domingo, 19 de dezembro de 2021

Lula é o franco favorito, mas receberá herança maldita se for eleito, diz Miriam Leitão

 Jornalista diz ser altamente improvável uma derrota do ex-presidente na disputa de 2022

(Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

247 – A jornalista Miriam Leitão prevê vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, mas diz que ele receberá uma herança maldita na economia. "O ex-presidente Lula encontrou o campo arado em 2003 e se beneficiou de um boom de commodities. Mas isso não tira dele os méritos de decisões acertadas na economia. Se ele voltar ao poder, a dúvida que se tem é como será sua condução da economia. Nesse aspecto, a possível dobradinha com o governador Geraldo Alckmin é uma espécie de 'carta aos brasileiros 2.0', ou seja, um aceno ao centro. Se naquela época era importante agradar ao mercado, agora o sinal é para o centro de uma forma geral", escreve a jornalista em sua coluna deste domingo, no Globo.

"No confortável favoritismo em que está, Lula não quer evidentemente falar de economia, esse pantanoso assunto. Mas terá que se preparar muito cuidadosamente neste campo e tomar as decisões com sabedoria. Se ele vencer, receberá, agora sim, uma herança maldita. O país estará em 2023 no décimo ano de déficit primário. O orçamento ficou ainda mais rígido. Será necessário um forte programa social para enfrentar os efeitos de duas recessões e uma longa estagnação em uma década de infortúnios econômicos. O Estado terá que fortalecer órgãos públicos que foram sucateados na demolição que tem sido o governo Bolsonaro. A austeridade não resolverá a crise, o gasto sem critério vai aprofundá-la. Não serão óbvias as escolhas de políticas fiscal e econômica", prossegue.

"Falta ainda muito tempo para as eleições, mas a única vez que Lula atingiu o patamar dos 40% e não venceu o pleito foi em 1994, porque o Plano Real alterou completamente o ambiente econômico, político e social do país. Dificilmente haverá algo tão transformador do cenário, portanto Lula continua sendo o grande favorito das eleições de 2022", finaliza.

Queiroga diz que vacinação em crianças será decidida em 5 de janeiro, após audiência pública

 “Só a autorização da Anvisa não é suficiente", disse o ministro da Saúde

Marcelo Queiroga (Foto: Reprodução)

Agência Brasil – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem (18) que a decisão do governo em vacinar crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência pública a ser realizada no dia anterior. Em conversa com jornalistas, Queiroga disse que a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não é decisão suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.

“[Só a autorização da Anvisa] não é suficiente. Porque, se você olhar todas as políticas públicas do Ministério da Saúde e verificar todas as autorizações que a Anvisa deu em relação a medicamentos, a dispositivos médicos, basta ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que está incorporado no SUS [Sistema Único de Saúde]. São avaliações distintas”, explicou o ministro.

Queiroga disse que aguarda parecer da Câmara Técnica Assessora de Imunizações (CTAI). O documento será levado na próxima semana para apreciação em uma consulta pública, um mecanismo de participação social não presencial, usado por entes públicos para subsidiar o processo de tomada de decisão.

"No dia 4 de janeiro, faremos uma audiência pública para discutir o que foi oferecido em consulta pública que, em adição ao posicionamento da CTAI, servirá de base para a decisão final do Ministério da Saúde”, acrescentou o ministro.

Nesta semana, a Anvisa já havia aprovado o uso da vacina da Pfizer em crianças na faixa de 5 a 11 anos. Segundo a agência, existem evidências científicas de que o imunizante, aplicado em duas doses nesse público, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo vírus.

Questionado pelos jornalistas por que a atuação da Anvisa já não resolveria a questão, Queiroga afirmou que a decisão não é da agência, e sim dele. “Eu sou a principal autoridade sanitária do Brasil e não abro mão de exercer as minhas prerrogativas. Porque elas decorrem da decisão do mandatário máximo da nação, que me incumbiu essa missão.”

