quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Petrobrás vampiriza o Brasil e anuncia lucro de R$ 106 bilhões, penalizando consumidores

 Estatal vai pagar mais de R$ 101 bilhões em dividendos, enquanto cobra preços extorsivos na gasolina, no diesel e no gás de cozinha

Sede da Petrobras no Centro do Rio. (Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil)


247 - A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira, 23, lucro de R$ 106 bilhões em 2021, o maior lucro líquido de sua história e um salto de 1.400% na comparação com o ano anterior.

Foi informado um total 101,4 bilhões de reais em dividendos relativos ao exercício de 2021. O montante inclui 37,3 bilhões de reais em dividendos complementares recém-aprovados, que serão pagos em 2022.

Enquanto os acionistas lucram, e, sendo boa parte deles estrangeiros, colocam o dinheiro para fora do Brasil, a Petrobras cobra preços extorsivos na gasolina, no diesel e no gás de cozinha.

O lucro da empresa é resultado do golpe de 2016. Antes uma indutora do desenvolvimento nacional, a Petrobras passou a vampirizar o Brasil, lucrando de forma extorsiva às custas do povo e levando a uma evasão da renda do país.

Lula clama por paz: "a humanidade não precisa de guerra, precisa de emprego, de educação"

 "Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro", afirmou o ex-presidente sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Governo da Ucrânia)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) clamou pela paz e deplorou a guerra da Ucrânia, que eclodiu na madrugada desta quinta-feira (24) após ataques da Rússia contra instalações militares. Lula falou em entrevista às rádios Supra e 103.5 FM.

"Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha", disse Lula, em crítica sutil à decisão da Rússia, governada por Vladimir Putin, de iniciar os ataques à Ucrânia.

"A humanidade não precisa de guerra, precisa de emprego, de educação. Por isso que eu fico triste de estar aqui falando de guerra e não de paz, de amor, de desenvolvimento", declarou o petista

Ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, inclusive dos governos Lula e Dilma Rousseff (PT), Celso Amorim, em entrevista à TV 247, também condenou a guerra: "um dia dramático".

Otan manda tropas em direção à fronteira com a Ucrânia

 "Estamos enviando forças defensivas adicionais aéreas e terrestres para a parte leste da aliança, assim como ativos marítimos adicionais", informa a Otan

Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters | Otan)

Sputnik - O ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Ivan Korcok, afirmou nesta quinta-feira (24) que a Otan pretende criar estruturas semelhantes às existentes nos Países Bálticos em todo o flanco leste, incluindo a Eslováquia.

De acordo com informações divulgadas pela Reuters, a Eslováquia pretende enviar 1.500 soldados para a fronteira com a Ucrânia para auxiliar os refugiados. O Ministério do Interior também informou que está preparado para aumentar o número de postos de passagem entre os dois países.

A Otan decidiu aumentar sua presença militar no Leste Europeu próximo à Rússia e à Ucrânia com reforços defensivos aéreos e terrestres. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (24) após a ofensiva militar russa na Ucrânia.

"Nós estamos enviando forças defensivas adicionais aéreas e terrestres para a parte leste da aliança, assim como ativos marítimos adicionais", informaram embaixadores da Otan.

No Twitter, usuários pedem para Bolsonaro se calar sobre Rússia

(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

 Após a invasão da Ucrânia por tropas russas e enquanto a tensão bélica entre a Rússia e o país vizinho se intensifica, cresce um movimento nas redes sociais pedindo para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifeste sobre o conflito. Temendo consequências diplomáticas negativas, usuários apelam para que o mandatário não escolha um lado do conflito. Na manhã desta quinta-feira, 24, a quantidade de publicações desse teor passava de 60 mil. Tropas russas avançaram sobre o território ucraniano nesta madrugada. Já há registro de mortos e feridos.

Na semana passada, o chefe do Executivo foi criticado por manter sua viagem oficial à Rússia mesmo enquanto a tensão bélica envolvendo aquele país fervilhava. Durante a visita, o presidente brasileiro manifestou solidariedade à Rússia e a "todos os países que se empenham pela paz", gesto que foi mal visto pelos Estados Unidos. A Casa Branca reagiu: disse que o ato "mina a diplomacia internacional" e "não poderia ter ocorrido em momento pior".

