sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Lula: ‘Mesmo com as tentativas de destruição do PT e da criminalização da política, estamos vivos’

 Ex-presidente dedicou os 42 anos do PT a “pessoas extraordinárias que nos ajudaram a chegar até aqui”, como Paulo Freire e Florestan Fernandes. Leia o discurso

Haddad, Janja, Lula e Gleisi (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (10) da cerimônia de aniversário de 42 anos do PT. A cerimônia foi híbrida, com participação de convidados e dirigentes por vídeo. 

Lula iniciou sua fala agradecendo e se emocionando ao citar petistas históricos, como o educador Paulo Freire e o sociólogo Florestan Fernandes. Em seguida, leu seu discurso. 

“Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje…Nossa força mostra o quanto sonhar e lutar vale qualquer esforço…Porque, antes de tudo, o PT é o partido do amor.  Do amor ao Brasil e ao povo brasileiro”.

Leia a íntegra do discurso:

“Companheiras e companheiros.

É com muito orgulho e muita alegria que comemoramos mais um aniversário deste partido que nós fundamos para dar voz ao povo brasileiro.

Infelizmente, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras chega aos 42 anos num momento especialmente triste da história do Brasil, que nega todas as conquistas que realizamos ao longo dessas quatro décadas de luta.

Fundamos o PT para combater as desigualdades, a concentração de renda, a fome, a inflação, o desemprego, o atraso econômico, a subserviência do Brasil aos interesses estrangeiros. Combatemos, e vencemos, tanto na oposição quando no governo.

Levamos 22 anos para chegar ao governo. E em apenas 13 anos de governo, conseguimos o que nenhum outro partido, em qualquer momento da história, jamais foi capaz de realizar.

Foram tantos acertos, que os atrasados desse país se viram obrigados a dar um golpe e derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil.

E depois, no golpe dentro do golpe, impediram que o primeiro operário a chegar à Presidência disputasse novamente – e vencesse – a eleição de 2018.

Fizeram o Brasil recuar no tempo, e trouxeram de volta todos os flagelos que havíamos conseguido derrotar.

Tudo isso em meio a uma pandemia que matou mais de 630 mil brasileiros, devido à atitude criminosa e a negação da ciência por parte do atual governo.

Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje.

Mesmo com todas as tentativas de destruição do PT, e da acirrada campanha de criminalização da política, estamos vivos e mais fortes do que nunca. E continuamos a ser o partido político mais querido pelo povo brasileiro.

Nossa força mostra o quanto sonhar e lutar vale qualquer esforço.

Mostra também o poder da solidariedade contra o egoísmo, do amor sobre o ódio. E eu peço licença para dedicar minha fala a esse que é o sentimento mais nobre do ser humano, tão caro a cada um e a cada uma de nós.

Porque, antes de tudo, o PT é o partido do amor.  Do amor ao Brasil e ao povo brasileiro.

Companheiros e companheiras.

Acredito em todas as formas de amar. Creio no amor romântico, o amor fraterno, o amor de uma mãe e de um pai pelos filhos, o amor aos nossos amigos, o amor da gente por um animal de estimação – e dele pela gente.

Ao longo de 76 anos, 50 dos quais dedicados à militância política, vivenciei tantas vezes o amor, e também o seu oposto.

Fui vítima do ódio, que me custou 580 dias de prisão injusta e ilegal, condenado à saudade incurável dos meus entes queridos e do povo brasileiro, a quem amo de paixão.

Mas sempre fui – e serei – acima de todos os ódios, abençoado pelo amor. Aprendi na Bíblia que “se eu não tiver amor, eu nada serei”.

Vi de perto tudo o que de mais belo a humanidade é capaz de construir, se ela tiver amor.

Acredito no ser humano. Minha fé na humanidade é resultante da crença inabalável nesse sentimento cantado em verso e prosa.

Mas, acima de tudo, acredito na igualdade entre os seres humanos. Ninguém é melhor do que ninguém.

Ninguém pode ser dono de ninguém,  muito menos do mundo inteiro. Nem a mais temida superpotência, com suas armas de destruição em massa, nem o mais poderoso bilionário, com seus iates, jatos e foguetes.

A superpotência, com seu arsenal atômico capaz de destruir várias vezes o planeta, sabe que só existe um planeta, e que depende dele para viver.

O bilionário, com dinheiro de sobra para apreciar a Terra do espaço, sabe que sua fortuna depende da sobrevivência da espécie humana, e que se esta desaparecer, de nada valerão todos os bens que ele acumulou em vida.

Companheiros e companheiras.

O amor e o ódio caminharam lado a lado na história da humanidade. Precisamos, mais do que nunca, fazer com o que a amor prevaleça.