Ele destacou o papel da CTAI, órgão criado em 1975, nesse processo. “A introdução desse produto dentro de uma política pública requer uma análise mais aprofundada. E, no caso de imunizantes, a análise técnica é feita com o apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunizações.”

O ministro também elogiou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, e disse que confiou a ela a palavra final sobre o assunto. “Essa decisão não será uma decisão direta do ministro. O ministro é o último elemento dessa cadeia decisória. A secretária Rosana vai emitir essa decisão e nós confiamos bastante nela.”

Moro nega que use tênis Zegna de R$ 7,5 mil

 Ex-juiz afirma que seu calçado é Adidas

(Foto: Reprodução)

247 – O ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pela suprema corte e apontado pelo Dieese como responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos no País, negou que use um tênis Ermenegildo Zegna de R$ 7,5 mil, conforme foi publicado por Joaquim de Carvalho no Brasil 247. Confira sua reação e a do comunicador Thiago dos Reis:

Torcedor do Athletico é demitido por jogar copo de cerveja em Hang, mas reafirma: “gente como você vou enfrentar todos os dias”

 "Hoje perdi meu emprego, estou sendo ameaçado, minha vida virou um inferno. Mas preciso dizer: sr. Hang, você é o que há de mais podre nesse país”, escreveu o torcedor demitido

Luciano Hang (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - Um torcedor do Athletico Paranaense, Eduardo Alves, foi demitido do escritório de advocacia em que trabalhava após ter sido apontado como responsável por atirar um copo de cerveja no bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan.O arremesso ocorreu na noite de quarta-feira (15), na Arena da Baixada, em Curitiba (PR), durante a final da Copa do Brasil, na qual o Atlético de Minas venceu a equipe do Paraná por 2 a 1 e se sagrou campeão.

Hang interagia com torcedores do Athletico nas arquibancadas quando foi alvo do copo de cerveja, segundo imagens que circulam nas redes sociais. O empresário usava uma camiseta do clube de Curitiba, que é patrocinado pela Havan.

Eduardo Alves Nas redes sociais, escreveu que "o arremesso do copo no qual havia cerveja não foi o ato mais condizente para a situação".

"Como sou uma pessoa com caráter e com boa educação, lamento e posso dizer que quase me arrependo pela deselegância de ter arremessado alguns poucos ml [mililitros] de cerveja no sr. Luciano Hang", escreveu o advogado.

 Em seguida, relatou ameaças, denunciou sua demissão, disse que sua vida "virou um inferno" e criticou Hang.

"Hoje perdi meu emprego, estou sendo ameaçado, minha vida virou um inferno. Mas preciso dizer: sr. Hang, você é o que há de mais podre nesse país, e gente como você eu vou enfrentar todos os dias da minha vida, até o fim", acrescentou.

Na sexta-feira (17), dois dias após a final, o escritório Araúz Advogados comunicou a demissão do funcionário, segundo a Folha de S.Paulo. Em nota, o escritório classificou o caso como "inaceitável". "O Araúz Advogados vem a público para reforçar que não tolera atos de violência contra qualquer indivíduo ou instituição", diz o texto.

COVID-19: Arapongas não registra casos e óbitos neste sábado

 Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou, neste sábado, (18/12), nenhum registro de novo caso, 01 registro de curado de COVID-19 e nenhum óbito registrado no município.

Neste momento, o município totaliza 23.503 casos, dos quais 575, infelizmente, vieram a óbito, 65 ainda estão com a doença e 22.863 já estão curados (97,3%). Ao todo, já foram realizados 86.105 testes.

