sexta-feira, 11 de março de 2022

Com alta de combustíveis no Brasil, motoristas correm para abastecer carros na Argentina e no Paraguai

 O preço médio do litro de combustível é de R$ 4,50 em solo argentino, perto de Foz do Iguaçu (PR), onde alguns estabelecimentos já cobram o litro acima de R$ 7

(Foto: Reprodução - Fotos Públicas)

247 - Brasileiros que moram no município de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, fizeram filas, nessa quinta-feira (10), para abastecer seus carros de gasolina na Argentina. Do lado de lá da fronteira, o preço médio do litro de combustível é de R$ 4,50. Na cidade paranaense, alguns estabelecimentos já cobram o litro acima de R$ 7.

Os motoristas de Foz do Iguaçu também foram abastecer no Paraguai, onde o preço médio da gasolina é de R$ 5,18 o litro, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (11) pelo portal G1

A Petrobrás anunciou, nessa quinta, aumento de 18,77% para a gasolina e o 24,9% para o dieselO gás de cozinha também passa de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. Os reajustes passam a valer a partir desta sexta-feira (11).

Em nota, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro) destacou que o "aumento que terá grande impacto para consumidores, o mercado e a economia em geral". 

"Desde o final de semana algumas distribuidoras já começaram a aumentar os preços de venda para os postos, antes de qualquer anúncio oficial de elevação na Petrobras, alegando uma maior entrada de combustíveis importados no mercado", disse.

Um dos líderes da greve dos caminhoneiros em 2018, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, disse que motoristas devem fazer manifestações contra os aumentos dos combustíveis e "parar o país".

As empresas transportadoras de veículos (cegonheiros) e de combustíveis anunciaram, nesta sexta-feira (11), a suspensão de novas viagens em consequência do tarifaço do governo federal.

Pesquisa Ipespe: Lula vence Bolsonaro por 43% a 28%

 Desde 25 de fevereiro, Bolsonaro cresceu dois pontos percentuais, oscilando, portanto, dentro da margem de erro. Lula permanece estável

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Ricardo Stuckert)

247 - Pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (11), patrocinada pela XP Investimentos, mostra que o ex-presidente Lula (PT) se mantém na liderança para voltar à Presidência da República, mas com Jair Bolsonaro (PL) se aproximando pouco a pouco.

Lula aparece com 43% das intenções de voto, contra 28% de Jair Bolsonaro, 8% de Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) e 3% de João Doria (PSDB). Outros pré-candidatos pontuaram 1% ou menos.


No levantamento anterior (BR-05015/2022) do mesmo instituto, divulgado em 25 de fevereiro, Bolsonaro aparecia com 26%. O chefe do governo federal teve, portanto, crescimento de dois pontos percentuais, dentro da margem de erro. Lula se manteve com 43%.

A diferença no segundo turno, entretanto, continua grande. Lula tem 53% das intenções de voto contra Bolsonaro, que soma 33%. A distância é de 20 pontos percentuais.


Lula também vence todos os outros candidatos no segundo turno.

O levantamento, realizado entre os dias 7 e 9 de março, ouviu 1.000 pessoas por telefone por meio do sistema CATI IPESPE. A margem de erro é 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança de 95,5%. A pesquisa está registrada nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-03573/2022.




Ex-mulher de Bolsonaro omitiu patrimônio de R$ 7 milhões na Noruega

 Imóvel não consta da lista de declaração do patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018, quando disputou uma cadeira para a Câmara dos Deputados



247 - A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro e apontada como responsável por operar um esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), omitiu em sua declaração do patrimônio enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma residência avaliada em mais de R$ 7 milhões (cerca de 13 milhões de coroas norueguesas) em seu nome na Noruega, país onde mora seu atual marido,  o carpinteiro Jan Raymond Hansen. Ela disputou uma vaga à Câmara Federal em 2018, mas não foi eleita.  

De acordo com a revista Crusoé, o imóvel - do qual Ana Cristina seria dona da metade - está registrado junto à Autoridade Norueguesa de Mapeamento (Kartverket, em norueguês) e fica localizado na cidade de Halden, no interior do país. 

Como o imóvel não consta da lista encaminhada ao tribunal eleitoral, existe a suspeita de que ela também tenha escondido o  patrimônio ao declarar o imposto de renda, o que configura crime de sonegação fiscal. Segundo o documento obtido pela Crusoé, a ex-mulher de Bolsonaro comprou a casa em fevereiro de 2013. 

