quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Fux diz que Bolsonaro comete crime de responsabilidade se desobedecer decisões e avisa: "ninguém fechará esta Corte"

 Presidente do STF diz que manifestações "antidemocráticas" e "ilícitas" são intoleráveis. "Se o desprezo por decisões ocorre por iniciativa de qualquer Poder, essa atitude configura crime de responsabilidade, pelo Congresso", diz Fux. Leia discurso na íntegra

(Foto: STF | REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou nesta quarta-feira que configura crime de responsabilidade o descumprimento de decisões judiciais, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter ameaçado em ato de 7 de Setembro não acatar mais determinações do ministro do STF Alexandre de Moraes.

"O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional", disse ele, em pronunciamento na abertura da sessão do plenário.

Em um duro discurso, Fux disse que há narrativas de "descredibilização" do Supremo e de seus membros que têm sido "gravemente difundidas pelo chefe da nação".

"Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na corte", disse.

Desde a véspera, ministros do Supremo vinham discutindo internamente a reação ao discurso feito por Bolsonaro nos atos em Brasília e em São Paulo. Ele atacou principalmente os ministros Alexandre de Moraes, que conduz investigações sensíveis contra ele e pessoas próximas, e Luís Roberto Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sem fechamento

No pronunciamento, Fux exaltou a independência dos magistrados e destacou que ninguém vai fechar o Supremo --alguns manifestantes na véspera empunharam cartazes e fizeram declarações nesse sentido.

"Ninguém fechará esta corte. Nós a manteremos de pé, com suor e perseverança", disse.

"No exercício de seu papel, o Supremo Tribunal Federal não se cansará de pregar fidelidade à Constituição e, ao assim proceder, esta corte reafirmará, ao longo de sua perene existência, o seu necessário compromisso com a democracia, com os direitos humanos e com o respeito aos Poderes e às instituições deste país", reforçou.

Mais uma vez sem citar Bolsonaro, Fux conclamou os líderes do país a se dedicarem aos problemas reais que assolam o nosso país.

"A pandemia, que ainda não acabou e já levou 580 mil vidas brasileiras; o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que ameaça a nossa retomada econômica", enumerou.

Leia o discurso de Luiz Fux na íntegra:

O Brasil comemorou, na data de ontem, 199 anos de sua independência. Em todas as capitais e em diversas cidades do país, cidadãos compareceram às ruas. O país acompanhou atento o desenrolar das manifestações e, para tranquilidade de todos nós, os movimentos não registraram incidentes graves.

Com efeito, os participantes exerceram as suas liberdades de reunião e de expressão – direitos fundamentais ostensivamente protegidos por este Supremo Tribunal Federal.

Nesse ponto, é forçoso enaltecer a atuação das forças de segurança do país, em especial as polícias militares e a Polícia Federal, cujos membros não mediram esforços para a preservação da ordem e da incolumidade do patrimônio público, com integral respeito à dignidade dos manifestantes.

Destaque-se, por seu turno, o empenho das Forças Armadas, dos governadores de Estado e dos demais agentes de segurança e de inteligência pública, que monitoraram em tempo real todas as manifestações, permitindo assim o seu desenrolar com ordem e paz.

De norte a sul do país, percebemos que os policiais e demais agentes atuaram conscientes de que a democracia é importante não apenas para si, mas também para seus filhos, que crescerão ao pálio da normalidade institucional que seus pais contribuíram para manter.

Este Supremo Tribunal Federal também esteve atento à forma e ao conteúdo dos atos realizados no dia de ontem. Cartazes e palavras de ordem veicularam duras críticas à Corte e aos seus membros, muitas delas também vocalizadas pelo senhor presidente da República, em seus discursos em Brasília e em São Paulo.

Na qualidade de chefe do Poder Judiciário e presidente do Supremo Tribunal Federal, impõe-se uma palavra de patriotismo e de respeito às instituições do país.

Nós, magistrados, ministras e ministros do Supremo Tribunal Federal, sabemos que nenhuma nação constrói a sua identidade sem dissenso.