Apucarana não registra nenhum novo caso de Covid-19 neste sábado

 



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) não registrou nenhum caso de Covid-19 neste sábado (18) em Apucarana. O município segue com 503 mortes provocadas pela doença e 18.712 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Segundo boletim da AMS, o município tem mais 32 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 64.962 pessoas, sendo 36.016 em testes rápidos, 25.309 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São dez pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, seis na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quatro em leitos de enfermaria.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Jantar do Prerrogativas com Lula e Alckmin arrecada mais de R$ 200 mil para campanha Tem Gente com Fome

 Entre os doadores estão o próprio Alckmin, Fernando Haddad e o banco BTG Pactual

(Foto: Reprodução)

247 - O grupo Prerrogativas arrecadou R$ 200 mil em doações com o jantar neste domingo (19) que deve reunir o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin. Os recursos serão doados para a campanha Tem Gente com Fome, encabeçada pela Coalizão Negra por Direitos, segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo

Entre os doadores estão o banco BTG Pactual, restaurantes e cartórios de registradores civis, protestadores de título e tabelião de notas. Também fizeram doações o ex-governador Alckmin, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), a deputada federal Margarete Coelho (PP-PI) e o vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

O professor e cofundador da Uneafro Brasil Douglas Belchior celebra o compromisso do grupo Prerrogativas e das pessoas que estarão no jantar de domingo. "A campanha Tem Gente com Fome é mais que uma arrecadação de dinheiro para enfrentar a fome, é uma iniciativa política preocupada com o futuro do Brasil", diz.

Soba mais sobre a campanha Tem Gente com Fome:


Haddad lidera pesquisa para governador de São Paulo no cenário sem Alckmin

 O Datafolha mostrou que o ex-prefeito de São Paulo tem 28% da preferência do eleitor, quando não é apresentado o nome do ex-governador, cotado para ser vice de Lula

Fernando Haddad (Foto: Leon Rodrigues/SECOM)

247 - Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (18) mostra que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) lidera com 28% de intenções de votos para o governo de São Paulo, no cenário sem o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), que é cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula. 

Segundo o Datafolha, sem Alckmin na disputa, Haddad aparece em primeiro, com 28% de intenções de voto. Márcio França (PSB)(PSB) aparece em segundo, com 19%; Guilherme Boulos (PSOL) vem em terceiro, com 11%;  Tarcísio de Freitas (sem partido) em quarto, com 7% e Rodrigo Garcia (PSDB) em quinto, com 6%. Em seguida aparecem Arthur do Val (Patriota), com 3%; Abraham Weintraub (sem partido) e Vinicius Poit (Novo), ambos com 1%. Brancos e nulos, 21% e indecisos, 4%.

No primeiro cenário traçado pelo instituto, Alckmin lidera com 28%, seguido por Haddad (19%) e França (13%). Boulos tem 10%. Depois vêm o ministro Tarcísio Freitas (sem partido, 5%), o deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei (Patriota, 2%), Vinícius Poit (Novo) e Abraham Weintraub (sem partido), ambos com 1%. Votos em branco e nulos somam 16%, e 4% não opinaram.

O instituto simulou ainda uma terceira hipótese, sem Alckmin e Haddad. Nessa situação, França tem 28% e Boulos, 18%. Depois vêm Tarcísio (9%), em empate técnico com Garcia (8%). Arthur do Val aparece com 4%, Weintraub fica com 2% e Poit, com 1%.

Segundo o Datafolha, foram ouvidos 2.034 eleitores, de segunda-feira (13) até quinta (16), em 70 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Por falta de provas, juíza extingue ação contra Lula e Dilma que questionava refinaria de Abreu e Lima

 A ação questionava a construção da Refinaria Abreu e Lima e pedia a paralisação da obra, devolução do investimento feito e indenização por danos morais coletivos

Dilma Rousseff e Lula (Foto: Cláudio Kbene)

Do Conjur Por entender não ter ficado provado que a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi ilegal ou lesou os cofres públicos, a 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro negou e extinguiu ação popular contra a União, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e os ex-presidentes da Petrobras Maria das Graças Silva Foster e José Sergio Gabrielli de Azevedo.

A ação questionava a construção da Refinaria Abreu e Lima e pedia a paralisação da obra, devolução do investimento feito e indenização por danos morais coletivos. 

