quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Equipe de badminton de Apucarana é destaque no Noroeste do Estado

 Competindo nos naipes masculino e feminino, os apucaranenses conquistaram seis medalhas, sendo uma de ouro, três de prata e duas de bronze.


A equipe de badminton de Apucarana foi destaque no último final de semana na primeira etapa do Circuito Paranaense da modalidade que ocorreu no Ginásio de Esportes Lacerda Braga em Paranavaí. Competindo nos naipes masculino e feminino, os apucaranenses conquistaram seis medalhas, sendo uma de ouro, três de prata e duas de bronze. A competição reuniu mais de 200 atletas de oito cidades do Estado.

O prefeito Junior da Femac comemorou os resultados obtidos pela equipe de badminton. “A nossa equipe fez bonito competindo em Paranavaí, mostrando que Apucarana vem evoluindo a cada ano no badminton. Que nas próximas etapas e campeonatos venham mais conquistas para o nosso município”, destaca o prefeito Junior da Femac.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, enalteceu o trabalho que vem sendo feito no badminton nas últimas temporadas. “Ficamos felizes com as medalhas conquistadas em Paranavaí, com o desempenho dos nossos atletas. O badminton é mais uma modalidade que mostra o seu crescimento em Apucarana”, disse Grillo.

O professor Alysson Namba, técnico da equipe, voltou satisfeito com a performance na abertura do Circuito Paranaense. “Os nossos atletas estão de parabéns pelos resultados alcançados no final de semana. A equipe continua treinando em busca de mais medalhas e de olho nas próximas competições”, frisa Namba.

No Circuito Paranaense de Badminton, a equipe de Apucarana ganhou medalha de ouro na dupla masculina “C” , com os atletas Alysson Namba e Augusto.
Alysson Namba faturou a medalha de prata na categoria masculino “C”. Pedro e Enzo ganharam prata na dupla sub-11 e Tânia e Marcos também conquistaram prata na dupla mista 42+.

O atleta Pedro Oliveira ganhou bronze na categoria sub-11 e Tânia Guill faturou a medalha de bronze na categoria 35+.
Participaram da competição estadual atletas de Paranavaí, Apucarana, Londrina, Maringá, Curitiba, Marechal Cândido Rondon, Toledo e Foz do Iguaçu.
A equipe de Apucarana tem três competições pela frente. No dia 25 de setembro vai participar do Torneio de Badminton de Cornélio Procópio; dia 23 de outubro disputará a Copa Norte em Paranavaí, e nos dias 13, 14 e 15 de novembro participará da segunda etapa do Circuito Paranaense em Francisco Beltrão.
A equipe de badminton de Apucarana tem a parceria da Namba Training e do Espaço Cultural Nipo Brasileiro, e conta com total apoio da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana.

Complexo Áureo Caixote sedia o Paranaense de Handebol Masculino

 Apucarana foi sede, no último final de semana, da primeira etapa do Campeonato Paranaense de Handebol das séries Prata e Bronze

Com o funcionamento de todos os protocolos de saúde e segurança devido à Covid-19, o Complexo Esportivo Áureo Caixote, em Apucarana, foi sede no último final de semana da primeira etapa do Campeonato Paranaense das Séries Prata e Bronze, pelo naipe masculino.

A equipe da Associação de Handebol de Apucarana (Ahanda) estreou com vitória no sábado à noite na Série Bronze ao bater Terra Rica por 32 a 27. No dia seguinte, no período da tarde, os apucaranenses acabaram perdendo para a equipe de Ribeirão do Pinhal pelo placar apertado de 27 a 26.

O técnico Alessandro Ferreira, da Ahanda, disse que a equipe teve dois confrontos difíceis no “Áureo Caixote”. “Foram dois jogos complicados, tendo a vitória na estreia e sofrendo a derrota no domingo para o time de Ribeirão do Pinhal. Apesar desse revés a nossa equipe segue na briga em busca da vaga para a fase seguinte. Na próxima rodada, a última da fase, vamos enfrentar Arapongas, que é um adversário também muito difícil. Mas se quisermos continuar no campeonato teremos que vencer o time da cidade vizinha”, disse Ferreira.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, disse que a competição foi realizada com sucesso no último final de semana. “Depois de sediarmos os Jogos Universitários do Paraná agora realizamos o Campeonato Paranaense de Handebol, reunindo oito equipes que brigam pelo acesso em suas divisões. Respeitamos e seguimos todos os protocolos de saúde e de segurança com relação à Covid-19 e tivemos o total apoio do prefeito Junior da Femac”, destaca Grillo.

