quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Renan Calheiros: 'só falta a PGR pedir a exumação de 640 mil vítimas do descaso de Bolsonaro'

O senador criticou a demora da PGR em tomar as providências necessárias contra Jair Bolsonaro, que teve nove crimes imputados pela CPI da Covid

Renan Calheiros e Augusto Aras (Foto: ABr)

247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI da Covid, criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras, por não enviar a autoridades competentes as denúncias apontadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito contra Jair Bolsonaro. 

"Na sua estratégia de 'comprar tempo', a PGR pediu para a CPI da Covid individualizar provas, como se centenas delas já não fossem suficientes. Nesse ritmo, só falta a PGR pedir, e não estranhem se isso acontecer, a exumação  de 640 mil vítimas do descaso de Bolsonaro", escreveu o parlamentar no Twitter. 

O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, na Holanda, recebeu no último dia 9 o relatório da CPI da Covid. No documento estão nove crimes imputados a Bolsonaro no âmbito das apurações sobre o enfrentamento à pandemia do coronavírus. 

Nessa quarta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também criticou a demora de Augusto Aras em tomar as providências necessárias e afirmou que o procurador está "prevaricando no seu ofício".

"Vamos 'abrasileirar' o preço da gasolina", garante Lula

 O ex-presidente ainda fez duras críticas à intenção do governo Bolsonaro de privatizar a Eletrobrás: "vão deixar o povo no escuro"

Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente Lula (PT), em entrevista nesta quinta-feira (17) à Rádio Progresso, de Cariri, no Ceará, voltou a garantir que, se voltar à Presidência da República, mudará a política de preços da Petrobrás, que vinculou o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar, fazendo com que o litro da gasolina, em algumas regiões do país, seja vendido a R$ 8, por exemplo.

"Esses malandros estão destruindo a Petrobrás fatia por fatia", disse Lula. 

"Na hora que eles privatizaram a BR, o que aconteceu? Apareceram neste país 432 empresas que estão importando gasolina dos Estados Unidos, a preço de dólar, e aí o preço é internacional. E quem paga? O nosso companheiro que tem um caminhão, os pobres que têm um carro. E no final das contas sobra para quem não tem carro nem caminhão, que é o povo que vai ao supermercado comprar as coisas que estão mais caras porque o preço da gasolina, do diesel e do gás entra no preço dos alimentos. Então o povo está pagando gás, diesel e gasolina a preços que jamais poderiam pagar. A gente não deveria estar exportando petróleo cru e importante gasolina. A gente deveria estar exportando gasolina chique para os Estados Unidos, para a Europa", reclamou o petista.

Se dirigindo ao mercado, o ex-presidente mandou um recado: "quero dizer em alto e bom som. Eu sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas eu quero que eles vejam o seguinte: nós vamos 'abrasileirar' o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro porque os investimentos são feitos em reais. A gente vai tirar petróleo, aumentar a capacidade de refino".

Lula também falou contra a privatização da Eletrobrás, que o governo Jair Bolsonaro (PL) tenta vender abaixo de seu valor real. "Eu estou indignado com o que eles estão fazendo com esse país. Agora mesmo vão querer privatizar a Eletrobrás. Vai aumentar mais a energia elétrica, vão deixar o povo mais no escuro. Os empresários privados não têm preocupação se o povo está vivendo no escuro, se o povo está cozinhando na luz de candieiro. Quem tem que cuidar do povo é o Estado, quem tem que fazer política social é o Estado. Por isso nós fizemos o Luz para Todos".

Bolsonaro diz que Putin defende Amazônia como patrimônio brasileiro, e não da humanidade, e agradece presidente russo (vídeo)

 Jair Bolsonaro disse que o presidente russo defendeu a soberania brasileira (vídeo)

Presidente da República, Jair Bolsonaro acompanhado do Presidente da Federação Russa, Vladmir Putin durante declaração à Imprensa. (Foto: Alan Santos/PR)


247 - Jair Bolsonaro agradeceu o presidente russo, Vladimir Putin, por ter dito que a Amazônia é um patrimônio brasileiro, e não da humanidade. Conforme citou Bolsonaro em coletiva de imprensa em Moscou, ao lado de Putin, outros presidentes não têm esta mesma avaliação.