O ser humano é o resultado de milhões de anos de evolução. Não nos tornamos a espécie mais poderosa do planeta apenas pelo cérebro mais desenvolvido, a sofisticação da nossa linguagem ou a capacidade de fabricar ferramentas.

Mas também pela capacidade de cooperarmos em larga escala, com um grande número de desconhecidos. Essa cooperação também pode ser chamada de amor ao próximo.

Há milhões de anos, quando nossos antepassados se uniram e passaram a cooperar nas caçadas, eles foram capazes de derrotar as feras mais perigosas.

Se nos unirmos agora, seremos capazes de construir um mundo com mais amor. Um mundo melhor para todos. Mas se permanecermos desunidos, nos tornaremos cada vez mais uma ameaça à nossa própria sobrevivência.

Somos a espécie mais evoluída. No entanto, nossa ganância e nosso individualismo estão destruindo o planeta, sem a necessidade de dispararmos uma bomba atômica sequer.

Somos, também, o predador mais letal que já pisou sobre a face da Terra. Levamos à extinção incontáveis espécies de animais, ao mesmo tempo em que domesticamos e condenamos outros ao sofrimento mais atroz.

Nossa arrogância nos fez acreditar que em algum momento do passado fomos capazes de eliminar os grandes males que dizimavam nossos antepassados: a fome, as guerras e as pestes.

No entanto, nos dias de hoje, a fome castiga 900 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo.

Guerras sem fim expõem populações inteiras a mortes, doenças, extrema pobreza e migrações forçadas.

O novo coronavírus, a peste dos nossos tempos, já matou mais de 5 milhões e 700 mil pessoas ao redor do planeta.

Num espaço de tempo relativamente pequeno em termos de história natural, evoluímos da pedra lascada à inteligência artificial.

Criamos a internet, uma das mais extraordinárias invenções da humanidade. Com ela, os seres humanos conquistaram a capacidade de acumular mais e mais conhecimento e cooperar ainda mais entre si, numa escala antes inimaginável.

No entanto, essa mesma internet tem servido também para o seu contrário: propagar a ignorância e o negacionismo, e disseminar o ódio, o racismo, o machismo, a homofobia e todas as formas de preconceito.

E também para espalhar mentiras e desinformação, inclusive contra as vacinas, que a inteligência humana foi capaz de criar para salvar milhões de vidas.

Numa das tristes ironias do nosso tempo,  a internet – esse grande  avanço da ciência –, tem sido usada para desacreditar a própria ciência.

Companheiros e companheiras.

Jesus Cristo, o ser humano mais extraordinário que passou por esse planeta, nos ensinou a maior de todas as lições: Amai-vos uns aos outros.

O amor está na base de todas as religiões e na maioria das culturas. Por que então insistimos tanto em não nos amarmos uns aos outros?

Caminharemos para a autodestruição se deixarmos de lado a cooperação, que guiou a humanidade ao longo de milhões de anos, se não enxergarmos mais o próximo como  nosso irmão.

Se permitirmos que a desigualdade continue cavando um fosso cada vez mais profundo e intransponível entre ricos e pobres.

Nunca fomos tão prósperos, com acesso a bens materiais que nossos antepassados não podiam sonhar. Mas, ao mesmo tempo, nunca fomos tão solitários e desiguais.

A desigualdade mata um ser humano a cada quatro segundos, de acordo com relatório divulgado pela Oxfam no início deste ano.

O mesmo relatório revela que, em plena pandemia, os dez homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas, enquanto  a renda de 99% da humanidade entrou em queda livre, e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.

A ganância envenenou o espírito humano. 12 mil anos após o início da revolução agrícola, produzimos alimentos em quantidade suficiente para alimentar todos os habitantes deste planeta.

No entanto, 2,1 milhões de seres humanos morrem de fome todos os anos.

A medicina deu saltos extraordinários, erradicou doenças que antes dizimavam milhões de pessoas.

No entanto, nos países pobres, 5,6 milhões de seres humanos morrem todos os anos por falta de acesso à saúde.  

As empresas fabricam computadores cada vez mais sofisticados, conectados a uma internet cada vez mais veloz.

No entanto, milhões de crianças no mundo inteiro não possuem sequer um lápis e um caderno.

A tecnologia criou máquinas e algoritmos para aumentar a produtividade do trabalho.

No entanto, o desemprego e a destruição dos direitos trabalhistas nos tornam cada vez mais pobres.

A ciência decifrou nosso código genético, e está bem próxima de deter o processo de envelhecimento, para que o ser humano possa viver com perfeita saúde até os 150 anos.