Atualmente, ela mora numa mansão localizada no Lago Sul, região nobre de Brasília, junto com o filho Jair Renan Bolsonaro. O imóvel está avaliado em cerca de R$ 3 milhões.

Primeira reação ao tarifaço de Bolsonaro: cegonheiros e transportadores de combustíveis iniciam paralisação

 Empresas alegam que a alta dos preços inviabilizou o frete e que as frotas ficarão paradas nos pátios até que as condições financeiras sejam restabelecidas



247 - As empresas transportadoras de veículos (cegonheiros) e de combustíveis anunciaram, nesta sexta-feira (10),  que irão parar os caminhões e suspender novas viagens em função do aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobrás. A alegação é que a alta dos preços, que começou a valer a partir de hoje,  inviabilizou o frete e que as frotas ficarão paradas nos pátios até que as condições financeiras sejam restabelecidas. 

"O aumento fez com que o sistema entrasse em colapso'', disse o assessor executivo da presidência da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maués, de acordo com o UOL. Maués acrescentou que a orientação é que os caminhões completem suas entregas e retornem às bases, sem a realização de bloqueios nas estradas. 

“Já havia uma defasagem nos preços do frete de 24% a 25%. O novo aumento inviabilizou o custo, pois as empresas já não aceitavam reajustar os valores", disse Wagner Jones Almeida, outro assessor da CNTA . "Agora piorou”, completou em seguida. 

O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, conclamou uma paralisação geral contra o novo aumento. "Como ocorreu em 2013, com as passagens de ônibus, chegou a hora de toda população protestar, pois isso vai acabar no bolso de todo consumidor", afirmou. 

O aumento da Petrobrás foi anunciado nesta quinta-feira (10) e entrou em vigor nesta sexta-feira. Com o reajuste, o preço médio do litro da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor saltou de R$ 3,para R$ 4,51, alta de 24,9%. 

Sistema de ensino Maxi é apresentado aos pais dos alunos da rede municipal de Apucarana



O prefeito Junior da Femac e a secretária Marli Fernandes apresentaram, na tarde de ontem (10/3), aos pais e responsáveis por alunos, o novo sistema integrado de ensino Maxi que está sendo adotado na rede municipal de Apucarana. O evento reuniu membros dos conselhos escolares e das associações de pais, mestres e funcionários (APMFs) de 35 unidades educacionais no Cine Teatro Fênix. A apresentação também foi transmitida ao vivo pela internet (https://youtu.be/m9dYLvGfc3c).

A Autarquia Municipal de Educação investiu aproximadamente R$ 4 milhões na aquisição do sistema integrado de ensino Maxi. O material, que será utilizado por todas as turmas do Infantil 4 (Pré I) ao 5º ano do Ensino Fundamental, é composto por livro do aluno, livro do professor, agenda, plataforma digital, assessoria pedagógica e digital, simulados e avaliações.

“Desde 2014, nós estamos trabalhando na construção e implantação de um currículo único na rede municipal, em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Referencial Curricular do Paraná. A adoção do sistema Maxi, neste momento, pretende melhorar ainda mais a integração da proposta pedagógica, garantindo a oferta de educação equitativa e de qualidade às crianças de Apucarana,” afirmou a secretária Marli Fernandes.

O prefeito Junior da Femac destacou que o sistema integrado de ensino Maxi é considerado referência no Brasil. “Esse sistema traz uma proposta educacional com base na Pedagogia Afetiva, que visa à formação integral de uma geração de cidadãos racionais e emocionalmente preparados, capazes de compreender a multiplicidade do mundo,” disse.

A assessora pedagógica do grupo Somos Educação, Maryana Schneider, esclareceu as dúvidas dos pais dos alunos sobre o sistema integrado de ensino Maxi. Durante o evento, o público ainda pôde assistir a uma apresentação de dança, protagonizada pelos alunos do 5º ano da Escola Municipal José Idésio Brianezi.

“Eu acredito que todos os pais estão muito felizes com a implantação do sistema Maxi nas escolas. O material é ótimo! Durante a pandemia, os alunos ficaram em casa. Por mais que as famílias se esforçassem em ajudá-los nos estudos, o aprendizado não ocorreu como teria sido nas aulas presenciais. Então, eu acho que esse sistema veio na hora certa e vai ajudar nossos filhos a recuperarem o conteúdo. A educação apucaranense já estava boa, mas vai ficar ainda melhor a partir de agora,” declarou Eunice Palma Lopes, que é mãe de uma criança do 5º ano e avó de outra matriculada no 1º ano da Escola Municipal Professor Durval Pinto.

