sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Mísseis atingem Kiev em meio ao avanço russo

 Capital ucraniana foi alvo de mísseis nesta sexta-feira (25), segundo dia da ação militar russa, e muitas pessoas foram abrigadas em túneis e estações de metrô

Criança em balanço em frente a prédio residencial danificado em Kiev após Rússia lançar ataque maciço à capital ucraniana 25/02/2022 
(Foto: REUTERS/Umit Bektas)


Reuters - Os mísseis atingiam a capital ucraniana nesta sexta-feira enquanto as forças russas avançavam e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, suplicou à comunidade internacional que fizesse mais, dizendo que as sanções anunciadas até agora não eram suficientes.

As sirenes de ataque aéreo soaram na cidade de 3 milhões de pessoas, algumas delas abrigadas em estações de metrô, um dia depois que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou uma invasão que chocou o mundo.

Autoridades ucranianas disseram que uma aeronave russa havia sido abatida e se chocou contra um edifício em Kiev durante a noite, incendiando-o e ferindo oito pessoas

Um alto funcionário ucraniano disse que as forças russas entrariam em áreas fora da capital mais tarde na sexta-feira e que as tropas ucranianas estavam defendendo posições em quatro frentes, apesar de estarem em desvantagem numérica.

As janelas haviam sido destruídas em um bloco de apartamentos de 10 andares perto do aeroporto principal de Kiev, onde uma cratera de dois metros cheia de escombros mostrava o local atingido por um disparo de artilharia antes do amanhecer. Um policial disse que pessoas foram feridas lá, mas não mortas.

"Como podemos passar por isso no nosso tempo? O que devemos pensar. Putin deveria queimar no inferno junto com toda sua família", disse Oxana Gulenko, enquanto limpava vidros quebrados de seu quarto. Um vizinho, o veterano do Exército soviético Anatoliy Marchenko, 57 anos, não conseguiu encontrar seu gato que havia fugido durante o bombardeio.

"Conheço pessoas lá, eles são meus amigos", disse ele sobre a Rússia. "O que eles precisam de mim? Uma guerra chegou à minha casa e pronto."

Testemunhas disseram que explosões estrondosas podiam ser ouvidas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, e sirenes de ataque aéreo soaram sobre Lviv, no oeste. As autoridades relataram fortes combates na cidade de Sumy, no leste do país.

ALVO NÚMERO UM

Dezenas de milhares de pessoas fugiram enquanto explosões e tiros abalaram as grandes cidades. Dezenas de pessoas foram reportadas como mortas. Tropas russas capturaram a antiga usina nuclear de Chernobyl ao norte de Kiev enquanto avançavam sobre a cidade vindas de Belarus.

A agência nuclear da Ucrânia disse que estava registrando aumento dos níveis de radiação na extinta usina.

Zelenskiy disse acreditar que as tropas russas estavam vindo atrás dele, mas prometeu permanecer em Kiev.

A Rússia lançou sua invasão por terra, ar e mar na quinta-feira, após uma declaração de guerra de Putin, no maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

Putin afirma que a Ucrânia é um Estado ilegítimo esculpido fora da Rússia, uma visão que os ucranianos vêem como uma tentativa de apagar sua história de mais de mil anos.

Os objetivos completos do líder russo continuam obscuros. Ele diz que não planeja uma ocupação militar, apenas quer desarmar a Ucrânia e remover seus líderes. Mas não está claro como um líder pró-russo poderia ser instalado sem obter controle sobre grande parte do país. A Rússia não divulgou o nome de tal figura e nenhuma se apresentou.

Depois que Moscou negou durante meses estar planejando uma invasão, a notícia de que Putin havia ordenado uma invasão veio como um choque para os russos acostumados a ver seu governante de 22 anos como um estrategista cuidadoso. Muitos russos têm amigos e familiares na Ucrânia.

A Rússia reprimiu a dissidência interna no último ano, e os principais inimigos políticos de Putin foram presos ou fugiram. A mídia estatal tem caracterizado incessantemente a Ucrânia como uma ameaça. Mas mesmo assim, milhares de russos saíram às ruas para protestar contra a guerra, e centenas foram rapidamente presos.

Uma estrela pop postou um vídeo no Instagram se opondo à guerra, e o chefe de um teatro estatal de Moscou renunciou, dizendo que não aceitaria seu salário de um assassino.

HORRENDO

A Grã-Bretanha disse que o objetivo de Moscou era conquistar toda a Ucrânia, e que seus militares não haviam conseguido atingir seus principais objetivos no primeiro dia porque fracassaram em antecipar a resistência dos ucranianos.

"Ao contrário das grandes pretensões russas --e, de fato, do tipo de visão do presidente Putin de que de alguma forma os ucranianos seriam libertados e se juntariam à sua causa-- ele está completamente errado, e o Exército russo falhou em cumprir, no primeiro dia, seu objetivo principal", disse o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, à Sky.