"Quando alguns países questionaram a Amazônia como patrimônio da humanidade, quero agradecer a sua intervenção, que sempre esteve ao nosso lado em defesa da nossa soberania. Muito obrigado, Putin, pela acolhida", disse Bolsonaro.

A fala de Bolsonaro refere-se a um embate ocorrido em agosto de 2019 entre ele e o presidente francês, Emmanuel Macron. Diante do aumento dos registros de queimadas na Amazônia, Macron classificou os incêndios como uma "crise internacional" e pediu que os países do G7 discutissem o tema.
Bolsonaro então acusou seu homólogo francês de "instrumentalizar uma questão interna" do Brasil para "ganhos políticos", fazendo uso de uma "mentalidade colonialista descabida".

Em novembro daquele ano, o Brasil conseguiu incluir no texto final da declaração da 11ª Cúpula dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul – que a cooperação internacional sobre as florestas "deve respeitar a soberania nacional".

Bolsonaro desembarcou na Rússia na terça-feira (15) em meio a tensões do país europeu com a Ucrânia. Putin havia ordenado a movimentação de tropas em regiões de fronteira com a Ucrânia.

Com informações da Deutsche Welle


"Óbvio", diz presidente da Fiesp sobre mercado não temer volta de Lula à Presidência

 Segundo Josué Gomes, "Brasil não precisa temer quem quer que ganhe a eleição"

Josué Gomes é diretor-presidente da Coteminas, maior grupo têxtil do país (Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG)

247 - O novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, afirmou que não existem riscos para o país por conta do resultado das eleições presidenciais deste ano, quando questionado pelo portal O Globo sobre um temor do mercado provocado com a vitória do ex-presidente Lula. 

"Qualquer temor deveria deixar de existir. Não existem riscos para o país. O país não vai acabar nem retroceder (independentemente de quem ganhe). O Brasil não precisa temer quem quer que ganhe a eleição", disse. 

"O país pode continuar de maneira mais rápida e mais célere, dando dignidade a seu povo, ou não, mas não vai acabar. As instituições no Brasil são fortes. Estão sob ataque constantemente, mas são fortes", afirmou.

O executivo disse, ainda, que a urna eletrônica é confiável, em contraposição à posição de Jair Bolsonaro, que por reiteradas vezes criticou a confiabilidade do voto eletrônico.

Ao comentar a recente declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a diminuição de temores no mercado quanto a uma mudança de governo, Josué concordou e disse que Campos Neto "está dizendo o óbvio".

Em despedida do TSE, Barroso lembra de "exaltações" de Bolsonaro à ditadura e à tortura: 'colocou tanques de guerra na rua'

 Ministro também ressaltou que a liberdade de expressão é importante e precisa ser protegida contra aqueles que a utilizam para destruir a democracia

(Foto: ABr | Divulgação)

247 - Barroso deu a declaração ao fazer um discurso em sua última sessão como presidente do TSE. No próximo dia 22, os ministros Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomarão posse como novos presidente e vice do TSE. A reportagem é do portal G1. 

"A liberdade de expressão é muito importante e precisa ser protegida, inclusive contra os que a utilizam para destruí-la juntamente com a destruição da democracia. O ódio, a mentira e as ameaças não são protegidas pela liberdade de expressão porque se destinam a silenciar a expressão dos outros", declarou Barroso nesta quinta.

No discurso, Barroso disse também que "nos últimos tempos" a democracia e as instituições "passaram por ameaças das quais acreditávamos já haver nos livrado".

Conforme o ministro, "não foram apenas exaltações verbais à ditadura e à tortura, mas ações concretas e preocupantes".

Nesse trecho, Barroso citou, por exemplo, as manifestações em frente ao Exército que pediam a volta da ditadura militar; o desfile de tanques de guerra na Praça dos Três Poderes; a ordem para que caças sobrevoassem a Praça dos Três Poderes; manifestação de 7 de Setembro; ameaça de não renovação de concessão de empresa de jornalismo.

