domingo, 12 de setembro de 2021

Alexandre de Moraes pode determinar medidas contra Bolsonaro em três inquéritos

 Apesar da Declaração à Nação, onde o presidente se desculpa pelos ataques contra a Corte, o ministro do STF não pretende parar os inquéritos contra o ocupante do Palácio do Planalto e seus apoiadores

O ministro Alexandre de Moraes (STF) e o presidente Jair Bolsonaro (Foto Montagem)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é o relator de diversas investigações contra o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.

Dessa maneira, Moraes pode determinar medidas contra o presidente Bolsonaro em três inquéritos: o da fake news, o da interferência no comando da Polícia Federal e o que trata sobre suposta invasão hacker a sistemas eletrônicos da Justiça Eleitoral em 2018.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, apesar de uma nota – intitulada Declaração à Nação – em que o presidente afirmou ter atacado os Poderes no “calor do momento”, o ministro Moraes não pretende “puxar o freio de mão” de nenhuma das investigações que miram Bolsonaro e aliados.

Por fim, a tendência é que o ministro Alexandre de Moraes mantenha o ritmo das investigações.

Fonte: Revista Fórum

 


'Nem Lula, nem Bolsonaro': manifestação em Curitiba pede impeachment do presidente e defende terceira via no poder

 

Material do partido Novo convoca manifestação em Curitiba (Foto: Reprodução/ Facebook)

Curitiba será neste domingo (12 de setembro) palco de uma manifestação política, marcada para acontecer a partir das 15 horas na Boca Maldita, região central da capital paranaense. O movimento, que tem sido organizado principalmente por partidos e movimentos mais à direita do espectro político, tem o intuito de pedir a saída de Jair Bolsonaro da presidência da República, mas ao mesmo tempo também demonstra descontentamento com a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva retornar ao cargo máximo do Poder Executivo em 2022.

Não à toa, muitos tem identificado nas redes sociais o mote da manifestação como 'Nem Lula, nem Bolsonaro', conforme se pode verificar na peça acima, divulgada pelo Partido Novo em suas redes sociais.

A manifestação da tarde de hoje conta com o apoio de partidos como Novo, Cidadania e PSDB e terá a participação do Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Tua e Lava Togas. Segundo Juliano França Tetto, presidente do Novo de Curitiba, será um ato a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra a volta do PT ao poder.

Documentário sobre fakeada de Juiz de Fora é sucesso de público e de crítica

 Repórter investigativo Joaquim de Carvalho apontou todos os furos do episódio usado por Jair Bolsonaro para fugir dos debates em 2018 e exige a reabertura do caso

Adélio, Bolsonaro e o repórter: caso precisa ser reaberto (Foto: Reprodução e foto de Eric Araújo)

247 – O documentário "Bolsonaro e Adélio - uma facada no coração do Brasil", feito pelo repórter investigativo Joaquim de Carvalho, pelo cineasta Max Alvim e pelo cinegrafista Eric Monteiro, com produção da TV 247 e financiamento coletivo de seus assinantes e apoiadores, demonstrou todos os furos do episódio usado por Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2018 para fugir dos debates e assim se tornar presidente da República sem ser confrontado.

O filme, de uma hora e 44 minutos, demonstra, com riqueza de detalhes, todas as inconsistências da história oficial – e mentirosa – que vem sendo contada aos brasileiros desde então. Joaquim de Carvalho demonstra como Adélio Bispo de Oliveira era um militante de direita, como esteve no mesmo local em que Carlos Bolsonaro esteve dois meses antes do episódio, revela ainda como os seguranças de Jair Bolsonaro protegeram Adélio e depois foram promovidos e também narra como os prontuários foram escondidos e como o caso foi usado como arma de propaganda para eleger Jair Bolsonaro.

