quinta-feira, 4 de novembro de 2021

"A tal força-tarefa afinal era um partido político", diz Fernando Haddad

 "Depois do Ministério da Justiça [ida de Moro para o ministério de Bolsonaro] tudo era possível. Não havia mais limite", frisou Haddad

Haddad e Deltan

247 - "Eles sempre foram um partido político. Depois do Ministério da Justiça [ida de Moro para o ministério de Bolsonaro] tudo era possível. Não havia mais limite", disse Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato a presidente nas eleições de 2018, em entrevista à CNN Brasil sobre a renúncia de Delntan Dallagnol do cargo de procurador para ingressar na política.

Em suas redes sociais, Haddad comentou: "A tal força tarefa afinal era um partido político. Que surpresa".


"Dia difícil pra quem tentou provar que a Lava Jato não tinha objetivos políticos", diz Boulos após renúncia de Deltan

 O líder do MTST comentou a notícia da possível candidatura de Deltan Dallagnol à Câmara dos Deputados em 2022

Guilherme Boulos e Deltan Dallagnol (Foto: REPRODUÇÃO | ABr)

 247 - Guilherme Boulos, líder do MTST, apontou, após a renúncia de Deltan Dallagnol ao cargo de procurador e a indicação de que ele deve concorrer a deputado em 2022, que está claro que a Lava Jato tinha objetivos políticos. 

"Dia difícil pra turma que ficou anos tentando provar que a Lava Jato não tinha objetivos políticos", disse Boulos, em seu Twitter. 

"Nunca foi sobre combater a corrupção", diz Augusto de Arruda Botelho sobre renúncia de Dallagnol

 O advogado Augusto de Arruda Botelho usou as redes socias para comentar a notícia de que o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol renunciou ao cargo de procurador do MPF no Paraná para se filiar ao Podemos

Advogado Augusto de Arruda Botelho (Foto: Reprodução)

247 - A repercussão da renúncia do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol do cargo de procurador do MPF no Paraná para se candidatar em 2022 é intensa nas redes sociais.

O advogado Augusto de Arruda Botelho u escreveu: "O capítulo final de tudo que venho falando há anos: nunca foi sobre combater a corrupção. Nunca".

Kennedy Alencar: "Na política, Moro e Dallagnol representam o bolsonarismo sem Bolsonaro"

 Para o jornalista, Moro e Deltan "são de extrema-direita" e a "entrada deles no jogo político partidário, agora de forma assumida, vai gerar ataque especulativo ao bolsonarismo"


247 - O jornalista Kennedy Alencar comentou a ida de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ambos que comandaram a Lava Jato de Curitiba, para a política. Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, anunciou a renúncia ao cargo de procurador do MPF no Paraná.

Para o jornalista, Moro e Deltan "são de extrema-direita" e a "entrada deles no jogo político partidário, agora de forma assumida, vai gerar ataque especulativo ao bolsonarismo".

"São todos 'uma coisa só', disse quem conhece bem a turma, mas a imprensa finge que não vê. É como as democracias morrem", destaca Kennedy Alencar.

E acrescenta: "Na política, Moro e Dallagnol representam o bolsonarismo sem Bolsonaro. Têm a mesma oferta regressiva ao país: a paz dos cemitérios envernizada com falso moralismo da Lava Jato. Só não vê quem não quer. Foi assim em 2018. Tomara que os democratas de pandemia tenham aprendido algo".


'Moro e Dallagnol sempre foram agentes políticos disfarçados de juiz e de procurador', diz Wadih Damous

 Advogado e ex-deputado afirmou que a renúncia do ex-coordenador da Lava Jato é bom para o Ministério Público e péssimo para a política


247 - O advogado e ex-deputado Wadih Damous (PT) comentou nesta quinta-feira (4) a renúncia de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, ao cargo de procurador do Ministério Público Federal

Pelo twitter, Damous afirmou que a saída de Dallagnol é boa para o Ministério Público e péssima para a política. "Dallagnol, o homem que criminalizou a política, anuncia que vai largar o Ministério Público. Deve entrar na política. Isso é bom para o MP e péssimo para a política. Agora não há mais disfarces: Moro e Dallagnol sempre foram agentes políticos disfarçados de juiz e de procurador", escreveu. 

Segundo a jornalista Eliane Cantanhêde, a expectativa é de que Dallagnol se filie ao Podemos, mesmo partido escolhido pelo ex-juiz Sérgio Moro para disputar as eleições do próximo ano, e deve concorrer a uma vaga de deputado na Câmara Federal.