Cerca de 800 professores, das 35 escolas que compõem a rede municipal de Apucarana, vêm passando por formação continuada para a utilização do sistema integrado de ensino Maxi desde o mês passado.

Apucarana adere à rede nacional de governo digital


O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, assinou nesta sexta-feira (11/03) o termo de adesão à Rede Nacional de Governo Digital (Rede Gov.Br). O objetivo é promover a ampliação contínua da oferta de serviços públicos em meio digital, fomentando o uso de plataformas e soluções disponíveis no âmbito da Rede Gov.Br.

O prefeito Junior da Femac afirma que a adesão é mais um passo que o Município dá para avançar na prestação de serviços digitais. “Cada vez mais a Prefeitura de Apucarana está buscando criar soluções utilizando novas tecnologias, visando simplificar o atendimento. Diversos serviços que antes só podiam ser acessados presencialmente agora estão disponíveis na forma digital”, reitera Junior da Femac.

O Município também se compromete em promover ações de valorização e qualificação dos servidores públicos. “Atualmente, estamos implantando um sistema unificado de gestão pública, que vai ampliar significativamente a oferta de serviços digitais para o cidadão. Nossos funcionários estão sendo capacitados, bem como – em situações específicas – o público externo que utiliza determinadas ferramentas tecnológicas”, exemplifica Junior da Femac.

A Rede Nacional de Governo Digital facilita o fluxo de informações entre as administrações federal, estaduais e municipais, permitindo ainda o compartilhamento de ferramentas e de soluções tecnológicas. “Ao assinar o termo de adesão, o Município também se compromete em compartilhar experiências, boas práticas, novos serviços e soluções, contribuindo com o aprimoramento da rede”, pontua Junior da Femac.

Viaduto Bratislava sai do papel e promove integração definitiva de Cambé, no Norte do Estado

 Passagem de nível está sendo construída no km 163 da BR-369, na interseção da Avenida Brasil com a estrada Bratislava. Trecho integra o Contorno Sul de Cambé e dá acesso à região central da cidade e ao terminal rodoviário.

Construção do viaduto Bratislava, na BR-369, em Cambé, na Região Norte do Paraná. O investimento por parte do Governo do Estado é de R$ 13,5 milhões.
Foto: Gilson Abreu/AEN

Edivaldo dos Santos, aposentado, 67 anos de vida e mais de 30 dedicados à construção civil, tem um compromisso quase que diário. Sozinho ou acompanhado do neto Davi Lucca, ele sempre que pode bate ponto no canteiro de obras do viaduto Bratislava, a intervenção urbana que promete acabar com o principal gargalo viário de Cambé, na Região Norte.

O investimento do Governo do Estado na construção é de R$ 13,5 milhões, com recursos do programa Avança Paraná, e a previsão é que a obra seja concluída ainda neste semestre.

Há um motivo especial para a peregrinação do ex-operário, algo que vai além de relembrar a época em que erguia paredes, armações e vigas. Foi exatamente naquele ponto da agitada BR-369, há mais de uma década, que ele perdeu três colegas da vida. Um motorista desatento, recorda, não obedeceu à sinalização e acertou em cheio o veículo que vinha pela via preferencial. Colisão daquelas, que nem a agilidade do serviço de socorro médico foi capaz de ajudar.

História triste, mas não exclusiva na cidade de cerca de 110 mil habitantes, na vizinhança de Londrina. “Esse cruzamento sempre foi muito perigoso. Eu perdi três amigos e conheço mais gente que sofreu com acidentes aqui. Por isso, por trazer mais segurança, é que essa construção é tão importante”, conta Santos

O aposentado Elídio Sardi, por exemplo, escapou por pouco de outro acidente naquele cruzamento. “É complicado, passei apuros. À noite, não vi uma moto que vinha logo atrás do caminhão. Foi por pouco”, diz ele, que precisa usar o percurso diariamente para chegar à chácara, uma das tantas localizadas no Bratislava.

De acordo com a Prefeitura de Cambé, passam em média 26 mil veículos/dia pela rodovia que liga Londrina a cidades importantes da região como Arapongas e Rolândia, um dos trechos antes de desembocar em Maringá, já no Noroeste. Desses, cerca de 6 mil são veículos pesados.

“Era uma reivindicação antiga do povo de Cambé, uma obra para salvar muitas vidas”, destaca Sardi. “Essa integração vai facilitar a vida de muita gente”, acrescenta o engenheiro aposentado Wilmar Muller, com a experiência de quem passou mais de três décadas em diferentes países tocando projetos justamente para resolver gargalos urbanos e logísticos.