No entanto, aqui no Brasil, a mortalidade infantil voltou a subir, impedindo crianças de completar sequer o primeiro ano de vida. E jovens negros da periferia continuam morrendo todos os dias, fuzilados pelo racismo estrutural.

Companheiras e companheiros.

Sabemos o quanto o ser humano é capaz do bem e do mal. Dos gestos mais nobres e dos atos mais cruéis.

Recentemente, vimos com horror um imigrante congolês espancado até a morte no Rio de Janeiro, ao tentar receber de seus patrões o que lhe era devido pelo seu trabalho.

Na mesma semana, vimos uma professora de uma escola pública do interior do Pará dançando e chorando de alegria ao saber que seus alunos conquistaram vagas no ensino superior.

Essa professora não receberá sequer um centavo de aumento pela sua dedicação e o sucesso de seus alunos. A felicidade dela é unicamente pela felicidade do próximo – porque o ser humano é assim, vocacionado para amar seus semelhantes.

Precisamos lutar com todas as forças para que o ódio que matou um trabalhador imigrante, e que todos os dias mata mulheres, negros, índios, gays, lésbicas e transexuais seja banido para sempre.

Ao mesmo tempo, precisamos nos inspirar no amor dessa professora pelo seu trabalho e pelos seus jovens alunos.

Porque o amor será sempre maior que o ódio. A verdade será sempre maior que a mentira. E a esperança mais uma vez haverá de vencer o medo.

O pesadelo está perto de fim. É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar. E mostrar que esses sonhos podem transformar a realidade outra vez.

O PT precisa governar de novo, para provar que a classe trabalhadora sabe cuidar desse país melhor do que ninguém.

Para que nosso povo volte a fazer pelo menos três refeições por dia, ter educação e saúde de qualidade, emprego com salário digno e carteira assinada.

Para que o salário mínimo volte a ser reajustado acima da inflação. A gasolina, o diesel, o gás de cozinha, a energia elétrica, a cerveja gelada e o churrasco do fim de semana caibam de novo no bolso dos brasileiros. E o filho do trabalhador volte a ter a oportunidade de se tornar doutor.

Precisamos voltar a investir na agricultura familiar, na cultura, na ciência e na tecnologia. A Petrobrás, a Eletrobrás e todas as nossas estatais voltem a ser um patrimônio do povo brasileiro.

O meio ambiente precisa ser cuidado com todo o carinho. Boiada nenhuma vai passar por cima do que pertence a todos nós, e não à elite irresponsável desse país.

O Brasil irá voltar a ser respeitado internacionalmente, e o povo brasileiro voltará a ser feliz e a ter orgulho do seu país.

Nós fomos capazes de fazer tudo isso em apenas 13 anos, e vamos fazer de novo, agora com ainda mais experiência e mais desejo de mudança.

Com mais espírito de luta, e muito amor no coração.

Parabéns a todas e todos. E viva o PT.”

Assista à cerimônia de aniversário do PT e ao discurso de Lula:

Lula diz a empresários do agronegócio que Alckmin pode ir para o PSD

 Lula afirmou a empresários do agronegócio brasileiro que Alckmin poderá se filiar ao PSD diante do risco de não se confirmar aliança com PSB

Lula, Alckmin e Kassab (Foto: Reuters/Carla Carniel | GovSP | Reprodução/Facebook)


247 com Guilherme Amado, do Metrópoles - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mantido contatos frequentes com alguns dos principais empresários do agronegócio e, em uma conversa recente, afirmou a um deles que Geraldo Alckmin deverá se filiar ao PSD para disputar a eleição como o seu vice.

Nesta reunião, Lula perguntou se Alckmin era um nome capaz de aglutinar o apoio do agronegócio em torno da candidatura petista. Ao ouvir a resposta afirmativa, o ex-presidente disse que concretizará um acordo com o PSD.

Alckmin tem dito a interlocutores que espera uma definição de Lula para acertar a filiação ao PSD ou ao PSB. Publicamente, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz que é improvável declarar apoio ao PT no primeiro turno da eleição, mas têm crescido as pressões no partido pela aliança.

Nesta quinta (10), Kassab não economizou elogios ao PT ao participar das celebrações pelos 42 anos do partido. O líder do  PSD declarou que “poucos partidos têm tanta história no mundo". Enfático, Kassab disse que todos os brasileiros têm "um profundo orgulho das realizações e do legado que o PT já nos deixou”.