A convivência entre visões diferentes sobre o mesmo mundo é pressuposto da democracia, que não sobrevive sem debates sobre o desempenho dos seus governos e de suas instituições.

Nesse contexto, em toda a sua trajetória nesses 130 anos de vida republicana, o Supremo Tribunal Federal jamais se negou – e jamais se negará – ao aprimoramento institucional em prol do nosso amado país.

No entanto, a crítica institucional não se confunde – e nem se adequa – com narrativas de descredibilização do Supremo Tribunal Federal e de seus membros, tal como vem sendo gravemente difundidas pelo Chefe da Nação.

Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis, em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumirmos uma cadeira nesta Corte.

Infelizmente, tem sido cada vez mais comum que alguns movimentos invoquem a democracia como pretexto para a promoção de ideais antidemocráticos.

Estejamos atentos a esses falsos profetas do patriotismo, que ignoram que democracias verdadeiras não admitem que se coloque o povo contra o povo, ou o povo contra as suas instituições.

Todos sabemos que quem promove o discurso do "nós contra eles" não propaga democracia, mas a política do caos.

Em verdade, a democracia é o discurso do "um por todos e todos por um, respeitadas as nossas diferenças e complexidades".

Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas fáceis e messiânicas, que criam falsos inimigos da nação.

Mais do que nunca, o nosso tempo requer respeito aos poderes constituídos. O verdadeiro patriota não fecha os olhos para os problemas reais e urgentes do país. Pelo contrário, procura enfrentá-los, tal como um incansável artesão, tecendo consensos mínimos entre os grupos que naturalmente pensam diferentes. Só assim é possível pacificar e revigorar uma nação inteira.

Imbuído desse espírito democrático e de vigor institucional, este Supremo Tribunal Federal jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções.

Os juízes da Suprema Corte – e todos os mais de 20 mil magistrados do país – têm compromisso com a sua independência, assegurada nesse documento sagrado que é a nossa Constituição, que consagra as aspirações do povo brasileiro e faz jus às lutas por direitos empreendidas pelas gerações que nos antecederam.

O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional.

Num ambiente político maduro, questionamentos às decisões judiciais devem ser realizados não através da desobediência, não através da desordem, não através do caos provocado, mas decerto pelos recursos que as vias processuais oferecem.

Ninguém, ninguém fechará esta Corte.

Nós a manteremos de pé, com suor, perseverança e coragem. No exercício de seu papel, o Supremo Tribunal Federal não se cansará de pregar fidelidade à Constituição e, ao assim proceder, esta Corte reafirmará, ao longo de sua perene existência, o seu necessário compromisso com o regime democrático, com os direitos humanos e com o respeito aos poderes e às instituições deste país.

Em nome das ministras e dos ministros desta Casa, conclamo os líderes do nosso país a que se dediquem aos problemas reais que assolam o nosso povo: a pandemia, que ainda não acabou e já levou para o túmulo mais de 580 mil vidas brasileiras, e levou a dor a estes familiares que perderam entes queridos; devemos nos preocupar com o desemprego, que conduz o cidadão ao limite da sobrevivência biológica; nos preocupar com a inflação, que corrói a renda dos mais pobres; e a crise hídrica, que se avizinha e que ameaça a nossa retomada econômica.

Esperança por dias melhores é o nosso desejo e o desejo de todos, mas continuamos firmes na exigência de narrativas e comportamentos democráticos, à altura do que o povo brasileiro almeja e merece.

Não temos mais tempo a perder.

Ministro Luiz Fux

Caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam rodovias federais

 No início da tarde, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que já havia desmobilizado pelo menos 56 bloqueios em quatro estados. Outras informações dão conta de que seis estados já registraram paralisações

(Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já desmobilizou, segundo o governo Jair Bolsonaro, pelo menos 56 bloqueios de estradas montados por caminhoneiros e manifestantes bolsonaristas que seguem protestando desde os atos golpistas convocados por Bolsonaro para esta terça-feira, 7 de setembro.

