quinta-feira, 10 de março de 2022

Líder da greve dos caminhoneiros de 2018 diz que 'Brasil tem que parar' em protesto contra novo aumento dos combustíveis

 "Ninguém vai aguentar", disse Wanderlei Alves, o Dedeco. Para ele, a guerra Rússia-Ucrânia está servindo como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobrás"

Wanderlei Alves, tanques de combustíveis da Petrobras e greve dos caminhoneiros (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado | Reuters)

247 - O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos principais líderes da greve da categoria em 2018, disse que o Brasil tem que parar em protesto contra o novo aumento no preço dos combustíveis, anunciado nesta quinta-feira (10) pela Petrobrás. 

"Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar”, disse Dedeco à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. 

Com o novo aumento anunciado pela Petrobrás, o preço médio da gasolina comercializado nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%, e o gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%.

Segundo Dedeco, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia está servindo como "desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobrás". “Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobrás", afirmou. 

O caminhoneiro alertou, ainda, que o setor de transporte é o primeiro a sentir o impacto, mas ressaltou que os custos serão  repassados e chegarão "nas gôndolas dos supermercados, em todos os produtos", alcançando o restante da população.

Mais cedo, pouco antes do anúncio feito pela Petrobrás, Jair Bolsonaro disse não saber se haveria ou não um aumento nos preços dos combustíveis e alertou que o Brasil poderá “ter problemas” no setor

“Não estou dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobrás, eu não defino nada lá. Só quando tem problema cai no meu colo", disse ele, em transmissão feita pelas redes sociais. "Agora, a tendência é melhorar lá fora. Mas vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar", completou. 

Petrobrás aumenta a gasolina em 18,76% e o diesel em 24,93%

 Bolsonaro recua diante do "mercado" e penaliza consumidores brasileiros pela guerra na Ucrânia. Petrobrás está sob comando de seus acionistas privados

Fachada da Petrobras e Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - A Petrobrás anunciou na manhã desta quinta-feira (10) uma elevação brutal nos preços de gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, para as distribuidoras a partir desta sexta-feira (11). O preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor irá de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%.

Os valores referem-se ao preço na refinaria. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a gasolina foi vendida na semana passada a um preço médio de R$ 6,577 por litro. Com a alteração, o preço nas bombas nos postos de todo país pode passar de R$ 8 e chegar até R$ 10. 

Bolsonaro recua diante do "mercado" e penaliza consumidores brasileiros pela guerra na Ucrânia. Desde o golpe de estado de 2016, Petrobrás está sob comando de seus acionistas privados.

O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656) nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419). Já o gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. 

A alteração no preço mais recente dos combustíveis havia sido em outubro do ano passado, há 152 dias. Em nota, a Petrobras diz que os valores "refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia".

Requião se filia ao PT para disputar o governo do Paraná

 Evento deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Roberto Requião com Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-senador Roberto Requião, pré-candidato ao governo do Paraná, vai se filiar ao PT no próximo dia 18 de março, uma sexta-feira, em evento que deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, de acordo com informações do Blog do Esmael.

O próprio Requião informou da vinda de Lula para a capital paranaense.

"Muito provavelmente Lula estará em Curitiba no dia 18 deste mês", avisou Requião. 

O blog ainda informa que Requião intensificou agendas com movimentos populares e partidos de esquerda. Nesta quarta (9), por exemplo, ele divulgou uma carta de compromissos com os trabalhadores.

No roteiro de viagens a partir deste mês, sempre ao lado do PT, Requião visitará ao menos dez regiões do estado até abril.

Apucarana abre inscrições para mais 8 cursos profissionalizantes




A Prefeitura de Apucarana, junto com as entidades parceiras, está com inscrições abertas para mais oito cursos profissionalizantes, que são disponibilizados gratuitamente para a população.  Os interessados devem procurar o Centro de Qualificação Total, no Jardim América, no período das 8 às 17 horas, munidos da documentação necessária.

Ao todo, são 180 vagas distribuídas nos cursos de costura industrial de camiseta, manutenção de máquina de costura industrial, comunicação e postura profissional, e-commerce, modelagem e henna para sobrancelha, montagem de móveis, torneiro mecânico e pedreiro, rebocador e azulejista.

