segunda-feira, 14 de março de 2022

Número de refugiados de conflito na Ucrânia sobe para 2,8 milhões, diz ONU

 Polônia, Eslováquia, Romênia, Hungria e Moldávia acolheram a grande maioria dos refugiados

(Foto: Sergey Pivovarov/Reuters)

Reuters - Pessoas que fugiam do que era a relativa segurança do oeste da Ucrânia se juntaram a milhares que cruzavam para o leste europeu nesta segunda-feira (14), depois que a Rússia atacou uma base ucraniana perto da fronteira com a Polônia, membro da Otan.

A Ucrânia disse que 35 pessoas foram mortas na base no domingo. Moscou disse que até 180 "mercenários estrangeiros" morreram e um grande número de armas estrangeiras foram destruídas.

A Ucrânia também relatou novos ataques aéreos em um aeroporto no oeste do país. 

O número de refugiados fugindo da Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro subiu para mais de 2,8 milhões, mostraram dados da ONU nesta segunda-feira, no que se tornou a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Autoridades da União Europeia disseram que 5 milhões podem acabar fugindo, enquanto outros aumentaram o número.

Milhões de pessoas também foram deslocadas dentro da Ucrânia, com muitas evacuadas apenas para as regiões mais tranquilas do oeste, inclusive para cidades como Lviv. 

Myroslava, 52, fugiu de sua casa na região de Ternopil, no oeste da Ucrânia, e estava esperando em um terminal da estação de Cracóvia, na Polônia, para ser apanhada por conhecidos. Ela não sabia onde ficaria.

"Saímos por causa do ataque de ontem", disse ela, acrescentando que esperava que o oeste da Ucrânia estivesse seguro. "Nós não estávamos planejando sair, mas como estava tão perto, decidimos."

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki disse em entrevista coletiva com seus colegas da Ucrânia e da Lituânia que o ataque perto de sua fronteira mostrou que a Rússia queria "criar pânico entre a população civil". 

IMPULSO DIPLOMÁTICO

As batalhas continuaram em muitas das principais cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev. A Ucrânia disse que tentaria evacuar civis por 10 corredores humanitários na segunda-feira. 

A Rússia nega atacar civis, descrevendo suas ações como uma "operação especial" para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia. A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamam isso de pretexto infundado para a invasão russa do país democrático de 44 milhões de habitantes.

"Casas foram explodidas", disse Alena Kasinyska, refugiada da cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, depois de cruzar para a Romênia em Isaccea, uma movimentada passagem de fronteira no delta do Danúbio. "As pessoas não têm onde morar, estamos com medo."

A Ucrânia disse que iniciou negociações "duras" sobre um cessar-fogo, retirada imediata de tropas e garantias de segurança com a Rússia nesta segunda-feira.

Ambos os lados relataram raros progressos no fim de semana, depois que as rodadas anteriores se concentraram principalmente em cessar-fogo para levar ajuda a cidades sitiadas por forças russas e evacuar civis. Essas tréguas falharam frequentemente.

Autoridades e voluntários em toda a Europa Central e Oriental estão lutando para fornecer comida, acomodação e assistência médica aos milhões de refugiados que cruzam suas fronteiras.

Estados da linha de frente, como a Polônia, que recebeu bem mais da metade do número total de refugiados, e Eslováquia, Romênia, Hungria e Moldávia, acolheram a grande maioria dos refugiados, alguns dos quais seguiram para o oeste.

A guarda de fronteira da Polônia disse que cerca de 1,76 milhão de pessoas entraram no país desde o início dos combates, com 18.400 chegando durante as primeiras horas da segunda-feira.

"Estimamos que com certeza mais de 1 milhão de ucranianos permaneceram na Polônia e devemos fazer tudo para garantir sua segurança", disse o vice-ministro polonês de Assuntos Internos, Pawel Szefernaker, ao canal de televisão privado TVN24.

A simpatia pela situação de seus vizinhos e as memórias profundas do domínio de Moscou viram uma onda de esforços voluntários, mas a escala da crise de refugiados aumentou o medo de ser sobrecarregado.

Alguns países mais distantes das fronteiras da Ucrânia, como a República Tcheca, também receberam dezenas de milhares de refugiados, pressionando as autoridades locais, enquanto outros, como a Lituânia, apenas começaram a receber números significativos.

MBL rompe com Moro depois das críticas do ex-juiz a Mamãe Falei

 Membros do MBL abandonaram campanha virtual de Moro e assessores do ex-juiz admitem a aliança está enterrada

Sergio Moro e integrantes do MBL (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - As críticas do ex-juiz suspeito Sergio Moro ao deputado Arhur do Val (Mamãe Falei) depois de seus áudios sobre refugiadas ucranianas saírem a público, o Movimento Brasil Livre (MBL) rompeu com o pré-candidato e deixou a campanha. Por enquanto, tanto o ex-juiz quanto o MBL, que tem em Mamãe Falei um de seus principais líderes, dizer que o assunto “é página virada e que seguirão juntos nas eleição de 2022”. Nos bastidores, porém, os líderes do movimento de extrema direita atuam contra a candidatura de Moro. A informação é da colunista Bela Megale.

