terça-feira, 15 de março de 2022

Perda de soberania energética do Brasil se agravou com Bolsonaro, aponta PT na Câmara

 Lava Jato, golpe e Bolsonaro destruíram a autonomia energética do Brasil

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)


Da bancada do PT na Câmara – Entreguista, governo se compromete a ampliar produção de petróleo para garantir abastecimento mundial. Ano passado, país exportou mais óleo cru e importou mais derivados.

Insensível às extremas dificuldades que a maioria da população brasileira enfrenta com os aumentos abusivos dos preços administrados pela Petrobras, o desgoverno de Jair Bolsonaro se comporta de maneira diferente quando o interesse é dos Estados Unidos. A pedido do “grande irmão do Norte”, o Brasil vai ampliar a produção de petróleo para contribuir com o “esforço de guerra” e garantir o abastecimento do mercado mundial, em meio ao embargo ao petróleo da Rússia.

A informação foi dada ao jornal Valor Econômico pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O almirante de Esquadra disse ter conversado sobre o assunto com a secretária de energia estadunidense, Jennifer Granholm, na última quinta-feira (10). Segundo ele, os estoques de diesel nos Estados Unidos estão 20% abaixo da capacidade, enquanto os países árabes perderam 40% dos estoques. Granholm ressaltou a necessidade de aumentar a produção de petróleo no mundo “o mais rápido possível”.

“Os países que têm estoque, como EUA, Japão, Índia e outros, estão liberando. Mas também tem que ter o esforço de aumento da produção. Ela me perguntou se o Brasil poderia fazer parte desse esforço e eu falei: claro que pode”, contou o ministro, cioso de sua subserviência. “Já estamos aumentando a produção. Enquanto a maioria dos países da OCDE reduziu, nós aumentamos nossa produção nos últimos três anos.”

A Petrobras bateu o recorde anual de produção no pré-sal em 2021, com 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed), o equivalente a 70% da produção total da companhia. O recorde anterior foi em 2020, quando atingiu a marca de 1,86 milhão de barris diários, ou 66% da produção total.

Ao mesmo tempo, o desmonte promovido desde o lawfare da lava-jato faz da Petrobras cada vez mais mera exploradora de jazidas, exportando óleo cru e importando derivados de alto valor agregado. Levantamento da assessoria econômica da Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgado em janeiro revelou os resultados dessa política lesa-pátria.

Ano passado, o Brasil ampliou em 28% os volumes de derivados comprados no exterior. As importações cresceram 82% em valor e somaram US$ 13,4 bilhões. Óleos combustíveis de petróleo ou minerais betuminosos, exceto óleos brutos, foram o segundo produto mais importado pelo Brasil em 2021, atrás somente dos fertilizantes.

Já as exportações de óleo cru atingiram US$ 30,4 bilhões em 2021, 55,3% maiores que os US$ 19, 6 bilhões registrados no ano anterior. Foram comercializadas 68 milhões de toneladas, ou 60% a mais que no ano anterior. Com isso, o óleo cru foi o terceiro produto mais vendido no mercado internacional em 2021, atrás somente do minério de ferro e da soja. O produto respondeu por 11% das exportações totais do Brasil.

Um dos motivos que explicam o forte incremento das compras de derivados, avalia a assessoria econômica da FUP, é o Fator de Utilização do Refino das unidades da Petrobras. A FUP calcula em 80% o fator médio de utilização do refino no ano passado – uma capacidade ociosa de 20%. A decisão da Petrobras de deslocar parte da produção de óleo bruto para o mercado externo, em vez de refinar internamente, abriu mais espaço para importações de derivados, dolarizando ainda mais os combustíveis.

Perda da soberania energética se agravou com Bolsonaro

“Nós vínhamos investindo na descoberta de novas fronteiras petrolíferas justamente para termos petróleo suficiente para manter a soberania de nosso país”, explicou Miriam Cabreira, presidenta do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro/RS), em entrevista a Amanda Guerra, do Jornal Rádio PT, na manhã desta segunda-feira (14).


Existia uma política de construção de refinarias e ampliação do parque de refino para nós sermos autossuficientes em petróleo e derivados. Essa política veio sendo desmontada desde 2014 com a lava-jato, que criou empecilhos e destruiu a indústria nacional”, prosseguiu a também dirigente da FUP. “Depois de 2016, com o golpe, veio esse projeto de desmonte da Petrobras cujos reflexos estamos vendo agora”, concluiu.

Miriam lembrou o caso da antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), privatizada em dezembro de 2021 e rebatizada de Mataripe, que vende seus produtos a um preço maior que os já extorsivos praticados pela Petrobras. “Somente uma empresa integrada do poço ao posto, como foi a Petrobras recentemente, poderia formular preços de forma diferente da atual política de paridade de importação”, ressaltou a dirigente sindical.