Na etapa inicial do Campeonato Paranaense a Ahanda contou com os atletas Rafael Hidalgo, Rafinha, Vitor Hashimoto, Storm, Ezequiel, Léo, Luan, Alisson, Japa, Gordo, Digão, Luis Felipe, Juninho, João, Felipe, Hugo, Moisés, Felipe Sanches e Igor.

Também pela Série Bronze na abertura da competição, Ribeirão do Pinhal venceu Arapongas por 26 a 23 e na rodada seguinte os araponguenses perderam para Terra Rica por 35 a 26.

Na próxima rodada do campeonato a Ahanda vai encarar Arapongas e Ribeirão do Pinhal joga contra Terra Rica. A data e o local desses jogos ainda serão definidos pela Liga de Handebol do Paraná.

A equipe de Ribeirão do Pinhal lidera a primeira fase da competição com 4 pontos, seguida por Terra Rica e Ahanda com 2; e Arapongas 0. As duas melhores agremiações avançam na competição.

Os resultados da Série Prata foram os seguintes: Mandaguaçu 26 x 24 Jussara, Candói 25 x 19 Mariluz, Mandaguaçu 26 x 25 Mariluz e Candói 19 x 19 Jussara.


Apucarana oferece capacitação em mecânica para frentistas

 Outros dois cursos através do Senai também estão com matrículas abertas junto ao Centro Municipal de Qualificação Total : Gestão de Estoque e Costura Industrial de Camisetas

(Foto: PMA)


O Centro de Qualificação Total da Prefeitura de Apucarana está com inscrições abertas para o curso de mecânica automotiva básica voltada a frentistas de postos de combustíveis. O prefeito Júnior da Femac lembra que a capacitação faz parte de uma gama de cursos adquiridos através da Secretaria da Indústria, Comércio e Emprego junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e oferecidos gratuitamente à população.

“Temos ouvido o setor produtivo frequentemente para definir as áreas que o mercado de trabalho mais demanda mão de obra e, através de investimento público, estamos adquirindo diversos cursos para qualificar a população”, detalha o prefeito. Segundo ele, o grupo que integra o Programa Municipal de Qualificação Técnica elencou 72 opções de capacitação que agora estão sendo adquiridas pelo Município junto ao Senai, Senac, Senar, Senat, entre outros. O investimento é de cerca de R$ 700 mil.

A formação profissional para frentistas terá início no dia 18 de setembro (um sábado), das 13 às 17 horas, com aulas junto às instalações do Senai Apucarana. “Para este curso a idade mínima é de 18 anos”, informa Miguel Luiz Vilas Boas, coordenador do Centro de Qualificação Total.

Outras duas capacitações, também através do Senai, estão com matrículas abertas. “Temos a formação de Gestão de Estoque, no período noturno, com início previsto para o dia 27 de setembro, e para o curso de Costura Industrial de Camisetas, com aulas iniciando a partir de 25 de outubro”, relata Dorival Miguel da Silva, coordenador do centro profissionalizante da prefeitura. De acordo com ele, o curso “Gestão de Estoque” será de segunda a sexta-feira, das 19 às 23 horas, no Senai Apucarana, e o de “costura industrial” das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, também de segunda a sexta-feira com aulas no Centro de Qualificação Total. “Ambas capacitações, também gratuitas, têm exigência de 16 anos como idade mínima”, complementa Silva.

Inscrições – O Centro de Qualificação Total da Prefeitura de Apucarana funciona junto à Rua Ouro Verde, 300 – Jardim América. Para inscrição o interessado deve apresentar CPF e RG, bem como comprovante de residência. O telefone de contato para mais informações é o 3426-7241 ou o 99989-8424.

Novos lotes de vacina contra Covid-19 chegaram ao Paraná nesta quarta-feira

 

Além das vacinas, serão encaminhadas também aos municípios 114.900 seringas de 1 ml, 655.00 agulhas 22 g e 1.631.600 seringas de 3 ml já com agulha própria e 636.330 de diluente.

