quarta-feira, 2 de março de 2022

Eleição de 2022 deve ter queda na renovação do Legislativo

 


Câmara: renovação de 47% em 2018 (Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

Nas eleições de 2018, o índice de renovação da Câmara Federal foi de 47,37%, a maior desde 2006, quando o porcentual de novos deputados eleitos chegou a 47,95% das cadeiras. Quatro anos depois, o cenário é outro, e a previsão é de que esse índice caia na disputa de vagas pelo Legislativo, em todos os níveis, incluindo assembleias legislativas.

Na última eleição geral, foram eleitos 243 deputados novos e reeleitos 251 deputados, de um total de 444 candidatos à reeleição. Ou seja, 56,5% dos deputados que se candidataram à reeleição foram vitoriosos. Também foram eleitos 19 ex-deputados de legislaturas anteriores (3,7%).

Até então, o maior índice de renovação da Câmara havia sido em 1990, primeira eleição após a que escolheu a composição da Assembleia Constituinte de 1986. Nesse ano, 368 parlamentares concorreram à reeleição, mas apenas 189 voltaram, ou 51,35%. E 306 novos deputados representaram 61,82% do total de cadeiras. Desde a eleição de 1994, o percentual de renovação na Câmara ficou abaixo de 40%. A média de 1994 até 2014 foi de 37%. Três eleições tiveram o menor índice de renovação: 1994, 1998 e 2002.

Bolsonarismo Na bancada federal do Paraná, a renovação em 2018 foi de 50%, com 15 reeleitos e o mesmo número de novos eleitos. Dos novos, dez são oriundos das forças de segurança pública, tradicional reduto do bolsonarismo, que garantiram suas vagas na esteira da eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da onda da chamada “anti-política”.

Quatro anos antes, a renovação dos parlamentares foi de 40% - 18, dos atuais 30 deputados reeleitos. Mas considerando que apenas 22 dos concorreram à reeleição, apenas quatro não conseguiram permanecer na Casa.

Já na Assembleia Legislativa, o índice de renovação se repetiu nas últimas duas eleições, ficando em 38,8%. Ao todo, 33 deputados que foram reeleitos e 21 eram novos em relação à legislação anterior.

‘Outsiders’ perderam o apelo, avalia cientista político
Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerzon Urizzi Cervi, a tendência para as eleições legislativas de 2022 é que o movimento do eleitorado em busca de “outsiders” verificado em 2018 reflua e os índices de renovação caiam para patamares médios de pleitos anteriores. Ele lembra que em 2018, muitos novatos foram eleitos na onda bolsonarista e da “anti-política”, alimentada pelas denúncias de corrupção que vieram à tona com a Operação Lava Jato, e pelas manifestações que explodiram em junho de 2013.

Atualmente, a Lava Jato teve boa parte de suas decisões derrubadas nos tribunais superiores, após o ex-juiz Sergio Moro trocar a magistratura pelo cargo de ministro da Justiça do governo Bolsonaro, e deixar o governo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. A operação também viu seu principal alvo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixar a prisão e ter as decisões de Moro anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após a divulgação de conversas entre o então juiz e procuradores sobre a condução das investigações e processos. Cansaço - Na análise de Cervi, a eleição de 2018 foi mais parecida com a de 1990, quando também havia um “cansaço” do eleitorado com a política tradicional. “Entre 1994 e 2014, PSDB e PT se revezaram na Presidência da República. Um novo ciclo político comandado por dois partidos. Em 2018, o eleitor estava cansado desse modelo”, explica.

Para ele, 2022 está mais próximo de 1994 do que 2018. “Se olharmos para a história, depois de uma eleição desalinhadora, o eleitor tende a retomar o seu critério. Não creio que tenha (renovação maior ou igual)”, projeta.

Fonte: Bem Paraná

Após Carnaval, Paraná fica em alerta para ‘efeito rebote’ da Covid-19

Efeito dos deslocamentos do paranaense no Carnaval pode influir (Foto: Luiz Costa/SMCS)

 As próximas semanas no Paraná serão de atenção aos números da Covid-19. É que após o feriado de Carnaval, o temor no estado é que a ocorrência de aglomerações e festas particulares — já que os carnavais de rua foram cancelados — voltem a provocar um aumento nas contaminações pelo coronavírus, num cenário parecido com aquele que foi visto em janeiro, após as festividades de final de ano (Natal e Réveillon).

Além disso, a movimentação do paranaense nestes últimos dias foi intensa. No Aeroporto Afonso Pena era esperado uma alta na movimentação de voos de 43% e do número de passageiros embarcando e desembarcando de 31% em relação ao Carnaval de 2021.