Os ucranianos estavam circulando uma gravação não verificada na sexta-feira de um navio de guerra russo ordenando a rendição de um posto avançado ucraniano do Mar Negro. Os ucranianos responderam: "Navio de guerra russo, vá se foder". Zelenskiy disse que os 13 guardas foram mortos por um ataque russo e que receberiam honras póstumas.

"Ataques horrendos de foguetes russos contra Kiev", escreveu o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, no Twitter. "A última vez que nossa capital sofreu algo assim foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazista."

Uma nação democrática de 44 milhões de pessoas, a Ucrânia votou pela independência na queda da União Soviética e recentemente intensificou os esforços para aderir à aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Européia, aspirações que enfurecem Moscou.

Os países ocidentais anunciaram sanções financeiras a Moscou, vistas como muito mais fortes do que as medidas anteriores, incluindo a colocação de seus bancos em listas negras e a proibição de importação de tecnologia. Entretanto, eles não anunciaram a saída da Rússia do sistema SWIFT para pagamentos bancários internacionais, o que gerou uma forte reação de Kiev, que diz que as medidas mais sérias devem ser tomadas agora.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votará na sexta-feira uma proposta de resolução que condena a invasão e exige a retirada imediata de Moscou, embora a Rússia tenha poder de veto sobre a medida. A China, que assinou um tratado de amizade com a Rússia há três semanas, recusou-se a descrever as ações de Moscou como uma invasão.

A Rússia é um dos maiores produtores de energia do mundo, e tanto ela quanto a Ucrânia estão entre os maiores exportadores de grãos. A guerra e as sanções irão afetar as economias de todo o mundo.

Os preços do petróleo e dos grãos subiram. Os mercados de ações em todo o mundo, muitos dos quais mergulharam na quinta-feira no noticiário da eclosão da guerra, estavam em sua maioria se recuperando nesta sexta-feira.

"O inimigo me marcou como o alvo número um", disse Zelenskiy em uma mensagem de vídeo. "Minha família é o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente, destruindo o chefe de Estado."

Presidente da China telefona para Putin

 Informação foi divulgada pela emissora estatal chinesa CGTN, que não informou o conteúdo da conversa entre os líderes

Presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping (Foto: œЋ Xinhua)

247 - O presidente da China, Xi Jinping, telefonou nesta sexta-feira (24) para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que está envolvido no ataque às bases militares ucranianas e que ordenou suas tropas a ocuparem a capital do país, Kiev.

A informação é da emissora estatal chinesa CGTN, que não informou o conteúdo da conversa entre os líderes.

Abandonado pelo Ocidente, Zelensky propõe formalmente diálogo a Putin

 "Vamos sentar à mesa de negociações para impedir as fatalidades humanas", afirmou o presidente ucraniano, dirigindo-se a Putin

Presidentes da Ucrania, Volodimir Zelenski, e da Russia, Vladimir Putin (Foto: Reuters)

247 com RT - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ofereceu nesta sexta-feira (24) um ramo de oliveira ao presidente russo, Vladimir Putin, propondo negociações para cessar a guerra, enquanto os combates continuam em todo o país e os confrontos se aproximam da capital, Kiev. Mais cedo, Zelensky se disse abandonado pelo Ocidente.

"Quero me dirigir novamente ao presidente da Federação Russa. A luta continua por toda a Ucrânia. Vamos sentar à mesa de negociações para impedir as fatalidades humanas", disse Zelensky, após uma declaração do assessor do presidente ucraniano, Mikhail Podolyak, que afirmou que o governo "sempre deixa espaço para negociações", apesar de uma  "invasão em grande escala" pelas tropas russas.

Mais cedo, Podolyak havia declarado que "se as negociações forem possíveis, elas devem ser realizadas", deixando claro que Zelensky e seu governo estavam dispostos a discutir "status de neutralidade" caso Moscou exigisse.

Juntamente com a oferta de negociações com a Rússia, a Ucrânia deu um golpe em países europeus que Zelensky sentiu que não mostraram prontidão "para lutar" com seu país e "ver a Ucrânia na Otan".

Respondendo à oferta do presidente ucraniano, o Kremlin observou que era um passo positivo que as autoridades russas considerariam, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, levantou preocupações de que Zelensky não estivesse sendo honesto sobre a disposição de considerar o status de neutralidade.

A declaração vem depois que os combates continuaram durante a noite entre as forças ucranianas e russas depois que Putin ordenou que tropas avançassem com o objetivo expresso de buscar "desmilitarizar" as forças armadas de Zelensky. Membros da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Otan condenaram as ações da Rússia como um ataque "não provocado", impondo sanções ao país em retaliação.

