terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

No Paraná, mortes por Covid-19 praticamente triplicam no começo de 2022

 

Mortes por Covid-19: neste ano, foram 698 óbitos em janeiro e 444 em fevereiro 
(Foto: Frankin de Freitas)

Diante do aumento de casos de Covid-19, impulsionado pela circulação da variante Ômicron, o Paraná registrou no começo de 2022 um aumento expressivo nas mortes causadas pelo novo coronavírus em relação ao final de 2021. Os números, extraídos do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, consideram a data de registro do óbito e mostram que os falecimentos decorrentes da infecção pelo novo coronavírus praticamente triplicaram nas primeiras semanas deste ano.

Nos primeiros 45 dias de 2022, entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, os cartórios do Paraná notificaram 1.142 mortes cuja causa suspeita ou confirmada foi a Covid-19. Isso representa um aumento de 185% na comparação com os últimos 45 dias de 2021 (entre os dias 17 de novembro e 31 de dezembro), quando 401 falecimentos haviam sido registrados no estado.

Analisando-se os dados mês a mês, verifica-se que o mês de janeiro concentrou 698 óbitos, enquanto o mês de fevereiro (até ontem) teve outras 444 vítimas do coronavírus. Já no final de 2021, o mês de dezembro havia registrado 227 mortes e o de novembro, 462.

Outra comparação interessante - e que evidencia a capacidade das vacinas em prevenir mortes - diz respeito aos registros no começo de 2021 e no mesmo período de 2022.

É que nos primeiros 45 dias do ano passado, quando a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhava no Paraná, 2.883 sucumbiram à infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. Já no começo deste ano, mesmo com o recorde de casos confirmados da doença, o patamar de óbitos está num nível 60% menor.

Estado vê um dos janeiros mais ‘mortais’ da história

Considerando-se as mais diversas causas de morte, o Paraná teve um total de 7.451 falecimentos ao longo do primeiro mês de 2022, que já é o segundo janeiro com mais mortes na série histórica iniciada em 2003, atrás apenas de 2021 - no primeiro mês do ano passado foram registradas 7.782 mortes em todo o estado, com 2.027 falecimentos (26,05% do total) tendo a Covid-19 como causa suspeita ou confirmada.

No Brasil como um todo, o mês passado foi de recorde, com 144.341 óbitos, alta de 5% ante o mesmo período do ano passado, quando o balanço foi de 137.431 mortes. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-BR), “a elevação de infectados pela Ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano” podem ser a provável explicação para o recorde.

“Os números dos cartórios de registro civil mostram, mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a população brasileira”, diz Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen/BR, em nota divulgada pela entidade. Embora haja diminuição clara nos óbitos por covid-19 na comparação com outras fases mais críticas da pandemia, destaca ele, ainda não se conhecem todos os efeitos das novas variantes e a Ômicron parece ter puxado a alta de vítimas neste momento.

Imunização

Com apenas 57,8% das crianças vacinadas, Curitiba mantém repescagem até quarta-feira
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba manterá até quarta-feira (16/2) a repescagem da vacinação contra a covid-19 para todas as crianças que já foram convocadas e não compareceram na data.

A repescagem será feita com doses renascentes em estoque que são destinadas à imunização do público infantil. Segundo estimativa da SMS, até o último sábado (12/2), 52,8% das crianças elegíveis para a vacinação já haviam recebido a primeira dose.

A continuidade da repescagem para o público infantil depende da disponibilidade de vacinas em estoque ou da chegada de nova remessa. Quem já completou 12 anos pode buscar a repescagem contínua nos pontos de vacinação anticovid para adolescentes e adultos.
Onde vacinar
O atendimento para as crianças seguirá em dez Unidades de Saúde, das 8h às 17h. Confira os endereços no site Imuniza Já na aba “Locais de vacinação”.

Fonte: Bem Paraná

Junior da Femac reúne secretariado para planejamento de ações em 2022

 


As metas e prioridades para 2022 foram discutidas em reunião do prefeito Junior da Femac e do vice, Paulo Vital, com todo o secretariado, na manhã desta segunda-feira (14), no gabinete municipal. Situações pontuais de cada secretaria foram abordadas no encontro com duração de duas horas e meia.

