segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Moro nega desistência e se diz contra o foro privilegiado

 Reportagem do UOL afirma que Moro estaria disposto a desistir do Palácio do Planalto para disputar uma vaga no Senado e, com isso, garantir foro privilegiado

Sergio Moro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, usou o Twitter nesta segunda-feira (3) para negar que desistirá de concorrer à Presidência da República.

Reportagem de Carolina Brígido, do UOL, informa que o ex-magistrado poderia desistir da corrida ao Planalto e disputar uma vaga no Senado. Isto porque Moro registra péssimo desempenho nas pesquisas e precisaria ter um mandato a partir de 2023 para ter foro privilegiado, visto que o Tribunal de Contas da União (TCU) avança com investigações sobre as remunerações pagas ao ex-juiz pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal. Em novo documentário da TV 247, o jornalista Joaquim de Carvalho investiga o enriquecimento de Moro e do ex-chefe da Lava Jato de Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos). Apoie.

Moro disse ser contra o foro privilegiado e afirmou não ter medo de investigações. "Sobre matéria de hoje do UOL:  sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado; sempre fui contra o foro privilegiado e não preciso de mandato; não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente; a jornalista publicou a matéria sem ouvir a parte envolvida; estou focado na construção de projetos para o Brasil".

'Já temos o caminho', diz Gleisi sobre revogação de privatizações na Argentina e da queda da reforma trabalhista na Espanha

 Presidente nacional do PT disse que os exemplos da Argentina e da Espanha são "notícias alvissareiras desse período"

Gleisi Hoffmann (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

 247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para destacar a importância da soberania nacional e da geração de empregos. No Twitter,  a parlamentar ressaltou que a Argentina revogou as privatizações no setor de energia e que a Espanha derrubou a reforma trabalhista que suprimiu direitos e não gerou empregos. 

“Notícias alvissareiras desse período: Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista que retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho”, postou Gleisi no Twitter. 

Confira a postagem de Gleisi Hoffman sobre o assunto.


Flávio Bolsonaro diz que "mal amados desejam a morte de Bolsonaro"

 Na realidade, foi Jair Bolsonaro quem desejou a morte da ex-presidente Dilma Rousseff quando ela teve um câncer

(Foto: Ag. Brasil)

247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta segunda-feira (3) que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), é "vítima" do ódio de "mal amados hipócritas desejando sua morte". Bolsonaro foi internado para tratar de uma obstrução intestinal.

“Graças a Deus meu pai passa bem! Cada vez que ele passa por isso é impossível não se indignar com a mentira de que Bolsonaro tem discurso de ódio, quando na verdade ele é a vítima do ódio de um ex-militante do PSol e de mal amados hipócritas desejando sua morte”, escreveu.

Na realidade, é Jair Bolsonaro quem propaga o ódio na política há anos. Em 2015, por exemplo, ele desejou a morte da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) "infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira". 

Com Bolsonaro internado em estado grave, Mourão encerra férias na Bahia

 Vice-presidente passou o Réveillon com a família no litoral e está voltando nesta segunda-feira (3) para Brasília

Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão (Foto: Reprodução | Romério Cunha/VPR)

247 - O vice-presidente Hamilton Mourão retorna a Brasília na tarde desta segunda-feira (3), após férias com a família no litoral da Bahia. A volta ocorre no mesmo dia em que Jair Bolsonaro foi internado em um hospital particular em São Paulo para tratar um quadro de obstrução intestinal.

Mourão estava no estado desde 27 de dezembro. Ele ficou hospedado na Base Naval de Aratu, unidade da Marinha situada em São Tomé de Paripe, próximo a Salvador.

Sem examinar Bolsonaro pessoalmente, o médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que interrompeu suas férias nas Bahamas para atender o chefe do governo federal, afirmou que o caso de obstrução intestinal de seu paciente "provavelmente" não demandará uma intervenção cirúrgica.

Mas há controvérsias. Um cirurgião do Distrito Federal que já atendeu o presidente e outras personalidades da política e mantém linha de consulta direta com médicos da Presidência contou ao Brasil247 que a chance de nova cirurgia em Bolsonaro é de “mais de 9 em 10” possibilidades de ocorrer. Ou seja, superior a 90%. “Os médicos do presidente trabalham com esse cenário”, diz a fonte.