O Ministério da Infraestrutura, de acordo com a Veja, afirma que bloqueios foram realizados em quatro estados até às 14h30 desta quarta-feira (8), sendo a maioria registrada em Santa Catarina. A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, comunica que seis estados registraram bloqueios, incluindo o Amazonas, onde um caminhoneiro diz em vídeo que está tudo "trancado", manda todo mundo "ficar em casa" e que o "movimento começou". De acordo com a Folha de S. Paulo, foram registradas paralisações também no Paraná e Espírito Santo. 

O movimento não contou, no entanto, com a adesão de toda a categoria porque líderes do setor entenderam que os atos do 7 de setembro não tiveram como objetivo defender as pautas que são caras ao grupo.

Em Brasília, um grupo de mais de cem apoiadores de Bolsonaro ocupa a Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira e estão sendo usados para pressionar pela derrubada da barreira que dá acesso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional.

"A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a 0h do dia 09/09”, diz o governo federal.

O ministério também alega que as paralisações são isoladas e não são coordenadas por qualquer entidade setorial.

Nenhum PM da ativa participou dos atos golpistas a favor de Bolsonaro

 Somente policiais aposentados foram identificados no protesto da avenida Paulista, onde apoiadores de Jair Bolsonaro defenderam um golpe no país

(Foto: Isac Nóbrega/PR | GovSP)

247 - O comando da Polícia Militar de São Paulo informou que nenhum PM da ativa participou dos atos golpistas favoráveis a Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (7). Somente policiais aposentados foram identificados no protesto da avenida Paulista, o que não configura transgressão disciplinar. A informação foi publicada em reportagem de Rogério Pagnan, na Folha.

Depois das manifestações aumentou ainda mais a pressão da sociedade e da oposição para Bolsonaro não seguir no cargo.

O PT, o PSDB e mais cinco partidos estão preparando um novo pedido de impeachment. Bolsonaro já foi alvo de mais de cem pedidos de afastamento. 

Quem também cobrou a saída de Bolsonaro foi Nilson Teixeira, ex-economista-chefe do Credit Suisse e do Chase Manhattan, ao afirmar, em artigo no Valor Econômico, que "não é possível conviver com um aprofundamento contínuo da crise em várias frentes".

De acordo com a pesquisa da Quaest Consultoria encomendada pela Genial Investimentos, divulgada na última quarta-feira (1), a avaliação negativa de Bolsonaro atingiu 48% dos brasileiros, alta de quatro pontos percentuais sobre o levantamento anterior, publicado no começo de agosto.

Bolsonaristas tentam invadir prédio do Ministério da Saúde (vídeo)

 Os portões foram reforçados por uma equipe de segurança. Os manifestantes bateram nos vidros e perseguiram um cinegrafista de uma rede de televisão


 247 - Manifestantes bolsonaristas tentaram invadir o prédio do Ministério da Saúde, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (8). O grupo está na capital federal após participação nos atos do 7 de setembro. 

Os portões foram reforçados por uma equipe de segurança. Os manifestantes bateram nos vidros e perseguiram um cinegrafista de uma rede de televisão. 

A confusão teria começado após um homem ter feito críticas a Jair Bolsonaro, informa o Metrópoles. Os manifestantes o cercaram e atacaram as equipes de mídia que estavam no local.

Palácio Itamaraty foi alvo dos bolsonaristas no dia 7. O Supremo Tribunal Federal (STF), principal pauta das manifestações, teve sua segurança reforçada para esta quarta. Houve ao menos sete tentativas de invasão do STF, segundo as forças de segurança do Distrito Federal.

Confira abaixo:


Líderes de partidos de esquerda comemoram possível adesão de PSDB e PSD a impeachment de Bolsonaro

 Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Carlos Lupi, do PDT, e Juliano Medeiros, do PSOL, receberam positivamente o anúncio dos tucanos e do PSD

Manifestações do 7 de setembro pedem impeachment de Bolsonaro (Foto: Brasil 247)

247 - Líderes de partidos da esquerda comemoram as declarações recentes de representantes do PSDB e do PSD sinalizando que podem aderir ao pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. 