Flávio admite que discurso antivacina gerou desgaste para Jair Bolsonaro

 Comitê de campanha tem pesquisas internas que apontam desgaste para o ocupante do Palácio do Planalto por discurso negacionista sobre vacinas

Senador Flávio Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ocupante do Palácio do Planalto, um dos principais protagonistas e beneficiários do escândalo das rachadinhas, agora designado para assumir um posto na coordenação da campanha do pai pela reeleição, admitiu em entrevista ao Globo que pesquisas internas do comitê de campanha apontam que o discurso negacionista de Jair Bolsonaro sobre vacinas gerou desgaste político.

Na entrevista, Flávio Bolsonaro tentou minimizar o problema, mas pôs em dúvida a segurança e a eficácia das vacinas contra a Covid-19: "De fato, a vacina (contra a Covid-19) não foi testada como as outras sempre foram". E opinou que Jair Bolsonaro tem razão ao "alertar a população sobre os riscos” (de se vacinar). 

Flávio Bolsonaro terá no comitê de campanha a função de montar palanques estaduais e articular alianças, num quadro em que Bolsonaro está isolado e estagnado nas pesquisas, mais de 25 pontos atrás de Lula. Primeiro colocado com quase 50 pontos, o líder petista tem chances de vencer já no primeiro turno. 

"O pesadelo está perto do fim", diz Lula

 "É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar", afirmou o ex-presidente, nos 42 anos do Partido dos Trabalhadores

Haddad, Janja, Lula e Gleisi (Foto: Ricardo Stuckert)


BRASÍLIA (Reuters) - Ao comemorar o aniversário de 42 anos do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não anunciou o oficialmente sua candidatura, como chegou a ser cogitado, mas deixou claro que pretende ver o partido voltar a governar o Brasil.

"O pesadelo está perto de fim. É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar. E mostrar que esses sonhos podem transformar a realidade outra vez", disse. "O PT precisa governar de novo, para provar que a classe trabalhadora sabe cuidar desse país melhor do que ninguém."

Em uma fala de cerca de meia hora, Lula reforçou o tom do "Lulinha Paz e Amor" da sua eleição de 2002 e dos dois mandatos, e comemorou a resiliência do partido.

Apontado como exterminado depois da operação Lava Jato e da prisão do próprio Lula, o partido volta ao primeiro lugar nas pesquisas com o ex-presidente, com até 20 pontos percentuais à frente do presidente Jair Bolsonaro.

"Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje. Mesmo com todas as tentativas de destruição do PT, e da acirrada campanha de criminalização da política, estamos vivos e mais fortes do que nunca. E continuamos a ser o partido político mais querido pelo povo brasileiro", afirmou.

Inicialmente o partido planejava uma grande festa presencial em Belo Horizonte, onde Lula poderia anunciar em definitivo sua candidatura à Presidência. No entanto, o recrudescimento da pandemia de Covid-19 fez com que o partido transformasse a festa em uma live, com poucos convidados presencialmente na sede do PT, em São Paulo.

A falta de um acordo também que permitisse a filiação a um partido de Geraldo Alckmin, que deve ser o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, foi outra razão para se adiar o anúncio, o que deve acontecer apenas no final de março.

"Tentaram destruir o Brasil para destruir o PT, mas estamos vivos", diz Fernando Haddad

 Pré-candidato ao governo de São Paulo afirma que PT está pronto para reconstruir o Brasil

Fernando Haddad (Foto: Reprodução/Facebook)


247 – Ao celebrar os 42 anos do Partido dos Trabalhadores, o ex-prefeito Fernando Haddad, que disputará o governo de São Paulo em 2022, resumiu o que ocorreu no Brasil nos últimos anos, quando o discurso de ódio dirigido contra a legenda produziu um golpe de estado, o maior retrocesso econômico da história do Brasil e a ascensão de um governo de natureza neofascista, arruinando a imagem do País. Confira:


Supremo começa a julgar limites de propagandas eleitorais em jornais

 Primeiro a votar foi Luiz Fux, a favor da retirada das restrições

STF (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Agência Brasil – O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta quinta-feira (10) se mantém os limites impostos pela legislação à propaganda eleitoral paga em jornais, seja em versão impressa ou nas páginas das publicações na internet.

O primeiro a votar foi Luiz Fux, relator do caso e atual presidente do Supremo. O ministro fez uma defesa do jornalismo profissional e se manifestou a favor da retirada das restrições aos jornais.

A legislação eleitoral atual impõe uma restrição de quantidade e de tamanho à propaganda paga de candidatos nos jornais impressos, que só podem ser publicadas até a antevéspera do pleito. Também não é permitida propaganda eleitoral paga em sites de pessoas jurídicas, como é o caso dos jornais.

É permitido somente o impulsionamento de conteúdos identificados em redes sociais e blogs ou em sites do próprio candidato ou do partido.