Lançado na noite de ontem como estreia no Youtube, o filme chegou a ter 15 mil espectadores simultâneos e já foi visto por dezenas de milhares de internautas, recebendo fartos elogios do público pela excelência jornalística. "O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro deve ser investigado", diz Joaquim de Carvalho:

Assine o 247apoie por Pixinscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Daniel Cara: “não se cria frente ampla com o bolsonarismo, e o MBL é o bolsonarismo”

 Em entrevista à TV 247, o educador e professor da USP lamentou que muitos da esquerda tenham caído no “canto das sereias” do movimento de “gente nefasta”. “Não tenho nenhum problema em construir politicamente com quem quer que seja. Eu só não construo com cafajeste e o MBL”, disse. Assista

Daniel Cara / MBL (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação)

247 - O professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Cara criticou, em entrevista à TV 247, os atos do MBL pelo “Fora Bolsonaro”, marcados para 12 de setembro, e a disponibilidade de setores da esquerda em compor com o ato. Filiado ao PSOL, ele chegou a defender que medidas sejam tomadas contra aqueles que contrariarem orientações partidárias.

Para ele, o MBL “é o bolsonarismo”. “Lamento que muita gente entrou no canto das sereias de que é preciso criar uma frente ampla. Mas não se cria uma frente ampla com o bolsonarismo para derrubar o Bolsonaro. O MBL é o bolsonarismo, é gente nefasta”, afirmou Cara.

“O que fizeram com a Marielle, o que fizeram com os povos indígenas, o que fizeram com a questão racial, o jeito irônico e deplorável de agir. Com essas pessoas não dá para se misturar. Tem que saber, de fato, fazer uma linha no chão. Não tenho nenhum problema em construir politicamente com quem quer que seja. Eu só não construo com cafajeste e o MBL se trata de pessoas que não têm caráter, não dá para trabalhar com eles”, prosseguiu. 

Ele defendeu ainda que parlamentares que não sigam as instruções da Executiva Nacional do partido passem pela Comissão de Ética.

“Não tem que ter discussão, quando você faz parte de um partido e exerce um mandato parlamentar, você não pode aderir. Seja por oportunismo eleitoral, porque nas redes sociais tem muita gente demandando a construção de uma frente ampla fictícia, seja por sensibilidade em relação ao momento político, você não pode colocar o carro na frente dos bois. Tem que ter compromisso partidário. Ir a uma mobilização do MBL é ir contra tudo que significa o socialismo e a liberdade. Se você não acredita em socialismo e liberdade pode procurar outro partido”, criticou.

"Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil": 247 lança novo documentário

 O repórter investigativo Joaquim de Carvalho foi a Juiz de Fora, Montes Claros e Florianápolis para apurar o caso que mudou a história do Brasil. A versão oficial tem mentiras e muitas pistas não foram seguidas. O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro investigado

Adélio, Bolsonaro e o repórter: caso precisa ser reaberto (Foto: Reprodução e foto de Eric Araújo)

247 - A  TV 247 lançou ontem às 21 horas o documentário Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil.

O repórter investigativo Joaquim de Carvalho foi a Juiz de Fora, Montes Claros e Florianápolis para apurar o caso que mudou a história do Brasil.

O documentário mostra que inquérito da Polícia Federal não seguiu a linha do auto atentado, apesar de existirem evidências nesse sentido.

Logo depois da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, houve um movimento que parece sincronizado para associar Adélio à ideologia de esquerda.

Esse movimento resultou na publicação de notas na imprensa que mostravam Adélio em um protesto pela renúncia de Temer em maio de 2018 e a informação pela Câmara dos Deputados de que Adélio visitou o parlamento em agosto de 2013.

O que a imprensa não contou é que o protesto tinha sido organizado por um militante bolsonarista e Adélio já não participava do PSOL quando entrou na Câmara.

Na época, ele estava próximo do PSD. A Polícia encontrou em seus pertences um cartão do deputado Marcos Montes, hoje secretário-executivo do Ministério da Agricultura, o número da pasta. Encontrou também uma carta em que ele pede desfiliação do PSD, em 2016.

Um sobrinho de Adélio, o mais próximo dele, deu entrevista pela primeira vez e contou que o tio costumava pregar em igrejas evangélicas para falar do kit gay e contra o projeto que criminaliza a homofobia.

“Ele totalmente próximo do que dizia Bolsonaro”, contou Jefferson Ramos.

O clube de tiro ponto 38, em Florianópolis, por sua vez, tentou esconder que Adélio e Carlos Bolsonaro se encontram no local dois meses antes do episódio em Juiz de Fora.

A Polícia Federal descobriu que os dois tiveram aula com o mesmo instrutor, no dia 5 de julho. Mas essa pista não foi perseguida. 