Reservas (acumuladas por Lula e Dilma) tornam o Brasil preparado para a crise, aponta o governo Bolsonaro

 "A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional", diz o secretário do Tesouro, Paulo Valle. Tudo foi acumulado nos governos Lula e Dilma

Dilma Rousseff e Lula (Foto: Cláudio Kbene)

Agência Brasil – O alto volume de reservas internacionais e as poucas dívidas em dólar tornam o Brasil preparado para enfrentar a volatilidade dos mercados financeiros ao conflito entre Rússia e Ucrânia, disse hoje (24) o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Segundo o secretário, ainda é cedo para pensar em leilões extraordinários da dívida pública para segurar o mercado.

No fim da tarde desta quinta-feira, a bolsa caía cerca de 1,5%, depois de recuar mais de 2% durante o dia. O dólar comercial, que ontem (23) tinha fechado em R$ 5, estava sendo vendido a R$ 5,10, depois de atingir R$ 5,15 por volta das 15h.

“É importante lembrar a posição em que o Brasil se encontra. Em termos de dívida pública, estamos em situação muito confortável. A gente tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação do estrangeiro [na dívida interna] no Brasil é de pouco mais de 10%. A gente tem 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa. A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional. O Brasil está bem estruturado para alguma volatilidade internacional”, afirmou Valle.

Quanto a eventuais leilões do colchão da dívida pública, tipo de medida tomada em momentos de turbulência extrema no mercado financeiro, o secretário comentou que o Tesouro só poderá tomar qualquer decisão depois de aguardar como o conflito vai se desenrolar e se haverá impactos em outros países.

“O Tesouro está com o caixa confortável. A gente acompanha o mercado permanentemente. Estamos atentos e tomaremos as medidas que forem necessárias. Mas, neste momento, acho que está cedo e que estamos bem posicionados”, afirmou Valle.

O secretário deu as explicações ao comentar o resultado primário de janeiro. No mês passado, as contas do governo central tiveram superavit primário recorde de R$ 76,5 bilhões.

Com tanques em Kiev, Lavrov diz que Rússia está pronta para "libertar a Ucrânia" e indica que derrubar Zelensky é prioridade

 Ministro das Relações Exteriores da Rússia indica que objetivo da ação militar é derrubar presidente da Ucrânia

Sergey Lavrov (Foto: Kirill Kudryavtsev/Pool via REUTERS)


247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta sexta-feira que a ação militar de seu país quer “libertar a Ucrânia da opressão”, deixando claro que é objetivo russo a derrubada do presidente Volodymyr Zelensky. Na madrugada desta sexta, soldados e tanques russos chegaram às portas de Kiev, capital da Ucrânia.

Nesta quinta, segundo a agência Tass, Lavrov disse que a Rússia estará sempre pronta para um diálogo que devolverá tudo à justiça e aos princípios da Carta da ONU.

"Tivemos discussões tensas e detalhadas com nossos colegas americanos e com outros membros da Otan. Esperamos que ainda haja uma chance de retornar ao direito internacional e aos compromissos internacionais. E, considerando que estamos tomando as medidas anunciadas pelo presidente para garantir a segurança do país e do povo russo, nós, sem dúvida, estaremos sempre prontos para um diálogo que devolverá tudo à justiça e aos princípios da Carta da ONU", disse Lavrov em uma reunião com seu colega paquistanês Shah Mahmood Qureshi.

Lavrov apontou que o Ocidente não mostra respeito pelo direito internacional e os países ocidentais estão demonstrando "seu apetite por todo o planeta" com suas estratégias na região do Indo-Pacífico.

"Eles 'assumem a responsabilidade pela segurança global'. A maneira como eles estão avançando com as chamadas estratégias do Indo-Pacífico, sem dúvida, evidencia que eles têm um apetite por todo o planeta", destacou o principal diplomata da Rússia.


Tanques chegam a Kiev e estão a 10 quilômetros do parlamento ucraniano

 Segundo informações do site Newsweek, moradores de Obolon filmaram tropas russas chegando à capital da Ucrânia

(Foto: Reprodução)

247 - Tanques russos chegaram na manhã desta sexta-feira (25) a um distrito localizado na região norte da capital ucraniana, Kiev, de acordo com imagens compartilhadas nas redes sociais. As informações são do Newsweek.

As imagens, aparentemente captadas por moradores em suas casas, mostram veículos passando por Obolon, que fica a cerca de 10 quilômetros ao norte do parlamento de Kiev, no centro da cidade.

O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que os militares russos se infiltraram no distrito residencial e, pelo Twitter, afirmou que moradores deveriam usar coquetéis molotov se necessário para "neutralizar o ocupante".

