quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Ao sacar milhões, motoboy entra na mira da CPI da Covid

 O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva chegou a sacar em diversos momentos o montante de R$ 4.743.693. Ele é responsável é responsável por 5% de toda movimentação atípica feita pela VTClog, empresa que se tornou alvo de uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid

CPI da Covid (Foto: Reprodução | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva é responsável por 5% de toda movimentação atípica feita pela VTClog, empresa que se tornou alvo de uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid. Ele chegou a sacar em diversos momentos o montante de R$ 4.743.693. De acordo com o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a VTClog movimentou de forma suspeita R$ 117 milhões nos últimos dois anos. O nome de Ivanildo Gonçalves é citado várias vezes no documento. A maioria foi saques em espécie e na boca do caixa. A CPI pretende convocá-lo para depoimento.

Segundo o Jornal de Brasília, o motoboy admitiu ter feito os saques. Gonçalves disse que parte do dinheiro foi depositada por ele mesmo na conta de pessoas não conhecidas por ele. Também não explicou por que transportava tanto dinheiro em vez de usar a tecnologia bancária daquela época, como transferência eletrônica disponível (TED).

Com vencimentos que não ultrapassam um teto de R$ 2 mil mensais, Gonçalves chegou a carregar em sua moto R$ 430 mil no dia 24 de dezembro de 2018, ironicamente, a poucas horas da noite de Natal daquele ano.

De acordo com o motoboy, o dinheiro seria usado para pagar fornecedores, prestadores de serviço e toda sorte de credores. 

A VTCLog foi alvo de uma denúncia feita pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). O dono da empresa, Carlos Alberto de Sá, conhecido como Carlinhos, teria pedido ajuda de um amigo chamado Flávio Loureiro de Souza, que é próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e do senador Flávio Bolsonaro. O objetivo era solucionar o impasse dentro do Ministério da Saúde.

No Dia do Soldado, comandante do Exército diz ter compromisso com estabilidade e tranquilidade

 "Exército tem compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira". Discurso do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, vem em um momento de tensão entre os Poderes no qual Bolsonaro, apoiadores e auxiliares próximos falam em "poder moderador" das Forças Armadas, tese rejeitada em decisão liminar do ministro Luiz Fux

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse em discurso durante cerimônia do Dia do Soldado nesta quarta-feira (25) que a força terrestre está comprometida com os anseios da sociedade brasileira por tranquilidade e estabilidade.

"O momento desta justa homenagem aos soldados, que muito contribuíram e contribuem para a unidade e a grandeza do Brasil, nos motiva a reafirmar o compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento", disse o comandante.

O discurso do comandante do Exército vem em um momento de tensão entre os Poderes no qual o presidente Jair Bolsonaro, apoiadores e auxiliares próximos, como o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, falam em "poder moderador" das Forças Armadas, tese rejeitada em decisão liminar do ministro Luiz Fux, atualmente presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro esteve presente na cerimônia do Dia do Soldado, realizado no Quartel-General do Exército em Brasília, e havia a expectativa de que ele discursasse, o que acabou por não ocorrer.

Frequentemente o presidente, que foi capitão do Exército antes de entrar na política elegendo-se vereador pelo Rio de Janeiro e, posteriormente, deputado federal antes de sua vitória na eleição presidencial de 2018, menciona seu vínculo com as Forças Armadas e também afirma com frequência que são os militares que garantem a democracia e a liberdade.

Irritado com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) desfavoráveis a ele e a apoiadores e em meio a uma campanha de ataques sem fundamento contra o sistema eletrônico de votação, Bolsonaro disse recentemente que poderia atuar fora das quatro linhas da Constituição.

Meu vice será "uma pessoa que pense no povo como eu e não pense em dar golpe", diz Lula

 “Uma pessoa que pense no povo como eu e não pense em dar golpe. É difícil. Mas vou escolher com carinho”, declarou o ex-presidente quando questionado sobre a escolha do nome para ser seu vice na chapa para a disputa das eleições presidenciais de 2022

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25), durante sua caravana pela região Nordeste do país, e apontou as qualidades que procura no seu vice, mirando as eleições presidenciais de 2022. 

“Uma pessoa que pense no povo como eu e não pense em dar golpe. É difícil. Mas vou escolher com carinho”, declarou. 