Membros do MBL atuavam especialmente na estratégia da Moro nas redes sociais, mas, desde que as gravações do  “Mamãe Falei” vieram à tona, eles abandonaram a campanha.

Na campanha de Moro, também há a certeza de que a parceria com o MBL “foi pro vinagre” e que o movimento “está fora do jogo”. Essas palavras foram usadas por membros do núcleo duro do entorno ex-juiz a Bela Megale. “Moro, porém, resiste em comprar mais essa briga publicamente e seguirá evitando tratar do tema o quanto puder, apesar de sabe que o MBL não está mais entre seus aliados”, escreveu a jornalista.     

Em nova rodada de negociações, Ucrânia pedirá cessar-fogo e retirada de tropas russas

 Os últimos os ataques se estenderam ao oeste da Ucrânia e um foguete atingiu um imóvel em Kiev nesta segunda,

Guerra na Ucrânia (Foto: REUTERS/Maksim Levin)

RFI Os negociadores russos e ucranianos iniciaram novas negociações nesta segunda-feira (14) sobre o conflito que já dura 19 dias. Os últimos os ataques se estenderam ao oeste da Ucrânia e um foguete atingiu um imóvel em Kiev nesta segunda, deixando pelo menos dois morto e três feridos.

Os negociadores russos e ucranianos iniciaram novas negociações nesta segunda-feira (14) sobre o conflito que já dura 19 dias. Os últimos os ataques se estenderam ao oeste da Ucrânia e um foguete atingiu um imóvel em Kiev nesta segunda, deixando pelo menos dois morto e três feridos.

A Ucrânia tentará negociar um cessar fogo e a retirada das tropas russas nesta segunda-feira, em meio ao agravamento do conflito. "Nossa posição não mudou: queremos paz, um cessar-fogo imediato e a retirada de todas as tropas russas. Só depois disso poderemos conversar sobre questões políticas", disse Mykhaïlo Podoliak, negociador e conselheiro do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em um vídeo publicado no Twitter.

O tom da delegação russa é otimista. "Se compararmos a posição das duas delegações entre o início das negociações e agora, notamos um progresso significativo", disse Leonid Slutski, membro da delegação do país que se reuniu recentemente com negociadores ucranianos em Belarus. "Minha expectativa pessoal é que esse progresso leve muito em breve a uma posição comum entre as duas delegações e à assinatura de documentos", disse ele, segundo agências de notícias russas.

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia por videoconferência foram confirmadas pelo Kremlin neste domingo (13), de acordo autoridades ucranianas. A informação foi confirmada por Mykhailo Podoliak, negociador e assessor do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. Em uma mensagem no Twitter, ele explicou que, nesta segunda, será feito "um balanço dos avanços feitos nas reuniões precedentes".

As três rodadas anteriores de negociações entre Rússia e Ucrânia em Belarus se concentraram principalmente em questões humanitárias, como a abertura de corredores para a retirada de civis. Na quinta-feira (10), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu colega ucraniano, Dmytro Kuleba, concluíram mais uma rodada de discussões na Turquia, sem grandes avanços. Ambos prometeram manter o diálogo.

Neste domingo, Podoliak havia publicado no Twitter que Moscou parou de dar "ultimatos" a Kiev e começou a "ouvir atentamente nossas propostas". Zelensky disse no sábado que Moscou adotou uma abordagem "diferente" para as negociações. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na sexta-feira que tinha visto um "progresso positivo" nos diálogos. 

Rússia expande alvos

A Rússia expandiu seus alvos militares na Ucrânia neste domingo (13) com ataques a uma base militar perto da fronteira polonesa. Mais de 2.000 civis já foram mortos em Mariupol, uma das cidades sitiadas pelo exército russo. As forças de Moscou atacaram a base militar de Yavoriv, a cerca de 40 quilômetros de Lviv, destino de milhares de deslocados internos, e a cerca de 20 quilômetros da fronteira com a Polônia, membro da Otan.

Os bombardeios, realizados a partir dos mares Negro e de Azov, deixaram 35 mortos e 134 feridos, segundo o governador da região, Maxim Kozitsky. "Como resultado do ataque, até 180 mercenários estrangeiros e um grande número de armas estrangeiras foram eliminados", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Nesse contexto, o presidente ucraniano voltou a pedir à Otan uma zona de exclusão aérea sobre seu país. "Se não fecharem nossos céus, é só questão de tempo para que os foguetes russos caiam sobre o seu território, sobre o território da Otan", disse Zelensky, em discurso em vídeo.

"Pior cenário" em Mariupol

Em Mariupol, cidade portuária sitiada há 13 dias, moradores cercados e sob bombardeios ainda aguardavam a chegada da ajuda humanitária. Os invasores "atacam edifícios residenciais, áreas densamente povoadas, destroem hospitais infantis e a infraestrutura urbana. Até hoje, 2.187 habitantes de Mariupol morreram em ataques russos", disse o prefeito da cidade no Telegram neste domingo.