Zelensky metralhava o parlamento ucraniano, em vídeo de campanha (assista)

 Comediante que chegou ao poder na Ucrânia surfou na onda da antipolítica depois do golpe de estado de 2014

Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução twitter)


247 – O comediante Volodymyr Zelensky, que se tornou presidente da Ucrânia após uma sucessão de crises depois do golpe de estado de 2014, uma das primeiras "revoluções coloridas" promovidas pelo governo de Barack Obama, chegou ao poder surfando na onda da antipolítica. Num de seus vídeos de campanha, ele simplesmente metralhava todos os parlamentares do País. Na destruição política causada pelo golpe de estado, a Ucrânia também se tornou centro de grupos neonazistas e, não por acaso, o governo russo hoje fala em desnazificar a Ucrânia. Assista ao vídeo de Zelensky:


Congresso dos EUA quer expulsar Rússia do Conselho de Segurança da ONU

 Norte-americanos afirmam que a ação militar russa na Ucrânia "contraria as responsabilidades de um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU"

Joe Biden e Vladimir Putin (Foto: Reuters)

247 com RT - Uma resolução proposta pelo Congresso dos EUA pede que a Rússia seja expulsa do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) após sua ofensiva na Ucrânia. A ligação está sendo amplamente discutida por membros de ambos os partidos políticos, informou o portal de notícias políticas Axios na noite de quinta-feira (24). 

De acordo com a Axios, a resolução proposta na quinta-feira instou a ONU a "tomar medidas processuais imediatas" e alterar o artigo 23 de sua carta, que define a estrutura do Conselho de Segurança para remover a Rússia como membro permanente.

A resolução condena a operação militar russa na Ucrânia e seu reconhecimento das regiões separatistas no Donbass, afirmando que essas ações “representam uma ameaça direta à paz e segurança internacionais” e “contrariam suas responsabilidades e obrigações como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

A resolução foi proposta pela republicana Claudia Tenney, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, em coordenação com um democrata da Câmara.

"É obviamente um grande esforço para expulsar a Rússia”, disse Nick Stewart, chefe de gabinete da Tenney, conforme citado pela Axios. "Mas é uma ferramenta diplomática que temos para aumentar a pressão e aumentar o isolamento".

De acordo com Stewart, a resolução estava sendo aprovada para todos os membros da Câmara de ambos os partidos. Vários membros apoiaram a ideia, incluindo Ann Wagner, vice-membro do Comitê de Relações Exteriores, e Don Bacon, membro do Comitê de Serviços Armados da Câmara, ambos membros do Partido Republicano.

Os especialistas da Axios estimam que esta resolução tem poucas chances de ser aprovada, já que a Carta da ONU exige a aprovação de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança para adotar quaisquer emendas, e a Rússia poderia bloquear qualquer medida.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira uma "operação militar especial" com o objetivo de buscar a desmilitarização e a "desnazificação" da Ucrânia. A decisão veio dias depois que a Rússia reconheceu a independência das Repúblicas Populares separatistas de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR) no Donbass. 

Ucrânia, Estados Unidos, Canadá, Otan e União Europeia, bem como outros membros da comunidade internacional, acusaram a Rússia de invadir o país e introduziram sanções contra indústrias e funcionários do governo russos.

Zelensky acusa Otan de abandonar a Ucrânia no enfrentamento a Moscou: “fomos deixados sozinhos”

 “Quem está pronto para ir à guerra por nós? Sinceramente, não vejo ninguém”, declarou o presidente ucraniano

Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Facebook/Volodymyr Zelensky)

RT - Acusando o Ocidente de deixar a Ucrânia para enfrentar Moscou sozinho, o presidente Volodymyr Zelensky disse na sexta-feira que não tem medo de negociar o fim da "invasão" russa, mas precisa de garantias de segurança para fazê-lo.

Falando nas primeiras horas da manhã de Kiev, Zelensky disse que procurou “parceiros” no Ocidente para lhes dizer que o destino da Ucrânia estava em jogo.

"Eu perguntei a eles - você está conosco?", disse Zelenski. “Eles responderam que estão conosco, mas não querem nos levar para a aliança. Perguntei a 27 líderes da Europa, se a Ucrânia estará na OTAN, perguntei a eles diretamente – todos estão com medo e não responderam”.

“Fomos deixados sozinhos. Quem está pronto para ir à guerra por nós? Sinceramente, não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia garantias de adesão à OTAN? Honestamente, todo mundo está com medo”, acrescentou o presidente ucraniano.

A Rússia enviou tropas para a Ucrânia na quinta-feira, com o presidente Vladimir Putin declarando uma operação militar especial para “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia. Desde então, Moscou disse a Kiev que consideraria negociar com o governo Zelensky se concordar em discutir o status neutro do país, entre outras coisas.

