terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Alexandre de Moraes determina que Aras se manifeste sobre a live em que Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas

 PGR pode tanto apresentar uma denúncia contra Bolsonaro, como pedir o arquivamento do processo

(Foto: ABr)

247 – "O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em 15 dias, sobre o relatório apresentado pela Polícia Federal (PF) sobre a 'live' em que o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações falsas sobre as urnas eletrônicas, em 29 de julho do ano passado", informa a jornalista Isadora Peron, em reportagem publicada no Valor Econômico.

No documento, a Polícia Federal disse ter identificado a “atuação direta e relevante” de Bolsonaro “na promoção da ação de desinformação, aderindo a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países”.

"Cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras, apresentar a sua posição sobre o caso. Ele pode tanto apresentar uma denúncia contra Bolsonaro, como pedir o arquivamento do processo ou até mesmo novas diligências. No mesmo despacho, Moraes determinou o compartilhamento dos dados levantados na investigação com o inquérito que apura a existência de uma milícia digital que atua para minar as instituições democráticas", aponta ainda a jornalista.

Uma criança morreu a cada três dias por Covid enquanto governo Bolsonaro sabotava a vacinação infantil

 Após a aprovação da Anvisa, o governo federal sabotou a imunização infantil, promovendo audiência pública e consulta à população sobre o tema

Vacinação contra Covid-19 em criança (Foto: GovSP)


247 - Uma criança morreu a cada três dias por Covid-19 enquanto o governo Jair Bolsonaro (PL) atrasava e sabotava a vacinação infantil, mostra levantamento do jornal O Globo. Após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar e recomendar o uso de imunizantes pediátricos da Pfizer, o governo federal insistiu em promover 'debates' sobre a vacinação infantil, realizando uma audiência pública - com a presença de médicos negacionistas - e até mesmo uma consulta à população sobre o tema.

O atraso para a aplicação das vacinas durou 20 dias, desde a aprovação pela Anvisa. Neste período, o Brasil registrou pelo menos seis mortes e 124 casos graves da doença em crianças entre 5 e 11 anos, o que representa uma letalidade de 4,83%. Os dados são do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).

Ao Globo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou ter havido atrasos na liberação de vacinas, uma vez que as doses pediátricas da Pfizer não estavam ainda disponíveis.

Foragido, Carlinhos Mendigo já ameaçou ex e fez ataques transfóbicos: “prefiro ser órfão do que ser criado por homem operado”

 Polícia tenta prender humorista que deve pensão ao filho que teve com ex-bailarina Aline Hauck

Carlinhos Mendigo (Foto: Reprodução)

247 - Foragido da Justiça de São Paulo por não pagar mais de R$ 90 mil de pensão alimentícia do filho de 11 anos, Carlos Alberto da Silva, de 42 anos, o Carlinhos Mendigo, já foi acusado de ameaçar a ex-namorada, Aline Murari Hauck Pimentel, de 31 anos, mãe da criança, e a família dela em 2019. A reportagem é do portal G1.

"Psicopata maluca", "sem escrúpulos", "estelionatários" e "golpistas", além de xingamentos, foram algumas das palavras escritas ou ditas por Carlinhos para Aline e os parentes dela nas redes sociais e em entrevistas que deu na TV sobre sua vida pessoal. Ele ficou famoso após interpretar o personagem Mendigo no programa "Pânico" no rádio e na televisão, mas atualmente estaria desempregado, segundo pessoas ligadas ao artista.

Por causa das ofensas contra Aline, ela conseguiu na Justiça o direito a medidas protetivas, com base na Lei Maria da Penha, para impedir que Carlinhos se aproxime a menos de 300 metros de distância dela ou de seus familiares. O artista também está proibido de dizer os nomes deles ou ainda publicar suas fotos nas redes sociais. Mesmo assim, ele poderia continuar visitando o filho.

A guarda da criança continua sendo exclusivamente da mãe, que chegou a entrar na Justiça com um processo de revisão das visitas do pai. Esta ação ainda não foi julgada. Pessoas ligadas ao humorista disseram ao g1 que a família da ex estaria criando dificuldades para que ele pudesse ver a criança.