"Em 24 horas, vimos 22 bombardeios em uma cidade pacífica. Cerca de 100 bombas já foram lançadas em Mariupol", completou. Enquanto isso, um comboio com ajuda humanitária estava "a duas horas de Mariupol, a 80 km", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no domingo.

Vindo de Zaporizhzhia, o comboio foi bloqueado em um posto de controle russo por mais de cinco horas no sábado. A chegada de ajuda é fundamental: "o sofrimento humano é imenso" na cidade, denunciou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha,.

Em comunicado, a ONG lembrou que a população é obrigada a se refugiar em abrigos antiaéreos sem aquecimento e arriscar a vida para encontrar comida e água. Mariupol "tornou-se uma cidade mártir na dolorosa guerra que está devastando a Ucrânia", lamentou o Papa Francisco, que pediu o fim do "massacre".

Nesta cidade, foi registrado em 9 de março o bombardeio de um hospital pediátrico, no qual três pessoas morreram. Este tipo de ataques contra pessoal e infraestruturas sanitárias deve cessar imediatamente por ser de uma "crueldade inadmissível", exigiu a ONU neste domingo.

Jornalista morto

Em Irpin, subúrbio do noroeste de Kiev, onde as forças ucranianas lutam contra os militares russos, o jornalista norte-americano Brent Renaud, de 50 anos, foi morto, e outro repórter e um civil ucraniano ficaram feridos.

Kiev, onde apenas as estradas ao sul permanecem livres, é "uma cidade sitiada", escreveu no Twitter Mykhailo Podoliak, um dos assessores do presidente ucraniano. Os subúrbios do noroeste da capital (Irpin e Bucha) têm sido intensamente bombardeados nos últimos dias.

Bucha já está nas mãos de soldados russos. No sul, Odessa continua se preparando para uma ofensiva das tropas russas, que atualmente estão concentradas em Mykolaiv, cerca de 100 km a leste.

Mais de 2,7 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da guerra, aos quais se somaram cerca de dois milhões de deslocados internos, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Nas últimas 24 horas, quase 100 mil pessoas fugiram dos combates, informou a ONU neste domingo. Em um vídeo postado em suas redes sociais, Zelensky assegurou que foram evacuadas "125 mil pessoas para regiões seguras através de corredores humanitários".

Instagram é bloqueado na Rússia

Segundo o Unicef, desde o começo da guerra foram registrados 31 ataques contra serviços de assistência santária, que deixaram "ao menos 12 mortos e 34 feridos". A organização alertou para o risco de "colapso" do sistema sanitário. Neste domingo, uma autoridade policial ucraniana da região de Lugansk, no leste, acusou Moscou de bombardear sua cidade com bombas de fósforo. A informação não pôde ser verificada.

Na Rússia, onde as manifestações estão proibidas, mais de 800 pessoas foram detidas por protestar contra a ofensiva, segundo a ONG OVD-Info. A Rússia também decidiu bloquear o Instagram desde a manhã desta segunda. O país acusa a rede de incitar a violência contra sua população, que agora está na lista de sites com acesso restrito publicada pela agência reguladora Roskomnador. Facebook, Twitter e outras mídias que criticam o governo russo já haviam sido bloqueadas.

Valor, da Globo, lamenta que disparada do preço da gasolina tenha travado privatização de refinarias

 "Debate sobre preços e subsídios piora cenário para privatizações", aponta o jornal

Família Marinho e Petrobrás (Foto: Divulgação)

247 – O jornal Valor Econômico, do grupo Globo, lamenta, em sua manchete desta segunda-feira, que a disparada dos preços dos combustíveis e derivados de petróleo possa travar as privatizações das refinarias da Petrobrás – um dos principais pontos da agenda de saque às riquezas do Brasil imposta após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

"O aumento da pressão política sobre os preços da Petrobras e a ameaça de um novo programa de subsídios para os combustíveis elevaram a percepção de risco dos investidores e podem colocar uma pá de cal na abertura do refino no país. Na avaliação de especialistas, achar compradores para as unidades colocadas à venda pela estatal já tinha se tornado uma missão pouco provável para 2022, mas o ambiente de negócios se deteriorou ainda mais na última semana", aponta a reportagem.

"A inflação dos combustíveis entrou mais uma vez nos holofotes de Brasília e a criação de um programa de subsídios e até mesmo o congelamento temporário dos preços da Petrobras foram algumas das propostas colocadas sobre a mesa, na série de reuniões ministeriais com a petroleira", prossegue o texto.