De acordo com o prefeito Junior da Femac, a capacitação faz parte do pacote de cursos adquirido pelo Município junto ao Senac e Senai. “A Prefeitura comprou cerca de 60 cursos e está disponibilizando gratuitamente para a população. Muitos já estão em andamento e outros terão turmas com o início das aulas previsto para o dia 21 de março”, pontua Junior da Femac.

De acordo com Miguel Luiz Vilas Boas, diretor do Centro de Qualificação Total, a idade mínima exigida varia de 16 a 18 anos, dependendo do curso escolhido. “Os documentos necessários para efetivar a inscrição são cópia do CPF, RG e comprovante de residência”, informa Vilas Boas, observando que os menores de 18 anos precisarão estar acompanhados dos pais ou responsáveis.

O período de inscrições começou nesta quinta-feira (10/03) e se encerra no dia 18 de março. Mais informações podem ser obtidas no Centro de Qualificação Total, situado na Rua Ouro Verde, 300, no Jardim América, ou pelo telefone 426-7241 e pelo whats app 99654-8024.

 

CURSOS COM INSCRIÇÕES ABERTAS

– pedreiro, rebocador e azulejista (20 vagas, aulas no período noturno no Centro de Qualificação Total, idade mínima de 18 anos)

– costura industrial de camisetas (40 vagas com uma turma de manhã e outra à tarde, aulas no Centro de Qualificação Total, idade mínima de 16 anos)

– manutenção de máquina de costura industrial (20 vagas, aulas no período noturno no Centro de Qualificação Total, idade mínima 16 anos)

– comunicação e postura profissional (20 vagas, aulas no período noturno no Senac, idade mínima 16 anos)

– e-commerce: vendendo no comércio eletrônico (20 vagas, aulas no período noturno no Senac, idade mínima de 16 anos)

– modelagem e henna para sobrancelha (20 vagas, aulas no período noturno no Senac, idade mínima de 16 anos)

– montagem de móveis (20 vagas, aulas no período noturno, idade mínima de 18 anos)

– torneiro mecânico (20 vagas, aulas no período noturno no Senai, idade mínima de 16 anos)

Brasil tem 10 milhões de idosos com dose de reforço contra a covid atrasada


O Brasil tem 10 milhões de idosos com a dose de reforço contra a covid-19 atrasada, indica um levantamento do Ministério da Saúde. A dose de reforço é considerada fundamental para prevenir infecções, hospitalizações e óbitos pela doença, principalmente entre os grupos mais vulneráveis. As informações, ainda preliminares, soam o alerta sobre a necessidade de estratégias de mobilização para incentivar a vacinação com a terceira dose.

Conforme o documento da pasta, de 4 de março, 10.026.720 pessoas com mais de 60 anos de idade já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas ainda não compareceram aos postos de vacinação ou não entraram nos sistemas de registro. O Brasil tem 30,3 milhões de pessoas acima de 60 anos. Para calcular o número de pessoas aptas para a dose de reforço, a pasta leva em consideração aquelas que tomaram a segunda dose há mais de 120 dias e não voltaram aos postos para tomar a terceira dose.

Todos os brasileiros que tomaram a segunda dose há mais de 4 meses já podem buscar a vacinação com a dose de reforço. Entre o público de 18 a 59 anos de idade, os dados indicam 54,1 milhões de pessoas com o reforço atrasado. No total, 64,2 milhões de brasileiros estão aptos a receber a dose de reforço, mas ainda não compareceram aos serviços de vacinação ou não tiveram a vacina computada, segundo o Ministério da Saúde.

A pasta pondera que parte desses números tem relação com atrasos nos registros. Em muitas áreas do País, a vacinação ocorre, mas os dados sobre a pessoa imunizada não são registrados rapidamente. Por isso, é possível que os números de "atrasados" para a dose de reforço sejam menores, na prática, do que aqueles que aparecem nos registros do Ministério da Saúde. Entre idosos, porém, a aplicação da dose de reforço começou em setembro do ano passado.

O Ministério destaca ser "relevante" a quantidade de faltosos na vacinação contra a covid-19. "Reitera-se a necessidade de esforços adicionais empreendidos pelas três esferas de gestão do SUS, como a busca de parceiros para avançar no processo de vacinação, melhorar as coberturas vacinais, principalmente sobre as doses de reforço nos públicos mais vulneráveis", conclui o documento do Ministério da Saúde.

A proteção da vacinação com as duas doses cai com o tempo para todas as faixas etárias, mas principalmente entre os idosos. A dose de reforço ativa anticorpos contra a doença e é uma estratégia para deixar os idosos menos vulneráveis em relação à covid-19.

