quinta-feira, 2 de setembro de 2021

STJ nega salvo-conduto para militares participarem de atos pró-Bolsonaro no 7 de setembro

 Um policial militar e um militar reformado, ambos do Paraná, pediam salvo-conduto para poder participar dos atos sem risco de prisão ou qualquer restrição. Casos foram arquivados pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça

Bolsonaro com militares, ministra Laurita Vaz, do STJ (Foto: GOVSP | STJ)

Conjur - Devido à falta de indicação de ameaça concreta e imediata à liberdade de locomoção, a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, mandou arquivar dois pedidos de militares que querem participar das manifestações do próximo dia 7/9 em favor do presidente Jair Bolsonaro.

Um policial militar e um militar reformado, ambos do Paraná, pediam salvo-conduto para poder participar dos atos sem risco de prisão ou qualquer restrição. Segundo eles, alguns governadores, dentre eles o do Paraná, pretendem inviabilizar ou dificultar as manifestações e colocar a PM e as Forças Armadas contra os participantes.

A ministra relatora destacou que os autores não esclareceram quais atos impediriam a circulação de pessoas ou a participação nas manifestações. Segundo ela, eles impugnaram uma "mera possibilidade de constrangimento", sem apontar "elementos categóricos" que demonstrassem qualquer ameaça.

"A ameaça de constrangimento ao jus libertatis a que se refere a garantia prevista no rol dos direitos fundamentais há de se constituir objetivamente, de forma iminente e plausível, e não hipoteticamente, como é a hipótese dos autos", indicou Vaz.

Ainda de acordo com a relatora, mesmo que os autores indicassem atos normativos assinados pelos governadores, o Habeas Corpus não seria a via processual adequadara para contestá-los. "Os impetrantes, nesses feitos, não têm legitimidade para requerer o controle abstrato de validade de normas", explicou. Com informações da assessoria de imprensa do STJ.

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HC 691.106

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HC 690.879

Em pronunciamento sobre atos do 7 de setembro, Fux diz que “liberdade de expressão não comporta violências e ameaças”

 Ao abrir a sessão desta quinta-feira (2), o presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que quem for às ruas na próxima terça-feira precisa ter em mente “as consequências jurídicas de seus atos” e fez longa defesa da democracia

Ministro Luiz Fux (Foto: FELLIPE SAMPAIO/STF)

247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, mandou um forte recado a Jair Bolsonaro e a grupos bolsonaristas que pretendem se manifestar no 7 de setembro durante pronunciamento na abertura da sessão da Corte nesta quinta-feira (2), que retoma o julgamento do marco temporal das terras indígenas.

Fux disse que o Supremo é um histórico defensor das liberdades, mas que a democracia é um patrimônio coletivo e desejo da população brasileira. “Num ambiente democrático, manifestações públicas são pacíficas. A liberdade de expressão não comporta violências e ameaças”.

“A crítica construtiva provoca reflexões, descortina novos pontos de vista e convida ao aprimoramento institucional. A crítica destrutiva, por sua vez, abala indevidamente a confiança do povo nas instituições do país”, discursou o ministro.

“Seja nos momentos de tormenta, seja nos momentos de calmaria, o bem do país se garante com o estrito cumprimento da Constituição. A esta missão jamais renunciaremos, como juízes constitucionais”, prosseguiu.

“O povo jamais aceitaria retrocessos. Há mais de 30 anos, manifestaram o desejo de democracia. E esse desejo permanece vivo. O STF tem sido um ferrenho defensor das liberdades”, disse Fux.

"Somos testemunhas oculares de que o caminho para a estabilidade da democracia brasileira não foi fácil nem imediato. Por essa razão, é voz corrente nas ruas que, na quadra atual, o povo brasileiro jamais aceitaria retrocessos", prosseguiu.

Segundo o magistrado, quem for às ruas no 7 de setembro precisa ter em mente o espírito republicano e “as consequências jurídicas de seus atos”. “O exercício da cidadania pressupõe respeito às instituições democráticas”.