Donos de postos reagem a Bolsonaro que ameaça notificá-los para reduzir preço e avisam: gasolina não é tabelada

 Líderes do setor dizem que ameaça de Bolsonaro é “populista” e ilegal

Bolsonaro e frentista abastecendo veículo (Foto: Reuters)


247 - Sindicatos de proprietários de postos de gasolina reagiram à ameaça de Jair Bolsonaro de notificá-los para reduzir preços na bomba advertindo o Planalto que os preços dos dos combustíveis não são tabelados no país. Paulo Roberto Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis DF), disse que: “o produto não é tabelado. Perante a lei, não há nada que impeça a livre fixação de preços”. Para Rafael Macedo, presidente do Minaspetro, posição de Bolsonaro é “populisa”, segundo O Globo.

Essa seria a redução proporcionada pela sanção do projeto que zera a cobrança de PIS/Cofins do diesel até o fim do ano e muda a cobrança do ICMS, medida que enfrenta resistência dos governadores. São medidas demagógicas e desesperadas do governo federal, pois o preço dos combustíveis já foi menos da metade do que é hoje sem que a estrutura tributária da composição de preços final fosse diferente da atual. 

Para Rafael Macedo, presidente do Minaspetro, associação do mercado varejista de combustíveis de Minas Gerais, as afirmações do presidente são “populistas” e ressalta que a redução de R$ 0,60 ainda não chegou ao revendedor.

Segundo Macedo, “Ainda existe uma pendência de solução nesse sentido. Acho que a redução do imposto federal vai com certeza chegar em algum momento, mas o empresário tem que fazer o cálculo dele pra entender quando chegou pra ele, quando o custo do estoque médio e aí repassar”.

Na visão do líder sindical patronal, com as declarações de Bolsonaro, parece que o Ministério de Minas e Energia tem poder de polícia, o que não é o caso: “Os postos estão sendo pressionados, não só por ministério, pressionados por Procon, polícia, pelo consumidor, entes públicos e ele ainda quer colocar mais uma pressão no elo da cadeia mais fraco. É despropositado”.

Governo Bolsonaro vai aumentar produção de petróleo para reduzir preço da gasolina nos Estados Unidos

 Enquanto isso, não há nenhuma decisão tomada para favorecer os consumidores brasileiros

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)

247 – O governo dos Estados Unidos pediu e Jair Bolsonaro atendeu. Para ampliar a oferta de petróleo no mercado global e tentar reduzir os preços do barril após as sanções impostas contra a Rússia, o governo brasileiro vai ampliar a produção do pré-sal. No entanto, até agora, nenhuma medida foi tomada para romper com a política de preços da Petrobrás imposta após o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que está empobrecendo o Brasil e os brasileiros.
"A disparada do preço do petróleo, provocada pelas incertezas no mercado internacional com a guerra na Ucrânia, levou os Estados Unidos a fazer um apelo ao Brasil para ampliar a sua produção. A secretária de energia do governo americano, Jennifer Granholm, fez o pedido ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante conversa por videoconferência na quinta-feira", informa reportagem de Rafael Bitencourt, no Valor Econômico.

“Os países que têm estoque, como Estados Unidos, Japão, Índia e outros, estão liberando. Mas também tem que ter o esforço de aumento da produção. Ela [Jennifer Granholm] me perguntou se o Brasil poderia fazer parte desse esforço, e eu falei ‘claro que pode’. Já estamos aumentando a produção, enquanto a maioria dos países da OCDE, reduziu. Nós aumentamos nossa produção nos últimos três anos”, afirmou o ministro.

"O ministro explicou que os estoques de diesel nos Estados Unidos estão 20% abaixo da capacidade. Segundo ele, até os países do Oriente Médio foram afetados, perderam 40% dos estoques desse combustível", aponta ainda a reportagem. "Sobre a alta dos preços sentido pelos brasileiros na hora de abastecer, Albuquerque disse que essa não é uma preocupação só do Brasil, mas do mundo como um todo. Ele disse que o desequilíbrio entre oferta e demanda vem de antes da guerra na Ucrânia."

Confira, abaixo, a reação do historiador Fernando Horta sobre esta decisão:


Número de mortes por Covid-19 em SP é 26 vezes maior entre os não vacinados

 Estudo do Governo do Estado aponta que o número de mortes entre os 716,8 mil paulistas que não foram vacinados chegou a 2.377, correspondente a 332 por 100 mil habitantes

(Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O número de mortes em decorrência da Covid-19 entre as pessoas não vacinadas no estado de São Paulo foi 26 vezes maior do que entre as que foram completamente imunizadas. De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o dado consta de estudo inédito do governo paulista feito entre 5 de dezembro de 2021 e 26 de fevereiro de 2022, período em que a variante ômicron avançou no país. 

O cruzamento de dados analisou 7.942 óbitos inseridos pelos 645 municípios no sistema Sivep-Gripe e constatou que “o número de mortes no período entre os 716,8 mil paulistas que não foram vacinados chegou a 2.377. Ou seja, 332 por 100 mil habitantes”. 

Segundo a reportagem, entre os 38,3 milhões que completaram o ciclo vacinal e tomaram as duas doses – número equivalente 88,5% da população elegível para a vacinação–, foram registrados 4.903 óbitos. Ou seja, 13 mortos por 100 mil habitantes.