A dose de reforço também restaura barreiras contra a infecção pelo vírus - ou seja, pessoas que já tomaram a terceira dose têm menos chance de se infectar do que aquelas que só tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19. A ampliação da proteção é importante não só contra casos graves, mas também pode ser útil para evitar a covid longa - os sintomas duradouros da covid-19 mesmo após um quadro leve da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a proporção de vacinados com a dose de reforço está abaixo de 90% para todas as faixas etárias. Em algumas regiões, o índice não chega a 60%. Nenhum Estado da Região Norte, com exceção de Rondônia, alcançou a cobertura de 60% entre jovens ou idosos. No Nordeste, a cobertura com a dose de reforço também é baixa em Estados como Maranhão e Pernambuco.

No Estado de São Paulo, que tem as melhores coberturas do País com as duas doses, o número de registros de atrasados para o reforço ou de pessoas cuja a terceira dose ainda não foi anotada chega a 2,3 milhões entre os idosos acima de 60 anos e a 14,9 milhões na população de 18 a 59 anos de idade, segundo o boletim do Ministério da Saúde. Os dados são até 21 de fevereiro.

Ainda assim, o Estado conseguiu atingir 60% da cobertura com a dose de reforço na faixa etária dos idosos. Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que já aplicou 21 milhões de doses adicionais e reiterou "a importância da conclusão do esquema vacinal para garantir a proteção contra a covid-19". A Prefeitura de São Paulo informou que a cobertura com a dose adicional está em 66,2% para a população acima de 18 anos.

Gestores e especialistas apontam que a redução na percepção de risco da população contribui para índices baixos de cobertura. Por outro lado, estratégias como busca ativa, campanhas e postos volantes, instalados em espaços públicos, ajudam a atingir os faltosos.

"A gente historicamente sabe que quanto mais doses se acrescenta à campanha, menor a taxa de cobertura. Para cada 100 que vêm fazer a primeira (dose), 90 vêm fazer a segunda e 75 vêm fazer terceira", diz Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Na campanha da covid-19, no entanto, o abismo entre a procura da segunda e da terceira parece maior.

Fatores como a sensação de proteção da população, o medo de reação, fake news e mudanças nas orientações sobre prazos entre as doses contribuem para a cobertura baixa com o reforço, segundo Kfouri. A boa notícia, diz ele, é que há uma janela de oportunidades já que os municípios têm hoje os nomes e telefones dos vacinados - e sabem quem já deveria ter retornado ao posto e não voltou.

No Espírito Santo, um dos Estados com o maior avanço na dose de reforço, a comunicação por SMS avisando sobre a data da vacinação será retomada para aumentar as taxas, principalmente entre os mais jovens. A cobertura com a terceira dose estava em 83,17% na terça-feira, 8, entre os maiores de 60 anos. O número é considerado bom pela secretaria de Saúde, mas ainda abaixo da meta de 90%.

Já na população capixaba mais jovem, de 18 a 59 anos, metade dos que já estão aptos a receber o reforço não voltou aos postos. Para Danielle Grillo, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, é preciso avançar no alcance da terceira dose no Estado, principalmente entre a população adulta. "Ela não tem mais a percepção de risco. O idoso ainda adere melhor ao esquema vacinal porque tem medo da covid."

Além da estratégia de envio de SMS, o Estado manda aos municípios uma lista com os nomes dos faltosos e números de telefone de cada um deles, para ligações, e aplica vacinas em lugares de ampla circulação. Já o acesso a equipamentos públicos no Espírito Santo depende de comprovar que está com o esquema em dia - incluindo a dose de reforço.

Em São Paulo, o governo estadual diz apoiar a vacinação de reforço, com envio de mensagem via SMS e por e-mail para lembrar a data de retorno. Também incentiva os municípios a fazer a busca ativa dos faltosos e promover ações de divulgação.

Conforme o Estadão mostrou, os idosos voltaram a se destacar entre as principais vítimas da covid-19 mais de dois anos após o início da pandemia, indicando que uma quarta dose de imunizante pode ser fundamental para proteger essa faixa etária. Mato Grosso do Sul, por exemplo, já começou a aplicar a 4.ª injeção nos mais velhos e São Paulo prevê iniciar essa nova fase da campanha em abril.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que articula ações de incentivo à vacinação contra a covid-19, "considerando as características próprias de cada Estado e município". A pasta também recomenda a busca ativa das pessoas para completar o esquema vacinal, "a fim de garantir a máxima proteção dos brasileiros, principalmente contra as novas variantes".

