quinta-feira, 10 de março de 2022

Civis ucranianos improvisam milícias e prometem repelir forças militares russas a qualquer custo

 Nacionalistas civis e o Batalhão Azov estão mobilizados para combater o exército russo

Batalhão Azov (Foto: Reuters)


247 - Enquanto parte do território ucraniano está cercado pelas tropas russas, o exército nacional resiste à invasão de Kiev com equipamento militar de última geração, fornecido pelos Estados Unidos e países da União Europeia e um grupo crescente de civis tem organizado milícias improvisadas na tentativa de proteger pequenas cidades no entorno da capital da Ucrânia.  

É um movimento pouco organizado, pouco profissional e fomentado por um sentimento de revolta contra os ataques dos russos. Em cada povoado, homens de todas organizam-se e armam-se como podem para resistir. 

Reportagem do Globo aponta que há de tudo. Jovens inexperientes que desfilam entre as pequenas cidades com rifles AK-47 recém-distribuídos pelo governo, em uma ação desesperada para armar a população nos primeiros dias da invasão russa. Veteranos da guerra na região de Donbass, experimentados em combate, e que foram seguidos para uma reserva após anos de militar também se mobilizam.

Eles garantem estar preparados para repelir a invasão russa a qualquer custo. Prometem atos de bravura, ações heroicas e sacrifícios pessoais em prol da libertação do país. 

Em meio a essa mobilização civil, há também a ação do Batalhão Azov, milícia nazi-fascista que desempenhou papel decisivo no golpe anti-Rússia de 2014 e na guerra contra as populações russas na região de Donbass. 

Lula diz que MTST não será "coadjuvante", e sim "sujeito" em um novo governo petista

 "Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar", afirmou o ex-presidente em vídeo direcionado ao MTST

Ato do MTST e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Ricardo Stuckert)

247 - Em vídeo direcionado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado por Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-presidente Lula (PT) afirmou, segundo o Estado de S. Paulo, que o grupo não será "coadjuvante", mas sim "sujeito" em um eventual novo governo petista.

Ele sinalizou que, caso eleito, abrirá espaço para que o MTST tenha papel decisivo nas políticas públicas sobre habitação. “Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou. (...) Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades. (...) Não serão apenas coadjuvantes. Serão sujeitos da história. Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar".

O ex-presidente também manifestou "gratidão" ao movimento pelo apoio dado durante a perseguição a ele promovida pela Lava Jato.

Conselho de Ética da Alesp consolida 21 representações contra deputado Arthur do Val

 Parlamentar já foi notificado e deverá apresentar sua defesa em até cinco dias úteis

Mamãe Falei (Foto: Reprodução)

247 - O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) consolidou um documento único com as 21 representações que pede a cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) em função de suas declarações misóginas sobre as mulheres ucranianas, que disse serem “fáceis porque são pobres”. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente do Conselho, Maria Lucia Amary (PSDB), já notificou o parlamentar e ele deverá apresentar sua defesa em até cinco dias úteis. 

Uma nova reunião do Colegiado para julgar a admissibilidade das representações deverá ser realizada na próxima semana. Caso a abertura do processo seja aceita, Amary deverá indicar um relator para o caso. 

O relator, então,indicará as punições possíveis - advertência, censura verbal ou escrita, suspensão ou cassação do mandato - e só após este passo o caso será votado pelo Conselho e levado ao Plenário da Alesp.

Senado aprova Sistema Nacional de Educação

 Ferramenta busca universalizar o acesso à educação

Sessão do Senado Federal (Foto: Roque de Sá / Agência Senado)

Agência Brasil – O Senado aprovou ontem (9) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 235/2019, que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE). A ideia da proposta é universalizar o acesso à educação básica harmonizando políticas, programas e ações da União, do Distrito Federal, de estados e de municípios. A meta do SNE é, entre outras, erradicar o analfabetismo; cumprir os planos de educação em todos os níveis da Federação e valorizar os profissionais da educação. Agora, o projeto segue para a Câmara.