Entre os 2,9 milhões que receberam apenas uma dose foram registradas foram 662 mortos , 22 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. “É mais uma evidência da importância da vacinação", disse o secretário-executivo da Secretaria de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano. "É também um alerta aos que ainda não tomaram a segunda dose da vacina: sempre é tempo de completar o seu esquema vacinal", completou.

domingo, 13 de março de 2022

Roberto Requião vai para o PT e lança pré-candidatura ao governo do Paraná

 

(Foto: Reprodução Twitter)


O ex-governador Roberto Requião usou as redes sociais nesta manhã de domingo, 13 de março, para confirmar a sua ida para o Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná. No vídeo postado no microblog TwitterRequião lançou ainda a sua pré-candidatura ao governo do Paraná para as eleições deste ano. 

Roberto Requião de Mello e Silva, nasceu em Curitiba, em 5 de março de 1941. Ele um advogado, jornalista, urbanista e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi deputado estadual, prefeito de Curitiba, secretário estadual, governador do Paraná e senador da República.

Requião foi governador do Paraná por três vezes de 1991 a 1994, de 2003 a 2006 e 2007 a 2010, todas pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Durante sua vida política foi membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição à ditadura militar. Parlamentar historicamente ligado à ala esquerda deste partido, têm adotado uma postura crítica quanto ao neoliberalismo e ao Consenso de Washington, muitas vezes configurando uma postura dissidente no âmbito partidário. Foi presidente estadual do PMDB.

Fonte: Bem Paraná 


Athletico perde para o Londrina e precisa reverter na Arena para chegar à semifinal

 

Eltinho comemora gol sobre o Athletico (Foto: Divulgação/Ricardo Chicarelli/Londrina EC)


O Athletico perdeu por 1 a 0 para o Londrina, nesse domingo (13) pela manhã, no Estádio do Café, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Paranaense. A partida de volta está marcada para o dia 20 (domingo), na Arena da Baixada. O mando de campo do segundo jogo pertence à equipe com melhor campanha. O gol como visitante não é critério de desempate. Em caso de igualdade na soma dos dois placares, a decisão será nos pênaltis. Quem passar desse confronto vai enfrentar Coritiba ou Cianorte na semifinal.

Em relação ao desempenho, o time de aspirantes fez sua pior partida em 2022, com falhas individuais na defesa, erros de passes frequentes e ataque pouco produtivo. O Londrina teve boa performance no primeiro tempo e só não ampliou o placar porque esbarrou no travessão em um lance e no goleiro Anderson em outros três. O segundo tempo teve pouco futebol dos dois lados – o Athletico chegou a acertar a trave com Jader, num dos raros ataques de qualidade.

 Athletico vai usar jogadores do time principal – nem todos estão inscritos no Paranaense – na partida de volta, na Arena. E a equipe será comandada por Alberto Valentim.

RETROSPECTO
Furacão e Tubarão já se enfrentaram dez vezes em disputas eliminatórias pelo Campeonato Paranaense. O time da capital levou a melhor em sete, incluindo os quatro últimos confrontos. No entanto, o Athletico tem fraco retrospecto no Interior – clique aqui para saber mais.

ESCALAÇÃO DO ATHLETICO
Nessa partida, o Athletico usou novamente o time de aspirantes, comandado pelo técnico Wesley Carvalho. Ele ganhou dois 'reforços' da equipe principal: o zagueiro Zé Ivaldo e o volante Christian. No jogo anterior, em Cascavel, o time de aspirantes usou o 3-4-3 para atacar e o 5-4-1 para defender. Dessa vez, a equipe começou no 4-4-2, com os quatro do meio campo na mesma linha: Juninho (centro), Pablo Siles (centro), Christian (direita) e Jader (esquerda). Desde a chegada de Alberto Valentim ao clube, Christian vem sendo usado como meia-ponta. Durante o jogo, Jader, Julimar e Christian se revezaram e trocaram bastante de posição.

ESCALAÇÃO DO LONDRINA
O Londrina usou o mesmo 4-4-2, com Douglas Coutinho (28 anos, ex-Athletico) e Thiago Ribeiro (36 anos, ex-Santos) no ataque. A linha de quatro tinha João Paulo (37 anos, ex-Athletico, Coritiba e Paraná) e Jhonny Lucas (22 anos, ex-Paraná) centralizados. Nessa linha, pelos lados do campo, o técnico Adilson Batista (ex-Athletico e Paraná) usou na direita Caprini e na esquerda Eltinho (lateral de 34 anos, ex-Paraná e Coritiba).

PRIMEIRO TEMPO
O jogo começou com o Athletico melhor, sufocando o adversário e com facilidade para atacar. No entanto, esse domínio durou apenas oito minutos. Aos 9, Caprini fez bela jogada individual e rolou para Eltinho, livre na área, chutar no canto: Londrina 1 a 0. A partir daí, a equipe do Interior mandou no jogo e exigiu três boas defesas do goleiro Anderson. Para completar, aos 27, Douglas Coutinho mandou a bola no travessão. Aos 22, o goleiro Matheus Nogueira saiu lesionado. O Athletico só voltou a incomodar aos 44, em cruzamento de Vitor Bolt e finalização ruim de Pedrinho, livre na área.