© Geraldo Bubniak


O Paraná recebeu nesta quarta-feira (8) dois lotes com 156.828 doses de vacina contra a Covid-19. A remessa desembarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, às 12h55, no voo LA3443.
Os imunizantes da Pfizer/BioNTech fazem parte da 48ª pauta de distribuição do Ministério da Saúde e já estão no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para conferência e armazenamento, até que sejam repassados aos municípios. Desse total, 54.990 são para primeira dose (D1) e 101.838 para a segunda dose (D2).   

Além das vacinas o órgão encaminhou também 114.900 seringas de 1 ml, 655.00 agulhas 22 g e 1.631.600 seringas de 3 ml já com agulha própria e 636.330 de diluente.

Segundo os dados do Vacinômetro nacional, o Paraná já aplicou 11.347.173 vacinas contra a Covid-19, sendo 7.612.649 D1, 320.825 doses únicas (DU) e 3.414.567 D2.

Fonte: AEN

Gleisi diz que oposição vai debater próximos passos do impeachment e descarta participar de ato do dia 12

 Presidenta do PT disse que o partido não irá participar do ato contra Bolsonaro convocado pelo MBL

Presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e um ato pelo Fora Bolsonaro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Giorgia Prates/Mídia NINJA)

247 - A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, afirmou que os partidos de oposição se reúnem no fim desta quarta-feira (8) para debater os próximos passos da campanha do impeachment de Jair Bolsonaro, após as manifestações golpistas de 7 de Setembro. 

Pelo Twitter, Gleisi indicou que o PT não irá participar das manifestações contra Bolsonaro do próximo dia 12, organizadas por grupos de direita como o MBL. "Convidamos outros partidos, especialmente os que têm origem na luta pela redemocratização, para se juntar a nós nesta jornada pela Democracia e pelo Brasil. Não se trata de aderir a atos já marcados, mas de construirmos juntos o caminho", afirmou. 

Lira fecha os olhos aos novos crimes de Bolsonaro, torna-se cúmplice e decide ignorar clamor por impeachment

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decide ser cúmplice de Jair Bolsonaro nos crimes contra a ordem constitucional

Arthur Lira (Foto: Reprodução)

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em pronunciamento nesta quarta-feira (8), um dia após as manifestações golpistas convocadas por Jair Bolsonaro, que é preciso "dar um basta nessa escalada e nas bravatas” do chefe do governo federal. 

Ele, no entanto, não falou em nenhum momento diretamente sobre os mais de 120 pedidos de impeachment protocolados na Casa, tornando-se, portanto, cúmplice de Bolsonaro nos crimes contra a ordem democrática.

"A Câmara não parou diante de crises que só fazem o Brasil perder tempo. O tal quadrado deve circunscrever. Não posso admitir questionamentos a decisões judiciais e da Casa, como a do Voto Impresso. Vou seguir defendendo o direito dos parlamentares a livre expressão. É hora de dar um basta nessa escalada e em bravatas em redes sociais, que acabam amplificadas, e vídeos em um eterno palanque passaram a impactar o dia-a-dia do Brasil de verdade”, disse Lira.

O presidente da Câmara também reforçou o compromisso do país com a eleição de 2022, ressaltando que o pleito será realizado na data prevista e com as urnas eletrônicas, classificadas por ele como "seguras".

Caminhões bloqueiam Esplanada e pressionam por invasão ao acesso do STF

 Os manifestantes que permanecem em Brasília após os atos golpistas de 7 de setembro falam abertamente em invasão ao STF, em fechamento da Suprema Corte e em prisão dos ministros

(Foto: Reprodução)

247 - Um grupo de mais de cem caminhões de apoiadores de Jair Bolsonaro ocupa a Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira (8) e estão sendo usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

Os manifestantes que permanecem em Brasília após os atos golpistas de 7 de setembro falam abertamente em invasão ao STF, em fechamento da Suprema Corte e em prisão dos ministros, na linha dos discurso golpista de Bolsonaro.

Segundo a Folha de S. Paulo, o clima é de hostilidade a jornalistas e aos policiais militares que fazem a barreira que impede o acesso ao STF e ao Congresso.