Fonte: Júlia Marques - Estadão Conteúdo via Bem Paraná

Mais 194 mil vacinas contra a Covid-19 da Pfizer chegam ao Paraná

 Os imunizantes que desembarcaram na noite desta quarta-feira (09) fazem parte da 93ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e são destinados para a segunda dose da população acima de 12 anos.

Foto: Danilo Avanci/SESA

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu nesta quarta-feira (9) mais 194.220 vacinas da Pfizer/BioNTech para a prevenção da Covid-19. Os imunizantes fazem parte da 93ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e são destinados para a segunda dose da população acima de 12 anos. A remessa chegou em dois voos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, um às 18h45 (LA-3510) e o segundo às 23h10 (LA-4736)

As doses já estão no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, para conferência e armazenamento, de onde serão descentralizadas às Regionais de Saúde nos próximos dias.

Segundo o Ministério, a proteção mais alta contra as formas graves da doença acontece duas semanas após a aplicação da segunda dose. Por isso a importância em completar o calendário.

“Muitas pessoas iniciaram o esquema vacinal contra a Covid-19 e não retornaram para a segunda. A proteção efetiva contra o vírus não ocorre sem a D2, por isso a importância em retornar aos postos de vacinação. As vacinas para esse público continuam chegando ao Estado”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.


Fonte: AEN

Indústria brasileira começa mal o ano e registra o pior janeiro em quatro anos

 Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção despencou 7,2%

(Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O setor industrial do Brasil registrou perdas bem acima do esperado em janeiro depois de um respiro no mês anterior, em um início de 2022 ainda com gargalos nas cadeias de insumo e dificuldades de retomada.

A produção industrial brasileira teve em janeiro queda de 2,4% na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

O resultado marcou a perda mais intensa para um mês de janeiro desde 2018 (2,6%) e foi bem pior do que expectativa em pesquisa da Reuters de contração de 1,9%. Também elimina grande parte do ganho de 2,9% registrado em dezembro.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção despencou 7,2%, contra projeção de queda de 6,0%.

Com esses resultados, o setor fica 3,5% abaixo do patamar de pré-pandemia, em fevereiro de 2020, destacou o IBGE.

“(...) o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e perfil disseminado de queda", afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo, explicando que o avanço de dezembro pode estar relacionado à antecipação da produção antes de férias coletivas e paralisações em janeiro.

"De forma geral, começamos 2022 num padrão parecido com o ano de 2021, dezembro do ano passado foi um ponto fora da curva", completou ele, lembrando que o ano passado foi marcado por oito taxas mensais negativas.

A indústria brasileira registrou em 2021 crescimento de 4,5%, recuperando as perdas de 3,4% de 2020, de acordo com os dados do PIB divulgados pelo IBGE. Mas terminou o ano passado com contração de 1,2% no quarto trimestre sobre os três meses anteriores.

No fim de fevereiro, o governo reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% para todos os produtos com exceção de tabaco. Com a medida, o governo espera ajudar a conter a inflação e dar um impulso à indústria.

Com a perspectiva para 2022 de juros altos e inflação persistente, a indústria brasileira iniciou o ano com 20 das 26 atividades registrando contração da produção. O cenário pode ainda se agravar depois de a Rússia invadir a Ucrânia, com potenciais efeitos sobre a inflação e o crescimento mundial.

"Há questões conjunturais como encarecimento do custo de produção, escassez de insumos e matérias-primas por conta da pandemia e juros e inflação mais altos, salários menores e precarização do emprego", completou Macedo.

"Sabemos que o conflito geopolítico vai trazer dificuldades na obtenção de insmuos, componentes e matérias-primas, e intensificar um movimento que já vem ocorrendo por conta da pandemia. Quais setores serão mais ou menos atingidos temos que aguardar."

Em janeiro, as principais influências negativas vieram das contrações na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%).

Nos dois últimos meses de 2021, essas duas atividades haviam acumulado ganhos de 18,2% e de 6,0%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, as produções de bens de consumo duráveis (-11,5%) e de bens de capital (-5,6%) tiveram as maiores perdas em relação a dezembro. Bens intermediários recuaram 1,9% e bens de consumo semi e não duráveis apresentaram queda de 0,5%.