O relator do projeto no Senado, Dario Berger (MDB-SC), comparou a função do SNE com a exercida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na gestão de saúde pública do país. “Se o SNE em si mesmo não é a panaceia universal, capaz de resolver o tremendo desafio da qualidade da educação no país, por outro lado se torna cada vez mais evidente o potencial de contribuição que apresenta, assim como outros sistemas em vigência no país, como o Sistema Único de Saúde e o Sistema Único de Assistência Social [SUAS]”, afirmou em seu relatório.

O texto apresenta uma série de princípios e diretrizes do SNE. Dentre outros, a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; a equidade na alocação de recursos e na definição de políticas; e a articulação entre a escola, o trabalho e as práticas sociais.

Além disso, o SNE terá como diretrizes a garantia de políticas inclusivas para os alunos com deficiência, transtornos globais e altas habilidades e o atendimento às necessidades específicas das populações do campo e das comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas.

Berger disse que foram dois anos de debate até chegar ao texto final. Ele afirmou que o SNE é uma forma de honrar a luta de tantos educadores brasileiros por uma educação de qualidade mais acessível para toda a população. Como exemplo, ele citou o professor Anísio Teixeira (1900-1971), que defendia a escola pública como promotora da democracia.

Valorização dos professores

Segundo o relator, o texto aprovado fortalece e valoriza “o papel dos profissionais da educação e a integração da educação escolar pública com a sociedade, por meio da gestão democrática”. Nesse sentido, o projeto cria o Fórum de Valorização dos Profissionais de Educação, com representantes dos governos e da sociedade civil organizada. Um dos focos desses fóruns será a atualização progressiva do piso salarial nacional da educação básica.

Lula defende Alckmin e diz que não coloca divergência "como paradigma para fazer política"

 "Ora, se eu tive divergência com o Alckmin porque ele foi candidato contra mim, eu tinha divergência com meu irmão Frei Chico quando a gente jogava bola", ironizou o ex-presidente

Lula e Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Facebook)


247 - O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, falou sobre a praticamente selada aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), que deve ser candidato a vice-presidente na chapa do petista pelo Palácio do Planalto neste ano.

Questionado sobre "incoerência" em escolher Alckmin para vice, com quem teve divergências ao longo dos últimos anos, Lula afirmou que discordâncias são naturais e que não podem impedir novos diálogos. "Se você não votou em mim na eleição que eu concorri e quiser votar agora, você acha que eu vou recusar porque você não votou em mim [no passado]? Ora, se eu tive uma divergência com o Alckmin porque ele foi candidato contra mim, eu tinha divergência com meu irmão Frei Chico quando a gente jogava bola, porque ele jogava em um time e eu jogava no outro. Se eu for colocar a divergência política-eleitoral em algum momento como paradigma para fazer política, é melhor eu não ser político".

"Temos que saber qual é o momento em que estamos disputando, o que está em causa, o que você pode construir, o significado das alianças políticas que você faz. Não é o fato de eu ter sido oposição ao Fernando Henrique Cardoso que eu vou deixar de conversar com ele ou com o Serra. Eu tenho amizades históricas com essa gente. Se em algum momento nós estivemos em lados opostos, a gente pode estar no mesmo lado em determinadas circunstâncias", completou.

O ex-presidente afirmou que Alckmin ainda não está decidido sobre a qual partido se filiará. Quanto à sua própria candidatura, Lula disse que será definida no começo de abril.

Alckmin revela mal-estar com divulgação pelo PSB de sua possível filiação ao partido

 Ex-governador pretendia antes conversar com o ex-presidente Lula e com os demais partidos com os quais vinha negociando. Acerto com PSB não foi fechado

Lula e Alckmin (Foto: REUTERS/Carla Carniel | GovSP)

247 – "O ex-governador Geraldo Alckmin ficou contrariado com a divulgação, feita pelo PSB, de que ele já acertou a entrada no partido", segundo revela a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. "Alckmin queria antes avisar as legendas com quem estava conversando, para não ser deselegante e acertar o apoio deles à chapa. Segundo interlocutores, ele fazia questão também de conversar com Lula (PT), que estava no México, sobre a decisão", informa ainda a jornalista.

Ontem, o PSB ficou de fora da federação de partidos formada pelo PT em torno da candidatura Lula, que até agora conta com o PCdoB e o PV. O PSB, mesmo fora da federação, quer que Alckmin entre no partido e seja vice de Lula. Segundo o jornalista Luís Costa Pinto, editor do 247, ele ainda não fechou com o PSB.