Aras não cita ameaças de Bolsonaro e chama atos golpistas de "festa cívica"

 Em seu discurso, o PGR não citou Jair Bolsonaro, que ameaçou interferir no STF

Augusto Aras e Jair Bolsonaro (Foto: Leonardo Prado/MPF)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, chamou os atos golpistas do 7 de setembro de "festa cívica". 

“Acompanhamos uma festa cívica, com manifestações pacíficas, que ocorreram de forma ordeira pelo Brasil. As manifestações de 7 de setembro foram plurais e abertas”, disse o PGR.

Em discurso após o forte pronunciamento de Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Aras limitou-se a defender a independência entre os Poderes e a afirmar que o Ministério Público segue atuante. O PGR não citou Jair Bolsonaro, que ameaçou interferir no STF

“O MP brasileiro segue trabalhando pela sustentação da ordem jurídica e democrática”, disse Aras. "Quando discordâncias vão para além de manifestações críticas, merecendo alguma providência, hão de ser encaminhadas pelas vias adequadas, de modo a não criar constrangimentos e dificuldades. Quiçá injustiças em vez de soluções", prosseguiu. (Com informações do Antagonista). 

Fux diz que Bolsonaro comete crime de responsabilidade se desobedecer decisões e avisa: "ninguém fechará esta Corte"

 Presidente do STF diz que manifestações "antidemocráticas" e "ilícitas" são intoleráveis. "Se o desprezo por decisões ocorre por iniciativa de qualquer Poder, essa atitude configura crime de responsabilidade, pelo Congresso", diz Fux. Leia discurso na íntegra

(Foto: STF | REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou nesta quarta-feira que configura crime de responsabilidade o descumprimento de decisões judiciais, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter ameaçado em ato de 7 de Setembro não acatar mais determinações do ministro do STF Alexandre de Moraes.

"O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional", disse ele, em pronunciamento na abertura da sessão do plenário.

Em um duro discurso, Fux disse que há narrativas de "descredibilização" do Supremo e de seus membros que têm sido "gravemente difundidas pelo chefe da nação".

"Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na corte", disse.

Desde a véspera, ministros do Supremo vinham discutindo internamente a reação ao discurso feito por Bolsonaro nos atos em Brasília e em São Paulo. Ele atacou principalmente os ministros Alexandre de Moraes, que conduz investigações sensíveis contra ele e pessoas próximas, e Luís Roberto Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sem fechamento

No pronunciamento, Fux exaltou a independência dos magistrados e destacou que ninguém vai fechar o Supremo --alguns manifestantes na véspera empunharam cartazes e fizeram declarações nesse sentido.

"Ninguém fechará esta corte. Nós a manteremos de pé, com suor e perseverança", disse.

"No exercício de seu papel, o Supremo Tribunal Federal não se cansará de pregar fidelidade à Constituição e, ao assim proceder, esta corte reafirmará, ao longo de sua perene existência, o seu necessário compromisso com a democracia, com os direitos humanos e com o respeito aos Poderes e às instituições deste país", reforçou.

Mais uma vez sem citar Bolsonaro, Fux conclamou os líderes do país a se dedicarem aos problemas reais que assolam o nosso país.

"A pandemia, que ainda não acabou e já levou 580 mil vidas brasileiras; o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que ameaça a nossa retomada econômica", enumerou.

Leia o discurso de Luiz Fux na íntegra:

O Brasil comemorou, na data de ontem, 199 anos de sua independência. Em todas as capitais e em diversas cidades do país, cidadãos compareceram às ruas. O país acompanhou atento o desenrolar das manifestações e, para tranquilidade de todos nós, os movimentos não registraram incidentes graves.

Com efeito, os participantes exerceram as suas liberdades de reunião e de expressão – direitos fundamentais ostensivamente protegidos por este Supremo Tribunal Federal.

Nesse ponto, é forçoso enaltecer a atuação das forças de segurança do país, em especial as polícias militares e a Polícia Federal, cujos membros não mediram esforços para a preservação da ordem e da incolumidade do patrimônio público, com integral respeito à dignidade dos manifestantes.

Destaque-se, por seu turno, o empenho das Forças Armadas, dos governadores de Estado e dos demais agentes de segurança e de inteligência pública, que monitoraram em tempo real todas as manifestações, permitindo assim o seu desenrolar com ordem e paz.