Em 2021, Carlinhos se tornou réu pelo crime de transfobia no processo em que foi acusado de incitação ao preconceito a transexuais por meio das redes sociais.

Segundo o Ministério Público (MP), em 2020 o humorista postou nas suas redes sociais palavras de cunho homofóbico para ironizar a participação do vereador Thammy Miranda, que é um homem transexual, em uma campanha publicitária.

“Prefiro ser órfão do que ser adotado por uma mulher operada que se passa por homem para ter o privilégio de adotar uma criança. Prefiro ser também órfão do que ser criado por homem operado se passando também por mulher para querer ser mãe hahaha. É melhor estar sozinho nos braços de Deus do que sempre rodeado e acompanhado, mas no colo do capeta”, escreveu Carlinhos Mendigo no stories no Instagram, de acordo com o MP.

Cristina Serra escreve sobre o agronegócio e “a agenda da morte”

 A jornalista denuncia a sequência de assassinato cometidas a mando de fazendeiros, a maioria sem qualquer punição

Cristina Serra e residência invadida na zona rural de Barreiros, na Zona da Mata Sul de Pernambuco (Foto: Reprodução/Youtube | Reprodução/WhatsApp)


247 - A jornalista Cristina Serra escreveu em sua coluna na Folha de S.Paulo sobre o assassinato de Jonatas, de nove anos, filho de  Geovane da Silva Santos, líder de trabalhadores rurais, também assassinado a tiros, em Barreiros, Pernambuco, por pistoleiros que invadiram a casa da família. “Aterrorizado, o menino estava escondido embaixo da cama, de onde foi arrancado para ser executado na frente dos pais”, escreveu Serra.

A jornalista apresentou uma decorrência política do duplo assassinato: “Até o momento em que escrevo, não vi nenhuma manifestação de indignação por parte do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Oferta de proteção à família do pai da criança, Geovane da Silva Santos? Nada. O crime aconteceu há quatro dias [no dia 10 de fevereiro]”.

A morte de Jonatas, para a jornalista, traça um trágico paralelo com João Cabral de Melo Neto, em Morte e Vida Severina, que “permanece dolorosamente atual, quase 70 anos depois: a cova com ‘palmos medida (…) é a parte que te cabe deste latifúndio’”.

A seguir, apresenta uma  lista de “mártires pós-redemocratização”, todos assassinados: Padre Josimo Tavares, Paulo Fonteles, João Carlos Batista, Chico Mendes, Dorothy Stang, José Cláudio e Maria do Espírito Santo, a família de Zé do Lago (chacinada um mês atrás) são alguns deles. Corumbiara, Eldorado do Carajás, Fazenda Primavera, Taquaruçu do Norte, Pau d’Arco? “São chacinas de trabalhadores rurais, a maioria ainda impune”, completou.

Tropas russas mobilizadas na fronteira com a Ucrânia retornam aos quartéis

 Segundo porta-voz russo, algumas tropas "já concluíram suas tarefas" e estão retornando às bases

Veículos militares russos durante exercício militar na região de Rostov (Foto: REUTERS/Sergey Pivovarov)

247 - Algumas tropas russas mobilizadas na fronteira com a Ucrânia iniciaram nesta terça-feira (15) um movimento de retorno aos quartéis, informou o Ministério da Defesa da Rússia. As tropas na fronteira serviram de pretexto para que a Otan, liderada pelos Estados Unidos, municiassem a Ucrânia, preparando-a para uma guerra. A Rússia garantiu por diversas vezes que não entraria em conflito.

"As unidades dos distritos militares Sul e Oeste, que já concluíram suas tarefas, começaram a carregar equipamentos para o transporte ferroviário e rodoviário e começarão hoje o retorno para seus quartéis", afirmou o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

Nesta terça-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz, que se colocou como aliado ucraniano, visita o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar amenizar as tensões.