Tais restrições tiveram, entre as justificativas, impedir o favorecimento de candidatos com maior poder econômico, com maior capacidade de pagar pelos espaços. Elas existem desde os anos 1990 e foram atualizadas pela última vez em 2009.

No Supremo, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) alegou que as mudanças no panorama midiático tornaram as restrições anacrônicas, pois as mensagens de candidatos hoje circulam livremente em aplicativos de mensagens e outros meios, até mesmo no dia da eleição.

“A propaganda tem outros caminhos, daí que a medida proibitiva não realiza sua vontade de inibir abuso de poder econômico”, disse o advogado Andre Cyrino, em nome da ANJ. Para ele, a única utilidade atual das restrições seria estrangular financeiramente os jornais, que já registram faturamento em queda nos últimos anos.

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, defendeu a manutenção das restrições. “Esse regramento das eleições é antigo, é clássico, é consolidado. E é uma escolha do legislador”, disse ele. “É absolutamente legítimo que o legislador defina, limite e regre onde e como podem ir os gastos públicos em campanhas eleitorais”.

Votos

Fux acolheu a argumentação da ANJ e considerou que as mudanças tecnológicas tornaram obsoletas as restrições impostas a veículos jornalísticos que, a seu ver, não podem ser discriminados em relação a outros meios de comunicação.

O ministro também considerou que a preocupação com o abuso do poder econômico ficou bastante reduzida após mudanças como o fim do financiamento de campanha por empresas e também a obrigatoriedade de divulgação dos valores pagos pelos anúncios.

“De uma lado, há a existência de novos e variados meios de transmissão de informação pela internet, no próprio dia das eleições, o que tornou absolutamente inadequadas essas limitações quantitativas, espaciais e temporais aos anúncios de jornais. Por outro lado, essas limitações se tornaram também desnecessárias”, disse Fux.

Ao votar em seguida, os ministros André Mendonça e Nunes Marques divergiram, colocando-se contrários à retirada das restrições. “Os legisladores possuem particular expertise em matérias relacionadas aos custos e à natureza das campanhas eleitorais, então, ordinariamente, devemos deferência à decisão da legislatura nessas matérias”, disse Mendonça.  

Após o voto de Nunes Marques o julgamento foi interrompido e deve ser retomado na próxima semana. 

Lula quer saber dos agentes do "mercado" o que eles podem fazer pelo Brasil – e não dirá o que fará pelo mercado

 Ex-presidente avalia que seus governos são a prova cabal de que ele pode fazer o Brasil voltar a crescer

(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende fazer nenhum tipo de promessa ao chamado "mercado". Ao contrário, ele cobrará dos investidores da Faria Lima o que eles podem fazer pelo Brasil, segundo informa a jornalista Bela Megale, do Globo. "O ex-presidente disse que questionará representantes do segmento sobre dois pontos: políticas sociais e como pretendem ajudar o país. Mais do que responder a perguntas de banqueiros, o petista diz que quer ouvi-los e que tem muitos questionamentos a fazer", escreve.

"A interlocutores, Lula afirma que, nos seus dois mandatos, o Brasil foi o único país do G20 que registrou superávit primário, além de o próprio mercado financeiro ter tido saldo positivo na sua gestão. Nesse contexto, diz que não precisa apresentar suas credenciais ao segmento", acrescenta. Recentemente, Lula se negou a participar de um evento promovido pelo BTG Pactual com presidenciáveis.

Eliane lamenta, mas constata adesões do centro e da centro-direita a Lula

 "O MDB do Nordeste já está com Lula, o Centrão só disfarça e o PSD está com um pé no barco lulista", escreve

Eliane Cantanhêde e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

247 – A jornalista Eliane Cantanhêde lamentou, mas reconheceu em sua coluna desta sexta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem costurado apoios crescentes entre setores do centro e da centro-direita no Brasil. "Geraldo Alckmin, tucano desde criancinha, é o troféu de Lula para conversar com líderes de MDB, PSD e Centrão, incluindo o PP do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que é do Nordeste, onde Lula e o PT são campeões de votos. Mas a grande novidade é a aproximação de Lula com tucanos históricos", escreve.

"Enquanto o PSDB se debate em crises existenciais, o MDB do Nordeste já está com Lula, o Centrão só disfarça e Kassab acaba de assumir em público o que já se sabia desde o lançamento do nome do senador Rodrigo Pacheco: o PSD está com um pé no barco lulista", prossegue. 

No fim do artigo, ela diz que "Lula e o PT não quiseram e não querem aliados e alternância, só súditos e eterno protagonismo".