Agora, usuários das redes sociais temem que o chefe do Executivo dê outros passos falhos na diplomacia. "Só espero que o Bolsonaro não veja, não comente, simplesmente não reaja de forma alguma, apenas fique calado, em completo silêncio", escreveu um usuário em uma publicação com mais de três mil curtidas no Twitter. "Precisamos fazer uma corrente de oração para que o Bolsonaro fique calado pelas próximas semanas", disse outro.

"Que o Bolsonaro não invente de se meter nessa guerra entre Rússia e Ucrânia", diz uma publicação com cerca de 7 mil curtidas. "Indo dormir com esperança de acordar e não ver nenhuma notícia falando que o presidente se meteu no meio de uma guerra mundial", publicou outro usuário.

O vereador Rubinho Nunes (PSL-SP) brincou com o fato de que, há cerca de uma semana, bolsonaristas e aliados do governo tentaram emplacar a narrativa de que o presidente brasileiro teria evitado a guerra graças à sua viagem. "Poxa, mas há uma semana os bolsonaristas diziam que o Bolsonaro tinha evitado a guerra e por isso ganharia o Nobel da Paz...", ironizou.

O presidente Bolsonaro já está ativo em seus perfis oficiais na manhã desta quinta-feira, mas ainda não se manifestou sobre a invasão russa. O Itamaraty também não havia publicado nota sobre o ocorrido até a publicação desta matéria.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

Banco Central da Ucrânia limita saques em dinheiro e suspende compras em moeda estrangeira

 Medidas ocorreram no momento em que pessoas faziam fila para tentar obter dinheiro, água e comida

Maidan, praça principal de Kiev (Foto: Reuters)

Reuters - O Banco Central da Ucrânia suspendeu saques em moeda estrangeira e limitou a quantidade de moeda local que as pessoas podem retirar de caixas eletrônicos nesta quinta-feira, depois que a invasão da Rússia derrubou ativos.

As medidas ocorreram no momento em que pessoas faziam fila para tentar obter dinheiro, água e comida em Kiev e outras cidades após o ataque da Rússia à Ucrânia por terra, ar e mar, o maior ataque de um Estado a outro na Europa desde Segunda Guerra Mundial.

Alguns títulos soberanos em dólar da Ucrânia caíram mais de 30 centavos de dólar, com muitos sendo negociados abaixo de 40 centavos, enquanto o banco central disse que fixou a taxa de câmbio oficial da hryvnia.

A hryvnia, que sofreu quedas de quase dois dígitos desde o início do ano, caiu quase 3% na quarta-feira, sendo negociada a 29,79 em relação ao dólar, seu valor mais fraco desde o início de 2015.

Ativos em outros países que faziam parte da União Soviética, de Belarus à Ucrânia e a própria Rússia, sofreram grandes vendas.

Em um movimento para evitar a estabilidade do setor bancário, o banco central também proibiu transações cambiais transfronteiriças e saques em dinheiro de moeda estrangeira, e suspendeu as compras em moeda estrangeira no mercado interbancário, mantendo intocadas vendas não-hryvnia.

O presidente do banco central, Kyrylo Shevchenko, disse que o banco limitou os saques diários na moeda local a 100.000 hryvnias (3.356,67 dólares) e suspendeu a recarga de carteiras eletrônicas.

O banco central afirmou que outras transações não monetárias não estão limitadas e os bancos podem obter empréstimos de refinanciamento de até um ano sem limite de valor.

Rússia tem ferramentas suficientes para sobreviver à "reação emocional" do mercado, diz Kremlin

 Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov disse que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir que a reação do mercado seja a mais breve possível

Porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov em Moscou 23/12/2021 REUTERS/Evgenia Novozhenina

Reuters - O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov afirmou nesta quinta-feira que a Rússia criou ferramentas de segurança suficientes para sobreviver à volatilidade do mercado e disse que a reação "emocional" do mercado financeiro à invasão russa da Ucrânia vai se nivelar.

Peskov disse que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir que a reação do mercado seja a mais breve possível.

O rublo se recuperou de mínimas recordes nesta quinta-feira depois de o banco central ter anunciado intervenções cambiais após o presidente Vladimir Putin ordenar a invasão da Ucrânia por forças russas.