A reforma que algumas pessoas desejam é desmontar o Estado brasileiro e destruir tudo o que o Brasil fez desde Getúlio Vargas

 O ex-presidente voltou a dizer que revisará a reforma trabalhista caso volte ao poder: "o que nós queremos é repor os direitos dos trabalhadores brasileiros"

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Lula (PT) concedeu na manhã desta terça-feira (15) entrevista à rádio Banda B, de Curitiba, e, questionado sobre as reformas econômicas feitas no Brasil nos últimos anos, como a trabalhista e da Previdência, chamou a atenção para o desmonte do país.

"A reforma que algumas pessoas desejam é desmontar o Estado brasileiro, é o Estado brasileiro não valer nada", declarou. "Nunca vi um trabalhador brasileiro falar em reforma. Quem fala em reforma são os empresários e aqueles que querem comprar aquilo que representa os interesses do povo brasileiro, como a Petrobrás e Eletrobras".

Sobre a reforma trabalhista, que o PT, representado por sua presidente, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e por Lula, já prometeu revisar caso volte ao poder, o ex-presidente afirmou que a mudança retirou todas as conquistas que os trabalhadores tiveram desde a Era Vargas. "Não houve reforma trabalhista, houve uma destruição de tudo aquilo que a gente tinha conquistado desde Getúlio Vargas. E o que sobrou? Nada. Se criou a ideia de que o cidadão ia deixar de ter carteira profissional assinada e ia ser um microempreendedor, ia trabalhar com Uber, com aplicativo, entregando comida. Acontece que essas pessoas estão descobrindo agora que eles ficaram escravos, porque trabalham e não têm direito a férias, à seguridade social, a descanso semanal remunerado. Então o que nós precisamos é voltar a discutir uma política trabalhista que dê ao trabalhador o direito de ele ser tratado com decência, de ser respeitado. O que nós queremos é repor os direitos dos trabalhadores brasileiros".

Brasil registra 473 mortes e 58.450 casos de covid-19 em 24h, diz Conass

 

(Foto: Leopoldo Silva / Agência Senado)

O Brasil registrou, entre o domingo, 13, e esta segunda-feira, 473 mortes causados pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste dia 14 de fevereiro. Com os registros, o País acumula 638.835 vidas perdidas para a doença.

A média móvel de óbitos em sete dias ficou 888, ante 881 do domingo e 783 mortes de média em 7 de fevereiro, há uma semana.

Casos

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal apontou ainda 58.450 novos casos de covid-19 em 24 horas, com um total de 27.538.503 registros desde o início da pandemia.

A média móvel de casos foi de 134.130, ante 167.550 casos de média há uma semana.

Fonte: Gustavo Porto - Estadão Conteúdo

No Paraná, mortes por Covid-19 praticamente triplicam no começo de 2022

 

Mortes por Covid-19: neste ano, foram 698 óbitos em janeiro e 444 em fevereiro 
(Foto: Frankin de Freitas)

Diante do aumento de casos de Covid-19, impulsionado pela circulação da variante Ômicron, o Paraná registrou no começo de 2022 um aumento expressivo nas mortes causadas pelo novo coronavírus em relação ao final de 2021. Os números, extraídos do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, consideram a data de registro do óbito e mostram que os falecimentos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus praticamente triplicaram nas primeiras semanas deste ano.

Nos primeiros 45 dias de 2022, entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, os cartórios do Paraná notificaram 1.142 mortes cuja causa suspeita ou confirmada foi a Covid-19. Isso representa um aumento de 185% na comparação com os últimos 45 dias de 2021 (entre os dias 17 de novembro e 31 de dezembro), quando 401 falecimentos haviam sido registrados no estado.

Analisando-se os dados mês a mês, verifica-se que o mês de janeiro concentrou 698 óbitos, enquanto o mês de fevereiro (até ontem) teve outras 444 vítimas do coronavírus. Já no final de 2021, o mês de dezembro havia registrado 227 mortes e o de novembro, 462.

Outra comparação interessante - e que evidencia a capacidade das vacinas em prevenir mortes - diz respeito aos registros no começo de 2021 e no mesmo período de 2022.