O político também destacou o processo de desmonte que o país enfrenta. “Não podemos pensar na Petrobras só como uma empresa de petróleo e gás. A Petrobras tem capacidade de investir, gerar desenvolvimento. E eles querem vender tudo que produz estabilidade para o país”, apontou o petista. 

De acordo com Lula, “o que estão fazendo é um crime. Esse país não pode ser vendido a preço de banana”

Ele afirmou durante a coletiva que “se for pra fazer política com ódio, é melhor parar de fazer política”. “Política  não comporta ódio. Perguntam se guardo rancor: minha vingança vai ser fazer mais do que fiz. Mais Educação, mais Saúde, mais emprego. Minha vingança é o povo voltar a sentir orgulho de ser brasileiro”, disse.
Lula ainda ainda ressaltou que “o país que eu sonho é um Brasil que ofereça oportunidade para todos. Todos os estados sendo tratados da mesma forma. Se um nordestino sair daqui do Nordeste pra ir pra São Paulo que seja pra fazer turismo, e não pra fugir da fome”.

Acompanhe a coletiva:

Movimento indígena incendeia estátua de Pedro Álvares Cabral no Rio de Janeiro

 Incêndio contra estátua ocorre contra o "marco temporal", que estipula, no PL 490, que índios só podem reivindicar a demarcação de terras nas quais já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988 e será votado nesta quarta pelo STF

A estátua de Pedro Álvares Cabral, no Largo da Glória, Rio de Janeiro, foi incendiada e pichada em protesto contra o Marco Temporal e a PL490 (Foto: @urucumirim)

247 - Coletivos indígenas incendiaram uma estátua de Pedro Álvares Cabral, localizada no Largo da Glória, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira (25). Ação é uma resposta ao intitulado "marco temporal", integrante do Projeto de Lei (PL) 490, que estipula que índios só podem reivindicar a demarcação de terras nas quais já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988.

STF deve analisar nesta quarta a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Será uma decisão de "repercussão geral", atingindo todos os povos indígenas.

Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão tomada neste caso servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.

No centro da disputa está a discussão em torno do chamado “marco temporal”, uma tese político-jurídica defendida por ruralistas e setores políticos e econômicos interessados na exploração das terras indígenas. Segundo esta interpretação, os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras que estivessem em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Alternativamente, se não estivessem na terra, precisariam estar em disputa judicial ou em conflito material comprovado pela área na mesma data.

Veja imagens do incêndio:

Protestos também ocorrem em Brasília na manhã desta quarta-feira. Mais de 6.000 indígenas e 173 povos estão na Esplanada dos Ministérios, em direção ao STF, para a realização de uma vigĺia contra o Marco:

Fora Bolsonaro: haverá atos em todo o país em 7 de setembro, inclusive em SP e em Brasília

 Coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e líder do Fora Bolsonaro, Raimundo Bonfim diz que haverá atos em todo Brasil dia 7 de setembro. Em Brasília, será na Esplanada dos Ministérios às 16h. Em São Paulo, movimento quer fazer na Paulista e espera decisão da Prefeitura

Presidente da CMP, Raimundo Bomfim, e atos contra Jair Bolsonaro tanto em Brasília como em São Paulo (Foto: Roberto Parizotti/Secom CUT | Mídia NINJA | Reprodução/Twitter)

247 - O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, disse nesta quarta-feira (25), no programa Giro das 11 da TV 247 que estão mantidos os protestos contra Jair Bolsonaro marcados para o 7 de setembro - neste dia, bolsonaristas também farão manifestações. Em Brasília, será na Esplanada dos Ministérios às 16h. Em São Paulo, movimento quer fazer na Paulista e espera decisão da Prefeitura.

"Esperamos que no máximo hoje (25) ou amanhã (26) a gente tenha uma decisão. Ou é Paulista ou outro local, para que a gente possa botar o bloco na rua em São Paulo. Em Brasília e em outros estados e capitais estão se organizando as nossas manifestações no dia 7. O imbróglio é São Paulo", disse.

De acordo com o dirigente, os movimentos populares não aceitaram a decisão do governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), de deixar somente bolsonaristas fazerem o ato no próximo dia 7 - a Constituição determina que as prefeituras é quem resolvem locais de manifestações.

"Não é possível o governador deixar a sua polícia decidir quem faz o ato, porque a mesma polícia que vai decidir quem faz o ato é que tem entre seus membros convocações para ir de armas às manifestações", acrescentou Bomfim. 