O prefeito Junior da Femac disse que, apesar das limitações impostas pela pandemia do novo Coronavírus, foi possível concluir a programação comemorativa aos 78 anos de emancipação política e administrativa de Apucarana. “Tivemos a entrega de importantes obras de infraestrutura urbana, um nova área de lazer, reformas e ampliações de prédios da educação e a inauguração da sede própria da Autarquia Municipal de Educação”, lembrou ele, lamentando não ter sido possível – pelas circunstâncias – a realização da Prova Pedestre 28 de Janeiro e o show com o cantor Leonardo.

O prefeito disse que o novo ano letivo (presencial) foi iniciado, com a entrega de uniformes e materiais. “Agora estamos trabalhando na migração do sistema informatizado para atendimento dos cidadãos que, depois de implantado irá garantir mais celeridade em todos os procedimentos”, emendou.

Junior da Femac anunciou que para 2022 já está planejado um pacote de obras, com destaque para grandes intervenções viárias. “Boa parte das obras já tem projetos prontos e algumas estão com licitações em andamento. Vale ressaltar ainda que, na nossa gestão, as obras sempre são iniciadas com o dinheiro reservado em caixa”, frisou.

Participaram da reunião do secretariado Edison Estrope (Indústria, Comércio e Serviços), Denise Canesin (Mulher), José Marcelino da Silva “Grilo” (Esportes) Ivanildo Silva (Assuntos estratégicos), Angela Stoian (Obras), Maria Agar (Cultura), Deco (Aserfa), Gerson Canuto (Agricultura), Sueli Pereira (Fazenda), Ana Paula Nazarko (Assistência Social), Maurício Borges (Comunicação), Laércio Morais (Governo), Nikolai Cernescu Junior (Gestão Pública), Ezílio Manchini (Procurador Geral), Carlos Mendes (Idepplan), Mauro Toshio Kitano  (Sup. de Serviços Urbanos) e Lafayete Luz (Sup. de Iluminação Pública).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Lewandowski proíbe governo Bolsonaro de usar Disque 100 para denúncias contra vacinas

 Além disso, precisará reformular notas técnicas dos ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Queiroga e Damares

Ricardo Lewandowski (Foto: ABr)

Por Severino Goes, do Conjur - O governo está proibido de utilizar o Disque 100 para receber críticas de pessoas contrárias à vacinação contra a Covid-19. Além disso, precisará reformular notas técnicas expedidas pelos ministérios da Saúde e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nas quais o Executivo se opõe à exigência de passaporte de comprovação de vacina e a obrigatoriedade de imunização de crianças.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14/2) pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao atender ação da Rede Sustentabilidade que contestava decisões divulgadas pelo governo federal. 

"É praticamente unânime a opinião dos epidemiologistas e educadores de que a vacinação a população em geral, particularmente das crianças e adolescentes, para a retomada segura das atividades escolares, sobretudo em escolas públicas situadas nos locais mais remotos do território nacional, onde não são oferecidas, de forma adequada, aulas online, seja porque não existem condições técnicas para tanto, seja porque os alunos simplesmente não têm acesso à internet, computadores e smartphones", escreve Lewandowski em sua decisão.

De acordo com o magistrado, cabe ao governo federal, além de disponibilizar os imunizantes e incentivar a vacinação em massa, evitar a adoção de atos, sem embasamento técnico-científico ou destoantes do ordenamento jurídico nacional, que tenham o condão de desestimular a vacinação de adultos e crianças contra a Covid-19, sobretudo porque o Brasil ainda apresenta uma situação epidemiológica distante do que poderia ser considerada confortável, inclusive em razão do surgimento de novas variantes do vírus.

"Crianças e adolescentes são, portanto, sujeitos de direitos, pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e destinatários do postulado constitucional da 'prioridade absoluta'. A esta Corte, evidentemente, cabe preservar essa diretriz, garantindo a proteção integral dos menores segundo o seu melhor interesse, em especial de sua vida e saúde, de forma a evitar que contraiam ou que transmitam a outras crianças [...] a temível Covid-19 ", afirmou o ministro.

Em sua decisão, Lewandowski também lembrou que a previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é de que a vacinação desta faixa da população é obrigatória. 