Putin não recusaria encontro com Zelensky, diz chanceler russo

 Segundo Sergei Lavrov, o presidente russo, Vladimir Putin, participaria de uma reunião com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir questões "específicas"

(Foto: Reuters)

247 com Reuters - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não recusaria uma reunião com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir questões "específicas

Lavrov fez os comentários em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (10) após conversas com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, na Turquia.

De acordo com a diplomacia turca, que intermediou a reunião, o objetivo das negociações era combinar um cessar-fogo no conflito que acontece no território ucraniano. Kuleba informou que não houve consenso sobre este ponto. 

"Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse ele à imprensa após o encontro, acrescentando que decidiu, com Lavrov, "continuar as negociações neste formato". 

Ainda segundo Kuleba, foi proposto um corredor humanitário na cidade portuária de Mariupol e um cessar-fogo por pelo menos 24 horas para atender os civis, mas o lado russo não concordou.

Reunião entre Lavrov e Kuleba na Turquia termina sem acordo

 "Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse a parte ucraniana

(Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia)

247 - A conversa entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia,  Sergey Lavrov, e seu homólogo ucraniano, Dmitry Kuleba, se encerraram já no início da manhã desta quinta-feira (10) sem acordo, segundo o UOL.

A reunião entre as chancelarias dos dois países aconteceu na Turquia, com a presença do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

De acordo com a diplomacia turca, o objetivo das negociações era combinar um cessar-fogo na guerra que acontece no território ucraniano. Kuleba informou que não houve consenso sobre este ponto. "Mencionamos um cessar-fogo, mas não houve avanços nesse sentido", disse ele à imprensa após o encontro, acrescentando que decidiu, com Lavrov, "continuar as negociações neste formato"

Segundo Kuleba, foi proposto um corredor em Mariupol e um cessar-fogo por pelo menos 24 horas para atender os civis, mas o lado russo não concordou.

Lula quer lançar candidatura em abril, em evento com Haddad, Alckmin e Boulos

 PT ainda tem a expectativa de que Guilherme Boulos, do Psol, retire sua candidatura ao governo paulista

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad (Foto: Stuckert)


247 – "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu que lançará a sua pré-candidatura à Presidência da República no começo de abril, após o fim da janela partidária. A ideia é fazer um grande ato em São Paulo que reúna do ex-governador Geraldo Alckmin, que sacramentou sua ida ao PSB e será indicado vice da chapa, a integrantes do PSOL", informa o jornalista Sérgio Roxo, em reportagem publicada no Globo.

"Alguns petistas alimentam a expectativa de que até lá o líder sem-teto Guilherme Boulos aceite retirar a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Se isso acontecer, o evento servirá também para lançar o ex-prefeito Fernando Haddad ao governo paulista", acrescenta Roxo.

O que falta ainda definir é o partido ao qual Geraldo Alckmin se filiará para ser vice de Lula. A princípio, ele ficaria no PSB, mas o partido se recusou a participar da federação com PT, PCdoB e PV.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Caetano Veloso no Senado: 'desmatamento na Amazônia saiu do controle e nossa credibilidade internacional está arrasada' (vídeos)

 O músico participou de uma mobilização de artistas no Senado em defesa da pauta ambiental

Caetano Veloso (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O cantor e compositor Caetano Veloso afirmou, nesta quarta-feira (9), durante ato de artistas no Senado, que "o país vive hoje, sua maior encruzilhada ambiental desde a democratização". O músico e outros representantes da classe artística entregaram ao Congresso Nacional um documento contra o PL do Veneno, que estimula a liberação de agrotóxicos e pesticidas no Brasil.

"O desmatamento na Amazônia saiu do controle. As proteções sociais e ambientais construídas nos últimos 40 anos vêm sendo solapadas. A nossa credibilidade internacional está arrasada. O prejuízo é de todos nós", disse.

"O dia de hoje marca uma mobilização inédita, que une um número expressivo de artistas e mais de duas centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais em torno da causa ambiental", complementou.