SEGUNDO TEMPO
No intervalo, o volante Pierre entrou no lugar de Juninho. O Londrina se fechou na marcação e não deu espaços, mas não contra-atacou. O Athletico ficou sem espaços e quase não conseguiu atacar. O jogo ficou sem lances ofensivos até os 27, quando Julimar fez boa jogada e Jader chutou na trave. Aos 28, mais duas substituições no Furacão, com as entradas dos meias ofensivos Davi Araújo e João Pedro. Aos 39, Daniel Cruz entrou na partida. Aos 46, Pierre matou contra-ataque, levou o 2º amarelo no jogo e acabou expulso. Aos 48, o Londrina colocou mais uma bola na trave, com Salatiel.

LONDRINA 1x0 ATHLETICO
Londrina: Matheus Nogueira (Albino); Samuel Santos, Augusto, Saimon e Felipe Vieira; João Paulo, Jhonny Lucas; Caprini e Eltinho (Danilo); Douglas Coutinho (Salatiel) e Thiago Ribeiro (Vitor Daniel). Técnico: Adilson Batista
Athletico: Anderson; Dani Bolt, Zé Ivaldo, Matheus Felipe e Pedrinho; Juninho (Pierre), Pablo Siles, Christian (João Pedro) e Jader; Julimar (Davi Araújo) e Rômulo (Daniel Cruz). Técnico: Wesley Carvalho
Gol: Eltinho (9-1º)
Expulsão: Pierre (47-2º)
Cartões amarelos: Pablo Siles, Zé Ivaldo, Matheus Felipe, Christian, Pierre (A). Jhonny Lucas (L)
Árbitro: Leonardo Ferreira Lima
Público: 1.745
Local: Estádio do Café, em Londrina

Fonte: Bem Paraná 

Saúde confirma mais 1.504 casos e cinco óbitos por Covid-19 no Paraná


(Foto: Arquivo Franklin de Freitas)


Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou neste domingo (13) mais 1.504 casos e cinco mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os números não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.370.673 casos e 42.428 óbitos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de julho (1) de 2020; fevereiro (1), junho (2), julho (2), agosto (1), setembro (1), outubro (4) e novembro (1) de 2021; janeiro (443), fevereiro (342) e março (706) de 2022.

Os óbitos são de junho (1) de 2021 e março (4) de 2022.

INTERNADOS – 77 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados, todos em leitos SUS (40 em UTI e 37 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 606 pacientes internados, 259 em leitos UTI e 347 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais cinco pacientes, todos homens, com idades que variam de 42 a 83 anos. Um óbito ocorreu dia 13 de junho de 2021 e os demais em 11 e 12 de março de 2022.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Cascavel (3), Pinhais (1) e Foz do Iguaçu (1).

Fonte: AEN

Apucarana registra seis casos de Covid-19 neste domingo

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou seis casos de Covid-19 neste domingo (13) em Apucarana. O município segue com 545 mortes e soma agora 33.466 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de quatro mulheres e dois homens. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 22 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 94.726 pessoas, sendo 64.551 em testes rápidos, 26.538 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São dois pacientes do município internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Bolsonaro quer que general Luna e Silva peça demissão da presidência da Petrobrás

 General decidiu manter a política de preços implantada depois do golpe de estado de 2016, que tem empobrecido o Brasil e os brasileiros


Joaquim Silva e Luna e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)


247 – Jair Bolsonaro espera que o atual presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, peça demissão do cargo. O motivo é o tarifaço recente dos combustíveis, que pode minar de vez suas chances de reeleição, segundo informa a jornalista Thaís Arbex, da CNN. "A pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a Petrobras, com tom elevado de críticas ao reajuste anunciado pela empresa na quinta-feira (10), é tida dentro do governo como uma estratégia para que o general Joaquim Silva e Luna peça para deixar o comando da companhia. À CNN auxiliares de Bolsonaro disseram, em caráter reservado, que o mandatário do Palácio do Planalto tem feito questão de demonstrar sua insatisfação com a atual gestão da estatal e que, diante do clima beligerante, o melhor seria o próprio Silva e Luna tomar a iniciativa de deixar a presidência da estatal", escreve a jornalista.

Bolsonaro indicou o general para o cargo em fevereiro de 2021, que decidiu manter a política de preços implantada na estatal logo após o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Tal política de preços dolarizou os preços dos combustíveis no Brasil e foi implantada por Pedro Parente, indicado por Fernando Henrique Cardoso, para ocupar a presidência da Petrobrás no governo golpista de Michel Temer. Desde então, motoristas, caminhoneiros e donas de casa têm transferido sua renda para os acionistas privados da Petrobrás, que receberão, apenas neste ano, R$ 101 bilhões em dividendos. Transferir a renda do petróleo da sociedade brasileira para acionistas internacionais da Petrobrás foi um dos principais motivos do golpe de estado de 2016.