Coordenador-geral da campanha de Moro será também o 'dono da chave do cofre'

 Ex-juiz parcial escalou um advogado paranaense de sua confiança para coordenar doações eleitorais a sua campanha ao Planalto

Luís Felipe Cunha e Sergio Moro (Foto: Sérgio Duarte/Podemos)


Por Igor Gadelha, Metrópoles - O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) escalou o advogado paranaense Luís Felipe Cunha para ser o dono da chave do cofre de sua campanha à Presidência da República.

O advogado já foi escolhido como o coordenador-geral da campanha e, além disso, terá de avalizar todas as doações de empresários e demais pessoas físicas a Moro.

Segundo apurou a coluna, o ex-juiz da Lava Jato escolheu o advogado paranaense pela confiança que tem nele. Os dois são amigos há mais de 10 anos.

Leia a íntegra no Metrópoles.


Civis ucranianos improvisam milícias e prometem repelir forças militares russas a qualquer custo

 Nacionalistas civis e o Batalhão Azov estão mobilizados para combater o exército russo

Batalhão Azov (Foto: Reuters)


247 - Enquanto parte do território ucraniano está cercado pelas tropas russas, o exército nacional resiste à invasão de Kiev com equipamento militar de última geração, fornecido pelos Estados Unidos e países da União Europeia e um grupo crescente de civis tem organizado milícias improvisadas na tentativa de proteger pequenas cidades no entorno da capital da Ucrânia.  

É um movimento pouco organizado, pouco profissional e fomentado por um sentimento de revolta contra os ataques dos russos. Em cada povoado, homens de todas organizam-se e armam-se como podem para resistir. 

Reportagem do Globo aponta que há de tudo. Jovens inexperientes que desfilam entre as pequenas cidades com rifles AK-47 recém-distribuídos pelo governo, em uma ação desesperada para armar a população nos primeiros dias da invasão russa. Veteranos da guerra na região de Donbass, experimentados em combate, e que foram seguidos para uma reserva após anos de militar também se mobilizam.

Eles garantem estar preparados para repelir a invasão russa a qualquer custo. Prometem atos de bravura, ações heroicas e sacrifícios pessoais em prol da libertação do país. 

Em meio a essa mobilização civil, há também a ação do Batalhão Azov, milícia nazi-fascista que desempenhou papel decisivo no golpe anti-Rússia de 2014 e na guerra contra as populações russas na região de Donbass. 

Lula diz que MTST não será "coadjuvante", e sim "sujeito" em um novo governo petista

 "Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar", afirmou o ex-presidente em vídeo direcionado ao MTST

Ato do MTST e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)

247 - Em vídeo direcionado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado por Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) afirmou, segundo o Estado de S. Paulo, que o grupo não será "coadjuvante", mas sim "sujeito" em um eventual novo governo petista.

Ele sinalizou que, caso eleito, abrirá espaço para que o MTST tenha papel decisivo nas políticas públicas sobre habitação. “Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou. (...) Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades. (...) Não serão apenas coadjuvantes. Serão sujeitos da história. Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar".

O ex-presidente também manifestou "gratidão" ao movimento pelo apoio dado durante a perseguição a ele promovida pela Lava Jato.

Conselho de Ética da Alesp consolida 21 representações contra deputado Arthur do Val

 Parlamentar já foi notificado e deverá apresentar sua defesa em até cinco dias úteis

Mamãe Falei (Foto: Reprodução)

247 - O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) consolidou um documento único com as 21 representações que pede a cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) em função de suas declarações misóginas sobre as mulheres ucranianas, que disse serem “fáceis porque são pobres”. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente do Conselho, Maria Lucia Amary (PSDB), já notificou o parlamentar e ele deverá apresentar sua defesa em até cinco dias úteis. 

Uma nova reunião do Colegiado para julgar a admissibilidade das representações deverá ser realizada na próxima semana. Caso a abertura do processo seja aceita, Amary deverá indicar um relator para o caso. 

O relator, então,indicará as punições possíveis - advertência, censura verbal ou escrita, suspensão ou cassação do mandato - e só após este passo o caso será votado pelo Conselho e levado ao Plenário da Alesp.