A inflexão estratégica imposta à Petrobras após o golpe de 2016 fez o Brasil perder R$ 172,2 bilhões em investimentos e encerrou 4,4 milhões de empregos – notadamente na construção civil, que perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho. É o que aponta estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Se a expansão do parque de refino planejado nos Governos Lula e Dilma não tivesse sido interrompida pelo golpe, o Brasil estaria hoje exportando derivados de alto valor agregado, e não óleo cru. Em vez disso, a Petrobras transfere o petróleo do pré-sal para outros países refinarem e importadoras venderem aqui produtos cotados em dólar.

Quem mais lucra com isso são os acionistas privados (43%, não-brasileiros). Além das multinacionais do setor, que estão se apropriando das refinarias da Petrobras a preços muito abaixo do valor de mercado.

Gleisi: “Bolsonaro é um espertalhão”

Nesta segunda, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) ingressou com Ação Civil Pública na Justiça Federal, pedindo a paralisação dos trâmites finais do processo de privatização da atual Refinaria Mataripe, por práticas nocivas à economia local.

A ação destaca que, com três meses de atuação da refinaria, operada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala, a Bahia tem hoje a gasolina mais cara do Brasil, em função de reajustes abusivos praticados pelo monopólio regional. A gasolina na Refinaria de Mataripe custa 6,4% a mais do que a vendida pela estatal; o óleo diesel S-10 mais 2,66%.

“A FUP e o Sindipetro Bahia alertam e sempre alertaram para o equívoco da privatização das refinarias da Petrobras, que leva à nefasta criação de monopólios regionais, em detrimento do consumidor brasileiro, sujeito a reajustes abusivos de preços. A tese, infelizmente, está sendo confirmada na prática, afetando profundamente a economia baiana”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

“A Acelen, cinicamente, justifica os aumentos com impactos da guerra na Ucrânia, que levaram à disparada do preço internacional do barril de petróleo. Mas a culpa não é da guerra, é da política de preços atrelada ao dólar e aos abusos do monopólio praticado pela Acelen”, acrescentou o líder da FUP.

Bacelar afirmou ainda que o novo tarifaço da Petrobrás sobre os combustíveis, que entrou em vigor na última sexta-feira (11), se deve principalmente à integração dos preços praticados pela estatal com o mercado internacional, e não ao conflito armado na Ucrânia. “A alta dramática não ocorreria caso a política de preços fosse nacionalizada e refletisse em grande parte os custos internos de produção”, apontou.

Pressionado mais e mais a cada anúncio de reajuste dos preços da Petrobras, Jair Bolsonaro tenta se esquivar com as costumeiras tática das fake news e transferência de responsabilidades. Para a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), ele não passa de um “espertalhão”. “A política de preços depende do conselho da Petrobras que ele nomeou. Se os combustíveis estão caros, é sua responsabilidade. Frouxo”, disse Gleisi em seu perfil no Twitter.

Produção industrial desaba e cai em 10 de 15 regiões pesquisadas pelo IBGE

 As maiores quedas foram observadas no Amazonas (-13%), Minas Gerais (-10,7%) e Pará (-9,8%). Resultado mostra que economia segue estagnada

(Foto: REUTERS/Washington Alves)

Agência Brasil – A produção industrial recuou em dez dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de dezembro de 2021 para janeiro deste ano.

As maiores quedas foram observadas no Amazonas (-13%), Minas Gerais (-10,7%) e Pará (-9,8%).

Os estados do Paraná (-5,1%), Pernambuco (-5%) e Ceará (-3,8%) também registraram quedas mais intensas do que a média nacional (-2,4%).

A lista de locais com recuo na produção inclui ainda a região Nordeste (-1,6%) e os estados de Goiás (-1,7%), Rio de Janeiro (-1,4%) e São Paulo (-1%).

Por outro lado, cinco estados tiveram alta: Mato Grosso (4%), Espírito Santo (2,6%), Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%).

Na comparação com janeiro do ano passado, 11 dos 15 locais pesquisados tiveram queda, com destaque para os estados do Pará (-24,4%), Ceará (-24,3%) e Pernambuco (-12,3%).

Entre os quatro estados com crescimento, a maior alta ficou com Mato Grosso (43%).

Já no acumulado de 12 meses, dez dos 15 locais pesquisados tiveram alta na taxa. Os maiores avanços foram observados em Santa Catarina (8,5%) e Minas Gerais (8,3%). Dos quatro locais em queda, Bahia teve o principal recuo (-12,5%).

Percentual de famílias endividadas e inadimplentes no Brasil é o mais alto em 12 anos

 Nível de endividamento das famílias em fevereiro foi o maior desde que começou a ser medido: 76,6%. Inadimplência é recorde também: 27%

Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Cecília Bastos/USP Imagens | Reuters | Clauber Cleber Caetano/PR)

247 - A situação das famílias brasileiras é desesperadora: tanto o percentual de famílias endividadas quanto o de inadimplentes vêm batendo recordes desde o ano passado e estão em seu maior patamar em 12 anos.A tendência é que a inadimplência suba ainda mais em 2022 por causa do aumento dos juros e do fim de medidas emergenciais criadas na pandemia para ajudar os endividados, segundo economistas ouvidos pela BBC Brasil.