Gleisi dispara contra Bolsonaro: "se os combustíveis estão caros, é sua responsabilidade. Frouxo"

 Presidente nacional do PT criticou as declarações de Bolsonaro de que 'não pode fazer nada' para conter a alta dos combustíveis


(Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) disparou contra Jair Bolsonaro (PL), chamando-o de "frouxo" por tentar se eximir da culpa pela alta dos combustíveis.

Bolsonaro, que repete a cada dia que 'não pode fazer nada' para conter o aumento dos preços e que não pode "interferir" na Petrobrás, é quem nomeia o conselho da empresa, responsável pode decidir o preços dos combustíveis, destacou Gleisi

Além disso, ele não menciona a política de preços da Petrobrás implantada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) após o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que atrela os preços nacionais ao dólar. "Esse Bolsonaro é um espertalhão. Critica a Petrobrás como se não tivesse nada a ver com a empresa, estatal de economia mista, cujo governo é majoritário. A política de preços depende do conselho da Petrobrás que ele nomeou. Se os combustíveis estão caros, é sua responsabilidade. Frouxo".

Alexandre de Moraes diz que Roberto Jefferson tenta burlar prisão domiciliar

 Ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou que presidente de honra do PTB vá novamente ao dentista

Roberto Jefferson e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Instagram | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Por Eduardo Barretto, Metrópoles - O ministro do STF Alexandre de Moraes escreveu que o ex-deputado Roberto Jefferson tenta burlar a prisão domiciliar por repetir pedidos para ir ao dentista. A afirmação consta de uma decisão nesta sexta-feira (11/3) em que Moraes negou que Jefferson saia de casa para fazer um tratamento dentário.

O presidente de honra do PTB conseguiu autorização de Moraes para ir ao dentista pelo menos três vezes: em 25 de fevereiro, 4 de março e 11 de março. Nessas ocasiões, o ministro cobrou que o governo do Rio de Janeiro enviasse o trajeto feito pelo ex-deputado, que usa tornozeleira eletrônica desde janeiro.

Na quinta-feira (10/3), a defesa de Jefferson solicitou uma quarta consulta para terminar uma obturação dentária. Moraes negou, acrescentando que já havia alertado o ex-deputado para que encerrasse o tratamento.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Gleisi: "Bolsonaro representa a destruição do Brasil, temos o dever e a obrigação de tirá-lo"

 Para a deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ‘se esse homem continuar, podemos chegar a um ponto de não retorno’ no país. Assista na TV 247

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)


247 - A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou à TV 247 que teme por um “ponto de não retorno” ao qual o Brasil pode chegar em caso de permanência de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República.

Ele, para a parlamentar, representa a “destruição” do país e sua saída é urgente. “Ele é um oportunista, sem vergonha, mau caráter, é um presidente que não tem nenhum apreço por seu povo, por seu país. Bolsonaro é uma fraude. Nós, que temos um pouco de consciência política, temos a obrigação, o dever de fazer o combate a esse homem. Será uma tristeza se o país não conseguir tirá-lo, porque ele é a destruição do país, não só do ponto de vista da democracia, porque é de extrema direita, fascista, está junto dos nazistas, sexista, mas é um destruidor do país, ele, o Paulo Guedes e essa turma toda”.

“Se esse homem continuar, vamos ter um ponto de não retorno no que fazer no país, vai ser muito difícil recuperar o Brasil e os instrumentos de desenvolvimento”, completou.

Sobe para 35 número de mortos em base ucraniana atingida por mísseis russos

 Ataque na manhã deste domingo (13) também deixou 135 feridos, disseram autoridades ucranianas

(Foto: Reuters)


247, com agências– O ataque das forças russas a uma instalação militar na região de Lviv, no oeste da Ucrânia, esta manhã, deixou ao menos 35 mortos e 134 feridos. Inicialmente, as autoridades locais informaram que nove pessoas teriam morrido após mísseis atingirem o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança na cidade de Yavoriv, a cerca de 10 km da fronteira polonesa e a 60 km do centro da cidade de Lviv.

A base militar cobre uma área de cerca de 390 quilômetros quadrados (151 milhas quadradas) e pode acomodar até 1.790 pessoas, embora não se saiba quantas pessoas estavam no local. O aconteceu um dia após o governo russo ameaçar atacar carregamentos de armas do Ocidente para a Ucrânia. O local também é considerado um ponto de envio das armas ocidentais enviadas pelos países da Otan para a Ucrânia. 

MP do Rio reexamina celulares e marca novos depoimentos sobre morte de Marielle Franco

 “Temos revisitado todo o material produzido ao longo da investigação”, disse o promotor Bruno Gangoni

(Foto: Divulgação)


247 - O  Ministério Público do Rio (MP-RJ) voltou a tomar depoimentos e a reexaminar celulares, mediante o uso de tecnologias mais modernas, que foram apreendidos durante as investigações para elucidar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 

O objetivo, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo,  “é chegar ao mandante ou mandantes do duplo homicídio, ainda investigado como crime político”. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz estão presos há três anos, acusados de serem os executores do crime. 