Bolsonaro foi tratado como vítima, e o trabalho dos advogados de Adélio atendeu ao interesse do então candidato, não do suposto cliente, de quem viraram curadores. 

Desde o episódio da facada, Adélio não vê os parentes. 

Uma irmã conta que nem sequer é informada pelo advogado do estado de saúde dele. E recebeu carta de Adélio única vez, mas afirmou que não tem certeza se é dele mesmo.

O documentário tem 1 horas e 42 minutos, com direção de Max Alvim e imagens de Eric Araújo, além de vídeos e fotos inéditas do dia da visita de Bolsonaro a Juiz de Fora.

 Assista:

Participar dos atos da direita é como fazer "manifestação contra Hitler, mas aprovar os campos de extermínio", diz Requião

 Ex-senador usou as redes sociais para criticar as manifestações contra Jair Bolsonaro convocadas por movimentos de direita, como o MBL

(Foto: Divulgação)

247 - O ex-senador Roberto Requião usou as redes sociais para criticar as manifestações contra o governo Jair Bolsonaro deste domingo (12), organizadas por organizações de direita que lideraram o golpe contra Dilma Rousseff, como o MBL e o ‘Vem Pra Rua’. Para Requião, participar do protesto “seria o  mesmo que, na Alemanha, fazer uma manifestação contra Hitler, mas aprovar os campos de extermínio”.

Confira a postagem de Roberto Requião sobre o assunto, feita ontem. 

 

Cardozo: governo Bolsonaro acabou sem sequer ter começado

 Ex-ministro da Justiça do governo Dilma afirmou que a nota de recuo de Jair Bolsonaro gera um forte senso de descrença em sua base de apoio. O problema inviabiliza de vez o governo, avaliou. “Aliás, não sei se o governo começou. Começou nas trapalhadas, não nas medidas, porque ele não fez absolutamente nada”. Assista

José Eduardo Cardozo e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Câmara | PR)

247 - O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em entrevista à TV 247, avaliou que o recuo de Jair Bolsonaro, que publicou uma carta escusando-se das ameaças golpistas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), representa uma derrota “brutal” para o chefe de governo. Cardozo lembrou que Bolsonaro se vê ainda mais isolado após a carta e, inclusive, hostilizado por sua base de apoio.

PT não participa de manifestação da direita e convoca para o ato do Fora Bolsonaro de 2 de outubro

 Direção do partido divulgou nota neste sábado sob o título “Unidade na luta pelo #ForaBolsonaro”. O texto afirma: “Ocupar as ruas pela democracia, contra a carestia, por emprego e renda. Impeachment já!”

Presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e um ato pelo Fora Bolsonaro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Giorgia Prates/Mídia NINJA)

247 - Leia a íntegra da nota do Diretório Nacional do PT:

No último 7 de Setembro, o Brasil, assolado pelo desemprego, pela fome, pela carestia e pela pandemia, assistiu a um vergonhoso espetáculo golpista e antidemocrático promovido por Bolsonaro, que – cada vez mais, desacreditado no Brasil e no mundo – aposta na ruptura institucional e na implantação de um regime autoritário sem disfarces. Ainda que nos dias seguintes tenha havido um aparente recuo, em que poucos acreditam, Bolsonaro segue na escalada autoritária e com sua pauta de retirada de direitos, de desamparo e descaso para com as principais necessidades do povo brasileiro.

Nosso povo sofre com a crise ambiental, econômica e social que trouxe a elevação do número de desempregados, a fome, a insegurança alimentar de 112 milhões de brasileiros e brasileiras, a queda do PIB, a volta da inflação, a carestia dos alimentos e aumento do preço da energia, tudo isso em meio a uma pandemia que já nos custou quase 600 mil vidas, grande parte das quais poderiam ter sido salvas se o governo Bolsonaro tivesse adotado outra atitude.

De outro lado, organizados em torno ao Grito dos Excluídos de 7 de Setembro, milhares de brasileiros e brasileiras, através das igrejas progressistas, dos movimentos sociais, das centrais sindicais, dos partidos de oposição, se manifestaram em todo o país em defesa das principais reivindicações do povo brasileiro nos dias de hoje: Vacina no Braço, Comida no Prato, Emprego, Renda, contra a retirada de direitos do povo, em defesa da democracia, da liberdade e Fora Bolsonaro.