Nesta terça-feira (7), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente do PDT, Carlos Lupi e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, comemoraram a sinalização dos tucanos e do PSD. 

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse que as declarações de Bolsonaro feitas na manifestação em Brasília são “gravíssimas” e convocou uma reunião da diretoria executiva da legenda para discutir a posição do partido sobre o impeachment.

Na segunda (6), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que o partido pode apoiar o impeachment caso Bolsonaro insista na escalada de ataques contra as instituições democráticas.

“Até que enfim, né? Acho importante. O que mais ele precisa fazer para a gente ‘impichá-lo’”, diz a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Por sua vez, Carlos Lupi, presidente do PDT, considerou importante a sinalização do PSDB e do PSD. Para o pedetista, desendaceou-se uma reação natural que Bolsonaro está “provocando em todos os democratas”, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo

Para Gleisi Hoffmann, há “dois campos claros” na política brasileira atual. “O democrático, que envolve os partidos de esquerda, de centro e da direita liberal, que participaram da abertura democrática do país. E o autoritário, que é Bolsonaro”, avalia.

Por sua vez, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que “na luta que estamos travando, a gente não escolhe aliados”.

Supremo está indignado com ameaças de Bolsonaro, que podem motivar pedido de impeachment

 A indignação foi demonstrada durante reunião dos ministros do STF após os discursos de Jair Bolsonaro nas manifestações antidemocráticas do 7 de Setembro. Fux deve dizer que descumprimento de decisões do Tribunal podem motivar pedido de impeachment

Luiz Fux e Jair Bolsonaro (Foto: ABr)

247 - Foi com indignação que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam as ameaças feitas por Jair Bolsonaro contra a Corte durante os atos de 7 de setembro.

A resposta será dada na tarde desta quarta-feira (8), quando no início da sessão o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, fará um pronunciamento para rechaçar os ataques de Jair Bolsonaro. 

Segundo O Globo, Fux vai rebater o aviso dado por Bolsonaro de que não cumprirá qualquer determinação judicial proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que o investigam no STF. O presidente da Suprema Corte vai deixar claro que, caso de fato desrespeite decisão do Supremo, seja de qual ministro for, Bolsonaro vai incorrer em crime de responsabilidade - o que pode motivar um pedido de impeachment.

A decisão dos ministros de se pronunciarem de forma coletiva e institucional via discurso de Fux foi tomada conjuntamente numa reunião virtual com dez dos 11 integrantes do tribunal - apenas Dias Toffolli não compareceu. Todos os magistrados deram suas opiniões em pouco mais de uma hora de conversa. Durante a reunião, palavras como "absurdo", "golpista", "fascista" foram usadas para classificar os discursos de Bolsonaro. 

Perto de ser preso, Zé Trovão faz convocação desesperada aos bolsonaristas contra o STF (vídeo)

 Esta é a terceira vez que o extremista divulga um vídeo desafiando Alexandre de Moraes desde que sua prisão foi decretada

Zé Trovão (Foto: Reprodução)

247 - O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, que está foragido, postou em sua conta no Tik Tok nesta terça-feira um vídeo em que chama as pessoas a comparecerem à Brasília para levar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Senado. A reportagem é do jornal O Globo. 

 "Amanhã, na frente do Senado Federal, todo povo que está em Brasília... vamos acompanhar a comitiva que vai entregar o pedido, a exigência, a determinação popular, do impeachment dos ministros (do STF). Não vamos dar tempo para mais ninguém fazer nada. Essa semana tem que resolver o problema do Brasil. Eu não aguento mais ficar nessa merda aqui não", diz Zé Trovão.

Zé Trovão já havia distribuído em um canal do Telegram um vídeo de quase dois minutos desafiando o ministro do STF Alexandre de Moraes a prendê-lo.

