sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Tacla Durán diz a Moro e Dallagnol em tom ameaçador: "Vocês prenderam candidatos em campanha eleitoral"

 O advogado que hoje mora da Espanha foi o primeiro a enfrentar a Lava Jato e denunciou trama que pode ser interetada como extorsão, escreve Joaquim de Carvalho

(Foto: ABr | Reprodução)

247, por Joaquim de Carvalho - O advogado Rodrigo Tacla Durán, o primeiro brasileiro a enfrentar a Lava Jato, postou nas redes sociais mensagens que deveriam deixar Sergio Moro e Deltan Dallagnol preocupados. Tacla Durán foi quem denunciou trama envolvendo a Lava Jato que pode ser interpretada como extorsão.

No capítulo de um livro que começou a escrever e que foi vazado na internet, em 2017, auge da Lava Jato, ele transcreveu diálogos travados com o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo e compadre de Sergio Moro. Na conversa, Zucolotto cobra 5 milhões de dólares para conseguir facilidades em acordo de delação premiada.

Para selar o negócio, ele disse que conversaria com DD (iniciais de Deltan Dallagnol). No dia seguinte, o advogado de Tacla Durán recebeu a minuta do acordo, em papel timbrado do MPF, com os termos acertados na conversa com Zucolotto Júnior.

Um mês depois, Tacla Durán transferiu para a conta do escritório do advogado Marlus Arns, ligado a Rosângela Moro, 612 mil dólares. Era, segundo Tacla Durán declarou em entrevista a Jamil Chade,  pagamento para não ser preso.

A trasnferência seria também parte do acerto com Zucolotto. Como Tacha Durán não tinha dado resposta definitiva sobre a minuta do acordo, ele foi ameaçado de cadeia. 

A prisão seria decretada alguns meses depois, quando Tacla Durán já não estava mais no Brasil e já não tinha feito mais nenhuma transferência a Marlus Arns. 

Tacla Durán estava nos EUA e foi para a Espanha, sem ser preso. Quando estava em Madri, Moro emitiu um novo decreto de prisão e ele acabou sendo levado para o presídio Soto del Real.

Alguns meses depois, saiu e obteve duas vitórias que escancararam a violência jurídica que estava sendo praticada no Brasil. 

A Justiça da Espanha negou pedido de extradição formulado pelo Brasil, e mais tarde a Interpol cancelou o alerta vermelha sobre Tacla Durán, ao acatar o argumento de que Moro havia violado a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao não assegurar processo justo.

Depondo na CPI da JBS, por videoconferência, Tacla Durán apresentou em novembro de 2017 perícia feita no seu celular, que atestavam a integridade dos prints das conversas com Zucolotto.

A defesa de Lula e a de outros réus pediram a Sergio Moro o depoimento de Tacla Durán como testemunha -- ele havia apontado fraude nos sistemas de contabilidade e comunicação da Odebrecht apresentados pela Lava Jato como provas de crime.

Moro indeferiu todos os pedidos de depoimento de Tacla Durán.

Nas postagens de hoje, depois de um período de pouca presença nas redes sociais, Tacla Durán escreveu:

"Deltan Dallagnol e Sergio Moro entrarem na política é a prova cabal de que usurparam da função pública para se promoverem politicamente".

Em seguida, o tom ameaçador:

"Só não se esqueçam de que vocês prenderam candidatos, durante o período de campanha eleitoral..."

Tacla Durán ainda escreveu:

"Vocês são dois politicos muito cara de pau".

Ele ainda perguntou a Deltan Dallagnol:

"Quem é o tesoureiro de sua campanha?"

Tacla Durán conhece os bastidores da Odebrecht como poucos e também  os meandros da sociedade de Curitiba. A família Tacla é uma das tradicionais na cidade e seu nome está marcadp em construções importantes.

Carlos Zucolotto Júnior, a propósito, foi advogado dele antes do início da Lava Jato, e atuou como correspondente  de seu escritório. Como diz o apresentador Ratinho, pai do atual governador do Paraná, Tacla Durán tem café no bule.

Com vacinação em queda histórica, programa está sem comando há 4 meses

 Criado há quase meio século para expandir o acesso à vacinação no Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde, está há praticamente quatro meses sem chefia

(Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

247 - Criado há quase meio século para expandir o acesso à vacinação no Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde, está há praticamente quatro meses sem chefia. O vácuo de comando no órgão, que não tem um titular desde o dia 7 de julho, ocorre não apenas durante a pandemia de covid-19, mas em um momento de queda das coberturas vacinais no país ao nível da década de 1980. A reportagem é de Rafael Neves, no portal UOL. 