Acertadamente, nosso partido participou do Grito dos Excluídos, demonstrando nossa profunda ligação com o povo brasileiro. Sintonizado com os principais anseios dos trabalhadores e trabalhadoras, em pronunciamento divulgado em 6 de setembro, o ex-presidente Lula chamou o povo brasileiro a lutar com esperança para derrotar o caos instalado pelo governo Bolsonaro, para reconstruir e transformar o Brasil.

O Diretório Nacional do PT, reunido em 11 de setembro de 2021, data que marca os 48 anos do golpe militar contra Salvador Allende e o povo chileno, reforça a importância da luta contra o golpismo, em defesa da democracia, que sempre foi e sempre será fundamental. Junto com as liberdades políticas, é preciso seguir lutando em torno dos problemas concretos do povo: emprego, salário, alimentos, moradia, transporte coletivo, acesso à educação e à saúde pública, respeito aos direitos da população negra, das mulheres, dos jovens, LGBTIs e de todos(as) aqueles(as) historicamente privados(as) de direitos no Brasil.

Para isso, é preciso conter imediatamente o projeto ditatorial de Bolsonaro através do impeachment, ampliando a mobilização popular em todo o país. O PT está empenhado em construir, com vários partidos, centrais sindicais e movimentos sociais, uma grande mobilização nacional pela democracia, pelos direitos do povo e pelo impeachment de Bolsonaro.

Em reuniões realizadas esta semana com outras forças políticas e organizações sociais e populares, definimos como datas de referência para a realização de atos públicos nacionais os dias 2 de outubro e 15 de novembro, além da organização de atos setoriais e regionais ao longo deste período, que têm como objetivo levar a luta pelo impeachment a cada local de moradia, estudo, trabalho, cultura e lazer. Saudamos todas as manifestações Fora Bolsonaro, esclarecendo que o PT não participou da organização nem da convocação de ato que já estava marcado para este domingo, 12. Reafirmamos que o PT luta contra Bolsonaro, seu governo e suas políticas neoliberais, vinculando sempre a luta pelo impeachment a luta pelos direitos do povo brasileiro.

Neste sentido, exigimos a paralisação imediata das reformas antipopulares que tramitam no Parlamento, bem como cobramos do presidente da Câmara dos Deputados que faça tramitar um dos mais de 163 pedidos de impeachment que estão sobre sua mesa.

O momento exige luta para derrotarmos o projeto neofascista e isso só ocorrerá com trabalho de base, capacidade de mobilização de massa, programa nítido, campanhas permanentes e luta concreta.

Conclamamos nossa militância, nossas lideranças, os diretórios municipais e estaduais e nossas bancadas parlamentares a se organizarem e participarem do seguinte calendário de lutas e mobilizações:

14 de setembro: dia de mobilização do serviço público contra a Reforma Administrativa

19 de setembro: Dia da Lei Orgânica do SUS, Ato da Saúde pela Vida

02 de outubro: ATO NACIONAL PELA SOBERANIA, DEMOCRACIA, DIREITOS DO POVO E FORA BOLSONARO! Impeachment já!

16 de outubro: Dia Mundial da Alimentação.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Arapongas registra 46 novos casos de Coronavírus, 11 curados e nenhum óbito

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (11/09), o registro de 46 novos casos, 11 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 21.711 casos, dos quais 560 infelizmente vieram a óbito, 424 ainda estão com a doença e 20.727 já estão curados (95,5%). Ao todo, já foram realizados 77.603 testes. 

Apucarana confirma mais 26 casos de Covid-19 neste sábado

 

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou neste sábado (11) mais 26 casos de Covid-19 em Apucarana. O município segue com 475 mortes provocadas pela doença e agora soma 17.286 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos foram confirmados em testes feitos pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 15 homens (entre 6 e 84 anos) e 11 mulheres (entre 16 e 85 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Apucarana tem mais 69 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 16.507.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 45.074 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 593.