Movimentos populares e boa parte da população estão aguardando com expectativa os atos marcados para o dia 7 porque eles acontecerão em um contexto no qual Jair Bolsonaro vem fazendo ameaças de golpe, ao criticar o Judiciário e as urnas eletrônicas, com o intuito de fazer a sociedade achar que as instituições atrapalham a sua governabilidade. 

Bolsonaro, no entanto, se vê cada vez mais acuado. Além de o país caminhar para mais um ano de estagnação econômica, ele foi incluído no inquérito das fake news por determinação do Supremo Tribunal Federal, que avança nas investigações sobre milícias digitais envolvendo blogueiros, políticos e empresários bolsonaristas. No Senado, avançaram as investigações da CPI da CPI - o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Omar Aziz (PSD-AM), já disse ter elementos suficientes para o indiciamento de Bolsonaro

Assista no Giro das 11:


Junior da Femac participa da solenidade em comemoração ao Dia do Soldado

 Além do compromisso à bandeira nacional feito pelos soldados que incorporaram neste ano, houve ainda a entrega de diplomas a militares que se destacaram no período de instrução e a entrega de medalhas a membros do efetivo por bons serviços prestados.


O 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec) realizou nesta quarta-feira (25/08) solenidade em comemoração ao Dia do Soldado. Além do compromisso à bandeira nacional feito por aqueles que ingressaram no serviço militar obrigatório em março deste ano, houve ainda a entrega de diplomas a militares que se destacaram no período de instrução e a entrega de medalhas a membros do efetivo por bons serviços prestados.
A cerimônia foi presidida pelo tenente-coronel Flábio Meireles Machado, comandante do 30o BIMec, e contou com a presença do prefeito de Apucarana, Junior da Femac, e de Franciley Preto Godoi (Poim), presidente do Legislativo, que esteve acompanhado do vereador Marcos da Vila Reis.
Também estiveram presentes o tenente-coronel Marcos José Facio, comandante do 10o Batalhão de Polícia Militar (BPM), o tenente-coronel Fábio Roberto de Azevedo Thereza, comandante do Corpo de Bombeiros, Alessandro Pereira Carletti, comandante da Guarda Civil Municipal, do juiz Oswaldo Soares Neto, diretor do fórum de Apucarana, de Daniel Augusto Cerizza Pinheiro, procurador regional do Estado, e de Oezir Marcelo Kantor, colaborador emérito do Exército.
O prefeito Junior da Femac destaca que centenas de apucaranenses serviram o Exército no 30º BIMec, que faz parte da história da cidade. “Muitos apucaranenses serviram ou possuem parentes, tendo muitas histórias para contar relacionadas a esta valiosa organização militar. Este ato alusivo ao Dia do Soldado é uma homenagem não apenas aqueles que seguiram a carreira, mas também para aqueles que um dia tiveram essa inesquecível experiência”, pontua Junior da Femac.
O comandante do 30o BIMec, Flábio Meireles Machado, afirma que a cerimônia seguiu os protocolos de enfrentamento da pandemia do coronarírus e, como a presença de público ficou restrita a alguns convidados, o ato foi transmitido ao vivo pelas redes sociais. “O batalhão tem cerca de 600 militares, dos quais cerca de 200 que foram incorporados neste ano fizeram o juramento nesta cerimônia”, informa o comandante.

Além do desfile da tropa, a cerimônia teve ainda a entrega de diplomas aos soldados que se destacaram durante a fase de treinamento como praça mais distinta da organização militar, soldado de melhor aptidão física e soldado melhor atirador combatente. Também receberam medalhas por tempo de serviço e por bons serviços prestados militares efetivos. Além disso, a esposa de um dos militares foi agraciada com uma medalha por ter “morado em regiões inóspitas e contribuído para o desempenho da missão do Exército Brasileiro”.


DIA DO SOLDADO – A data é tradicionalmente comemorada no dia 25 de agosto e tem por objetivo homenagear o trabalho dos membros do Exército Brasileiro. Foi instituída em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), patrono do Exército Brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803.
Denominado de “O Pacificador do Império”, Duque de Caxias esteve presente em muitos conflitos em diferentes regiões do Brasil, atuando na pacificação de várias revoltas. Por sua liderança e competência, foi agraciado com o título de Duque de Caxias, em março de 1869.
Soldado é uma graduação do fundo da hierarquia militar. No Brasil, o serviço militar é obrigatório por lei desde 1908. Ao completar 18 anos, todo rapaz deve se cadastrar em alguma das forças armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica). O serviço militar proporciona ao jovem o aprendizado de valores como disciplina, organização, amor à pátria, solidariedade e perseverança, entre vários outros que orientam suas atividades dentro e fora do quartel.