Em um discurso na sexta-feira, Zelensky disse que está aberto a falar sobre o potencial status neutro da Ucrânia, mas insistiu que seu país precisa de garantias de terceiros.

“Não temos medo da Rússia, não temos medo de conversar com a Rússia, falar sobre tudo: garantias de segurança para nosso país e um status neutro. Mas não estamos na OTAN agora – que garantias de segurança teremos? Quais países vão dar a eles?”, disse, antes de acrescentar que deve haver negociações que possam pôr fim à ofensiva militar russa.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na quinta-feira que "status neutro e rejeição de hospedar sistemas de armas [ofensivos]" são "linhas vermelhas" de Putin para a Ucrânia e que a bola estava agora no campo de Kiev.


Refugiados ucranianos começam a chegar à Europa Central

 Polônia, na fronteira Oeste da Ucrânia, é um dos principais destinos

Refugiados ucranianos (Foto: Reuters)

Reuters – Milhares de ucranianos fugindo da guerra com a Rússia começaram a chegar a países vizinhos da Europa Central, nesta quinta-feira (24), e a região se prepara para muitos mais, estabelecendo pontos de recepção e enviando tropas às fronteiras para prestar assistência.

Os países do flanco leste da União Europeia já fizeram parte do Pacto de Varsóvia liderado por Moscou, mas agora são membros da Otan. Entre eles, Polônia, Hungria, Eslováquia e Romênia compartilham fronteiras terrestres com a Ucrânia.

A Rússia realizou uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar, no maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Isso alimentou temores de uma enxurrada de refugiados fugindo da Ucrânia, uma nação de 44 milhões de pessoas.

Na geralmente tranquila passagem de fronteira em Medyka, no sul da Polônia, dezenas chegaram da Ucrânia a pé na manhã de quinta-feira, carregando bagagem. Uma fila de carros à espera de passagem aumentou ao longo do dia.

Uma polonesa, Olena Bogucka, de 39 anos, disse que estava esperando há quatro horas enquanto seu marido e filho ucranianos estavam presos do outro lado.

"Você não pode passar", disse. "Não consigo falar com eles pelo telefone... não sei como tirar meu filho de lá... não sei o que fazer."

Para facilitar as travessias de fronteira, a Polônia suspendeu as regras de quarentena na quinta-feira para pessoas que chegam de fora da UE sem um teste de Covid-19 negativo certificado em laboratório.

A Polônia abriga a maior comunidade ucraniana da região, com cerca de 1 milhão, e é o país da UE mais fácil de chegar a partir de Kiev.

Filha de Raul Seixas detona Ed Motta após cantor atacar memória de seu pai

 "Foi um merd*!", disse Motta sobre Raul Seixas


247 - Scarlet Seixas, filha de Raul Seixas (1945-1989), se pronunciou após o pai ser detonado por Ed Motta. Durante uma live em suas redes sociais, o cantor acabou esculachando o saudoso artista, ao citar o músico e sua suposta relação controversa com a gravadora. Motta não poupou palavras para criticar o falecido artista e, segundo o cantor, era Paulo Coelho o responsável por compor canções que fizeram muito sucesso na voz de Raul Seixas. A reportagem é do portal Na Telinha.

Scarlet abriu seu coração ao defender o pai das acusações. "Artistas de jazz precisam ser embaixadores dessa música às vezes incompreendida. É sempre muito personalizado e tudo sobre quem é o músico. Raul adorava e apreciava jazz – simplesmente não era sua forma de expressão. Há um lugar para todos os artistas na mesa de banquete da música. Não vejo Ed Motta nesta mesa, pois a escolha dele é degradar. Alguns dos maiores artistas A história me faz questionar sua autenticidade", disse em entrevista para o Portal N10.

Durante live, Ed Motta detonou Seixas. "Raul Seixas tem uma falha de caráter terrível na vida dele. Ele foi funcionário de gravadora, ou seja, ele trabalhou contra os colegas. Não tenho medo nenhum de falar contra Raul Seixas, era um put* de uma merd*, ruim para caralh* musicalmente, ruim para caralh* de tudo. Quem fazia o que ele tinha de mais brilhante, que era o texto, era o Paulo Coelho, então esse cara era um idiota. Era um funcionariozinho de gravadora gravando uns discos de merda", disse Motta, que no vídeo aparece bebendo vinho.