Assista à sessão do STF:

Aziz diz que Marcos Tolentino irá depor na CPI “nem que seja de maca”

 Apontado como sócio oculto do FIB Bank, peça-chave no escândalo da vacina Covaxin, Marcos Tolentino não compareceu à CPI por estar internado e irritou senadores ao dar entrevista demonstrando boa saúde. Hospital Sírio Libanês foi duramente criticado

Marcos Tolentino e Omar Aziz (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados | Pedro França/Agência Senado)

247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), defendeu no início da tarde desta quinta-feira (2) a condução coercitiva de Marcos Tolentino, apontado como sócio oculto do FIB Bank, para depor à comissão. “Vai  vir nem que seja de maca", disse Aziz. Ele não compareceu para seu depoimento à CPI nesta quarta alegando estar com “grave mal-estar” e internado no Hospital Sírio Libanês em Brasília, mas concedeu uma entrevista por vídeo ao site O Antagonista sorrindo e demonstrando boas condições de saúde, o que foi considero um desrespeito pelos senadores.

 Tolentino apresentou um atestado médico do Sírio Libanês para ser dispensado da oitiva. A postura do hospital foi duramente criticada por Aziz: “Eu esperava que eles me mandassem um negócio muito mais consistente. Tolentino se internou no final da tarde. Oito horas da noite ele estava dando uma entrevista para o site O Antagonista, por vídeo, sorridente, como se nada tivesse acontecendo. Se interna à tarde e de noite está sorridente”.

O presidente da CPI leu a carta enviada à comissão pelo Sírio Libanês: “Destacamos que o referido paciente aguarda avaliação das equipes institucionais de retaguarda do Hospital Sírio Libanês, nas especialidades de clínica geral, cirurgia geral e psiquiatria.”

Segundo ele, a justificativa do hospital não teria consistência: “O cara entrou com coceira. Entrou dizendo que estava com formigamento. Aí, fala que estava esperando cirurgia geral e psiquiatria. Me desculpa, diretor geral do Sírio Libanês, mas isso não é uma resposta para alguém que entrou com formigamento e às 20h está dando uma entrevista.”

O FIB Bank concedeu uma garantia de R$ 80 milhões no contrato da Precisa Medicamentos para fornecimento da vacina Covaxin.

Empresários de Minas reagem a apoio da Fiemg a Bolsonaro e lançam manifesto em apoio às instituições

 O manifesto, que já conta com 200 assinaturas, defende as instituições brasileiras, o Estado de Direito e a democracia. Assinam a peça pesos pesados da economia de Minas, como os representantes da Localiza, rede Pitágoras, Drogarias Araújo, o ex-presidente da Fiat Chrysler Automobiles entre outros empresários

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)

247 - Horas após o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, divulgar documento golpista com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), questionando decisões dos ministros, defendendo sites investigados pela divulgação de fake news e a liberdade de expressão de políticos presos por ataques à Corte, um grupo de mais de 200 empresários e executivos mineiros divulgou documento nesta quarta-feira (1) nomeado “Segundo Manifesto dos Mineiros”.

De acordo com reportagem do jornal Estado de S.Paulo, a peça defende as instituições brasileiras, o Estado de Direito e a democracia, em contraponto às considerações de Roscoe, feitas também nesta quarta. O empresário é próximo de Jair Bolsonaro.

O novo Manifesto dos Mineiros faz alusão ao documento assinado por lideranças estaduais, em 1943, que exigia o fim do Estado Novo e a redemocratização do Brasil. Na época, a carta aberta abriu caminho para o surgimento de diversas outras, contribuindo para um clima político que levou à deposição de Getúlio Vargas (1882-1954), em 1945.

Segundo a reportagem, assinam o documento pesos pesados da economia de Minas Gerais como o empresário Salim Mattar, presidente da Localiza, ex-secretário de Desestatização do governo Bolsonaro, e amigo pessoal do ministro Paulo Guedes (Economia); Cledorvino Belini (ex-presidente da Fiat Chrysler Automobiles); Henrique Moraes Salvador Silva e José Henrique Dias Salvador (Rede Mater Dei); Modesto Carvalho de Araújo Neto (Drogaria Araújo); Evandro Neiva (Grupo Pitágoras); Nadim Donato Filho (Sindilojas); e José Anchieta da Silva (ACMinas). A peça já conta com mais de 200 assinaturas de empresários e executivos mineiros.

Bolsonaro convoca motociata no Nordeste, região que acumula os maiores índices de rejeição

 Bolsonaro viaja para Pernambuco nesta sexta-feira (3) para jantar com empresários aliados no Recife. Motociata será realizado em cidade do agreste do estado

                                               (Foto: Foto: Alan Santos/PR)

Revista Fórum  - Com a agenda voltada para inflar os atos em apoio a si mesmo no dia 7 de Setembro, Jair Bolsonaro (Sem partido) publicou um tuíte convocando para nova motociata, no sábado (4), em Pernambuco, a primeira na região Nordeste, onde o presidente acumula os maiores índices de rejeição.

