quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Paraná declara estado de epidemia de H3N2 e reforça importância da vacinação

 O aumento no número de casos diários e óbitos em decorrência da doença levaram a esta decisão. A medida é necessária considerando a transmissão comunitária e a presença do vírus em 144 municípios do Estado.

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, anunciou na manhã desta quarta-feira (12) que o Paraná está em estado de epidemia da gripe Influenza. O aumento no número de casos diários de H3N2 (um tipo do vírus Influenza A) e óbitos em decorrência da doença levaram a esta decisão.

A medida é necessária considerando a transmissão comunitária e a presença do vírus em 144 municípios do Estado. Agora, 832 casos – sendo 805 residentes no Paraná e 27 de fora do Estado – e 12 mortes estão confirmados. Os dados foram coletados até esta terça (11) por meio do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).

“Este número de casos e óbitos é o registro que conseguimos da investigação epidemiológica após a detecção da doença pelas unidades sentinela, o que certamente não representa a realidade da doença no Estado. Temos estimativa que este número de confirmações seja pelo menos 20 vezes maior”, afirmou o secretário.

TRANSMISSÃO – A transmissão dos vírus da Influenza, em sua maioria, ocorre durante os períodos mais frios, no inverno. Agora, o Estado vive uma situação atípica de confirmações de casos durante o verão, aumentando consideravelmente a procura por atendimento médico em todas as regiões.

Segundo Beto Preto, a transmissão do vírus acelerou durante as festividades de fim de ano. “Tivemos um grande número de aglomerações familiares pelo Natal e Ano Novo, além de muitas pessoas no Litoral do Estado. Com isso, a transmissão da doença se intensificou. Precisamos continuar com os cuidados, com o uso de máscaras, álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento quando possível”, disse.

ÓBITOS – Os óbitos referem-se a seis mulheres e seis homens, com idades que variam de 44 a 83 anos. As mortes ocorreram entre 11 de dezembro de 2021 e 10 de janeiro de 2022. Onze tinham algum tipo de comorbidade e um caso segue em investigação. Seis não haviam tomado a vacina contra a Influenza e um permanece em investigação.

Os que faleceram eram moradores de Arapongas (1), Curitiba (2), Foz do Iguaçu (1), Londrina (2), Mandaguaçu (1), Maringá (1), Marumbi (1), Paranaguá (2) e Tapira (1).

VACINA – Mais de 616 mil doses de vacinas contra a Influenza estão nos municípios. Elas fazem parte da Campanha Nacional de Imunização Contra a Gripe de 2021 e têm validade importante nesse momento de surto de casos. Segundo os dados do vacinômetro nacional, o Paraná tem cerca de 70,40% de cobertura dentro dos grupos prioritários, com 2,1 milhões de doses aplicadas.

O Ministério da Saúde prevê para o início de abril o envio de uma nova vacina com a imunização para todos os vírus circulantes e já reconhecidos laboratorialmente.

“Onde tiver vacina, que ela seja aplicada porque ela protege contra a maioria dos vírus circulantes. Isso ajuda no diagnóstico diferencial das Síndromes Respiratórias. Contamos com a colaboração dos municípios para zerar essas doses existentes. Essa nova vacina já deve vir com a proteção contra a cepa Darwin da H3N2 e, nos próximos meses, devemos receber esse novo imunizante”, explicou o secretário.

EPIDEMIA – Epidemia é a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e se extingue após um período. Não havia registros de tantos casos neste período desde o início do monitoramento dos casos da Influenza A (H3) pela Sesa em 2016.

“Todos os esforços para conter o surto da doença estão sendo feitos, inclusive o envio para as Regionais de Saúde do antiviral para o tratamento, o fosfato de oseltamivir, conhecido como Tamiflu”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

A Sesa descentralizou na última semana 460 mil cápsulas de Tamiflu e já protocolou um novo pedido junto ao Ministério da Saúde, de mais 100 mil unidades. O medicamento possui efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte ou a gravidade dos sintomas no paciente.

“Se administrado em até 48 horas após a infecção pelo vírus, o medicamento possui grande efetividade no agravamento da doença e também na diminuição de internações”, acrescentou Beto Preto.

DADOS – Os dados divulgados nesta quarta foram extraídos são do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), alimentado pelos laboratórios de todo o Estado, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da iniciativa privada.

As informações do boletim da Influenza e demais vírus respiratórios no Paraná, publicados no site da Secretaria, são levantadas através da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal (SG) e da Vigilância Universal dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, e os óbitos por meio do sistema de informação oficial de notificações por SRAG, SIVEP Gripe.