Excursões de bolsonaristas para atos golpistas têm até pacotes com hotel

 Grupos que pregam invasão do STF e quebra da ordem democrática fretam ônibus em vários estados. Reportagem da Fórum descobriu que há destinos para todos os perfis e bolsos quando o assunto é lutar pelo golpe

(Foto: Reprodução)

Portal Fórum - Vários grupos intitulados “patriotas” e “conservadores” organizam excursões em diversos estados brasileiros para ir a Brasília e São Paulo no próximo 7 de setembro, Dia da Independência. A intenção é participar dos atos golpistas fomentados pelo presidente Jair Bolsonaro, que ganharam grande dimensão nos últimos dias após a difusão de um áudio do cantor sertanejo Sérgio Reis, no qual dizia planejar a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF), e das notícias de que policiais militares, inclusive um coronel da PM paulista, estão incentivando insubordinação por parte de suas tropas.

Partindo da frente do Shopping da Bahia, no elegante bairro Caminho das Árvores, em Salvador, sairão três ônibus com destino à capital federal, de acordo com uma mulher que se identificou como Ângela. Um grupo intitulado Bahia Conservadora é quem organiza a caravana, que sai a R$ 375 para cada cidadão de bem motivado a incentivar Jair Bolsonaro em seus desígnios autoritários.

Já quem está em Niterói (RJ) pode optar por uma viagem mais curta. Destino? São Paulo, avenida Paulista. Um homem identificado como Ronald, que anuncia as vagas nas redes sociais, explica que já há dois ônibus confirmados, sendo que um deles ainda tem metade dos assentos disponíveis. O preço para levar os patriotas bolsonaristas à maior cidade do país e trazê-los de volta para casa é de R$ 188 e os veículos partirão na manhã do próprio Dia da Independência, da frente Câmara de Vereadores da cidade fluminense.

Leia a íntegra da matéria no portal Forum 

CPI ouve diretor do FIB Bank nesta quarta-feira

 Na terça, sócio da empresa Belcher confirmou ter conversas periódicas com Ricardo Barros, mas negou ter discutido vacina

 ADRIANO MACHADO/REUTERS-10/06/2021


Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira (25/8), o diretor-presidente do Fib Bank, Roberto Pereira Ramos Júnior. A intenção dos senador é obter mais informações sobre as negociações da empresa Precisa para a compra da vacina Covaxin. 

A Fib Bank presta serviço de garantia de fianças e atuou como garantidora do contrato da Precisa Medicamentos, para a venda de 20 milhões de doses da Covacin, com o Ministério da Saúde, segundo os senadores. a terça-feira (24/8), o diretor tentou adiar o depoimento sob a alegação de que precisaria levantar mais dados e documentos para apresentar à CPI. 

Depoimento anterior

Na terça-feira (24/8), os senadores ouviram o depoimento do sócio da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori. Na avaliação dos integrantes da CPI, a audiência reforçou a relação da empresa com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Ao longo de toda a oitiva, na terça-feira , eles ressaltaram pontos em comum entre a empresa, as negociações, e o líder do governo.

Foi ele, por exemplo, que levou Catori a uma reunião no Ministério da Saúde, com a presença do ministro Marcelo Queiroga, como admitiu o empresário, negando que no encontro tenha sido discutido vacinas contra covid-19. Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), a oitiva deixou clara a relação da Belcher com Barros. 

"A presença do Barros com representantes da Belcher em reunião do Ministério da Saúde... Barros tem o comando do Ministério da Saúde. Já foi ministro, e está por trás de várias tentativas de intermediar negócios entre empresas e o ministério", disse. O senador se refere às negociações envolvendo a Precisa Medicamentos.

O nome de Barros surgiu na CPI justamente no âmbito desta empresa, depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse que ao denunciar suspeitas envolvendo a importação da vacina indiana Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, o prsidente Jair Bolsonaro disse que a situação parecia ser "rolo" de Barros. O parlamentar sempre negou as acusações, e disse que nunca participou de negociações de vacina.

"Hoje tem importância porque é mais um fato que vai definir o modo operacional com que o deputado Ricardo Barros atuava dentro do ministério", pontuou. Na oitiva, Catori disse inicialmente que não foi levado à reunião por Barros, e depois, admitiu que foi ele que o marcou o encontro.