Bolsonaro diz ter sido ignorado por Alexandre de Moraes em encontro no Planalto

 "Eu dirigi a palavra duas vezes ao ministro Alexandre. Ele não respondeu", afirmou Bolsonaro

(Foto: ABr)

247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Jovem Pan ter sido ignorado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em encontro que tiveram no Palácio do Planalto em 7 de fevereiro.

Na ocasião, Moraes e o também ministro do STF Edson Fachin levaram a Bolsonaro um convite para a cerimônia de posse da nova presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorrerá no próximo dia 28. 

"Apenas o Fachin falou naquele momento. Eu dirigi a palavra duas vezes ao ministro Alexandre. Ele não respondeu. Quando saíram dali foram ao Senado encontrar o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ali decidiram, inclusive, que a CPI das Fake News deveria voltar a funcionar", relatou.

O encontro entre Bolsonaro e os ministros durou entre 10 e 15 minutos apenas.

A relação entre Bolsonaro e Moraes não é nada boa. O ministro é relator de diversas ações contra o chefe do governo federal e sua família e já foi alvo de inúmeros ataques por parte do clã Bolsonaro. Em 7 de setembro de 2021, na ocasião das manifestações golpistas, Bolsonaro chegou a chamar o ministro de "canalha" e prometeu que não mais cumpriria decisões judiciais proferidas pelo magistrado.

Depois de apoiar derrubada de Dilma e admitir o golpe, Barroso afirma que "o impeachment fez mal ao Brasil" (vídeo)

 "Uma democracia não pode viver de impeachment. A gente tem que ganhar o jogo nas urnas", reconheceu o ministro do STF

(Foto: Divulgação)


247 - Apoiador do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com base em um fraudulento processo de impeachment motivado por supostas pedaladas fiscais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso novamente admite ter errado.

No início de fevereiro, o ministro já havia reconhecido que Dilma sofreu um golpe de Estado. "A justificativa formal foram as denominadas 'pedaladas fiscais', embora o motivo real tenha sido a perda de sustentação política".

Desta vez, em entrevista à Andréia Sadi, da GloboNews, Barroso reconheceu que "o impeachment fez mal ao Brasil".

"Mesmo para quem achasse que o ciclo do PT já deveria ter sido encerrado, era muito melhor que ele tivesse se encerrado pelo fluxo natural do que pelo tipo de amputação que o impeachment representa. (...) Uma democracia não pode viver de impeachment em impeachment. A gente tem que ganhar o jogo nas urnas", declarou.


Bolsonaro insinua ter sido decisivo para distensionamento entre Rússia e Ucrânia e chama Orbán, de extrema direita, de "irmão"

 Após visitar a Rússia, Bolsonaro foi à Hungria para se reunir com Viktor Orbán, premiê húngaro com o qual o brasileiro disse concordar "em todos os aspectos"

Jair Bolsonaro e Viktor Orbán (Foto: Reprodução)

247 - Em visita à Hungria nesta quinta-feira (17), Jair Bolsonaro (PL) discursou ao lado do primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, de extrema direita, após ter conversado com o premiê e com o presidente do país, János Áder.

Em sua declaração, Bolsonaro voltou a insinuar ter sido decisivo para o distensionamento na fronteira entre Rússia e Ucrânia, isto porque, por "coincidência ou não", o anúncio da desmobilização das tropas russas foi feito quando a comitiva brasileira estava em voo para a Rússia. A narrativa de que Bolsonaro teria sido um emissário da paz foi tratada como piada até mesmo entre seus apoiadores no Brasil.

No discurso, Bolsonaro chamou Orbán de "irmão" e afirmou ter afinidade com o húngaro "em praticamente todos os aspectos". Ambos fizeram falas em defesa da "família".

"Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão. Pequeno se levarmos em conta nossa extensão territorial e grande pelos valores que podem ser quatro palavras: Deus, pátria, família e liberdade", disse o brasileiro.

Tragédia em Petrópolis: número de mortos passa de 100; oito vítimas são crianças

 A cidade na Região Serrana do Rio de Janeiro entra no segundo dia de buscas por sobreviventes após temporal que deixou rastro de destruição

Ônibus destruídos após temporal em Petrópolis 16/02/2022 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Metrópoles - Moradores do Morro da Oficina relataram cenas de terror durante a forte chuva que atingiu o local. Priscila Martins, de 36 anos, que mora há mais de três décadas na região, diz que nunca havia presenciado nada semelhante.