A Vigilância Sentinela de SG é composta por uma rede de 34 serviços de saúde para atendimento, que estão distribuídos nas 22 Regionais de Saúde e 28 municípios no Estado. A Vigilância de SRAG monitora os casos hospitalizados e óbitos.

Ambas possuem o objetivo de identificar o comportamento dos vírus respiratórios, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão, frente à ocorrência de casos graves e surtos e auxiliando na escolha dos vírus que vão compor a próxima vacina da gripe a ser utilizada.

PRESENÇAS – Participaram da coletiva a superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella Nadas; o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior; o chefe de gabinete da Sesa, César Neves; a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vera Rita da Maia; a coordenadora de Vigilância Sanitária do Paraná, Luciane Otaviano de Lima; a diretora-geral do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), Célia Fagundes Cruz; e a chefe da Divisão de Doenças Transmissíveis da Sesa, Rosana Piler.


Fonte: AEN

Estado se prepara para receber lote de vacinas contra a Covid-19 para público infantil

 Cerca de 185 mil doses serão entregues ao Estado nesta primeira remessa, portanto, em um primeiro momento, não será possível vacinar todo o público total desta faixa etária: são 1.075.294 crianças, totalizando 5,25% da população.

Foto: Geraldo Bubniak/AEN


Um lote de vacinas destinadas ao público infantil com idade entre 5 e 11 anos deve chegar ao Estado até o início da próxima semana. Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é que o primeiro lote com 1,2 milhão de doses, desembarque no Brasil nesta quinta-feira (13), no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para então ser enviado aos estados. Com a chegada dos imunizantes ao Paraná, as doses estarão disponíveis para aplicação em todos os municípios em um prazo de no máximo 24 horas.

Cerca de 185 mil doses serão entregues ao Estado nesta primeira remessa, portanto, em um primeiro momento, não será possível vacinar todo o público total desta faixa etária: são 1.075.294 crianças, totalizando 5,25% da população. “A vacinação não vai acontecer toda em janeiro, ela vai se estender pelo menos até o final do mês de março com a primeira dose”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

A vacinação de crianças nesta faixa etária está prevista na Nota Técnica nº 2/2022, publicada no último dia 5 de janeiro pelo Ministério da Saúde. O público infantil foi incluído no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo a Nota Técnica, a imunização vai atender às diretrizes semelhantes às dos adultos. Será iniciada por crianças com comorbidades e deficiência permanente, seguidas de indígenas e quilombolas, as que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19 e, então, em ordem decrescente de idade: iniciando pelos 11 anos até chegar aos 5 anos.

O Ministério descartou a exigência de receita médica para a vacinação das crianças, acatando o que foi definido na audiência pública sobre o tema. Os pais ou responsáveis devem estar presentes e concordarem com a aplicação. Em caso de ausência, a vacinação deverá ser autorizada por um termo de consentimento por escrito.

PREPARAÇÃO – Os profissionais paranaenses envolvidos na vacinação contra a Covid-19 também participam, desde a semana passada, de uma capacitação com as orientações para o procedimento de aplicação. Feita em três etapas e de forma online, a formação é promovida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), em conjunto com os laboratórios Pfizer e BioNtech, e conta com a participação de profissionais da Secretaria de Estado da Saúde e dos municípios.

CALENDÁRIO ESCOLAR – Mesmo com a proximidade da vacinação, o calendário escolar não será alterado na rede estadual de ensino. As aulas começarão no dia 7 de fevereiro, em formato presencial. Apesar do grande com as aulas on-line durante os piores momentos da pandemia, as evidências dos últimos meses mostram que os alunos aprenderam mais e melhor dentro da escola, segundo a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.

“A área de educação foi uma das mais prejudicadas ao longo desses dois anos e as atividades presenciais são importantes para as crianças”, disse. “O protocolo sanitário nas escolas tem funcionado bem, então vamos trabalhar com essa meta de manter as atividades a partir de fevereiro, mas respeitando a autonomia dos municípios. Aquele município que desejar tomar uma medida diferente, tem liberdade para isso. Mas vamos continuar caminhando dentro do esperado", ressaltou o secretário.

A imunização contra a Covid-19 também não será um requisito obrigatório, apesar do secretário solicitar aos pais que façam a imunização das crianças.