Outras 23 mil pessoas iriam embarcar em ônibus na Rodoviária de Curitiba no feriado de Carnaval. O volume é 24% superior ao do ano passado (18.589).
E, isso somado ao movimento intenso de viajantes pelas rodovias paranaenses, mostra que o Carnaval, mesmo sem folia, foi de deslocamentos, encontros e, consequentemente, risco de contágio.

“Tivemos um imenso número de novos casos no início do ano. Aglomerações, festividades e viagens foram as grandes vilãs. Não gostaria que esse cenário voltasse a se repetir. Portanto, peço a todos os paranaenses que não descuidem dos protocolos sanitários, usem a proteção indicada e de preferência, façam o teste em caso de algum sintoma”, declarou o Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, dias antes do começo dos dias de Carnaval.

Com isso, os próximos boletins da Saúde ganham importância maior para dimensionar o efeito de mais este feriado prolongado no Estado.

Fim de ano
Ao longo de todo o segundo semestre de 2021 o Paraná foi registrando uma queda gradativa nos casos novos e óbitos causados pela doença pandêmica. Se em julho, por exemplo, haviam sido divulgados 94.336 diagnósticos e 4.505 mortes, em dezembro passado já foram 19.132 contaminações e 89 óbitos.

Vieram, no entanto, as festividades de final de ano, com viagens, aglomerações e, para piorar, a chegada da variante ômicron, mais transmissível que as outras cepas do coronavírus. Com isso, o começo de 2022 registrou uma verdadeira explosão de casos e mortes, inclusive com recorde de diagnósticos no estado desde o início da pandemia.

Em janeiro, por exemplo, foram divulgados 371.896 diagnósticos e 352 mortes causadas pela Covid-19. Até então, o mês com mais casos novos da doença havia sido março de 2021, no momento mais crítico da pandemia, com 198.303 registros. Já fevereiro, até o dia 24, foram confirmados 334.643 casos da doença e 947 óbitos.
Nos últimos dias do segundo mês de 2022, contudo, houve um decréscimo superior a 50% na média móvel de casos novos e óbitos causados pela Covid-19. Um movimento que pode ser interrompido caso os paranaenses descuidem dos protocolos sanitários.

Com Ômicron, Curitiba viveu a mesma situação no início deste ano
Curitiba também sentiu os efeitos das festas de fim de ano. A cidade vinha de indicadores em queda acentuada, inclusive registrando dias seguidos sem novas mortes pela Covid-19 registradas.

Mas, ainda em janeiro viu as estatísticas voltarem a subir. Um dos indicadores, o de casos ativos, chegou em fevereiro batendo o recorde na pandemia, com 16.739 casos casos.

Ao longo do mês, contudo, novamente os números começaram a dar uma trégua e os casos ativos fecharam a semana passada em 9.120, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.

Na sexta-feira foram 1.016 novos casos de Covid-19 registrados e sete mortes de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus.

Fonte: Bem Paraná

Secretaria da Saúde registra mais 2.569 casos e 24 óbitos pela Covid-19

Segundo informe desta terça-feira (01), dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma agora 2.322.922 casos confirmados e 42.100 mortos pela doença.

Foto: SESA


A secretaria estadual da Saúde divulgou nesta terça-feira (01) mais 2.569 casos confirmados e 24 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os números não necessariamente representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.322.922 casos confirmados e 42.100 mortos pela doença.

Os casos confirmados divulgados nesta terça-feira são de março (290) fevereiro (1.977) e janeiro (287) de 2022; julho (3), junho (2), maio (1), março (4) de 2021; outubro (1), setembro (1), julho (2) e junho (1) de 2020. Os óbitos são de março (1), fevereiro (22) de 2022 e junho (1) de 2021.

INTERNADOS – Há 139 pacientes com diagnóstico confirmado internados em leitos SUS (55 em UTI e 84 enfermaria). Não há pessoas com diagnóstico confirmado na rede particular. Há outros 797 pacientes internados, 327 em leitos UTI e 470 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão na rede pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Secretaria da Saúde informa a morte de mais 24 pacientes. São sete mulheres e 17 homens, com idades que variam entre 42 e 100 anos. Os óbitos ocorreram entre 13 de junho de 2021 a 1 de março de 2022.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (14) e  Congonhinhas (2), além da morte de uma pessoa em cada um dos seguintes municípios: Sarandi, Santo Antônio do Sudoeste, Rio Azul, Pinhais, Palmeira, Maringá, Francisco Beltrão e Clevelândia.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 10.556 casos de residentes de fora do Estado, sendo que 230 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo

Confira relatório de ajustes no site da Sesa.


Fonte: AEN

Paraná conclui a Piracema após cinco forças-tarefas de fiscalização e soltura de mais 770 mil peixes nativos

 Foram 120 dias de restrições, com fiscalizações e orientações a pescadores. O período é determinado para respeitar a reprodução das espécies nativas. Restrição é determinada pelo Instituo Água e Terra (IAT) há mais de 15 anos, em cumprimento à Instrução Normativa do Ibama.