Especialistas ouvidos consideram que a demora em nomear um novo coordenador mostra falta de preocupação do governo e que é urgente resolver o problema.

As taxas de vacinação de doenças como meningite, hepatite B e paralisia infantil, que estavam próximas de 100% até 2015, caíram para menos de 80% no ano passado. Para os infectologistas, o risco de ressurgimento de doenças é real.

Palácio do Planalto impõe sigilo de 100 anos a exames de anticorpos de Bolsonaro

 Para a Presidência da República, a disseminação desses dados violaria "intimidade" de Jair Bolsonaro

(Foto: Agência Brasil)

247 - O Palácio do Planalto impôs sigilo de até 100 anos aos exames de anticorpos de Covid-19 feitos por Jair Bolsonaro. De acordo com a coluna de Guilherme Amado, no site Metrópoles, a Presidência afirmou que a disseminação desses dados violaria "intimidade, vida privada, honra e imagem" de Bolsonaro. 

Sem evidência científica, ele afirma que não se vacinará porque os resultados dos testes apontam uma taxa de imunoglobulina suficiente para protegê-lo contra o coronavírus.

A Lei de Acesso à Informação (LAI) proíbe que essas restrições sejam feitas com o objetivo de prejudicar uma apuração de irregularidades. 

Ex-vereador de Araucária é condenado a 28 anos e 8 meses de reclusão e pagamento de multa por prática de “rachadinha”

 

Um ex-vereador de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, foi condenado a 28 anos, 8 meses e um dia de reclusão e ao pagamento de 340 dias-multa pelos crimes de organização criminosa e concussão. O ex-parlamentar, da legislatura 2013-2016, que exercia seu terceiro mandato, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) pela prática de “rachadinha”.

Além do ex-vereador, também foram condenados sua esposa (com pena de 8 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão e 160 dias-multa) e dois ex-assessores (um deles com a mesma pena da mulher e o outro a 20 anos, 2 meses e um dia de reclusão e 240 dias-multa).  Os réus, cujos nomes não foram divulgados, foram condenados ainda, solidariamente, ao pagamento de indenização mínima no valor de R$ 331.022,23, acrescido de juros e correção monetária, em favor da Prefeitura de Araucária.

Operação Sinecuras – Entre o final de 2018 e o início de 2019, as Promotorias de Justiça de Araucária apresentaram dez denúncias contra vereadores e assessores parlamentares da legislatura de 2013-2016, como resultado das investigações da primeira fase da Operação Sinecuras (batizada de “Mensalinho”). Os réus foram denunciados pelos crimes de organização/associação criminosa, concussão e lavagem de dinheiro. Essa foi a segunda sentença proferida para um caso de “rachadinha” a partir das denúncias oferecidas pelo MPPR no âmbito da operação.

Conforme apurado pelo Ministério Público, o “mensalinho” consistia em um acordo feito pelo alto escalão do Executivo com membros do Legislativo Municipal para estabelecer um esquema de corrupção institucionalizada na administração pública de Araucária naquele período. Para assegurar a aprovação de projetos de lei de seu interesse, bem como evitar eventual instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o então prefeito pagava mensalmente R$ 10 mil a cada vereador, além de conceder cargos em comissão no Executivo para pessoas indicadas por eles.

Testemunhos – Com a deflagração da operação, em abril de 2018, foram ouvidas dezenas de pessoas indicadas a ocuparem cargos comissionados no Executivo, sendo que 22 delas confirmaram que, além de serem indicadas pelos vereadores, eram obrigadas a repassar uma porcentagem mensal de seus ganhos, bem como demais benefícios (férias, rescisão, auxílio-alimentação e restituição do Imposto de Renda), chegando algumas delas a entregar mais de 70% do salário, sob pena de demissão caso não o fizessem. (Do MPPR).

Fonte: Contraponto

 

Procon Arapongas realiza fiscalização em 26 postos de combustíveis

 

Fiscalização é feita devido o novo aumento nos preços dos combustíveis


Com o novo reajuste nos preços da gasolina e diesel, que entrou em vigor no último dia 26, equipes do Procon de Arapongas realizaram na tarde desta quinta-feira, 04, um serviço de fiscalização e também a entrega de autos de infração em 26 postos de combustíveis. Com isso, os estabelecimentos têm o prazo de 10 dias para apresentação de justificativa no aumento dos preços. “Temos trabalhado para angariar documentos pendentes, além de averiguarmos a precificação dos combustíveis em razão dos sucessivos aumentos nos preços”, salienta o coordenador do Procon Arapongas, Gabriel Esper. 