"Nós exigimos o calendário vacinal perene. Com relação à Covid-19, ainda não temos o quantitativo total à disposição para fazer qualquer tipo de imposição”, disse. "A vacinação vai ocorrer de maneira gradual diante da chegada dos lotes das vacinas, mas as aulas terão um período de retorno a partir de fevereiro. Então nesse momento, no quesito Covid, a vacina não será obrigatória".

IMUNIZANTE – A Anvisa aprovou em dezembro o uso da vacina Comirnaty, da Pfizer, para a imunização contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. A autorização veio após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório. As informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil.

A vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos. O imunizante será aplicado em duas doses de 0,2 mL, com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses.

A tampa do frasco da vacina será laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. Para os maiores de 12 anos, a vacina, que será aplicada em doses de 0,3 mL, terá tampa na cor roxa.


Fonte: AEN

Governador Ratinho Junior anuncia mudanças no secretariado

 Alterações alcançam Casa Civil, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas e Chefia de Gabinete. Segundo governador, mudanças vão reforçar diálogo com o terceiro setor, o empresariado e com os outros órgãos e poderes do Estado.

Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta quarta-feira (12) mudanças no secretariado. Guto Silva deixa a Casa Civil para voltar para a Assembleia Legislativa e retoma seu mandato como deputado estadual. Em seu lugar, quem assume o comando da pasta é o secretário João Carlos Ortega.

Ortega, que já foi vereador e vice-prefeito de Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, trabalha há muitos anos com Ratinho Junior e esteve à frente, desde o início da gestão, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, posto que ocupou em outras duas ocasiões em mandatos anteriores. A pasta será liderada agora pelo ex-deputado estadual e ex-prefeito de Pato Branco Augustinho Zucchi, que finalizou o mandato na prefeitura com excelente avaliação.

A mudança também chega à chefia de Gabinete. Ocupando o cargo desde o início do mandato, Daniel Villas Bôas assume a Superintendência de Relações Institucionais, voltada principalmente ao diálogo com o terceiro setor. O novo chefe de Gabinete será Darlan Scalco, ex-presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), que foi prefeito do município de Pérola, e que já trabalhava no Governo do Estado, na Casa Civil.

“O principal objetivo dessas mudanças é reforçar o atendimento aos municípios e fortalecer o diálogo com o terceiro setor, o empresariado e com os outros órgãos e poderes do Estado”, afirmou o governador. “Tenho plena confiança em cada pessoa que assume esses cargos. Fizeram excelentes trabalhos em seus postos anteriores e estão comprometidos em fazer uma gestão moderna, transparente e que atue em prol da população paranaense”.

Os novos secretários assumem as funções na segunda-feira (17).


Fonte: AEN

Apucarana confirma mais 195 casos de Covid-19 nesta quarta-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais 195 casos de Covid-19 nesta quarta-feira (12) em Apucarana. O município segue com 505 mortes e soma agora 20.014 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

São 119 mulheres (entre 1 e 82 anos) e 76 homens (entre 6 e 87 anos). Segundo boletim da AMS, o município tem mais 70 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 68.297 pessoas, sendo 39.050 em testes rápidos, 25.610 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência e no “Materno-Infantil”, um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e oito na enfermaria.

Desde 1º de janeiro, Apucarana já confirmou 1.262 casos de Covid-19.

 

Pesquisa Genial/Quaest: Lula tem 45% das intenções de voto e vence todos os candidatos no 2º turno

 O ex-presidente segue na liderança na corrida pelo Palácio do Planalto. No primeiro turno, ele tem quase o dobro das intenções de voto de Bolsonaro

(Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A primeira pesquisa de 2022, realizada pela Quaest Consultoria e Pesquisa e paga pela Genial Investimentos, mostra que o ex-presidente Lula (PT) segue na vantagem na corrida pelo Palácio do Planalto.

Os dados da pesquisa estimulada mostram que o petista tem 45% das intenções de voto, seguido de longe por Jair Bolsonaro (PL), que tem 23%. Na sequência aparecem Sergio Moro (Podemos) com 9%, Ciro Gomes (PDT) com 5% e João Doria (PSDB) com 3%.


No segundo turno contra Bolsonaro, Lula tem 54%, enquanto o atual chefe do governo federal tem apenas 30%.

Contra Moro, Lula tem 50% e o ex-juiz, declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tem 30%.

O petista vence em todos os cenários.