Petróleo desaba mais de 12% com acenos de solução de guerra e oferta

 Análise de que proibição dos EUA ao petróleo russo pode não piorar a escassez manteve os preços sob controle, assim como possível produção de outros países

(Foto: Reuters)

InfoMoney O preço do petróleo desabou na sessão desta quarta-feira (9), em um dia de forte volatilidade nas negociações. Os investidores avaliaram a proibição dos Estados Unidos às importações de petróleo russo e com a Rússia anunciando um novo cessar-fogo na Ucrânia para deixar civis saírem do país, além de novidades com acenos para a solução de guerra entre as nações.

O contrato futuro do petróleo Brent com vencimento em maio fechou em queda de 13,16%, a US$ 111,14 o barril, enquanto o WTI para abril perdeu 12,12%, a US$ 108,70 o barril, na maior queda percentual desde novembro.

Em meio a essa forte queda da commodity, ações de petroleiras tiveram baixa expressiva na sessão. PetroRio (PRIO3) fechou em baixa de 6,44% (R$ 26,14), enquanto 3R Petroleum (RRRP3) teve desvalorização de 4,35% (R$ 37,36). A Petrobras (PETR3, R$ 34,68, -0,03%;PETR4, R$ 32,56, +0,31%), por sua vez, fechou perto da estabilidade, uma vez que os investidores monitoram a votação de projetos de lei no Senado para conter a disparada dos preços dos combustíveis, em um cenário em que a alta do petróleo tem pressionado a política da companhia.

A visão de que a proibição dos EUA às importações de petróleo russo pode não piorar a escassez manteve os preços sob controle, disseram traders. Cabe ressaltar que, na madrugada de segunda-feira (7), o brent chegou a flertar com os US$ 140 o barril com notícias de que a União Europeia também poderia aderir ao embargo russo, o que não se concretizou.

Operadores mencionaram também o fato de que a Ucrânia não estava mais buscando a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após algumas notícias nesta semana sobre o assunto.

O vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Ihor Zhokva, afirmou que a Ucrânia está disposta a discutir neutralidade em relação à organização.

“A percepção de que a proibição de importação dos EUA pode não tornar o atual choque de oferta pior do que já foi também pode ter desencadeado esse surto de realização de lucros”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM, que também citou a Ucrânia moderando as aspirações para integrar na Otan.

O movimento de queda se intensificou durante a tarde em meio a indicações de possível progresso dos EUA em incentivar mais produção de petróleo de outras fontes. A Reuters informou que o Iraque  poderia aumentar a produção se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pedisse. O secretário de Estado Antony Blinken também sinalizou que os Emirados Árabes Unidos apoiariam o aumento da produção pela Opep+.

O petróleo também recuou quando o chefe da Agência Internacional de Energia descreveu a decisão na semana passada de liberar 60 milhões de barris de reservas de petróleo para compensar as interrupções no fornecimento após a invasão da Rússia como “uma resposta inicial” e que mais poderia ser liberado se necessário.

A commodity chegou a reduzir perdas com o relatório semanal do DoE, que mostrou que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 1,863 milhão de barris, a 411,562 milhões de barris, na semana encerrada em 4 de março, mas intensificaram as quedas após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmar estar preparado para fazer concessões em prol de terminar a guerra.

Para Edward Moya, da Oanda, além da fala de Zelensky, os preços do petróleo caíram à medida que cresce o otimismo de que o impacto econômico das sanções está pesando na economia russa, e que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode tentar evitar uma longa guerra.

De acordo com o Julius Baer, o isolamento de Moscou deixa uma lacuna no mercado de petróleo. “O mundo não está prestes a ficar sem petróleo. Estamos testemunhando uma crise de preços e não uma crise de oferta”, destacou, em relatório enviado a clientes.

Apesar das quedas desta quarta, segundo a Rystad Energy, na pior das hipóteses, o preço do barril de petróleo poderá atingir US$ 240 em meados do ano se países ocidentais adotarem sanções em massa contra exportações de petróleo russo.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

Zelensky diz estar disposto a fazer concessões à Rússia e pede conversa com Putin

 “O outro lado também deve estar disposto a fazer concessões”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

Presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky (Foto: Reuters)

247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, nesta quarta-feira, 9, em entrevista ao jornal alemão Bild, estar disposto a fazer concessões para pôr fim à guerra. Entre outros pontos, os russos exigem o reconhecimento das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no Donbass, como territórios independentes.

