mortes e soma agora 33.577 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de duas mulheres e dois homens. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 25 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 95.492 pessoas, sendo 65.247 em testes rápidos, 26.608 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

O município não tem pacientes internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.