Senado aprova Sistema Nacional de Educação

 Ferramenta busca universalizar o acesso à educação

Sessão do Senado Federal (Foto: Roque de Sá / Agência Senado)

Agência Brasil – O Senado aprovou ontem (9) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019, que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE). A ideia da proposta é universalizar o acesso à educação básica harmonizando políticas, programas e ações da União, do Distrito Federal, de estados e de municípios. A meta do SNE é, entre outras, erradicar o analfabetismo; cumprir os planos de educação em todos os níveis da Federação e valorizar os profissionais da educação. Agora, o projeto segue para a Câmara.

O relator do projeto no Senado, Dario Berger (MDB-SC), comparou a função do SNE com a exercida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na gestão de saúde pública do país. “Se o SNE em si mesmo não é a panaceia universal, capaz de resolver o tremendo desafio da qualidade da educação no país, por outro lado se torna cada vez mais evidente o potencial de contribuição que apresenta, assim como outros sistemas em vigência no país, como o Sistema Único de Saúde e o Sistema Único de Assistência Social [SUAS]”, afirmou em seu relatório.

O texto apresenta uma série de princípios e diretrizes do SNE. Dentre outros, a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; a equidade na alocação de recursos e na definição de políticas; e a articulação entre a escola, o trabalho e as práticas sociais.

Além disso, o SNE terá como diretrizes a garantia de políticas inclusivas para os alunos com deficiência, transtornos globais e altas habilidades e o atendimento às necessidades específicas das populações do campo e das comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.

Berger disse que foram dois anos de debate até chegar ao texto final. Ele afirmou que o SNE é uma forma de honrar a luta de tantos educadores brasileiros por uma educação de qualidade mais acessível para toda a população. Como exemplo, ele citou o professor Anísio Teixeira (1900-1971), que defendia a escola pública como promotora da democracia.

Valorização dos professores

Segundo o relator, o texto aprovado fortalece e valoriza “o papel dos profissionais da educação e a integração da educação escolar pública com a sociedade, por meio da gestão democrática”. Nesse sentido, o projeto cria o Fórum de Valorização dos Profissionais de Educação, com representantes dos governos e da sociedade civil organizada. Um dos focos desses fóruns será a atualização progressiva do piso salarial nacional da educação básica.

Lula defende Alckmin e diz que não coloca divergência "como paradigma para fazer política"

 "Ora, se eu tive divergência com o Alckmin porque ele foi candidato contra mim, eu tinha divergência com meu irmão Frei Chico quando a gente jogava bola", ironizou o ex-presidente

Lula e Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Facebook)


247 - O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, falou sobre a praticamente selada aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), que deve ser candidato a vice-presidente na chapa do petista pelo Palácio do Planalto neste ano.

Questionado sobre "incoerência" em escolher Alckmin para vice, com quem teve divergências ao longo dos últimos anos, Lula afirmou que discordâncias são naturais e que não podem impedir novos diálogos. "Se você não votou em mim na eleição que eu concorri e quiser votar agora, você acha que eu vou recusar porque você não votou em mim [no passado]? Ora, se eu tive uma divergência com o Alckmin porque ele foi candidato contra mim, eu tinha divergência com meu irmão Frei Chico quando a gente jogava bola, porque ele jogava em um time e eu jogava no outro. Se eu for colocar a divergência política-eleitoral em algum momento como paradigma para fazer política, é melhor eu não ser político".

"Temos que saber qual é o momento em que estamos disputando, o que está em causa, o que você pode construir, o significado das alianças políticas que você faz. Não é o fato de eu ter sido oposição ao Fernando Henrique Cardoso que eu vou deixar de conversar com ele ou com o Serra. Eu tenho amizades históricas com essa gente. Se em algum momento nós estivemos em lados opostos, a gente pode estar no mesmo lado em determinadas circunstâncias", completou.

O ex-presidente afirmou que Alckmin ainda não está decidido sobre a qual partido se filiará. Quanto à sua própria candidatura, Lula disse que será definida no começo de abril.

Alckmin revela mal-estar com divulgação pelo PSB de sua possível filiação ao partido

 Ex-governador pretendia antes conversar com o ex-presidente Lula e com os demais partidos com os quais vinha negociando. Acerto com PSB não foi fechado

Lula e Alckmin (Foto: REUTERS/Carla Carniel | GovSP)

247 – "O ex-governador Geraldo Alckmin ficou contrariado com a divulgação, feita pelo PSB, de que ele já acertou a entrada no partido", segundo revela a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. "Alckmin queria antes avisar as legendas com quem estava conversando, para não ser deselegante e acertar o apoio deles à chapa. Segundo interlocutores, ele fazia questão também de conversar com Lula (PT), que estava no México, sobre a decisão", informa ainda a jornalista.