É que nos primeiros 45 dias do ano passado, quando a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhava no Paraná, 2.883 sucumbiram à infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. Já no começo deste ano, mesmo com o recorde de casos confirmados da doença, o patamar de óbitos está num nível 60% menor.

Estado vê um dos janeiros mais ‘mortais’ da história

Considerando-se as mais diversas causas de morte, o Paraná teve um total de 7.451 falecimentos ao longo do primeiro mês de 2022, que já é o segundo janeiro com mais mortes na série histórica iniciada em 2003, atrás apenas de 2021 - no primeiro mês do ano passado foram registradas 7.782 mortes em todo o estado, com 2.027 falecimentos (26,05% do total) tendo a Covid-19 como causa suspeita ou confirmada.

No Brasil como um todo, o mês passado foi de recorde, com 144.341 óbitos, alta de 5% ante o mesmo período do ano passado, quando o balanço foi de 137.431 mortes. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR), “a elevação de infectados pela Ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano” podem ser a provável explicação para o recorde.

“Os números dos cartórios de registro civil mostram, mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a população brasileira”, diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen/BR, em nota divulgada pela entidade. Embora haja diminuição clara nos óbitos por covid-19 na comparação com outras fases mais críticas da pandemia, destaca ele, ainda não se conhecem todos os efeitos das novas variantes e a Ômicron parece ter puxado a alta de vítimas neste momento.

Imunização

Com apenas 57,8% das crianças vacinadas, Curitiba mantém repescagem até quarta-feira
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba manterá até quarta-feira (16/2) a repescagem da vacinação contra a covid-19 para todas as crianças que já foram convocadas e não compareceram na data.

A repescagem será feita com doses renascentes em estoque que são destinadas à imunização do público infantil. Segundo estimativa da SMS, até o último sábado (12/2), 52,8% das crianças elegíveis para a vacinação já haviam recebido a primeira dose.

A continuidade da repescagem para o público infantil depende da disponibilidade de vacinas em estoque ou da chegada de nova remessa. Quem já completou 12 anos pode buscar a repescagem contínua nos pontos de vacinação anticovid para adolescentes e adultos.
Onde vacinar
O atendimento para as crianças seguirá em dez Unidades de Saúde, das 8h às 17h. Confira os endereços no site Imuniza Já na aba “Locais de vacinação”.

Fonte: Bem Paraná

Junior da Femac reúne secretariado para planejamento de ações em 2022

 


As metas e prioridades para 2022 foram discutidas em reunião do prefeito Junior da Femac e do vice, Paulo Vital, com todo o secretariado, na manhã desta segunda-feira (14), no gabinete municipal. Situações pontuais de cada secretaria foram abordadas no encontro com duração de duas horas e meia.

O prefeito Junior da Femac disse que, apesar das limitações impostas pela pandemia do novo Coronavírus, foi possível concluir a programação comemorativa aos 78 anos de emancipação política e administrativa de Apucarana. “Tivemos a entrega de importantes obras de infraestrutura urbana, um nova área de lazer, reformas e ampliações de prédios da educação e a inauguração da sede própria da Autarquia Municipal de Educação”, lembrou ele, lamentando não ter sido possível – pelas circunstâncias – a realização da Prova Pedestre 28 de Janeiro e o show com o cantor Leonardo.

O prefeito disse que o novo ano letivo (presencial) foi iniciado, com a entrega de uniformes e materiais. “Agora estamos trabalhando na migração do sistema informatizado para atendimento dos cidadãos que, depois de implantado irá garantir mais celeridade em todos os procedimentos”, emendou.

Junior da Femac anunciou que para 2022 já está planejado um pacote de obras, com destaque para grandes intervenções viárias. “Boa parte das obras já tem projetos prontos e algumas estão com licitações em andamento. Vale ressaltar ainda que, na nossa gestão, as obras sempre são iniciadas com o dinheiro reservado em caixa”, frisou.