OBRA – O viaduto Bratislava está sendo erguido no km 163 da BR-369, na interseção da Avenida Brasil com a estrada Bratislava, em Cambé. O trecho integra o Contorno Sul do município e, de um lado, dá acesso à região central da cidade e também ao terminal rodoviário. Já no outro ponto da interseção em desnível está localizada a Estrada Rural Bratislava. Ela é a principal ligação com o Jardim Bratislava, região com mais de 5 mil habitantes.

O projeto contempla a construção de duas alças de acesso separadas, que darão continuidade à Avenida Brasil e à Estrada Bratislava, em um trajeto de aproximadamente 800 metros. Além disso, a BR-369 será rebaixada para formar uma trincheira.

Para o governador Carlos Massa Ratinho Junior, diante da gravidade do trânsito na região, a obra é simbólica para a administração estadual. “Era um compromisso que tínhamos desde o começo do nosso mandato. Estamos investindo muito e repensando o Paraná em termos de logística e infraestrutura para os próximos 30 anos. Cambé, Londrina, Ibiporã e todo o Norte do Paraná estão sendo contemplados com projetos que tornam o Estado mais eficiente”, afirma. “Rapidez, segurança, agilidade e mais vidas que são poupadas em razão desta obra”.

PARQUE HISTÓRICO  O viaduto vai melhorar também o acesso ao Parque Histórico Municipal Danziger Hof, um dos principais pontos turísticos de Cambé. A região também passou a ser um atrativo imobiliário, com a instalação de condomínios horizontais e a previsão de criação de um novo bairro residencial com mais de 300 lotes.

“Confirmamos o compromisso do Governo do Estado com a região Norte”, diz o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

AGILIDADE – Como forma de dar celeridade ao processo, a obra segue o regime de contratação integrada (RDCI). O modelo, adotado pela primeira vez no Estado, permitiu ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) contratar, com uma única licitação, uma empresa ou consórcio de empresas para elaborar o projeto executivo e imediatamente dar início à execução da obra.

“Uma construção que indiscutivelmente reforça a agilidade do Governo do Estado em tirar as ações do papel. Vai intensificar o desenvolvimento econômico de toda a região, mas carrega principalmente o emblema do salvamento de vidas. Um viaduto para que pais, mães e avós não precisem mais chorar a morte de nenhum parente”, ressalta o prefeito de Cambé, Conrado Scheller.


Fonte: AEN

Aumento abusivo da Petrobrás liberado por Bolsonaro projeta salto da inflação brasileira para 7,5% no ano

 Como resultado, juros serão mais altos, crescimento será menor e brasileiros terão menos renda para consumir

Fachada da Petrobras e Bolsonaro (Foto: Reuters)


247 – O ataque continuado pela Petrobrás contra o povo brasileiro, que tem ocorrido desde o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, quando Michel Temer e Pedro Parente dolarizaram os preços dos combustíveis no Brasil, política que foi mantida por Jair Bolsonaro, vai produzir um novo estrago neste ano. O tarifaço anunciado ontem na gasolina, no diesel e no gás de cozinha fará a inflação brasileira subir para pelo menos 7,5% neste ano.

"Segundo cálculos do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz, o impacto do reajuste nos combustíveis é de 0,75 ponto percentual (p.p) no IPCA de março e abril - 0,40 p.p. e 0,35 p.p. respectivamente. Para o fim de 2022, o índice pode chegar a 7,5%, disse o economista", aponta reportagem de Rafael Vazquez, Anaïs Fernandes e Alessandra Saraiva, publicada no Valor Econômico.

"Fora a incerteza sobre até onde o preço do petróleo pode chegar, o novo reajuste da Petrobras sozinho já eleva as expectativas de inflação. Logo após o anúncio, a LCA Consultores aumentou a expectativa do IPCA de 6,01% para 6,50% para o fim de 2022. A LCA agora projeta inflação de 10,58% para o grupo Transportes no fim do ano - a previsão anterior era de 8,72%. Já a projeção sobre o grupo Alimentação e Bebidas variou menos, de 7,02% para 7,16%", aponta ainda a reportagem.