Aloysio Nunes diz que "PSDB não é mais uma referência nacional" e que antipetismo foi um erro

 "O antipetismo acabou se transformando em uma segunda natureza do PSDB. Isso nos fez andar em muito má companhia", afirma

Lula e Aloysio Nunes (Foto: Ricardo Stuckert | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 – O ex-senador Aloysio Nunes, do PSDB, concedeu entrevista ao jornalista Eduardo Kattah, do Estado de S. Paulo, e fez uma espécie de autocrítica tucana. "Durante o processo de impeachment (de Dilma Rousseff), o antipetismo acabou se transformando em uma segunda natureza do PSDB. Isso nos fez andar em muito má companhia. Agora, diante do desastre que foi a eleição do Bolsonaro – um desastre até previsível – e do seu governo de destruição sistemática, vem a ideia de que é preciso retomar um diálogo que houve ao longo do tempo com forças de esquerda, como o PT. Talvez o PT tenha sido anti-PSDB, e a campanha Fora FHC é um exemplo disso, mas nós, do PSDB, antes desse processo de radicalização, sempre tivemos a compreensão da importância do PT na vida política brasileira como expressão do movimento popular. Ainda que não houvesse um papel escrito, houve convergência em muitas coisas importantes", diz ele.

Aloysio Nunes afirma que a radicalização fez mal aos tucanos. "São duas vertentes da social-democracia brasileira: uma mais à esquerda, representada pelo PT, e uma mais direita, cada uma com seu sistema de alianças. Aí chega Bolsonaro e destrói isso. Nesse processo de radicalização, que vem de antes do impeachment, uma parte do nosso eleitorado foi embora. Perdemos um componente importante dos nossos eleitores, de uma direita civilizada e moderada", aponta. "O PSDB não é mais uma referência nacional como foi. Na época em que o PSDB teve posições fortes na eleição nacional, com Fernando Henrique, (José) Serra e (Geraldo) Alckmin, o partido era uma referência que se opunha ao PT no campo eleitoral. O PSDB trazia consigo um eleitorado mais liberal e progressista, e também de direita conservador, mas do campo democrático. Isso foi explicitado na chapa FHC-Marco Maciel", acrescenta.

Aloysio Nunes também elogia a aproximação entre Lula e Geraldo Alckmin, assim como suas alianças ao centro. "Essa movimentação do Lula hoje é absolutamente legítima. É da natureza dele. O extremista dessa campanha é o Bolsonaro, e é ele que temos que derrotar. Temos que tentar tirá-lo inclusive do segundo turno", afirma o político, que também criticou duramente o ex-juiz suspeito Sergio Moro, que destruiu os empregos de 4,4 milhões de brasileiros, segundo o Dieese. "Qual credencial ele tem para ser presidente da República? É um juiz de primeira instância, com sentenças altamente contestadas e que se valeu do seu cargo para galgar posições políticas. A plataforma dele foi para a conquista do poder. Não sabe nada do Brasil. É uma coisa fake, mas é um abrigo para o bolsonarismo desiludido", aponta.

Pai é denunciado por infectar de propósito filha com covid-19

 Caso ocorreu em Campo Grande (MS). Foi a mãe quem registrou o boletim de ocorrência

Autoteste de Covid-19 (Foto: Breno Esaki / Agência Saúde DF)

247-  Um homem de 39 anos foi denunciado à polícia por ter, supostamente de forma proposital, infectado a filha de 10 anos de idade com Covid-19, em Campo Grande (MS). Foi a mãe quem registrou o boletim de ocorrência. A reportagem é do jornal Estado de S.Paulo.

A mãe da criança, que tem 37 anos, tinha evitado a visita do pai em 13 de janeiro porque ele havia informado que estava com covid-19. Mas, no dia 18, a menina soube que o pai estava na casa da avó e quis vê-lo.

De máscara e seguindo as medidas de proteção, a mãe deixou a filha ir. No entanto, ao voltar, ela contou que o pai a obrigou a retirar a máscara e deliberadamente pedia beijos e abraços, além de comentar que se ela pegasse a doença não teria problema porque “todos vão pegar”.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e agora está sendo acompanhado pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). Quando foi feito boletim de ocorrência, no fim de janeiro, a menina apresentava sintomas da doença. Hoje, ela passa bem.

Se for comprovado pelas investigações que o pai agiu de propósito e com intuito de infectar a menina, ele pode ser condenado de 1 a 4 anos de reclusão, conforme o artigo 131 do Código Penal, que leva em conta ato de “praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio.”