Já foram testadas 57.686 pessoas, sendo 31.827 em testes rápidos, 22.364 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.495 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 14 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, sendo cinco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e nove em leitos de enfermaria. O município tem 304 casos ativos da doença.

sábado, 11 de setembro de 2021

Gleisi: regulamentação da mídia não deve ser tabu e serve para democratizar o acesso à informação

 “O debate sobre a regulamentação da mídia é necessário para que esse direito seja efetivamente de todos - não privilégio de alguns, como ocorre historicamente em nosso país”, destaca Gleisi Hoffmann (PT) em artigo na Folha de S.Paulo

Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (Foto: Wilson Dias/ABr)

247 - A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, defendeu em artigo na Folha de S.Paulo neste sábado, 11, a modernização do marco legal das concessões de rádio e TV e dos meios digitais de comunicação “para democratizar o acesso à informação”.

Segundo ela, “não há razão para fazer desse assunto um tabu, pois não se trata de constranger a liberdade de expressão. Ao contrário, o debate sobre a regulamentação é necessário para que esse direito seja efetivamente de todos - não privilégio de alguns, como ocorre historicamente em nosso país”.

A petista argumenta que países na Europa e os Estados Unidos, “normalmente tomados como exemplos de democracia em economias de mercado regulamentam as concessões e até limitam a propriedade cruzada, que é o controle de jornais, rádio, TV, cabo e portais de internet pelo mesmo grupo”. 

Por isso, ela defende que o “preconceito” que há contra isso no Brasil precisa acabar, e destaca que as ideias contrárias à regulamentação da mídia estão marcadas “pela desinformação e norteadas por interesses econômicos”.

A deputada informa que a democratização dos meios de comunicação é assegurada pela Constituição e defende que “enfrentar mais esse tabu, por meio de uma regulamentação democrática, é a maneira mais eficaz de multiplicar vozes, sotaques, cores, imagens e mensagens na comunicação pública do país”.

“Defendemos a pluralidade informativa e o aperfeiçoamento constante do direito de resposta”, diz.

“​Ao propor o debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação, nos marcos constitucionais, o que nos move é a certeza de que liberdade, pluralidade e diversidade são inerentes à democracia. E que o acesso à informação deve ser um direito de todos, não um privilégio de poucos”, conclui.

Sem nada para mostrar, Guedes é cobrado por resultados para campanha eleitoral de Bolsonaro

 Ministro da Economia foi cobrado por Jair Bolsonaro durante reunião ministerial realizada esta semana no Palácio do Planalto

Com Bolsonaro, governo central tem 2º maior déficit para março (Foto: Alan Santos/PR)

247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi cobrado por Jair Bolsonaro para apresentar resultados positivos visando sua campanha à reeleição em 2022. De acordo com reportagem do G1, a cobrança foi feita durante reunião ministerial realizada esta semana no Palácio do Planalto. Bolsonaro teria dito, ainda, que o momento não é para pensar em biografias individuais, mas  de encontrar soluções para a economia e não deixar que o PT volte ao poder. 

Além de Bolsonaro, outros ministros e aliados de Bolsonaro também pressionam para que Guedes flexibilize o teto de gastos de maneira a pavimentar suas pretensões eleitorais. 

Bolsonaro também teria cobrado de Guedes uma solução para os seguidos aumentos nos preços dos combustíveis e do gás. A pressão do Planalto por este tipo de resultado na economia, porém, não é vista com bons olhos pelo mercado financeiro. O temor é que haja um aumento dos gastos públicos e uma piora no quadro fiscal. 

Bolsonaro fez recuo cínico por medo de cadeia, aponta a Folha, em editorial

 Jornal aponta que ele irá desapontar a turba extremista

(Foto: Divulgação)

247 – O jornal Folha de S. Paulo publica editorial neste sábado em que desconfia do recuo de Jair Bolsonaro. "Em tom cínico, a meia-volta retórica teve o intuito de salvar do incêndio as pontes que ainda permitem algum tráfego entre a Presidência, os Poderes constituídos e a economia —depois que a tentativa de mostrar força nas ruas só deu em gritaria irracional", aponta o editorialista. "Se Bolsonaro já se encontrava em avançado estágio de isolamento político, após o festival de afrontas que promoveu em Brasília e São Paulo o quadro se agravou."