Construção civil ameaça parar obras depois do tarifaço da Petrobrás liberado por Bolsonaro

 "Ninguém vai aguentar o aumento do preço", diz José Carlos Martins, presidente Câmara Brasileira da Indústria da Construção

(Foto: Dênio Simões/Agência Brasília)

247 – O estrago causado pela política de preços da Petrobrás implantada após o golpe de estado de 2016 por Pedro Parente e Michel Temer, e mantida por Jair Bolsonaro, pode paralisar as obras da construção civil no Brasil. "Após o anúncio do mega-aumento dos combustíveis pela Petrobras, José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), afirma que agendou para segunda (14) uma reunião com líderes do setor para avaliar se será necessário paralisar obras de terraplenagem em todo o país. Esse tipo de obra é altamente dependente do óleo diesel e do asfalto, outro insumo que é fornecido pela estatal", informa a jornalista Joana Cunha, em sua coluna na Folha de S. Paulo.

"Ninguém vai aguentar o aumento do preço", diz Martins. "Ele afirma que a terraplenagem, diferentemente da construção de uma casa, por exemplo, exige menos mão de obra e mais equipamentos como caminhão, patrol e trator, que usam o combustível", aponta ainda a coluna.

Guedes cogita subsídio apenas para o diesel, para acalmar caminhoneiros, e ignora motoristas e donas de casa

 Política de preços da Petrobrás implantada após o golpe de estado de 2016 vem destruindo a economia brasileira

(Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução/Twitter)

Agência Brasil – O governo pode estudar a criação de um subsídio direto ao diesel caso a guerra entre Rússia e Ucrânia se prolongue, disse ontem (10) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Acompanhado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Guedes disse que o corte de impostos aprovado hoje pelo Senado ajudará a segurar o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia neste momento.

“Vamos nos mover de acordo com a situação. Se isso [a guerra entre Rússia e Ucrânia] se resolver em 30 ou 60 dias, a crise estará mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada. Aí sim, você começa a pensar em subsídio para o diesel”, disse Guedes, após uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fora da agenda.

Na avaliação do ministro, a aprovação do projeto de lei complementar que corta tributos sobre os combustíveis é suficiente para amenizar o impacto do conflito sobre as bombas. “Por enquanto, a ideia é o seguinte. O primeiro choque foi absorvido. Agora vamos observar e nos mover de acordo com a situação”, comentou.

Tanto Guedes como o ministro de Minas e Energia negaram qualquer intenção de mudar a política de preços da Petrobras, que hoje anunciou aumento de 18,77% para a gasolina, 16% para o gás de cozinha e 24% para o diesel nas refinarias. “O reajuste que houve hoje na Petrobras é um procedimento da própria empresa. Desde a lei do Petróleo, o mercado é livre. Foi o que aconteceu hoje”, justificou Bento Albuquerque.

Projetos de lei

Ontem, o Senado aprovou um projeto de lei complementar que zera, até o fim do ano, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o diesel, o gás de cozinha e o querosene de aviação. O texto também muda a forma de cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação.

Os senadores também aprovaram um projeto de lei que cria um fundo para compensar altas extremas dos preços dos combustíveis, formado por dividendos da Petrobras à União, excesso de arrecadação e outros ativos financeiros do governo. Guedes disse que a utilização desse mecanismo, por enquanto, não está nos planos do governo.

Um terceiro mecanismo para segurar a alta do preço dos combustíveis seria a criação de um subsídio direto custeado pelo Tesouro Nacional às refinarias, com recursos do Orçamento. A medida tem impacto duplo sobre as contas públicas porque aumenta o déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) e, dependendo do volume a ser gasto, comprometeria o teto federal de gastos. Essa ferramenta foi usada em 2018, após a greve dos caminhoneiros.

Reinaldo Azevedo alerta: Bolsonaro é competitivo e ainda pode vencer

 Segundo o jornalista, Lula sabe da possibilidade de Bolsonaro ser reeleito e, por isso, busca alianças amplas para derrotar o atual governo


247 - "Chegamos a meados de março, e a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição não derreteu como muitos previam", escreve o jornalista Reinaldo Azevedo em artigo na Folha de S. Paulo, publicado nesta sexta-feira (11). Para ele, Bolsonaro "deve chegar competitivo ao segundo turno".

"Subestimá-lo, ignorando a arena sanguinolenta das redes sociais em que também se trava a disputa, foi o erro mais tolo cometido em 2018. Por 'competitivo', entenda-se: o presidente pode ser reeleito", diz, afirmando ainda que o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de votos, também sabe da dificuldade que será vencer Bolsonaro. "Lula nunca acreditou que Bolsonaro seria tragado ou pela ruindade do seu governo ou por vagas de opinião. Poucos políticos têm um ouvido aguçado como o seu para ouvir a voz das ruas —mesmo a das ruas virtuais de hoje em dia", declara.