“No próximo sábado, véspera do dia 07, após compromissos, será em Pernambuco, no nosso querido Nordeste”, tuitou, juntamente com um vídeo da motociata realizada em Uberlândia.

Bolsonaro viaja para Pernambuco na sexta-feira (3), onde consta como única agenda até o momento um jantar com empresários aliados no Recife. No sábado, o presidente vai participar da motociata Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado

Leia a íntegra na Revista Fórum.



Segundo Ricardo Noblat, milicianos teriam arrombado apartamento de Dilma no Rio

 De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, a ex-presidente diz ter certeza de que o arrombamento em seu apartamento foi obra de milicianos para instalar escutas

Dilma Rousseff (Foto: ricardo stuckert)

Por Ricardo Noblat, no portal Metrópoles - Em recuperação de um cateterismo a que se submeteu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a ex-presidente Dilma Rousseff comentou com uma amiga ao telefone o recente arrombamento do seu apartamento no bairro de Ipanema, no Rio.

Disse ter certeza de que foi obra de milicianos para instalar escutas. O imóvel, que era de sua mãe, estava desocupado, e seguirá assim. Dilma mora em Porto Alegre

Promotorias se mobilizam para coibir participação de PMs nos atos bolsonaristas do 7 de setembro

 Na orientação emitida pelo juiz militar de Mato Grosso, ele alerta o comandante-geral da Polícia Militar para “consequências graves e imediatas” nos casos de “quebras de hierarquia e comportamento subversivo”

Participação de PMs da ativa em ato político é ilegal (Foto: Reuters | GOVSP)

247 - Promotores e até um juiz militar de diversos estados vêm movimentando instrumentos jurídicos de monitoramento, fiscalização e controle das forças policiais para coibir a participação de policiais militares nos atos bolsonaristas marcados para 7 de setembro. 

Na orientação emitida pelo juiz militar de Mato Grosso, ele alerta o comandante-geral da Polícia Militar para “consequências graves e imediatas” nos casos de “quebras de hierarquia e comportamento subversivo”, informa a Folha de S.Paulo. Em Santa Catarina, promotores pedem apuração da participação de PMs nos atos bolsonaristas. 

As ações ocorrem também em São Paulo, no Distrito Federal, em Pernambuco, no Ceará e no Pará.

“Os instrumentos estão à disposição dos promotores, mas é preciso utilizá-los, e isso tem um custo porque pede a coragem do enfrentamento”, avalia Flávio Milhomem, da Promotoria de Justiça Militar do Distrito Federal.



CPI da Covid pede ao Supremo condução coercitiva do lobista Marconny Albernaz

 Marconny Albernaz Ribeiro deveria prestar depoimento nesta quinta (2), mas não compareceu. Suposto lobista apresentou atestado médico

Marconny Albernaz Ribeiro e fachada do STF (Foto: Reprodução | Dorivan Marinho/SCO/ST)

247 - A CPI da Covid pediu na madrugada desta quinta-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condução coercitiva do advogado Marconny Albernaz Ribeiro, suposto lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou as negociações do governo para compra da vacina Covaxin. A reportagem é do portal G1. 

Marconny deveria prestar depoimento nesta quinta, mas não compareceu. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informou que os advogados do lobista disseram que não conseguiram localizá-lo. Além disso, Marconny apresentou um atestado médico.

"Que seja decretada, se necessário, a condução coercitiva do paciente ao Senado Federal, com requisição de força policial e de todos os meios mínimos necessários", diz documento enviado ao Supremo, endereçado à ministra Cármen Lúcia.

Durante a sessão da CPI, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu que seja decretada a prisão preventiva do suposto lobista.

Paralelamente ao pedido ao STF, Aziz determinou que a Polícia Legislativa conduza "sob vara" o lobista à comissão. Segundo o presidente da CPI, há informações de que Marconny quer sair do país.

Em Santa Catarina, Polícia Civil identifica fábrica de artigos para divulgação do nazismo

 Na fábrica, agentes encontraram moldes para fabricação de objetos ilícitos, tais como a águia sobre a cruz suástica, bem como o busto de Hitler em tamanho médio

(Foto: Divulgação/Polícia Civil)

247 - A Delegacia da Comarca de Timbó, da Polícia Civil de Santa Catarina, cumpriu nesta quinta-feira (2) ordem de busca e apreensão domiciliar na sede de uma empresa de artigos militares que estaria comercializando objetos alusivos ao nazismo como, por exemplo, o busto de Adolf Hitler.