"Depois de ser desmascarado nos diálogos da Vaza Jato, Deltan tentará a sorte na política", diz a jurista Carol Proner

 "No MPF estava difícil pra ele, depois de tentar se locupletar do dinheiro público por meio de fundo patrimonial privado", destacou a jurista Carol Proner

Reprodução | ABr (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A advogada e professora de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carol Proner comentou a renúncia de Deltan Dallagnol do cargo de procurador da República.

"No MPF estava difícil pra ele, depois de tentar se locupletar do dinheiro público por meio de fundo patrimonial privado, depois de ser desmascarado nos diálogos horripilantes da Vaza Jato, tentará a sorte na política. Essa turma não tem vergonha na cara", frisou a juristas em sua redes sociais.


Depois de Moro, Deltan também "entra" para a política e desmoraliza de vez a Lava Jato

 Assim como o ex-juiz Moro, que vai se filiar ao Podemos para disputar a presidência ou o Senado, Deltan Dallagnol também renunciou ao cargo no MP e decidiu ser candidato

Deltan Dallagnol (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O procurador Deltan Dallagnol, da extinta força-tarefa da Lava Jato, renunciou definitivamente ao seu cargo no MP e deve entrar para a política, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022, informa o Estadão

Com isso, Dallagnol segue os passos do ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial contra o ex-presidente Lula

Até agora, Moro não se mostrou um candidato minimamente viável. 57% dos brasileiros criticam sua candidatura à presidência, segundo o Paraná Pesquisas

Defesa de Moro critica depoimento de Bolsonaro à PF

 Para o advogado de desfesa do ex-juiz, a diferença entre o procedimento para o depoimento de Moro, em 2020, e o de Bolsonaro representa uma "falta de isonomia"

Bolsonaristas podem se apropriar da Lava Jato, diz sociólogo (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - A defesa do ex-juiz Sergio Moro criticou nesta quinta-feira (4) o depoimento prestado por Jair Bolsonaro à Polícia Federal, onde acusa Moro de condicionar a troca no comando da corporação a sua indicação para uma vaga no STF. Segundo Rodrigo Sánchez Rios, advogado de Moro, o ex-juiz não foi informado sobre o depoimento, uma vez que a investigação foi iniciada a partir de afirmações feitas por Moro.

De acordo com informações do UOL, Sánchez alegou que a defesa foi pega de surpresa ao saber pela mídia que Bolsonaro, investigado no Inquérito 4831, prestou depoimento à autoridade policial sem que a defesa fosse intimada e formulasse questionamentos pertinentes.  

Rios também argumentou que a diferença entre o procedimento para o depoimento de Moro, em 2020, e o de Bolsonaro representa uma "falta de isonomia".

O depoimento de Bolsonaro, tomado de forma presencial, foi determinado pelo ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro para blindar familiares e aliados de investigações. O inquérito foi aberto pela Corte em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).  A investigação foi aberta com base em denúncias feitas por Moro.

Bolsonaro carimba corrupção no peito de Moro

 No momento em Sérgio Moro prepara filiação ao Podemos e cogita candidatura presidencial, Bolsonaro lança sobre o ex-juiz a acusação de usar o cargo de ministro da Justiça para barganhar sua indicação ao STF

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Isac Nóbrega/PR)

247 - O depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal nesta quinta-feira (4) foi um tiro contra Sérgio Moro, ex-juiz condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal que se tornou ministro da Justiça após inviabilizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.

No inquérito sobre a suposta interferência na Polícia Federal, Bolsonaro expôs a corrupção de Moro ao afirmar que seu ex-ministro da Justiça condicionou a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF à indicação de Moro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Em resposta, Moro negou ter pedido vaga no STF e disse que não trocava "princípios por cargos".

Depoimento de Bolsonaro ocorre em meio ao anúncio de filiação de Moro ao Podemos para uma possível candidatura a presidente nas eleições de 2022. Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro e Moro trocam acusações de traição. A palavra traidor foi levantada por bolsonaristas para se referir a Moro e lavajatistas reagiram. 

Moro deve se filiar ao Podemos no dia 10 de novembro. Numa eventual candidatura, ele terá que lidar com a sentença de juiz parcial, além de enfrentar questionamentos sobre o estrago econômico e social da Lava Jato e agora a acusação de corrupção por uma vaga no Supremo. 