O levantamento foi realizado entre 6 e 9 de janeiro e ouviu 2.000 pessoas presencialmente. A pesquisa foi registrada nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser encontrada pelo número de identificação: BR-00075/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

Vitória de Lula é provável e seu governo não será revanchista, diz um dos economistas mais respeitados pelo mercado financeiro

 "O ex-presidente conhece as vantagens de uma inflação baixa e da responsabilidade fiscal", afirma Nilson Teixeira, que foi economista-chefe do Credit Suisse

Nilson Teixeira e Lula (Foto: José Cruz/Agência Senado | Ricardo Stuckert)


247 – "A vitória do ex-presidente Lula na eleição de outubro, em disputa polarizada com o presidente Bolsonaro, é provável. A chance é baixa de surgimento de uma candidatura única capaz de unir eleitores de perfil moderado e avessos aos dois candidatos. A rejeição a Bolsonaro, até por ser o postulante incumbente, recuará com o Auxílio Brasil", escreve o economista Nilson Teixeira, que já foi economista-chefe do Credit Suisse e hoje é sócio da Macro Capital, em sua coluna no Valor Econômico.

"O quadro pode se tornar ainda mais favorável para Lula, caso a sua campanha convença eleitores com perfil conservador sobre a adoção de uma plataforma sem extremismos. A possível participação do ex-governador Geraldo Alckmin, como vice-presidente na sua chapa, demonstra a vontade de Lula de compor alianças com o centro", prossegue o economista.

"Um governo Lula defenderia uma plataforma moderada e direcionada às demandas dos mais pobres, em particular em educação, saúde e renda. O ex-presidente conhece as vantagens de uma inflação baixa e da responsabilidade fiscal. A autonomia do BC e o esperado recuo da inflação em 2022 ajudariam um governo PT, que não precisaria defender uma política monetária mais apertada nem um plano que, como em 2003, foque quase apenas nessa redução. Esse arcabouço permitiria a Lula concentrar esforços em agendas pró-crescimento - estímulos aos investimentos em infraestrutura e tecnologia, de melhoria da distribuição de renda e de criação de oportunidades para os trabalhadores informais", prevê o economista.

"As relações internacionais, bem como as políticas voltadas às minorias e de defesa do meio ambiente, melhorariam instantaneamente sob Lula. Não é certo, porém, que as ações implementadas seriam efetivas a ponto de mudar rapidamente o quadro desfavorável", diz ainda o economista. "Em suma, não seria difícil formar um governo com atuação mais efetiva do que o atual", conclui.

Randolfe diz que primeiro convocado da nova CPI da Covid, se instalada, será Augusto Aras

 Senador ainda garantiu que a comissão trabalhará apenas com ações no STF, diante da "inércia" do procurador-geral da República

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Revista Fórum - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que nesta terça-feira (11) protocolou requerimento para a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado com o objetivo de investigar as ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia, afirmou que, se a CPI for instalada, o primeiro convocado será o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras.

“Fiquem tranquilos. Aras será o primeiro convocado para explicar quais providências tomou”, escreveu Randolfe ao compartilhar uma postagem do site O Antagonista no Twitter que questiona o motivo pelo qual o senador, ao invés de pedir a instalação de uma nova CPI, não pede o impeachment do PGR.

“Não iremos assistir de braços cruzados a continuação da tragédia brasileira! Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir. Não iremos ficar calados diante do aumento de casos de Covid-19, da disseminação da ômicron e a sabotagem da vacinação das crianças”, disse ainda Randolfe.

Leia a íntegra na Fórum.

Absurdo seria PT se comprometer a manter reforma trabalhista, diz Requião

 O ex-presidente Lula se reunirá nesta terça-feira com lideranças da Espanha para saber mais sobre a "contrarreforma" trabalhista

Requião

247 - O ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião (sem partido) disse, nesta terça-feira (11), em sua conta no Twitter, que o Partido dos Trabalhadores (PT) está no caminho certo ao dialogar com autoridades espanholas sobre uma “contrarreforma” trabalhista.

“Absurdo seria o partido dos trabalhadores assumir um compromisso de manter uma reforma que pretendeu a escravização dos trabalhadores”, escreveu.

A reforma trabalhista, criada no governo Temer, minou a criação de empregos no Brasil e precarizou ainda mais as relações de trabalho.

O ex-presidente Lula se reunirá virtualmente nesta terça-feira com lideranças da Espanha para saber mais sobre a "contrarreforma" trabalhista no país europeu. O encontro contará com a presença do ministro espanhol José Luis Escrivá e de Adriana Lastra, vice-secretária do PSOE, partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Também participarão da reunião membros do PT e do PSOE, representantes da Fundação Perseu Abramo e líderes sindicais brasileiros e espanhóis.