Agentes encontraram no local um salão de festas com diversos objetos referentes ao nazismo, notadamente um quadro em que Adolf Hitler aparece como figura central. 

A Polícia Civil identificou também uma fábrica, onde foram encontrados moldes para fabricação de objetos ilícitos, tais como a águia sobre a cruz suástica, bem como o busto de Hitler em tamanho médio. Diversos objetos para fabricação de munição para armas de fogo também foram apreendidos.

Os objetos eram fabricados e armazenados em dois contêineres em um terreno no bairro Mulde Central, em Timbó (SC). A Polícia Civil obteve informação de que o suspeito viajou para a Europa, onde se encontra no presente momento.

A investigação pela Polícia Civil será finalizada e apresentada ao Ministério Público para providências cabíveis.

CPI pede ao Supremo que lobista da Precisa seja condenado por má-fé

 Pedido foi anexado ao documento endereçado à ministra Cármen Lúcia que pede a condução coercitiva, retenção do passaporte e proibição de viagens de Marconny Albernaz

CPI, lobista Marconny Faria, ligado à Precisa Medicamentos (Foto: Pedro França/Agência Senado | Reprodução)

247 - A CPI da Covid pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o advogado Marconny Albernaz Ribeiro, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou as negociações do governo para compra da vacina Covaxin, seja condenado por “má-fé”. 

De acordo com CNN Brasil, o pedido foi anexado ao documento endereçado à ministra Cármen Lúcia que pede a condução coercitiva, retenção do passaporte e proibição de viagens do lobista.

Marconny deveria prestar depoimento nesta quinta-feira (2), mas não compareceu. Marconny apresentou um atestado que, pouco depois, foi desautorizado pelo médico que o atendeu. Com isso ele deveria depor ao colegiado, o que acabou não acontecendo. para a CPI, Marconny está “foragido”. 

PF investiga possíveis atos preparatórios e prende um suspeito de terrorismo

 A PF deflagrou prendeu um suspeito em Maringá (PR) no âmbito de investigações sobre possíveis atos preparatórios de terrorismo. Agentes também apreenderam uma espingarda calibre 32

PF apreendeu uma espingarda calibre 32 e muitos simulacros de arma durante ação em Maringá (PR) (Foto: Divulgação/PF)

247 - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (2) a Operação "Trastejo", para investigar possíveis atos preparatórios de terrorismo. Um suspeito, que é professor de música, foi preso no município de Maringá (PR). A idade e nome do docente não foram divulgados. As penas previstas na lei chegam a 30 anos de reclusão. A Justiça Federal da Seção Judiciária de Maringá expediu os mandados de busca e apreensão. 

De acordo com o portal Uol, agentes apreenderam uma espingarda calibre 32 e simulacros de arma. Segundo a corporação, o homem "vinha mantendo contato direto com radicais islâmicos no exterior, manifestando intenção de viajar para outros países, como o Iraque, e incorporar-se a organizações terroristas". 

A PF disse que vídeos do suspeito circularam em grupos na internet e mostraram ele encapuzado, exibindo armas, cédulas de dólares, rádio comunicador, e "proferindo conteúdo extremista e manifestando desejo de executar mortes de inocentes em uma ação suicida".

Ainda segundo os investigadores, o suspeito tem histórico de registros criminais, "incluindo posse de entorpecente, ação penal pela prática do crime de homicídio qualificado e condenação por posse irregular de arma de fogo e outra por tentativa de roubo".

Adesão ao bolsonarismo radical cresce entre oficiais das PMs, indica pesquisa

 Bolsonarismo radical cresceu 29% entre as Polícias Militares de todo o país em 2021, aponta pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

(Foto: Du Amorim/A2 FOTOGRAFIA | REUTERS/Adriano Machado)

247 - Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que as ideias extremistas ligadas ao bolsonarismo cresceram 29% nas Polícias Militares de todo o país ao longo deste ano. Entre os oficiais, o crescimento foi ainda maior, chegando a 35%.