"Desqualificado musicalmente... O cara era um merd* completo, uma porcaria como músico, como tudo. O cara não servia para limpar o chão que se bota a guitarra em cima, um idiota completo. Não pense que estou falando isso porque bebi vinho, bebi bem pouco, estou supersuave, estou superchapa branca, meu coração está doce. Se eu não tivesse bebido vinho, minha opinião seria bem mais ácida", afirmou Ed Motta, que já se envolveu

Randolfe quer reaproximar Lula e Marina Silva e diz que isto é um sonho do movimento "Lula no Primeiro Turno"

 Convidado por Lula para integrar a coordenação de sua campanha, Randolfe diz que vai tentar mediar uma conversa do petista com Marina nos próximos dias

Marina Silva e Randolfe Rodrigues (Foto: Adriano Machado/Reuters | Waldemir Barreto/Agência Senado)


247 - Uma das prioridades do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que entrou na coordenação da pré-campanha de Lula, é reaproximar o ex-presidente de Marina Silva (Rede-AC). Ele pretende mediar uma conversa entre os dois nas próximas semanas.

A Rede deve formar uma federação com o PSOL, e apoiar Lula já no primeiro turno. Marina, no entanto, não mostra a mesma disposição. 

Mesmo assim, Randolfe acha importante que ela e o ex-presidente dialoguem, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

"A aproximação de Marina é um sonho acalentado por mim, pelo [ex-senador] Cristovam Buarque, pelo [ex-deputado federal] Maurício Rands, pelo [ambientalista] Pedro Ivo, pela [empresária] Rosângela Lyra, por todos", diz Randolfe, citando os coordenadores do movimento "Lula no Primeiro Turno".

Covid-19: Fiocruz vê cenário promissor, mas alerta que pandemia não acabou

 Taxa de letalidade por covid-19 no Brasil alcançou valores compatíveis com os padrões internacionais, de cerca de 0,8%, após meses oscilando entre 2% e 3%

Coronavírus, Brasil (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)


Agência Brasil – Diante da queda nos indicadores de monitoramento da pandemia a nível nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classificou hoje (24) o cenário atual como bastante promissor, mas destacou que as desigualdades do país criaram diferentes realidades até mesmo dentro de um mesmo município. A análise foi publicada no boletim do Observatório Covid-19, que frisa ser equivocado pensar em redução de leitos, testagem e uso de máscara no país como um todo.

"Embora o cenário geral seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda dos principais indicadores como pelo avanço na cobertura vacinal, além da chegada de medicamentos para o tratamento da covid-19, é importante sublinhar que a pandemia ainda não acabou", afirmam os pesquisadores da Fiocruz. "Não é possível pensar na mitigação da pandemia no Brasil como um todo utilizando indicadores globais do país sem um olhar atento para outras escalas. Enquanto houver descontrole dos indicadores em um único município a pandemia não terminará".

A Fiocruz afirma que a pandemia acentuou desigualdades estruturais no país, e que a partir dela é possível observar, no mínimo, a existência de dois Brasis, um do Norte e outro do Sul. O boletim compara São Paulo e Rio Grande do Sul a Maranhão e Pará, e afirma que os estados do Sul e Sudeste estiveram sempre acima da média nacional de vacinação e já mostram ter passado do pico de infecções da variante Ômicron. Os estados do Norte e Nordeste, por outro lado, ainda podem estar atravessando o pico de casos e têm curvas de óbitos ainda em movimento de alta.

"É equivocado, portanto, pensar em estratégias homogêneas de recuo na provisão de leitos e insumos para unidades de média e alta complexidade, assim como reduzir a indução da testagem em massa e o desincentivo ao uso de máscaras no país como um todo".

Carnaval

A recomendação dos pesquisadores é a manutenção de medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos mesmo em ambientes abertos onde possa ocorrer maior concentração e aglomeração de pessoas. Nesse contexto, o boletim cita o Carnaval. "Que festas ou bailes em casas, clubes ou outros ambientes só sejam realizadas com comprovante de vacinação".

Para a Fiocruz, o enfrentamento do cenário atual da pandemia exige combinar políticas de combate às fake news com busca ativa dos não vacinados pela Atenção Primária à Saúde. Também são sugeridas estratégias de ampliação de horário das unidades de saúde e campanhas de vacinação nas escolas, atingindo crianças, pais e professores. Outro ponto que deve ser avaliado são políticas públicas que considerem a exigência de passaporte vacinal nos locais de trabalho, para trabalhadores de empresas privadas e públicas, além de motoristas de transporte de pessoas, como ônibus, táxis e aplicativos.

A média diária de novos casos de covid-19 no período de 6 a 19 de fevereiro foi de 120 mil casos, o que representa queda de 0,3% em relação às duas semanas anteriores. Os óbitos se mantiveram em um patamar considerado alto, com 860 mortes por dia em média, uma quantidade 0,2% maior que entre 23 de janeiro e 5 de fevereiro. 

"Apesar das dificuldades de acesso a dados de teste (muitos estados não apresentam dados recentes), percebe-se uma ligeira redução no índice de positividade dos testes, isto é, a proporção dos testes de diagnóstico por RT-PCR realizados que apresentam resultados positivos. Portanto, se espera para as próximas semanas uma redução também dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em UTI [unidade de terapia intensiva] por covid-19". 