Órgão da OMS diz que vacinas da Covid "podem precisar ser adaptadas" para Ômicron

 Estratégia de vacinação não deve ser baseada em doses repetidas de reforço da composição original da vacina

(Foto: Reuters)

(Reuters) - Um grupo consultivo técnico estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (11), que as vacinas atuais contra a Covid-19 podem precisar ser atualizadas para garantir que sejam eficazes contra novas variantes, como a Ômicron.

O grupo técnico, formado por especialistas independentes, disse que consideraria uma mudança na composição das vacinas e enfatizou que os imunizantes precisam ser mais eficazes na proteção contra a infecção.

"A composição das vacinas atuais contra a Covid-19 pode precisar ser atualizada, para garantir que as vacinas contra a Covid-19 continuem a fornecer os níveis de proteção recomendados pela OMS contra infecções e doenças por variantes de preocupação, incluindo a Ômicron e variantes futuras", disse o órgão de especialistas independentes em um comunicado enviado a jornalistas pela OMS.

"As vacinas da Covid-19 precisam... provocar respostas imunes amplas, fortes e duradouras para reduzir a necessidade de doses de reforço sucessivas", acrescentou.

“É improvável que uma estratégia de vacinação baseada em doses repetidas de reforço da composição original da vacina seja apropriada ou sustentável”.

No entanto, o grupo técnico não chegou a defender uma vacina específica para a Ômicron neste momento, dizendo que mais pesquisas são necessárias e instando os fabricantes a compartilhar dados.

O grupo disse que uma vacina atualizada poderia ser direcionada especificamente para a variante dominante, que atualmente é a Ômicron em muitos lugares, ou ser uma "vacina multivalente" projetada para eliminar várias variantes de uma só vez. Outras recomendações serão emitidas quando mais dados estiverem disponíveis, acrescentou.

Alguns fabricantes de vacinas já estão desenvolvendo imunizantes de próxima geração visando a Ômicron, a variante altamente contagiosa detectada pela primeira vez no sul da África e em Hong Kong.

Na segunda-feira, o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse que uma vacina contra a Covid-19 redesenhada que visa especificamente a variante Ômicron provavelmente seria necessária, e que seu laboratório pode ter uma pronta para lançamento em março.

A rival Moderna também está trabalhando em uma vacina adaptada à Ômicron, mas é improvável que esteja disponível nos próximos dois meses.

Moraes exige que presídio informe possibilidade de exames em Roberto Jefferson

 Médico que examinou o ex-deputado diz que “o paciente apresenta febre persistente e sintomas respiratórios" e solicita transferência para hospital

Roberto Jefferson e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Instagram | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira (11), que o diretor da unidade prisional onde se encontra o ex-deputado federal Roberto Jefferson informe em até 24 horas a possibilidade de realização de exames de saúde. A reportagem é do portal CNN Brasil.

“Oficie-se ao Diretor da unidade prisional onde se encontra custodiado o requerente para que informe, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, acerca da possibilidade de realização, no hospital penitenciário, dos exames indicados como necessários pelos médicos do preso”, determinou.

A defesa de Jefferson pediu que ele seja transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde ele está preso, para o Hospital Samaritano Barra.

Roberto Jefferson está detido desde o mês de agosto de 2021, após determinação de Moraes. Ele é acusado de participar de uma suposta milícia digital que realizou ataques às instituições democráticas. A organização criminosa teria sido montada, principalmente, para as eleições de 2022.

Média móvel de casos de covid no país aumenta 631% nas últimas 24 horas

 Na terça-feira, 73.617 novos casos foram notificados pelas secretarias de saúde

(Foto: Agência Brasil)

247 - O Brasil registrou, nesta terça-feira (11), 73.617 novos casos de Covid-19, segundo notificação das secretarias de saúde, totalizando 22.630.142 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. A média móvel foi de 44.016 diagnósticos positivos, 631% maior que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra tendência de alta.

No mesmo dia, foram notificadas 139 mortes por Covid-19, elevando para 620.281 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. A média móvel apontou um aumento de 15% em relação a duas semanas atrás, também em alta. 

Os dados são do consórcio formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h

Globo adota home office após surto de casos de funcionários com Covid

 Emissora suspendeu o trabalho híbrido até 31 de janeiro


247 - Com a nova onda de contaminações por Covid no Brasil, a Globo suspendeu o trabalho híbrido até 31 de janeiro. Com isso, os funcionários passam a trabalhar remotamente a partir desta quarta (12). A informação foi confirmada pelo departamento de comunicação da emissora. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo. 