No vídeo, publicado nesta segunda-feira, ele diz: "Alexandre de Moraes, você pode até tentar me buscar, meu irmão, não adianta você me prender não, porque o Brasil ganhou, Alexandre de Moraes! Você perdeu, Alexandre de Moraes! Você não é mais nada! Esses ministros que acabaram com a nossa Justiça."

Ayres Britto aponta crime de responsabilidade de Bolsonaro

 “Quer jogar nas quatro linhas da Constituição? Então comece por ler a regra do jogo, que está no artigo segundo da Constituição, que faz do Poder Judiciário o juiz do jogo. O juiz é o Judiciário”, disse ele

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 – O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, disse que Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao dizer que não cumprirá ordens judiciais depois de revelar que tem medo de ser preso. “Quer jogar nas quatro linhas da Constituição? Então comece por ler a regra do jogo, que está no artigo segundo da Constituição, que faz do Poder Judiciário o juiz do jogo. O juiz é o Judiciário. Os outros dois Poderes entram em campo como protagonistas e o Judiciário entra como juiz. Pronto”, disse ele, ao jornal Valor.

“Quando o presidente diz que vai jogar nas quatro linhas da Constituição, ele deve começar por observar essa ordem lógica e cronológica. Quem fala por último é o Judiciário. [...] Tudo começa com o Legislativo, o primeiro princípio regente da administração pública é o da legalidade, começa com a lei. Depois, passa para o Executivo, ele executa as leis, gravita na ordem da execução das leis”, disse ainda. “Finalmente tem o poder Judiciário, que é tanto exterior quanto posterior aos outros dois. Porque é preciso que um terceiro poder, tão independente quanto os outros dois, diga se o Legislativo legislou de acordo com a Constituição e se o Executivo executou as coisas de acordo com as leis e com própria Constituição”.

Grupo evangélico descarregou placas em ato golpista na Paulista (vídeo)

 No vídeo, os militantes bolsonaristas colocam as placas para dentro da área cercada, indicando que o grupo tinha autorização da segurança do presidente para frequentar o espaço

(Foto: Reprodução)

Por Guilherme Amado, no portal Metrópoles - Membros de um grupo evangélico de uma igreja da Mooca, bairro da zona leste de São Paulo, aparecem em um vídeo descarregando dezenas de placas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o ato bolsonarista que foi realizado na terça-feira (7/9) na Avenida Paulista, em São Paulo.

Os integrantes do grupo estacionaram uma Ford Ranger na entrada do cercado que forças policiais e membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que faz a proteção de Jair Bolsonaro, montaram no acesso à Avenida Paulista pela Rua Peixoto Gomide.

No vídeo, os militantes bolsonaristas colocam as placas para dentro da área cercada, indicando que o grupo tinha autorização da segurança do presidente para frequentar o espaço. Apenas indivíduos com o nome cadastrado na lista do GSI tinham acesso ao local.

 

William Bonner bomba nas redes após detonar Bolsonaro no JN (vídeo)

 Apresentador disse que Bolsonaro aumenta a crise institucional que ele mesmo criou

William Bonner, no Jornal Nacional (Foto: Reprodução)

247 - William Bonner fez uma dura fala no Jornal Nacional para criticar as manifestações golpistas do dia sete de setembro. Ele destacou que os participantes dos atos flertam com medidas antidemocráticas e que Jair Bolsonaro aumenta a crise institucional que ele mesmo criou. 

“Em diversas cidades, bolsonaristas participaram de atos que afrontam a democracia”, disse. 

Veja:

Sem jovens, manifestações de Bolsonaro foram de homens brancos, velhos e raivosos

 Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas Política, 73% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desaprovam Bolsonaro. Atos golpistas comprovaram mais ainda o isolamento dele, pressionado cada vez mais pelo impeachment

Manifestações do 7 de setembro pedem impeachment de Bolsonaro (Foto: Brasil 247)

247 - "O que se viu nas manifestações antidemocráticas capitaneadas por Bolsonaro neste sete de setembro foi a presença majoritária de homens, brancos, mais velhos. Gente que vibra na frequência dos confrontos, da violência e do xingamento. Um público que despreza o olhar coletivo, o respeito ao outro. Onde estava a juventude nos atos bolsonaristas antidemocráticos?" - a constatação é da jornalista Maria Carolina Trevisan, no portal Uol. 