"A questão aqui não é o que eu posso dar. Em todas as negociações, meu objetivo é acabar com a guerra com a Rússia. E também estou pronto para dar alguns passos", disse Zelensky.

"E o outro lado também deve estar disposto a fazer concessões - é por isso que elas são chamadas de concessões. Esta é a única forma de sairmos desta situação. Ainda não podemos falar sobre os detalhes. Ainda não tivemos contato direto entre os presidentes. Somente após as conversas diretas entre os dois presidentes podemos acabar com essa guerra", afirmou.

PSB fica só, e coligará com Federação formada por PT, PV e PCdoB em apoio a Lula

 O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que os partidos vão continuar discutindo um programa único. O PSB seguirá na aliança de apoio a Lula, na forma de coligação

Carlos Siqueira  (Foto: Divulgação)


247 - O PSB desistiu de compor uma federação partidária com o PT, mas seguirá na aliança de apoio à candidatura do ex-presidente Lula, na forma de coligação. A decisão foi confirmada em reunião nesta quarta-feira, 9, entre as cúpulas de PT, PSB, PCdoB e PV. A informação foi publicada inicialmente pelo Metrópoles e confirmada pelo Brasil 247.

Com isso, seguem conversando para formar a federação as lideranças de PT, PV e PcdoB. 

Após o encontro, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou a intenção de estar na composição de Lula também para São Paulo.

“O que nos une é maior do que o que nos separa. Somos convergentes na oposição a Bolsonaro, e vamos continuar discutindo um programa único”, disse Siqueira.

EUA jogaram Guaidó na lixeira para negociar com Maduro, diz deputado venezuelano

 Parlamentar considerou que a reaproximação entre os governos de Maduro e Biden poderia ser o palco para o fim das sanções

(Foto: Reuters)

(Sputnik) – O Governo dos Estados Unidos usou o opositor venezuelano Juan Guaidó e agora o deixou de lado, para se sentar e negociar com o legítimo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse Saúl Ortega, deputado e membro da Comissão de Política Externa do Parlamento.

"Eles nem levaram em conta Juan Guaidó, essa é a política real, que essa figura fictícia que causou tanto dano ao país nesta conjuntura não lhes serve mais. Eles o usaram e o jogaram no lixão, e eles têm que se entender com o único governo legal na Venezuela", disse Ortega, membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Em 5 de março, Maduro recebeu uma delegação do governo Joe Biden no palácio presidencial em Caracas, com quem concordou em estabelecer uma agenda de interesse comum.

O presidente venezuelano não deu detalhes sobre os pontos discutidos na reunião, mas a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que autoridades americanas viajaram a Caracas para discutir uma "variedade de questões, incluindo segurança energética".

Em 2019, os Estados Unidos reconheceram o opositor Guaidó, que em janeiro daquele ano se autoproclamou "presidente interino", e ignorou Maduro, que foi reeleito em 2018 para um segundo mandato entre 2019-2025.

Nesse mesmo ano, Maduro rompeu relações diplomáticas com Washington, após argumentar que o governo do então presidente Donald Trump (2017-2021) estava por trás da autoproclamação de Guaidó, ato que ele descreveu como intervencionismo.

Após três dias do encontro entre Maduro e a delegação norte-americana, a justiça venezuelana libertou Gustavo Cárdenas, um dos seis ex-diretores da petrolífera Citgo detidos em Caracas desde 2017, e Jorge Fernández, cubano-americano preso na terça-feira, em fevereiro de 2021 no estado de Táchira (oeste) por um suposto crime de terrorismo.

Sanções

Desde então, a nação norte-americana aumentou as sanções contra a Venezuela, que segundo o governo Maduro são os principais responsáveis ​​pela crise econômica em seu país.

Nesse sentido, Ortega considerou que a reaproximação entre os governos de Maduro e Biden poderia ser o palco para o fim das sanções.

"Essas medidas ilegais, unilaterais e coercitivas nunca deveriam ter existido, que o governo [dos EUA] esteja ciente de que nesse quadro não vamos nos entender e corrigir, não apenas levantando as sanções que causaram muito dano a o povo da Venezuela, mas também que podemos avançar em diversas áreas", comentou.