Flávio Bolsonaro diz que Guedes poderia deixar o cargo, num eventual segundo governo Bolsonaro

 "Eu não sei se ele seguiria no cargo em um segundo governo", afirmou

Paulo Guedes (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reprodução)

247 – Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu a possibilidade de saída de Paulo Guedes do cargo. "Ele (Guedes) tem o senso de responsabilidade de buscar o meio-termo para que a política econômica não degringole o Brasil de vez, a médio e longo prazo, mas sabe da importância, em ano eleitoral, de ter um remédio mais amargo para segurar a inflação, reduzir o preço do dólar e gerar mais emprego. Eu não sei se ele seguiria no cargo em um segundo governo. É cansativo, depende da disposição dele. Se ele quiser continuar dando sua contribuição, o presidente Bolsonaro vai indiscutivelmente topar na hora, mas não sabemos os planos pessoais dele", afirmou, na entrevista concedida à jornalista Jussara Soares, do Globo.

Médica brasileira que vive em Israel diz que maioria dos pacientes graves com Covid-19 não se vacinou

 “Parece que o coronavírus traz uma nova surpresa todo momento. A cada onda, descobrimos algo novo”, afirma a médica Julie Schleifer

Paciente com Covid-19 na UTI de um hospital (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A médica brasileira Julie Schleifer, que atua na linha de frente em Israel contra a Covid-19, a atual situação do país, que vive o pior momento desde o início da pandemia pode ser explicada pela parcela da população que ainda não completou o esquema vacinal — dos 9 milhões de cidadãos israelenses, apenas 5 milhões tomaram as três doses. "Pelo que observamos na prática e nos dados oficiais, a grande maioria dos pacientes graves não estão vacinados", relatou ela à BBC Brasil.

Com o avanço da variante ômicron, o país chegou a ter mais de 100 mil novos casos e 90 mortes registradas num único dia, entre o final de janeiro e o início de fevereiro deste ano.

Nas ondas anteriores, os números mais elevados tinham sido de 11 mil novas infecções (em setembro de 2021) e 64 mortes (em janeiro de 2021) em 24 horas. Os dados são do Our World In Data, site que compila estatísticas sobre a pandemia.

"Quando surgiram as primeiras notícias da ômicron e se especulava sobre a possibilidade de termos 80 mil infectados por dia, pensávamos que era impossível atingir um número tão alto", disse a médica. "Pois passamos dos 100 mil novos casos diários no final de janeiro", completou.

Para Schleifer, os últimos dois anos comprovaram que a Covid-19 pode sempre surpreender: "Parece que o coronavírus traz uma nova surpresa todo momento. A cada onda, descobrimos algo novo, que não tínhamos visto até então".

No aniversário do PT, Kassab elogia legado do partido e admite apoiar Lula no primeiro turno

 "Todos nós temos orgulho das realizações e do legado que o PT já nos deixou", disse o presidente do PSD

Kassab e Lula (Foto: Reprodução/Facebook | Ricardo Stuckert)

247 - O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, declarou por ocasião do 42º aniversário do Partido dos Trabalhadores que “poucos partidos têm tanta história no mundo". Enfático, Kassab disse que todos os brasileiros têm "um profundo orgulho das realizações e do legado que o PT já nos deixou”.

“Que esses 42 anos sirvam de inspiração para que o PT continue construindo boas políticas para o Brasil, para que possamos todos continuar acreditando que o País pode ser muito melhor. Parabéns, PT”, finalizou.

As declarações foram gravadas em vídeo para homenagear o partido de Lula no transcurso do 42º aniversário da sigla, nesta quinta-feira (10). 

Na véspera, dois dias após ter se reunido com Lula, o chefe do PSD disse que não seria “impossível” apoiá-lo já no primeiro turno.

Covid-19: 54 milhões de brasileiros ainda não tomaram dose de reforço

 

Doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


Mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional. As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde para se informarem sobre os locais onde essas doses estão sendo aplicadas.

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da dose de reforço. “É fundamental avançar na dose de reforço. É isso o que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura em torno de 30% de dose de reforço, índice que precisamos ampliar”, declarou.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a recomendação de uma quarta dose do imunizante para adolescentes com imunidade comprometida, situação chamada no jargão técnico de imunossupressão. Hoje, o Brasil passou a marca de 370 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aplicadas na população. Desse total, foram 168,8 milhões de primeira dose e 153,9 milhões da segunda dose ou dose única.

Fonte: Agência Brasil

Brasil registra 943 mortes e 164.066 casos de Covid-19

 

A média móvel de óbitos em sete dias ficou 859, ante 873 ontem e 702 mortes de média em 3 de fevereiro, há uma semana. (Foto: Franklin de Freitas)

O Brasil registrou, entre quarta e quinta-feira, 943 mortes causados pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados ontem, 10. Com os registros, o País acumula 636.017 vidas perdidas para a doença.