De norte a sul do país, percebemos que os policiais e demais agentes atuaram conscientes de que a democracia é importante não apenas para si, mas também para seus filhos, que crescerão ao pálio da normalidade institucional que seus pais contribuíram para manter.

Este Supremo Tribunal Federal também esteve atento à forma e ao conteúdo dos atos realizados no dia de ontem. Cartazes e palavras de ordem veicularam duras críticas à Corte e aos seus membros, muitas delas também vocalizadas pelo senhor presidente da República, em seus discursos em Brasília e em São Paulo.

Na qualidade de chefe do Poder Judiciário e presidente do Supremo Tribunal Federal, impõe-se uma palavra de patriotismo e de respeito às instituições do país.

Nós, magistrados, ministras e ministros do Supremo Tribunal Federal, sabemos que nenhuma nação constrói a sua identidade sem dissenso.

A convivência entre visões diferentes sobre o mesmo mundo é pressuposto da democracia, que não sobrevive sem debates sobre o desempenho dos seus governos e de suas instituições.

Nesse contexto, em toda a sua trajetória nesses 130 anos de vida republicana, o Supremo Tribunal Federal jamais se negou – e jamais se negará – ao aprimoramento institucional em prol do nosso amado país.

No entanto, a crítica institucional não se confunde – e nem se adequa – com narrativas de descredibilização do Supremo Tribunal Federal e de seus membros, tal como vem sendo gravemente difundidas pelo Chefe da Nação.

Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis, em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumirmos uma cadeira nesta Corte.

Infelizmente, tem sido cada vez mais comum que alguns movimentos invoquem a democracia como pretexto para a promoção de ideais antidemocráticos.

Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras não admitem que se coloque o povo contra o povo, ou o povo contra as suas instituições.

Todos sabemos que quem promove o discurso do "nós contra eles" não propaga democracia, mas a política do caos.

Em verdade, a democracia é o discurso do "um por todos e todos por um, respeitadas as nossas diferenças e complexidades".

Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas fáceis e messiânicas, que criam falsos inimigos da nação.

Mais do que nunca, o nosso tempo requer respeito aos poderes constituídos. O verdadeiro patriota não fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do país. Pelo contrário, procura enfrentá-los, tal como um incansável artesão, tecendo consensos mínimos entre os grupos que naturalmente pensam diferentes. Só assim é possível pacificar e revigorar uma nação inteira.

Imbuído desse espírito democrático e de vigor institucional, este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções.

Os juízes da Suprema Corte – e todos os mais de 20 mil magistrados do país – têm compromisso com a sua independência, assegurada nesse documento sagrado que é a nossa Constituição, que consagra as aspirações do povo brasileiro e faz jus às lutas por direitos empreendidas pelas gerações que nos antecederam.

O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional.

Num ambiente político maduro, questionamentos às decisões judiciais devem ser realizados não através da desobediência, não através da desordem, não através do caos provocado, mas decerto pelos recursos que as vias processuais oferecem.

Ninguém, ninguém fechará esta Corte.

Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem. No exercício de seu papel, o Supremo Tribunal Federal não se cansará de pregar fidelidade à Constituição e, ao assim proceder, esta Corte reafirmará, ao longo de sua perene existência, o seu necessário compromisso com o regime democrático, com os direitos humanos e com o respeito aos poderes e às instituições deste país.

Em nome das ministras e dos ministros desta Casa, conclamo os líderes do nosso país a que se dediquem aos problemas reais que assolam o nosso povo: a pandemia, que ainda não acabou e já levou para o túmulo mais de 580 mil vidas brasileiras, e levou a dor a estes familiares que perderam entes queridos; devemos nos preocupar com o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; nos preocupar com a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que se avizinha e que ameaça a nossa retomada econômica.

Esperança por dias melhores é o nosso desejo e o desejo de todos, mas continuamos firmes na exigência de narrativas e comportamentos democráticos, à altura do que o povo brasileiro almeja e merece.

Não temos mais tempo a perder.