O parlamentar considerou que o governo Biden também deve devolver à Venezuela os recursos econômicos e as empresas estatais que lhe foram retiradas.

"Não são apenas as sanções, é o roubo vergonhoso da (petrolífera) Citgo, o problema do diplomata venezuelano Alex Saab [extraditado de Cabo Verde para os Estados Unidos], é o problema bancário em que nossos recursos foram sequestrados, nós não. Eles nos permitem vender petróleo porque não temos como cobrar deles. Muito dinheiro foi roubado por encomendas dos Estados Unidos", disse ele.

As acusações feitas pelo governo vão desde o roubo da Citgo, da petroquímica colombiana-venezuelana Monómeros, das 30 toneladas de ouro que esta nação sul-americana depositou no Banco da Inglaterra e mais de 7.000 milhões de dólares estatais que estão em bancos estrangeiros e foram bloqueados por meio de sanções.

Alexandre de Moraes autoriza envio de provas contra Bolsonaro ao TSE

 Relator do inquérito no STF que investiga o vazamento de informações sigilosas por Bolsonaro em uma de suas lives, Alexandre de Moraes autorizou mais uma vez envio ao TSE

(Foto: ABr)

ConJur Relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga o vazamento de informações sigilosas pelo presidente Jair Bolsonaro em uma de suas lives, o ministro Alexandre de Moraes autorizou mais uma vez o envio das mesmas ao Tribunal Superior Eleitoral

A decisão foi assinada na terça-feira (8/3), mesma data em que o Corregedor-Geral Eleitoral, ministro Mauro Campbell, solicitou ao STF o compartilhamento. Há no TSE um inquérito em andamento para apurar os mesmos fatos.

Os dados sigilosos foram divulgados por Bolsonaro durante live em agosto de 2021, quando deu informações sobre um ataque hacker ao TSE em 2018. As informações foram usadas para indicar uma falta de confiabilidade no sistema eletrônico de votação adotado no Brasil.

Segundo Moraes, "os elementos de prova colhidos nesta investigação interessam ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no âmbito de suas competências, têm atribuição para apurar e requerer medidas em face dos fatos investigados". Em 14 de fevereiro, ele já havia autorizado esse compartilhamento.

Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro cometeu crime ao lado do deputado federal Filipe Barros (PSL), que também participou da live. Ex-presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que, por conta dos atos do presidente, foi preciso reforçar a cybersegurança da corte.

Já o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento das investigações ao STF. Jair Bolsonaro, paralelamente, ignorou ordem do STF e faltou a depoimento sobre o caso na Polícia Federal.

No TSE, o inquérito que apura o vazamento de dados é o mesmo em que a Corregedoria, à época sob comando do ministro Luís Felipe Salomão, deu ordem para suspender a monetização de perfis com fake news sobre eleições nas redes sociais em agosto de 2021.

Ato pela Terra na Esplanada dos Ministérios denuncia incentivos a agrotóxicos, desmatamento e garimpo em terras indígenas

 "O Senado tem o poder e a responsabilidade de impedir mudanças legislativas irreversíveis", alertou Caetano no discurso que fez ao entregar o manifesto

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - Convocado pelo cantor e compositor Caetano Veloso, o Ato pela Terra, realizado nesta quarta-feira (9), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reuniu artistas e representantes de movimentos sociais em protesto contra o “pacote de destruição”. O PL 6.299/2002  que amplia a margem para autorização para a inserção de novos agrotóxicos no mercado, incentivando o desmatamento e garimpo em terras indígenas, informa o jornal Correio Brasiliense. 

"O país vive hoje sua maior encruzilhada ambiental desde a democratização. O desmatamento na Amazônia saiu do controle. As proteções sociais e ambientais construídas nos últimos 40 anos vêm sendo solapadas. A nossa credibilidade internacional está arrasada. O prejuízo é de todos nós”, pontuou Caetano ao entregar o manifesto ao presidente do Senado,  Rodrigo Pacheco (DEM-MG). 

Além dos artistas, centenas de pessoas faziam protestos em frente à Esplanada dos Ministérios contra o pacote da destruição que incentiva agrotóxicos, desmatamento e garimpo em terras indígenas.