Segundo o jornalsta Marcelo Godoy, em O Estado de S. Paulo, o estudo - que possui nível de confiança de 95% e margem de erro de 3% - revela que 27% dos policiais militares interagiram em redes sociais em 2021, “compartilhando, comentando ou curtindo publicações de páginas do que a pesquisa chama de ‘bolsonarismo radical’”, contra 17% da população em geral. 

A pesquisa apontou, ainda, que 23% dos oficiais das PMs participaram de ambientes radicalizados do bolsonarismo em 2021. “Esse número era de 17% em 2020 – um crescimento de 35%”, ressaltou a reportagem. Outros 21% dos oficiais interagiram com páginas de direita. Entre os praças e suboficiais, o radicalismo passou de 25% para 30% e o número dos que são adeptos do bolsonarismo orgânico subiu de 16% para 21%. 

O radicalismo também é crescente nas Polícias Civil e Federal. Na Polícia Civil a adesão ao bolsonarismo chegou a 13% em 2021, contra 9% em 2020. Na Polícia Federal o índice é de 17% neste ano, contra 13% em 2020.

Após críticas de professora a Bolsonaro, helicóptero de Secretaria de Segurança sobrevoa escola com bandeira do Brasil (vídeo)

 Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso fez um sobrevoo com a bandeira do Brasil por cima de uma escola em Cuiabá (MT). A ação aconteceu dias após uma professora da unidade ser afastada por fazer críticas a Jair Bolsonaro

(Foto: Sinepe-MT-Divulgação / Reprodução)

247 - Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso fez um sobrevoo na manhã desta quinta-feira (2) na escola particular Colégio Notre Dame de Lourdes, em Cuiabá (MT). Os oficiais fizeram um voo baixo, assustando alguns alunos que presenciaram a cena. Os agentes que estavam no helicóptero exibiram ainda uma bandeira no Brasil. 

A ação aconteceu dias após uma professora da unidade ser afastada por fazer críticas a Jair Bolsonaro (sem partido). 

A secretaria afirmou se tratar de um evento de "comemoração à semana da pátria" por causa do 7 de setembro, dia em que foi declarada a Independência do Brasil, em 1822.

Ao 'Yahoo! Notícias', a escola confirmou que fez um pedido para a secretaria promover palestras aos alunos, além do sobrevoo com a bandeira do Brasil.

O colégio negou que o pedido tenha relação com a suspensão da professora. Afirmou ter sido uma "coincidência".


Horticultores são instruídos sobre Programa Feira Verde

 Agrônomo da Secretaria da Agricultura reúne-se com participantes das hortas solidárias para mostrar como serão feitas as trocas de materiais recicláveis por hortifrutis


O Espaço Empreender (Rua Byngton, 253 – Vila Nova) da economia solidária recebeu nesta quarta-feira (1º) o engenheiro agrônomo André Maller, da Secretaria Municipal de Agricultura, para explicar aos horticultores como será feita a troca de produtos recicláveis por hortifrutis, pães, bolachas caseiras, geleias, mel e ovos. Basicamente, cada quatro quilos de recicláveis serão trocados por um quilo de alimento, podendo cada munícipe transacionar no máximo 20 quilos de vidro, plástico, papel e latas por cinco quilos de alimentos de uma só vez. “No ponto de troca haverá dois caminhões: um da Cocap e um com hortifrutis. Em um se deixam os recicláveis e em outro estão os alimentos”, disse André.

Estiveram presentes ao encontro os horticultores das hortas Acolher da UBS Ruth Eugênio e da UBS Maria do Café, os psicólogos Lucas Afonso e Letícia Fenato, a assessora Valdinéia Avíncola, a superintendente da Secretaria da Mulher Bete Berton, e a secretária da Mulher Denise Canesin, além dos horticultores. Todos foram recebidos pela coordenadora do Programa Municipal de Hortas Solidárias Maura Fernandes e pela equipe técnica formada por Ademir Fernandes e Adriana Carvalho.

Entre os beneficiados pelos programas municipais das Hortas Solidárias e, agora, com o Feira Verde, está o casal de catadores Silvanil da Silva e Odete Saldanha. Eles têm três canteiros na horta Acolher da UBS Ruth Eugênio, nos quais plantaram alface, rúcula, brócolis, almeirão, rabanete, espinafre, hortelã, menta, alecrim, lavanda, salsinha e cebolinha. Estão esperando a primeira colheita. “A gente está nessa horta desde o primeiro dia, há cerca de dois meses. Nós dois nascemos na área rural e a gente sempre teve o sonho de ter uma terrinha para plantar. Agora vamos comer de nossa horta e vender também”, relatou Silvanil.

