Um terço dos estados e dez capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico
(Foto: REUTERS / Amanda Perobelli)
247 - A alta nos casos de Ômicron, variante do novo coronavírus que se espalha em ritmo alarmante no país, assim como de H3N2, preocupa as autoridades estaduais, que se mobilizam, às pressas, para reabrir leitos de enfermaria e UTI.
Em Nota Técnica divulgada nesta quarta-feira (12), o Observatório Covid-19 Fiocruz traz um alerta. Pelas taxas observadas no dia 10 de janeiro e em comparação com a série histórica, o documento mostra que um terço dos estados e dez capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico. O documento faz uma ressalva: "menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021".
Segundo a análise, o estado de Pernambuco (82%) está na zona de alerta crítico para ocupação de leitos; e Pará (71%), Tocantins (61%), Piauí (66%), Ceará (68%), Bahia (63%), Espírito Santo (71%), Goiás (67%) e o Distrito Federal (74%) na zona de alerta intermediário. Entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) figuram na zona de alerta crítico; e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona e alerta intermediário.
Em menos de 20 dias, Pernambuco disponibilizou mais 480 leitos exclusivos para casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), sendo 213 deles de UTI.
No dia 10, o Ceará anunciou a abertura de 452 leitos públicos de enfermaria e UTI para atendimento a pacientes com síndrome gripal, que já estão em funcionamento.
Em Alagoas, foram instalados 169 leitos para tratar pacientes. Na Bahia, a Prefeitura de Salvador promete mais 110 leitos para tratar pacientes da terceira cidade mais populosa do país.
Amazonas: o governador Wilson Lima (PSC) anunciou que o estado e o Hospital Universitário Getúlio Vargas irão disponibilizar mais 74 leitos (54 clínicos e 20 de UTI) para pacientes com SRAG.
No Pará, o governo ampliou, desde terça-feira (11), o número de leitos em quatro hospitais em Belém, Castanhal, Barcarena e Abaetetuba. Em Rondônia, mais 10 leitos de UTI para pacientes foram abertos na semana passada. O Tocantins abriu 10 leitos de UTI em Gurupi, após a cidade alcançar 100% de ocupação.
No Sudeste, a Prefeitura de São Paulo confirmou a ampliação de 443 para 1.110 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 na rede. No Rio, a Prefeitura prometeu abrir, diariamente, cerca de 30 leitos para pacientes com Covid-19 no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.
O Brasil registrou nesta sexta-feira (14) 112.286 novos casos de Covid-19. O número é o mais alto desde 23 de junho do ano passado em registros regulares. Também foram contabilizadas nesta sexta 251 novas mortes pela doença. (Com informações do UOL).