"A partir do dia 12 de janeiro, a empresa alterará o regime de trabalho para aqueles que vêm exercendo suas funções em modelo híbrido, de forma a conter o aumento de casos observado após as festas de fim de ano. Esses voltarão a trabalhar 100% remotamente."

Segundo a emissora, foram reforçados alguns protocolos e revisitados outros para garantir o bem-estar de todos os funcionários, e a continuidade da oferta de conteúdo para o público. A Globo também vem mantendo o regime de testagem permanentemente.

A apresentadora do Jornal Nacional Renata Vasconcellos teve diagnóstico positivo para Covid-19. William Bonner voltou a apresentar o Jornal Nacional na noite desta terça (11) após resultado do exame PCR apontar que ele não contraiu Covid.

"Sistemas de saúde deverão entrar em colapso em uma semana", diz Ludhmila Hajjar

 A médica intensivista e cardiologista relata: "só na minha área do Hospital das Clínicas, de São Paulo, por exemplo, temos 56 profissionais afastados"

Ludhmila Hajjar (Foto: Divulgação/USP)


247 - A médica intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar, que quase se tornou ministra da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou em entrevista ao jornal O Globo que "em uma semana os sistemas de saúde deverão entrar em colapso no Brasil" em razão do ritmo de transmissão da Covid-19 pela variante ômicron.

"O número de infecções aumentará mais ainda nos ambulatórios e provavelmente faltarão mais profissionais da saúde no combate. A maioria dos médicos e enfermeiros foi imunizada com duas doses da CoronaVac e reforço da Pfizer. A CoronaVac foi importantíssima no início, frente a inexistência de outras. Mas ela não protege como as outras em relação a novas variantes", explicou. 

"Muitos de nós seremos infectados. De uma forma mais branda em relação ao que se viu há um ano, quando não havia imunizantes no Brasil. Mesmo assim, seremos afastados. Só na minha área do Hospital das Clínicas, de São Paulo, por exemplo, temos 56 profissionais afastados", relatou Hajjar.

Temer explica o fracasso de Bolsonaro: "deu sequência ao que fazíamos"

 Político que usurpou a presidência confirma que Jair Bolsonaro representa a continuidade de seu projeto de destruição

Bolsonaro e Michel Temer (Foto: Alan Santos/PR)

247 – O golpista Michel Temer, que usurpou a presidência da República após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, explicou o fracasso da administração de Jair Bolsonaro. “Eu constato que, quando assumiu, o novo governo deu sequência ao que fazíamos. A Reforma da Previdência foi toda gestada e planejada no nosso governo e, quando assumiu o governo do presidente Bolsonaro, logo no 1º semestre o Congresso cuidou de aprovar”, afirmou Temer, em evento promovido pelo mercado financeiro, segundo reportagem da Carta Capital.

“Reconheço também que, em dado momento, zerou tudo”, prosseguiu. “Houve grandes dificuldades econômicas. Embora o governo tivesse dado sequência à redução dos juros, em face da pandemia e dos problemas econômicos do País, teve que retomar os juros, que hoje ultrapassam a faixa dos 7%. A inflação também cresceu.” De fato, Bolsonaro representa a continuidade da 'ponte para o futuro', agenda de retrocessos implantada por Temer após o golpe de estado.

Elio Gaspari: "se Bolsonaro precisa parar de exercer ilegalmente a Medicina, todo mundo ganha"

 Em artigo na Folha de S Paulo e O Globo, jornalista elenca crises que Jair Bolsonaro criou contra os aliados e fizeram do País uma bagunça

Alice Vergueiro/Abraji | Alan Santos/PR

247 – “Parece que a nota do almirante da reserva Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa, levou-o a baixar a bola também no ridículo conflito em torno da vacina das crianças”, escreve Elio Gaspari em sua coluna desta quarta-feira nos jornais Folha de S Paulo e O Globo depois de dizer que Jair Bolsonaro foi “regulado” por Michel Temer logo depois da tentativa de autogolpe de 7 de setembro de 2021. “Se disso resultar uma moratória de Bolsonaro diante da pandemia, o ano de 2022 terá começado melhor”.Para ele, que é um dos mais graduados analistas da cena política nacional desde os anos 1970, “desde que o coronavírus entrou na agenda mundial, o capitão errou rodas. A "gripezinha" matou mais de 600 mil pessoas e a cloroquina serviu para nada. A boa notícia veio do funcionamento do programa de imunização, área na qual o Brasil tinha um desempenho histórico louvável”.