A guerra na Ucrânia deve agravar esse cenário, ao provocar aumento da inflação, o que reduz a renda familiar disponível para honrar compromissos financeiros. Ao fim de fevereiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que o governo estuda liberar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajudar as famílias endividadas, mas não deu uma data.

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras ao longo de 2021 chegou a 70,9%, o maior valor até então, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O patamar foi de 76,3% em dezembro, um recorde histórico. Em fevereiro deste ano, o recorde foi novamente quebrado: 76,6%.

"O endividamento foi acelerando ao longo do ano passado", disse Izis Ferreira, economista da CNC, que acrescentou: "Nunca tínhamos tido na série histórica, que começa em 2010, um ano em que o endividamento cresceu tão rápido”

Ela destacou à BBC que, na alta de 10% da inflação em 2021, pesaram muito itens que têm forte impacto na renda das famílias, como gasolina (com alta de preço de 47%), energia elétrica (21%), alimentos (8%) e medicamentos (6%).

Enquanto isso, a renda domiciliar dos brasileiros caiu 10,7% no quarto trimestre de 2021 na comparação anual, o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012: "Isso fez com que essas famílias precisassem usar mais o cartão de crédito, cheque especial e recorrer aos carnês de loja para manterem seu nível de consumo".

A economista da CNC observa que, ao longo de 2021, apesar do avanço do endividamento, a inadimplência se manteve baixa na maior parte do ano, e a média anual ficou em 25,2%. Mas a taxa começou a crescer a partir de outubro. Naquele mês, 25,6% das famílias tinham contas em atraso. Eram 27% em fevereiro deste ano, maior patamar da série histórica da CNC, que começou em 2010.

Entenda como vai funcionar o novo 0800 para as antigas rodovias do Anel de Integração

 O telefone é válido para todas as regiões do Estado e completamente gratuito para o usuário. As chamadas serão recebidas pelo Centro de Operações Integradas (COI) do DER/PR, que conta com uma equipe treinada para prestar o apoio necessário, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados.

Central Guincho
Foto: DER

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) está disponibilizando o número 0800-400-0404 para o atendimento de usuários das rodovias federais e estaduais do antigo Anel de Integração em casos de acidentes, pane, quedas de carga, animais na pista, materiais na pista, buraco no pavimento, entre outros.

O telefone é válido para todas as regiões do Estado e completamente gratuito para o usuário. As chamadas serão recebidas pelo Centro de Operações Integradas (COI) do DER/PR, que conta com uma equipe treinada para prestar o apoio necessário, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados.

Neste momento o serviço está disponível nas rodovias dos antigos lote 2 (Viapar), lote 3 (EcoCataratas), lote 5 (Rodonorte) e lote 6 (Ecovia). No caso dos lotes 1 e 4, as concessionárias de pedágio permanecem realizando os atendimentos com suas próprias centrais, graças a acordos judiciais firmados com o DER/PR.

Veja como vai funcionar a operação do 0800:

QUE SERVIÇOS SÃO PRESTADOS?

O Centro de Operações Integradas (COI) do DER/PR aciona os serviços de operação de tráfego rodoviário contratados pelo DER/PR, que incluem o socorro mecânico, guincho mecânico leve e pesado, apoio ao Corpo de Bombeiros e atendimento a incidentes com animais soltos na pista nas rodovias estaduais e federais do antigo anel de integração.

O COI também irá realizar o direcionamento da chamada caso o atendimento caiba a outros órgãos, como Polícia Rodoviária, Polícia Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, SAMU, DNIT e Instituto Água e Terra (IAT).

QUAIS OS HORÁRIOS DE ATENDIMENTO?

O COI conta com uma equipe treinada para prestar o apoio necessário, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados.

QUEM PODE LIGAR PARA O 0800-400-0404?

Qualquer usuário de rodovia estadual ou federal que antes pertencia ao Anel de Integração, ou seja, que era pedagiada ou administrada por concessionária de pedágio do antigo lote 2 (Viapar), lote 3 (EcoCataratas), lote 5 (Rodonorte) e lote 6 (Ecovia).

No caso dos lotes 1 e 4, as concessionárias de pedágio permanecem realizando os atendimentos aos usuários com suas próprias centrais, em decorrência de acordos judiciais firmados com o DER/PR.

EM QUE CASOS POSSO LIGAR?

O COI está disponível para apoiar o usuário quanto a situações adversas encontradas nas rodovias do antigo Anel de Integração, sendo os casos mais comuns os problemas veiculares: caso sofra ou testemunhe qualquer acidente, prestando o máximo de informações possíveis, para garantir o atendimento rápido e correto; ou caso passe por pane veicular, se possível informando a natureza da pane para que seja deslocado o veículo adequado para o atendimento.

POSSO AVISAR SOBRE BURACOS NA PISTA?

Equipes de inspeção de tráfego percorrem todo o antigo Anel de Integração três vezes ao dia, mas o usuário também pode alertar o COI quando a danos no pavimento, sendo na sequência comunicados o DER/PR ou o DNIT para executar os serviços de conservação necessários.

QUE OUTRAS SITUAÇÕES POSSO COMUNICAR?