“Parecia um terremoto”, relatou, afirmando que duas ex-alunas, ambas de 16 anos, desapareceram. “Já sei que a filhinha de uma amiga morreu, ainda tem minhas ex-alunas soterradas.”

Cerca de 400 bombeiros trabalham na região ao lado de moradores, que atuam como voluntários e ajudam nas escavações.

Ruas irreconhecíveis

O centro da cidade, hoje, não tem seu charme costumeiro, com árvores ao longo dos rasos rios e pontes vermelhas por todos os cantos. Depois do forte temporal, o bairro teve suas praças, como a da Águia, em frente à Câmara dos Vereadores, cobertas por lama.

Em frente ao Museu Imperial, antigo palácio de verão de dom Pedro II, carros batidos em diversas direções foram levados pelas chuvas. Nos rios, incontáveis veículos precisaram ser removidos na tarde de quarta-feira (16/2).

Na Casa da Princesa Isabel, muros com grades tombaram e um veículo avançou pelo extenso gramado.

O monumento do Obelisco, na Rua do Imperador, também foi atingido. A famosa Rua 16 de Março, conhecida pelas lojas, foi bastante prejudicada, assim como a Rua Teresa, o polo comercial de roupas da cidade. Nos dois locais, comerciantes perderam toda ou quase toda a mercadoria de seus estabelecimentos.

Mais chuvas

A expectativa é que o cenário desolador continue, devido à possibilidade de mais chuvas para os próximos dias. Para esta quinta-feira, estão previstas pancadas moderadas de chuva a ocasionalmente fortes a partir da tarde.

Na sexta-feira (18), o cenário é ainda mais preocupante: pancadas fortes de chuva a ocasionalmente muito fortes a partir da tarde. Na terça, em três das seis horas de chuva, o volume já superava a previsão para todo o mês de fevereiro.

Rotary entrega óculos a cinco alunos da rede municipal de Apucarana



Na manhã de ontem (16/2), cinco estudantes foram presenteados com os óculos de grau que necessitam para enxergar melhor. A ação faz parte do projeto Olhar Amigo, que é desenvolvido por meio de parceria entre o Rotary Clube Apucarana, a Autarquia Municipal de Educação e o Centro de Apoio Multiprofissional ao Escolar (CAME).

De acordo com a secretária de educação Marli Fernandes, a baixa acuidade visual é um dos principais fatores que levam a dificuldades de aprendizagem. “Como a criança pequena não costuma se queixar, os pais nem sempre percebem que ela não está enxergando bem. Muitas vezes são os professores que identificam o problema em sala de aula, quando notam que o aluno não consegue se concentrar direito, pisca excessivamente ou aperta os olhos para ler. O projeto Olhar Amigo é valioso porque garante consultas oftalmológicas e óculos de grau gratuitos para os nossos estudantes,” disse.

“O Rotary é um clube que reúne empresários em torno do objetivo de prestar serviços voluntários em favor da comunidade de Apucarana. Apesar das muitas dificuldades causadas pela pandemia, nós conseguimos beneficiar aproximadamente 40 crianças com consultas oftalmológicas e óculos de grau no ano passado. Em 2022, em parceria com a Autarquia Municipal de Educação, nós pretendemos ampliar ainda mais o projeto,” afirmou o presidente do clube, Reginaldo de Oliveira.

Receberam os óculos na manhã de ontem (16/2), os alunos Leandro Henrique Andrade Firmino, da Escola Dinarte Pereira de Araújo; Heloísa Carvalho, da Escola João Antônio Braga Côrtes; Henrique Fernandes Silva, da Escola João Batista; Laura Gabrielli Cesar Alves, da Escola João Batista; e Amanda Barbosa dos Santos, da Escola José de Alencar.

Participaram também do ato, a superintendente pedagógica da Autarquia Municipal de Educação, Margarete Baldini; a coordenadora do CAME, Leia Sofia Viale; e os membros do Rotary Club Apucarana, Antenor Perón, Marcelino Ferreira, Nedson Samuelson e Nelson Telles.