Participaram da reunião do secretariado Edison Estrope (Indústria, Comércio e Serviços), Denise Canesin (Mulher), José Marcelino da Silva “Grilo” (Esportes) Ivanildo Silva (Assuntos estratégicos), Angela Stoian (Obras), Maria Agar (Cultura), Deco (Aserfa), Gerson Canuto (Agricultura), Sueli Pereira (Fazenda), Ana Paula Nazarko (Assistência Social), Maurício Borges (Comunicação), Laércio Morais (Governo), Nikolai Cernescu Junior (Gestão Pública), Ezílio Manchini (Procurador Geral), Carlos Mendes (Idepplan), Mauro Toshio Kitano  (Sup. de Serviços Urbanos) e Lafayete Luz (Sup. de Iluminação Pública).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Lewandowski proíbe governo Bolsonaro de usar Disque 100 para denúncias contra vacinas

 Além disso, precisará reformular notas técnicas dos ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Queiroga e Damares

Ricardo Lewandowski (Foto: ABr)

Por Severino Goes, do Conjur - O governo está proibido de utilizar o Disque 100 para receber críticas de pessoas contrárias à vacinação contra a Covid-19. Além disso, precisará reformular notas técnicas expedidas pelos ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nas quais o Executivo se opõe à exigência de passaporte de comprovação de vacina e a obrigatoriedade de imunização de crianças.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14/2) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao atender ação da Rede Sustentabilidade que contestava decisões divulgadas pelo governo federal. 

"É praticamente unânime a opinião dos epidemiologistas e educadores de que a vacinação a população em geral, particularmente das crianças e adolescentes, para a retomada segura das atividades escolares, sobretudo em escolas públicas situadas nos locais mais remotos do território nacional, onde não são oferecidas, de forma adequada, aulas online, seja porque não existem condições técnicas para tanto, seja porque os alunos simplesmente não têm acesso à internet, computadores e smartphones", escreve Lewandowski em sua decisão.

De acordo com o magistrado, cabe ao governo federal, além de disponibilizar os imunizantes e incentivar a vacinação em massa, evitar a adoção de atos, sem embasamento técnico-científico ou destoantes do ordenamento jurídico nacional, que tenham o condão de desestimular a vacinação de adultos e crianças contra a Covid-19, sobretudo porque o Brasil ainda apresenta uma situação epidemiológica distante do que poderia ser considerada confortável, inclusive em razão do surgimento de novas variantes do vírus.

"Crianças e adolescentes são, portanto, sujeitos de direitos, pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e destinatários do postulado constitucional da 'prioridade absoluta'. A esta Corte, evidentemente, cabe preservar essa diretriz, garantindo a proteção integral dos menores segundo o seu melhor interesse, em especial de sua vida e saúde, de forma a evitar que contraiam ou que transmitam a outras crianças [...] a temível Covid-19 ", afirmou o ministro.

Em sua decisão, Lewandowski também lembrou que a previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é de que a vacinação desta faixa da população é obrigatória. 

"Especificamente no que tange ao tema da vacinação infantil, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/1990) é textual ao prever a obrigatoriedade da 'vacinação de crianças nos casos recomendados pelas autoridades', estabelecendo penas pecuniárias àqueles que, dolosa ou culposamente, descumprirem 'os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda' dos menores", escreveu o ministro.

Clique aqui para ler a decisão de Lewandowski
ADPF 754

Moraes pede para PGR opinar sobre atuação de Bolsonaro em fake news de eleições

 Aras terá 15 dias para analisar relatório em que a PF aponta que Bolsonaro teve atuação “direta e relevante” para provocar desinformação sobre sistema eleitoral

(Foto: ABr)


247 - O ministro do STF Alexandre de Moraes encaminhou para a Procuradoria-Geral da República o relatório da Polícia Federal que aponta que Jair Bolsonaro teve atuação “direta e relevante” na produção da desinformação sobre as urnas eletrônicas durante live nas redes sociais em julho do ano passado.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, terá 15 dias para se manifestar e analisar se há elementos para denunciar Bolsonaro. O procedimento é praxe no STF.