O depoente negou que a empresa tenha qualquer relação com Barros e que o deputado não atuou como facilitador. Perguntado se em seu telefone seriam encontradas conversas entre ele e Barros, ele negou, mas, imediatamente corrigiu. "Conversas... Eu converso com ele normalmente, mas nada sobre negócios", afirmou, admitindo manter conversas periódicas com o deputado.

"Em nenhum momento, ele me ajudou em nada sobre a vacina. O Brasil todo soube da nossa vacina. Para vacina, a gente não precisa de nenhuma interferência política, ainda mais em se tratando de uma vacina de uma dose", disse Catori.

Com sede em Maringá (PR), cidade onde Barros foi prefeito, um dos sócios da Belcher é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que atuou na prefeitura da cidade na gestão de Barros e é amigo do deputado. Além disso, o advogado Flávio Pansieri, que foi contratado pela Belcher para atuar na área regulatória, já foi advogado de Barros e sócio em um escritório de advocacia do genro do deputado, Diego Campos. Perguntado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Catori disse que a relação era "mera coincidência".

O senador Humberto Costa pontuou que ao longo da oitiva, o depoente disse que Barros não tinha "nada a ver com isso". "Mas tudo tangencia: a empresa é de Maringá, vossa senhoria é de Maringá, o sócio de vossa senhora é filho de uma pessoa que já exerceu funções públicas na prefeitura de Maringá quando ele (Barros) era prefeito, funções públicas no governo do Estado quando a esposa do deputado era governadora", ressaltou.

Costa afirmou que é difícil acreditar que o Ministério da Saúde simplesmente tenha descoberto a empresa. "É difícil acreditar que não tenha havido algum tipo de ajuda para que isso acontecesse e que isso tenha sido feito pelo senhor Ricardo Barros. Eu vejo que ele teve papel de definir o marco legal, de indicar a Belcher como intermediária para a compra dessa vacina", frisou.

Fonte: R7

 


Mariliz Pereira Jorge: Lula está em plena forma física e política

 "Não é só a boa saúde física que o ex-presidente revela; sua sagacidade política também está em forma”, escreve a jornalista Mariliz Pereira Jorge

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - “Lula não é a Kim Kardashian, mas quebrou a internet ao surgir de shorts numa foto. E parece que não é só boa saúde física que o ex-presidente revela; sua sagacidade política também está em forma. Presença constante nas redes, Lula desfila bom humor, adotou discurso moderado, viaja pelo país, demonstra empatia ao falar sobre temas como pandemia e crise ambiental e, importante, estabeleceu uma agenda de diálogo com adversários históricos. Tudo o que Bolsonaro é incapaz de fazer”, escreve a jornalista Mariliz Pereira Jorge em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo.

Ela destaca que, “nesta segunda (23), encontrou Tasso Jereissati (PSDB) e Cid Gomes (PDT). ‘Os democratas desse país têm responsabilidade e o desafio de resgatar a civilidade na política brasileira pelo bem do Brasil’, escreveu no Twitter, depois da conversa com o senador tucano”. 

“Nos últimos meses apertou a mão de FHC (PSDB), Sarney (MDB), Kassab (PSB), Rodrigo Maia (sem partido), entre outros. Na semana passada, sinalizou mais uma vez sua disposição em fazer alianças, de olho em 2022”, acrescenta. 

“Lula poderia combinar com a militância. Enquanto dá sinais de ter aposentado o jogo do ‘nós contra eles’, quando há alguns anos passou a tratar adversários como inimigos, parte radical de seus apoiadores ainda lança mão do bingo fascista. Reclamam de ‘falsa simetria’ ao serem comparados ao extremismo bolsonarista, mas não se furtam a enquadrar como antidemocrático qualquer um que não empunhe uma bandeira vermelha.”, diz ela.

Folha reconhece "fracasso inegável" do governo Bolsonaro, que apoiou na eleição de 2018

 O jornal, que apoiou o golpe contra Dilma Rousseff e apresentou uma falsa neutralidade em 2018, reconhece agora que o governo Bolsonaro fracassou por completo: "O malogro de seu governo se deve ao despreparo e à indolência, não a sabotagens e conspirações imaginárias"

Jornal Folha de S.Paulo e Jair Bolsonaro (Foto: Webysther/CC | Alan Santos/PR)

247 - O jornal Folha de S.Paulo desistiu em definitivo de Jair Bolsonaro e resolveu reconhecer o fiasco de seu governo. "Decorridos dois terços do governo Jair Bolsonaro, o saldo é um fracasso inegável e, tudo indica, irreversível", afirma editorial da família Frias. Em 2016, o jornal foi um apoiador entusiasmado do golpe contra Dilma Rousseff e, em 2018, apresentou uma suposta "neutralidade" que teve como objetivo atacar de maneira brutal Fernando Haddad.