Em depoimento à PF, Bolsonaro nega interferência na corporação e acusa Moro de barganhar vaga no STF

 Jair Bolsonaro prestou depoimento no âmbito do inquérito que investiga se ele interferiu politicamente na PF e negou ter agido nessa direção. Ele acusou o ex-ministro Sérgio Moro de condicionar a troca no comando da corporação a sua indicação para uma vaga no STF

Bolsonaro e Polícia Federal (Foto: Reuters)

247 - Jair Bolsonaro afirmou em depoimento à Polícia Federal, na noite desta quarta-feira (3), que não tentou interferir politicamente na corporação, mas admitiu que, em meados de 2019, solicitou ao então ministro da Justiça Sérgio Moro a troca do diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo, "em razão da falta de interlocução que havia entre o Presidente da República e o Diretor da Polícia Federal”. A informação é da coluna da jornalista Carla Araújo, do UOL. Bolsonaro também teria afirmado que Moro teria concordado com a indicação de Alexandre Ramagem para o cargo "desde que fosse indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento, tomado de forma presencial, foi determinado pelo ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência política de Bolsonaro para blindar familiares e aliados de investigações. O inquérito foi aberto pela Corte em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).  A investigação foi aberta com base em denúncias feitas por Moro.

Ainda segundo a reportagem, Bolsonaro afirmou que não havia qualquer insatisfação ou falta de confiança com o trabalho de Valeixo, mas "uma falta de interlocução". Ele também teria dito que sugeriu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo "em razão da sua competência e confiança construída ao longo do trabalho de segurança pessoal do declarante durante a campanha eleitoral de 2018" . 

Ele também afirmou que Moro teria concordado com a indicação de Ramagem desde que isso ocorresse "após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal".

Em nova gafe, Bolsonaro diz que visitou "Torre de Pizza" na Itália (vídeo)

 A fala ocorreu durante o leilão do 5G organizado pela Anatel

Jair Bolsonaro e Torre de Pisa (Foto: Reprodução)

 247 - Jair Bolsonaro cometeu uma nova gafe nesta quinta-feira (4). Após ter se confundido e afirmado que se reuniu com o ator Jim Carrey, ao invés do enviado americano John Kerry, o mandatário brasileiro disse "Torre de Pizza" ao se referir à Torre de Pisa, monumento na Itália. 

"Me marcou quando eu fui visitar a Torre de Pizza. Um garoto perguntou: 'e a Amazônia? Tá pegando fogo?'", disse Bolsonaro, sobre sua viagem à Itália. A fala ocorreu durante o leilão do 5G organizado pela Anatel. 

Veja: 


Garoto apucaranense é destaque nos Jogos de Aventura e Natureza

 Trata-se do jovem atleta Theo Marques, de 8 anos, que obteve a terceira colocação na modalidade de BMX Freestyle Park 

(Foto: divulgação)

O jovem atleta Theo Marques, de 8 anos, de Apucarana, foi destaque neste final de semana em Guaratuba, nos Jogos de Aventura e Natureza na modalidade de BMX Freestyle Park, em competição que também foi válida pelo Campeonato Paranaense. O garoto fez a sua estreia numa competição estadual, conquistou a medalha de bronze e ainda faturou um troféu na categoria iniciante.

Mudança da Autarquia de Saúde para nova sede está em fase final

 Nesta semana, setores do Programa Saúde da Família, Saúde Mental, Patrimônio, Regulação e DTI (Departamento de Tecnologia da Informação) passaram a funcionar no prédio da Barra Funda


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) realizou mais uma etapa de mudança para nova sede, localizada na Rua Tamandaré,115, Barra Funda, no prédio onde funcionava a Autarquia Municipal de Educação. O novo endereço, que há cerca de 4 meses já havia recebido a Vigilância Sanitária e Epidemiologia, nesta semana passou a ser ocupado por todos os departamentos que funcionavam no 3º andar do antigo prédio. São os setores do Programa Saúde da Família, Saúde Mental, Patrimônio, Regulação e DTI (Departamento de Tecnologia da Informação).

“Está prevista para os próximos dias a transferência dos setores do 2º andar, concluindo assim a mudança de toda parte administrativa da AMS para a nova sede. Estamos trabalhando para que a direção da Autarquia, o Departamento Jurídico, Recursos Humanos, Ouvidoria, Serviço Social e Controle e Avaliação estejam já funcionando nas novas instalações ao longo da próxima semana”, planeja o prefeito Junior da Femac.