Sem apresentar provas, Bolsonaro tem feito acusações recorrentes contra o sistema eleitoral. Na live da quinta-feira passada, chegou a dizer que “todo mundo sabe do que tem que desconfiar”. E disse ainda, em tom de ameaça: “Mais do que desconfiar, algumas coisas temos que resolver até as eleições, e serão resolvidas brevemente, podem ter certeza.

Milícia digital

Na última terça-feira (8), Moraes autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos do TSE por Bolsonaro com a investigação da PF que apura a atuação de suposta milícia digital contra instituições democráticas no país.

Parceria com o Centro de Apoio aos Surdos completa um ano



 Ao completar um ano de parceria, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, visitou nesta segunda-feira (14/02) a sede do Centro de Apoio aos Surdos (CAS). Trata-se de um órgão ligado ao Governo do Estado, que está instalado em Apucarana, com a cessão de um imóvel pela prefeitura.

O prefeito destaca que o Centro de Apoio aos Surdos atende a partir de Apucarana sete núcleos regionais de educação, totalizando 121 municípios. “O CAS atua no treinamento de professores de colégios estaduais e universidades para o domínio da comunicação por Libras, que é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes”, comenta Junior da Femac.

No encontro mantido com a equipe do Centro de Apoio aos Surdos, o prefeito recebeu uma proposta para estender as aulas de libras para todas as turmas dos 5º anos das escolas municipais. “Vamos avaliar isso com a secretária de Educação, Marli Fernandes, para que as crianças tenham noções de libras e possam interagir com deficientes auditivos”, informou.

Presidente do Banco Central diz a Miriam Leitão que “mercado” não teme volta de Lula

 De fato, não faria sentido, uma vez que Lula promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo Bolsonaro

(Foto: ABr)

247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, afirmou que o “mercado” não teme a volta do ex-presidente Lula (PT) ao governo. Lula é o principal cotado nas recentes pesquisas eleitorais para vencer o pleito para presidente este ano.

De fato, não faria sentido o “mercado” temer Lula, uma vez que o ex-presidente petista promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo de Jair Bolsonaro.

“O que a gente pode comentar é o que a gente captura nos preços de mercado. Nos preços de mercado, o que tem acontecido mais recentemente é uma eliminação de vários preços que mostram o risco da passagem de um governo para outro. Mais recentemente, a gente vê, quando olha esses preços, que eles atenuaram. Caíram um pouco. Significa que o mercado passou a ser menos receoso da passagem de um governo para o outro. Isso é o que a gente pode interpretar. Porque provavelmente um governo que representava um risco de medidas mais extremas está se movendo para o centro. Essa é a nossa interpretação do que a gente captura nos preços de mercado”, disse Campos Neto quando foi questionado sobre se uma eventual vitória de Lula já está “precificada”, isto é, avaliada pelos capitalistas financeiros.

“O Banco Central ganhou a posição de autonomia exatamente para ter independência entre o ciclo político e os ciclos de política monetária. Não cabe fazer comentários sobre o que seria cada candidato. Então a nossa interpretação é dos preços do mercado. Ele removeu um pouco o risco de cauda de passagem de um governo para outro. Mas é muito cedo, muitas coisas devem acontecer no processo eleitoral”, afirmou o presidente do BC.


Moro diz que Bolsonaro “faria um favor se fosse para casa porque ele está elegendo o Lula”

 Segundo o ex-juiz parcial, Lula está à frente nas pesquisas porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”

Bolsonaro e Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Lula Marques)


247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro, ex-aliado de Jair Bolsonaro, apelou para que o atual chefe do Executivo “pegue o boné” e deixe o cargo, pois ocupando a presidência, está “elegendo o Lula”.

“O Bolsonaro faria um favor para o país se pegasse o boné e fosse para casa, porque ele está elegendo o Lula”, disse Moro em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Segundo Moro, que apresenta 8% das intenções de voto nas pesquisas, Lula está liderando a disputa porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”. 