Gaspari deixa claro que o reconhecimento da população aos programas públicos de vacinação, comandados pelo SUS, foi fundamental. Ele saúda o comportamento da população, que se vacinou. “Nem o declínio na qualidade da gestão do ministério da Saúde foi suficiente para anestesiar os brasileiros”, diz. E conclui: “Se Bolsonaro parar de exercer ilegalmente a medicina, deixando a pandemia para os médicos, todo mundo ganha”.

O jornalista condena duramente os blefes e a bazófia do presidente contra a Anvisa. “Ao atacar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, presidida por um almirante-médico da reserva, escolhido por ele, Bolsonaro atravessou o espelho”, escreve. “Ele jamais documentaria a insinuação de que a Agência tinha interesses na compra de vacinas. Esse tipo de malandragem rolou na máquina do ministério da Saúde e foi contida, como ficou demonstrado pela Comissão Parlamentar de Inquérito.Para Gaspari, a briga com a Anvisa é apenas mais uma das tantas brigas inúteis de um governante que não governa. “O conflito com a Anvisa e com Barra Torres fez parte do acervo de brigas inúteis do governo Bolsonaro. Nessa prateleira estão as caneladas contra a China, a eleição de Joe Biden e o governo argentino de Alberto Fernández. Tudo para nada”, diz.
Leia aqui a íntegra da coluna na Folha de S Paulo.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Zeladoria da prefeitura atende ao Parque Biguaçu

 O prefeito Júnior da Femac salienta que a zeladoria de praças e parques é intensificada neste período do ano, época em que o clima favorece, sobretudo, o crescimento da vegetação

(Foto: PMA)

A equipe de manutenção de áreas públicas da Prefeitura de Apucarana trabalha nesta semana no Parque Biguaçu. O andamento do serviço foi vistoriado nesta terça-feira (11/01) pelo prefeito Júnior da Femac. “As praças e parques são jardins das cidades. São áreas de convivência importantes, que servem de ponto de encontro e lazer das famílias e por isso merecem sempre estar com a conservação em dia. Acredito que o exemplo deve vir de casa, por isso a prefeitura mantém uma equipe que percorre periodicamente esses espaços para promover serviços de limpeza, roçagem, conserto ou reposição de equipamentos coletivos, como bancos, mesas, lixeiras, parquinhos e academias ao ar livre”, relata o prefeito.

Júnior lembra que a zeladoria destes espaços é intensificada neste período do ano. “É uma época em que o clima favorece, sobretudo, o crescimento da vegetação. Por ser um período de férias, também já um número maior de frequentadores”, contextualiza Júnior da Femac, que tem caminhado todas as manhãs no Parque Biguaçu antes do início do expediente.

Particulares – Assim como vem fazendo a administração municipal, Júnior da Femac solicita empenho dos proprietários de terrenos urbanos não edificados para que mantenham seus lotes livres do lixo, entulho e do mato alto. “Além de ser uma obrigação legal, tanto pela questão urbanística, quanto de saúde e segurança pública, trata-se de uma atitude de respeito com os moradores onde o terreno está localizado”, pontua Júnior da Femac, prefeito de Apucarana.

Penalidades – Os proprietários de terrenos com manutenção irregular estão sendo notificados pela fiscalização municipal, que concede um prazo legal para limpeza. Após o prazo, a equipe volta ao local para nova averiguação. “Caso ainda esteja em desconformidade com a lei, a equipe da Secretaria de Serviços Públicos registra através de imagens a situação do imóvel e o serviço é feito por uma empresa terceirizada com os custos sendo lançados em dívida ativa”, relata Sueli Pereira, secretária Municipal da Fazenda.

O serviço de “roçagem e limpeza” está fixado pelo Decreto Municipal nº 578/2016 em R$ 1,40 o metro quadrado e a retirada de entulhos custará R$ 190 por viagem de caminhão. Em caso da necessidade do uso de pá carregadeira, o preço estipulado está em R$ 209 por hora trabalhada. Já os serviços de desbaste de toco custam R$ 150 a hora trabalhada.

Apucarana segue com vacinação contra a gripe

 As doses estão disponíveis em 26 Unidades Básicas de Saúde


Apucarana segue com a campanha de vacinação contra a gripe para a população em geral, a partir de 6 meses de idade. As doses estão disponíveis em 26 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com sala de vacina, no horário de 8 horas as 16h30.