Os jovens representam a faixa etária que menos se alinha a Bolsonaro. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas Política, na segunda-feira (6),  73% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desaprovam Bolsonaro. Nessa faixa etária, 69% disseram que "com certeza" não participariam das manifestações antidemocráticos sete de setembro. 

"É cada vez menor a fatia da população brasileira que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sua rejeição não para de aumentar, alcançando recordes a cada semana. Sobrou a ele uma minoria ruidosa e raivosa, composta de negacionistas, parte do agronegócio e parte dos evangélicos, mais homens que mulheres", escreveu Trevisan.

Bolsonaro convoca ministros para reunião do conselho de governo nesta quarta

 O Conselho de Governo tem caráter consultivo, para discutir ações do governo

(Foto: Agência Brasil)

247 - Ministros do governo federal e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, têm uma reunião marcada para às 9h30 desta quarta-feira (8), um dia depois dos atos golpistas. O Conselho de Governo tem caráter consultivo, para discutir ações do governo. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, participariam do encontro, mas não foram convidados. 

"Amanhã, estarei no Conselho da República. Juntamente com os ministros. Para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos deveremos ir", disse Bolsonaro no palanque da capital federal, nesta terça-feira (7).

É o próprio Bolsonaro quem convoca os membros para a reunião do conselho e designa um deles para presidir o encontro. Dois ministros afirmaram, em reserva, que os atos desta terça é que serão a pauta da reunião.

Bolsonaristas chamam CNN de "lixo" e "comunista" após emissora divulgar que atos não foram gigantescos

 Emissora apenas reproduziu dados da PM que apontam a participação de 125 mil pessoas nos atos golpistas da Avenida Paulista, o que causou a fúria dos bolsonaristas

(Foto: Reprodução/Twitter)


247- A CNN Brasil é o assunto mais comentado no Twitter, após Bolsonaristas subirem a #CNNLixo nos assuntos mais comentados da rede social. Isso porque a emissora apenas reproduziu dados da Polícia Militar que apontam a participação de 125 mil pessoas nos atos golpistas da Avenida Paulista, causando a irritação dos extremistas. 

A emissora também informou que a mobilização dos atos ficou aquém do esperado pelos organizadores.

Veja a repercussão entre os extremistas:

Arapongas registra 28 novos casos e nenhum óbito

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça (07/09), o registro de 28 novos casos, 19 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 21.562 casos, dos quais 559 infelizmente vieram a óbito, 358 ainda estão com a doença e 20.645 já estão curados (95,7%). Ao todo, já foram realizados 77.124 testes. 

Apucarana confirma mais 28 casos de Covid-19 nesta terça-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta terça-feira (7) mais 28 casos de Covid-19 em Apucarana. O município segue com 473 mortes provocadas pela doença e agora soma 17.178 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos foram confirmados em testes feitos pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 12 homens (entre 8 e 72 anos) e 16 mulheres (entre 9 e 84 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Apucarana tem mais 62 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 16.467.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 44.761 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 476.

Já foram testadas 57.305 pessoas, sendo 31.609 em testes rápidos, 22.201 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.495 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 18 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, sendo cinco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 13 em leitos de enfermaria. O município tem 238 casos ativos da doença.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Gleisi: “discursos de Bolsonaro escancaram o medo que ele tem da Justiça”

 Bolsonaro “terá de explicar de onde veio o dinheiro para bancar seus atos de intimidação”, disse a petista

(Foto: ABr)

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais nesta terça-feira (7) para apontar o medo que Jair Bolsonaro tem de ser preso. 

Em discurso na Avenida Paulista, nos atos antidemocráticos, Bolsonaro disse que “nunca vou ser preso, canalhas”. 