EUA mudam sede diplomática na Ucrânia de Kiev para Lvov, no oeste do país

 O anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken

Anrony Blinken, secretário de Estado dos EUA (Foto: Reuters)


Sputnik - Nesta segunda-feira (14), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que os EUA fecharão sua embaixada na Ucrânia, em Kiev, e mudarão a sede da atividade diplomática de Washington para Lvov, localizada no oeste do país.

O anúncio foi realizado por Blinken em uma declaração nesta segunda-feira (14), ressaltando as movimentações de tropas russas como justificativa da mudança, apesar das reiteradas afirmações da Rússia de que não pretende invadir a Ucrânia.

"Estamos no processo de realocar temporariamente nossas operações da embaixada na Ucrânia de Kiev para Lvov devido à dramática aceleração do acúmulo de forças russas", disse Blinken, acrescentando que a embaixada permanecerá envolvida com o governo ucraniano, coordenando as relações diplomáticas no país.

A cidade ucraniana de Lvov fica na região mais ocidental do país, distante da fronteira leste com a Rússia e a cerca de 500 km da capital Kiev. Lvov é também próxima das fronteiras com a Polônia, Eslováquia e Hungria. Os EUA já têm um consulado na cidade.

Mais cedo nesta segunda-feira (14), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou em reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que existe a necessidade da Ucrânia entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A eventual entrada da Ucrânia na organização é vista por Moscou como uma ameaça à segurança nacional russa.

Os EUA e seus aliados na OTAN acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país vizinho. Em meio às negociações diplomáticas, países da aliança militar têm enviado tropas e armas ao Leste Europeu sob argumentos defensivos.

Moscou nega as acusações de Washington e aponta que não tem intenções de invadir nenhum país. Além disso, o Kremlin ressalta que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território e aponta suas próprias preocupações em relação ao avanço militar da OTAN em direção às fronteiras russas.

Documentos revelam que exercícios militares na Argentina de Macri previam invasão da Venezuela

 Chamadas de "Puma", as manobras foram realizadas durante gestão Macri, na Argentina, entre abril e julho de 2019, ano da maior tensão dos EUA contra Caracas

"Maurício Macri (Foto: Reuters)

Sputnik - Chamadas de "Puma", as manobras foram realizadas durante gestão Macri, na Argentina, entre abril e julho de 2019, ano da maior tensão de Washington contra Caracas.

Um conjunto de documentos vazados na Argentina revelou o compromisso do governo de Mauricio Macri (2015 - 2019) em participar de uma possível invasão da Venezuela, patrocinada pelos Estados Unidos, que buscaria a derrubada do presidente Nicolás Maduro.

No domingo (13), a informação sobre este possível ataque foi publicada pelo portal argentino El Cohete a la Luna, após receber os documentos de alguns chefes militares.

Segundo a mídia, o Exército Argentino realizou exercícios militares, que foram chamados de "Puma" e que incluíram a invasão da Venezuela, entre abril e julho de 2019.

2019, um ano difícil

Em 23 de janeiro daquele ano, Juan Guaidó se autoproclamou "presidente encarregado" da Venezuela e foi reconhecido por Washington e alguns governos da região, inclusive o de Macri. Em fevereiro, a tentativa de entrada de "ajuda humanitária" da Colômbia culminou na queima de um caminhão, ação que recaiu sobre a gestão Maduro e que depois ficou provada a autoria de seus opositores.

Já em abril, ocorreu a chamada "Operación Libertad" (Operação Liberdade), uma tentativa de golpe de Estado liderada por Guaidó junto com a oposição Leopoldo López, que deixou sua prisão domiciliar naquele dia, ação celebrada pelo chefe de Estado argentino.