Ministro Luiz Fux

Caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam rodovias federais

 No início da tarde, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que já havia desmobilizado pelo menos 56 bloqueios em quatro estados. Outras informações dão conta de que seis estados já registraram paralisações

(Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já desmobilizou, segundo o governo Jair Bolsonaro, pelo menos 56 bloqueios de estradas montados por caminhoneiros e manifestantes bolsonaristas que seguem protestando desde os atos golpistas convocados por Bolsonaro para esta terça-feira, 7 de setembro.

O Ministério da Infraestrutura, de acordo com a Veja, afirma que bloqueios foram realizados em quatro estados até às 14h30 desta quarta-feira (8), sendo a maioria registrada em Santa Catarina. A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, comunica que seis estados registraram bloqueios, incluindo o Amazonas, onde um caminhoneiro diz em vídeo que está tudo "trancado", manda todo mundo "ficar em casa" e que o "movimento começou". De acordo com a Folha de S. Paulo, foram registradas paralisações também no Paraná e Espírito Santo. 

O movimento não contou, no entanto, com a adesão de toda a categoria porque líderes do setor entenderam que os atos do 7 de setembro não tiveram como objetivo defender as pautas que são caras ao grupo.

Em Brasília, um grupo de mais de cem apoiadores de Bolsonaro ocupa a Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira e estão sendo usados para pressionar pela derrubada da barreira que dá acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

"A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a 0h do dia 09/09”, diz o governo federal.

O ministério também alega que as paralisações são isoladas e não são coordenadas por qualquer entidade setorial.

Nenhum PM da ativa participou dos atos golpistas a favor de Bolsonaro

 Somente policiais aposentados foram identificados no protesto da avenida Paulista, onde apoiadores de Jair Bolsonaro defenderam um golpe no país

(Foto: Isac Nóbrega/PR | GovSP)

247 - O comando da Polícia Militar de São Paulo informou que nenhum PM da ativa participou dos atos golpistas favoráveis a Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (7). Somente policiais aposentados foram identificados no protesto da avenida Paulista, o que não configura transgressão disciplinar. A informação foi publicada em reportagem de Rogério Pagnan, na Folha.

Depois das manifestações aumentou ainda mais a pressão da sociedade e da oposição para Bolsonaro não seguir no cargo.

O PT, o PSDB e mais cinco partidos estão preparando um novo pedido de impeachment. Bolsonaro já foi alvo de mais de cem pedidos de afastamento. 

Quem também cobrou a saída de Bolsonaro foi Nilson Teixeira, ex-economista-chefe do Credit Suisse e do Chase Manhattan, ao afirmar, em artigo no Valor Econômico, que "não é possível conviver com um aprofundamento contínuo da crise em várias frentes".

De acordo com a pesquisa da Quaest Consultoria encomendada pela Genial Investimentos, divulgada na última quarta-feira (1), a avaliação negativa de Bolsonaro atingiu 48% dos brasileiros, alta de quatro pontos percentuais sobre o levantamento anterior, publicado no começo de agosto.

Bolsonaristas tentam invadir prédio do Ministério da Saúde (vídeo)

 Os portões foram reforçados por uma equipe de segurança. Os manifestantes bateram nos vidros e perseguiram um cinegrafista de uma rede de televisão


 247 - Manifestantes bolsonaristas tentaram invadir o prédio do Ministério da Saúde, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (8). O grupo está na capital federal após participação nos atos do 7 de setembro. 

Os portões foram reforçados por uma equipe de segurança. Os manifestantes bateram nos vidros e perseguiram um cinegrafista de uma rede de televisão. 

A confusão teria começado após um homem ter feito críticas a Jair Bolsonaro, informa o Metrópoles. Os manifestantes o cercaram e atacaram as equipes de mídia que estavam no local.

Palácio Itamaraty foi alvo dos bolsonaristas no dia 7. O Supremo Tribunal Federal (STF), principal pauta das manifestações, teve sua segurança reforçada para esta quarta. Houve ao menos sete tentativas de invasão do STF, segundo as forças de segurança do Distrito Federal.

Confira abaixo:


Líderes de partidos de esquerda comemoram possível adesão de PSDB e PSD a impeachment de Bolsonaro

 Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Carlos Lupi, do PDT, e Juliano Medeiros, do PSOL, receberam positivamente o anúncio dos tucanos e do PSD

Manifestações do 7 de setembro pedem impeachment de Bolsonaro (Foto: Brasil 247)

247 - Líderes de partidos da esquerda comemoram as declarações recentes de representantes do PSDB e do PSD sinalizando que podem aderir ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. 

Nesta terça-feira (7), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente do PDT, Carlos Lupi e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, comemoraram a sinalização dos tucanos e do PSD. 

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse que as declarações de Bolsonaro feitas na manifestação em Brasília são “gravíssimas” e convocou uma reunião da diretoria executiva da legenda para discutir a posição do partido sobre o impeachment.

Na segunda (6), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que o partido pode apoiar o impeachment caso Bolsonaro insista na escalada de ataques contra as instituições democráticas.

“Até que enfim, né? Acho importante. O que mais ele precisa fazer para a gente ‘impichá-lo’”, diz a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Por sua vez, Carlos Lupi, presidente do PDT, considerou importante a sinalização do PSDB e do PSD. Para o pedetista, desendaceou-se uma reação natural que Bolsonaro está “provocando em todos os democratas”, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo

Para Gleisi Hoffmann, há “dois campos claros” na política brasileira atual. “O democrático, que envolve os partidos de esquerda, de centro e da direita liberal, que participaram da abertura democrática do país. E o autoritário, que é Bolsonaro”, avalia.

Por sua vez, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que “na luta que estamos travando, a gente não escolhe aliados”.

Supremo está indignado com ameaças de Bolsonaro, que podem motivar pedido de impeachment

 A indignação foi demonstrada durante reunião dos ministros do STF após os discursos de Jair Bolsonaro nas manifestações antidemocráticas do 7 de Setembro. Fux deve dizer que descumprimento de decisões do Tribunal podem motivar pedido de impeachment

Luiz Fux e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)

247 - Foi com indignação que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam as ameaças feitas por Jair Bolsonaro contra a Corte durante os atos de 7 de setembro.

A resposta será dada na tarde desta quarta-feira (8), quando no início da sessão o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, fará um pronunciamento para rechaçar os ataques de Jair Bolsonaro. 

Segundo O Globo, Fux vai rebater o aviso dado por Bolsonaro de que não cumprirá qualquer determinação judicial proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que o investigam no STF. O presidente da Suprema Corte vai deixar claro que, caso de fato desrespeite decisão do Supremo, seja de qual ministro for, Bolsonaro vai incorrer em crime de responsabilidade - o que pode motivar um pedido de impeachment.

A decisão dos ministros de se pronunciarem de forma coletiva e institucional via discurso de Fux foi tomada conjuntamente numa reunião virtual com dez dos 11 integrantes do tribunal - apenas Dias Toffolli não compareceu. Todos os magistrados deram suas opiniões em pouco mais de uma hora de conversa. Durante a reunião, palavras como "absurdo", "golpista", "fascista" foram usadas para classificar os discursos de Bolsonaro. 

Perto de ser preso, Zé Trovão faz convocação desesperada aos bolsonaristas contra o STF (vídeo)

 Esta é a terceira vez que o extremista divulga um vídeo desafiando Alexandre de Moraes desde que sua prisão foi decretada

Zé Trovão (Foto: Reprodução)

247 - O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, que está foragido, postou em sua conta no Tik Tok nesta terça-feira um vídeo em que chama as pessoas a comparecerem à Brasília para levar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Senado. A reportagem é do jornal O Globo. 

 "Amanhã, na frente do Senado Federal, todo povo que está em Brasília... vamos acompanhar a comitiva que vai entregar o pedido, a exigência, a determinação popular, do impeachment dos ministros (do STF). Não vamos dar tempo para mais ninguém fazer nada. Essa semana tem que resolver o problema do Brasil. Eu não aguento mais ficar nessa merda aqui não", diz Zé Trovão.

Zé Trovão já havia distribuído em um canal do Telegram um vídeo de quase dois minutos desafiando o ministro do STF Alexandre de Moraes a prendê-lo.

No vídeo, publicado nesta segunda-feira, ele diz: "Alexandre de Moraes, você pode até tentar me buscar, meu irmão, não adianta você me prender não, porque o Brasil ganhou, Alexandre de Moraes! Você perdeu, Alexandre de Moraes! Você não é mais nada! Esses ministros que acabaram com a nossa Justiça."