Apucarana inicia curso voltado ao comércio eletrônico

 Município vem investindo na qualificação dos trabalhadores em diversas áreas 

(Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Apucarana, através de uma parceria entre o Centro de Qualificação Total e o Senac, iniciou nesta semana o curso de e-commerce. Com carga horária de 42 horas/aula, o curso vai capacitar os alunos a vender no comércio eletrônico, modalidade que vem crescendo muito nos últimos anos.

O prefeito Junior da Femac afirma que o Município vem investindo na qualificação dos trabalhadores em diversas áreas. “Ouvindo o setor produtivo, estamos comprando cursos junto ao Senac e Senai e disponibilizando gratuitamente para a população. Estamos atentos às demandas apresentadas e o marketing digital é uma delas, pois é uma modalidade de vendas que já vinha crescendo muito e alavancou ainda mais após a pandemia”, pontua Junior da Femac.

Novos desafios da Educação são debatidos em seminário estadual da Undime

 A secretária municipal de educação de Apucarana, Marli Fernandes, será uma das palestrantes do encontro nesta sexta-feira (5/11)


Apucarana está representada no seminário da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná. Uma comitiva de coordenadores pedagógicos da Autarquia de Educação viajou a Cascavel a fim de acompanhar a programação, que tem por tema as Políticas Públicas e os Desafios da Gestão Municipal no contexto de retomada das aulas presenciais pós-pandemia. A secretária Marli Fernandes, que também é vice-presidente da Undime-PR, será uma das palestrantes do encontro nesta sexta-feira (5/11).

Urgente: Ciro suspende sua candidatura presidencial após votos do PDT pela PEC da reeleição de Bolsonaro

 Pedetista suspende candidatura e diz que só volta se deputados mudarem sua posição. Dos 21 deputados do PDT, 15 votaram a favor da PEC dos Precatórios

(Foto: Reuters)

247 – Ciro Gomes  divulgou pouco depois de 8h desta quinta-feira (4) uma sequência de tuítes nos quais comunica a suspensão de sua candidatura presidencial em reação à votação da bancada do PDT na Câmara pela aprovação da PEC dos Precatórios, na noite desta quarta: "Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim só me resta um caminho : deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para  reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo. Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas. Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional".

Os deputados do PDT traíram um acordo feito com a oposição e votarem com Bolsonaro. Dois 21 deputados pedetistas, 15 votaram a favor da PEC, que foi aprovada por apenas cinco votos. As bancadas do PT, PSOL e PC do B votaram integralmente contra a PEC.

Veja a sequência postada por Ciro Gomes na qual ele anuncia a suspensão da candidatura:

 

PDT, de Ciro Gomes, trai oposição e garante os votos da PEC que permite a Bolsonaro gastar R$ 90 bilhões em ano eleitoral

 Com o calote nos precatórios, Jair Bolsonaro terá praticamente um cheque em branco e deputados terão mais recursos para suas emendas

Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução | PR)

247 – A aprovação da PEC do calote nos precatórios só foi possível porque o PDT, de Ciro Gomes, traiu acordo fechado com a oposição e votou ao lado de Jair Bolsonaro, que agora terá uma margem de R$ 90 bilhões para gastar em ano eleitoral, com seu Auxílio Brasil de R$ 400 e mais recursos para emendas parlamentares. O voto do PDT revoltou a oposição e até aliados de Ciro. Confira algumas reações:

Saiba como votaram os partidos na PEC dos Precatórios

 Apenas o PT, PSOL e PCdoB votaram contra com 100% da bancada contra a PEC que abrirá R$ 91,6 bilhões no teto de gastos em 2022 e proporcionará a implementação do Auxílio Brasil, programa considerado peça-chave para eleição de Bolsonaro

(Foto: Agência Câmara)

247 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (4), o texto-base do relator Hugo Motta (Republicanos-PB) para a PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/21, do Poder Executivo), que limita o valor de despesas anuais com precatórioscorrige seus valores exclusivamente pela Taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos.

Na prática, a PEC permitirá ao governo gastar R$ 91,6 bilhões adicionais em 2022, sendo 67 bilhões para Auxilio Brasil, 4 bilhões pro Bolsa Caminhoneiros e 20 bilhões para emendas parlamentares. Ação que é considerada fundamental para Jair Bolsonaro investir em sua reeleição.

A PEC foi aprovada por 312 votos favoráveis e 144 contrários. Se o PDT e o PSB não tivessem votado a favor, a PEC teria 281 votos e não teria sido aprovada. 

