"A paz deve ser o objetivo imediato e urgente a ser alcançado", afirma o Cebrapaz
(Foto: Ag.Brasil)
247 - O Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) realizou na última segunda-feira (28/2) uma reunião ampliada de sua diretoria e se pronunciou sobre o conflito militar em agravamento no Leste Europeu.
"A humanidade acompanha com extrema preocupação o desenrolar dos acontecimentos na Europa Oriental, com a eclosão do conflito militar envolvendo a Rússia e a Ucrânia", afirma o documento do Cebrapaz
Em linha com o movimento mundial pela paz, o Cebrapaz defende negociações que conduzam ao cessar-fogo e permitam criar um ambiente de diálogo e a construção de uma saída política para esse conflito.
"A paz deve ser o objetivo imediato e urgente a ser alcançado!", afirmam os ativistas brasileiros pela paz.
"A defesa consequente da paz exige que as causas e os principais responsáveis pela guerra sejam identificados."
De acordo com o Cebrapaz, "o atual conflito tem suas raízes na agressiva expansão dos EUA e da Otan, após o fim da União Soviética, em direção às fronteiras da Federação Russa, ali instalando bases militares e armas nucleares, ignorando os repetidos e insistentes protestos da Rússia, hoje totalmente cercada por forças hostis."
"Após as ondas de expansão militar, os EUA e a Otan patrocinaram, em 2014, um golpe de Estado, que destituiu o presidente eleito da Ucrânia – por resistir a uma integração à Otan – levando grupos neonazistas ao poder."
"A rebelião das populações do leste da Ucrânia contra esse golpe foi reprimida a ferro e fogo pelo governo de Kiev, com a conivência e o apoio dos EUA e da Otan.
A nota do Cebrapaz valoriza os acordos de Minsk e condena os EUA, a Otan e o governo ucraniano por terem ignorado esses tratados. E denuncia que as Forças Armadas ucranianas massacraram as populações de Lugansk e Donetz, causando a morte de milhares de cidadãos ucranianos, em especial de origem russa, na região de Donbass.
Na opinião dos ativistas brasileiros pela paz, "os EUA e a Otan são os principais responsáveis pelo atual conflito na Europa Oriental".
"Denunciamos também a manipulação do vasto aparato midiático hegemônico que torna invisível a expansão guerreira da Otan e dos EUA e o apoio prestado por eles aos grupos neonazistas ucranianos, procurando colocar sobre a Federação Russa toda a responsabilidade da atual crise".
O Cebrapaz condena, além disso, as sanções econômicas contra a Federação Russa, "que em nada contribuem para a paz e, ao contrário, tornam ainda mais tensa a situação".
A nota do Cebrapaz conclui defendendo negociações que promovam o cessar-fogo.