Hospital Vila Nova Star confirma obstrução intestinal de Bolsonaro e diz que não há previsão de alta

"Ele está estável", diz em nota o hospital onde Bolsonaro deu entrada na madrugada desta segunda-feira

(Foto: Divulgação)

247 - O Hospital Vila Nova Star, onde Jair Bolsonaro deu entrada na madrugada desta segunda-feira (3), confirmou o quadro de obstrução intestinal do chefe do governo federal.

Em nota, o hospital diz que Bolsonaro está bem e afirma não haver ainda previsão de alta. 

"O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, deu entrada na unidade na madrugada desta segunda-feira devido a um quadro de suboclusão intestinal. Ele está estável, em tratamento e será reavaliado ao longo desta manhã pela equipe do Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo. No momento, sem previsão de alta", diz o texto.

Moro já admite desistir e buscar vaga no Senado para ter foro privilegiado

 Ideia se cristalizou depois das investigações do Tribunal de Contas da União sobre os pagamentos feitos a ele pela Alvarez & Marsal

Sergio Moro lança livro contra corrupção em Curitiba (Foto: Foto: Reprodução/Twitter @sergiomoro)

247 - O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, pode desistir de concorrer à Presidência da República e se candidatar a uma vaga no Senado, informa Carolina Brígido, do UOL.

Pesquisas eleitorais mostram que o ex-magistrado tem apenas cerca de 9% das intenções de voto, muito atrás de Lula e Jair Bolsonaro (PL). Mesmo se chegasse ao segundo turno, Moro perderia para o petista, que é o favorito.

"Interlocutores próximos de Moro afirmam que, se ele não chegar a 15% nas enquetes até fevereiro, vai abandonar a intenção de assumir o lugar de Jair Bolsonaro e abraçará a meta de ser senador em 2023", diz o texto de Carolina.

Aliados de Moro avaliam que ele precisa ter um mandato no próximo ano, seja qual for, principalmente após o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas avançar com investigações sobre as remunerações pagas ao ex-juiz pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal. Em novo documentário da TV 247, o jornalista Joaquim de Carvalho investiga o enriquecimento de Moro e do ex-chefe da Lava Jato de Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos). Apoie.

Depois de fazer o parecer do golpe de 2016, Janaina Paschoal assume a liderança da campanha antivacina

 Advogada fez novo post contra vacinas e foi rebatida por especialistas nas redes sociais

Janaina Paschoal (Foto: Alesp)

247 – A advogada Janaína Paschoal, que vendeu por R$ 45 mil para o PSDB o parecer das "pedaladas fiscais" usado no golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, decidiu assumir de vez a liderança da campanha antivacina no Brasil. Na noite de ontem, ela fez novo post atacando as vacinas a partir da informação de que mesmo pessoas vacinadas contraem a doença, ainda que num estágio mais leve. Confira seu post:

Janaina foi prontamente rebatida nas redes sociais, como fez, por exemplo, o advogado Augusto de Arruda Botelho, que criticou sua "desonestidade intelectual"


Temos de estar preparados para o jogo sujo bolsonarista, alerta Haddad

 Haddad defendeu a federação de partidos de esquerda porque o “jogo sujo bolsonarista nem começou. E é necessário garantir que este ano seja diferente de 2018”

Fernando Haddad (Foto: Reprodução/Facebook)

Rede Brasil Atual - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad chamou atenção para a necessidade de cuidados em relação a transtornos que venham a ser causados pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores ao processo eleitoral deste ano. “Estamos lidando com adversário que joga sujo. E não podemos ficar deitado em berço esplêndido, esperando a eleição, imaginando que nada vai acontecer até lá. Vai acontecer muita coisa até a eleição. O jogo sujo do bolsonarismo nem começou ainda e temos de garantir que em 2022 o segundo turno seja bem diferente”, disse, na tarde deste domingo (2), durante participação na live #SOSBahia. 

A super live, uma maratona de 12 horas de conversas e entrevistas promovida pela Editora Kotter, contou com a participação de representantes de várias entidades, lideranças, artistas, youtubers, políticos, religiosos. Entre eles, Luis Nassif, José Dirceu,Roberto Requião, Hildegard Angel, Paulo Betti, José de Abreu, Gleisi Hoffmann, Pastor Ariovaldo Ramos, Juca Kfouri, O Trompetista, o casal Tutameia, e muitos outros. Após as 21 horas, mais de R$ 28 mil haviam sido arrecadados. Confira vídeo logo abaixo.