"O mandatário, que já fora compelido por sobrevivência política a negociar com o centrão, vê-se agora constrangido a decepcionar sua turba extremista. Tudo somado, o alarido antidemocrático, os ataques às instituições, as conclamações exorbitantes e a encenação do recuo parecem indicar a atrofia de um presidente. Incapaz de enfrentar os reais problemas do país, Bolsonaro não cessa de promover tumultos, movido pelo temor de que ele próprio e membros de sua família tenham de prestar em breve contas à Justiça", finaliza o editorial.

‘Poder bancário terá menor importância’, diz Márcio Pochmann

 Professor disse que economia brasileira não consegue caminhar com 'próprias pernas’ e propôs transição digital e alinhamento com o oriente; veja vídeo na íntegra

(Foto: Pedro França - Agência Senado)

Por Camila Alvarenga, no Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTAS desta sexta-feira (03/09), o jornalista Breno Altman conversou com o professor de Economia da Unicamp Márcio Pochmann sobre o futuro econômico do Brasil. 

Para o especialista, não só o Brasil não está se recuperando economicamente, como o cenário poderia ser ainda pior, com inflação, aumento da taxa de juros e apagões devido ao preço abusivo da conta de luz. Segundo ele, o "curtoprazismo" da economia brasileira impede que “caminhe com as próprias pernas”.


Ele ponderou que é impossível olhar para o avanço econômico do país sem repensar o papel do Estado, sobretudo no que diz respeito a uma transição digital. “Cerca de 40% da população depende do orçamento público, mesmo com Bolsonaro. O Estado poderia reduzir seus custos, poderia realizar uma reforma tributária digital. A dificuldade que vejo é que estamos num deserto de novas ideias, olhando para o passado, achando que o Brasil é o mesmo”, disse.

Isso, porque, em sua concepção, a independência tecnológica se relaciona à soberania do país: “É possível considerar o Brasil uma nação autônoma? Sem os EUA não temos telecomunicações, agora imagina um hospital sem internet. Me parece essencial construir um GPS nacional para romper com o processo neocolonial”.

A partir daí, ele reforçou que outras reformas estruturais poderiam ser feitas, por exemplo a bancária. “No plano da economia digital, o poder bancário tende a ter importância menor. A presença de criptomoedas, por exemplo, desmobiliza o poder dos bancos. Uma nova realidade se abre”, refletiu.

Governos petistas e novo governo de esquerda

Do ponto de vista prático, Pochmann analisou as políticas econômicas do Partido dos Trabalhadores e ponderou sobre novas medidas que deveriam ser adotadas por um novo governo de esquerda.

Para ele, o programa petista focado no mercado interno foi abatido pela decadência dos EUA como principal potência econômica mundial. Pensando nisso, o cenário atual não é o mesmo de 2003, com novas potências. Assim, um novo governo de Lula poderia optar por alianças com a China ou mesmo com os BRICS, mas sempre focando “numa transição para a economia digital e a reconstituição do sistema de tecnologia”.

Para ele, mesmo que não se torne um parceiro, a China deve servir de referência: "Nosso horizonte é híbrido, temos que usar as bases do capitalismo tal como os chineses fazem. O capitalismo tem bases úteis e o Brasil, um potencial desperdiçado. O Brasil pode fazer algo parecido com o que faz a social-democracia na Europa", argumentou.

Com relação às medidas adotadas por Michel Temer e Bolsonaro, como o teto de gastos e a regra de ouro, Pochmann afirmou que falar em sua revogação se trataria de um “debate empobrecido”.

“Tudo isso se dá na parte da gestão, cada um faz a gestão de um jeito na democracia, com mais ou menos austeridade, mas não está colocada aí a questão do desenvolvimento”, criticou.

Assim, os dois grandes problemas do Brasil, na visão do professor, são a questão do financiamento e a ausência de tecnologia. Ele voltou a reforçar que, para solucioná-los, o Brasil deve mirar para o exterior. 

“Estamos na década da desaparição do dólar e do dinheiro, como vamos caminhar nessa realidade? A nossa capacidade como potência na produção primária, construindo uma base de agregação de valor, é válido no âmbito dos BRICS. Mas o nosso desenvolvimento real deve olhar para o oeste”, reiterou.