Foto: IAT


A Piracema, período de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução, chega ao fim após 120 dias, cinco forças-tarefas de fiscalização e o repovoamento dos rios com 770 mil peixes através do Programa Rio Vivo. O período abrangeu desde o dia 01 de novembro do ano passado até esta segunda-feira (28).

A restrição é determinada pelo Instituo Água e Terra (IAT) há mais de 15 anos, em cumprimento à Instrução Normativa nº 25/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O IAT é um órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), responsável, também, pela fiscalização do cumprimento das regras na pesca. A Piracema é instituída com a finalidade de respeitar a reprodução de todas as espécies nativas do Estado.

Entre as espécies protegidas no período estão bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva. Não entram na restrição as espécies consideradas exóticas, que foram introduzidas no meio ambiente pelo homem, como bagre-africano, apaiari, black-bass, carpa, corvina, peixe-rei, sardinha-de-água-doce, piranha-preta, tilápia, tucunaré e zoiudo. Também não entram espécies híbridas, que são organismos resultantes do cruzamento de duas espécies.

Considerando o comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, a pesca é proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná – que compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.

O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, destaca que durante este período, além das fiscalizações para cumprir a lei, o Governo do Estado promoveu a soltura de peixes com ações de educação ambiental. “Envolver a população, em especial as crianças nessas ações, é fundamental para garantir a conservação das espécies de peixes. Precisamos repovoar para recuperar o que o homem retirou dos rios para sua sobrevivência”, disse.

Desde agosto de 2021, com a Resolução Sedest nº 10/2021, que define normas para estocagem ou repovoamento de peixes no Paraná, já foram soltos 1,4 milhão de peixes nativos nas Bacias Hidrográficas dos rios Ivaí, Paraná, Paranapanema e Iguaçu. Até o final do ano, devem ser soltos mais 1,2 milhão, atingindo a marca de 2,6 milhões.

SANÇÕES – Ao longo do Piracema, o IAT promoveu cinco operações de força-tarefa a fim de coibir o desrespeito com as normativas e levar orientação a pescadores. O órgão também cumpriu uma denúncia que identificou a venda ilegal de peixes em comércio. Aos infratores, foram aplicadas penalidades e sanções previstas na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto n° 6.514, de 22 de julho de 2008, na Lei n° 10.779, de 25 de novembro de 2003, e demais legislações específicas.

A lei de crimes ambientais define multas de aproximadamente R$ 700,00 por pescador e mais de R$ 20,00 por quilo de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca, como varas, redes e embarcações, podem ser apreendidos. O transporte e a comercialização também são fiscalizados no período. Em cinco forças-tarefas e uma fiscalização por denúncia, foram apreendidos em comércios o total de 206 kg de peixes nativos à venda. Eles foram apreendidos e doados a instituições de caridade.

“Nossos fiscais percorreram trechos por terra e água para coibir crimes contra a pesca irregular e também repassar orientações aos pescadores”, destacou o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro César de Góes.

As fiscalizações também resultaram em notificações e multas de mais de R$ 328 mil, além de apreensões de equipamentos de pesca. Foram apreendidos: 4667 metros de redes de malhas diversas; 38 catueiros; 35 molinetes; 9 tarrafas; 15 espinhéis; mais de 800 metros de cordas de espinhéis; 103 boias loucas; 15 caniços de bambu; 301 anzóis de galho; 26 carretilhas; 46 caniços; 69 varas telescópicas.

“Infelizmente, ainda realizamos muita apreensão de material de pesca e identificamos muitas pessoas pescando em diversos locais”, disse o chefe regional do IAT em Maringá, Antonio Carlos Moreto, coordenador das forças-tarefas.


Fonte: AEN

Apucarana registra 22 casos de Covid-19 nesta terça-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou 22 casos de Covid-19 nesta terça-feira (1º) em Apucarana. O município segue com 543 mortes e soma agora 33.123 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos confirmados são de 14 mulheres e 8 homens. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 20 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 93.161 pessoas, sendo 63.040 em testes rápidos, 26.484 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 4 pacientes do município internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

terça-feira, 1 de março de 2022

Lula: governo Bolsonaro é "resultado direto do sentimento antipolítico" das elites e da mídia, e será derrotado

 Lula está no México para se encontrar com o presidente López Obrador

Lula, Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Ricardo Stuckert)

CartaCapital - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou nesta terça-feira 1º ao México onde já concedeu uma entrevista ao jornal local La Jornada. Na conversa, garantiu que a "antipolítica de Jair Bolsonaro" será derrotada nas urnas em outubro deste ano. Lula está no país para se encontrar com o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador.