"Especificamente no que tange ao tema da vacinação infantil, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/1990) é textual ao prever a obrigatoriedade da 'vacinação de crianças nos casos recomendados pelas autoridades', estabelecendo penas pecuniárias àqueles que, dolosa ou culposamente, descumprirem 'os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda' dos menores", escreveu o ministro.

Clique aqui para ler a decisão de Lewandowski
ADPF 754

Moraes pede para PGR opinar sobre atuação de Bolsonaro em fake news de eleições

 Aras terá 15 dias para analisar relatório em que a PF aponta que Bolsonaro teve atuação “direta e relevante” para provocar desinformação sobre sistema eleitoral

(Foto: ABr)


247 - O ministro do STF Alexandre de Moraes encaminhou para a Procuradoria-Geral da República o relatório da Polícia Federal que aponta que Jair Bolsonaro teve atuação “direta e relevante” na produção da desinformação sobre as urnas eletrônicas durante live nas redes sociais em julho do ano passado.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, terá 15 dias para se manifestar e analisar se há elementos para denunciar Bolsonaro. O procedimento é praxe no STF.

Sem apresentar provas, Bolsonaro tem feito acusações recorrentes contra o sistema eleitoral. Na live da quinta-feira passada, chegou a dizer que “todo mundo sabe do que tem que desconfiar”. E disse ainda, em tom de ameaça: “Mais do que desconfiar, algumas coisas temos que resolver até as eleições, e serão resolvidas brevemente, podem ter certeza.

Milícia digital

Na última terça-feira (8), Moraes autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos do TSE por Bolsonaro com a investigação da PF que apura a atuação de suposta milícia digital contra instituições democráticas no país.

Parceria com o Centro de Apoio aos Surdos completa um ano



 Ao completar um ano de parceria, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, visitou nesta segunda-feira (14/02) a sede do Centro de Apoio aos Surdos (CAS). Trata-se de um órgão ligado ao Governo do Estado, que está instalado em Apucarana, com a cessão de um imóvel pela prefeitura.

O prefeito destaca que o Centro de Apoio aos Surdos atende a partir de Apucarana sete núcleos regionais de educação, totalizando 121 municípios. “O CAS atua no treinamento de professores de colégios estaduais e universidades para o domínio da comunicação por Libras, que é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes”, comenta Junior da Femac.

No encontro mantido com a equipe do Centro de Apoio aos Surdos, o prefeito recebeu uma proposta para estender as aulas de libras para todas as turmas dos 5º anos das escolas municipais. “Vamos avaliar isso com a secretária de Educação, Marli Fernandes, para que as crianças tenham noções de libras e possam interagir com deficientes auditivos”, informou.

Presidente do Banco Central diz a Miriam Leitão que “mercado” não teme volta de Lula

 De fato, não faria sentido, uma vez que Lula promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo Bolsonaro

(Foto: ABr)

247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo, afirmou que o “mercado” não teme a volta do ex-presidente Lula (PT) ao governo. Lula é o principal cotado nas recentes pesquisas eleitorais para vencer o pleito para presidente este ano.

De fato, não faria sentido o “mercado” temer Lula, uma vez que o ex-presidente petista promoveu crescimento e controlou a inflação, ao contrário do que ocorre no governo de Jair Bolsonaro.

“O que a gente pode comentar é o que a gente captura nos preços de mercado. Nos preços de mercado, o que tem acontecido mais recentemente é uma eliminação de vários preços que mostram o risco da passagem de um governo para outro. Mais recentemente, a gente vê, quando olha esses preços, que eles atenuaram. Caíram um pouco. Significa que o mercado passou a ser menos receoso da passagem de um governo para o outro. Isso é o que a gente pode interpretar. Porque provavelmente um governo que representava um risco de medidas mais extremas está se movendo para o centro. Essa é a nossa interpretação do que a gente captura nos preços de mercado”, disse Campos Neto quando foi questionado sobre se uma eventual vitória de Lula já está “precificada”, isto é, avaliada pelos capitalistas financeiros.

“O Banco Central ganhou a posição de autonomia exatamente para ter independência entre o ciclo político e os ciclos de política monetária. Não cabe fazer comentários sobre o que seria cada candidato. Então a nossa interpretação é dos preços do mercado. Ele removeu um pouco o risco de cauda de passagem de um governo para outro. Mas é muito cedo, muitas coisas devem acontecer no processo eleitoral”, afirmou o presidente do BC.