Merval Pereira chama viagem de Bolsonaro à Rússia de "trapalhada" e "gafe"

 O jornalista, que tem visão alinhada ao imperialismo, afirmou que Bolsonaro se atrapalhou na conversa com Putin e que escancarou suas “limitações cognitivas”

(Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)

247 - O jornalista Merval Pereira, colunista do jornal O Globo, afirmou em coluna nesta quinta-feira (17) que a viagem de Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, onde dialogou com o presidente Vladimir Putin, foi uma "trapalhada" e uma "gafe".

Na viagem, disse Pereira, Bolsonaro demonstrou suas “limitações cognitivas”. O jornalista chamou a atenção para a insinuação de Bolsonaro de que sua visita aos russos fez com que ocorresse o distensionamento entre Rússia e Ucrânia.

Para o jornalista, o brasileiro se atrapalhou ao dizer que era "solidário" à Rússia e deixou "arrepiado os cabelos" do Itamaraty. "Bolsonaro não sabe usar as palavras, e é possível que nem soubesse o que estava falando quando afirmou que o Brasil é solidário à Rússia. Ele provavelmente estava se referindo à economia e ao comércio, mas se solidarizar com a Rússia numa visita oficial é um erro absurdo neste momento de crise".

Alinhado aos interesses imperialistas, Pereira afirmou que "o Itamaraty deve estar de cabeça para baixo tentando explicar a confusão que Bolsonaro criou à toa com os Estados Unidos. Uma vantagem é que o Brasil está tão inexpressivo no cenário mundial, que tudo isso virou galhofa, sem maiores complicações diplomáticas".

O jornalista ainda lembrou dos governos Lula (PT), quando o Brasil tinha uma política externa "solidificada", "consistente e planejada".

Venezuela expandirá cooperação militar com a Rússia, diz Maduro

 A Rússia recebe apoio total da Venezuela diante das ameaças da Otan, disse Nicolás Maduro

Nicolás Maduro e Vladimir Putin (Foto: Aleksei Druzhinin/Sputnik)


HAVANA, 17 de fevereiro, TASS - A Venezuela expandirá a cooperação com a Rússia na esfera militar para defender a paz e sua soberania, disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (16).

"Revisamos os planos de cooperação militar e endossamos uma área de forte cooperação militar entre a Rússia e a Venezuela para defender a paz, a soberania e a integridade territorial", disse o chefe de Estado à Venezolana de Television. "O ministro da Defesa, Vladimir Padriño López, tem instruções claras sobre este assunto. Vamos expandir o programa [de cooperação] com uma potência militar como a Rússia."

"A Rússia é totalmente apoiada pela Venezuela diante das ameaças da Otan e do mundo ocidental", enfatizou.

Na quarta-feira, o vice-primeiro-ministro russo Yuri Borisov iniciou sua visita à Venezuela. Borisov co-preside a comissão intergovernamental de cooperação comercial e econômica e técnica com a Venezuela. A delegação russa inclui funcionários do Ministério das Finanças, Ministério da Energia, Ministérios do Desenvolvimento Econômico, da Indústria e Comércio, da Agricultura e outros.

Ativistas são presos em Brasília por protesto contra Pacote do Veneno

 Grupo foi atacado com spray de pimenta quando tentava erguer um inflável com a mensagem “Bancada do Câncer, não vamos engolir o seu veneno”

(Foto: Mídia Ninja/divulgação)


Rede Brasil Atual - Ativistas que protestavam contra a aprovação do “Pacote do Veneno” foram presos nesta quarta-feira (16) em Brasília. A manifestação estava ocorrendo durante a tarde, em frente ao Congresso Nacional. O grupo pretendia denunciar os 301 deputados que aprovaram o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002 na semana passada e que facilita a liberação de agrotóxicos no país.

Eles vestiam macacões de segurança e máscaras de gás para denunciar o risco de contaminação por essas substâncias. Também portavam cartazes com os dizeres “Bancada do Câncer, não vamos engolir o seu veneno”. Entretanto, quando tentavam instalar um inflável com a mesma mensagem, foram reprimidos pela Polícia Legislativa.