Bolsonaro paralisa a economia e não vai parar de atacar as instituições, adverte Armínio Fraga

 O economista diz que ele é uma ‘"fera ferida” e “acuada” diante de seus baixos índices de aprovação e deve tornar constantes os ataques à democracia

Armínio Fraga e manifestação contra Bolsonaro (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell | Jornalistas Livres)

247 – O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, faz uma leitura mais cautelosa do recuo de Jair Bolsonaro após o 7 de setembro. "Eu interpreto que a ausência de violência nas ruas pode ter sido tática. Não posso acusar ninguém, mas era a minha expectativa que, se tivesse havido violência, teria sido algo muito negativo para o governo", diz ele, em entrevista à Folha de S. Paulo. "Como os índices de aprovação do governo vêm caindo e parecem muito restritos ao grupo mais próximo, e insuficientes para uma reeleição, começa a ficar claro que podemos estar diante de um comportamento de fera ferida, de fera acuada. E isso é sempre um perigo Meu receio a essa altura é que isso será uma constante daqui até o fim deste governo", aponta.

"Do ponto de vista econômico, é absolutamente paralisante. De um lado, temos um governo engessado porque não prioriza direito o gasto, e não é de hoje, fazendo com que o investimento público seja muito baixo, com sérios problemas de qualidade. E isso começa a impactar nos temas clássicos. No crescimento e na desigualdade, num círculo vicioso. É assim que vejo essa história toda, terrível", diz ainda o economista.

“Houve uma redução dramática da base do Bolsonaro”, avalia João Cezar de Castro Rocha

 Pesquisador do discurso da extrema-direita, o professor acredita que Jair Bolsonaro esperava uma adesão maior aos protestos tanto por parte da sociedade como das forças de segurança. “Seria um equívoco atribuir a Bolsonaro uma força que ele não tem”. Assista na TV 247

(Foto: REUTERS/Adriano Machado |Reprodução)

247 - O professor e historiador João Cezar de Castro Rocha avaliou, em entrevista à TV 247, que, apesar de não terem sido um completo fracasso, os atos bolsonaristas do 7 de setembro não foram bem-sucedidos. A execução do plano golpista de Jair Bolsonaro, aponta, dependia de uma adesão muito mais significativa da sociedade e das forças de segurança.

“A manifestação foi um fracasso? Não. Diante de todo esse cenário, com quase 600 mil mortos, ter conseguido levar essas pessoas não é pouco. A manifestação foi um sucesso? Muito menos. O Bolsonaro esperava muito mais, e esperava uma adesão completa das polícias militares e estaduais, o que, felizmente, não houve. Em boa medida, não houve porque nós todos do campo progressista estamos denunciando”, avaliou. 

“Estas manifestações não podem ser vistas como fracassadas, é um equívoco nosso. Mas elas dão a dimensão real da redução dramática da base do Bolsonaro. Esse é o ponto importante”, completou Castro Rocha. 

Nesta quinta-feira (9), pouco depois da entrevista, Bolsonaro divulgou uma no site do governo - articulada e escrita por Michel Temer - na qual recua seu tom, diz nunca ter atacado as instituições e chega a elogiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que nos últimos dias foi chamado até de “canalha” por ele. O conteúdo deixou a base bolsonarista ainda mais perdida e parte dela revoltada com o chefe do Planalto.

Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:


Carta de Bolsonaro lembra pacto assinado por Hitler, diz Celso de Mello

 Ex-decano do STF também diz ser "arriscado dar crédito aos termos da carta assinada por Bolsonaro”

(Foto: Nelson Jr./SCO/STF | ABr)


247 - O jornalista Josias de Souza afirma, em sua coluna no UOL deste domingo (11) que o ministro  ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello “comparou a "Declaração à Nação" redigida por Michel Temer e assinada por Bolsonaro na última quinta-feira ao acordo de Munique, firmado em conferência organizada por Adolf Hitler em setembro de 1938. 

Para o ex-decano da Corte, “é arriscado dar crédito aos termos da carta assinada por Bolsonaro”. Ainda segundo ele, “se Bolsonaro revelar infidelidade ao que pactuou, terá dado plena razão à advertência segundo a qual a história, quando se repete pela segunda vez, ocorre como farsa". Celso de Mello também não descarta a possibilidade de um golpe por parte "daqueles que nutrem visceral desapreço pelo regime das liberdades fundamentais e pelo texto da Constituição".