Conforme anunciado pela Petrobrás no último dia 25 de outubro, o litro da gasolina vendido às distribuidoras passou de R$ 2,98 para R$ 3,19 - aumento de cerca de 7%. Já o litro do diesel, que antes era vendido por R$ 3,06, passou a ser comercializado por R$ 3,34 – aumento de cerca de 9%. 

O Procon de Arapongas reitera que está à disposição da população para o esclarecimento de dúvidas. Informações, esclarecimentos ou irregularidades, o consumidor pode entrar em contato com o Procon Arapongas pelo telefone 3902-1173.

Fonte: Portal de Notícias da Prefeitura de Arapongas

Arapongas registra 10 novos casos e nenhum óbito por covid-19 nesta quinta-feira

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou, nesta quinta, (04/11), o registro de 10 novos casos, 14 curados de COVID-19, e nenhum óbito registrado no município.

Neste momento, o município totaliza 23.357 casos, dos quais 572, infelizmente, vieram a óbito, 168 ainda estão com a doença e 22.617 já estão curados (96,8%). Ao todo, já foram realizados 83.570 testes.

Apucarana confirma mais 13 casos de Covid-19 nesta quinta-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta quinta-feira (4) mais 13 casos de Covid-19 em Apucarana. O município segue com 496 mortes provocadas pela doença e agora soma 18.488 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen).  São três homens (25, 34 e 38 anos) e dez mulheres (entre 13 e 72 anos).

Apucarana tem mais 55 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 18.452.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 48.547 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 170.

Já foram testadas 63.216 pessoas, sendo 35.037 em testes rápidos, 24.542 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 12 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e nove em leitos de enfermaria. O município tem 36 casos ativos da doença.

 


Super Sexta Rosa chama atenção para cuidados com a saúde da mulher

 Ações de cidadania e serviços públicos das secretarias municipais e parceiros estarão reunidos a partir das 13h em encontro no Espaço das Feiras


Nesta sexta (5), o Espaço das Feiras será palco da Super Sexta Rosa a partir das 13h. As atividades objetivam chamar a atenção das mulheres para os cuidados que devem ter com sua saúde física e mental. Para isso, as secretarias da Mulher e Assuntos da Família, da Assistência Social, da Saúde e da Cultura estão reunidas, oferecendo informações, defesa dos direitos e diversão.

Edital de licitação do colégio estadual de Vila Reis deve ser lançado no início de 2022

 Informação foi confirmada pelo prefeito Junior da Femac, que esteve reunido em Curitiba com presidente da Fundepar, visando agilizar o projeto de construção da sede própria da unidade escolar

                                                                                                                                          (Foto: Divulgação)

Nesta quinta feira (04/11), o prefeito Junior da Femac, ao lado de seu vice Paulo Vital, se reuniu em Curitiba com o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), engenheiro Marcelo Pimentel Bueno e alguns assessores. A pauta da reunião foi a construção da sede própria do Colégio Estadual do Campo Professora Godomá Bevilacqua de Oliveira, no distrito de Vila Reis.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

ANTT aprova edital e documentos das novas concessões rodoviárias do Paraná

 

Ao todo, serão concedidos 3,3 mil quilômetros de estradas, com a previsão de R$ 44 bilhões em investimentos, entre duplicações, contornos, obras de arte especiais e outras melhorias.

© José Fernando Ogura/AEN

A diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou nesta quinta-feira (4), por unanimidade, o relatório final da Audiência Pública e o plano de outorga do novo programa de concessões rodoviárias do Paraná. Após esse trâmite, o processo retorna ao Ministério da Infraestrutura para então ser encaminhado para a análise do Tribunal de Contas da União (TCU), última etapa a ser cumprida para o projeto ir a leilão na Bolsa de Valores (B3).

Os três diretores da agência acompanharam o relator, diretor Davi Gomes Barreto, na aprovação do relatório e do encaminhamento, ao Ministério, do plano de outorga dos seis lotes de rodovias. Ao todo, serão concedidos 3,3 mil quilômetros de estradas, com a previsão de R$ 44 bilhões em investimentos, entre duplicações, contornos, obras de arte especiais e outras melhorias.