Num editorial em 29 de setembro de 2018, sob o título "A hora do compromisso", o jornal publicou: "A agressão constante a decisões legítimas da Justiça e do Congresso, bem como o recurso sistemático à corrupção nas gestões petistas, ainda não foi objeto de autocrítica da legenda nem de seu candidato". Fez críticas a Bolsonaro, mas voltou-se, com esperança, para o presidente que agora abandona: "É o momento de corrigir, em linguagem clara, esse conjunto de afrontas ao patrimônio civilizatório".

Os ataques continuados ao PT e a Haddad fizeram com que o ex-candidato desistisse de ser colunista do jornal em 9 de janeiro deste ano. Ponderou Haddad sobre a situação em artigo de despedida de sua função: "Quando fui convidado para ser colunista da Folha, relutei em aceitar. Na época, me incomodava o posicionamento do jornal no segundo turno das eleições de 2018. Pareceu-me uma falsificação inaceitável um órgão de imprensa que apoiou o golpe militar de 1964 equiparar, em editorial, um professor de teoria democrática a uma aberração saída dos porões da ditadura. Àquela altura, a Folha já sabia que a família Bolsonaro era autoritária e corrupta, mas entendia que a agenda econômica neoliberal de Paulo Guedes compensaria o risco. Teria sido mais correto assumir isso publicamente",

Sobre Bolsonaro, no editorial desta quarta-feira, a Folha continua: "Não se vê em Brasília pensamento, liderança ou mera disposição para levar adiante uma agenda que permita ao país chegar ao final de 2022 em condições melhores que as herdadas pelo mandatário".

O jornal destaca que "não houve nova política, muito menos combate à corrupção". "O centrão ganhou protagonismo inédito, a Procuradoria-Geral perdeu em autonomia e a Polícia Federal teve dirigentes trocados ao sabor das preocupações do Planalto com aliados e familiares", diz.

"O malogro de seu governo se deve ao despreparo e à indolência, não a sabotagens e conspirações imaginárias. A perspectiva de derrota nas urnas, que desencadeou toda a atual gritaria golpista, decorre tão somente da constatação do óbvio pelo eleitorado".

Inquérito da PF sobre organizações criminosas digitais chega a Eduardo Bolsonaro

 De acordo com investigadores, Eduardo Bolsonaro é um dos líderes do "núcleo político" da organização criminosa. O trabalho sigiloso da PF apontou que o parlamentar coordena a interlocução com Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump

Deputado Eduardo Bolsonaro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Agência Brasil | Pixabay)

247 - As investigações da Polícia Federal sobre esquemas de milícias digitais chegaram ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Reservadamente, investigadores se convenceram de que o parlamentar é um dos líderes do "núcleo político" da organização criminosa. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sob o comando de Alexandre de Moraes.

De acordo com informações do site O Bastidor, o trabalho sigiloso da PF apontou que Eduardo coordena a interlocução com Steve Bannon, ex-estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. "Dissemina ataques digitais contra o Supremo Tribunal Federal e as urnas eletrônicas, para desestabilizar as instituições democráticas e, por consequência, fazer a população achar que elas atrapalham a governabilidade", afirma o site. 

O ministro do STF já havia incluído Jair Bolsonaro no inquérito das fake news.   Agora, a crise entre o Palácio do Planalto e o STF alcançará novo patamar, caso a PF avance na investigação da maneira que os policiais querem.

Lula ultrapassa Bolsonaro em ranking de popularidade digital, informa Quaest

 Em uma escala de 0 a 100, sendo que 100 representa o máximo de popularidade, o ex-presidente Lula atingiu 59.8 pontos contra 52.4 pontos de Jair Bolsonaro

Lula (Foto: RICARDO STUCKERT)

247, com Metrópoles - Em ascensão, o ex-presidente Lula (PT) ultrapassou Jair Bolsonaro no Índice de Popularidade Digital (IPD) de Lideranças Políticas Nacionais, entre janeiro e agosto de 2021, pesquisa realizada pela Quaest, que mostra o ranking de popularidade digital de alguns políticos brasileiros.