A avaliação de Azevedo está alinhada à da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann. Em duas participações na TV 247, nos programas Giro das 11 (em 24 de fevereiro) e no Boa Noite 247 (em 9 de março), a parlamentar advertiu para o caráter duro e difícil da disputa eleitoral e considerou que a candidatura de Bolsonaro representa uma ameaça ao país.

Por fim, o jornalista defende as alianças formadas por Lula para garantir a derrota do atual governo e rechaça comparações entre o petista e Bolsonaro. "Ainda há quem repudie uma política de alianças ou que insista na farsa de que Lula e Bolsonaro são males opostos, mas combinados. Uns e outros não entenderam nada".

Bolsonaro afirma que "muito caminhoneiro vai parar"

 "Lamento", disse ele, que se mostra incapaz de alterar a política de preços da Petrobrás implantada após o golpe de estado de 2016

Caminhoneiros em Gravataí, no Rio Grande do Sul; e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Diego Vara | Alan Santos/PR)

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o aumento no preço dos combustíveis levará muitos caminhoneiros a parar, e afirmou que vai sancionar, assim que for aprovado pelo Congresso, um projeto que altera regras de cobrança do ICMS sobre os combustíveis para segurar a alta de preços.

"O preço está caro. Tem muito caminhoneiro que vai parar, eu sei disso, lamento, porque não suporta mais essa carga tributária", disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais.

A Petrobras anunciou mais cedo nesta quinta que elevará os preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina deverão subir quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.

A alta no preço aconteceu apesar de pressões políticas, inclusive do próprio Bolsonaro, que sugeriu na semana passada que a petroleira diminuísse sua margem de lucro de forma a evitar uma disparada dos valores nos postos de combustíveis.

Apesar das críticas, o presidente disse que se a Petrobras não aumentar o preço "teremos o desabastecimento, que é pior do que o combustível caro".

Para tentar conter a alta dos combustíveis, o Senado aprovou dois projetos nesta quinta relacionados ao tema, um que altera as regras de cobrança do ICMS e zera PIS/Cofins sobre diesel, GLP e biodiesel e outro que cria uma conta de estabilização para os preços.

Segundo Bolsonaro, a nova legislação dará um desconto de 60 centavos no litro do diesel, por exemplo. Repetindo o que havia dito mais cedo o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro falou que 33 centavos caberão ao governo federal cortar, enquanto 27 centavos serão a parte dos governadores.

A mudança no ICMS, que é um imposto estadual, vinha sendo defendida por Bolsonaro há bastante tempo como forma de conter o aumento dos preços, e o presidente disse que está pronto para sancionar o projeto assim que for aprovado pela Câmara.

O presidente lamentou que o reajuste anunciado pela Petrobras entrará em vigor já na sexta-feira, portanto provavelmente antes da entrada em vigor da nova legislação.

"Como seria bom se a Petrobras reajustasse segunda ou terça-feira, mas eu não posso intervir na Petrobras, mesmo sendo acionista majoritário", disse.

Congresso dos EUA aprova US$ 13,6 bilhões em ajuda emergencial para a Ucrânia

 Metade desses fundos se destina a ajuda militar

Tanque do Exército norte-americano M1A1 Abrams participa de exercício militar da Otan na Letônia 26/03/2021 (Foto: REUTERS/Ints Kalnins)

247 - O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei quinta-feira  que inclui US$ 13 bilhões em ajuda emergencial para a Ucrânia.

Metade desses fundos se destina a ajuda militar, a outra parte a diferentes finalidades civis. 

Esses fundos incluem US$ 6,5 bilhões para o Pentágono, a fim de cobrir os custos de envio de tropas americanas para aliados na Europa Oriental, fornecer apoio, bem como para reabastecer as armas que os Estados Unidos já enviaram ao governo ucraniano, informa O Globo.

Jen Psaki, secretária da imprensa da Casa Branca, disse no Twitter que o presidente Biden saudou as decisões de empresas americanas e outras de deixar a Rússia por não querer fazer parte de uma “guerra de escolha contra a Ucrânia”.

O presidente Biden pede, ainda, que os Estados Unidos se juntem ao G7 e à União Europeia na suspensão das relações comerciais normais com a Rússia.

Flávio Bolsonaro diz que guerra na Ucrânia prova que "armas salvam vidas"

 Ele aplaudiu o presidente ucraniano, que distribuiu armas entre a população e colocou civis na linha de frente da guerra contra o treinado e capacitado exército russo

Flávio Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em fala na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quinta-feira (10), usou da guerra entre Rússia e Ucrânia para supostamente 'provar' que "armas salvam vidas".