A julgadora pontuou que, para caracterizar o dano moral coletivo, é necessário que a ofensa extrapole o âmbito individual e cause repercussão coletiva, mediante a repulsa geral da sociedade diante do ato antijurídico. No caso concreto, ela entendeu que não ficou demonstrado que a construção da Refinaria Abreu e Lima seja ilegal, imoral ou mesmo que tenha lesado os cofres públicos.

Sobre o pedido de paralisação da obra, a juíza lembrou que a ação foi ajuizada em 2013, e a refinaria passou a operar em 2014. Por isso, reconheceu a perda do objeto da ação.

“Eventual discussão acerca da excessividade dos gastos ou da ocorrência de corrupção na construção na refinaria fogem do escopo dessa demanda, especialmente tendo em vista que nestes autos não foi produzida nenhuma prova nesse sentido, bem como que essa questão está sendo devidamente apurada na seara criminal e também sob a luz da lei de improbidade administrativa”, apontou a juíza na decisão que declarou extinta a ação.

O ex-presidente Lula foi representado no caso pelo escritório Teixeira Zanin Martins Advogados.

 Leia na íntegra a decisão:


Bolsonaro dorme em horário de expediente no Planalto

 Jair Bolsonaro passa as noites em claro ao celular nas redes sociais e cochila no Palácio do Planalto

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Jair Bolsonaro, que costuma dedicar seu tempo a motociatas e outros eventos sem qualquer relação com o desenvolvimento do país, agora começou a dormir em horário de experiente no Palácio do Planalto. 

A informação foi revelada pela coluna Radar, da Veja. "Viciado em redes sociais, Jair Bolsonaro passa as noites em claro ao celular no Palácio da Alvorada. Aí, durante o expediente, compensa as horas não dormidas com uma soneca pós-almoço num quarto improvisado no gabinete do Planalto. Trabalhar que é bom", escreve o jrnalista Robson Bonin. 

Bolsonaristas querem prender diretores da Anvisa e ameaçam usar armas contra vacinação em crianças

 Movimento liderado por ex-promotor bolsonarista cria teoria conspiratória dizendo que a Anvisa quer "envenenar" crianças e prega golpe antivacina

Profissional de saúde aplica vacina contra Covid-19 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Revista Fórum - Grupos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começaram a se mobilizar para pedir a prisão dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Bolsonaro tentou intimidar a agência durante a live, mas recebeu uma resposta dura da Anvisa. na última quinta-feira (16).

“Pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo”, disse o presidente na quinta-feira.

Essa tentativa de intimidação foi rechaçada pela Anvisa, mas provocou alarde entre apoiadores do presidente. Movimento chamado “Ações Libertadora”, comandado pelo promotor de justiça aposentado Wilson Koressawa, lançou um documento que serviria de base para pedir o afastamento e a prisão de quatro diretores da agência.

Continue lendo na Fórum.

Justiça afasta presidente do Iphan após Bolsonaro revelar interferência para ajudar Luciano Hang

 Juíza acatou argumento do Ministério Público Federal de que Larissa Rodrigues Peixoto Dutra não tem formação adequada para cuidar do patrimônio histórico brasileiro

Larissa Rodrigues Peixoto Dutra (Foto: Agência Câmara)

247 - A Justiça Federal do Rio de Janeiro atendeu ao Ministério Público Federal  (MPF) e do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que é deputado federal e afastou a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra. A informação foi publicada pela CNN.

O pedido do MPF foi feito após a fala de Jair Bolsonaro  em um evento, na quarta-feira (15). Ele afirmou que demitiu profissionais do Iphan para “não dar dor de cabeça”, após uma paralisação em obras de lojas comerciais do empresário Luciano Hang, quando se achou um artefato arqueológico nas escavações.

“Ante o exposto, diante do fato novo apresentado pelo MPF, DEFIRO O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA para determinar a suspensão do Ato de Nomeação de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra e o afastamento de suas funções, até final julgamento de mérito da presente ação”, escreveu a juíza substituta Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Segundo o pedido de Marcelo Calero, a fala do presidente demonstrou interferência no órgão.