Em uma escala de 0 a 100, sendo que 100 representa o máximo de popularidade, Lula atingiu 59.8 pontos contra 52.4 pontos de Bolsonaro. Os dois estão muito acima de outros políticos, como Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Eduardo Leite (PSDB), Rodrigo Pacheco (DEM) e José Luiz Datena (PSL). Confira.



Bolsonaro apresenta perdas nas redes sociais

Após cinco anos de grande crescimento nas redes sociais, Bolsonaro começou a perder seguidores e engajamento. Segundo o acompanhamento da agência Ativa Web, que vem monitorando as redes do presidente desde a pré-candidatura para Presidência, Bolsonaro perdeu 20 mil seguidores no Instagram e no Facebook nos últimos dez dias.

As perdas de Bolsonaro chamaram atenção do analista e especialista em big data Alek Maracajá. À coluna, o diretor da agência Ativa Web explicou que o presidente já teve perdas em momentos pontuais do governo, mas nunca tão expressivas e consistentes quanto agora.

Após várias desistências, Sérgio Reis desiste de lançar álbum com parcerias

 Vários artistas desistiram de participar de álbum com o sertanejo após ele disparar ataques contra o STF e defender um golpe de estado

                                                               Sérgio Reis (Foto: Divulgação)

247 - Sérgio Reis desistiu de gravar o álbum de parcerias. A informação foi confirmada por Marco Bavini, filho do cantor, que era responsável pela produção do disco. Ao portal G1, ele disse que “o disco não existe mais”. O projeto terminou após vários músicos cancelarem suas participações em reação a falas antidemocráticas de Sérgio, investigado pela Polícia Federal. 

De seis cantores que haviam sido anunciados, cinco saíram: Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes, Guarabyra e Anastácia. As participações estavam gravadas, e os músicos desautorizaram o lançamento. Paula Fernandes foi a única que disse que continuaria no álbum e foi duramente criticada nas redes.

Eles saíram em reação à divulgação de um áudio de Sérgio que descreve ações violentas contra a democracia, incluindo ataques ao STF e também ações para promover um golpe de estado no país no próximo dia 7 de setembro. 

Ele é investigado pelos crimes 147, 163 e 262 do Código Penal, relativos a ameaça, destruição de coisa alheia e atentado contra a segurança.

Tratamento que Bolsonaro dá a Mourão gera mal-estar com as Forças Armadas

 A maneira como Bolsonaro se refere publicamente e nos bastidores a Mourão é descrita por militares de alta patente como “no mínimo, descortês”

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - "Nada tem causado mais mal-estar entre Bolsonaro e as Forças Armadas do que a forma como o presidente tem tratado seu vice, Hamilton Mourão. A maneira como Bolsonaro se refere publicamente e nos bastidores a Mourão é descrita por militares de alta patente como 'no mínimo, descortês' ”, escreve a jornalista Bela Megale no Globo .

Os ataques de Bolsonaro ao general desgastam a imagem do ocupante do Palácio do Planalto entre militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

"Integrantes das Forças Armadas afirmam que Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, tem o respeito dos demais por ser o chefe, o presidente da República. Destacam, porém, que a referência dentro das Forças é o general de quatro estrelas, a patente máxima do Exército, ou seja, Hamilton Mourão", acrescenta a jornalista.

A crise permanente entre os dois atingiu o ápice nas últimas semanas, após Bolsonaro se sentir traído por descobrir pela imprensa que Mourão havia se encontrado às escondidas com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, um dos seus principais desafetos e contra quem ele promete apresentar um pedido de impeachment no Senado.

"A corda já arrebentou", diz Bolsonaro sobre o TSE

 Jair Bolsonaro disse que o TSE, ao determinar às empresas que administram redes sociais que suspendam os repasses de dinheiro a páginas investigadas por disseminar mentiras, “extrapolou os limites”

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 24, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo presidente é Luis Roberto Barroso, seu desafeto, já “arrebentou a corda” ao determinar às empresas que administram redes sociais que suspendam os repasses de dinheiro a páginas investigadas por disseminar mentiras.

Segundo Bolsonaro, se a mesma lógica do TSE para desmonetizar canais for replicada, tribunais regionais que apoiam governadores podem até derrubar páginas opositoras ao líder do governo estadual.