“Temos revisitado todo o material produzido ao longo da investigação”, afirmou Gangoni. “As provas dessa investigação são muito digitais; os softwares hoje têm capacidade tecnológica muito maior do que na época em que os aparelhos foram apreendidos. Todos estão sendo reavaliados na tentativa de conseguirmos encontrar novas mensagens”, disse o coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ), Bruno Gangoni. 

Ainda segundo a reportagem, o MP também está analisando novas informações enviadas pelo Google e aguarda resposta aos pedidos feitos ao Facebook. O objetivo, neste caso, é descobrir quem acessou a página de Marielle para consultar sua agenda, que detalhava a palestra que ela realizaria na Casa das Pretas, localizada próxima ao local onde aconteceu o duplo homicídio. 

Bolsonaro e Tarcísio estimulam nova greve de caminhoneiros, diz colunista da Veja

 “O Governo estimular a interrupção de uma atividade essencial como o fluxo de mercadorias é novidade eleitoral relevante", diz o jornalista José Casado

Bolsonaro e caminhoneiros em greve (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)

247 - O jornalista José Casado avalia, em sua coluna na revista Veja, que Jair Bolsonaro e o ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas,  flertam com uma paralisação de caminhoneiros, insatisfeitos com os preços do óleo diesel”. A afirmação vem na esteira da declaração de Jair Bolsonaro na quinta-feira, quando disse que ‘o preço (do diesel) tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária’. “Na sequência, Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura e candidato ao governo de São Paulo, usou o WhatsApp para conversar com líderes da paralisação de 2018, no governo Michel Temer”, ressalta Casado. 

Um deles mostrou a troca de mensagens a Fábio Zanini, Guilherme Seto e Juliana Braga, da Folha. Nelas, segundo o jornal, o candidato Freitas disse achar muito correto que seja paralisado o sistema de transporte rodoviário de carga para forçar empresas a repassar aos fretes o aumento de custo do combustível.

Para ele, “o Governo estimular a interrupção de uma atividade essencial como o fluxo de mercadorias é novidade eleitoral relevante. Bolsonaro usa a ‘carga tributária’ como justificativa. Ele é presidente há pouco mais de três anos e, até hoje, não se moveu na defesa de qualquer iniciativa de reforma do sistema tributário nacional, embora existam propostas no Congresso”. 

Ainda segundo ele, “o ministro-candidato da Infraestrutura  resolveu seguir o chefe, mas foi além, de acordo com o registro da Folha sobre suas mensagens. Freitas incentivou prestadores de serviços essenciais ao confronto direto com empresas contratantes”. “Bolsonaro foi beneficiário indireto da paralisação dos caminhoneiros durante a disputa presidencial de 2018. O movimento custou caro ao governo, às empresas, aos caminhoneiros autônomos e empregados e, principalmente, à sociedade”, relembra o jornalista.

“Desta vez, é diferente. Bolsonaro e Freitas são candidatos, mas, também, são governantes. Pela Constituição, deveriam agir a favor da ordem e do bem-estar social. Apostar no tumulto eleitoral não é esperteza, em geral é autoengano e costuma custar caro”, finaliza. 

Subsecretário da Receita pediu 'apuração especial' sobre investigações contra o clã Bolsonaro

 Ordem foi dada pelo atual subsecretário de Gestão Corporativa da Receita Federal, Juliano Neves

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: (Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação))


247 - A ordem para que fosse uma devassa visando descobrir investigações em andamento sobre os dados fiscais do entorno familiar de Jair Bolsonaro foi dada pelo atual subsecretário de Gestão Corporativa da Receita Federal, Juliano Neves. De acordo com a Folha de S. Paulo, a pesquisa realizada ao Serpro foi além  de “um movimento apenas da defesa de Flávio contra a investigação da ‘rachadinha’ tocada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro” e envolveu até as duas ex-mulheres de Bolsonaro. 

Um documento da própria Receita aponta que Neves pediu uma “apuração especial sobre os acessos a dados fiscais de nove pessoas: além de Jair Bolsonaro, de seus três filhos políticos, de suas duas ex-mulheres e da primeira-dama, Michelle, de Fabrício Queiroz e de Fernanda Bolsonaro, mulher do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)”. A devassa foi feita em 22 sistemas de dados da Receita entre janeiro de 2015 e setembro de 2020.

A movimentação interna teve início após a defesa do senador Flávio Bolsonaro alegar que teria tido seus dados fiscais acessados e repassados ilegalmente ao Coaf, o que deu origem ao escândalo das "rachadinhas". 

Em nota, a Receita não explicou os motivos dos levantamentos terem sido ampliados para outras pessoas do entorno de Bolsonaro e também não respondeu aos questionamentos se Neves cumpria ordens superiores ao solicitar os dados.