APOIAMOS A DEMOCRACIA NA VENEZUELA MAIS DO QUE NUNCA Celebramos a libertação de Leopoldo López e acompanhamos a luta do povo venezuelano para recuperar sua liberdade. Reconhecemos o presidente em comando Guaidó, a Assembleia Nacional e ignoramos a autoridade do ditador Maduro

Esperamos que este seja o momento decisivo para restaurar a democracia. Que a longa angústia que levou os venezuelanos ao sofrimento e ao medo chegue ao fim e inicie um período de liberdade, sanidade e crescimento. Não será fácil, como nós argentinos bem sabemos

Revelações do 'Puma'

De acordo com El Cohete a la Luna, os exercícios Puma do Exército Argentino foram realizados em sete sessões e incluíram coordenação com unidades da Marinha e da Aeronáutica. Comandando essas práticas estava o general Juan Martín Paleo, que era então comandante da força de desdobramento rápido e desde março de 2020 é chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Nesses exercícios, a América do Sul recebe o nome de "Patagônia del Sur" (Patagônia do Sul), a Venezuela é "Vulcano" e suas autoridades opostas eram "NM" e "JG", ou seja, as iniciais de Nicolás Maduro e Juan Guaidó, respectivamente.

Em 2019, durante o governo de Mauricio Macri, o Exército Argentino realizou o exercício Puma, que contemplava a invasão da Venezuela

Havia 3 corredores: um marítimo, outro na fronteira colombiana em Cúcuta e outro na fronteira brasileira em Roraima

A Colômbia, na fronteira oeste da Venezuela, foi batizada de "Ceres"; a Guiana e o Suriname, a sudoeste do território venezuelano, de "Tellus"; o Brasil de "Febo"; Peru e Equador de "Fauno"; Chile de "Juno"; Argentina de "Ares"; e Uruguai, "Baco". A descrição que Paleo faz de Vulcano, para justificar os exercícios militares e a possível invasão, é que naquele país há "o caso da maior comoção interna da região".

"O Governo tem recorrido à sua política externa com a clara intenção de buscar o apoio de atores extra-regionais para se manter no poder. Esse comportamento de ignorar reclamações internas e das principais organizações internacionais causou forte rejeição e teve como consequência a aplicação de diferentes sanções", acrescenta.

Paleo menciona uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), nº 1918/19, sobre uma "força de estabilização multinacional provisória" na Venezuela, que foi chamada de MINUSVU.

Nesse sentido, disse que "o presidente de Ares", ou seja, Macri, com autorização do Congresso Nacional, "decidiu atender ao pedido da ONU [decreto nº 2005/19 - Tropas para participar da MINUSVU] para a integração de uma força multinacional provisória com outros países da Patagônia Sul [Febo e Juno]".

A missão da força comandada por Paleo seria dar segurança à operação na Venezuela, garantindo os corredores de ajuda humanitária. A Argentina seria responsável pelo que seria feito na fronteira com Ceres, ou seja, a Colômbia.

Alegação confusa

De acordo com El Cohete a la Luna, quando as autoridades de Defesa que foram instaladas após o fim do governo Macri, Paleo foi questionado sobre os exercícios militares Puma, e informou que tentaram planejar a segurança da reunião do G-20 em Buenos Aires.

No entanto, essa versão não se sustenta, pois o G-20 se reuniu em 30 de novembro e 1º de dezembro de 2018 na capital argentina, e o Puma foi realizado entre abril e julho de 2019.

Mais tarde, sua versão mudou, alegando que era uma ordem do então Chefe do Estado Maior, general Bari Sosa, para planejar a assistência humanitária à Venezuela.

'Quem é amigo do Adélio é o Carlos Bolsonaro', diz líder do PT sobre suposta facada

 Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados, diz que “quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos Bolsonaro”

Reginaldo Lopes, Adélio Bispo e Carlos Bolsonaro (Foto: ABr)

Fórum - Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados, classifica a nova tentativa do clã Bolsonaro em associar o caso da facada ao seu partido como um “desespero” de quem “sabe que vai perder” as eleições deste ano. Em entrevista à Fórum, o deputado afirma ainda que “quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos Bolsonaro”.

Nos últimos dias, em bolhas bolsonaristas nas redes sociais, tem se intensificado a narrativa de que o PT teria sido o mandante da facada, desferida por Adélio Bispo, que está preso.  

“Quem é amigo do Adélio é o Carlos Bolsonaro. Ele esteve com Adélio, compartilhou o estande lá no clube de tiro de Santa Catarina. Quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos”, disparou o petista.

Leia a íntegra na Fórum.