Moro diz que Bolsonaro “faria um favor se fosse para casa porque ele está elegendo o Lula”

 Segundo o ex-juiz parcial, Lula está à frente nas pesquisas porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”

Bolsonaro e Sergio Moro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Lula Marques)


247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro, ex-aliado de Jair Bolsonaro, apelou para que o atual chefe do Executivo “pegue o boné” e deixe o cargo, pois ocupando a presidência, está “elegendo o Lula”.

“O Bolsonaro faria um favor para o país se pegasse o boné e fosse para casa, porque ele está elegendo o Lula”, disse Moro em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Segundo Moro, que apresenta 8% das intenções de voto nas pesquisas, Lula está liderando a disputa porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”. 

EUA mudam sede diplomática na Ucrânia de Kiev para Lvov, no oeste do país

 O anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken

Anrony Blinken, secretário de Estado dos EUA (Foto: Reuters)


Sputnik - Nesta segunda-feira (14), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que os EUA fecharão sua embaixada na Ucrânia, em Kiev, e mudarão a sede da atividade diplomática de Washington para Lvov, localizada no oeste do país.

O anúncio foi realizado por Blinken em uma declaração nesta segunda-feira (14), ressaltando as movimentações de tropas russas como justificativa da mudança, apesar das reiteradas afirmações da Rússia de que não pretende invadir a Ucrânia.

"Estamos no processo de realocar temporariamente nossas operações da embaixada na Ucrânia de Kiev para Lvov devido à dramática aceleração do acúmulo de forças russas", disse Blinken, acrescentando que a embaixada permanecerá envolvida com o governo ucraniano, coordenando as relações diplomáticas no país.

A cidade ucraniana de Lvov fica na região mais ocidental do país, distante da fronteira leste com a Rússia e a cerca de 500 km da capital Kiev. Lvov é também próxima das fronteiras com a Polônia, Eslováquia e Hungria. Os EUA já têm um consulado na cidade.

Mais cedo nesta segunda-feira (14), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou em reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que existe a necessidade da Ucrânia entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A eventual entrada da Ucrânia na organização é vista por Moscou como uma ameaça à segurança nacional russa.

Os EUA e seus aliados na OTAN acusam a Rússia de acumular tropas na fronteira com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país vizinho. Em meio às negociações diplomáticas, países da aliança militar têm enviado tropas e armas ao Leste Europeu sob argumentos defensivos.

Moscou nega as acusações de Washington e aponta que não tem intenções de invadir nenhum país. Além disso, o Kremlin ressalta que tem o direito de movimentar suas tropas dentro de seu território e aponta suas próprias preocupações em relação ao avanço militar da OTAN em direção às fronteiras russas.

Documentos revelam que exercícios militares na Argentina de Macri previam invasão da Venezuela

 Chamadas de "Puma", as manobras foram realizadas durante gestão Macri, na Argentina, entre abril e julho de 2019, ano da maior tensão dos EUA contra Caracas

"Maurício Macri (Foto: Reuters)

Sputnik - Chamadas de "Puma", as manobras foram realizadas durante gestão Macri, na Argentina, entre abril e julho de 2019, ano da maior tensão de Washington contra Caracas.

Um conjunto de documentos vazados na Argentina revelou o compromisso do governo de Mauricio Macri (2015 - 2019) em participar de uma possível invasão da Venezuela, patrocinada pelos Estados Unidos, que buscaria a derrubada do presidente Nicolás Maduro.

No domingo (13), a informação sobre este possível ataque foi publicada pelo portal argentino El Cohete a la Luna, após receber os documentos de alguns chefes militares.

Segundo a mídia, o Exército Argentino realizou exercícios militares, que foram chamados de "Puma" e que incluíram a invasão da Venezuela, entre abril e julho de 2019.

2019, um ano difícil

Em 23 de janeiro daquele ano, Juan Guaidó se autoproclamou "presidente encarregado" da Venezuela e foi reconhecido por Washington e alguns governos da região, inclusive o de Macri. Em fevereiro, a tentativa de entrada de "ajuda humanitária" da Colômbia culminou na queima de um caminhão, ação que recaiu sobre a gestão Maduro e que depois ficou provada a autoria de seus opositores.