A média móvel de óbitos em sete dias ficou 859, ante 873 ontem e 702 mortes de média em 3 de fevereiro, há uma semana.

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal apontou ainda 164.066 novos casos de covid-19 em 24 horas, com um total de 27.119.500 registros desde o início da pandemia.

A média móvel de casos foi de 146.854, ante 189.526 casos de média há uma semana, em 3 de fevereiro.

Fonte: Gustavo Porto - Estadão Conteúdo

Prefeitura leva asfalto para trechos universitários

 


A Prefeitura de Apucarana está executando mais alguns trechos de asfalto importantes em mais regiões da cidade. Nesta quinta-feira (10/02), o prefeito Junior da Femac acompanhou a conclusão das obras de micropavimento na Rua Osvaldo de Oliveira, num trecho que estava bastante deteriorado, em frente da Faculdade de Apucarana (FAP), no Jardim Flamingos.

“Recebemos a reivindicação de moradores da região e também de universitários, professores e funcionários da FAP, e executamos prontamente os serviços, com equipamento próprio e servidores da Secretaria de Serviços Urbanos”, informou Junior da Femac.

Também está em execução o último trecho de asfalto da Avenida Zilda Seixas Amaral, nas imediações da Faculdade do Norte Novo do Paraná (Facnopar). “O meio-fio já está pronto nas laterais e a base também, para receber a camada asfáltica nos próximos dias”, anunciou o prefeito.

Ainda nesta quinta, Junior da Femac acompanhou a implantação de calçadas num trecho de quase um quilômetro, margeando a nova avenida que interliga o Jardim Curitiba com o distrito de Vila Reis. “A via foi aberta e já tem a base pronta para aplicação a capa asfáltica. Ela também recebeu drenagem de águas e iluminação pública e agora está ganhando calçadas, que também poderão ser usadas como pista de caminhada”, comentou Junior.

Ele agradeceu o empenho do vereador Marcos da Vila Reis, que conseguiu recursos de uma emenda apresentada pelo deputado federal Diego Garcia. “Trata-se da maior obra dentro do programa Interbairros, iniciado pelo ex-prefeito Beto Preto, e que continua avançando na nossa gestão”, pontuou Junior da Femac, acrescentando que a margem direita da via, no sentido Vila Reis, já desperta o interesse de empreendedores, em função da localização estratégica, na saída para Curitiba.

A via marginal à BR-376, na saída de Apucarana para Curitiba, com extensão de 980 metros, terá um custo de R$885 mil, sendo R$662 mil de recursos da União, e mais R$223 mil de contrapartida do Município.

Apucarana mantém desconto de taxas no terminal e rodoviária



Comerciantes e artesãos que ocupam espaços dentro dos prédios do Terminal Urbano de Passageiros do Transporte Coletivo Sílvio Stocco e do Terminal Rodoviário Interestadual João Batista Boscardin Júnior (rodoviária) terão pelo menos mais um ano de taxas reduzidas. A renovação do benefício legal, que garante desconto de 70% da taxa que é cobrada mensalmente pelo município, foi autorizada nesta quinta-feira (10/02) pelo prefeito Júnior da Femac.

Como aconteceu no ano passado, a decisão atende solicitação dos beneficiários intermediada pelo vereador Luciano Facchiano. Júnior lembra que dezenas de famílias obtêm o sustento através de seus empreendimentos localizados no Mercado Municipal (artesãos), no terminal urbano (comerciantes em geral) e também na rodoviária. “No ano passado, mediante parecer jurídico favorável e aprovação da Câmara Municipal, o Município foi autorizado a conceder a redução da taxa, tendo em vista a queda de faturamento dos profissionais devido às medidas restritivas impostas pela pandemia. E, neste ano, infelizmente, a pandemia persiste e ainda compromete a renda destes profissionais”, comenta o prefeito Júnior da Femac, “justificando a decisão de manter o benefício por pelo menos mais um ano”.


O valor da taxa paga por cada profissional é calculado de acordo com a metragem quadrada do espaço ocupado. Segundo o vereador Luciano Facchiano, a decisão de manter o desconto, oficializada pelo prefeito Júnior da Femac, beneficia mais de 100 famílias. “Temos o compromisso do prefeito de que, mesmo que temporário, este desconto da taxa será mantido enquanto durar a pandemia do coronavírus, por isto reafirmo meu agradecimento especial a ele e a toda sua equipe, pois não mediram esforços para a elaboração do projeto e também aos demais vereadores que aprovaram por unanimidade a matéria em pauta”, diz Facchiano.