Respostas sobre alta nos preços são 37% das interações do presidente, que adota tática de tentar jogar a responsabilidade para governadores
Metrópoles - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não costuma achar justas as cobranças que recebe na imprensa, mas é obrigado a enfrentar as críticas em seu ambiente favorito de comunicação, as redes sociais. O mandatário jura não acreditar nas pesquisas de opinião que apontam que ele sofre crescente rejeição entre os brasileiros.
Populares, as postagens do presidente da República no Facebook atraem milhares de interações. Ainda que a maioria dos comentários seja em apoio ao titular do Planalto, as demandas e reclamações são numerosas e provocam reações do chefe do Executivo. O Metrópoles registrou todas as respostas de Bolsonaro na rede entre abril e setembro deste ano, e uma avaliação das publicações mostrou que a grande preocupação do mandatário tem sido tentar se desvencilhar da responsabilidade sobre a inflação em alguns itens, como alimentos e combustível.
A tônica de Bolsonaro nas respostas é tentar culpar os governadores e as medidas de distanciamento social adotadas por eles para reduzir o contágio pelo coronavírus.
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