Os policiais arrancaram os cartazes das mãos dos ativistas, que não reagiram. Ainda assim, um dos agentes os atacou com spray de pimenta. Os policiais também obrigaram os manifestantes a esvaziar e recolher o inflável.

O governo Bolsonaro tem batido recordes de liberação de veneno para utilização pelo agronegócio. Somente no ano passado, por exemplo, houve autorização para 585 produtos, segundo dados do Ministério da Agricultura. Em 2020, foram 493, enquanto em 2019 os ruralistas obtiveram aval para 475 destes produtos químicos.

A aprovação do PL ocorrida na última quarta-feira (9) flexibiliza ainda mais as normas para a liberação de agrotóxicos no país. Isso porque facilita a abertura do mercado para novos pesticidas antes proibidos. Além disso, centraliza no Ministério da Agricultura as tarefas de fiscalização e análise desses produtos. Apesar da gravidade da decisão, os deputados decidiram pela aprovação do “Pacote do Veneno” em menos de quatro horas de discussão.

“Significa incluir na comida substâncias que causam câncer, mutações genéticas, distúrbios hormonais e todos tipo de dano pra saúde”, protestou o líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Nesse sentido, 71 parlamentares votaram contra, além de uma abstenção.

Outros 69 representantes do PT, PSB, PDT, Psol, PV e Rede permaneceram em obstrução, na tentativa de barrar o “trator” comandado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Mas ele já havia firmado um acordo pela aprovação com a bancada ruralista. Assim, aprovaram a proposta em “regime de urgência”, sem debate mais amplo.

O relator da proposta, deputado federal Luiz Nishimori (PL-PR), recebeu R$ 380 mil de empresários e executivos do agronegócio na campanha que o levou à Câmara dos Deputados, em 2018.

'Melhor que meus ajudantes', diz Bolsonaro para justificar ida de Carlos à Rússia

 Carlos Bolsonaro é vereador do Rio de Janeiro. Mesmo assim, acompanha o pai, presidente da República, em viagens internacionais

Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro (PL) defendeu a presença de seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos) na viagem do governo federal pela Europa. Nesta quarta-feira (16), o chefe do governo federal brasileiro se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

Mesmo sendo vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro acompanha o pai em muitas - senão todas - viagens internacionais. Na Rússia não foi diferente.

À Jovem Pan News, Bolsonaro defendeu o filho, que "não ganha nada do governo federal" para estar nas viagens e "votou em praticamente tudo o que acontecia na Câmara Municipal do Rio de Janeiro".

Bolsonaro ainda afirmou que Carlos é melhor que seus próprios ajudantes oficiais. "Ele se comporta, com todo respeito aos meus ajudantes de ordem, melhor que meus ajudantes de ordem. Ele dorme no meu quarto, não tem qualquer despesa e que trabalhou ontem comigo até de noite com nossas redes sociais prestando informações a todos do Brasil. O conteúdo que nós postamos no Facebook, Telegram, Twitter, em grande parte passa pelo crivo dele. É uma pessoa que não ganha nada do governo federal, é um vereador do Rio de Janeiro e essa noite, inclusive, ele votou em praticamente tudo o que acontecia na Câmara Municipal".

Foto publicada pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) no Twitter é emblemática. "No Governo Bolsonaro é assim: o filho senta e o ministro general fica em pé". Na imagem, enquanto Carlos se senta ao lado de Bolsonaro na mesa de negociações com a Rússia, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência, está em pé e o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, está sentado mais atrás. 


Barroso rechaça ataques de Bolsonaro, mas diz que não há ameaça à democracia e que militares não se envolverão com política

 Em entrevista, o presidente do TSE e ministro do STF fala sobre as ameaças de golpe de Bolsonaro e refuta críticas à segurança da urna eletrônica

Ministro Luís Roberto Barroso (Foto: STF | Alan Santos/PR)

247 - Questionado sobre as ameaças autoritárias apontadas pelo ministro do TSE Edson Fachin, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que deixa o cargo no próximo dia 22, considera em entrevista à Folha de S.Paulo que não há uma ameaça real ao processo eleitoral de 2022. 