Para a secretária Denise Canesin, o esforço conjunto da parceria entre as secretarias (Mulher e Assuntos da Família, Agricultura, Meio Ambiente, Serviços Públicos e de Assistência Social) propicia o espalhamento da experiência-piloto da horta do Espaço Empreender para outros equipamentos públicos municipais. “Nós já dispomos de nove hortas solidárias, beneficiando cerca de 50 famílias com alimentação mais saudável e geração de trabalho e renda. O Programa é um sucesso”, defendeu a secretária.

Saúde mental

A psicóloga Letícia Fenato, que coordena a horta Acolher da UBS Maria do Café, foi a pioneira na implantação de hortas-terapia, que hoje já estão também nas UBSs Ruth Eugênio e Vila Nova Ucrânia. “Percebi que em nossa unidade havia grande demanda de pacientes com depressão, transtorno da ansiedade, esquizofrenia, abuso de álcool. E eles são estigmatizados como incapazes. Fazer a horta e cuidar do que está plantado é uma atividade que ajuda muito na socialização desses pacientes, e esse é o primeiro objetivo da terapia por meio da horta, que dá um sentido de pertencimento a eles”, falou.

Apucarana é a quarta no Paraná em ranking de cidades inteligentes

 Além se ser destaque no Paraná, Apucarana está entre as 11 melhores cidades do Sul e ocupa a posição de número 41 no ranking nacional. 

(Foto: PMA)

Dentro do ranking de cidades inteligentes, Apucarana ocupa o 4lugar no Paraná, o 11o do Sul do Brasil e o 41lugar no ranking nacional. O dado foi divulgado na quarta-feira (01/09) pela Urban Systems e integra o ranking Connected Smart Cities 2021. O resultado coloca Apucarana com posição de destaque entre o seleto grupo das 100 cidades mais inteligentes do Brasil.

O prefeito de Apucarana, Júnior da Femac, enalteceu a posição alcançada pelo município no ranking. “É um índice que reflete o momento que Apucarana vive, momento de desenvolvimento econômico e social, de forma equilibrada e sustentável. Apucarana de destaca na educação, na saúde, se destaca no polo universitário, na diversificação industrial. Isso demostra que a gestão das políticas que estamos fazendo em todas as áreas vem gerando esse resultado, ou seja, um desenvolvimento equilibrado”, destaca Junior da Femac.

Junior da Femac lembra que para compor a nota de cada cidade, a metodologia do estudo engloba 75 indicadores de 11 eixos temáticos: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. “A pesquisa é realizada desde 2015 pela Urban Systems, uma empresa muito conceituada em âmbito nacional, e avalia os 677 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, analisando as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil”, pontua Junior da Femac.

Junior da Femac salienta também o desempenho do Estado do Paraná que, com nove cidades no ranking, é o segundo estado com maior número de cidades inteligentes do Brasil, empatado com Minas Gerais. As cidades paranaenses que configuram no ranking geral são Curitiba (3º lugar nacional), Maringá (25º), Londrina (34º), Apucarana (41o ), Foz do Iguaçu (44º), Cascavel (50º), Pato Branco (66º), Pinhais (74º) e Toledo (98º). 

Prefeito lamenta morte de pioneiro do comércio

 José Cardoso Balau tinha 81 anos e vinha lutando contra complicações da covid-19.

O prefeito Junior da Femac emitiu nota de pesar lamentando profundamente a morte de José Cardoso Balau, aos 81 anos. Balau estava internado no Hospital Marcelino Champagnat em Curitiba e vinha há alguns meses lutando contra complicações da Covid-19. Balau, que era viúvo, deixa filhos e um grande círculo de amigos.

“O Zé Balau, como era mais conhecido, foi pioneiro no comércio de Apucarana e contribuiu para o desenvolvimento do comércio, sendo proprietário do Supermercado Balau. Foi um empresário com visão empreendedora, que expandiu e criou uma rede com unidades no Vale do Ivaí”, frisa Junior da Femac.

O prefeito lembra ainda que José Cardoso Balau integrava o Conselho diretor da Casa de Apoio Divina Providência, entidade que atende familiares de pacientes que de deslocam de outras cidades a Apucarana para atendimento médico.