Haddad usou o argumento para justificar seu apoio à federação dos partidos de esquerda, uma aposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar o apoio em torno de sua candidatura à Presidência da República. Além do PT, a federação poderá ter a adesão do PCdoB, PSB, Psol e PV.

Eleição atípica

Para o petista, que disputou a eleição de 2018 tendo como vice Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), a eleição deste ano é tão atípica quanto aquela, embora as condições sejam mais favoráveis para o campo progressista. Os desastres causados pelo governo Bolsonaro em todas as áreas, segundo ele, dá a Lula melhores condições de eleição.

E o ex-presidente, segundo ele, sabe que tem a obrigação de reorganizar o país. `Para reverter tudo isso ele tem de ter um congresso melhor do que está este que está aí atualmente. “Esta é uma razão que me faz simpatizar com a ideia da federação. Ainda que o PT cresça menos do que cresceria sozinho, a federação tem o significado simbólico para o país, de uma base sólida, quem sabe 170 parlamentares progressistas, para compor com o centro os 308 votos necessários para aprovar mudanças constitucionais, e os 257 votos para aprovar as leis que o Brasil precisa. Dificilmente teremos esses votos apenas com os dos parlamentares progressistas. Com a federação pode ser um caminho interessante. Mas não sei se será possível, há resistências internas em todos os partidos”, disse.

Segundo Haddad, ainda não há nada definido em torno desta coalizão ao redor da candidatura Lula, em quanto deverá ser ampliada. No entanto, acredita que os gestos de Lula estão na direção correta e que, no mínimo, os brasileiros terão um segundo turno diferente do de 2018. “No mínimo teremos a garantia de que os partidos que lavaram as mãos ou pediram apoio ao Bolsonaro não farão a mesma coisa em 2022. Isso é muito importante”.

Carlos Jordy se estranha com Carlos Bolsonaro, que passa a tratá-lo como "traidor"

 Deputado bolsonarista bateu boca com filho de Jair Bolsonaro nas redes sociais

Dep. Carlos Jordy (PSL - RJ) (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 – Depois de participar de um evento político em Niterói (RJ), o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) bateu boca com Carlos Bolsonaro, que passou a tratá-lo como "traidor". Confira a discussão entre o parlamentar e o comandante das milícias digitais bolsonaristas:

 

Nelson Marconi: “É preciso coragem para mudar o modelo econômico fracassado”

 Em artigo publicado na série "Pensamentos econômicos dos pré-candidatos", da Folha de S.Paulo, assessor econômico de Ciro Gomes defende novo modelo econômico

"O Brasil deixou de gerar bons empregos" (Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O assessor econômico de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, defende um plano nacional de desenvolvimento pactuado entre os setores público e privado para abrir uma nova rota para o crescimento.

Nelson Marconi é professor da FGV-Eaesp e coordenou o programa de governo de Ciro Gomes em 2018. 

"A economia brasileira está comendo poeira há muito tempo. Em 1980, nosso PIB per capita era 15 vezes maior que o chinês e 1,6 vez superior ao sul-coreano; em 2020 equivalia, respectivamente, a apenas 79% e 26% do observado nestes países", escreve Marconi na Folha de S.Paulo, em artigo que compõe a série "Pensamentos econômicos dos pré-candidatos".

"Por aqui, entregamos nosso mercado interno, de mão beijada, via moeda apreciada, aos produtores de outros países, sem expandir as exportações de manufaturados; enquanto as vendas no varejo, descontada a inflação, hoje são o dobro do que eram em 2003, a produção industrial está no mesmo patamar de 2005".

O economista assinala que o resultado foi a desindustrialização do país, que deixou assim de gerar bons empregos. Ele destaca que o PIB per capita do Brasil atual é igual ao de 2010. "Perdemos 11 anos", afirma.

Marconi apresenta uma saída estrutural para a crise brasileira: "Um plano nacional de desenvolvimento pactuado entre os setores público e privado, nos moldes defendidos por Ciro, é essencial, prevendo tanto o desenvolvimento científico e tecnológico como a redução de desigualdades e a melhoria de indicadores sociais, que se recuperarão com a melhoria na qualidade dos empregos, o avanço educacional e políticas específicas para os mais desfavorecidos. A gestão pública deverá ser reorientada para o alcance das metas deste plano, atuando de forma matricial, monitorando e cobrando resultados e premiando o bom desempenho".

“Gestapo” do governo de Macri espionava líderes políticos e sindicais na Argentina

 Jornal Página 12 tem acesso aos áudios em que um subdelegado conta armações contra lideranças políticas e sindicais

"Maurício Macri (Foto: Reuters)

247 - Nos últimos dias, apareceram pela primeira vez as ações da mesa judicial de Buenos Aires relacionadas com espionagem ilegal e casos armados contra dirigentes sindicais com evidências de vídeo e áudio. Agora há uma prova clara de como eles operaram contra os líderes políticos.O jornal Página 12 acessou os áudios que serão apresentados nesta segunda-feira ao desembargador Ernesto Kreplak.

Nesses áudios, um subdelegado envolvido nas batidas policiais à casa de Alberto Pérez, ex-chefe de gabinete da província de Buenos Aires, da casa, da empresa e até do clube frequentado pelo ex-governador da província de Buenos Aires Daniel Scioli e de cerca de mais cem casas, garante que na província de Buenos Aires havia uma mesa judicial que se reunia no Ministério de Segurança de La Plata, e, às vezes, também na Agência Federal de Inteligência (AFI), em frente à Casa Rosada. 

A Agência Macrista de Inteligência Federal (AFI) enviou três de seus homens mais importantes para a reunião realizada em 15 de junho de 2017 na sede do Banco Provincia para explicar aos empresários de La Plata como fabricar provas para alimentar um processo judicial contra os dirigente do Sindicato Obrera de la Construcción de la República Argentina (UOCRA) Juan Pablo “Pata” Medina. 

Lula e Dilma irão se encontrar para falar de eleições

 Embora não seja o assunto principal do encontro, a aliança com Alckmin certamente fará parte do cardápio

Dilma Rousseff e Lula (Foto: Cláudio Kbene)

247- Lula e Dilma marcaram para meados de janeiro um encontro em São Bernardo para falar de política. Quem pediu para agendar a conversa foi Lula, e o assunto principal devem ser as eleições de 2022. Embora se falem por telefone quase semanalmente, esta será a primeira vez que os dois vão se ver pessoalmente desde que o ex-presidente viajou para a Europa, em novembro. A informação e da jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no jornal O Globo.  

Embora não seja o assunto principal do encontro, a aliança com Alckmin certamente fará parte do cardápio. Aos aliados mais próximos no PT, Dilma tem dito que não vê vantagens para Lula na chapa conjunta com o ex-tucano. Para ela, Lula não ganha votos ao trazer o ex-adversário para perto e ainda pode perder aliados na esquerda, como os do PSOL, que vêm se manifestando contra a candidatura do ex-governador de São Paulo a vice-presidente.

Aras aperta o cerco contra Dallagnol e envia ao TCU informações sobre a farra das diárias dos procuradores da Lava Jato

 Procuradores de Curitiba receberam fartas diárias para morar na própria capital paranaense, em esquema idealizado por Deltan Dallagnol, que se filiou ao Podemos

Augusto Aras e Deltan Dallagnol (Foto: Agência Senado | ABr)

247 – O ex-procurador Deltan Dallagnol, que disputará o cargo de deputado federal e passou a receber um salário de R$ 15 mil do Podemos, terá uma preocupação a mais, além da sua própria campanha. "A equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, já enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) novos dados sobre o pagamento de passagens e diárias a procuradores da Operação Lava Jato, abrindo dados da gestão de Rodrigo Janot, um de seus antecessores no cargo", informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna.

"O tribunal investiga o fato de procuradores que trabalhavam em Curitiba (PR) receberem diárias como se morassem em outra cidade e trabalhassem na capital do Paraná apenas transitoriamente — quando, na verdade, se estabeleceram na cidade, passando a maior parte do tempo trabalhando nela", prossegue. Mônica também informa que o Ministério Público junto ao TCU concluiu que o modelo de funcionamento adotado pela força-tarefa não representou o menor custo possível para a sociedade brasileira. E disse que ele "resultou em interessante 'rendimento extra' em favor dos beneficiários, a par dos elevados valores das diárias percebidas".

"Entre os procuradores citados estão Antonio Carlos Welter, que recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens, Carlos Fernando dos Santos Lima, que recebeu R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens, Diogo Castor de Mattos, com R$ 387 mil em diárias, Januário Paludo, com R$ 391 mil em diárias e R$ 87 mil em passagens, e Orlando Martello Junior, que recebeu R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens. O ex-procurador Deltan Dallagnol aparece como idealizador do modelo e foi citado para devolver recursos solidariamente aos cofres públicos", aponta ainda a jornalista. 

Repórter investigativo da TV 247, o jornalista Joaquim de Carvalho produz um documentário sobre o enriquecimento do ex-juiz parcial e suspeito Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol. Você pode apoiar o projeto neste link.

Cientista social Celso Rocha de Barros questiona: "Quanta gente Bolsonaro matou na pandemia"?

 Se a vacinação tivesse começado um mês antes, 25 mil idosos não teriam morrido, diz artigo em pré-print



247 - "Nos últimos dias de 2021, um grupo de pesquisadores brasileiros, ligados à Fundação Oswaldo Cruz e ao Observatório Covid-19 Brasil, disponibilizou um artigo em pré-print - ainda não avaliado, portanto, pelos pareceristas da publicação científica - que dá uma nova contribuição à estimativa de quantos brasileiros Jair Bolsonaro matou durante a pandemia de Covid-19", escreve o sociólogo Celso Rocha de Barros na Folha de S.Paulo.

"O cruzamento entre dados de vacinação e óbitos por Covid-19 em 2021, ano em que a vacinação começou, não dá margem a qualquer dúvida. Observe o que acontece quando a vacinação vai progredindo. Conforme a vacinação cresce, o número de óbitos cai, e cai rápido", enfatiza. 

"Com esses dados, os pesquisadores utilizaram técnicas estatísticas para verificar, com base no padrão observado em 2021, duas coisas. A primeira, a boa notícia, é que a vacinação salvou, no mínimo, 75 mil idosos brasileiros em 2021. Setenta e cinco mil pessoas são um Maracanã cheio. Imaginem o estádio cheio de pais e mães, avôs e avós. Há um botão que abre os portões e os deixa ir para casa festejar o Natal de 2021 com suas famílias, lhes dá mais tempo com seus filhos e netos, dá a seus filhos e netos mais tempo com eles".

"Ainda não temos estimativas de quantos estádios cheios de mães e pais, avós e avôs, filhos e filhas, irmãos e irmãs, teriam sido salvos depois do final de maio, ou se Bolsonaro tivesse aceitado a outra metade da oferta do consórcio Covax Facility, ou se não tivesse sabotado o trabalho dos governadores, ou se não tivesse combatido o uso de máscaras, ou se tivesse implementado a testagem em massa com rastreamento de contato", conclui. 

Líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros defende o fim do teto de gasto

 "O excesso de arrecadação é muito grande e a necessidade do governo é muito grande também", disse ele

Ricardo Barros (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 – Uma das principais medidas adotadas após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi a emenda do teto de gasto, que congelou os gastos e investimentos públicos sem resolver a questão fiscal, uma vez que prejudicou o crescimento econômico, poderá ser finalmente revista. A mudança foi defendida pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro, em entrevista aos jornalistas Raphael Di Cunto e Fernando Exman, do Valor Econômico.

"O excesso de arrecadação é muito grande e a necessidade do governo é muito grande também", disse ele. Segundo o parlamentar, a mudança no teto de gasto hoje seria aceita pelo mercado financeiro, uma das forças que passou a mandar no país logo após o golpe contra Dilma.

PT fará campanha para atrair juventude de 16 a 18 anos para as eleições de 2022

 Objetivo é garantir vitória em primeiro turno, com os votos de jovens que ainda eram crianças quando Lula era presidente

Lula na Bahia com jovens (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O Partido dos Trabalhadores fará uma grande aposta numa parcela do eleitorado que não chegou a vivenciar diretamente os benefícios dos governos Lula: os jovens que estarão aptos a votar a partir dos 18 anos e que eram crianças quando o ex-presidente deixou o poder. É o que informa a coluna Painel.

"O PT prepara o lançamento de campanha para estimular jovens de 16 a 18 anos a tirar o título de eleitor. Pesquisas internas da sigla apontam que Lula tem apresentado bons índices de aceitação nessa faixa etária e a ideia é fazer uma série de iniciativas para consolidar o petista nesse grupo da população. A campanha pretende resgatar feitos dos governos do PT para conquistar os jovens que, na época da gestão de Lula, ainda eram crianças", escreve o jornalista Guilherme Seto.

A juventude, atingida pela falta de perspectivas de futuro e incomodada com o reacionarismo do governo atual, é um dos grupos sociais com maior rejeição a Jair Bolsonaro.

Sob Bolsonaro e Guedes, Brasil já tem 12 milhões de jovens que nem trabalham nem estudam

 Número reflete a falta de perspectivas para grande parte da juventude brasileira

Carteira de trabalho, Bolsonaro com Paulo Guedes (Foto: Reuters)

247 – Nunca foi tão grande no Brasil o grupo de jovens que nem trabalham, nem estudam, um segmento classificado pelos sociólogos como nem-nem. Eles já são 12 milhões e representam 30% do contingente de pessoas maiores de idade até 29 anos. É um grupo bem superior aos 25% de jovens que estavam nesta condição em 2012, o que representava 10 milhões de pessoas. Ana Tereza Pires, da consultora IDados, que levantou as informações, diz que há um número crescente de estudantes que se formam e não conseguem ser absorvidos pelo mercado de trabalho, segundo reportagem publicada pela jornalista Renée Pereira, no Estado de S. Paulo.

Diante deste quadro de desencanto, o Partido dos Trabalhadores fará uma campanha voltada para os jovens de 16 a 18 anos, que já estarão aptos a votar e não conheceram diretamente os benefícios dos governos Lula, porque ainda eram crianças.

Com obstrução intestinal, Bolsonaro interrompe férias e pode passar por nova cirurgia. Médico volta do Caribe para atendê-lo

 Exames serão feitos nesta manhã. Ainda não se sabe se uma cirurgia será necessária

Jair Bolsonaro gastou R$ 2,4 milhões em férias no litoral do país, entre dezembro e janeiro, em plena pandemia (Foto: Reprodução/Facebook)

247 - Com suspeita de nova obstrução intestinal, Jair Bolsonaro realiza exames no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, nas primeiras horas desta segunda-feira (3). 

A informação é do UOL e foi confirmada pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro em setembro de 2018 e o acompanha clinicamente.

Macedo, que está em viagem nas Bahamas, afirmou que voará à capital paulista na manhã desta segunda-feira e que deve desembarcar em São Paulo na parte da tarde. 

Ainda não se sabe se uma cirurgia será necessária. 

A suspeita, por enquanto, é de uma nova obstrução intestinal — tecnicamente chamada de "suboclusão intestinal", diz Macedo. "Ele fará tomografia e mais exames para sabermos o que há no abdômen. Ainda não sabemos, mas pode ser causado, por exemplo, por um alimento mal mastigado, entre outros fatores", afirmou.  

Ao Brasil 247, um médico que eventualmente atende a Presidência da República disse ainda não ter mais detalhes, mas afirmou que a obstrução intestinal de Bolsonaro é "grave".

COVID-19: Arapongas registra 3 novos casos e nenhum óbito neste domingo

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou, neste domingo, (02/01), 03 registros de novos casos, nenhum registro de curados de COVID-19 e nenhum óbito registrado no município.
Neste momento, o município totaliza 23.558 casos, dos quais 575, infelizmente, vieram a óbito, 52 ainda estão com a doença e 22.928 já estão curados (97,3%). Ao todo, já foram realizados 86.782 testes.

Apucarana não registra nenhum novo caso de Covid-19 neste domingo

 



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) não registrou nenhum novo caso de Covid-19 neste domingo (2) em Apucarana. O município segue com 505 mortes provocadas pela doença e 18.752 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Segundo boletim da AMS, o município tem mais 28 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 65.361 pessoas, sendo 36.337 em testes rápidos, 25.387 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São sete pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, dois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco na enfermaria.

domingo, 2 de janeiro de 2022

Miriam Leitão alerta: Bolsonaro tentará melar o jogo democrático

 Jornalista, que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, diz que nenhum governo mereceu tanto o impeachment como o atual

(Foto: ABr | Reprodução)

247 – A jornalista Miriam Leitão, que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a partir da farsa das "pedaladas fiscais", hoje alerta para o risco de Jair Bolsonaro, consequência da quebra do pacto democrático mele as eleições de 2022. "Este ano é de travessia. É grande a chance de encerrarmos o governo deletério que deveria ter sido encurtado por impeachment. Nenhuma outra administração mereceu tanto o remédio do impedimento. Mas para que futuro iremos neste ano do nosso bicentenário? O Brasil nos últimos anos pareceu um coração com a artéria principal entupida e que criou atalhos para a circulação do sangue e a sobrevivência. Nesses caminhos alternativos o país foi ficando independente do próprio governo. Essa capacidade de resistência será testada em 2022, porque a natureza deste governo é antidemocrática. Bolsonaro tentará, como fez Donald Trump, melar o jogo democrático. Será preciso estar, como diz a minha geração, atento e forte", escreve ela, em sua coluna no Globo.

Miriam faz um balanço positivo de 2021. "O presidente apostou no pior, jogou no conflito, investiu em pautas nefastas. Mas o saldo do ano passado é positivo, principalmente porque o socorro veio da ciência. Nos institutos brasileiros de produção de vacinas trabalhou-se duramente. Brasileiros em centros internacionais conectaram o país nas redes de desenvolvimento da imunização. O Sistema Único de Saúde venceu um ministro general que dizia não saber o que era o SUS, e um ministro sabujo que até o último dia do ano tentava retardar a vacinação de crianças. O governo foi sórdido. A sociedade resistiu. Com alta taxa de vacinação, os brasileiros aguardam a onda ômicrom mais seguros, mas ainda vigilantes", escreve.

“Estadão é movido pelo ódio ideológico”, diz Padilha em resposta a editorial

 Deputado federal rebateu texto que acusa PT de politizar a saúde, comparando gestão petista a Bolsonaro

Deputado Alexandre Padilha e integrantes do Mais Médicos (Foto: Agência Câmara / Agência Brasil)

247 - O deputado federal Alexandre Padilha, do PT, publicou hoje (2) um texto em resposta ao editorial “Menos demagogia, mais saúde”, publicado ontem no Estadão. 

"O objetivo [do programa Mais Médicos] foi alavancar a candidatura do então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo e a de Dilma Rousseff à reeleição para a Presidência, e, por último, mas não menos importante, financiar a ditadura cubana", defendeu o jornal. O artigo ainda compara a gestão petista ao governo de Jair Bolsonaro. 

Padilha escreveu que um dos grandes desafios do ano será, além da derrota do coronavírus, o fim do  "vírus do ódio ideológico", da "xenofobia" , do "delírio anticomunista" e das "marchas da tradição que impulsionaram o Golpe de 64 e o veneno destilado" pelo editorial do Estadão. 

De acordo com o parlamentar, o jornal "fez uma avaliação do Mais Médicos sem levar em consideração nenhuma das centenas de pesquisas e estudos científicos realizados pelas melhores universidades brasileiras de acompanhamento do programa". Para ele, isso demonstra que "o Estadão é movido pelo ódio ideológico". 

Por fim, Padilha ainda aponta que o processo de "cubanização" entre os países onde médicos cubanos atuam nunca aconteceu. Ele relembra que, em meio ao colapso do sistema de saúde italiano, quando países da Europa negavam transferências de pacientes, foram os médicos cubanos que se deslocaram para salvar vidas. "E, nem por isso, “cubanizaram” a Itália", afirma. "Esse ódio ideológico privou o Brasil de receber esta ajuda quando mais precisava".

Felipe Neto expõe o drama da depressão em suas redes sociais

 "O resumo é: busque ajuda. Não enfrente sozinho", escreveu o comunicador, ao falar da sua depressão

(Foto: Divulgação)

247 – "A depressão é uma doença da mente, como a gastrite é uma doença do estômago. Amigos e família fazem você se sentir melhor, mas sem remédio, você não vai curar essa gastrite. Enfim, o resumo é: busque ajuda. Não enfrente sozinho", escreveu o comunicador Felipe Neto, ao expor o drama da sua própria depressão. Confira:

Joaquim Barbosa recusa encontro com o ex-juiz parcial Moro

 Ex-ministro do STF foi procurado, mas não quer se envolver com o ex-juiz declarado suspeito pela suprema corte

(Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

247 – O ex-juiz Sergio Moro, que foi declarado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal e destruiu 4,4 milhões de empregos, segundo o Dieese, pediu um encontro com o ex-ministro Joaquim Barbosa, do STF, mas a reunião não acontecerá, segundo informa o jornalista Lauro Jardim, do Globo. Barbosa, que conduziu os processos da Ação Penal 470, do chamado "mensalão", não quer se envolver com Moro e é possível até que apoie Lula em 2022.