A participação social foi um diferencial nesse processo, com recorde de sugestões feitas pela sociedade civil a uma audiência pública da ANTT, afirmou Barreto. O trâmite envolveu duas sessões públicas, que ocorreram nos dias 24 e 25 de fevereiro, e um prazo de cerca de um mês para o envio de contribuições, que chegaram 4.349 no total.

“Isso demonstra um forte interesse social e a robustez da participação da sociedade nesse processo conduzido pela agência”, afirmou o relator. “Todas as contribuições recebidas foram analisadas e as aceitas foram incorporadas nas referentes minutas de edital, de contrato ou nos estudos de viabilidade. A audiência pública cumpriu o seu papel de oferecer à sociedade, aos agentes econômicos e aos usuários um ambiente propício para o encaminhamento de seus pleitos e sugestões”.

Já o plano de outorga encaminhado pela ANTT é composto pelos estudos de viabilidade técnica e econômica para a exploração dos serviços de infraestrutura e prestação de serviços de transporte terrestre. “Essa concessão pretende modernizar a malha e reduzir os custos e o tempo de viagem nas rodovias. Elas interligam grandes regiões do Paraná, que têm forte produção agrícola, ao Porto de Paranaguá e constituem também uma importante ligação com o Mercosul”, destacou Barreto.

O diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale Rodrigues, e os demais diretores da agência elogiaram a construção do projeto e a participação da sociedade civil no processo. “Certamente foi um dos projetos mais desafiadores que tivemos na agência. Temos certeza que estamos construindo um modelo melhor, mais eficiente e que vai entregar os resultados que se esperam na concessão de rodovias”, salientou o diretor Fábio de Almeida Carvalho.

MENOR TARIFA – A modelagem foi construída em conjunto pelo Governo do Estado e pelo governo federal, por meio do Ministério da Infraestrutura. O projeto foi elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e é o maior pacote de concessões rodoviárias já estruturado no País.

Após amplo debate com a sociedade, foi definido o modelo de menor tarifa, sem limite de desconto e com a garantia de obras a partir de um seguro-usuário, que será proporcional ao desconto tarifário apresentado no leilão. Com isso, o preço do pedágio poderá ser em média 50% mais baixo que o atual.

Além disso, a modelagem atende também outras duas prioridades do governo estadual: maior transparência, com o leilão feito na Bolsa de Valores e aberto para participação de investidores de todo o mundo; e garantia de obras, que deverão ser executadas já nos primeiros anos de contrato. A previsão que 90% das obras sejam entregues até o sétimo ano do contrato.



Fonte: AEN

"A tal força-tarefa afinal era um partido político", diz Fernando Haddad

 "Depois do Ministério da Justiça [ida de Moro para o ministério de Bolsonaro] tudo era possível. Não havia mais limite", frisou Haddad

Haddad e Deltan

247 - "Eles sempre foram um partido político. Depois do Ministério da Justiça [ida de Moro para o ministério de Bolsonaro] tudo era possível. Não havia mais limite", disse Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato a presidente nas eleições de 2018, em entrevista à CNN Brasil sobre a renúncia de Delntan Dallagnol do cargo de procurador para ingressar na política.

Em suas redes sociais, Haddad comentou: "A tal força tarefa afinal era um partido político. Que surpresa".


"Dia difícil pra quem tentou provar que a Lava Jato não tinha objetivos políticos", diz Boulos após renúncia de Deltan

 O líder do MTST comentou a notícia da possível candidatura de Deltan Dallagnol à Câmara dos Deputados em 2022

Guilherme Boulos e Deltan Dallagnol (Foto: REPRODUÇÃO | ABr)

 247 - Guilherme Boulos, líder do MTST, apontou, após a renúncia de Deltan Dallagnol ao cargo de procurador e a indicação de que ele deve concorrer a deputado em 2022, que está claro que a Lava Jato tinha objetivos políticos. 

"Dia difícil pra turma que ficou anos tentando provar que a Lava Jato não tinha objetivos políticos", disse Boulos, em seu Twitter. 