Já em abril, ocorreu a chamada "Operación Libertad" (Operação Liberdade), uma tentativa de golpe de Estado liderada por Guaidó junto com a oposição Leopoldo López, que deixou sua prisão domiciliar naquele dia, ação celebrada pelo chefe de Estado argentino.

APOIAMOS A DEMOCRACIA NA VENEZUELA MAIS DO QUE NUNCA Celebramos a libertação de Leopoldo López e acompanhamos a luta do povo venezuelano para recuperar sua liberdade. Reconhecemos o presidente em comando Guaidó, a Assembleia Nacional e ignoramos a autoridade do ditador Maduro

Esperamos que este seja o momento decisivo para restaurar a democracia. Que a longa angústia que levou os venezuelanos ao sofrimento e ao medo chegue ao fim e inicie um período de liberdade, sanidade e crescimento. Não será fácil, como nós argentinos bem sabemos

Revelações do 'Puma'

De acordo com El Cohete a la Luna, os exercícios Puma do Exército Argentino foram realizados em sete sessões e incluíram coordenação com unidades da Marinha e da Aeronáutica. Comandando essas práticas estava o general Juan Martín Paleo, que era então comandante da força de desdobramento rápido e desde março de 2020 é chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Nesses exercícios, a América do Sul recebe o nome de "Patagônia del Sur" (Patagônia do Sul), a Venezuela é "Vulcano" e suas autoridades opostas eram "NM" e "JG", ou seja, as iniciais de Nicolás Maduro e Juan Guaidó, respectivamente.

Em 2019, durante o governo de Mauricio Macri, o Exército Argentino realizou o exercício Puma, que contemplava a invasão da Venezuela

Havia 3 corredores: um marítimo, outro na fronteira colombiana em Cúcuta e outro na fronteira brasileira em Roraima

A Colômbia, na fronteira oeste da Venezuela, foi batizada de "Ceres"; a Guiana e o Suriname, a sudoeste do território venezuelano, de "Tellus"; o Brasil de "Febo"; Peru e Equador de "Fauno"; Chile de "Juno"; Argentina de "Ares"; e Uruguai, "Baco". A descrição que Paleo faz de Vulcano, para justificar os exercícios militares e a possível invasão, é que naquele país há "o caso da maior comoção interna da região".

"O Governo tem recorrido à sua política externa com a clara intenção de buscar o apoio de atores extra-regionais para se manter no poder. Esse comportamento de ignorar reclamações internas e das principais organizações internacionais causou forte rejeição e teve como consequência a aplicação de diferentes sanções", acrescenta.

Paleo menciona uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), nº 1918/19, sobre uma "força de estabilização multinacional provisória" na Venezuela, que foi chamada de MINUSVU.

Nesse sentido, disse que "o presidente de Ares", ou seja, Macri, com autorização do Congresso Nacional, "decidiu atender ao pedido da ONU [decreto nº 2005/19 - Tropas para participar da MINUSVU] para a integração de uma força multinacional provisória com outros países da Patagônia Sul [Febo e Juno]".

A missão da força comandada por Paleo seria dar segurança à operação na Venezuela, garantindo os corredores de ajuda humanitária. A Argentina seria responsável pelo que seria feito na fronteira com Ceres, ou seja, a Colômbia.

Alegação confusa

De acordo com El Cohete a la Luna, quando as autoridades de Defesa que foram instaladas após o fim do governo Macri, Paleo foi questionado sobre os exercícios militares Puma, e informou que tentaram planejar a segurança da reunião do G-20 em Buenos Aires.

No entanto, essa versão não se sustenta, pois o G-20 se reuniu em 30 de novembro e 1º de dezembro de 2018 na capital argentina, e o Puma foi realizado entre abril e julho de 2019.

Mais tarde, sua versão mudou, alegando que era uma ordem do então Chefe do Estado Maior, general Bari Sosa, para planejar a assistência humanitária à Venezuela.

'Quem é amigo do Adélio é o Carlos Bolsonaro', diz líder do PT sobre suposta facada

 Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados, diz que “quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos Bolsonaro”

Reginaldo Lopes, Adélio Bispo e Carlos Bolsonaro (Foto: ABr)

Fórum - Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados, classifica a nova tentativa do clã Bolsonaro em associar o caso da facada ao seu partido como um “desespero” de quem “sabe que vai perder” as eleições deste ano. Em entrevista à Fórum, o deputado afirma ainda que “quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos Bolsonaro”.