Em junho do ano passado, ele já havia pedido, em ação popular, a suspensão da nomeação da presidente. Alegou que Larissa Dutra preenche os requisitos técnicos, exigidos nos decretos federais 9.238/2017 e 9.727/2019, para o exercício da função.

Estes decretos definem “perfil profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo”, e também experiência profissional mínima de cinco anos em atividades correlatas e título de mestre ou doutor na área de atuação.

A decisão de afastar Larissa foi tomada pela juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28a. Vara Federal do Rio de Janeiro. .

A presidente agora afastada é graduada em Turismo e Hotelaria pelo Centro Universitário do Triângulo (Unitri), e cursa atualmente pós-graduação lato sensu em MBA executivo em gestão estratégica de marketing, planejamento e inteligência competitiva, na Faculdade Unileya.

Para o MPF, “ela não possui formação acadêmica compatível com o exercício da função, uma vez que não obteve graduação em história, arqueologia, museologia, antropologia, artes ou outra área relacionada ao tombamento, conservação, enriquecimento e conhecimento do patrimônio histórico e artístico nacional.”

Ronaldo Fenômeno compra o time do Cruzeiro e anuncia investimento de R$ 400 mi

 Aquisição , intermediada pela XP, foi comemorada com champagne e é vista como tentativa de tirar um dos maiores clubes brasileiros de futebol da segunda divisão

Ronaldo com a camisa do Cruzeiro após acordo (Foto: Divulgação)

247 - O Cruzeiro terá investimento realizado pelo ex-atacante Ronaldo Nazário na casa dos R$ 400 milhões. Ele comprará 90% das ações da SAF. 

Em anúncio, neste sábado, o ex-jogador Ronaldo Nazário, que foi conhecido como Fenômeno, confirmou a compra do Cruzeiro, time que tem uma das maiores torcidas do Brasil e disputa hoje a segunda divisão do futebol brasileiro.

Pelo acerto, o Cruzeiro receberá investimento na casa dos R$ 400 milhões por parte de Ronaldo.

O fechamento do acordo foi realizado em São Paulo e comemorado pelo agora "dono" do clube mineiro, com champanhe.

"Feliz demais de ter concluído essa operação. Dizer que tenho muito a retribuir ao Cruzeiro, levar o Cruzeiro aonde ele merece estar. Temos muito trabalho pela frente. Peço ao torcedor que se conecte outra vez ao clube, ir ao estádio, porque vamos precisar de muita força e união. Temos muito trabalho e ambição para fazer o Cruzeiro novamente. Não temos nada que comemorar ainda, mas temos muita ambição" afirmou Ronaldo, que já é dono de um clube da segunda divisão da Espanha, o Valladolid.

O negócio no Brasil foi intermediado pela XP Investimento e a expectativa é que haja intercâmbio entre o time europeu e o clube brasileiro.

 

Articulação Lula-Alckmin mira vitória no primeiro turno e diálogos ampliados

 Vitória no primeiro turno e diálogo com segmentos hoje hostis ao PT são os dois focos das conversas entre lulistas e alckmistas

Lula e Alckmin (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 -  Articuladores da aliança entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin estão convencidos de que o ex-presidente chegará ao segundo turno com ampla margem de votos. Mas o ex-governador paulista pode ajudar a liquidar a fatura no primeiro turno, informa Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

 A margem de Lula é tão grande que bastaria a Alckmin transferir o apoio de uma pequena parte de seus eleitores em São Paulo. Outra contribuição crucial que Alckmin pode aportar é estabelecer pontes com setores hostis ao PT e que aderiram ao bolsonarismo. Entre os principais deles estão algumas igrejas evangélicas, polícias e representantes do agronegócio.