Letalidade em queda

A Fiocruz destaca que, com o avanço da vacinação, a taxa de letalidade por covid-19 no Brasil alcançou valores baixos e compatíveis com os padrões internacionais, de cerca de 0,8%, após vários meses oscilando entre 2% e 3%. Esse percentual poderia cair ainda mais com a ampliação da vacinação em regiões de baixa cobertura vacinal e com a aplicação de doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis. A letalidade mede o percentual de pessoas diagnosticadas com a doença que foram a óbito, o que é diferente de mortalidade, que é a relação entre o número de mortos e o total de habitantes de uma região.

"Ao mesmo tempo em que começam a cair os indicadores de transmissão nas capitais e regiões metropolitanas, a difusão do vírus em direção a regiões com baixa cobertura de vacinação e precária infraestrutura de serviços de saúde pode gerar quadros epidemiológicos perigosos, com um aumento de casos graves e mesmo óbitos nas próximas semanas".

Na avaliação apresentada no boletim, a letalidade será um dos fatores que vão definir a mudança da covid-19 de pandemia para endemia, quando a doença será considerada parte do cotidiano. Eles argumentam que quando a ocorrência de formas graves que requerem internação seja suficientemente pequena para gerar poucos óbitos e não criar pressão sobre o sistema de saúde, será possível dizer que se trata de uma doença para a qual é possível assumir ações de médio e longo prazos sem precisar contar com estratégias de resposta rápida.

Apesar da queda na letalidade, ela ainda é maior na população idosa. A onda de casos causada pela variante Ômicron fez com que as internações e óbitos voltassem a se concentrar na população de idade mais avançada, o que a Fiocruz relaciona à proteção conferida à toda a população adulta pelas vacinas. Por outro lado, a baixa cobertura vacinal das crianças segue como uma preocupação.

"Trata-se de um grupo com intensa interação social com outros grupos, contribuindo de forma importante para a dinâmica da transmissão da doença. Além disso, elas se tornaram particularmente vulneráveis por estarem cercadas de pessoas já com esquema vacinal completo, ou em curso, tornando-se alvo do vírus, que não encontra nelas barreiras para a sua multiplicação", explica  o boletim, que acrescenta casos graves de covid-19 em crianças podem levar a um colapso na saúde com maior facilidade, "uma vez que há uma histórica baixa disponibilidade de leitos de UTI neonatal e principalmente de CTI pediátrico no país".

'Ação militar russa expôs o tamanho da trapalhada do capitão', afirma Bernardo Mello Franco

 "A viagem de Bolsonaro produziu pouco resultado e muito constrangimento", diz o jornalista após o início da guerra entre russos e ucranianos

Jair Bolsonaro e Vladimir Putin em Moscou (Foto: Alan Santos/PR)


247 - ação militar da Rússia contra a Ucrânia dias após a viagem de Jair Bolsonaro (PL) para encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, "expôs o tamanho da trapalhada do capitão", afirma o jornalista Bernardo Mello Franco em artigo no jornal O Globo nesta sexta-feira (25).

Mello Franco lembrou que após a viagem de Bolsonaro, seus seguidores passaram a espalhar pelas redes sociais que ele havia impedido a guerra entre russos e ucranianos. A mentira foi espalhada até mesmo pelo ex-ministro Ricardo Salles e pelo ministro do Turismo, Gilson Machado: "segundo Gilson Machado, Putin teria desistido da invasão ao ouvir uma 'mensagem de paz' de Jair Bolsonaro. O dublê de ministro e sanfoneiro não delirou sozinho. Apenas repetiu para as câmeras a mentira que circulava nas redes bolsonaristas".

Na visão do jornalista, "a viagem de Bolsonaro produziu pouco resultado e muito constrangimento. Empenhado em bajular Putin, ele ignorou as ameaças à Ucrânia e disse ser “solidário à Rússia”. A fala afrontou a Constituição, que obriga a política externa brasileira a respeitar os princípios da não intervenção e do respeito à autodeterminação dos povos".

Diante da guerra, Uefa muda da Rússia para a França a sede da final da Liga dos Campeões

 A medida foi tomada após uma reunião de emergência da UEFA nesta sexta-feira, por causa do início da guerra entre russos e ucranianos

(Foto: Divulgação/Zenit FC)


247 com RT - A final da Liga dos Campeões de 2022 não será mais realizada na cidade russa de São Petersburgo, anunciaram os organizadores da UEFA (União das Federações Europeias de Futebol).

A medida ocorre em meio ao conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia. 

A final em 28 de maio será realizada no Stade de France, em Paris. 

Em um comunicado, a Uefa agradeceu ao presidente francês Emmanuel Macron por seu "apoio pessoal" para facilitar a mudança em "um momento de crise sem precedentes".