Nos últimos dias, em bolhas bolsonaristas nas redes sociais, tem se intensificado a narrativa de que o PT teria sido o mandante da facada, desferida por Adélio Bispo, que está preso.  

“Quem é amigo do Adélio é o Carlos Bolsonaro. Ele esteve com Adélio, compartilhou o estande lá no clube de tiro de Santa Catarina. Quem tem que explicar a relação com Adélio é o Carlos”, disparou o petista.

Leia a íntegra na Fórum.

Economistas ligados a Lula querem investimento público como motor do crescimento e compromisso de médio prazo para dívida

 Entorno do petista apoia a ampliação de programas de distribuição de renda e de infraestrutura e a defesa da agenda ambiental como tema prioritário

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)


Por Bernardo Caram e Marcela Ayres (Reuters) - Economistas ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que o país tenha uma virada de política econômica a partir de 2023, com flexibilização explícita de regras fiscais para que o gasto público volte a ser colocado como motor do crescimento do país, estabelecendo como contrapartida compromissos de médio e longo prazos para a estabilização da dívida pública.

A Reuters entrevistou seis economistas, entre ex-ocupantes do alto escalão de governos petistas, integrantes da Fundação Perseu Abramo e conselheiros de Lula, que articula sua provável candidatura à Presidência e aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto.

Entre os diagnósticos convergentes, estão o apoio à ampliação de programas de distribuição de renda e de infraestrutura e a defesa da agenda ambiental como tema prioritário em eventual programa de governo. Os economistas ainda se alinham na busca por uma reforma tributária que amplie cobranças sobre os mais ricos e nas críticas ao atual modelo de privatizações.

O petista vem argumentando que ainda não está em campanha e, por isso, não definiu um porta-voz na economia, mas tem ouvido especialistas.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que comandou a pasta de 2006 a 2014, diz que a fórmula para o governo que vier a ocupar o Palácio do Planalto em 2023 precisa incluir a previsão de gastos emergenciais, mesmo que isso acarrete aumento momentâneo da dívida pública.

"Em momentos de crise, você tem que poder aumentar um pouco a dívida no curto prazo, no curtíssimo prazo, para depois a economia retomar o crescimento”, diz, enfatizando que apoia alteração no arcabouço fiscal para incluir dispositivo que permita mais gastos quando a economia não estiver indo bem.

Mantega diz que sempre será um assessor e conselheiro de Lula, mas que não pretende assumir um ministério em eventual governo do PT.

O ex-ministro afirma que a regra do teto de gastos coloca uma camisa de força no Estado e que ainda não há definição no partido sobre se a norma deve ser alterada ou revogada. Ele defende que, caso mantida, a legislação deveria permitir, por exemplo, gastos de até 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos fora do teto.

A visão sobre a necessidade de flexibilização fiscal é compartilhada por Nelson Barbosa, ministro da Fazenda e do Planejamento (2015 a 2016) no governo Dilma Rousseff. Para ele, a política expansionista de curto prazo deve ter foco em investimentos e combate à pobreza, ressaltando que é preciso haver um compromisso fiscal no horizonte.

"Para que a flexibilização fiscal de curto prazo funcione, é preciso vir junto com o cenário fiscal de longo prazo, tem que haver um compromisso de trajetória decrescente de dívida”, afirma.

Essa sinalização, segundo Barbosa, viria não com regras fiscais restritivas, mas a partir de medidas com impacto positivo sobre as contas, como uma reforma tributária que seja mais progressiva. Além disso, ele avalia que o crescimento econômico gerado pelo gasto público fará com que parte dessa despesa retorne aos cofres do governo pelo aumento de arrecadação.

Em contraposição à cartilha ortodoxa e à visão da atual equipe econômica, comandada por Paulo Guedes, os economistas ligados ao PT afirmam que não haverá pressão inflacionária se o governo ampliar gastos públicos. Esther Dweck, que foi chefe da assessoria econômica e secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento (2011 a 2016), argumenta que atualmente o país está com capacidade ociosa elevada e não há pressão relevante de demanda sobre os preços.