Apenas o PT, PSOL e PCdoB votaram com 100% da bancada contrária a emenda. 

Já o Podemos, partido que recentemente filiou o ex-juiz Sergio Moro, caminhou contra a proposta, mas,  dos 9 parlamentares, 5 votaram a favor. 

O PSD, de Gilberto kassab 29 dos 34 parlamentares votaram a favor

O MDB, sigla que se diz independente do governo, 10 dos 23 parlamentares votaram a favor. Já no PSDB, 22 dos 31 parlamentares seguiram o governo e votaram pela aprovação da emenda. 

Por pressão interna, PSL é obrigado a cancelar jantar com Sergio Moro

 Caciques do PSL não querem associar a sigla à candidatura de Moro

Sergio Moro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O jantar que aconteceria na noite desta quarta-feira (3) entre Sergio Moro e deputados do PSL foi desmarcado, informa a jornalista Bela Megale no Globo.

A sigla discutiria com o ex-juiz, condenado como suspeito pelo Supremo, o cenário eleitoral de 2022. Moro está se lançando candidato à Presidência da República.

A jornalista informa que a reunião foi desmarcada após a pressão de dirigentes da sigla para que deputados não fossem ao jantar. Os caciques não querem associar o PSL ao apoio à candidatura de Moro. 

A reunião aconteceria em Brasília e estava sendo organizada pelo deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP), um dos principais apoiadores de Moro na legenda. Também estava prevista a participação do general Santos Cruz, que foi ministro do governo Bolsonaro. 

Câmara aprova em primeiro turno PEC do calote nos Precatórios para viabilizar Auxílio Brasil em ano eleitoral

 Jair Bolsonaro agora terá recursos para pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 apenas em 2022, mas deixa situação indefinida para os anos seguintes e ainda flexibiliza o teto de gastos

(Foto: Agência Câmara)

247 - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (4), o texto-base do relator Hugo Motta (Republicanos-PB) para a PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/21, do Poder Executivo), que limita o valor de despesas anuais com precatórios, corrige seus valores exclusivamente pela Taxa Selic e muda a forma de calcular o teto de gastos.

O placar foi de 312 votos a favor da proposta, 144 contrários e 57 deputados não votaram. Eram necessários 308 votos para que a PEC fosse aprovada em primeiro turno. A oposição se dividiu na votação. O PDT trocou de lado e apoiou a PEC, enquanto 10 deputados do PSB votaram a favor, apesar da orientação contrária do partido. 

O plenário ainda precisa analisar os destaques, que são tentativas de mudança em pontos do texto. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve haver uma reunião na manhã desta quinta para decidir sobre o tema. 

A PEC também passará por votação em segundo turno na Câmara e em seguida vai para o Senado, onde precisa do apoio de pelo menos 49 senadores em dois turnos.

De acordo com o texto aprovado, os precatórios para o pagamento de dívidas da União relativas ao antigo Fundef deverão ser pagos com prioridade em três anos: 40% no primeiro ano e 30% em cada um dos dois anos seguintes. Essa prioridade não valerá apenas contra os pagamentos para idosos, pessoas com deficiência e portadores de doença grave, destaca reportagem da Agência Câmara.

Precatórios são dívidas do governo com sentença judicial definitiva, podendo ser em relação a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa em que o poder público seja o derrotado.

Segundo nota da Consultoria de Orçamento da Câmara, do total de precatórios previstos para pagamento em 2022, 26% (R$ 16,2 bilhões) se referem a causas ganhas por quatro estados (Bahia, Ceará, Pernambuco e Amazonas) contra a União relativas a cálculos do antigo Fundef. Parte dos recursos deve custear abonos a professores.

A redação aprovada engloba o texto da comissão especial segundo o qual o limite das despesas com precatórios valerá até o fim do regime de teto de gastos (2036). Para o próximo ano, esse limite será encontrado com a aplicação do IPCA acumulado ao valor pago em 2016 (R$ 19,6 bilhões). A estimativa é que o teto seja de quase R$ 40 bilhões em 2022. Pelas regras atuais, dados do governo indicam um pagamento com precatórios de R$ 89 bilhões em 2022, frente aos R$ 54,7 bilhões de 2021.

Segundo o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, cerca de R$ 50 bilhões devem ir para o Auxílio Brasil. Caso a vitória de Bolsonaro e Lira se confirme, o governo terá recursos para pagar Auxílio Brasil de R$ 400 a partir do ano que vem.