"Uma catástrofe para o nosso continente", diz Boris Johnson sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

 O primeiro-ministro britânico afirmou que convocará uma "reunião urgente" da Otan

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson 16/12/2021 REUTERS/Dylan Martinez (Foto: DYLAN MARTINEZ)

247 - O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou pelo Twitter que fará na manhã desta quinta-feira (24) um pronunciamento à nação sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Johnson afirmou que a guerra "é uma catástrofe para o nosso continente" e disse que pedirá uma "reunião urgente" entre países membros da Otan, liderada pelos Estados Unidos.

O premiê também disse que conversará com líderes do G7, grupo que reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, além do Reino Unido.

Brasil pode rever posição de neutralidade e condenar a Rússia

 Espera-se para esta quinta-feira (24) o anúncio da posição do Brasil diante do agravamento do conflito na Ucrânia

Palácio do Itamaraty, sede da Diplomacia brasileira (Foto: Divulgação)

247 - O governo brasileiro considera rever sua posição de neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia e passar a condenar as ações da Rússia na região do Donbass, segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto.

Nas últimas horas, a pressão externa para que isso ocorresse se ampliou e o Brasil passou a considerar essa possibilidade. Um dos caminhos seria ser signatário, junto com outros países, de resoluções de órgãos multilaterais. Seria uma maneira de evitar tomar uma posição isolada  condenando a ação, informa a CNN.

Câmara aprova cassinos, com apoio da base bolsonarista

 Destaques ao texto base de projeto de lei serão votados nesta quinta-feira

Bolsonaro prepara a liberação dos cassinos (Foto: Aquiles Lins)


247 - A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (23), por 246 votos a 202, o texto-base do projeto de lei que legaliza os jogos no Brasil, como cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos on-line, mediante licenças em caráter permanente ou por prazo determinado. Em seguida, a sessão foi encerrada, informa a Agência de Notícias da Câmara.

A base bolsonarista, exceto setores da bancada evangélica, apoiou o projeto de lei.

A partir desta quinta-feira (24), o Plenário pode votar os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de fazer mudanças no parecer do deputado Felipe Carreras (PSB-PE) para o Projeto de Lei 442/91.

De acordo com o texto, os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer que deverá conter, no mínimo, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras.

O espaço físico do cassino deverá ser, no máximo, igual a 20% da área construída do complexo, podendo ser explorados jogos eletrônicos e de roleta, de cartas e outras modalidades autorizadas.

Para a determinação dos locais onde os cassinos poderão ser abertos, o Poder Executivo deverá considerar a existência de patrimônio turístico e o potencial econômico e social da região.

Poderá haver três cassinos quando a população do estado for maior que 25 milhões (somente São Paulo, segundo estimativa de 2021 do IBGE).

Para os estados com mais de 15 milhões e até 25 milhões, poderá haver dois cassinos (caso de Minas Gerais e Rio de Janeiro). Nos demais estados e no DF, com população de até 15 milhões de habitantes, poderá existir apenas um cassino.

Cada grupo econômico poderá deter apenas uma concessão por estado, e o credenciamento será feito por leilão público na modalidade técnica e preço.

Cristiano Zanin e Valeska Teixeira: Lula foi solto pela Justiça e Flávio Bolsonaro mente

 Advogados rebatem o filho de Bolsonaro: “Lula não está livre por causa de Moro. Está livre porque a justiça foi feita”

Lula, Cristiano Zanin, Valeska Teixeira e Flávio Bolsonaro (Foto: Cristiano Zanin Martins Valeska T. Zanin Martins)

247 - Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Valeska Teixeira e Cristiano Zanin escreveram artigo publicado na Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (24) em resposta ao do senador Flávio Bolsonaro, afirmando que "Moro soltou Lula". Os advogados acusam o artigo do membro do clã Bolsonaro de escrever “acusações falsas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma série de mentiras sobre os processos contra ele”.

Escreveram Zanin e Teixeira: “Ao contrário do que foi publicado no artigo, o ex-presidente foi absolvido em todos os casos já julgados que não envolveram o ex-juiz Sergio Moro, analisados em diferentes instâncias da Justiça”.

No texto, os dois advogados alinham o histórico das decisões judiciais e vitórias de Lula e concluem: “Lula não está livre por causa de Moro. Está livre porque a justiça foi feita na mais alta instância e em todas as demais em que Moro não foi juiz, fato contra o qual o ex-ministro se rebela em confrontação aberta com a Suprema Corte. Lula só foi preso, injustamente, por causa de Sergio Moro, e por isso também não pôde concorrer nas eleições de 2018, vencidas pelo pai do senador Flávio, talvez o maior beneficiário dos processos parciais conduzidos pelo ex-juiz contra Lula. O pai de Flávio, inclusive, já agradeceu publicamente ao seu ex-ministro por isso”.

PCdoB repudia nova onda de ataques a Manuela d’Ávila

 Além de Manuela, as deputadas federais do PSOL Sâmia Bonfim (SP) e Talíria Petrone (RJ) são alvos da violência

Manuela D’Ávila (Foto: Divulgação)

247 - A Comissão Política Nacional do PCdoB emitiu nota nesta quarta-feira (23) repudiando novos ataques promovidos pelas redes de ódio da extrema direita contra a vice-presidenta do partido, Manuela d’Ávila, e as deputadas federais do PSOL Sâmia Bonfim (SP) e Talíria Petrone (RJ).

"A luta das mulheres em defesa de seus direitos econômicos, políticos, sociais, sexuais e reprodutivos sempre foi motivo de reação virulenta por parte dos grupos conservadores e de extrema direita", explica a nota. As agressões aconteceram porque Manuela e as parlamentares do PSOL celebraram nas redes sociais a decisão do Tribunal Constitucional da Colômbia de descriminaliziar o aborto até a 24ª semana de gestação. 

"A extrema-direita, sem escrúpulos, inclui em seus ataques as filhas de Manu e Talíria, Laura e Moana, e o filho de Sâmia, Hugo", critica o PCdoB. Sâmia passou a ser atacada por militantes antiaborto após postar uma foto amamentando seu filho de 8 meses. "Não há contradição entre ser mãe e defender legalização do aborto", ressaltou.

“Reiteramos que combater a disseminação do ódio e da desinformação é um compromisso inalienável dos comunistas e que vamos envidar todos os nossos esforços para construir medidas legislativas, jurídicas e políticas para que tenhamos um país no qual não haja espaço para esse tipo de ataques”, diz outro trecho do texto.

Nesta quarta, Bolsonaro, que já havia criticado a decisão sobre o aborto, também fez menção ao nome de Manuela D´Ávila no Twitter.

Leia a íntegra da nota:

Força Manu: PCdoB repudia nova onda de ataques a Manuela d’Ávila

Uma nova onda de ataques que tem como alvo Manuela d’Ávila, vice-presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), começou nesta terça-feira, 22 de fevereiro de 2022. Além de Manuela, as deputadas federais do PSOL Sâmia Bonfim e Talíria Petrone são alvo da rede de ódio. A extrema-direita, sem escrúpulos, inclui em seus ataques as filhas de Manu e Talíria, Laura e Moana, e o filho de Sâmia, Hugo.

A luta das mulheres em defesa de seus direitos econômicos, políticos, sociais, sexuais e reprodutivos sempre foi motivo de reação virulenta por parte dos grupos conservadores e de extrema direita.

No Brasil, atualmente organizados em torno da base de sustentação política de Jair Bolsonaro, esses grupos usam as plataformas de redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram) e serviços de mensageria privada (WhatsApp, Telegram) para atacar mulheres de expressão política e social, disseminando ódio e desinformação.

O Partido Comunista do Brasil repudia esses ataques e manifesta sua mais irrestrita solidariedade à sua vice-presidenta, Manuela d’Ávila, e às duas parlamentares do PSOL.

Reiteramos que combater a disseminação do ódio e da desinformação é um compromisso inalienável dos comunistas e que vamos envidar todos os nossos esforços para construir medidas legislativas, jurídicas e políticas para que tenhamos um país no qual não haja espaço para esse tipo de ataques.

O Brasil não pode mais conviver com o fascismo, com o ódio e com a intolerância.

#ForçaManu

Comissão Política Nacional do PCdoB

Ucrânia pede que Turquia feche a passagem de navios russos nos estreitos de Bósforo e Dardanelos

 Turquia, que inntegra a OTAN, tem controle sobre a passagem de navios entre o Mediterrâneo e o Mar Negro

(Foto: Xinhua)


Reuters - A Ucrânia pediu à Turquia que feche os estreitos de Bósforo e Dardanelos para navios russos, disse o embaixador da Ucrânia em Ancara nesta quinta-feira, depois que a Rússia lançou ataques aéreos e terrestres contra seu vizinho.

Sob a Convenção Internacional de Montreux, a Turquia, membro da OTAN, tem controle sobre a passagem de navios entre o Mediterrâneo e o Mar Negro, tornando-se um jogador potencialmente chave em qualquer conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia.

No início deste mês, seis navios de guerra russos e um submarino transitaram pelos estreitos de Dardanelos e Bósforo, na Turquia, até o Mar Negro para o que Moscou chamou de exercícios navais perto das águas da Ucrânia. consulte Mais informação

Aqui estão os detalhes do pacto e poderes de supervisão que concede à Turquia, vizinha da Rússia, Ucrânia, Romênia, Bulgária e Geórgia no Mar Negro:

PODERES DA TURQUIA

Sob o acordo de 1936, a Turquia tem controle sobre o Bósforo e Dardanelos e o poder de regular o trânsito de navios de guerra navais. Também garante a livre passagem de navios civis em tempo de paz e restringe a passagem de navios não pertencentes a países do Mar Negro.

Em tempo de guerra, ou quando ameaçada de agressão, a Turquia está autorizada a fechar o estreito a todos os navios de guerra estrangeiros. Também pode recusar o trânsito de navios mercantes de países em guerra com a Turquia e fortalecer os estreitos em caso de conflito.

Todos os países não pertencentes ao Mar Negro que desejam enviar navios devem notificar a Turquia com 15 dias de antecedência, enquanto os países do Mar Negro devem notificar com oito dias.

A passagem é limitada a nove navios de guerra de uma tonelagem agregada específica a qualquer momento, com nenhum navio acima de 10.000 toneladas autorizado a passar. Os navios de um país não pertencente ao Mar Negro não podem exceder um total de 30.000 toneladas a qualquer momento, e os navios podem permanecer na região por não mais que 21 dias. Os estados do Mar Negro podem transitar navios de qualquer tonelagem.

Os países do Mar Negro podem enviar submarinos através do estreito com aviso prévio, desde que tenham sido construídos, adquiridos ou enviados para reparos fora do Mar Negro.

Aeronaves civis podem transitar ao longo de rotas autorizadas pelo governo turco. O acordo não contém restrições à passagem de porta-aviões, mas Ancara diz que também tem controle sobre isso.

OPÇÕES DA TURQUIA

Desde que as tensões aumentaram sobre a Ucrânia, as autoridades turcas disseram apenas que Montreux é fundamental para manter a paz regional. O presidente Tayyip Erdogan disse que a Turquia fará o que for necessário como aliado da Otan se a Rússia invadir, sem dar detalhes.

A Turquia depende da Rússia para energia e turismo e estabeleceu uma cooperação estreita com Moscou em energia e defesa nos últimos anos. Também vendeu drones para a Ucrânia e chamou os movimentos russos contra a Ucrânia de inaceitáveis. consulte Mais informação

Erdogan disse que a Turquia tentará administrar a crise sem abandonar os laços com a Ucrânia ou a Rússia.

Em 2008, quando a Rússia reconheceu a independência das duas regiões georgianas da Abkhazia e da Ossétia do Sul, Ancara rejeitou os pedidos dos EUA para deixar seus navios de guerra passarem pelo estreito em um momento em que dependia da Rússia para commodities e comércio.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o acordo de Montreux impediu que as potências do Eixo enviassem forças navais através do Estreito para atacar a União Soviética.

Secretário-geral da ONU pede a Putin cessar-fogo imediato para evitar "a pior guerra do Século" na Europa

 Interrompendo reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada logo após início das ações na Ucrânia, Antonio Guterres vê gravidade inédita


247 – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu que o presidente russo Vladimir Putin ponha fim imediato às ações militares contra a Ucrânia. Ainda no fim da madrugada desta 5ª feira em Nova York, interrompendo reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, o português Guterres fez um apelo direto e pessoal a Putin. Ele dizia falar “em nome da humanidade”:

"Não permita que comece na Europa o que poderia ser a pior guerra desde o início do século", disse o secretário-geral da ONU. "O conflito precisa parar agora", acrescentou. “Este é certamente o dia mais triste de todo o meu mandato à frente da Organização das Nações Unidas”.

A sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU seguirá convocada em ritmo de assembleia permanente. Guterres voltará a se manifestar sobre a escalada do conflito na Europa depois de uma rodada de conversas com Chefes de Estado e embaixadores na Organização.

População ucraniana foge de Kiev após início da guerra

 Apesar das afirmações russas de que "a população civil não está em risco", ucranianos se sentem ameaçados e formam congestionamento para saírem da capital

(Foto: Reprodução/Reuters)


247 - Após o início dos bombardeios russos contra instalações militares da Ucrânia na noite desta quarta-feira (23), cidadãos ucranianos tentam sair da capital do país, Kiev.

Imagens captadas pela Reuters mostram um intenso engarrafamento na cidade.

A Rússia afirma que "as Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia" e que "armas de alta precisão" destroem somente infraestruturas militares.

"A população civil não está em risco", garantiu o país governado por Vladimir Putin.


Presidente da Ucrânia diz que distribuirá armas a "qualquer um que queira" defender o país

 Ele prometeu ainda suspender as sanções pessoais de qualquer pessoa disposta a defender a Ucrânia "com uma arma na mão"

Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters/Matt Dunham)

247 - Após o início dos bombardeios da Rússia contra instalações militares ucranianas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, além de anunciar o corte das relações diplomáticas entre as duas nações, prometeu distribuir armas a "qualquer um que queira" defender o território ucraniano.

Ele afirmou que suspenderá as sanções pessoais, que ele havia imposto anteriormente, de qualquer pessoa disposta a defender a Ucrânia "com uma arma na mão".

O mandatário ucraniano disse que o ataque russo contra o país é semelhante a uma invasão nazista. 

A Rússia garante que "a população civil não está em risco".

Putin afirma que decidiu operação militar para "desnazificar" a Ucrânia

 Presidente russo diz que justiça e verdade estão do seu lado

Rebeldes no Donbass enfrentam violência ucraniana (Foto: Valter Lima)


MOSCOU, 24 de fevereiro, TASS - O presidente russo, Vladimir Putin, disse que tomou a decisão de realizar uma operação militar especial em resposta ao discurso dos líderes das repúblicas do Donbass.

"As repúblicas populares de Donbass abordaram a Rússia com um pedido de ajuda. Em relação a isso, tomei a decisão de realizar uma operação militar especial. Seu objetivo é proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídios do regime de Kiev durante  oito anos e, para isso, buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos", disse Putin no discurso de televisão.

A justiça e a verdade estão do lado da Rússia, disse o presidente Vladimir Putin em um discurso especial na televisão.

"O bem-estar, a própria existência de países e povos inteiros, seu sucesso e saúde são sempre originários do forte sistema de cultura e valores, experiência e tradições dos ancestrais, diretamente dependentes de habilidades de adaptação rápida à vida em constante mudança, consolidação de a sociedade, sua prontidão para consolidar e reunir todas as forças para seguir em frente", disse Putin.

"Sempre são necessárias forças, mas podem ser de qualidade diferente", disse o líder russo. "E sabemos que a verdadeira força está na justiça e na verdade que estão do nosso lado", acrescentou.

Bombardeios: Rússia diz que alvo são instalações militares e não cidades

 "A população civil não está em risco", diz comunicado de militares russos

(Foto: Governo da Ucrânia)

247 - Enquanto são registrados bombardeios nas proximidades de cidades ucranianas, com na capital Kiev, Carcóvia, Kramatorsk, Dnipro, Mariupol, Odessa e Zaporizhzhya, os militares russos divulgaram um comunicado nesta quinta-feira alegando que não têm como alvo as cidades ucranianas.

"As Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia. Armas de alta precisão destroem a infraestrutura militar: aeródromos militares, aviação, instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia", diz o comunicado. "A população civil não está em risco".

Explosões foram registradas perto da capital Kiev, assim como sirenes de alerta soando por vários minutos na cidade. As forças da Otan, liderada pelos Estados Unidos, e aliados já anunciaram medidas contra os russos.

Guerra: Putin anuncia operação militar na Ucrânia; bombardeios são registrados em Kiev (vídeos)

 

Também foram registrados bombardeios na cidade de Mariupol

(Foto: Reprodução)


247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar na região de Donbass, em declaração oficial. Donbass, na Ucrânia, é onde ficam as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, de maioria étnica russa e reconhecidas como regiões independentes pelo presidente russo nesta semana.

Putin afirmou que as  forças russas não têm planos de ocupar a Ucrânia. No entanto, a Rússia se defenderá caso seja necessário. Nos últimos dias, as tropas do governo ucraniano têm avançado na região, rompendo com o Acordo de Minsk de 2015. Nesta quarta-feira, 23, as repúblicas separatistas do Donbass pediram apoio militar à Rússia.

"As circunstâncias nos obrigam a tomar medidas decisivas e imediatas. As repúblicas populares de Donbass pediram ajuda à Rússia. A este respeito, de acordo com o artigo 51, parte sete da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], com a sanção do Conselho da Federação e em cumprimento de tratados de amizade e assistência mútua com a RPD e a RPL, ratificados pela Assembleia Federal, decidi realizar uma operação militar especial", disse Putin em um discurso.

Putin ainda lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) apoia grupos neonazistas na Ucrânia e está se aproximando das fronteiras da Rússia.

Bombardeios

Segundo a CNN e vídeos que circulam nas redes sociais, a capital da Ucrânia, Kiev, na madrugada desta quinta-feira, 24, foi alvo de bombardeios. O jornalista da CNN Matthew Chance, relatando ao vivo de Kiev, afirmou ter ouvido o que soou como "grandes explosões" na capital. Alguns celulares estariam sem sinal na capital ucraniana.

Explosões também foram ouvidas em Kharkiv, cerca de 400 km a leste de Kiev. Também foram registrados bombardeios na cidade de Mariupol, no leste do país.

Rússia: alvo são instalações militares

Os militares russos divulgaram um comunicado nesta quinta-feira alegando que não têm como alvo as cidades ucranianas.

"As Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia. Armas de alta precisão destroem a infraestrutura militar: aeródromos militares, aviação, instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia", diz o comunicado. "A população civil não está em risco".

"Um dia dramático", diz Celso Amorim à TV 247: "a primeira ação militar em solo europeu após a Segunda Guerra Mundial"

 "Obviamente a grande responsabilidade é dos EUA e da expansão da Otan. Isso está na raiz do problema", afirmou o ex-chanceler sobre a guerra Rússia-Ucrânia

Celso Amorim, Putin, Zelensky e Biden (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)


247 - Ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, o embaixador Celso Amorim falou à TV 247 na manhã desta quinta-feira (24) sobre o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Um dia dramático", definiu, lembrando que os bombardeios russos contra instalações militares ucranianas se tratam da "primeira ação militar em solo europeu após a Segunda Guerra Mundial".

Segundo Amorim, "obviamente a grande parcela da culpa, da responsabilidade é dos Estados Unidos e da expansão da Otan. Isso está na raiz do problema".

O embaixador afirmou que um ataque militar a outro país, qualquer que seja ele, não é "uma coisa positiva". "Há outras soluções a serem encontradas", em uma crítica sutil à Rússia, governada por Vladimir Putin.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Pesquisador da Fiocruz diz que "estamos caminhando para o fim da pandemia"

 Segundo o infectologista Julio Croda, a doença entrará numa fase "com períodos sazonais epidêmicos, como já acontece com a gripe e a dengue"

Infectologista Júlio Croda (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), infectologista Julio Croda, disse crer que "estamos caminhando para o fim da pandemia". De acordo com o estudioso, a doença entrará numa fase endêmica, "com períodos sazonais epidêmicos, como já acontece com a gripe e a dengue, por exemplo".

"Passar da pandemia para a endemia não significa que a gente não vai ter o impacto da covid-19 em termos de hospitalização e óbito. Significa que esse impacto vai ser menor a ponto de não ser necessário medidas restritivas tão radicais e eventualmente até a liberação do uso de máscaras, que é uma medida protetiva individual", disse o médico em entrevista ao jornal O Globo

"Esse vírus só vai matar menos se tiver alta cobertura vacinal. As pessoas que morrem, atualmente, fazem parte de três grupos: idosos muito extremos mesmo vacinados, pessoas com muita comorbidade e pessoas não vacinadas. À medida que avançamos na vacinação, a tendência é reduzir essa letalidade. Foi assim com a influenza H1N1, quando surgiu a pandemia em 2009. Partimos de uma letalidade de 6% e isso foi reduzido para 0,1%", acrescentou.