O usuário pode entrar em contato com o COI e alertar sobre situações que afetem o trânsito das rodovias e coloquem os usuários em risco. A equipe do centro de operações irá acionar os serviços de operação de tráfego rodoviário necessários ou comunicar os órgãos cabíveis para providenciar uma solução.

Entre os incidentes que podem ser comunicados ao COI estão a presença de veículos abandonados, quedas de cargas na pista, animais soltos na pista, alagamentos, queda de barreira, neblina, fumaça, óleo ou outras substâncias semelhantes derramadas, erosão, sinalização danificada ou vandalizada, sarjetas e bueiros danificados, incêndios, e queda de árvore.

É POSSÍVEL LIGAR SOBRE RODOVIAS FORA DO ANEL DE INTEGRAÇÃO?

No momento os serviços do COI são exclusivos para estas rodovias, que incluem os principais corredores logísticos do Paraná, concentrando elevado movimento de veículos de passeio e caminhões de carga. O DER/PR já estuda utilizar o serviço em outras rodovias estaduais de grande movimento, após o início do novo programa de concessões rodoviárias sendo desenvolvido pelo governo federal.


Fonte: AEN

Governo investe na reestruturação da PR-650 para acabar com enchentes em Godoy Moreira

 Única ligação em asfalto com São João do Ivaí, rodovia está sendo revitalizada pelo Governo do Estado. Seis pontos críticos foram selecionados para serem corrigidos. Investimento é de R$ 15.553.888,05, por meio do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná.

Foto: Gilson Abreu/AEN


Encravada em um dos pontos centrais do Paraná, Godoy Moreira (Vale do Ivaí) sofreu por anos em razão da localização geográfica – por fazer limite com o Rio Corumbataí, a cidade depende de uma balsa para chegar de forma mais rápida à vizinha Barbosa Ferraz. Transtorno que se multiplicava em tempos de mazelas climáticas. Quando São Pedro teimava em mandar chuva, a cidade ficava ilhada.

Além do transporte pelo rio ser paralisado, eram dias e dias sem poder usar a única saída com asfalto do município, a PR-650, ligação com São João do Ivaí. Erros de engenharia faziam com que a rodovia ficasse alagada em determinados pontos. “Ficávamos sem saída e parava tudo. Nem ambulância passava”, conta o agricultor Valdeci Pires. “Vivia alagando e ninguém podia sair de casa”, emenda o lavrador Abraão Sousa Rodrigues, nascido e criado no município.

Combinação que ajuda a explicar o êxodo que acompanha há décadas Godoy Moreira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade passou de 3.337 moradores para apenas 2.850 entre os levantamentos de 2010 e 2021, uma baixa populacional de 17%. “Sofremos muito, mais de 30 anos nessa situação”, diz o empresário José Donizete Galego, mais conhecido como Zequinha, dono de uma movimentada oficina mecânica na região central do município.

A virada, porém, já tem data para acontecer. O Governo do Estado espera entregar até o fim deste semestre as obras de correção e modernização da PR-650. Foram mapeados seis pontos críticos da rodovia, distribuídos entre os quilômetros 7 e 28, para serem revitalizados, totalizando 3,4 quilômetros.

Dois deles, nos encontros com águas fluviais conhecidos como Água da Anta, entre o km 19,70 e o km 20,26, e Água das Antas, entre o km 21 e o km 21,63, estão prontos e sendo usados pela população. Nesses locais foram executadas novas galerias de concreto e elevado o nível (greide) do pavimento, evitando a formação de alagamentos nos locais, que em anos mais chuvosos chegavam a obstruir o acesso à rodovia.

As obras continuam em andamento nos seguintes segmentos: Água do Chalé, Água Paraguaia, Água do Mangueirão e na Vila Bananeira. O investimento é de R$ 15.553.888,05, por meio do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná, uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e inclui também o alargamento da ponte sobre o Rio Bananeira, no mesmo trecho. “Posso dizer que agora estamos no céu”, destaca Pires.

“O Governo do Estado trabalha sempre para estar próximo dos municípios, afinal, as pessoas moram nas cidades e é lá que precisam ter qualidade de vida. É o caso de Godoy Moreira. Uma cidade pequena que por anos ficou esquecida, sofrendo com enchentes, mas que agora, com essa obra, terá todas as condições para crescer e se desenvolver”, ressalta o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

É o que pensa também o prefeito Primis de Oliveira. Para ele, a infraestrutura é peça fundamental para atrair novos investimentos, criar emprego e renda, pondo fim ao fantasma do êxodo urbano. “Tínhamos um aviário aqui que deixou a cidade justamente por não poder escoar a produção em dias de chuva. Precisava transportar o frango e não podia”, afirma. Ele mesmo é um sobrevivente dos alagamentos. “Quase morri em 2013 quando o carro caiu no rio. Foi por pouco. Precisávamos dessa obra e a sensibilidade do governador foi fundamental para que ela acontecesse”.

OBRAS – Para fazer a correção de greide é necessário demolir o pavimento existente, e, no caso desta obra, aterrar a plataforma existente e na sequência executar um pavimento novo, resultando em uma pista mais elevada, acima da altura das enchentes registradas na região.

Em Água do Chalé as alterações no traçado serão mínimas, relativas somente à elevação da pista. Ao todo serão 760 metros de obra, iniciando no km 7,92 e seguindo até o km 8,68.

Na Água Paraguaia, em uma região mais elevada que as demais, a correção da pista existente tornaria o trecho propício a acidentes, então a solução encontrada foi a implantação de uma variante com extensão de 657 metros, iniciando no km 16,62 e seguindo até o km 17,29 da PR-650.

Em Água da Anta, processo já finalizado, foi mantido o traçado existente, sendo executada somente a elevação da pista. Neste local a obra tem extensão de 560 metros, entre o km 19,70 e o km 20,26.

Nas Águas das Antas, ponto também entregue, foi necessária correção do traçado para garantir mais segurança aos condutores, com a construção de uma galeria celular de concreto para travessia das águas, compatível com a implantação de uma pequena ponte. A obra começou no km 21 e foi até o km 21,63, em uma extensão de 620 metros.

Em Água do Mangueirão está sendo corrigida a geometria de uma curva, melhorando a segurança no local, e mantido o restante do traçado do trecho de 288 metros, que inicia no km 24,40 e termina no km 24,70.

Todos estes trechos incluem obras de arte corrente e dispositivos de drenagem, garantindo a passagem das águas sob a rodovia, sem danificá-la e sem resultar em represamentos. “É um pacote completo, que incluiu serviço de drenagem, galeria nova, sinalização, melhoria ambiental, além de alargar a pista. São vários benefícios para a população”, diz o engenheiro João Carlos Ghiraldi, supervisor da obra.

PONTE – Neste mesmo contrato está inclusa a elevação e alteração de traçado da pista, e execução de uma nova ponte sobre o Rio Bananeira, substituindo a obra de arte especial existente, que é de pista única. A obra vai evitar o alagamento da rodovia, e acabar com filas de veículos no local, uma travessia urbana. “Essa ponte nova vai acabar de vez com os nossos problemas”, arremata o aposentado Josias Pierobon, vizinho “de metros” da ponte.

Fonte: AEN

Estados Unidos descartam “por enquanto” importação de petróleo da Venezuela

 A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que Biden não pensa no momento em diminuir as sanções ao país sul-americano

(Foto: Reuters)

Agência Regional de Notícias - Os Estados Unidos descartam "por enquanto" realizar algum tipo de estratégia para importar petróleo da Venezuela. De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, não é algo que esteja sendo discutido no momento entre os dois países.

As declarações de Psaki foram dadas dias depois que as autoridades dos EUA chegaram à Venezuela para realizar uma reunião com o presidente Nicolás Maduro.

“Não é algo sobre o qual estamos falando ativamente no momento”, enfatizou Psaki quando perguntada por jornalistas durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14) se é possível pensar em diminuir as sanções dos Estados Unidos à Venezuela para importar mais petróleo.

A reunião que Maduro teve com autoridades norte-americanas foi o primeiro encontro direto entre os dois países desde 2019, quando o governo Maduro rompeu relações depois que os EUA não reconheceram sua vitória nas eleições presidenciais. 

“As duas bandeiras unidas ficaram bonitas, passamos quase duas horas conversando”, disse Maduro ao final da reunião com autoridades dos EUA na semana passada. O líder bolivariano acrescentou que seu governo tem toda a vontade para, a partir do respeito e da diplomacia, avançar “numa agenda que permita o bem-estar e a paz dos povos da nossa região".

Essa reunião causou preocupação do governo colombiano chefiado por Iván Duque, que dias depois se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca.

Sobre isso, Psaki disse que o encontro entre os líderes tratou de "segurança energética global" após o conflito entre Rússia e Ucrânia. 

“Continuamos conversando com vários produtores sobre a importância de manter a oferta global. Não se trata apenas de abastecimento nos Estados Unidos, mas de garantir o abastecimento do mercado global, e valorizamos nossa relação com a Colômbia”, concluiu.  

Especialista alerta que Brasil precisa de fertilizantes para garantir safra 2022-23: 'temos poucos meses'

 Alerta acontece na esteira do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que ameaça a exportação de fertilizantes para o Brasil

(Foto: Divulgação)


Sputnik - O Brasil precisa garantir o fornecimento de fertilizantes para assegurar a produtividade da safra de 2022-2023, sob pena de forte inflação de alimentos no ano que vem, alerta especialista.

A operação militar russa na Ucrânia deve remodelar as relações comerciais e econômicas não só no Leste Europeu, mas também na América Latina. O Brasil será uma das economias mais afetadas pelo conflito, principalmente em função de sua importação massiva de fertilizantes agrícolas russos.

Para garantir o suprimento interno em meio ao aumento dos preços internacionais, a Rússia suspendeu a exportação de fertilizantes para países considerados hostis. O Brasil, graças à sua posição moderada em relação ao conflito, não foi incluído nesta lista.

Apesar da garantia russa de que não haverá suspensão no fornecimento, dificuldades colocadas pelas sanções econômicas impostas pelos EUA e seus aliados contra Moscou estão dificultando a exportação de fertilizantes russos para o Brasil.

"A retirada da Rússia do sistema de pagamentos SWIFT impôs, na prática, um isolamento financeiro do país. Qualquer comprador do Brasil que queira acessar produtos russos vai ter que construir a relação comercial do zero, para viabilizar as formas de compra e pagamento", explicou à Sputnik Brasil José Carlos de Lima Júnior, sócio e diretor da Consultoria Markestrat, especializada em Estratégia de Agronegócios.

O transporte dos fertilizantes dos portos russos para o Brasil também passa por um momento de indefinição.

"Os armadores estão com dificuldade para fazer a precificação do trajeto, pois precisam saber o tempo de permanência no porto e de viagem", relatou Lima Júnior. "Também houve aumento no preço dos seguros e a disparada no preço do petróleo, que impacta o custo do óleo com baixo teor de enxofre utilizado por essas embarcações."

Nesse contexto, o especialista revela que o setor de fertilizantes está com dificuldades para "precificar o produto e até mesmo assegurar a chegada e distribuição aqui no Brasil".

Em nota enviada à Sputnik Brasil, a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) declarou que "monitora com atenção o fornecimento de insumos importados do Leste Europeu".

"O Brasil importa da Rússia mais de nove milhões de toneladas por ano de insumos para fertilizantes, ou seja, em torno de 25% de tudo o que compramos no exterior", revela a nota da ANDA.

Lima Júnior explica que o maior problema neste momento é garantir que fertilizantes cheguem a tempo de garantir a produtividade da safra 2022-2023, cujo plantio deve ter início entre setembro e outubro.

A aplicação de fertilizantes no campo deve ser feita antes do plantio, para que o solo tenha os macronutrientes essenciais para o sucesso da safra.

"Precisamos garantir que o fertilizante chegue no Brasil no momento adequado. Os produtores precisam fazer o planejamento de qual tecnologia vão aplicar no campo. Do que adianta utilizar a melhor semente, se não terei os macronutrientes mínimos para garantir a produtividade?", questiona Lima Júnior.

A incerteza em relação aos fertilizantes pode levar produtores a rever o produto que vão aplicar no campo, o que pode reduzir a produtividade da safra 2022-2023.

"O receio de ter ou não fertilizantes impacta no nível tecnológico que será colocado no campo. Qual o resultado disso? Menor produção, menor produtividade e inflação de alimentos daqui a um ano", explicou Lima Júnior.

O que fazer?

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, realiza uma série de medidas para garantir o fornecimento de fertilizantes para a agricultura brasileira.

A ministra obteve o apoio de seus homólogos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para solicitar à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que fertilizantes sejam declarados isentos de sanções econômicas.

Neste sábado (12), a ministra participou de um evento com embaixadores de países árabes para prospectar novos fornecedores de fertilizantes para o Brasil. No mesmo dia, a ministra seguiu para o Canadá, onde permaneceu até esta segunda-feira (14) em busca de potássio.

"A viagem é para conversar com canadenses para ver se conseguimos uma quantidade maior do que eles já nos mandam, para suprir esses possíveis gargalos de fornecimento que a gente possa vir a ter, devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia", disse a ministra, em nota divulgada pelo Ministério da Agricultura.

Lima Júnior concorda que "toda diversificação é bem-vinda", mas tem dúvidas sobre a capacidade canadense de suprir a enorme demanda brasileira por fertilizantes.

"Partindo do pressuposto de que o Canadá tem excedente para exportar, eles precisariam mais do que dobrar o volume de exportações para o Brasil para atender a nossa demanda, considerou Lima Júnior.

O especialista explica que o Canadá exporta grande parte de sua produção de fertilizantes para os EUA, em função do acordo de preferências comerciais Nafta.

"Os EUA são um concorrente direto do Brasil na agricultura. Será que o Canadá vai exportar para um concorrente direto [dos EUA], sendo que Washington compra 83% do potássio canadense?", questiona o especialista.

Além disso, Lima Júnior lembra que "uma nova relação comercial não se constrói do dia para a noite. E precisamos suprir a demanda de uma safra que começa em poucos meses".

Olhar pra dentro

A crise no fornecimento de fertilizantes pode ser um incentivo para que o Brasil aumente a produção interna desse produto essencial para a economia nacional.

"O que acontece nesse instante é o fechamento de um grande player de fornecimento, em função de um conflito. É uma coisa pontual", garantiu Lima Júnior. "O principal incentivo que isso vai gerar é para que cada governo olhe para dentro de si [...] e faça investimentos para ter o mínimo de abastecimento", considerou.

Com o aumento da área plantada na última década, o Brasil passou a depender cada vez mais de fertilizantes produzidos fora do país.

"A realidade é que o Brasil preferiu importar ao invés de produzir, porque era uma facilidade garantida pela globalização dos mercados", disse Lima Júnior.

A nova realidade, no entanto, impõe que o país tenha "pelo menos um plano B" e "uma política de Estado efetiva em relação ao agronegócio".