Congresso aprova pedido de Guedes e Braga Netto e tira verba de seguro-desemprego para compra de helicópteros militares

 Para garantir a gastança militar, R$ 228 milhões sairão do FAT (seguro-desemprego) e mais R$ 60 milhões do Fundo Nacional de Assistência Social

(Foto: Abr)

247 -  Em uma votação relâmpago na noite desta sexta-feira (17) a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram uma série de projetos que liberam recursos adicionais para o governo de Jair Bolsonaro ainda em 2021. Um deles garante ao Exército e Aeronáutica a compra de helicópteros. O dinheiro foi tirado do seguro-desemprego e da assistência social.

A realocação dos recursos foi solicitada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teve aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi viabilizada pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)

O projeto aprovado prevê recursos para aquisição de helicópteros,  aumenta as verbas do Ministério da Defesa para projetos na região Norte e outros gastos das Forças Armadas.  A verba extra para os militares é de R$ 342,9.

Quem perdeu foram os desempregados e os mais pobres, que irão bancar boa parte da gastança das Forças Armadas: R$ 228 milhões sairão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que banca o pagamento de seguro-desemprego e mais R$ 60 milhões do Fundo Nacional de Assistência Social.

Leia mais em O Estado de S.Paulo

Congresso derruba veto e Fundo Eleitoral será de R$ 5,7 bilhões

 Quantia bate recorde e será usada para financiar campanhas em 2022

Plenário, Sessão Deliberativa Extraordinária (Foto: Antônio Augusto/Câmara dos Deputados)

Agência Brasil – O Congresso Nacional derrubou ontem (17) um veto presidencial e, com isso, ampliou o valor do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões. Em agosto, o presidente da República havia vetado essa ampliação quando sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O trecho, antes vetado e agora derrubado, agora segue para promulgação.

O veto foi primeiro analisado na Câmara e os deputados o derrubaram por um placar de 317 votos a 143. No Senado, foram 53 votos pela derrubada do veto e 21 por sua manutenção. No Senado, assim como na Câmara, o assunto foi alvo de debates.

Para o senador Telmário Mota (Pros-RR), ser a favor do veto, e contra os R$ 5,7 bilhões para as campanhas, é adotar um “discurso fácil e demagógico”. Ele defendeu a derrubada do veto para, segundo ele, trazer igualdade de condições aos candidatos e fortalecer a democracia.

“Como um líder comunitário vai conseguir disputar uma eleição com um grande empresário ou um descendente de uma oligarquia? O sistema de financiamento privado [de campanha] quase comprometeu a democracia brasileira. Escolheu-se o financiamento público. É preciso o financiamento ser igualitário para todos”, afirmou.

Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se disse “indignado” com tal quantia para o Fundo Eleitoral. Para ele, não é momento do país reverter tal quantia para campanhas políticas. “A manutenção do veto é o mínimo de respeito com um país machucado pela pandemia, com mais de 20 milhões de pessoas passando fome e que agora, no apagar das luzes, se vê no direito de premiar presidentes de partidos e candidatos nas próximas eleições com montanhas de dinheiro público.”

Fundo Eleitoral

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em 2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanhas. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob alegações de haver desequilíbrio na disputa política e exercício abusivo do poder econômico.

Sem a verba privada para custear campanhas eleitorais, foi criado o Fundo Eleitoral. Ele é composto de dotações orçamentárias da União, repassadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em até o início do mês de junho, apenas em anos eleitorais. Em 2018, por exemplo, foi repassado aos partidos pouco mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiamento de campanhas.

Datafolha mostra que Lula recuperou eleitorado mais pobre: intenção de voto supera até 2006

 Lula tem 56% de intenção de voto entre as pessoas com renda até dois salários mínimos

Lula e Gleisi em encontro da Juventude do PT repetem famosa foto da sarrada (Foto: Reprodução)

247 - A pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (18) mostra que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou todo eleitorado mais pobre que historicamente sempre esteve com ele e até o ampliou.

Lula tem 56% das intenções de voto entre os eleitores mais pobres - com até dois salários mínimos. O número é um ponto superior a 2006, quando alcançou, na véspera do primeiro turno, 55% de apoio na faixa de menor renda.

No mesmo segmento, Jair Bolsonaro (PL) amarga apenas 16% das intenções de voto. 

Essa fatia da população, que concentra metade dos eleitores brasileiros, rejeita o atual presidente por atribuir a ele a maior parcela de culpa pela crise econômica brasileira, interpreta o jornalista Getulio Xavier.

O salto em relação a 2018 é impressionante: Fernando Haddad tinha apenas 29% do eleitorado mais pobre a seu favor nas pesquisas às vésperas do pleito, com pequena vantagem sobre Bolsonaro, que tinha 25% das intenções de voto no grupo.

Ainda segundo o Datafolha, Lula também recuperou o terreno perdido entre o eleitorado de classe média: 42% daqueles que recebem entre 2 e 5 salários mínimos dizem que irão votar no ex-presidente em 2022. Bolsonaro tem apenas 28% nesta parcela que lhe rendeu ampla vantagem contra Haddad em 2018.

Retrato do Brasil de Bolsonaro: enquanto 20 milhões passam fome, milionários “sofrem” com falta de jatinhos

 Empresas de aluguel de jatinhos recusam pedidos feitos pelos milionários para viagens no fim deste ano

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - Três das maiores empresas de aluguel de jatinhos do Brasil, Flapper, Líder e TAM Aviação Executiva, estão começando a negar pedidos feitos por milionários para viagens até o fim de 2021. Enquanto isso, quase 20 milhões de brasileiros passam 24 horas ou mais sem comida em alguns dias e 24,5 milhões não têm certeza de como se alimentarão no dia a dia, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). É o retrato do Brasil do governo Jair Bolsonaro. Milionários nervosos pressionam funcionários de empresas de aviação executiva em busca de jatinho no fim do ano, informa a Folha de S.Paulo; no Natal e Réveillon, mais da metade (55%) dos brasileiros apertam as mãos em aflição porque sofrem algum tipo de insegurança alimentar (grave, moderada ou leve).

"Somos uma empresa de táxi aéreo e, em geral, conseguimos organizar um voo em 40 minutos", diz Junia Hermont, principal executiva de operações da Líder Táxi Aéreo, empresa fundada em 1958. "Mas, desde o mês passado, estamos tendo que negar pedidos de viagens feitos sem antecedência", diz ela, que viu a demanda crescer 15% este ano.

O valor para os milionários muda de acordo com o modelo da aeronave. Um voo ida e volta de Belo Horizonte para São Paulo, por exemplo, em um King Air C90GT, custa cerca de R$ 24 mil. O mesmo trajeto em um HondaJet sai por R$ 30 mil e, em um Hawker 800XP, ultrapassa os R$ 38 mil. Uma refeição pode ser feita por até menos de R$ 5.

Leonardo Sakamoto: Pobre pode agradecer R$ 400 de Bolsonaro, mas votar pela lembrança de Lula

 

Para maioria dos brasileiros, omissão do governo em garantir direitos sociais, econômicos e ambientais é desesperadora

O ex-presidente Lula, que terminou o seu segundo mandato com 83% de aprovação e 4% de reprovação, de acordo com pesquisa Datafolha de dezembro de 2010 - Rovena Rosa/Agência Brasil

Jair Bolsonaro (60% de rejeição, 22% de intenção de voto, segundo Datafolha) aposta no pagamento dos R$ 400 do Auxílio Brasil para retirar votos dos mais pobres de Lula (34% de rejeição, 48% de voto) e levar a disputa ao segundo turno. Contudo, pobreza não é apenas questão de renda, e o pagamento pode não ser o bastante para fazer esquecer a vida sob os anos Lula.

Há um pacote de condições mínimas, impossíveis de serem adquiridas pelos mais pobres, que precisa ser garantido pelo Estado, conforme o artigo 3º da Constituição - que elenca a promoção do bem-estar de todos como objetivo da República. A negação desse pacote coloca dezenas de milhões de brasileiros abaixo da linha de dignidade.

A questão é que o governo Bolsonaro vem sendo um desastre para efetivar os direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição.

Educação? Transformou estudantes e professores em inimigos, tirou recursos de pesquisa, promoveu o caos no Enem, bombardeou universidades. Saúde? Aliou-se ao coronavírus, sabotando sistematicamente os esforços para o combate à pandemia, o que resultou em quase 620 mil mortos.

Trabalho? Diante de recordes de desemprego, apresentou medidas que retiravam ainda mais proteções dos trabalhadores e assistiu passivo à renda média cair 11% no último ano. Moradia? Desestruturou o Minha Casa, Minha Vida, cortando subsídios para as famílias de baixa renda, exatamente quem mais precisa de ajuda. Alimentação? Suspendeu o auxílio emergencial no momento em que a pandemia chegava a seu auge, levando mais de 19 milhões de brasileiros a passarem fome.

Some-se a isso uma inflação de dois dígitos especialmente violenta com quem ganha menos, devorando suas parcas remunerações e os benefícios sociais. Comida, gasolina, gás de cozinha, luz, tudo está mais caro e menos acessível.

Já seria difícil conviver com um cenário de alta do petróleo no mercado internacional, mas o presidente fez o desfavor de bombar o preço do dólar com a insegurança trazida por suas micaretas golpistas e a incerteza da falta de rumo na economia. Além disso, o preço da energia elétrica foi às alturas porque o governo ignorou os alertas das mudanças climáticas e deixou os reservatórios esvaziarem.

De acordo com o Datafolha, divulgado nesta sexta (17), Bolsonaro segue com 53% de rejeição, o que pode melhorar com o pagamento do Auxílio Brasil, a retomada da economia e, com isso, de empregos, e a volta a uma vida (quase) normal com a vacinação - não graças a ele, claro, que ainda hoje ataca imunizantes. Mas uma coisa é uma melhora, a outra é competir com a memória de uma época em que a vida era melhor.

Essa comparação vem sendo sistematicamente explorada pelo ex-presidente Lula, que terminou o seu segundo mandato com 83% de aprovação e 4% de reprovação, de acordo com pesquisa Datafolha de dezembro de 2010. Em outras palavras, pagar um auxílio maior que o Bolsa Família pode ajudar Bolsonaro. Mas sem um Estado que garanta um mínimo de bem-estar social, o povo pode ser grato pelos R$ 400 e ainda assim preferir o ex.

Isso é de difícil compreensão para um governo que prefere entregar vouchers para família pobres pagarem creches particulares, muitas vezes instituições caça-níqueis, do que garantir equipamentos públicos de qualidade.

Bolsonaro vem cumprindo a promessa de reduzir a "interferência" do governo federal na vida das pessoas. Para alguns grupos, como grileiros de terra, o naco anacrônico do agronegócio, garimpeiros ilegais, milicianos, religiosos ultraconservadores, defensores do armamento da população e o pessoal da extrema direita, isso soa como música.

Mas para a maioria dos brasileiros, a omissão do governo em garantir direitos sociais, econômicos, ambientais e culturais é desesperadora. E esse desespero deve ser refletir nas urnas no ano que vem, mesmo com os R$ 400 em conta. E isso se o povão compreender que o Auxílio Brasil veio substituir o Bolsa ou é apenas mais uma etapa temporária do auxílio emergencial.

Conforme alertaram Mauro Paulino e Alessandro Janoni, do Datafolha, "no levantamento atual, percebe-se que a popularidade de Bolsonaro entre os que recebiam o Bolsa Família é seis pontos inferior à observada entre os que não tinham o benefício, contraste que não se verifica em relação aos que já acessaram recursos do Auxílio Brasil". Irônico que um governo acostumado à desinformação esteja com problemas de comunicação.

Fonte: Brasil de Fato