Lula já tem 69% dos votos no Nordeste e 25 de pontos de vantagem no segundo turno sobre Bolsonaro

 No cenário atual, é praticamente impossível evitar a volta do ex-presidente Lula à presidência da República. Viagem ao Nordeste consolidou ainda mais sua liderança

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Da Agenda do Poder  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem contra Jair Bolsonaro (sem partido) na corrida pelo Palácio do Planalto em 2022. Se as eleições fossem hoje, 55% votariam no petista em um eventual 2º turno, contra 30% que escolheriam o atual presidente. A distância de 25 pontos  percentuais é a maior até agora.

O dado é de pesquisa PoderData realizada de 30 de agosto a 1º de setembro de 2021. No levantamento anterior, realizado no início de agosto, a diferença era de 20 pontos.

São 10% os que votariam em branco ou nulo e 5% os que disseram que não sabem. O resultado vem depois da peregrinação de Lula por cidades nordestinas em busca de alianças para 2022. O Nordeste é a região brasileira em que Lula tem mais apoio, com 69% dos entrevistados da região que afirmaram que votariam no petista.

Lula vence Jair Bolsonaro em todas as regiões do Brasil, com exceção do Sul, onde há um empate técnico, já que a diferença de 2 pontos percentuais fica dentro da margem de erro da pesquisa.

 A pesquisa foi realizada no período de 30 de agosto a 1º de setembro de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. Foram 2.500 entrevistas em 472 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A vantagem do João Dória  contra o atual presidente diminuiu desde a última pesquisa. O governador de São Paulo estava 10 pontos percentuais à frente, e agora está 7. São 22% os que votariam em branco ou nulo e 7% os que dizem não saber.

Em um 2º turno entre o governador de São Paulo e Lula, o ex-presidente tem uma ampla vantagem de 32 pontos percentuais. O petista fica com 50% dos votos, enquanto Doria leva 18%. No levantamento anterior, a diferença era de 29 pontos. Agora, são 24% os que votariam em branco ou nulo, e 8% os que não sabem.

Em um cenário entre o atual presidente e Ciro Gomes (PDT) ou Datena (PSL), haveria empate técnico. A diferença é de 4 pontos percentuais contra o pedetista e de 1 ponto contra o apresentador. O empate com vantagem numérica para Datena é surpreendente e mostra a fragilidade atual presidente.

Juristas apontam o "fardo da Folha" na sua perseguição contra Lula

 Os professores Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner e Marco Aurélio Carvalho criticam a postura do jornal, que parece não aceitar a inocência de Lula, confirmada pelos tribunais superiores

TST contra os petroleiros em greve coloca em risco direitos. (Foto: OAB)

247 – A má vontade da Folha de S. Paulo em relação aos julgamentos que confirmaram a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera com folga todas as pesquisas sobre sucessão presidencial, mereceu um importante artigo dos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner e Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, publicado nesta quinta-feira, na própria Folha. Confira abaixo o texto "O fardo da Folha":

Em editorial publicado no dia 26 de agosto, sob o título “O fardo de Lula”, a Folha afirma que, apesar de absolvido pela Justiça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda deve explicações à sociedade. Na visão do jornal, a Justiça não teria examinado o mérito das acusações infundadas contra o ex-presidente, limitando-se a aspectos processuais. Além de não corresponder à verdade dos autos, tal visão inverte a lógica da presunção de inocência consagrada na Constituição Federal.

Lula foi absolvido em 17 processos, depois de ter sua vida e a de seus familiares literalmente revirada. Alguns desses processos foram rejeitados porque a denúncia não trazia a correspondente e necessária justa causa. Outros foram encerrados porque os acusadores não demonstraram crime algum, e a defesa provou a inocência. E outros tantos foram anulados ao se demonstrar que o juiz que os conduzia era parcial e queria, a qualquer custo, condenar em vez de julgar.

Cabem algumas correções. No dia 21 de agosto, a juíza Pollyanna Martins Alves, de Brasília, rejeitou denúncia do Ministério Público Federal contra Lula para reabrir o “caso do sítio de Atibaia”. Diferentemente do que diz a Folha, a Justiça enfrentou, sim, o ponto central da denúncia: a prova. Em percuciente análise, a juíza deixou claro que o MPF não apresentou uma prova lícita sequer suficiente à inauguração de uma ação penal. Por isso, rejeitou a denúncia.

Levantar suspeitas diante de uma sentença de absolvição tão bem fundamentada emite um sinal extremamente preocupante.