Ontem, o PSB ficou de fora da federação de partidos formada pelo PT em torno da candidatura Lula, que até agora conta com o PCdoB e o PV. O PSB, mesmo fora da federação, quer que Alckmin entre no partido e seja vice de Lula. Segundo o jornalista Luís Costa Pinto, editor do 247, ele ainda não fechou com o PSB.

Putin não recusaria encontro com Zelensky, diz chanceler russo

 Segundo Sergei Lavrov, o presidente russo, Vladimir Putin, participaria de uma reunião com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir questões "específicas"

(Foto: Reuters)

247 com Reuters - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não recusaria uma reunião com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir questões "específicas

Lavrov fez os comentários em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (10) após conversas com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, na Turquia.

De acordo com a diplomacia turca, que intermediou a reunião, o objetivo das negociações era combinar um cessar-fogo no conflito que acontece no território ucraniano. Kuleba informou que não houve consenso sobre este ponto. 

"Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse ele à imprensa após o encontro, acrescentando que decidiu, com Lavrov, "continuar as negociações neste formato". 

Ainda segundo Kuleba, foi proposto um corredor humanitário na cidade portuária de Mariupol e um cessar-fogo por pelo menos 24 horas para atender os civis, mas o lado russo não concordou.

Reunião entre Lavrov e Kuleba na Turquia termina sem acordo

 "Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse a parte ucraniana

(Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia)

247 - A conversa entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia,  Sergey Lavrov, e seu homólogo ucraniano, Dmitry Kuleba, se encerraram já no início da manhã desta quinta-feira (10) sem acordo, segundo o UOL.

A reunião entre as chancelarias dos dois países aconteceu na Turquia, com a presença do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

De acordo com a diplomacia turca, o objetivo das negociações era combinar um cessar-fogo na guerra que acontece no território ucraniano. Kuleba informou que não houve consenso sobre este ponto. "Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse ele à imprensa após o encontro, acrescentando que decidiu, com Lavrov, "continuar as negociações neste formato"

Segundo Kuleba, foi proposto um corredor em Mariupol e um cessar-fogo por pelo menos 24 horas para atender os civis, mas o lado russo não concordou.

Lula quer lançar candidatura em abril, em evento com Haddad, Alckmin e Boulos

 PT ainda tem a expectativa de que Guilherme Boulos, do Psol, retire sua candidatura ao governo paulista

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad (Foto: Stuckert)


247 – "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu que lançará a sua pré-candidatura à Presidência da República no começo de abril, após o fim da janela partidária. A ideia é fazer um grande ato em São Paulo que reúna do ex-governador Geraldo Alckmin, que sacramentou sua ida ao PSB e será indicado vice da chapa, a integrantes do PSOL", informa o jornalista Sérgio Roxo, em reportagem publicada no Globo.

"Alguns petistas alimentam a expectativa de que até lá o líder sem-teto Guilherme Boulos aceite retirar a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Se isso acontecer, o evento servirá também para lançar o ex-prefeito Fernando Haddad ao governo paulista", acrescenta Roxo.

O que falta ainda definir é o partido ao qual Geraldo Alckmin se filiará para ser vice de Lula. A princípio, ele ficaria no PSB, mas o partido se recusou a participar da federação com PT, PCdoB e PV.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Caetano Veloso no Senado: 'desmatamento na Amazônia saiu do controle e nossa credibilidade internacional está arrasada' (vídeos)

 O músico participou de uma mobilização de artistas no Senado em defesa da pauta ambiental

Caetano Veloso (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O cantor e compositor Caetano Veloso afirmou, nesta quarta-feira (9), durante ato de artistas no Senado, que "o país vive hoje, sua maior encruzilhada ambiental desde a democratização". O músico e outros representantes da classe artística entregaram ao Congresso Nacional um documento contra o PL do Veneno, que estimula a liberação de agrotóxicos e pesticidas no Brasil.

"O desmatamento na Amazônia saiu do controle. As proteções sociais e ambientais construídas nos últimos 40 anos vêm sendo solapadas. A nossa credibilidade internacional está arrasada. O prejuízo é de todos nós", disse.

"O dia de hoje marca uma mobilização inédita, que une um número expressivo de artistas e mais de duas centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais em torno da causa ambiental", complementou.