Ele citou a decisão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de dar armas à população no início do conflito para que seu país pudesse fazer frente ao exército russo, muito superior ao ucraniano. Zelensky tem sido muito criticado por incentivar e colocar a vida de civis em risco na guerra.

"Quer a prova real de que armas salvam vidas? Foi o que fez o presidente da Ucrânia agora, nessa guerra com a Rússia. Assim que começou a guerra, a primeira coisa que o atual presidente fez – porque havia passado legislação para desarmar a população – foi conceder o porte de armas para a população civil, foi dar fuzil para a população defender a sua soberania, a sua pátria. É para isso que servem as armas também", falou.

A CCJ discutia um projeto de lei que amplia a permissão de uso de armas para colecionadores e atiradores, os chamados CACs. Apesar da argumentação de Flávio Bolsonaro, os colegas barraram o texto, aprovando um pedido de vistas proposto pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Opositores do atual governo apontaram na declaração de Flávio Bolsonaro um sinal do que Jair Bolsonaro (PL) pretende fazer caso perca a eleição: armar a população para reagir contra o candidato vencedor e o sistema eleitoral.

Justiça aceita queixa-crime de Tabata Amaral contra Sérgio Camargo

 Deputada entrou com queixa-crime contra o presidente da Fundação Palmares por difamação e falsa acusação de injúria racial

Tabata Amaral e Sérgio Camargo (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução)

247 - A Justiça do Distrito Federal, segundo o Estado de S. Paulo, aceitou uma queixa-crime apresentada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) contra o presidente da Fundação Palmares, o bolsonarista Sérgio Camargo.

A parlamentar entrou com uma queixa-crime por difamação e falsa acusação de injúria racial após Camargo usar as redes sociais para insinuar que ela foi racista ao denunciá-lo por fake news. 

“A branca mimada e privilegiada não aceita que um preto ria dela. Esse meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição. Inclusive, outros notáveis compartilharam esse meme. Ou ela prova que processou todos, ou restará provada a perseguição a um negro que venceu e vence diariamente sem ser afromimizento da esquerda”, escreveu Camargo depois de compartilhar uma publicação no qual a deputada teria escrito "deixa eu menstruar, Bolsonaro” e recebido, do chefe do governo federal, a resposta: " quando foi que eu proibi?". O diálogo é falso.

A decisão de aceitar a queixa-crime da deputada é do juiz Renato Coelho Borelli, da 12.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que deu dez dias para Camargo se defender das acusações. O mérito ainda não foi julgado.

Lavrov diz que Rússia não quer guerra, mas garantirá sua independência em relação ao Ocidente

 Sergey Lavrov destacou que Moscou está pronta para discutir garantias de segurança para Kiev e não descartou a possibilidade de um encontro entre Putin e Zelensky

21/02/2022 MRE da Rússia/Divulgação via REUTERS (Foto: RUSSIAN FOREIGN MINISTRY)

TASS - Moscou nunca quis a guerra e busca acabar com o conflito atual, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma entrevista coletiva após uma reunião com seus colegas ucranianos e turcos, Dmitry Kuleba e Mevlut Cavusoglu.

Ele destacou que Moscou está pronta para discutir garantias de segurança para Kiev, não descartou a possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin da Rússia e Vladimir Zelensky da Ucrânia e não esperava um conflito envolvendo armas nucleares.

As principais conversas entre Moscou e Kiev acontecem na Bielorrússia, onde as delegações dos dois países já se reuniram três vezes: "As negociações estão em andamento lá".

Moscou está atualmente esperando por "uma resposta específica" para as "iniciativas extremamente específicas na forma de um projeto de documento legal", que foram apresentadas na terceira rodada de negociações.

A queixa de Kuleba sobre o fato de nenhum progresso ter sido alcançado em Antália na questão do cessar-fogo de 24 horas é infundada: "Ninguém faria um acordo de cessar-fogo aqui. Não viemos aqui para substituir a plataforma de negociação bielorrussa".

Ao mesmo tempo, a Rússia está pronta para realizar reuniões em várias plataformas, inclusive no mais alto nível. A possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Vladimir Zelensky foi discutida na reunião de Antália "mas isto requer preparativos".