Mesa do brasileiro

Segundo o especialista, a crise atual terá reflexos na mesa do brasileiro. O aumento no preço do petróleo leva a um maior custo de transportes, enquanto a escassez de fertilizantes poderá agravar a inflação de alimentos.

"Tudo isso em um ano como 2022, que já era de incertezas em função de eleições em vários países produtores de commodities", lembrou o especialista.

Para garantir a segurança alimentar na população e, eventualmente, o futuro eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, o governo terá que adotar medidas para reduzir os danos desse ano turbulento.

"Mas o governo tem pouca margem de manobra em termos de caixa e capital. A tentação dele será usar a máquina pública e o dinheiro que tem", considerou Lima Júnior. "O meu medo é que o governo gaste muito mais do que poderia."

O Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes utilizados na agricultura nacional. Cerca de um quarto desse montante é oriundo da Rússia, que se encontra sob sanções econômicas impostas pelos EUA e seus aliados. De acordo com o instituto Pensar Agropecuárias, os estados de São Paulo e Minas Gerais são os que registram maior dependência de fertilizantes importados de Moscou.

Bolsonaristas, cantor Netinho e Maurício do vôlei se filiam ao PL nesta terça-feira

 Filiação será feita no evento em que a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli irá formalizar a sua ida para o PL, partido de Jair Bolsonaro

Netinho e Maurício Souza (Foto: Reprodução | Divulgação/CBV)


247 - O cantor baiano Netinho, que já lançou sua pré-candidatura à Câmara dos Deputados, e o jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do Minas Tenis Clube no ano passado por fazer declarações homofóbicas sobre uma história em quadrinhos do Super Homem, irão se filiar ao PL, partido de Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (15). De acordo com  a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a filiação será feita no evento em que a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli irá formalizar a sua ida para a legenda. 

“Netinho, mais conhecido pelo sucesso dos carnavais baianos Mila, foi convidado por Zambelli para ser um puxador de votos do bolsonarismo na Bahia. Já Maurício se aproximou da família Bolsonaro em trocas de mensagens nas redes sociais, após a derrota da seleção masculina de vôlei na Olimpíada de 2021”, diz a reportagem.  “A ideia de Zambelli é lançar no evento uma rede de parlamentares chamada  ‘Lealdade acima de tudo’", destaca o texto. 

Além deles, outros oito deputados deverão se filiar ao PL no próximo sábado. Com isso, já são 20 parlamentares que deixaram suas legendas para seguirem Jair Bolsonaro em seu novo partido. A revoada de parlamentares deverá elevar a bancada  do PL para 54 deputados, atrás apenas do União Brasil, que possui 56 parlamentares na Casa. 

"Você defende o nazismo?", pergunta Ciro a repórter que o questionou sobre caixa dois de João Santana

 O ex-ministro e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes defendeu a presença do marqueteiro, que foi preso e condenado pela Lava Jato sob a acusação de caixa 2, em sua campanha

João Santana e Ciro Gomes (Foto: Reprodução/TV Cultura | Reprodução/Instagram)

247 - O ex-ministro e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) perguntou se uma repórter defendia o nazismo após ser questionado por ela se a atuação do marqueteiro João Santana, que foi preso e condenado pela Lava Jato sob a acusação de lavagem de dinheiro e caixa 2, em sua campanha não enfraquecia o seu discurso de combate à corrupção. 

“[João Santana] Pagou caríssimo por esse erro grave que cometeu. E depois de pagar caro o que se presta a um cidadão, a resseção (sic) plena dos seus direitos à sociedade. O mais é nazismo, você defende isso? Você defende o nazismo, que é a condenação eterna? Eu acredito que você não defende isso não”, disse Ciro nesta segunda-feira (14), durante participação em um seminário sobre corrupção promovido pelo PDT, em São Paulo, de acordo com O Estado de S. Paulo.

Questionado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeitou um recurso do PDT que afrouxaria as regras de punição para políticos no âmbito  na Lei da Ficha Limpa, ele disse que não foi consultado pelo partido, mas afirmou que “a causa era boa”, uma vez que o tema teria sido proposto pelo PDT. 

Na ocasião, o pedetista também defendeu o fim de doações de pessoas físicas e o autofinanciamento de campanhas eleitorais.  “É preciso radicalizar o financiamento público de campanha, inclusive acabando com o financiamento próprio, para evitar candidato a presidente que botou 50 milhões do seu próprio patrimônio na campanha. Isso faz uma desigualdade. E financiamento privado, porque na hora que o tribunal determinou que o financiamento empresarial era ilegal, surgiram movimentos para disfarçar a contribuição empresarial e causar deformação”, disse. 

A afirmação faz referência ao ex-ministro Henrique Meirelles, que investiu R$ 54 milhões em sua própria campanha para a Presidência, no pleito de 2018.