Em primeiro lugar, sugere que o apego circunstancial a uma tese parece ser mais forte do que o respeito à decisão judicial. Além disso, escancara incoerências e fantasmas que a própria mídia precisa enfrentar. Afinal, o mesmo sistema judicial, tão celebrado quando condenou, agora que absolve é posto em dúvida. Independentemente de crenças individuais, a Justiça precisa valer para todos.

Em outro ponto, a Folha mostra-se surpresa com a decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou as ações contra Lula. É de se perguntar qual é a surpresa. A parcialidade e a incompetência de Sergio Moro na condução das ações já foram cabalmente demonstradas: na condução coercitiva ilegal; no grampo dos advogados e da presidenta da República; nos vazamentos politicamente selecionados; e na jurisdição fabricada artificialmente para levar o caso para Curitiba. Tais processos começaram pelo fim. O juiz atirou as flechas e depois pintou os alvos.

As conversas entre Moro e os procuradores, algumas reveladas pela Folha, inclusive, contam pelas vozes de seus protagonistas a história de uma implacável caçada e não de um julgamento. Ao examinar a conduta do ex-juiz, o Supremo reacreditou nosso sistema de Justiça e recuperou parte da credibilidade perdida com o avançado processo de politização do Judiciário e de judicialização da política. Reafirmou que todo acusado tem direito a um juiz imparcial e independente e não a um cúmplice da acusação.

A parcialidade criminosa de Moro em relação a Lula nos trouxe aos bicudos dias de hoje. O ex-juiz tirou das últimas eleições presidenciais o seu franco favorito, beneficiando o candidato que depois passaria a servir na condição de ministro da Justiça, enquanto aguardava a prometida indicação para o Supremo. Nada mais grave e desprezível.

O jornal não enfrenta esses fatos, como não enfrenta as consequências da prisão injusta e injustificada de um cidadão sabidamente inocente por inacreditáveis 580 dias. Para tanto, teria de rever sua parcela de responsabilidade histórica. Deveria assumir que o bolsonarismo é filho legítimo do lavajatismo.

A Folha conclui falando em “um fardo pesado para um candidato”. A realidade é que tentaram lançar sobre as costas de Lula o peso das mazelas do Brasil. Esse fardo, felizmente, fica mais leve a cada nova decisão judicial em seu favor.

Ao insistir em tratar como culpado quem já foi declarado inocente, o jornal coloca em risco a credibilidade do nosso sistema de Justiça e a nós todos. Ignorar a lei para um é ignorar para todos. É este o fardo que a Folha precisa carregar.

As democracias murcham por muitas razões, e o desrespeito pelas instituições é uma das mais fortes.

Fica o alerta!

Coaf identifica transação 'atípica' em repasse de R$ 125 mil feito por agricultor a Ricardo Barros

 Morador da cidade de Maringá (PR), reduto eleitoral de Barros, o agricultor João Beraldo afirmou ter sido procurado por um interlocutor do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), alegando que o parlamentar estaria passando por um "aperto". O congressista é dono de um patrimônio de R$ 5,5 milhões e também é investigado pela CPI da Covid

Líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado)

247 - O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou um depósito de R$ 125 mil feito em março deste ano por um agricultor paranaense ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), dono de um patrimônio de R$ 5,5 milhões e investigado pela CPI da Covid. O levantamento do Coaf está em posse da CPI, que investiga o envolvimento de Barros em escândalos de corrupção envolvendo a aquisição de vacinas. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo

Morador da cidade de Maringá (PR), reduto eleitoral de Barros, o agricultor é João Beraldo e admitiu o repasse ao parlamentar. Beraldo afirmou ter sido procurado por um interlocutor de Barros, alegando que o deputado estaria passando por um "aperto". O líder do governo disse ter telefonado diretamente para Beraldo. 

De acordo com o agricultor, Barros está lhe devendo até hoje. "Uma terceira pessoa me pediu (que emprestasse o dinheiro a Barros), e eu emprestei. Não quero falar o nome dessa pessoa. Disseram que era um aperto, que ele (Barros) estava precisando do dinheiro, e eu emprestei. Não recebi até hoje", disse. 

"Ele deu prazo de 30 a 40 dias para pagar e não pagou. E está prorrogando, diz que vai pagar mais para frente. Não tenho nada a esconder. Não tenho contato com Barros, não tem conversa com ele. Não falo com ele nem por telefone. Falei por telefone uma vez só, sobre outro assunto, e nunca mais falei", acrescentou.