Operação na Ucrânia

Moscou não tem planos agressivos contra outros países. "Não estamos planejando atacar outros países. Na verdade, também não atacamos a Ucrânia." No entanto, a Rússia tem informações de que Kiev planejava lançar uma ofensiva contra o Donbass já em março.

A proposta da Rússia de abrir corredores humanitários todos os dias para a evacuação de civis das zonas de batalha continua em vigor.

Alegações sobre o sequestro de pessoas por tropas russas na Ucrânia são notícias falsas, enquanto a maternidade da cidade de Mariupol, que foi alvo dos militares, deixou de ser usada para o fim a que se destinava há muito tempo: "Foi transformada em uma base para os distantes -direita batalhão Azov."

Tensões nucleares

Lavrov não espera que uma guerra nuclear estoure. "Eu não quero acreditar nisso e não acredito. Gostaria de salientar que a questão nuclear ... foi levantada apenas por políticos ocidentais, ou seja, aqueles dos países da Otan."

Moscou está alarmada com o fato de o Ocidente continuar falando sobre possíveis tensões nucleares: "É certamente alarmante que o Ocidente continue levantando esse tópico de maneira freudiana".

Relações com o Ocidente

Moscou resolverá os problemas econômicos desencadeados pelas sanções ocidentais para garantir que nunca mais dependa do Ocidente: "Nunca mais teremos ilusões de que o Ocidente possa ser um parceiro confiável ... E nunca teremos ilusões de que o Ocidente não trairá a outra parte em momento algum. Trairá a todos e até seus próprios valores."

A reação "frenética" do Ocidente às ações da Rússia na Ucrânia "mostra que uma luta real de vida ou morte está em andamento pelo direito da Rússia de existir no mapa do mundo e garantir plenamente seus interesses legítimos".

A Rússia apresentou suas propostas sobre garantias de segurança "com toda a seriedade", mas obteve apenas "notas de referência" em resposta. “Quando lidamos com pessoas honestas, tratamos os assuntos com honestidade e, se fosse assim, tudo estaria resolvido e os acordos de segurança teriam sido alcançados. No entanto, não vemos parceiros que estivessem dispostos a lidar conosco honestamente. " 

Os países ocidentais estão criando ameaças principalmente a si mesmos fornecendo armas a Kiev porque essas armas, incluindo sistemas de mísseis de defesa aérea portáteis, podem ficar fora de controle: "Isso criará riscos e ameaças à aviação civil sobre a Ucrânia que durarão anos , e eles também podem se espalhar para toda a Europa."

Laboratórios biológicos dos EUA

A Rússia exige que os Estados Unidos forneçam explicações sobre as atividades de seus laboratórios biológicos na Ucrânia, um pedido oficial sobre o assunto já foi enviado: criando armas biológicas, além disso, armas direcionadas a certas etnias."

No entanto, Moscou não ficou surpresa com a reação do Ocidente aos relatos sobre os laboratórios. "Não é surpreendente que as autoridades de Washington tenham rejeitado publicamente 'rumores', que é como eles chamam, sobre suas atividades ilegais na Ucrânia. os americanos estarem envolvidos em algumas atividades biológicas militares na Ucrânia".

Europa quer participar de negociações para o cessar-fogo na Ucrânia

 O bloco europeu quer dialogar entre as partes do conflito mas nem todos os países estão otimistas com o resultado

Cúpula da União Europeia, Versalhes, 10 de março de 2022 (Foto: Conselho da Europa, foto oficial)

247 - A UE pretende se envolver nas negociações de cessar-fogo na Ucrânia, disse Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, Victor Orban. 

"Não se exclui que os combates se prolonguem. Decidimos que a Europa também entrará em negociações de cessar-fogo", afirmou Orban após o primeiro dia da reunião da cúpula da União Europeia em Versalhes, França, informa a Sputnik.

Entretanto, o bloco não europeu não especificou o tipo de negociações. 

'Cessar-fogo não é realista', afirma Macron sobre conflito na Ucrânia

Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, anfitrião da reunião, disse nesta quinta-feira (10) que considera complicado encontrar uma solução diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia no curto prazo, mas ressaltou que a União Europeia deve seguir comprometida para oferecer uma resposta que esteja à altura.

"Estou preocupado e pessimista. É por isso que também acredito que a Europa deve estar à altura da ocasião. A Europa está unida diante desta guerra e isso é muito importante. Deve se preparar para todas as possibilidades", afirmou antes da cúpula informal de chefes de Estado e de governo em Versalhes, que se encerra na sexta-feira (11).

Macron mantém diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, mas não está otimista sobre o cessar-fogo imediato, informa a EFE.