Datena diz não a Ciro, Bolsonaro e Kassab e será candidato ao Senado na chapa de Rodrigo Garcia

 Apresentador fica no comando de seu programa até 30 de junho, prazo estabelecido pela lei eleitoral para que candidatos deixem suas funções de de apresentadores ou comentaristas

Datena e Rodrigo Garcia (Foto: Reprodução | GovSP)


247 - O apresentador José Luiz Datena anunciou nesta segunda-feira que será candidato ao Senado na chapa do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Compondo com Doria, Datena descartou os convites que recebeu de Bolsonaro, Kassab e, o último deles, de Ciro Gomes.

"Recebi vários convites, fiquei lisonjeado com todos eles. Sou um crítico do governo Bolsonaro, e o Tarcísio me convidou para ser senador. Sou crítico do governo Doria, e o Rodrigo me convidou também. Se as pessoas que eu critico me convidaram, é porque estou fazendo algo certo, estou do lado do povo", disse Datena ao Painel da Folha de S.Paulo.

Ele deverá concorrer pelo União Brasil, sucessor do antigo PSL, ao qual era filiado. Datena deve permanecer no comando de seu programa na Bandeirantes até o prazo exigido pela lei, 30 de junho, para que apresentadores e comentaristas deixem suas funções, mas diz que deixará de comentar temas nacionais “em respeito aos demais candidatos ao Senado, que não têm essa tribuna”.

Nassif lembra o óbvio: Petrobrás abusa de seu poder econômico

Empresa vende por US$ 120 o que produz por US$ 30, mas sua política de preços é tida como intocável por setores que apoiaram o golpe de 2016

Jornalista Luis Nassif (Foto: Reprodução)


247 – O jornalista Luís Nassif, editor do site GGN, reagiu à gritaria da mídia corporativa, que tem feito de tudo para manter a política de preços da Petrobrás, implantada por Pedro Parente e Michel Temer logo após o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Nassif deixou claro que a Petrobrás, que é praticamente monopolista, abusa de seu poder econômico, transferindo recursos de toda a sociedade brasileira, que padece com a fome, a inflação e o desemprego, para um pequeno grupo de acionistas privados da companhia.


A despeito do óbvio, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União atua para manter esta política criminosa e genocida, assim como jornais como a Folha de S. Paulo, que propõe que os brasileiros utilizem menos combustíveis e gás de cozinha

Folha propõe que brasileiros passem a economizar gás de cozinha

 Dias atrás, o jornal, que apoiou o golpe de estado de 2016, deu dicas sobre como economizar combustíveis

(Foto: Reprodução)

247 – Poucos dias depois de sugerir que os brasileiros economizem combustíveis, tomando medidas como não ligar o ar condicionado dos carros, o jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de estado de 2016, que teve como eixo a mudança de rumos na Petrobrás, passou a recomendar que os brasileiros também economizem gás de cozinha. "Por ser um item essencial para a alimentação da maioria das famílias brasileiras, o gás não pode deixar de ser consumido. Mas algumas dicas ajudam a aproveitar melhor o botijão e, assim, aliviar os gastos que estão cada dia mais pesado", aponta a reportagem sobre o gás de cozinha.

"As recomendações para economizar podem ser resumidas em três: fazer a manutenção do fogão, usar equipamentos mais eficientes e adotar técnicas que aproveitam melhor o calor da chama. No entanto, elas se desdobram em ao menos 11 dicas, conforme orientação de especialistas", prossegue o texto. O que é proibido, para a Folha e todas as forças que apoiaram o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, é defender qualquer mudança na política de preços da Petrobrás, que empobrece o Brasil e os brasileiros, promovendo fome, desemprego, inflação e recessão.

MP junto ao TCU tenta proibir mudanças na política de preços da Petrobrás que empobrece o Brasil e os brasileiros

 Representação do subprocurador Lucas Furtado tenta manter a política implantada após o golpe de estado de 2016

(Foto: Reprodução)


247 – A atual política de preços da Petrobrás, implantada após o golpe de estado de 2016, que teve como objetivo central transferir a renda do petróleo nacional da sociedade brasileira para os acionistas privados da estatal, ganhou um reforço de onde menos se esperava: do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União. "O subprocurador-geral do Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu que o TCU apure uma possível interferência indevida do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras", aponta reportagem do G1.

"A representação pede que o Tribunal garanta a 'independência da empresa em face de potenciais atos irregulares' que estariam sendo cometidos pelo governo", prossegue a reportagem. "A União, na qualidade de acionista controlador da Petrobras, por intermédio do presidente da República e da equipe do Ministério da Economia, pretende interferir em decisão corporativa da empresa estatal, no intuito de alterar indevidamente sua política de preços dos produtos atinentes à sua atividade fim (derivados de petróleo), o que, a meu ver, fere a Lei das Estatais (Lei 13.303/2016) e a Lei 6.404/1976, ensejando a pronta atuação do Tribunal de Contas da União, por ser matéria afeta à sua jurisdição", diz Furtado.

Pouco depois da posse de Michel Temer, após o golpe de estado de 2016, a Petrobrás, que é praticamente monopolista, passou a dolarizar seus preços, causando recessão, desemprego, fome e inflação no Brasil. A despeito disso, a sua política de preços passou a ser defendida pelo subprocurador.