Ele ressalta, contudo, que "houve momentos de preocupação, como o comício na porta do quartel-general do Exército, como tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, como ataques infundados ao sistema eleitoral, o pronunciamento do 7 de Setembro com ofensas ao ministro do Supremo e a declaração de que não cumpriria mais decisões judiciais".

De acordo com Barroso, "são sinais preocupantes", mas as instituições reagiram, "demonstrando a vitalidade da democracia".

Barroso rechaçou os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral: "Eu acho que a percepção crítica do sistema eleitoral é de uma parcela muito pequena da população. O próprio Datafolha fez a pesquisa e deu pouco mais de 20%".

Sobre as fake news na campanha eleitoral deste ano, o ministro disse que "a desinformação em si é um problema. E destaca que o TSE tem uma comissão permanente de enfrentamento à desinformação.

Barroso anunciou que nesta terça-feira (15), o TSE assinou "parcerias com todas as principais redes sociais que operam no Brasil para o enfrentamento da desinformação, sobretudo dos chamados comportamentos inautênticos, que é a utilização de robôs, perfis falsos e trolls —pessoas contratadas para difundir notícias falsas—, e para minimizar o risco dos disparos em massa ilegais. Estamos tomando as providências possíveis, sobretudo para a proteção do sistema eleitoral".

Leia a íntegra da entrevista.

Governo Bolsonaro coloca à venda mais blocos do pré-sal

 Tanto o pré-edital como as minutas de contrato serão enviados ao Ministério de Minas e Energia para aprovação

(Foto: Petrobras/Divulgação)

Agência Brasil – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (16) o pré-edital e as minutas de contrato que estabelecem regras da licitação de 11 blocos localizados na área do pré-sal, dentro da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP). Tanto o pré-edital como as minutas de contrato serão enviados ao Ministério de Minas e Energia para aprovação.

A ANP lembrou que os blocos Ágata, Água Marinha, Esmeralda, Jade, Turmalina e Tupinambá estavam previstos para serem ofertados na 7ª e 8ª rodadas de partilha de produção, na Bacia de Santos. Os cinco blocos restantes não foram arrematados em rodadas de licitação de partilha da produção realizadas pela ANP. São eles: Itaimbezinho (4ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Norte de Brava (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Santos).

Oferta permanente

Segundo a ANP, oferta permanente é um formato de licitação de outorga de contratos de exploração e produção de blocos exploratórios e de áreas com acumulações marginais, localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas, para exploração ou reabilitação e produção de petróleo e gás natural. Nesse formato, a oferta de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais é contínua.

Até dezembro do ano passado, a oferta permanente era realizada exclusivamente em regime de contratação por concessão, sem possibilidade de inclusão de áreas do pré-sal e, também, de áreas consideradas estratégicas, nos moldes da Lei nº 12.351/2010, cujo regime legal de contratação é o de partilha de produção.

A Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº 27/2021, do dia 24 de dezembro de 2021, suspendeu essa limitação ao estabelecer que os campos ou blocos situados no polígono do pré-sal ou em áreas estratégicas poderão ser licitados no sistema de Oferta Permanente mediante determinação específica do CNPE, com definição dos parâmetros a serem adotados para cada campo ou bloco.

No dia 5 de janeiro de 2022, a Resolução CNPE nº 26/2021 autorizou a licitação de 11 blocos no sistema de Oferta Permanente, sob o regime de partilha de produção, e aprovou os parâmetros técnicos e econômicos do leilão.

A ANP informou ainda que os blocos exploratórios a serem oferecidos na Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP) não têm relação com os blocos oferecidos no 3º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), que se encontra em andamento e tem sessão pública de apresentação de ofertas marcada para o dia 13 de abril. 

Em 2022, Telegram será ferramenta do bolsonarismo para articular ondas de fake news

 Ferramenta não tem representante no Brasil e pode ignorar ordens judiciais. Telegram não assinou acordo com TSE para conter fake news de campanhas eleitorais

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

Rede Brasil Atual “Inscreva-se em nosso canal no Telegram e tenha acesso à ações que querem a todo custo esconder de você.” A exortação, com todos os erros de linguagem originais, é do perfil oficial de Jair Bolsonaro e foi postada nesta quarta-feira (16), em sua conta no Twitter. Foi publicada por volta das15 h, no horário de Brasília, ou 21 h na Rússia, onde o mandatário se encontrou hoje com o presidente Vladimir Putin. Em ano de eleições, o Telegram se transforma em uma ferramenta importante para o bolsonarismo no Brasil. Entre as plataformas digitais, é o próximo cavalo-de-batalha da família que governa o Brasil.