“Extrapolou, no meu entender, os limites. Não está arrebentando, arrebentou a corda", disse Bolsonaro em entrevista gravada ao Canal Rural e divulgada na noite desta terça. A decisão que atinge páginas bolsonaristas foi tomada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão.

"São pessoas que simplesmente defendem, por exemplo, o voto impresso. Ele [Salomão] acha que o voto eletrônico, como é, ele é confiável, então manda desmonetizar", disse Bolsonaro.

Ele cobrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue com imparcialidade as ações que apresentar, afirmando que a Corte dará "péssimo sinal" se não julgar as suas ações.

"Espero que o outro lado julgue essas medidas minhas com imparcialidade. Porque se for simplesmente não julgar, como já aconteceu em dois momentos ações minhas no Supremo Tribunal Federal, ou dizer apenas que não vale o que eu escrevi, tudo que nós escrevemos com a AGU está fundamentado na nossa Constituição, eles estão dando um péssimo sinal para todo o povo brasileiro em especial para mim", declarou.

Para o próximo dia 7 de setembro, Bolsonaro e seus apoiadores estão organizando manifestações para pressionar Poderes da República contra ministros do STF e a favor do voto impresso.

Arthur Lira volta a descartar impeachment de Bolsonaro e minimiza ameaça de golpe

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se recusou mais uma vez a dar andamento a um dos mais de 130 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro e disse que não acredita em apoio dos militares a um golpe contra o Congresso e o STF

Arthur Lira (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a afastar a possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro e disse que não crê que militares apoiem um golpe contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).

As declarações foram feitas à Globonews na noite desta quarta-feira (25). Lira lidera o grupo de direita apelidado de "centrão" e dá sustentação parlamentar ao governo de extrema direita de Jair Bolsonaro. 

Mais de 130 pedidos de impeachment de Bolsonaro já foram protocolados na Câmara. Arthur Lira, aliado de Bolsonaro, é a figura a quem cabe fazer uma primeira análise dos pedidos, podendo aceitá-los ou rejeitá-los, ressalta reportagem do UOL. Na entrevista, Lira afastou a possibilidade de levar o assunto adiante no Congresso.

"São temas sensíveis. Eu acho que o impeachment é uma ruptura traumática no sistema democrático. Estamos a um ano das eleições" ... "O momento agora é o de apaziguar. É de colocar água nessa fervura, definitivamente", enfatizou

Questionado se enxerga a possibilidade de golpe, Lira foi enfático ao responder que não vê nenhuma chance de golpe. "Estamos absolutamente tranquilos. Nós não acreditamos em nenhum tipo de ruptura da democracia do país. Os militares são conscientes, eles são protetores da nação, e não de qualquer presidente. Nós temos que ter paciência, muita conversa. Mas é absolutamente normal o clima. Não há qualquer especulação nesse sentido." 

PGR abre duas investigações sobre corrupção da rachadinha no gabinete de Bolsonaro

 Ex-cunhada de Jair Bolsonaro, Andrea Siqueira Valle, denunciou que ele desviava 90% do salário dos funcionários

Andrea Siqueira Valle (Foto: Reprodução)

247 – No dia da recondução de Augusto Aras ao comando da procuradoria-geral da República, o portal Uol noticia que a PGR abriu duas investigações criminais para apurar o esquema de corrupção da rachadinha (desvio de salários de servidores) no gabinete de Jair Bolsonaro, quando deputado federal. "A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu duas investigações preliminares para apurar as informações relatadas pela fisiculturista Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ela é irmã de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente, e foi funcionária fantasma dos gabinetes da família Bolsonaro por 20 anos, entre 1998 e 2018", informa a jornalista Juliana Dal Piva.

"Andrea contou que devolvia 90% de seu salário. Andrea constou como assessora de Bolsonaro na Câmara dos Deputados entre 1998 e 2006. Ela, porém, sempre morou em Resende, cidade do Sul do Rio de Janeiro, e era conhecida por trabalhar em serviços temporários e faxinas. Andrea também contou que um irmão dela foi exonerado por Bolsonaro por se recusar a entregar a maior parte do salário quando era assessor do então deputado federal", prossegue a repórter.

Segundo a PGR, os fatos relatados nas gravações são "objeto de duas notícias de fato (investigações preliminares) ". Uma dessas apurações tramita na PGR (Procuradoria-Geral da República ) e a outra na PRDF (Procuradoria da República no Distrito Federal).