"Nunca foi sobre combater a corrupção", diz Augusto de Arruda Botelho sobre renúncia de Dallagnol

 O advogado Augusto de Arruda Botelho usou as redes socias para comentar a notícia de que o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol renunciou ao cargo de procurador do MPF no Paraná para se filiar ao Podemos

Advogado Augusto de Arruda Botelho (Foto: Reprodução)

247 - A repercussão da renúncia do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol do cargo de procurador do MPF no Paraná para se candidatar em 2022 é intensa nas redes sociais.

O advogado Augusto de Arruda Botelho u escreveu: "O capítulo final de tudo que venho falando há anos: nunca foi sobre combater a corrupção. Nunca".

Kennedy Alencar: "Na política, Moro e Dallagnol representam o bolsonarismo sem Bolsonaro"

 Para o jornalista, Moro e Deltan "são de extrema-direita" e a "entrada deles no jogo político partidário, agora de forma assumida, vai gerar ataque especulativo ao bolsonarismo"


247 - O jornalista Kennedy Alencar comentou a ida de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ambos que comandaram a Lava Jato de Curitiba, para a política. Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, anunciou a renúncia ao cargo de procurador do MPF no Paraná.

Para o jornalista, Moro e Deltan "são de extrema-direita" e a "entrada deles no jogo político partidário, agora de forma assumida, vai gerar ataque especulativo ao bolsonarismo".

"São todos 'uma coisa só', disse quem conhece bem a turma, mas a imprensa finge que não vê. É como as democracias morrem", destaca Kennedy Alencar.

E acrescenta: "Na política, Moro e Dallagnol representam o bolsonarismo sem Bolsonaro. Têm a mesma oferta regressiva ao país: a paz dos cemitérios envernizada com falso moralismo da Lava Jato. Só não vê quem não quer. Foi assim em 2018. Tomara que os democratas de pandemia tenham aprendido algo".


'Moro e Dallagnol sempre foram agentes políticos disfarçados de juiz e de procurador', diz Wadih Damous

 Advogado e ex-deputado afirmou que a renúncia do ex-coordenador da Lava Jato é bom para o Ministério Público e péssimo para a política


247 - O advogado e ex-deputado Wadih Damous (PT) comentou nesta quinta-feira (4) a renúncia de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, ao cargo de procurador do Ministério Público Federal

Pelo twitter, Damous afirmou que a saída de Dallagnol é boa para o Ministério Público e péssima para a política. "Dallagnol, o homem que criminalizou a política, anuncia que vai largar o Ministério Público. Deve entrar na política. Isso é bom para o MP e péssimo para a política. Agora não há mais disfarces: Moro e Dallagnol sempre foram agentes políticos disfarçados de juiz e de procurador", escreveu. 

Segundo a jornalista Eliane Cantanhêde, a expectativa é de que Dallagnol se filie ao Podemos, mesmo partido escolhido pelo ex-juiz Sérgio Moro para disputar as eleições do próximo ano, e deve concorrer a uma vaga de deputado na Câmara Federal.


"Depois de ser desmascarado nos diálogos da Vaza Jato, Deltan tentará a sorte na política", diz a jurista Carol Proner

 "No MPF estava difícil pra ele, depois de tentar se locupletar do dinheiro público por meio de fundo patrimonial privado", destacou a jurista Carol Proner

Reprodução | ABr (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A advogada e professora de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carol Proner comentou a renúncia de Deltan Dallagnol do cargo de procurador da República.

"No MPF estava difícil pra ele, depois de tentar se locupletar do dinheiro público por meio de fundo patrimonial privado, depois de ser desmascarado nos diálogos horripilantes da Vaza Jato, tentará a sorte na política. Essa turma não tem vergonha na cara", frisou a juristas em sua redes sociais.


Depois de Moro, Deltan também "entra" para a política e desmoraliza de vez a Lava Jato

 Assim como o ex-juiz Moro, que vai se filiar ao Podemos para disputar a presidência ou o Senado, Deltan Dallagnol também renunciou ao cargo no MP e decidiu ser candidato

Deltan Dallagnol (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O procurador Deltan Dallagnol, da extinta força-tarefa da Lava Jato, renunciou definitivamente ao seu cargo no MP e deve entrar para a política, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022, informa o Estadão

Com isso, Dallagnol segue os passos do ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial contra o ex-presidente Lula

Até agora, Moro não se mostrou um candidato minimamente viável. 57% dos brasileiros criticam sua candidatura à presidência, segundo o Paraná Pesquisas

Defesa de Moro critica depoimento de Bolsonaro à PF

 Para o advogado de desfesa do ex-juiz, a diferença entre o procedimento para o depoimento de Moro, em 2020, e o de Bolsonaro representa uma "falta de isonomia"

Bolsonaristas podem se apropriar da Lava Jato, diz sociólogo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - A defesa do ex-juiz Sergio Moro criticou nesta quinta-feira (4) o depoimento prestado por Jair Bolsonaro à Polícia Federal, onde acusa Moro de condicionar a troca no comando da corporação a sua indicação para uma vaga no STF. Segundo Rodrigo Sánchez Rios, advogado de Moro, o ex-juiz não foi informado sobre o depoimento, uma vez que a investigação foi iniciada a partir de afirmações feitas por Moro.