“O Telegram é usado para articulação e distribuição de conteúdos para os apoiadores mais aguerridos, mais ideológicos e articulados do bolsonarismo”, diz Sergio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC. A ferramenta não tem tanto alcance quantitativo. Muito dificilmente – explica o professor – a ferramenta vai atingir “a tia e o primo do interior”, o “tiozão ou a tiazona do WhatsApp”. Ou seja, Bolsonaro vai para o Telegram para criar uma rede de perfis cuja função é “replicar conteúdo”.

O presidente não está pedindo para os seguidores usarem a ferramenta por acaso. Na terça-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral assinou acordos com oito plataformas digitais para combater a disseminação de notícias falsas no período eleitoral.

Twitter, LinkedIn, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube, TikTok e Kwai fizeram acordo com o TSE. O Telegram – que não tem representação no Brasil – não negociou. Mais do que isso, ignorou o pedido do TSE para debater o tema.

“O Telegram não aceita ordem judicial, não tem representante no Brasil, e com ele o bolsonarismo vai poder distribuir conteúdos desinformativos, mentiras, comandos de perseguição de pessoas pela plataforma. Não vai fazer isso pelo WhatsApp, por exemplo, sem ser reprimido pela Justiça”, destaca o professor da UFABC.

Por isso, no post de Bolsonaro do Twitter, ele fala de “ações que querem a todo custo esconder de você”. O Telegram não respeita legislação, a Constituição, o Judiciário no Brasil. A plataforma é importante porque o bolsonarismo age ilegalmente.”

Pontas de lança

A plataforma terá na eleição o papel de articulador dos divulgadores do bolsonarismo. Em uma de suas contas, Bolsonaro já tem mais de 1 milhão de inscritos. Alguns desses – não todos, mas os mais influentes, os chamados pontas de lança – vão replicar conteúdos, levando-os para as redes “tradicionais”, como Instagram, WhatsApp etc. As pessoas que não usam internet como ferramenta normalmente não têm ou não usam o Telegram, que em um aspecto é semelhante ao Twitter.

Nesse sentido, os usuários do Twitter – ressalta Amadeu –, que é pequeno em comparação com WhatsApp, Facebook, Instagram, podem ser bons articuladores. Se o Twitter não alcança o “tiozão” do interior, é muito usado por formadores de opinião, artistas, jornalistas, profissionais de conteúdo e militantes.

Usuários

Segundo uma pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, realizada pela Infobit e divulgada em setembro de 2021, o Telegram está em 53% dos smartphones no Brasil.  Enquanto o WhatsApp está instalado em 99% dos celulares brasileiros e é usado por 86% desse total, o Telegram é utilizado por 25% das pessoas que baixaram o aplicativo.

O Brasil teria hoje cerca de 109 milhões de usuários de smartphones, segundo estudo da consultoria Newzoo citado pela revista Exame em agosto do mesmo ano.

Após respostas do TSE, Bolsonaro diz que Forças Armadas darão os 'próximos passos' e serão 'fiadoras' do processo eleitoral

 "Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE", acrescentou Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro, urnas eletrônicas e Forças Armadas 
(Foto: Alan Santos/PR | ABr)


247 - Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (16) que as Forças Armadas serão "fiadoras" do processo eleitoral. A declaração foi concedida à Jovem Pan após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgar o documento com as perguntas das Forças Armadas sobre o processo eleitoral e as respostas da corte.

"Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE. Se procede, se o TSE tem razão ou se não tem razão e o porquê. E os próximos passos serão dados pelas nossas Forças Armadas”, disse.

As Forças Armadas fizeram 74 perguntas à Justiça Eleitoral. As respostas foram dadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), do TSE.

A entrevista teve ataques aos ministros do STF Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que também ocupam cargos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro afirmou que os magistrados querem deixá-lo inelegível e escolher o candidato deles.