“O Brasil está sendo destruído. As pessoas estão empobrecidas. […] Temos um governo que não governa de verdade, que foca na mentira e não respeita absolutamente nada. […] Esse governo desastroso, que é resultado direto do sentimento antipolítico que as elites, com a ajuda dos setores midiáticos, plantaram no Brasil, será derrotado este ano nas urnas”, garantiu Lula.

Leia a íntegra na CartaCapital

Globo avalia que declarações de Bolsonaro sobre a guerra envergonham o Brasil

 "Nenhuma palavra de solidariedade aos civis ucranianos", destaca o editorial

Bolsonaro, logo do O Globo e Zelensky (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Reuters)


247 – O jornal O Globo avalia que as falas de Jair Bolsonaro sobre a guerra na Ucrânia envergonham o Brasil. "Nenhuma palavra de solidariedade aos civis ucranianos atingidos pelas armas de Putin (só ontem ele falou em oferecer vistos humanitários a refugiados). Nenhuma crítica à agressão russa ao território soberano da Ucrânia. Em vez disso, Bolsonaro fez apenas uma menção irônica ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky: 'O povo confiou em um comediante para traçar o destino da nação'. Zelensky tem sido aplaudido no mundo todo por ter preferido cerrar fileiras com seus soldados na defesa do país a exilar-se", aponta o editorial desta terça-feira.

"As declarações de Bolsonaro, que revelam seu despreparo absoluto para lidar com política externa, são uma vergonha para o Brasil. Mais que isso, entram em conflito com as posições que o Itamaraty tem adotado nos foros internacionais", escreve ainda o editorialista.

Próxima reunião para negociação entre Rússia e Ucrânia deve ocorrer nesta quarta-feira

 O encontro deve acontecer entre Belarus e Polônia

Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin (Foto: Reuters)


247 - A segunda reunião para negociações de paz entre Rússia e Ucrânia deve ocorrer nesta quarta-feira (2), publicou a CGTN, emissora estatal chinesa.

O encontro deve acontecer entre Belarus e Polônia.

A primeira rodada de conversas entre representantes dos dois países ocorreu nesta segunda-feira (28), em Belarus. Nenhum acordo ainda foi firmado.

Comboio russo de 60 quilômetros se aproxima de Kiev

 "Para o inimigo, Kiev é o alvo principal", disse Zelensky, presidente da Ucrânia

(Foto: Reprodução)

Reuters - Uma coluna blindada russa derrubou a capital da Ucrânia, Kiev, nesta terça-feira, depois que o bombardeio mortal de áreas civis em sua segunda maior cidade indicou que comandantes russos frustrados poderiam recorrer a táticas mais devastadoras para alcançar os objetivos de sua invasão.

Quase uma semana desde que Moscou desencadeou sua guerra contra seu vizinho, suas tropas não conseguiram capturar uma única grande cidade ucraniana depois de enfrentar uma forte resistência.

Mas ainda tem mais forças para lançar na luta, embora o presidente russo, Vladimir Putin, enfrente condenação mundial e sanções internacionais por suas ações.

A empresa petrolífera Shell tornou-se a mais recente empresa ocidental a anunciar que estava se retirando da Rússia. As sanções e o isolamento financeiro global já tiveram um impacto devastador na economia da Rússia, com o rublo em queda livre e filas do lado de fora dos bancos enquanto os russos correm para salvar suas economias.

Kiev ainda estava nas mãos do governo do presidente Volodymyr Zelenskiy, com soldados e civis prontos para combater os invasores rua por rua.

Mas imagens divulgadas pela empresa de satélites norte-americana Maxar mostraram tanques e caminhões de combustível russos se estendendo por 60 quilômetros ao longo de uma rodovia e chegando a Kiev pelo norte.

"Para o inimigo, Kiev é o alvo principal", disse Zelenskiy, que permaneceu na capital reunindo os ucranianos, em uma mensagem durante a noite.

"Nós não os deixamos quebrar a defesa da capital, e eles mandam sabotadores para nós... Vamos neutralizar todos eles."

O conselheiro presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, disse que as forças russas estão tentando sitiar Kiev e Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia perto da fronteira com a Rússia no leste da Ucrânia.

Tropas russas dispararam artilharia em Kiev, Kharkiv e na cidade portuária de Mariupol, no sul, durante a noite, enquanto o lado ucraniano derrubou aviões militares russos ao redor da capital, disse Arestovych em um briefing.

As autoridades ucranianas também relataram 70 soldados mortos em um ataque com foguete em uma cidade entre Kiev e Kharkiv.

Risco para civis

Em Moscou, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que o Kremlin continuará sua operação militar na Ucrânia até atingir seus objetivos. O objetivo era se proteger das ameaças criadas pelo Ocidente e a Rússia não estava ocupando o território da Ucrânia, disse ele à agência de notícias Interfax.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse em uma atualização de inteligência que o avanço russo em Kiev fez pouco progresso nas últimas 24 horas, provavelmente devido a problemas logísticos.

Mas também alertou para uma mudança nas táticas russas.

"O uso de artilharia pesada em áreas urbanas densamente povoadas aumenta muito o risco de baixas civis", disse.

Kharkiv sofreu o impacto do ataque na segunda-feira. Autoridades dizem que dezenas de pessoas foram mortas e feridas por ataques de mísseis que atingiram áreas civis.

Zelenskiy disse que os ataques de artilharia em Kharkiv equivalem a terrorismo de Estado.

"O terror visa nos quebrar, quebrar nossa resistência", disse ele em um discurso em vídeo.

Grupos de direitos humanos e o embaixador da Ucrânia nos Estados Unidos acusaram a Rússia de usar bombas de fragmentação e bombas a vácuo, armas que foram condenadas por muitas organizações.

O estado-maior da Ucrânia disse que as perdas russas incluíam 5.710 funcionários, 29 aeronaves destruídas e danificadas e 198 tanques, todos os números que não puderam ser verificados.

A Rússia não deu um relato completo de suas perdas no campo de batalha, mas fotos da Ucrânia mostraram tanques e corpos russos queimados na estrada onde foram atacados por defensores ucranianos.

As conversações realizadas na segunda-feira na fronteira da Bielorrússia não conseguiram chegar a um avanço. Os negociadores não informaram quando ocorrerá uma nova rodada.

Especialistas em saúde pública dizem que a Ucrânia está com poucos suprimentos médicos críticos e os temores de uma crise de saúde pública mais ampla estão crescendo à medida que as pessoas fogem de suas casas e os serviços e suprimentos de saúde são interrompidos.

Mais de 500.000 pessoas fugiram da Ucrânia, de acordo com a agência de refugiados da ONU, desencadeando uma crise de refugiados enquanto milhares aguardam passagem nas fronteiras europeias. 

Nas Nações Unidas, a Assembleia Geral se reuniu antes de uma votação para isolar a Rússia, lamentando a "agressão contra a Ucrânia" de Moscou e exigindo que suas tropas parem de lutar e se retirem.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, descreveu a decisão de Putin no domingo de colocar a dissuasão nuclear da Rússia em alerta máximo como um "desenvolvimento assustador", dizendo à Assembleia Geral que o conflito nuclear é "inconcebível".

Aperto internacional

A Rússia de Putin enfrenta quase total isolamento internacional, com a notável exceção da China, por causa de sua decisão de lançar o que chamou de "operação militar especial" para desarmar a Ucrânia e capturar "neonazistas e viciados em drogas" que a lideram.

O mais devastador para a Rússia foram as sanções ao seu banco central, que o impedem de usar sua caixa de guerra de US$ 630 bilhões para sustentar o rublo. 

As petrolíferas Shell (SHEL.L) , BP e a norueguesa Equinor (EQNR.OL) anunciaram que deixariam suas posições na Rússia, que depende do petróleo e do gás para as receitas de exportação. 

O Canadá disse que proibiria as importações de petróleo bruto russo, e o senador republicano dos EUA, Lindsey Graham, instou o governo Biden a atingir o setor de energia russo com sanções.

Os principais bancos, companhias aéreas e montadoras encerraram parcerias, suspenderam remessas e chamaram as ações da Rússia de inaceitáveis.

A Mastercard disse que bloqueou várias instituições financeiras de sua rede de pagamentos como resultado de sanções à Rússia e a Visa (VN) disse que também tomará medidas.

Três grandes estúdios, Sony, Disney e Warner Bros., disseram que pausariam os lançamentos nos cinemas dos próximos filmes na Rússia, enquanto a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional proibiram equipes e atletas russos de competir.

Putin, que se orgulha do atletismo e é apaixonado por artes marciais, teve sua faixa preta honorária do World Taekwondo retirada dele por causa da invasão, disse o grupo.

Vários órgãos esportivos internacionais já censuraram a Rússia, um sinal da ampla repulsa global por suas ações.

Reportagem de Aleksandar Vasovic em Kiev; Natalia Zinets, Matthias Williams e Pavel Polityuk em Lviv; Kevin Liffey e Mark Trevelyan em Londres; e outros escritórios da Reuters, incluindo Moscou; Escrito por Peter Graff e Angus MacSwan; Edição por Nick Macfie.

Maioria dos brasileiros quer revisão da reforma trabalhista, aponta pesquisa Quaest

 Segundo o levantamento, 58% aprovam a revisão da reforma, como defende o ex-presidente Lula

Lula (Foto: Reprodução/Youtube | Reuters)

247 – "Uma pesquisa feita pela Genial/Quaest mostra que 53% dos brasileiros são contrários à reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, em 2017, contra 27% que se dizem favoráveis. E 58% defendem a sua revisão, mesmo que parcialmente", escreve a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna, na Folha de S. Paulo.

"A rejeição à reforma é maior entre os eleitores de Lula (64%) do que entre os de Jair Bolsonaro (33%). Dos que declaram voto no petista, 67% acham que ela deve ser revista", prossegue a jornalista.

Aprovada após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a reforma de Michel Temer não gerou empregos, precarizou o trabalho e empobreceu os brasileiros.

Jogadores de futebol brasileiros e suas famílias desembarcam no Brasil emocionados

 O volante Maycon, ex-Corinthians e atualmente contratado pelo Shakhtar Donetsk, foi o primeiro a desembarcar, em Guarulhos

Na Ucrânia, jogadores brasileiros e suas famílias pediram ajuda para deixar o país após ação militar russa (Foto: Reprodução)

247 - Jogadores brasileiros e suas famílias, assim como auxiliares das equipes em que atuam, Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, conseguiram, finalmente, desembarcar no Brasil, na manhã desta terça-feira (1), após enfrentarem dificuldades para sair da Ucrânia, tomada pelo conflito com a Rússia. 

O volante Maycon, ex-Corinthians e atualmente contratado pelo Shakhtar, foi o primeiro a desembarcar, em São Paulo, junto a sua esposa e o filho pequeno. Ele não escondeu a emoção por ter chegado com segurança ao Brasil, após o voo vindo de Frankfurt, na Alemanha.

"Numa palavra não daria para definir esses últimos dias. Foi uma mistura de sentimentos, de terror, de medo. Depois uma sensação de alívio, de gratificação por poder sair e com todos bem", disse, conforme o site ge

O lateral Dodô, ex-Coritiba, e Pedrinho, ex-Corinthians, assim como Luciano Rosa, preparador físico brasileiro do Shakhtar, também desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, vindos da França. 

"A gente ficou com muito medo porque era uma situação que a gente não esperava. Mas agora é gratidão (por estarmos de volta)", contou Dodô.

Marlon, ex-Fluminense, desembarcou no Rio. O volante Fernando chegou em um voo vindo da França ainda nesta manhã. 


'Não se resolve com soco na mesa': de que lado está o Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia?

 Especialistas esclarecem as declarações de Bolsonaro sobre o conflito e as posições do Brasil na ONU

Jair Bolsonaro, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters)


Sputnik - Nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre a operação militar russa na Ucrânia, dizendo que o Brasil tem que "continuar nessa política de se aproximar de todo mundo e lutar pela paz".

"Vamos resolver o assunto, mas não vai ser na pancada. Afinal você está tratando com uma das maiores potências nucleares do mundo de um dos lados", declarou Bolsonaro durante entrevista à Jovem Pan. "Essas coisas não se resolvem com soco na mesa".

O presidente disse que não interessa ao Brasil antagonizar com Moscou, uma vez que "temos uma dependência enorme dos fertilizantes da Rússia", essenciais para o agronegócio.

Bolsonaro ainda lembrou o apoio recebido da Rússia quando, segundo ele, países da OTAN consideraram relativizar a soberania brasileira sobre a Amazônia.

"Queriam dizer que a autonomia da Amazônia não seria mais nossa, que seria de um pool de países. Quem disse que a Amazônia era nossa foi o presidente Putin [...] Se países como EUA, França, Reino Unido querem relativizar e a Rússia não, vamos abrir mão disso? Vamos assumir o lado daqueles que querem relativizar a soberania da Amazônia?", declarou Bolsonaro.

Apesar da aparente convicção do presidente da República, a posição brasileira em relação à operação militar russa na Ucrânia pode sofrer modificações.

"Os acontecimentos do dia 24 de fevereiro podem levar o Brasil a reavaliar sua posição, mas com alguns solavancos, mostrando que existe ainda um racha entre diversos setores do governo", disse à Sputnik Brasil a professora de Relações Internacionais da Unifesp e dos programas de pós-graduação em RI da UFRJ e Santiago Dantas, Cristina Pecequilo.

Brasil na ONU

Para Pecequilo, a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, em janeiro de 2022, como membro não permanente, inaugura uma nova fase da política externa do governo Bolsonaro. Durante reunião do conselho, em 25 de fevereiro, o Brasil votou ao lado dos EUA para condenar a operação russa.

"Porém, foi uma manifestação bastante interessante, pois o Brasil conseguiu retomar uma linha de política externa que sempre defendera há muitos anos, e somente no pós-2019 vinha sendo quebrada", considerou. "Essa linha política é pragmática e realista, na qual é necessário fazer uma defesa veemente do multilateralismo [...] mas, ao mesmo tempo, fazer uma posição claramente em defesa da soberania."