"Juntamente com o governo francês, a Uefa apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e suas famílias na Ucrânia que enfrentam terríveis sofrimentos humanos, destruição e deslocamento", acrescentou.

Os clubes e seleções da Rússia e da Ucrânia serão obrigados a jogar em casa em solo neutro até que a Uefa decida o contrário.

A decisão pode incluir a semifinal da Rússia nas eliminatórias da Copa do Mundo em casa contra a Polônia em 24 de março, bem como uma final potencialmente crucial cinco dias depois, caso o time de Valeri Karpin vença.

A vitória sobre a Polônia faria com que a Rússia recebesse a Suécia ou a República Tcheca, embora essas duas nações tenham se juntado à Polônia na petição da FIFA e da UEFA para mudar qualquer jogo para um local neutro por causa de temores de segurança.

A Uefa disse que está de prontidão para realizar reuniões extraordinárias e tomar novas decisões com base em uma avaliação contínua da "situação legal e factual" .

A realocação da Liga dos Campeões marca o terceiro ano consecutivo em que o evento de destaque no calendário do futebol europeu de clubes foi deslocado de seu local original.

As finais de 2020 e 2021 foram transferidas da Turquia para Portugal devido às restrições da pandemia de Covid.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e sua secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, estavam entre os líderes que pediram que a final fosse adiada antes que a Uefa anunciasse sua decisão.

Falando na Câmara dos Comuns na terça-feira, Johnson sugeriu que a Rússia "não tem chance de realizar torneios de futebol" após sua operação inicial em Donbass.

"Acho inconcebível que grandes torneios internacionais de futebol possam acontecer na Rússia" , acrescentou.

Tropas russas se aproximam de Kiev, diz governo dos EUA

 Soldados russos estariam a cerca de 32 quilômetros da capital da Ucrânia, de acordo com informações obtidas pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin

(Foto: Reuters)

247 - Tropas russas se aproximam de Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada desta sexta-feira (25), segundo informação que teria sido obtida pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, de acordo com a agência norte-americana AP.

A agência informou que o secretário teria tido uma conversa por telefone com congressistas, que confirmaram que forças da Rússia que entraram no país por Belarus estariam a cerca de 32 quilômetros de Kiev.

A cidade disparou um alarme de ataque aéreo depois de ter sido atingida por mísseis no começo da sexta-feira (25), segundo a TV ucraniana. O órgão equivalente à prefeitura pediu para que as pessoas procurem o abrigo mais próximo.

O vice-ministro do Interior ucraniano, Anton Herashchenko, disse que o país espera um ataque de tanques russos na capital nesta sexta (25). O governo emitiu também alerta de ataque aéreo, de acordo com a mídia local.

Racismo na Globo: diretor obrigou negros a gravar em pico da pandemia e blindou restante do elenco

 Emissora investiga várias denúncias contra o diretor da novela "Nos Tempos do Imperador"

Cinnara Leal (Foto: Divulgação/Globo/João Miguel Júnior)

247 - Vinicius Coimbra, diretor artístico de Nos Tempos do Imperador, foi afastado temporariamente de suas atividades na Globo por causa de uma denúncia de racismo. Atores negros, de acordo com relatos, foram escalados para gravar durante o pico de casos de Covid-19, enquanto o restante do elenco foi poupado de se expor. Coimbra estava à frente da próxima novela das seis, Mar do Sertão, e foi substituído por Allan Fiterman, que dirigiu Quanto Mais Vida, Melhor!.  A reportagem é do portal Notícias da TV.

A decisão da emissora pelo afastamento de Coimbra foi oficializada no último dia 15 em resposta às acusações de preconceito racial registradas durante as gravações da novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão. As atrizes Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues procuraram a direção da Globo para reclamar de posturas discriminatórias contra atores negros por parte de Coimbra e sua equipe.

Além das críticas sobre o texto considerado racista em algumas passagens, as atrizes alegam que Coimbra e sua equipe tinham falas preconceituosas e que fizeram segregação entre os atores. Em documentos, inclusive, eles separavam as pessoas entre elenco branco e elenco negro. Até camarins diferentes havia nos estúdios de Nos Tempos do Imperador.

Fontes ouvidas pelo Notícias da TV ligadas ao compliance da emissora contam que, segundo Cinnara, Dani e Roberta, o elenco da pequena África era chamado "carinhosamente" de elenco preto ou negro.

"Em um dado momento, Vinicius gritou no estúdio: 'O elenco vem comigo, os pretos ficam'. Na frente de várias pessoas. Quando alguns artistas pretos foram questioná-lo sobre essas falas, ele reagiu dizendo: 'Vocês deveriam agradecer de estarem aqui'", disse uma outra fonte ligada ao elenco.