Pela manhã, cerca de 150 indígenas, de oito povos da Bahia, reuniram-se em frente à Esplanada, em protesto contra a liberação de mineração em terras indígenas.

Defensor das atividades extrativistas na Amazônia desde que assumiu o poder em 2019, Bolsonaro tentou acelerar projetos no Congresso para flexibilizar as regulamentações ambientais e enfrentou protestos internacionais pelo aumento do desmatamento na maior floresta tropical do mundo.

Assista aos vídeos: 

 

Policiais de Minas fecham ruas de BH, lançam bombas e agridem jornalistas (vídeos)

 Os servidores das forças de segurança pública de Minas Gerais reivindicam recomposição salarial de 24%

Protesto dos servidores das forças de segurança pública de Minas Gerais, na Praça da Estação, em BH (Foto: Reprodução/TV Globo)

247 - Policiais de Minas Gerais lançaram bombas e fecharam o trânsito no centro de Belo Horizonte (MG) nesta quarta-feira, 9. Os servidores das forças de segurança pública de Minas reivindicam recomposição salarial de 24%.

Jornalistas agredidos

Uma repórter da TV Band Minas, Laura França, perdeu temporariamente a audição enquanto cobria o protesto. Segundo a emissora, os manifestantes lançaram bombas em direção à equipe.

“A repórter Laura França, da TV Band Minas, sofreu um trauma auditivo após uma bomba estourar do lado da profissional na Praça da Estação, em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira. Já o repórter Caio Tárcia, da Band News, foi hostilizado e alvo de uma bomba lançada contra ele quando seguia acompanhando o ato em direção à Praça Sete, no centro da capital”, disse a emissora.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) divulgou nota dizendo que "repudia os ataques aos jornalistas e reitera que todo e qualquer ato que tenha como objetivo impedir a cobertura jornalística de fatos de interesse público é uma violação ao direito da imprensa de informar e ao do cidadão de ser informado, garantias previstas na Constituição Brasileira".

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também divulgou nota cobrando providência do governo de Minas Gerais “para que tais fatos não se repitam e para a garantia da segurança dos profissionais da imprensa”.

Já o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJMPG) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também repudiaram o caso, em nota conjunta, destacando que é “inaceitável que as forças de segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da imprensa”.

Problema jurídico

Os policiais mantiveram as manifestações nesta quarta, apesar de determinação judicial. Na terça-feira, 8, a 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte proibiu invasão de prédios públicos e privados, queima de objetos e porte e utilização de armas, foguetes ou bombas durante o protesto, sob pena de multa de R$ 100 mil por hora.

A decisão judicial proibiu a invasão da rampa do Palácio Tiradentes e do centro de convivência da Cidade Administrativa, assim como o acampamento na porta ou na dependência de prédios públicos ou privados com impedimento de acesso de terceiros.

A Constituição de 1988 proíbe que policiais militares realizem greve e participem de qualquer tipo de sindicalização, em seu artigo 143. A partir de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu as proibições para policiais civis estaduais, federais, agentes penitenciários ou qualquer força de segurança.

O Sindpol/MG lembrou que os policiais reivindicam recomposição das perdas inflacionárias e que o governador, Romeu Zema, cumpra o acordo em que concordou em pagar pelo menos as duas parcelas faltantes e pela retirada do Regime de Recuperação Fiscal.

 


PSB desiste de compor federação com PT

 O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que os partidos vão continuar discutindo um programa único. O PSB seguirá na aliança de apoio a Lula, na forma de coligação

Carlos Siqueira  (Foto: Divulgação)

247 - O PSB desistiu de compor uma federação partidária com o PT, mas seguirá na aliança de apoio à candidatura do ex-presidente Lula, na forma de coligação. A decisão foi confirmada em reunião nesta quarta-feira, 9, entre a cúpula de PT, PSB, PCdoB e PV. A informação foi publicada inicialmente pelo Metrópoles e confirmada pelo Brasil 247.

Com isso, seguem conversando para formar a federação as lideranças de PT, PV e PcdoB. 

Após o encontro, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou a intenção de estar na composição de Lula também para São Paulo.

“O que nos une é maior do que o que nos separa. Somos convergentes na oposição a Bolsonaro, e vamos continuar discutindo um programa único”, disse Siqueira.