Para ela, as regras fiscais precisam ser revistas com o objetivo de colocar a demanda social como puxadora do desenvolvimento.

“Deveríamos juntar todas as regras fiscais, fazer um novo pacote que tenha como prioridade a capacidade de atuação do Estado”, afirma. “Precisamos, principalmente, que a regra fiscal não seja criminalizada, que seja como uma meta de inflação, se não cumpriu, você pode explicar o motivo”.

Luiz Gonzaga Belluzzo, doutor em Economia pela Unicamp e conselheiro de Lula há décadas, avalia que a discussão do atual governo sobre encolher o Estado vai na contramão do observado no resto do mundo. Ele também coloca a área social como prioritária para atuação do governo.

“Tem que ter programa imediato de atendimento aos mais pobres, ficam discutindo teto de gastos, sendo que já está sendo rompido por baixo do pano. Não tem como respeitar [o teto], é uma concepção completamente absurda”, afirma.

O economista Pedro Rossi, membro do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, afirma que investimentos do Estado nas áreas sociais e também em mobilidade urbana e habitação geram crescimento e emprego, fomentam o consumo e ampliam o mercado interno, o que impulsiona os investimentos privados.

Ele ressalta que o país deveria primeiro elencar as prioridades sociais e depois definir regras simples e flexíveis para estabilização da dívida.

Para o economista Eduardo Moreira, ex-sócio do banco Pactual e conselheiro de Lula, a situação do país exige que sejam elaborados programas sociais “muito mais agressivos”, com maior distribuição de renda e maior base de beneficiários.

“No curto prazo, a economia também será sustentada por programas de transferência de renda que abranjam a população vivendo em situação emergencial de pobreza. Dinheiro que cai nessas camadas volta via consumo para a economia”, disse.

Reforma tributária

Nas discussões sobre o sistema tributário brasileiro, os economistas ligados ao PT querem mudanças na legislação e defendem que os mais ricos paguem mais. No entanto, há diferentes opiniões sobre a forma de atingir esse objetivo, com alguns, como Mantega e Rossi, defendendo a taxação de grandes fortunas e outros, como Dweck, a tributação de heranças.

Eventual governo petista poderá aproveitar propostas sobre tributação indireta que já estão com tramitação adiantada no Congresso, diz Barbosa. Seriam aproveitados os textos negociados no atual governo para reformar o PIS/Cofins e para criar um imposto único sobre consumo --a análise das propostas agora está travada no Legislativo.

Segundo ele, seria necessário, no entanto, começar do zero a reforma de tributação direta, incluindo a revisão do Imposto de Renda. "As mudanças provavelmente serão graduais, discutidas e aprovadas em 2023, para entrar em vigor a partir de 2024", afirma.

Privatizações

Em relação à venda de ativos do governo, os economistas defendem a interrupção do plano de privatizações defendido pela atual gestão, que tem avançado a passos lentos. A avaliação é que empresas consideradas estratégicas não deveriam ser repassadas à iniciativa privada.

“Ter prejuízo não é motivo para privatizar, é sinalização de que aquela é uma atividade subsidiada pela sociedade”, diz Moreira.

Mantega afirma que o partido não é contra o setor privado assumir determinadas atividades, mas diz acreditar que “tudo que era possível, já foi privatizado”.

“Privatização tem que ser decidida caso a caso e com foco no que melhora para o consumidor, não só para o acionista. Tem um consenso [no partido] de que não se deve privatizar Caixa, Banco do Brasil, Correios, Petrobras e Eletrobras”, afirma Barbosa.

Belluzzo enfatiza que muitas vezes o setor privado não está disposto a fazer certos investimentos. “Uma empresa privada não gastaria o que a Petrobras gastou para fazer pesquisa em águas profundas”, diz.

Abertura comercial

O tema da abertura comercial é tratado com cautela pelos economistas ligados a Lula. A avaliação é que há risco para a atividade nacional caso a abertura do país ao comércio exterior seja feita de maneira desordenada.

Para Mantega, a indústria brasileira se enfraqueceu e perdeu terreno, o que deixa o setor vulnerável. Uma abertura muito ampla, segundo ele, tornaria a indústria brasileira uma mera importadora de peças e equipamentos.