“Os discursos de Bolsonaro escancaram o medo que ele tem da Justiça. Terá de explicar de onde veio o dinheiro para bancar seus atos de intimidação. E parabéns à militância que participou, de cabeça erguida, de mais um Grito dos Excluídos. Nossa causa é a pauta do povo!”, disse a petista

 

Multidão protesta no Anhangabaú no Grito dos Excluídos e Excluídas e pelo “Fora Bolsonaro” (vídeos e imagens)

 Manifestação pede o impeachment de Jair Bolsonaro, aponta a crise que o país enfrenta e denuncia ações golpistas do mandatário


247 - Uma multidão tomou conta do Vale do Anhangabaú na tarde deste sábado (7), em São Paulo, exigindo o impeachment de Jair Bolsonaro, no mesmo momento em que manifestações golpistas em defesa do mandatário ocorriam na Avenida Paulista. A ação também faz parte do Grito dos Excluídos e Excluídas. 

Diversas entidades dos movimentos sociais e lideranças políticas registraram presença no local. 

Confira imagens e vídeos:

Em São Paulo, Bolsonaro ameaça novamente Moraes: “ou esse ministro se enquadra, ou ele pede pra sair”

 “Alexandre de Moares não vai mais açoitar nossa democracia. A paciência do nosso povo já esgotou”, disse Bolsonaro em um novo ataque ao ministro do STF, durante manifestação golpista na Paulista. Mandatário voltou a fazer também a defesa do voto impresso



247 - Jair Bolsonaro voltou a disparar vários ataques contra o ministro do STF Alexandre Moraes, que enquadra diversos bolsonaristas que defendem um golpe de estado no país e que também ameaçam a Suprema Corte. Ele discursou na Avenida Paulista, em manifestações golpistas que exigem o fim das instituições democráticas.

“Alexandre de Moares não vai mais açoitar nossa democracia. A paciência do nosso povo já esgotou”, disse Bolsonaro em um novo ataque ao ministro do STF. 

Ele também voltou a fazer a defesa do voto impresso, proposta que foi derrotada recentemente na Câmara.

“Não é o TSE que vai dizer que o sistema atual é seguro”, disse ele em mais um ataque contra o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

Bolsonaro ainda declarou que, “aos canalhas, digo que nunca serei preso”. 

Bolsonaro fala como criminoso, mas diz: "nunca serei preso"

 Jair Bolsonaro usou o feriado da independência para cometer novos crimes de responsabilidade, mas diz que ninguém conseguirá prendê-lo



247 - Jair Bolsonaro promoveu diversos ataques às instituições democráticas durante seu discurso na Avenida Paulista, na tarde desta terça-feira (7), em ato que defende um golpe de estado no país. Apesar do tom criminoso, ele disse ao final de sua fala que “nunca será preso”. 

“Aos canalhas, digo que nunca serei preso”, disparou. 

Ele também voltou a fazer a defesa do voto impresso, proposta que foi derrotada recentemente na Câmara.“Não é o TSE que vai dizer que o sistema atual é seguro”, disse ele em mais um ataque contra o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

Bolsonaro também usou seu discurso para promover ameaças contra o STF. “Alexandre de Moares não vai mais açoitar nossa democracia. A paciência do nosso povo já esgotou”. 

Partidos do Centrão decidem consultar bancadas sobre adesão ao impeachment de Bolsonaro

 Reação ocorre após discurso na Avenida Paulista em que Bolsonaro ameaçou não acatar as decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes

(Foto: Alan Santos/PR)

247 - Partidos políticos que compõem o Centrão decidiram consultar suas bancadas no Congresso sobre a adesão à abertura do impeachment de Jair Bolsonaro.

Segundo as jornalistas Daniela Lima e Renata Agostinida, da CNN Brasil, a reação das legendas que dão sustenção política ao governo ocorre após discurso na Avenida Paulista em que Bolsonaro ameaçou não acatar as decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

"O presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, diz que vai reunir sua bancada na semana que vem para deliberar sobre a posição do partido. O presidente do MDB, Baleia Rossi, também afirmou que vai consultar os principais líderes de sua bancada", dizem as jornalistas.