(Foto: Franklin de Freitas)
O Athletico Paranaense lotou a arena da Baixada, viu a torcida fazer festa, mas no fim das contas não conseguiu a “missão impossível” de conquistar a Copa do Brasil diante do Atlético-MG. Na noite desta quarta-feira (15), o Furacão perdeu por 2 a 1 viu o time mineiro sagrar-se campeão da competição.
O jogo de ida, em Belo Horizonte, terminou 4 a 0 a favor do Atlético-MG. Para ser campeão, o Furacão precisava vencer por cinco ou mais gols de diferença. Se vencesse por quatro gols de vantagem, o título seria decidido nos pênaltis.
TÍTULOS
Com o resultado, o Atlético-MG conseguiu seu segundo título na competição. O primeiro foi em 2014, quando derrotou o Cruzeiro na decisão (2 a 0 e 1 a 0). O Athletico-PR, por sua vez, soma seu segundo vice-campeonato da Copa do Brasil. Em 2013, perdeu a final para o Flamengo (1 a 1 em Curitiba e 0 a 2 no Rio de Janeiro). O time paranaense foi campeão em 2019, ao bater o Internacional duas vezes (1 a 0 e 2 a 1) nas finais.
A partida fecha a temporada para as duas equipes, que têm títulos a comemorar independente da Copa do Brasil. O Athletico conquistou a Copa sul-Americana. E o Atlético-MG sagrou-se campeão brasileiro – além de ter faturado também o Campeonato Mineiro. Com mais o título da Copa do Brasil, faturou a tríplice coroa neste ano.
RECORDES
A diferença de 5 gols na soma dos placares foi a maior já registrada em finais da Copa do Brasil. Até então, a maior vantagem era de 3 gols e ocorreu em 2014, com o próprio Atlético-MG, e em 2020, quando o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0 em Porto Alegre e 2 a 0 em São Paulo.
O Atlético-MG somou 52 vitórias em 74 jogos neste ano, segundo o jornalista Rodolfo Rodrigues, especialista em números de futebol. A cota inclui Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Estadual. O time igualou o recorde anterior, do Grêmio de 1979 (51 vitórias em 68 partidas na temporada).
ESCALAÇÕES
Como não tinha o zagueiro Thiago Heleno (suspenso) e o meia-atacante Nikão (que lesionou no tornozelo no primeiro jogo), o técnico Alberto Valentim mudou a tática da equipe. Em vez do esquema 3-4-3, que vinha sendo usado na segunda metade da temporada, ele colocou o time no 4-2-3-1, que é de agrado dele, mas não tinha sido usado nos últimos meses. A zaga tinha apenas Pedro Henrique e Zé Ivaldo, que entrou no lugar de Nico Hernandez. Christian entrou no meio-de-campo e Pedro Rocha, no ataque, em vez de Nikão
No Atlético-MG, o zagueiro Nathan Silva não pode jogar, já que defendeu outra equipe nesta edição da Copa do Brasil. Igor Rabello ganhou a vaga. O atacante Diego Costa, que se machucou no primeiro jogo das finais, foi substituto pelo chileno Eduardo Vargas, autor de dois gols na goleada de 4 a 0.
PRIMEIRO TEMPO
Na linha de 3 no esquema 4-2-3-1 do Athletico, Pedro Rocha ficou no lado esquerdo, Terans apareceu como meia centralizado e Leo Cittadini ficou pelo lado direto. O time paranaense entrou com a ideia de pressionar desde o começo, mas o Atlético-MG conseguiu esfriar o time paranaense. O Furacão não conseguia sair com velocidade diante da marcação adversária. Para piorar, o time fez algumas disputas de bola mais ríspidas com os mineiros. Até os 15 minutos, a partida já tinha sido parada três vezes para atendimentos médicos. A primeira finalização só saiu aos 18 minutos, com Terans, para defesa de Everson.
Aos 20 minutos, Pedro Rocha chegou a marcar um gol, mas o árbitro Anderson Daronco anulou, depois que o VAR alertou que a bola havia tocado na mão do atacante. Um torcedor revoltado chegou a atirar um tênis no gramado depois do gol anulado. Aos 25 minutos, o time paranaense tinha um escanteio a favor, mas perdeu a bola, permitiu o contra-ataque e Keno fez 1 a 0 para o Atlético-MG. Aos 30, Hulk quase marcou o 2º, após outro contragolpe. O Athletico tinha dificuldades e não conseguia encaixar nenhuma jogada ofensiva. E Kayzer ainda saiu de campo com o tornozelo machucado, aos 40 minutos. Vinicius Mingotti entrou.
SEGUNDO TEMPO
Para a etapa final, o técnico Alberto Valentim pediu mais tranquilidade à equipe, que voltou a campo com o meia Fernando Canesin e o meia-atacante Jader nos lugares de Christian e Leo Cittadini. O time passou a apostar em jogadas aéreas, mas não acertou nenhuma. E ainda teve um gol anulado aos 11 minutos, de Mingotti, por impedimento. Em seguida, um torcedor jogou um copo de cerveja no campo.
Aos 20 minutos, Alberto Valentim colocou o lateral Khellven em vez de Marcinho. Aos 26, Jaderson entrou no lugar de Pedro Rocha no ataque. O Furacão fez um último esforço para tentar ao menos não ser derrotado em casa. Já o time mineiro tentou controlar a bola e deixar o tempo passar. E ainda conseguiu marcar 2 a 0, com Hulk tocando por cobertura na saída do goleiro Santos. Aos 42, Jaderson descontou, de cabeça. Um minuto depois, Savarino chegou a fazer o 3º, mas o gol foi anulado por impedimento. Mesmo com a derrota e a perda do título, a torcida aplaudiu o time paranaense na Arena.
ESTATÍSTICAS
Ao fim do jogo, o Athletico somou 20 finalizações (11 certas), 49% de posse de bola, 83% de passes certos e 10 escanteios. O Atlético-MG obteve 10 finalizações (5 certas), 51% de posse de bola, 83% de passes certos e 2 escanteios. Os números são do site Sofascore.
ATHLETICO 1 x 2 ATLÉTICO-MG
Athletico: Santos; Marcinho (Khellven), Pedro Henrique, Zé Ivaldo e Abner; Erick e Christian (Fernando Canesin); Leo Cittadini (Jader), Terans e Pedro Rocha (Jaderson); Renato Kayzer (Mingotti). Técnico: Alberto Valentim
Atlético-MG: Everson; Mariano, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair (Tche Tche) e Zaracho (Savarino); Vargas (Nacho Fernandez), Hulk (Eduardo Sasha) e Keno (Savarino). Técnico: Cuca
Gols: Keno (25-1º), Hulk (31-2º), Jaderson (42-2º)
Cartões amarelos: Renato Kayzer, Abner, Leo Cittadini, Vargas, Jair
Árbitro: Anderson Daronco
Público: 34.04050 (total)
Local: Arena da Baixada, em Curitiba, quarta-feira
Fonte: Bem Paraná