Na opinião de Rossi, o Brasil não deveria caminhar para uma ampliação de abertura comercial de forma unilateral enquanto economias avançadas estão se protegendo, fazendo política industrial e subsidiando setores.

Belluzzo, por sua vez, afirma que a ideia de abertura comercial ampla está ancorada em uma visão de que o mercado é perfeito, o que não ocorre. Para ele, o Brasil precisa de uma política comercial sofisticada e diversificada, com busca de parceiros prioritários e preocupação com a questão ambiental.

Crescimento verde

Na avaliação dos economistas, eventual governo do PT terá que apresentar uma agenda de crescimento verde como ponto central da gestão. Segundo Mantega, o partido terá um programa ambiental “muito forte”.

O PT busca se contrapor nessa área ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que tem atritos com países desenvolvidos e é criticado pela gestão do meio ambiente.

“É necessário o fortalecimento de uma agenda de proteção ambiental, de descarbonização da economia. Tudo isso também pode gerar crescimento e gerar emprego”, afirma Rossi.

Para Dweck, a questão ambiental precisa ter "centralidade". "As demandas sociais e a discussão ambiental podem ser um motor de crescimento relevante”, diz.

Fernando Brito sobre novo vídeo de Bolsonaro: "talvez mereça o Oscar. E logo dois, de melhor filme de ficção e melhor ator"

 O jornalista Fernando Brito faz à iniciativa de Jair Bolsonaro de tentar resgatar a suposta facada em Juiz de Fora (MG)

Jair Bolsonaro e a suposta facada nele em Juiz de Fora (MG) no ano de 2018 (Foto: Reprodução)

247 - Em texto publicado nesta segunda-feira (14) no site Tijolaço, o jornalista Fernando Brito critica a iniciativa de Jair Bolsonaro de publicar no Twitter um vídeo em que ele tenta resgatar a suposta facada na campanha de 2018 e aparece com uma maneira de falar incomum para pós-operados.

De acordo com o jornalista, "desprezado por toda parte, Bolsonaro talvez mereça agora o reconhecimento internacional, com o Oscar. E logo dois, de melhor filme de ficção e melhor ator".

"Depois de uma longa e extensa cirurgia abdominal, é incrível que médicos fossem permitir um comício dentro de uma UTI e que seu paciente falasse tanto", afirma.

Leia a íntegra no Tijolaço

Impasse: PSB quer mudança de cálculo do número de assentos para aceitar federação e PT refuta

 PSB quer mudar o critério para o cálculo do número de assentos que cada legenda terá na direção da futura federação

(Foto: Humberto Pradera/PSB)

247 - As negociações para a formalização da futura federação partidária entre PT e PSB continuam, mas a cada momento surgem informações dando conta de impasses. De acordo com reportagem do Metrópoles, a proposta apresentada pelo PSB de mudar o critério para o cálculo do número de assentos que cada legenda terá na direção da futura federação em torno da candidatura do ex-presidente Lula não foi bem recebida por lideranças do PT.

A proposta faz parte da lista de reivindicações entregues pela legenda socialista na última semana. O número de assentos na chamada assembleia da federação, ou seja, no órgão com 50 integrantes que vai dirigir o grupo ao longo de, pelo menos, 4 anos, caso a federação seja formalizada é o ponto de maior discordância.

Inicialmente, as quatro legendas (PT, PSB, PCdoB e PV) acordaram que o número de assentos na assembleia da federação seria decidido levando em conta o total de deputados que cada sigla tem na Câmara. Com isso, dos 50 cargos, o PT ficaria com 27, o PSB, com 15, e PCdoB e o PV, partidos que também integram o grupo, com 4 cadeiras cada um.

Já na proposta apresentada, o PSB deseja também levar em consideração o número de prefeitos e vereadores eleitos em 2020. Isso porque o partido conseguiu eleger 250 prefeitos na última eleição, contra apenas 170 do PT.

A posição do PT é também acompanhada pelo PCdoB e pelo PV, que consideram o critério do tamanho da bancada federal como o mais adequado para a divisão. Uma reunião entre as quatro legendas deve ocorrer ainda nesta semana para continuidade das negociações

“Ninguém recebeu bem essa ideia do PSB de incluir prefeitos. Nem PT, nem os demais partidos do grupo”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que tem participado de todas as negociações envolvendo a formação da federação.