Segundo balanço da Autarquia Municipal de Saúde entre ontem e hoje foram aplicadas 415 doses. “Nossas unidades de saúde estão com estoque de vacina da influenza. É o mesmo imunizante de 2021, mas que ajuda na proteção contra novo vírus da gripe, o H3N2, com registro já confirmado em nossa cidade”, alerta prefeito Junior da Femac.

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, lembra que as doses da Covid e da Influenza podem ser tomadas ao mesmo tempo, sem necessidade de intervalo.

Presidente do BC é "irresponsável e cara de pau", diz Gleisi sobre justificativas para estouro da meta de inflação

 Presidenta do PT rebateu Campos Neto lembrando da política abusiva de preços da Petrobrás e da desvalorização do real, ambas praticadas pelo governo Bolsonaro

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

247 - A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou as justificativas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para o estouro da meta de inflação, que fechou 2021 em 10,06%, quase o dobro do teto da meta estipulada pelo governo para o ano, de 5,25%.

Pelo Twitter, Gleisi lembrou da política abusiva de preços de combustíveis praticada pela Petrobrás e da desvalorização do real. "Governo dolarizou preço dos combustíveis para enriquecer acionistas da Petrobrás às custas do povo. Real desvalorizado em país estagnado piorou tudo. E presidente do Banco Central diz que inflação foi importada. Não é 'independente'. É irresponsável e cara de pau", criticou a presidenta petista.

Em carta aberta enviada nesta terça-feira ao ministro da Economia, Paulo Guedespara justificar o descumprimento da meta de inflação em 2021, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o resultado foi motivado por forte elevação nos preços de bens, tarifa adicional de energia elétrica e desequilíbrios entre oferta e demanda com gargalos nas cadeias produtivas.

No documento, Campos Neto ressaltou que o movimento de alta nos preços foi um fenômeno global que atingiu a maioria dos países avançados e emergentes.

Em carta a Guedes, presidente do BC terceiriza culpa por alta da inflação para preços de energia e de produtos agropecuários

 Roberto Campos Neto justificou-se para o Ministro da Economia por estouro da meta inflacionária em 2021. Inflação fechou o ano em 10,06% e meta era 5,25%

(Foto: Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - Em carta aberta enviada nesta terça-feira ao ministro da Economia para justificar o descumprimento da meta de inflação em 2021, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o resultado foi motivado por forte elevação nos preços de bens, tarifa adicional de energia elétrica e desequilíbrios entre oferta e demanda com gargalos nas cadeias produtivas.

No documento, Campos Neto ressltou que o movimento de alta nos preços foi um fenômeno global que atingiu a maioria dos países avançados e emergentes.

Esta é a sexta vez que um presidente do Banco Central brasileiro apresenta carta aberta ao ministro da Economia (ou da Fazenda), que preside o Conselho Monetário Nacional, para justificar o descumprimento da meta de inflação do ano anterior.

As explicações já foram dadas nas aberturas de 2002, 2003, 2004, 2016 e 2018. Na mais recente, o então presidente do BC, Ilan Goldfajn, apresentou justificativas ao fato de a inflação ter ficado ligeiramente abaixo do piso da margem de tolerância para a meta.

A regra determina que o presidente do BC divulgue a carta sempre que a inflação encerrar o ano fora dos intervalos de tolerância para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

No regime de metas para a inflação, em vigor desde 1999, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define um alvo para o IPCA de cada ano, além de um intervalo de tolerância. Em 2021, a meta foi de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Segundo dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, o IPCA encerrou 2021 com alta de 10,06%, muito acima do limite máximo de 5,25%.

O ano foi marcado por alta nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica. Contribuíram negativamente para esse processo a elevação nos preços internacionais de commodities, a aceleração da inflação mundial e a desvalorização do real frente ao dólar.

Para 2022, a meta de inflação é de 3,50%, com tolerância máxima de 5,00%. De acordo com o boletim Focus divulgado pelo BC, o mercado espera um resultado do IPCA ligeiramente acima do teto da meta neste ano. A previsão mais recente coloca o índice de 2022 em 5,03%.

Na tentativa de debelar a inflação e ancorar as expectativas futuras, o BC vem promovendo um agressivo ciclo de aperto monetário. A taxa Selic, que começou 2021 na mínima histórica de 2,00% ao ano, sofreu elevações ao longo do ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) até atingir 9,25% em dezembro. O colegiado já sinalizou que manterá o ritmo de aperto, com mais uma alta de 1,50 ponto percentual na reunião de fevereiro.