Em entrevista nesta segunda-feira (28), o presidente Bolsonaro disse que o Brasil trabalhou para que a resolução do Conselho de Segurança da ONU fosse abrandada.

"Houve participação ativa do Brasil, junto com os EUA, para que a resolução fosse amenizada. Se você lê a resolução, ela não condena a Rússia. Ela é bastante amena", revelou Bolsonaro.

As Nações Unidas voltaram a debater a operação militar russa na Ucrânia nesta segunda-feira (28), desta vez em sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU.

O representante do Brasil na organização, embaixador Ronaldo Costa Filho, pediu que medidas como sanções econômicas e ataques cibernéticos fossem reavaliadas, em prol de um cessar-fogo.

"Ao longo dos últimos anos, assistimos à deterioração progressiva da situação de segurança e do equilíbrio de poder no leste da Europa. O enfraquecimento dos Acordos de Minsk por todas as partes, assim como o descrédito das preocupações de segurança vocalizadas pela Rússia prepararam o terreno para a crise que estamos testemunhando", disse o embaixador brasileiro. "No entanto, quero deixar claro que essa situação não justifica de forma alguma o uso da força".

Garantias de segurança

A declaração do embaixador mostra que o Brasil é sensível às demandas russas por garantias de segurança. Em janeiro, a Rússia demandou que o ocidente respondesse às suas preocupações em relação a temas como a expansão da aliança militar OTAN para o leste e a falta de acordos de controle de armas no espaço europeu.

O pesquisador e membro do grupo de pesquisas sobre BRICS da Universidade de São Paulo (GEBRICS), Valdir da Silva Bezerra, lembra que o Brasil nem sempre possui posições claras em relação a assuntos de interesse da Rússia.

"O Brasil pareceu sensível, de fato, às demandas russas [...] entretanto o país não possui uma posição contundente em relação à expansão da OTAN para o leste", disse Bezerra.

Por outro lado, em declarações recentes no BRICS, o Brasil lamentou a interrupção de acordos de controle de armas entre EUA e Rússia, essenciais para a estabilidade estratégica.

Em seu discurso desta segunda-feira (28), o embaixador Ronaldo Costa Filho lembrou que “uma solução pacífica da crise não é apenas a cessação das hostilidades. Trata-se de criar as condições para uma maior sensação de segurança entre todos os envolvidos".

"O nosso embaixador Ronaldo foi cauteloso, e tem que ser cauteloso mesmo", corroborou o presidente Jair Bolsonaro. "Alguns querem que eu dê um soco na mesa e dizer que o Brasil está daquele ou desse lado."

Relações com a Ucrânia

O presidente brasileiro revelou ter sido alvo de críticas em documento supostamente emitido pelo presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira. Bolsonaro não citou nominalmente o signatário da carta, mas, de acordo com o site da organização, seu presidente é o médico Afonso Antoniuk.

Segundo Bolsonaro, o documento está "cheio de lição de moral" e seria "extremante infantil, tanto que eu acho que não é nem verdadeiro".

Apesar da discordância com o membro da comunidade ucraniana, Bolsonaro anunciou a emissão de vistos humanitários para acelerar a acolhida de refugiados que queiram se deslocar para o Brasil.

"Conversei com [o ministro das Relações Exteriores] Carlos França e vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem para o Brasil através de visto humanitário", revelou o presidente. "Nós faremos todo o possível para receber o povo ucraniano que porventura queira vir para cá, vamos facilitar a vida deles."

Manter o equilíbrio diplomático entre Ucrânia e Moscou é um dos principais desafios da diplomacia bolsonarista. Mas, de acordo com Bezerra, a posição atual do Brasil pode dificultar as relações com Kiev.

"Vejo sim essa possibilidade de algum dano a essas relações com Kiev", disse Bezerra. "Isso pode inclusive ter consequências para os próximos governos brasileiros, sendo Bolsonaro reeleito ou não."

Para Bezerra, a posição do presidente brasileiro sugere que ele quer "atingir alguns dos objetivos que foram declarados, durante a sua visita a Moscou, de ampliação da colaboração em áreas como exploração de petróleo e gás, agricultura [...] tecnologia e elementos para reatores nucleares".

Sanções econômicas

Outra decisão que os diplomatas brasileiros deverão tomar em breve é sobre a adesão do país ao pacote de sanções contra a Rússia.

Tradicionalmente, o Brasil não apoia sanções econômicas que não tenham sido aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. No entanto, a pressão por parte de países como Estados Unidos, Reino Unido e Ucrânia para que Brasília tome medidas econômicas é grande.

Nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro revelou que "as informações que nós temos é que vários países querem sanções, desde que aquilo que eles importam da Rússia não entre nesse pacote. Vários países europeus tocam sanções, desde que não afete o gás. O americano quer sanções, desde que não afete alumínio e petróleo."

"Nenhum país quer que as sanções atinjam a si próprio, e o Brasil não é diferente disso", disse Bolsonaro. "Se tiver sanções econômicas em cima [de fertilizantes] o nosso agronegócio será duramente afetado."

Para Bezerra, a adesão do Brasil a um pacote de sanções teria impacto pouco significativo e não causaria grandes prejuízos à Rússia.

"Eu vejo como muito remota essa possibilidade, apesar de ela existir sim, porque os EUA vão pressionar seus aliados e parceiros mais próximos, inclusive no continente americano, para se aliarem às sanções", disse o pesquisador.

Nova resolução das Nações Unidas sobre a operação militar russa na Ucrânia está sendo negociada no âmbito da Assembleia Geral da organização e poderá ser votada ainda nesta terça-feira (1º).

Zelensky em discurso ao Parlamento Europeu: “Provem que estão conosco e que não nos abandonarão” (vídeo)

 Presidente da Ucrânia falou nesta terça-feira aos parlamentares europeus por videoconferência diretamente de seu país

Zelensky (Foto: Reprodução)

247 - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discursou ao Parlamento Europeu na manhã desta terça-feira (1), por videoconferência e fez um chamado à União Europeia: “Provem que vocês estão conosco. Provem que não vão nos abandonar. Provem que vocês são realmente europeus e então a vida vencerá a morte e a luz vencerá as trevas. Glória à Ucrânia “, disse ele em ucraniano em um discurso traduzido para Inglês por um intérprete falando entre lágrimas. Assista ao vídeo da sessão abaixo.

Na véspera, Zelensky havia assinado um pedido oficial de adesão à União Europeia.

Os parlamentares, muitos vestindo camisetas com uma hashtag de apoio à Ucrânia e segurando a bandeira ucraniana, outros com lenços ou fitas azuis e amarelas, aplaudiram Zelensky de pé.

“A União Europeia será muito mais forte conosco. Sem vocês, a Ucrânia estará solitária”, disse Zelensky. Mas o processo de adesão do país à UE normalmente será longo e complexo. 

 Assista à sessão:



Bombardeio russo mata mais de 70 soldados da Ucrânia

 O ataque aconteceu nesta segunda-feira na cidade de Okhtyrka, na região de Sumy, nordeste da Ucrânia

(Foto: Irina Rybakova/Serviço de Imprensa das Forças terrestres ucranianas/via Reuters)


Reuters - Mais de 70 militares ucranianos foram mortos quando tropas russas bombardearam uma base militar na cidade de Okhtyrka, na região de Sumy, nordeste da Ucrânia, nesta segunda-feira (28), disse o governador regional Dmytro Zhyvytskyy no Facebook.

Rússia controla capitais e tenta impedir a saída de investidores estrangeiros

 A medida, anunciada pelo primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin, vem em resposta ao congelamento de capital russo no exterior pelos EUA, UE e seus aliados

Vladimir Putin (Foto: Reuters)0-PPPPPP


RT - A Rússia está suspendendo temporariamente a saída de investimentos estrangeiros do país, anunciou o primeiro-ministro Mikhail Mishustin na terça-feira. A medida vem em resposta ao congelamento de capital russo no exterior pelos EUA, UE e seus aliados.

“Esperamos que aqueles que investiram em nosso país possam continuar a fazê-lo no futuro. Tenho certeza de que a pressão das sanções acabará por diminuir, e aqueles que não restringirem seus projetos em nosso país, sucumbindo aos slogans de políticos estrangeiros, vencerão”, disse Mishustin em um briefing diário sobre o desenvolvimento econômico da Rússia.

O primeiro-ministro acrescentou que a comissão de trabalho do governo russo para combater as sanções relacionadas à Ucrânia está mudando para o modo de sede operacional.

“Na atual realidade das sanções, os empresários estrangeiros são obrigados a se guiar não por fatores econômicos, mas por tomar decisões sob pressão política. Para permitir que as empresas tomem decisões informadas, um projeto de Decreto Presidencial foi preparado para introduzir restrições temporárias à saída de ativos russos. Como mostra a prática, é fácil sair do mercado, mas é muito mais difícil retornar a um local já densamente ocupado por concorrentes”,  explicou Mishustin.

A resposta de Moscou segue duras penalidades econômicas impostas à Rússia na semana passada pelos EUA e seus aliados, que se opõem à intervenção militar do país na Ucrânia. As medidas incluem desconectar os maiores bancos russos do sistema de pagamentos SWIFT, congelar ativos russos e reservas governamentais mantidas no exterior, bem como penalidades contra o Banco Central do país.