Josias observa, ainda, que Celso de Mello avalia ser “imperativo” organizar um movimento ‘‘para resistir e frustrar qualquer subversão da ordem democrática." “Algo que constituiria ‘infame e desprezível ofensa à supremacia da Constituição’”, ressalta. 

Em editorial, Estadão afirma que "a palavra de Bolsonaro não vale nada"

 “Na prática, sua Declaração à Nação se presta a tentar fazer os brasileiros esquecerem que ele passou seu mandato se dedicando a criar uma crise atrás da outra", destaca o jornal paulista

Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O jornal O Estado de São Paulo afirma, em editorial publicado neste sábado, que não se pode confiar em Jair Bolsonaro mesmo após o recuo explicitado pela Carta à Nação divulgada após as ameaças golpistas feitas no dia 7 de setembro. “Como se sabe, a palavra de Bolsonaro não vale nada”, destaca o texto. “Na prática, sua Declaração à Nação se presta a tentar fazer os brasileiros esquecerem que ele passou seu mandato se dedicando a criar uma crise atrás da outra, inflamando o País e cometendo crimes de responsabilidade em profusão, tudo isso para esconder sua profunda incompetência”, ressalta o jornal paulista.

Ainda conforme o periódico, “num Estado Democrático de Direito, o exercício do poder exige necessariamente diálogo, respeito ao outro, reconhecimento dos erros. Por sua vez, a aposta no conflito gera impasse e paralisia. Resultado do exercício da política e expressão da necessidade de harmonia institucional, a Declaração à Nação é, assim, a perfeita antítese do bolsonarismo. Não se deve estranhar a frustração dos bolsonaristas com o texto”.

“Mas o gesto de Bolsonaro, em si, é insuficiente. Não basta parar as agressões contra juízes e as difamações contra as eleições. Há um País a ser governado. Existem problemas sérios a serem enfrentados. Talvez aqui esteja o aspecto central de desconfiança em relação a Jair Bolsonaro. O fim da produção diária de conflitos, se for para valer, é certamente bem-vindo, mas Bolsonaro não foi eleito apenas para ser pacífico, e sim para governar – o que não fez até agora”, finaliza o editorial.

Manifestações golpistas do 7 de setembro contribuíram para unificar as oposições, diz Antonio Lavareda

 Cientista político avalia que atos convocados por Jair Bolsonaro ajudaram "a produzir unidade de atores que, até a véspera, estavam divididos naturalmente, discutindo e disputando apoio eleitoral"

(Foto: Jornalistas Livres | ABr | PR)

247 - O cientista político Antonio Lavareda avalia que as manifestações golpistas promovidas por Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro “inauguraram uma nova conjuntura” que poderá resultar na união dos  partidos de esquerda e de centro-direita visando o impeachment. “Bolsonaro fez soar a "corneta" da necessidade de unir as forças de oposição ou, se não unidade, pelo menos diminuir bastante o grau de conflito entre elas para poderem, unidas, resistirem a esse avanço do presidente”, disse Lavareda ao jornal O Estado de S. Paulo

Para Lavareda, Bolsonaro ajudou “a produzir unidade de atores que, até a véspera, estavam divididos naturalmente, discutindo e disputando apoio eleitoral, a viabilidade de uma terceira via, etc. Ele produziu uma aglutinação de forças políticas, contribuindo para unificar as oposições que estavam naturalmente divididas pelas expectativas eleitorais”. 

Segundo ele, apesar do recuo das intenções golpistas explicitado por meio de uma Carta à Nação, não é possível “imaginar que os Poderes e os políticos vão simplesmente esquecer o que passou”. 

“Seu desafio pessoal será administrar sua natureza belicosa para evitar recidivas e, em direção contrária, tentar diminuir a grande frustração dos seus seguidores aos quais vendera a ideia de que a terça-feira marcaria a "segunda independência" do Brasil, mas, nesta quinta, estupefatos assistiram ao recuo espetacular do seu líder. Partidos e Judiciário vão dar tempo ao tempo. Aguardar para ver o quanto dura o "Bolsonaro amante da Constituição", observou.