De acordo com informações do UOL, Sánchez alegou que a defesa foi pega de surpresa ao saber pela mídia que Bolsonaro, investigado no Inquérito 4831, prestou depoimento à autoridade policial sem que a defesa fosse intimada e formulasse questionamentos pertinentes.  

Rios também argumentou que a diferença entre o procedimento para o depoimento de Moro, em 2020, e o de Bolsonaro representa uma "falta de isonomia".

O depoimento de Bolsonaro, tomado de forma presencial, foi determinado pelo ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro para blindar familiares e aliados de investigações. O inquérito foi aberto pela Corte em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).  A investigação foi aberta com base em denúncias feitas por Moro.

Bolsonaro carimba corrupção no peito de Moro

 No momento em Sérgio Moro prepara filiação ao Podemos e cogita candidatura presidencial, Bolsonaro lança sobre o ex-juiz a acusação de usar o cargo de ministro da Justiça para barganhar sua indicação ao STF

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Isac Nóbrega/PR)

247 - O depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal nesta quinta-feira (4) foi um tiro contra Sérgio Moro, ex-juiz condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal que se tornou ministro da Justiça após inviabilizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.

No inquérito sobre a suposta interferência na Polícia Federal, Bolsonaro expôs a corrupção de Moro ao afirmar que seu ex-ministro da Justiça condicionou a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF à indicação de Moro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Em resposta, Moro negou ter pedido vaga no STF e disse que não trocava "princípios por cargos".

Depoimento de Bolsonaro ocorre em meio ao anúncio de filiação de Moro ao Podemos para uma possível candidatura a presidente nas eleições de 2022. Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro e Moro trocam acusações de traição. A palavra traidor foi levantada por bolsonaristas para se referir a Moro e lavajatistas reagiram. 

Moro deve se filiar ao Podemos no dia 10 de novembro. Numa eventual candidatura, ele terá que lidar com a sentença de juiz parcial, além de enfrentar questionamentos sobre o estrago econômico e social da Lava Jato e agora a acusação de corrupção por uma vaga no Supremo. 

Em depoimento à PF, Bolsonaro nega interferência na corporação e acusa Moro de barganhar vaga no STF

 Jair Bolsonaro prestou depoimento no âmbito do inquérito que investiga se ele interferiu politicamente na PF e negou ter agido nessa direção. Ele acusou o ex-ministro Sérgio Moro de condicionar a troca no comando da corporação a sua indicação para uma vaga no STF

Bolsonaro e Polícia Federal (Foto: Reuters)

247 - Jair Bolsonaro afirmou em depoimento à Polícia Federal, na noite desta quarta-feira (3), que não tentou interferir politicamente na corporação, mas admitiu que, em meados de 2019, solicitou ao então ministro da Justiça Sérgio Moro a troca do diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo, "em razão da falta de interlocução que havia entre o Presidente da República e o Diretor da Polícia Federal”. A informação é da coluna da jornalista Carla Araújo, do UOL. Bolsonaro também teria afirmado que Moro teria concordado com a indicação de Alexandre Ramagem para o cargo "desde que fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento, tomado de forma presencial, foi determinado pelo ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro para blindar familiares e aliados de investigações. O inquérito foi aberto pela Corte em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).  A investigação foi aberta com base em denúncias feitas por Moro.

Ainda segundo a reportagem, Bolsonaro afirmou que não havia qualquer insatisfação ou falta de confiança com o trabalho de Valeixo, mas "uma falta de interlocução". Ele também teria dito que sugeriu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo "em razão da sua competência e confiança construída ao longo do trabalho de segurança pessoal do declarante durante a campanha eleitoral de 2018" . 

Ele também afirmou que Moro teria concordado com a indicação de Ramagem desde que isso ocorresse "após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal".